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INSTITUTO FEDERAL DO AMAPÁ

CURSO TÉCNICO EM QUÍMICA – 3º ANO INTEGRADO

CONTROLE QUÍMICO DE QUALIDADE

DOCENTE: RAFAEL HOLANDA

DOCUMENTOS DA QUALIDADE: LEGISLAÇÃO DE PRODUTOS: BIODIESEL

Adria Soares de Oliveira

Emily Anne Cardoso Costa

Ian Kaique da Silva Gomes

Jenifer Oliveira Rodrigues

Josivan Jafé de Souza Farias

Macapá/AP

2023
LISTA DE FIGURAS
FIGURA I……………………………………………………………………………...11
FIGURA II…………………………………………………………………………….12

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LISTA DE TABELAS
TABELA I……………………………………………………………………………...14
TABELA II……………………………………………………………………………. 18 ..

TABELA III………………………………………………………………………….... 21
..

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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO………………………………………………………….…………..5
2. DESENVOLVIMENTO……………………………………………………………..6
2.1. Normas e Regulamentos do Produto…….………………………………..6
2.2. Processos de Produção do Biodiesel………………………………………9
2.2.1. Mistura e Uso Direto de Óleos…………………………………..9
2.2.2. Microemulsão de Óleos………………………………………….9
2.2.3. Pirólise de Óleos………………………………………………...10
2.2.4. Transesterificação de Óleos………………………………….... 10
..

2.3. Parâmetros de Qualidade………………………………………...13


3. CONCLUSÃO………………………………………………………………………21
REFERÊNCIAS……………………………………………………………………….22

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1. INTRODUÇÃO

A energia, não é somente um recurso estratégico para um país, mas também um


importante recurso de desenvolvimento social e econômico. Cada vez mais nos últimos
anos, temos presenciado o aumento da escassez de combustíveis não renováveis, que
estão causando diretamente impactos ambientais irreversíveis para o nosso planeta,
sendo assim muitos países estão trabalhando no desenvolvimento de novas energias
provindas de fontes renováveis com o intuito de resolver a crise energética atual ( Silva,
2018).

Biodiesel é o produto da reação de gordura animal ou vegetal com álcool ou


transesterificação (Barros, 2021). Nesse sentido, suas principais matérias-primas, em
questão de produção nacional, são a soja, o milho, o girassol, o algodão, a palma
(dendê) entre outras oleaginosas famosas nas terras brasileiras.

Uma de suas características mais famosas é a tecnologia limpa, uma vez que o
emprego do biodiesel no meio ambiental degrada menos do que o óleo diesel originado
do petróleo, outra característica sua é a pequena emissão de gases poluentes, além de
sua vantagem no âmbito econômico também. O cultivo das matérias-primas podem
criar milhares de novos empregos, inclusive na agricultura familiar, principalmente nas
regiões mais pobres do Brasil (Barros, 2021).

No cenário internacional, o biodiesel é muito famoso na União Europeia, dando


destaque nos países: Alemanha, França e Itália, esses países fornecem subsídios que
incentivam as plantações das matérias-primas em áreas pouco exploradas, além da
inserção dos impostos de 90%. Ainda nessa logística no âmbito internacional, o Estados
Unidos está em quarto lugar no ranking mundial de produtor do biodiesel, mesmo em
quarto lugar, tende ainda crescer nesse mercado por representar apenas 0,4% de todas as
matrizes energéticas disponíveis no mundo. Esses países possuem legislações aprovadas
que estimulam o uso do biodiesel como oxigenador do óleo de petróleo, num percentual
de 5% (Barros, 2021).

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2. DESENVOLVIMENTO

2.1. Normas e Regulamentos do Produto

A DIRETORIA DA AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS


NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS - ANP, no exercício das atribuições conferidas
pelo art. 65 do Regimento Interno, aprovado pela Portaria ANP nº 265, de 10 de
setembro de 2020, e pelo art. 7º do Anexo I do Decreto nº 2.455, de 14 de janeiro de
1998, tendo em vista o disposto na Lei nº 9.478, de 6 de agosto de 1997, considerando o
que consta no Processo nº 48600.202271/2021-06 e as deliberações tomadas na 1.113ª
Reunião de Diretoria, realizada em 29 de março de 2023, RESOLVE:

● Somente os distribuidores de combustíveis líquidos e as refinarias autorizados


pela ANP poderão realizar a mistura óleo diesel A e biodiesel para efetivar sua
comercialização.
● É vedada a comercialização de biodiesel que não se enquadre na especificação
estabelecida na Resolução.

