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Portfólio Final - ED
Portfólio Final - ED
Expressão Dramática
Docente Maria João Ceia
Portfólio:
Trabalhos propostos em contexto de sala de aula
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Indicar um professor que tenha sido especial e porquê.
A professora que mais me marcou ao longo de todo o meu percurso escolar foi a minha
professora do 1º ciclo, carinhosamente conhecida pelos seus alunos como “Vina”
(Ludovina). É uma pessoa com a qual ainda hoje mantenho um contacto de
proximidade, por ter sido uma professora exemplar pela sua entrega, dedicação e
empenho na minha aprendizagem, mas por ter conseguido fazer a diferença também na
minha vida pessoal.
Nos primeiros anos de vida de uma criança é fundamental que sejam estabelecidas
relações que estimulem o seu crescimento e entrega nas tarefas que lhe vão sendo
propostas e neste sentido, ter uma professora primária dos 6 aos 10 anos de idade, que
para além de me ter ensinado a ler, escrever e também foi acompanhando o meu
crescimento transmitindo-me valores e princípios que a leitura e a escrita não ensinam.
Por ser uma criança na altura, não tive a consciência imediata no impacto que esta
professora teve na minha vida, mas à medida que fui consolidando a minha
personalidade e lidando também com outros professores e contextos escolares diversos,
fui percebendo que ao ter tido este acompanhamento no 1º ciclo, me preparou para as
diversas etapas que fui ultrapassando ao longo do meu percurso escolar. Este exemplo é
a prova do papel fundamental que os professores podem ter na vida dos seus alunos e
que para além de conteúdos programáticos, avaliações em escalas quantitativas,
cumprimento de objetivos dos planos curriculares e etc, os professores podem e devem
transmitir ensinamentos que ficam para a vida. Teorizando este exemplo prático, a
Educação Formal dada pela escola é fundamental, mas é nas relações e experiências de
vida que se constituem as maiores e mais duradouras aprendizagens ao longo da vida –
e é por isso que mais do que me ter ensinado as bases do português, matemática e
estudo do meio, ensinou-me a saber ser!
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entre outros. Todas estas condicionantes, contribuem para que a profissão de docente
seja pouco atrativa para as novas gerações de professores, agravando o problema da
falta de professores.
O chamado efeito “bola de neve” fez com que ao longo deste ano tenham sido
realizadas inúmeras manifestações e greves contra o Ministério da Educação, no sentido
de se conseguir gerar uma reforma profunda no ensino, com o objetivo dos professores
serem finalmente recompensados por todo o esforço que fazem para poderem lecionar
na escola pública com tão poucas garantias de segurança por parte do Governo.
Estas reivindicações são pertinentes e têm sido destacadas quer nas televisões, rádios e
imprensa, que têm dado voz aos professores e aos sindicatos que os representam.
Ser professor em Portugal, vai muito mais além da questão vocacional. É preciso
valorizar e priorizar quem ensina. Para além disto, estas ondas de manifestação são
também uma preparação para as futuras gerações de professores, porque criam um sinal
de alerta para a necessidade urgente de valorizar a profissão por parte da classe política
atual.
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É este esforço que estou disposta a investir, para que num futuro os meus alunos me
possam ter como um exemplo a seguir. Se eu puder deixar uma marca, por mais
pequena que seja, na vida de um aluno meu, é sinal que o esforço que depositei nesta
profissão, valeu a pena.
É preciso compreender que os contos escritos pelos irmãos Grimm, provêm de uma recolha
feita no domínio da oralidade, que embora tratando-se de mitos, muitos deles retratam factos
que facilmente conseguimos adaptar à nossa realidade quotidiana. Por outro lado, podemos
considerar como a Disney usou estes contos como fonte de inspiração para os seus filmes e
produtos, muitas vezes modificando-os para se adequar aos padrões da cultura popular.