O objetivo da resolução tem como definição para fins:

● Aditivo antioxidante: substância capaz de retardar a oxidação lipídica de óleos e


gorduras que, quando adicionadas ao biodiesel, aumentam e prolongam sua
estabilidade oxidativa, preservando suas propriedades por maior período de
tempo;
● Amostra representativa: amostra cujos constituintes apresentam-se nas mesmas
proporções observadas no volume total;
● Amostra-testemunha: amostra representativa de produto caracterizado por
certificado da qualidade;
● Batelada: quantidade segregada de produto em um único tanque caracterizado
por um certificado da qualidade;
● Biodiesel: combustível composto de alquil ésteres de ácidos carboxílicos de
cadeia longa, produzido a partir da transesterificação ou esterificação de
matérias graxas, de origem vegetal ou animal, e que atenda à especificação
contida nesta Resolução, observando-se o Anexo;

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● Produtor de biodiesel: pessoa jurídica ou consórcios autorizados pela ANP a
exercerem a atividade de produção e operação da instalação produtora de
biodiesel.

Dos parâmetros de qualidade:

● O produtor e o importador de biodiesel ficam obrigados a garantir a qualidade


do biodiesel a ser comercializado em território nacional.
● § 1º O produtor de biodiesel deve emitir o certificado da qualidade de amostra
representativa, cujos resultados das análises das características físico-químicas
atendam integralmente aos limites especificados nas Tabelas I e II do Anexo.
● § 2º No caso de importação de biodiesel, devem ser seguidas as regras
estabelecidas na Resolução ANP nº 680, de 5 de junho de 2017, ficando o
importador de biodiesel responsável pela qualidade do produto a ser
comercializado em território nacional.
● Caso o biodiesel não seja comercializado pelo produtor ou importador no prazo
máximo de um mês, a partir da data de emissão do certificado da qualidade, a
característica massa específica a 20ºC deve ser novamente analisada, conforme o
caso:
● I - se a diferença encontrada com relação à massa específica a 20ºC do
certificado da qualidade for inferior a 3,0 kg/m³, devem ser novamente avaliados
o teor de água, o índice de acidez e a estabilidade à oxidação a 110ºC; e
● II - se a diferença for igual ou superior a 3,0 kg/m³, deve ser emitido novo
certificado da qualidade da batelada.
● O produtor de biodiesel deve adicionar aditivo antioxidante ao biodiesel,
independentemente da matéria-prima utilizada em sua fabricação, e o aditivo
utilizado deve atender às seguintes condições:
● I - ser isento de elementos formadores de cinzas e organometálicos;
● II - ser compatível com óleos lubrificantes aplicáveis aos motores do ciclo
Diesel;
● III - não causar efeitos colaterais ao funcionamento do motor, sistema de
exaustão e pós-tratamento; e
● IV - não afetar a especificação do biodiesel, mantendo o produto dentro dos
limites definidos no Anexo.

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● § 1º A obrigatoriedade de que trata o caput se aplica ainda que, sem a adição de
aditivos antioxidantes, o biodiesel produzido atinja o limite mínimo da
característica estabilidade à oxidação a 110ºC, constante da Tabela I do Anexo.
● § 2º O importador de biodiesel deve garantir que o produto a ser comercializado
contenha aditivo antioxidante desde sua origem.
● § 3º A informação do tipo e concentração do aditivo deve constar no certificado
de qualidade fornecido pelo produtor ou importador.
● O produtor de biodiesel deve informar à ANP, mensalmente, até o dia quinze do
mês subsequente à comercialização do produto, a quantidade de aditivo
antioxidante adquirida, em volume ou massa, com dados de nota fiscal de
compra, através do Sistema de Informações de Movimentação de Produtos -
SIMP, conforme orientações disponibilizadas no sítio eletrônico da ANP na
Internet (www.gov.br/anp)
● Caso identificadas evidências de não atendimento à característica aspecto do
biodiesel, deverão ser realizadas as seguintes análises complementares em
amostras homogêneas:
● I - teor de água e contaminação total, se for verificado turbidez na amostra; ou
● II - contaminação total, se for verificada a presença de material particulado na
amostra.
● § 1º O produto será considerado fora de especificação para a característica
`Aspecto` caso pelo menos uma das análises complementares indicadas nos
incisos I e II apresente resultado fora dos limites estabelecidos no Anexo.
● § 2º Caso a primeira análise complementar a que se refere o inciso I apresente
resultado não conforme, fica dispensada a realização da segunda análise, sendo a
amostra considerada não conforme para a característica `Aspecto`;
● § 3º Na hipótese do inciso I, a amostra será considerada conforme para a
característica `Aspecto` somente se os resultados das duas análises
complementares estiverem dentro dos limites estabelecidos no Anexo.
● § 4º A regra do caput não se aplica no caso de a característica `Aspecto`
apresentar uma segunda fase líquida, devendo o produto ser considerado
heterogêneo e, portanto, fora de especificação.
● Será admitida variação do resultado da característica teor de água em relação ao
limite especificado no Anexo, de 50 mg/kg para o produtor de biodiesel e de 150

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mg/kg para os agentes econômicos autorizados a realizar a mistura óleo diesel A
e biodiesel, nos termos do parágrafo único do art. 1º
● As características cinzas sulfatadas, corrosividade ao cobre e número de cetano
devem ser analisadas pelo produtor de biodiesel a cada trimestre civil, em
conjunto com as demais constantes do Anexo.
● Parágrafo único. Os resultados das análises de que trata o caput devem ser
enviados à ANP conforme orientações estabelecidas pela Resolução ANP nº
828, de 1º de setembro de 2020.

2.2. Processos de produção de Biodiesel

Existem diversos processos para produção de biodiesel e investe-se cada vez


mais em novas tecnologias, ou aprimoramento das atuais. Contudo, os processos mais
comumente utilizados são: Mistura ou diluição direta, a microemulsão, a pirólise e mais
dominante, transesterificação de óleos.

2.2.1. Mistura e uso direto de óleos

A utilização direta de óleos vegetais nos motores é problemática, principalmente


pela sua alta viscosidade, da composição ácida, da quantidade de ácidos graxos livres,
da oxidação e da polimerização durante o armazenamento e combustão, da espessura de
óleo lubrifica e da porcentagem de resíduos de carbono. Os leoa vegetais podem ser
misturados ou diluídos com diesel, solventes ou etanol para diminuir sua viscosidade e
da densidade de óleos crus.

2.2.2. Microemulsão de óleos

A microemulsão ou co-solvência, é definida como a dispersão de água, óleo e


surfactante que é um sistema isotrópico e termodinamicamente estável. Os componentes
de uma microemulsão de biodiesel inclui diesel, óleo vegetal, álcool, um surfactante e
um melhorador de número de cetonas. Álcoois, como etanol e metanol, são usados para
reduzir a viscosidade, álcoois de cadeias longas são usados como surfactante e nitratos
de alquilas são usados para melhorar o número de cetonas. As desvantagens do uso
contínuo de combustíveis micro-emulsificado causa problemas como falhas de injeção
em motores, resíduos de carbono e combustão incompleta.

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2.2.3. Pirólise de óleos

Pirólise é a transformação química causada pela aplicação de energia térmica na


ausência de ar ou oxigênio, ou na aplicação de calor na presença de um catalisador,
resultando na clivagem química e formação de moléculas pequenas. Ocorre numa faixa
de temperatura de 400 a 600 graus.

A conversão de óleos e gorduras animais compostas principalmente de


triglicerídeos por craqueamento térmico representa uma tecnologia promissora na
produção de biodiesel, uma vez que a mesma se assemelha a de refino de petróleo
convencional.