A relação que é estabelecida entre a Disney e os ditos contos, foca-se sobretudo na versão
francesa do filme da Cinderela, que apela ao materialismo, beleza física (essencialmente da
personagem da Cinderela) e ao amor romântico. Estas características do filme são transversais a
todos os outros filmes produzidos pela Disney, em que há uma tendência para retratar as
personagens principais (todas elas princesas) seguindo um padrão de beleza – pele clara,
elegância, cabelo comprido e um padrão de comportamento – delicadeza, fragilidade,
sensibilidade e incapacidade de resolução de um problema, precisando de uma figura masculina
(representada pelo príncipe encantado) para o resolver.
Esta ênfase na materialização pode ter implicações mais amplas para a forma como as
crianças veem o mundo. Pode levar a uma cultura de consumo excessivo e uma obsessão pela
aparência física, em detrimento de valores mais profundos, como a empatia e o respeito pelas
diferenças.
Este padrão criado pela Disney retira a magia dos contos dos irmãos Grimm, porque desvia
a atenção daquilo que realmente importa – a imaginação moral da criança e qual é a lição que se
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pode retirar da história. Mas até que ponto é que podemos considerar que Disney nos roubou?
Podemos questionar-nos se a versão da Disney dos contos de Grimm é fiel às originais ou se ela
deturpa ou omite certos elementos para se adequar à sua visão do mundo.
Por um lado, podemos considerar que muitos dos contos dos irmãos Grimm apresentam
temas e elementos que podem ser perturbadores para crianças, como violência, morte, abuso e
outros aspetos sombrios da vida. A forma como a Disney adapta estes contos para os seus filmes
pode suavizar ou omitir esses elementos, para torná-los mais apropriados para um público
infantil. Isto pode levantar questões sobre como a Disney equilibra o desejo de entreter as
crianças com a responsabilidade de apresentar histórias de forma precisa e sem ferir
suscetibilidades. Outra questão que se levanta, é que pode haver um risco de que as crianças
possam interpretar as adaptações da Disney como sendo precisas ou verdadeiras em relação aos
contos originais.
Por fim, podemos considerar como os contos dos irmãos Grimm e suas adaptações têm
moldado a nossa cultura popular e influenciado a nossa compreensão do que é certo e errado,
bem e mal, belo e feio. Podemos perguntar-nos se a popularização desses contos em diferentes
meios de comunicação ajudou ou prejudicou a nossa capacidade de refletir criticamente sobre as
questões éticas e morais que eles levantam.
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A escolha dos jogos para elaborar esta tarefa, recaíram sob a minha infância, por me
fazerem lembrar bons momentos de partilha e vivências entre amigos e colegas. Repensando
estes jogos agora noutra fase da vida e relacionando-os com os objetivos propostos, estes jogos,
mais do que momentos de diversão, permitem-nos ganhar consciência sobre os nossos
movimentos corporais e como podemos posicionar o nosso corpo no espaço e em relação ao
outro.
Estes três jogos, para além de se poderem jogar em pequenos ou grandes grupos, podem
ser adaptados ou alterados em contexto educacional, para que se possam atingir os objetivos
abaixo descritos. São estas adaptações/alterações que me proponho fazer para dar resposta à
tarefa proposta.
Macaquinho do Chinês
Regras:
Um jogador deve ficar junto a uma parede (ou uma porta), de costas para os outros
jogadores, que estão alinhados a uma distância de alguns metros da parede, e deve
dizer: “1,2,3, macaquinho do chinês”. Enquanto isso, os restantes participantes devem
andar ou correr em direção à parede. Quando o jogador que está a contar junto à parede
se volta todos os jogadores têm de ficar parados (estátua). O contador dá ordem para
voltarem ao início do jogo a todos os jogadores que se mexerem. O jogador que conta
não pode tocar ou atirar objetos aos outros jogadores participantes que ficam parados
em estátua. Ganha o jogador que chegar à parede e disser: STOP ao conseguir avançar
sem ser visto pelo contador. Quem ganhar o jogo passa a ser o novo contador junto à
parede (Alimenta a Brincadeira, s.d.).
Macaquinho do Chinês
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são obrigados a ficarem na posição em que se encontravam, por tempo
indeterminado.