As propriedades de líquido do biocombustível produzido a partir da


decomposição térmica do óleo vegetal são próximas às dos combustíveis
diesel, sendo que diversas pesquisas reportaram que o produto da pirólise de
triglicerídeos é adequado para uso em motores diesel. (MEDEIROS, 2023,
p.30)

Este processo produz gases, bio-óleo, e até carvão dependendo da taxa de


pirólise. Em relação a operação esse processo pode ser dividido em até três
subcategorias: pirólise convencional, rápida e flash. A pirólise convencional ocorre em
temperaturas entre 400 a 500 oC, com tempo de residência de 5 a 30 minutos, taxa de
aquecimento baixa, de até 10oC/s e tem principais produtos gases, carvão e bio-óleo. Já
a pirólise rápida, a qual é usada para a produção de bio-óleo, opera em temperaturas
entre 400 a 650 oC, com tempo de residência de 0,5 a 2 segundos, taxa de aquecimento
alta, chegando a 100oC/s e tem principais produtos o bio-óleo, gases e carvão. Por
último, a pirólise flash ocorre em temperaturas entre 700 a 1000 oC, com tempo de
residência menores que 0,5 segundos, taxa de aquecimento baixa, de até 10oC/s e tem
principais produtos gases e bio-óleo.

2.2.4. Transesterificação de óleos

Atualmente, a tecnologia mais usual é a da transesterificação de óleos


(triglicerídeos) com álcool que tem como produto final o biodiesel e como subproduto
o glicerol A transesterificação ocorre essencialmente pela mistura dos reagentes sob a
condição de calor e/ou pressão. Porém, se algum catalisador for adicionado, a reação é
acelerada. As variáveis operacionais mais relevantes também são chamadas de

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alcoólise. É possível observar as etapas de produção do biodiesel, simplificada, através
do fluxograma na Figura 1.

Figura 1- Fluxograma do Processo de Produção do Biodiesel

Fonte: LIA COSTA et al. (2013)

A primeira fase é a preparação da matéria-prima, sendo que a mesma tem que ter
o mínimo em umidade e acidez, logo a matéria prima precisa passar pelo processo de
.neutralização, ou seja, deve ser lavada com uma solução alcalina de hidróxido de sódio
ou potássio, e depois passar pelo processo de desumidificação ou secagem. A
especificação depende da matéria-prima.

A segunda fase é o processo de transesterificação, que , de acordo com Geris et


al. (2007), ocorre a reação de um triacilglicerídeo com um álcool na presença de uma
base ou de um ácido forte, tendo-se então a produção de uma mistura de ésteres de
ácidos graxos e de glicerol; para que seja possível produzir uma transesterificação
estequiometricamente completa, é necessária uma proporção molar de 3:1 (3 para 1) de

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álcool por triacilglicerídeo. Essa reação possui caráter reversível, dessa forma,
geralmente há a adição em excesso do álcool (agente transesterificante), contribuindo
para um aumento do rendimento do éster assim como permitindo que seja separado do
glicerol formado, Figura 2.

Figura 2 - reação de transesterificação

Fonte: GERIS et al. (2007)

O processo de transesterificação pode ser classificado como catalítico e não


catalítico. A produção não catalítica requer condições severas. Já a produção catalítica
pode utilizar catalisador homogêneo e heterogêneo, sendo esses ácidos ou básico, ou
também biocatalizadores.

Segundo Costa (2023,p.85) a reação de transesterificação não é só influenciado


pelo catalisador, inclui pesquisas em razão da molaridade existente entre o álcool e óleo
vegetal, o tempo da reação, temperatura, o grau de refinamento, assim como o efeito da
presença e umidade e acu mulo de acidos graxos livres. Para que se alcance o máximo
em rendimento o álcool precisa ser livre de umidade e ácido graxos livres.
Teoricamente, a reação segue o princípio de Louis Le Chatelier, químico francês, que
dita que o rendimento da reação depende do deslocamento do equilíbrio químico em
favor dos ésteres, através da otimização de fatores como a temperatura da reação, da
concentração e do caráter ácido-base do catalisador, bem como o excesso
estequiométrico do agente da transesterificação. É notório, que o produto da reação de
transesterificação é um éster monoalquílico de óleo vegetal, que é similar ao produto
dos derivados de petróleo. O rendimento térmico do biodiesel é de 95%, visto que não é
visto muita diferença.

Segundo Barnwal e Sharma, a reação é reversível na qual um éster é


transformado em outro por uma mudança em sua porção alcóxi, sendo que isso ocorre
em três etapas: o início é quando as moléculas de triglicerídeos são convertidas em

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diglicerídeos, aí então têm sua conversão para monoglicerídeos, para aí converterem-se
em glicerol, com a produção então de um mol de éster a cada etapa da reação. No caso,
o álcool deve ter até oito átomos de carbono na sua cadeia, entretanto, em decorrência
das propriedades desse produto, o metanol e o etanol são caracterizados como os
principais agentes de transesterificação, assim como são os mais comumente utilizados
nesse processo.

A terceira fase tem relação com a separação das fases. Depois da reação de
transesterificação a massa da reação se constitui de duas fases que podem ser separadas
por decantação e/ou por centrifugação. A fase pesada é composta por glicerina bruta
impregnada por excessos de álcool utilizado, água e impurezas da matéria-prima. A fase
leve possui esteres impregnados por excessos de álcool utilizado. É efetivada então a
recuperação do álcool da glicerina na fase pesada, através de evaporação, eliminando da
glicerina os constituintes voláteis (água e álcool), cujo vapor é liquefeito em
condensador apropriado; e a recuperação do álcool dos ésteres na fase leve, de modo
que o álcool residual libere os ésteres de metanol ou etanol. Ocorre então a desidratação
do álcool, por destilação, pois, depois da recuperação, possuem significativas porções
de água, carecendo de separação. (2003, citado por COSTA, KOVALESKI,
ANDRADE, MATOS;PARENTE, 2023).

Então, resultante de todo o processo de transesterificação, além do Biodiesel,


substituto do diesel derivado de petróleo, tem-se a co-produção de glicerina, que, sendo
purificada, possui um amplo mercado, tanto nacional quanto internacionalmente, e o
álcool hidratado, que pode ser usado em veículos movidos a álcool.

2.3. Parâmetros de Qualidade

Na tabela II e III, lista-se os parâmetros de qualidade acerca do produto listado


como óleo diesel de uso não rodoviário, ou bioetanol, de acordo com a Resolução da
ANP n°45 (2014). Algumas lacunas de características físico-químicas se encontram
especificadas ao fim da tabela, em notações estabelecidas pela mesma Resolução. Os
métodos de produção na 4a coluna estão especificados na tabela I.

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Tabela I. Métodos e Títulos

Métodos ABNT

MÉTODO TÍTULO

NBR 6294 Óleos lubrificantes e aditivos - Determinação de cinza sulfatada

NBR 7148 Petróleo e produtos de petróleo - Determinação da massa específica, densidade


relativa eºAPI - Método do densímetro

NBR 10441 Produtos de petróleo - Líquidos transparentes e opacos - Determinação da viscosidade


cinemática e cálculo da viscosidade dinâmica

NBR 14065 Destilados de petróleo e óleos viscosos - Determinação da massa específica e da


densidade relativa pelo densímetro digital.

NBR 14359 Produtos de petróleo - Determinação da corrosividade - Método da lâmina de cobre

NBR 14448 Produtos de petróleo - Determinação do índice de acidez pelo método de titulação
potenciométrica

NBR 14598 Produtos de petróleo - Determinação do ponto de fulgor pelo aparelho de vaso
fechado Pensky-Martens

NBR 14747 Óleo Diesel - Determinação do ponto de entupimento de filtro a frio

NBR 15342 Biodiesel - Determinação de monoglicerídeos e diglicerídeos em biodiesel de


mamona por cromatografia gasosa

NBR 15343 Biodiesel - Determinação da concentração de metanol e/ou etanol por cromatografia
gasosa

NBR 15344 Biodiesel - Determinação de glicerina total e do teor de triglicerídeos em biodiesel

NBR 15553 Produtos derivados de óleos e gorduras - Ésteres metílicos/etílicos de ácidos graxos -
Determinação dos teores de cálcio, magnésio, sódio, fósforo e potássio por
espectrometria de emissão ótica com plasma indutivamente acoplado (ICP-OES)

NBR 15554 Produtos derivados de óleos e gorduras -Ésteres metílicos/etílicos de ácidos graxos
-Determinação do teor de sódio por espectrometria de absorção atômica

NBR 15555 Produtos derivados de óleos e gorduras -Ésteres metílicos/etílicos de ácidos graxos
-Determinação do teor de potássio por espectrometria de absorção atômica

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NBR 15556 Produtos derivados de óleos e gorduras -Ésteres metílicos/etílicos de ácidos graxos
-Determinação do teor de sódio, potássio, magnésio e cálcio por espectrometria de
absorção atômica

NBR 15764 Biodiesel - Determinação do teor total de ésteres por cromatografia gasosa