A posição de neutralidade pode ser atingida ao longo de todo o jogo, se no
início for dada a indicação de que na deslocação e na posição de
imobilidade, terão de realizar movimentos neutrais e fluídos, sem que haja
Neutralidade
uma “pré-programação” mental do que fazer a seguir. Este exercício vai
obrigar a que os jogadores tenham mais consciência de si e vai ajudar a
que os outros objetivos sejam cumpridos.
No seguimento da imobilidade, é possível atingir o objetivo da postura,
Postura quando os jogadores são obrigados a manterem a posição sem que haja
movimentos, para que se possam manter em jogo.
A noção de corpo do espaço, vai depender da consciência corporal de cada
um. No entanto, é possível atingir este objetivo se propusermos a
elaboração de movimentos diversificados em cada ronda do jogo,
Corpo no espaço obrigando os jogadores a repensarem as suas posições e até na forma
como se deslocam (gatinhar, corrida, marcha, pé-coxinho, rastejar…) em
direção ao “responsável” do jogo, quando este está virado de costas a
cantar a música “1, 2, 3, macaquinho do chinês”.
A proposta de alteração para que haja consciência do corpo em relação a
outro, é a realização do jogo a pares e que esses mesmos pares tenham de
se desafiar mutuamente ao tentarem conectar-se física e psicologicamente,
Corpo em relação a criando várias posições ao longo de cada ronda que promovam o contacto
outro entre eles. Desta forma, o jogo torna-se mais desafiante por ser jogado “a
dois” em que ambos têm de se adaptar um ao outro, de forma a não
perderem o jogo e conseguirem manter-se imobilizados e em posições
diferentes.
Futebol Humano
Regras:
Para jogar futebol humano, é necessário começar por desenhar, num espaço plano, um
retângulo, dividido em dois meios-campos iguais, os quais ficam cada um para cada
uma das equipas.
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Os jogadores de cada equipa dispõem-se lado a lado, junto à linha de meio-campo. Ao
sinal de início do jogo, cada equipa tenta marcar golo, o que acontece quando um
jogador, partindo do seu meio-campo, passa para além da linha final da equipa
adversária, sem ser tocado por ninguém desta equipa.
Quando um jogador tem oportunidade, avança para o meio-campo adversário e tenta
ultrapassar a sua linha final, a fim de marcar golo, mas por sua vez, os elementos da
equipa que está a defender, tentarão tocar-lhe, para evitar a marcação do golo.
Os elementos de uma equipa só podem caçar outros no seu meio-campo e nunca no
meio-campo adversário, onde poderão ser, por sua vez, caçados.
Depois de existir um golo, todos os elementos caçados regressam ao seu meio-campo e
o jogo recomeça. Vence a equipa que mais golos marcar (Nunes, 2010).
Futebol Humano
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se atingir a imobilidade, será mais fácil ganhar esta consciência espacial.
Ao longo de todo o jogo, os jogadores estão em contacto permanente uns
com os outros, porque têm de tentar impedir que os adversários entrem na
Corpo em relação a
sua baliza. Assim sendo, há uma obrigatoriedade em ganhar consciência
outro
do corpo em relação a outro, porque é uma atividade que depende uns dos
outros para ser bem-sucedida.
Apanhada
Regras:
Nomeiam um dos participantes à sorte. Essa pessoa é aquela que vai ficar a apanhar.
Os participantes têm de fugir para não serem apanhados. Sempre que a pessoa que está
a apanhar consegue tocar num participante, trocam de papéis. Esse participante fica a
apanhar e a outra pessoa passa a jogador comum (Jogos Tradicionais e Brincadeiras,
s.d.)
Apanhada
Imobilidade Este objetivo pode ser atingido se procedermos a uma alteração nas
regras/execução do jogo. O jogador que for apanhado, terá de ficar
imóvel, até que outro jogador seja apanhado, para voltar a entrar em jogo.
Outra regra que se poderá acrescentar, de forma a se atingir a imobilidade,
é a que criar um sítio de “repouso”, onde os jogadores poderão descansar
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no máximo de 30 segundos, até voltarem a entrar em jogo.
A posição de neutralidade pode ser atingida ao longo de todo o jogo.
Neutralidade Como os jogadores têm de realizar movimentos rápidos e neutrais, para
não serem apanhados, será um objetivo fácil de atingir.