NBR 15771 Biodiesel - Determinação de glicerina livre - Método Volumétrico

NBR 15867 Biodiesel - Determinação do teor de enxofre por espectrometria de emissão ótica com
plasma indutivamente acoplado (ICP-OES)

NBR 15908 Biodiesel - Determinação da glicerina livre, monoglicerídeos, diglicerídeos,


triglicerídeos e glicerina total por cromatografia gasosa

NBR 15995 Biodiesel - Determinação da contaminação total

Métodos ASTM

MÉTODO TÍTULO

ASTM D93 Flash point by Pensky-Martens closed cup tester

ASTM D130 Corrosiveness to copper from petroleum products by copper strip test

ASTM D445 Kinematic viscosity of transparent and opaque liquids (and calculation of dynamic
viscosity

ASTM D613 Cetane number of Diesel fuel oil

ASTM D664 Acid number of petroleum products by potentiometric titration

ASTM D874 Sulfated ash from lubricating oils and additives

ASTM D1298 Density, relative density (specific gravity) or API gravity of crude petroleum and
liquid petroleum products by hydrometer

ASTM D4052 Density and relative density of liquids by digital density meter

ASTM D4951 Determination of additive elements in lubricating oils by inductively coupled plasma
atomic emission spectrometry

ASTM D5453 Determination of total sulfur in light hydrocarbons, spark ignition engine fuel, diesel
engine fuel, and engine oil by ultraviolet fluorescence

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ASTM D6304 Determination of water in petroleum products, lubricating oils, and additives by
coulometric Karl Fisher titration

ASTM D6371 Cold filter plugging point of Diesel and heating fuels

ASTM D6584 Determination of total monoglyceride, total diglyceride, total triglyceride, and free
and total glycerin in b-100 biodiesel methyl esters by gas chromatography

ASTM D6890 Determination of ignition delay and derived cetane number (DCN) of Diesel fuel
oils by combustion in a constant volume chamber

Métodos EN/ISO

MÉTODO TÍTULO

EN 116 Determination of cold filter plugging point

EN ISO 2160 Petroleum products - Corrosiveness to copper - Copper strip test

EN ISO 3104 Petroleum products - Transparent and opaque liquids - Determination of kinematic
viscosity and calculation of dynamic viscosity

EN ISO 3675 Crude petroleum and liquid petroleum products - Laboratory determination of
density - Hydrometer method

EN ISO 3679 Determination of flash point - Rapid equilibrium closed cup method

EN ISO 3987 Petroleum products - Lubricating oils and additives - Determination of sulfated ash

EN ISO 5165 Diesel fuels - Determination of the ignition quality of diesel fuels - Cetane engine
method

EN ISO 12185 Crude petroleum and liquid petroleum products. Oscillating U-tube method

EN 12662 Liquid Petroleum Products - Determination of contamination in middle distillates

EN ISO 12937 Petroleum Products - Determination of water - Coulometric Karl Fischer titration
method

EN 14103 Fat and oil derivatives - Fatty acid methyl esters (FAME) - Determination of ester
and linolenic acid methyl ester contents

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EN 14104 Fat and oil derivatives - Fatty acid methyl esters (FAME) - Determination of acid
value

EN 14105 Fat and oil derivatives - Fatty acid methyl esters (FAME) - Determination of free
and total glycerol and mono-, di- and triglyceride content - (Reference Method)

EN 14106 Fat and oil derivatives - Fatty acid methyl esters (FAME) - Determination of free
glycerol content

EN 14107 Fat and oil derivatives - Fatty acid methyl esters (FAME) - Determination of
phosphorus content by inductively coupled plasma (ICP) emission spectrometry

EN 14108 Fat and oil derivatives - Fatty acid methyl esters (FAME) - Determination of sodium
content by atomic absorption spectrometry

EN 14109 Fat and oil derivatives -Fatty acid methyl esters (FAME) - Determination of
potassium content by atomic absorption spectrometry

EN 14110 Fat and oil derivatives - Fatty acid methyl esters (FAME) - Determination of
methanol content

EN 14111 Fat and oil derivatives - Fatty acid methyl esters (FAME) - Determination of iodine
value

EN 14112 Fat and oil derivatives - Fatty acid methyl esters (FAME) - Determination of
oxidation stability (accelerated oxidation test)

EN 14538 Fat and oil derivatives - Fatty acid methyl esters (FAME) - Determination of Ca, K,
Mg and Na content by optical emission spectral analysis with inductively coupled
plasma (ICP-OES)

EN 15751 Fat and oil derivatives - Fatty acid methyl esters (FAME) and blends with diesel
fuel. Determination of oxidation stability by accelerated oxidation method

EN 16294 Petroleum Products And Fat And Oil Derivatives - Determination of Phosphorus
Content In Fatty Acid Methyl Esters (Fame) - Optical Emission Spectral Analysis
With Inductively Coupled Plasma (ICP OES)

EN ISO 20846 Petroleum Products - Determination of sulfur content of automotive fuels -


Ultraviolet fluorescence method

EN ISO 20884 Petroleum Products -Determination of sulfur content of automotive fuels -


Wavelength-dispersive X -ray fluorescence spectrometry

Fonte: Resolução ANP n°45 (2013)

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Tabela II - Especificação do Biodiesel

CARACTERÍSTICA UNIDADE LIMITE MÉTODO

ABNT ASTM EN/ISO


NBR D

Aspecto - LII (1) - - -


(2)

Massa específica a 20º C kg/m³ 850 a 7148 1298 EN ISO 3675


900 14065 4052 EN ISO
12185

Viscosidade Cinemática a 40ºC mm²/s 3,0 a 6,0 10441 445 EN ISO 3104

Teor de água, máx. mg/kg 200,0 (3) - 6304 EN ISO


12937

Contaminação Total, máx. (13) mg/kg 24 15995 - EN 12662 (5)

Ponto de fulgor, mín. (4) ºC 100,0 14598 93 EN ISO 3679

Teor de éster, mín % massa 96,5 15764 - EN 14103 (5)

Cinzas sulfatadas, máx. (6) % massa 0,020 6294 874 EN ISO 3987

Enxofre total, máx. mg/kg 10 15867 5453 EN ISO


20846 EN
ISO 20884

Sódio + Potássio, máx. mg/kg 5 15554 - EN 14108 (5)


15555 EN 14109 (5)
15553 EN 14538 (5)
15556

Cálcio + Magnésio, máx. mg/kg 5 15553 - EN 14538 (5)


15556

Fósforo, máx. (7) mg/kg 10 15553 4951 EN 14107 (5)


EN 16294 (5)

Corrosividade ao cobre, 3h a - 1 14359 130 EN ISO 2160


50ºC, máx. (6)

18
Número Cetano (6) - Anotar - 613 EN ISO 5165
6890 (8)

Ponto de entupimento de filtro ºC (9) 14747 6371 EN 116


a frio, máx.

Índice de acidez, máx. mg KOH/g 0,50 14448 - 664 - EN 14104 (5)

Glicerol livre, máx. % massa 0,02 15771 6584 (5) EN 14105 (5)
15908 (5) - EN 14106 (5)
-

Glicerol total, máx. (10) % massa 0,25 15344 6584 (5) EN 14105 (5)
15908 (5) -

Monoacilglicerol, máx. % massa 0,7 15342 (5) 6584 (5) EN 14105 (5)
15344
15908 (5)

Diacilglicerol, máx. % massa 0,20 15342 (5) 6584 (5) EN 14105 (5)
15344
15908 (5)

Triacilglicerol, máx. % massa 0,20 15342 (5) 6584 (5) EN 14105 (5)
15344
15908 (5)

Metanol e/ou Etanol, máx. % massa 0,20 15343 - EN 14110 (5)

Índice de Iodo g/100g Anotar - - EN 14111 (5)

Estabilidade à oxidação a hora 12 EN 14112 (5)


110ºC, mín. (11) (Redação EN 15751 (5)
dada pela Resolução ANP Nº
798 DE 01/08/2019).

Fonte: Resolução ANP n°45 (2014)

Nota:
(1) Límpido e isento de impurezas, com anotação da temperatura de ensaio. Em caso de
disputa, o produto só poderá ser considerado como não especificado no Aspecto, caso
os parâmetros de teor de água e/ou contaminação total estejam não conformes.

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(2) Para efeito de fiscalização, nas autuações por não conformidade no Aspecto, deverão
ser realizadas as análises de teor de água e contaminação total. O produto será
reprovado caso pelo menos um desses dois últimos parâmetros esteja fora de
especificação.

(3) Para efeito de fiscalização, nas autuações por não conformidade, será admitida
variação de +50 mg/kg no limite do teor de água no biodiesel para o produtor e de +150
mg/kg para o distribuidor.

(4) Quando a análise de ponto de fulgor resultar em valor superior a 130ºC, fica
dispensada a análise de teor de metanol ou etanol.

(5) Os métodos referenciados demandam validação para os materiais graxos não


previstos no método e rota de produção etílica.

(6) Estas características devem ser analisadas em conjunto com as demais constantes da
Tabela de Especificação a cada trimestre civil. Os resultados devem ser enviados à ANP
pelo Produtor de biodiesel, tomando uma amostra do biodiesel comercializado no
trimestre e, em caso de neste período haver mudança de tipo de material graxo, o
Produtor deverá analisar número de amostras correspondente ao número de tipos de
materiais graxos utilizados.

(7) Em caso de disputa, deve ser utilizado o método EN 14107 como referência.

(8) O método ASTM D6890 poderá ser utilizado como método alternativo para
determinação do número de cetano.

(9) Limites conforme Tabela II. Para os estados não contemplados na tabela o ponto de
entupimento a frio permanecerá 19ºC.

(10) Poderá ser determinado pelos métodos ABNT NBR 15908, ABNT NBR 15344,
ASTM D6584 ou EN 14105, sendo aplicável o limite de 0,25% em massa. Para
biodiesel oriundo de material graxo predominantemente láurico, deve ser utilizado
método ABNT NBR 15908 ou ABNT NBR 15344, sendo aplicável o limite de 0,30%
em massa.

(11) O limite estabelecido deverá ser atendido em toda a cadeia de abastecimento do


combustível.

(Revogado pela Resolução ANP Nº 798 DE 01/08/2019):

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( 12) A estabilidade à oxidação a 110ºC terá seu limite mínimo de 8 horas, a partir de 1º
de novembro de 2014.

(13) Deverá ser utilizada somente a versão da norma de 1998 ou 2008 (EN 12662:1998
ou EN 12662:2008) (Nota acrescentada pela Resolução ANP Nº 51 DE 25/11/2015).

Tabela III - Ponto de Entupimento de Filtro a Frio

UNIDADES LIMITE MÁXIMO,ºC


DA
FEDERAÇÃO

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

SP - MG - MS 14 14 14 12 8 8 8 8 8 12 14 14

GO/DF - MT - 14 14 14 14 10 10 10 10 10 14 14 14
ES - RJ

PR - SC - RS 14 14 14 10 5 5 5 5 5 10 14 14

Fonte: Resolução ANP n°45 (2014)

3. CONCLUSÃO

A legislação de produtos biodiesel desenvolve um papel fundamental na


promoção da sustentabilidade e na redução da dependência de combustíveis fósseis. Ao
estabelecer padrões de qualidade, segurança e produção ambientalmente responsáveis,
esta legislação impulsiona a indústria do biodiesel,inova em tecnologias e contribui para
a mitigação das mudanças climáticas. No entanto, é primordial que essas leis sejam
atualizadas e reforçadas para enfrentar os desafios da evolução do âmbito da energia
renovável, assim garantindo que tudo esteja nos padrões existentes.

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REFERÊNCIAS

COSTA, Verlaine Lia; KOVALESKI, João Luiz; JUNIOR, Pedro Andrade; DE


MATOS, Eloisa Silva. A INTRODUÇÃO DO BIODIESEL NA MATRIZ
ENERGÉTICA BRASILEIRA: CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA E O
PROCESSO DE PRODUÇÃO. 2. ed. Universidade Tecnológica Federal do Paraná –
PPGEP: Revista Brasileira de Energia, 2013. 71-89 p. v. 19.

AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS,


Anp - . RESOLUÇÃO ANP Nº 920, DE 4 DE ABRIL DE 2023 - DOU DE 05-04-2023.
ANP, 2023. Disponível em:
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Acesso em: 06 out. 2023.

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socioambiental para o Brasil. 31. ed. Universidade Federal do Paraná: Revista
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SUSTENTÁVEL BIOCOMBUSTÍVEL É PRODUZIDO 10 de agosto de 2022.
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