No seguimento da imobilidade, é possível atingir o objetivo da postura,
quando os jogadores são obrigados a manterem a posição sem que haja
Postura
movimentos, para que se possam manter em jogo quer no “repouso” quer
no momento em que são apanhados e têm de permanecer imóveis.
A noção de corpo do espaço, vai depender da consciência corporal de cada
um. No entanto, é possível atingir este objetivo, porque é um jogo com
Corpo no espaço muita dinâmica de movimentos. Os jogadores podem correr, andar, saltar
ou ficar imóveis (se forem apanhados), o que lhes permite ter consciência
do próprio corpo, mesmo de forma intencional.
Neste objetivo específico, quando um jogador é apanhado, existe um
contacto físico evidente. O corpo em relação a outro neste jogo, acaba por
Corpo em relação a ser “inverso” porque os jogadores procuram fugir desse contacto, caso
outro contrário, serão apanhados. No entanto, embora se procure fugir do
contacto físico, é um jogo que ajuda os participantes a ganharem
consciência do seu corpo em relação ao outro.
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instrumentos musicais. Os grupos de Cante reúnem até trinta cantadores que se dividem em três
papéis: o “ponto” inicia a moda, seguido pelo “alto”, duplica a melodia uma terceira ou uma
décima acima, muitas vezes adicionando ornamentos. Todo o grupo coral se junta em seguida,
cantando os versos restantes em terceiras paralelas. O alto é a voz orientadora, que se ouve
acima do grupo em toda a música. Existe um vasto repertório de poesia tradicional, bem como
versos contemporâneos. As letras exploram tanto os temas tradicionais como a vida rural, a
natureza, o amor, a maternidade ou a religião, como as mudanças no contexto cultural e social.
O Cante constitui um aspeto fundamental da vida social das comunidades alentejanas,
permeando reuniões sociais em espaços públicos e privados. A transmissão entre os membros
mais velhos e mais jovens ocorre principalmente nos ensaios dos grupos corais. Para os seus
praticantes e apreciadores o Cante encarna um forte sentido de identidade e de pertença. Reforça
também o diálogo entre diferentes gerações, géneros e indivíduos de diferentes origens,
contribuindo assim para a coesão social. (Unesco Portugal (MNE), 2014)
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Se pudéssemos desenvolver 3 dramatizações em sequência, o que
ficaria por contar?
Relativamente ao conto do Sal e da Água, irei apresentar um texto para um
narrador que complete a história, contando o mínimo necessário para que a dramatização
faça sentido.
Era uma vez um Rei que tinha três filhas e um dia decidiu perguntar-lhes qual delas era
a mais sua amiga. A primeira, respondeu dizendo que gostava mais do pai do que a luz do Sol; a
segunda, por sua vez, respondeu dizendo que gostava mais do pai do que dela própria e a filha
mais nova, referiu que gostava tanto do pai como a comida queria o sal. Sem entender, o rei
considerou que a filha mais nova não lhe tinha assim tanta amizade e expulsou-a do castelo.
Anos mais tarde, o rei volta a cruzar-se com a sua filha mais nova, no seu próprio
casamento em que a mesma ficou responsável por fazer a comida do banquete e sabendo que o
seu pai estaria presente, não colocou sal na sua comida. O rei, conhecendo de imediato a sua
filha, percebeu o erro que tinha cometido e prometeu nunca mais duvidar do amor que esta
sentia por ele.
Além disso, é abordada a importância das transformações nos contos de fadas como um meio de
transmitir lições morais e valores para as crianças. As metamorfoses nos contos de fadas muitas
vezes representam a superação de obstáculos, a capacidade de se adaptar a novas situações e a
transformação positiva das personagens principais.
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Portanto, o capítulo "Transformações" no livro "A Psicanálise dos Contos de Fadas" de Bruno
Bettelheim aborda a importância das metamorfoses simbólicas nos contos de fadas e como elas
influenciam o crescimento emocional e psicológico das crianças.
Esta reflexão vai ao encontro da Ficha de Leitura realizada para esta unidade curricular sobre o
livro “Psicanálise dos Contos de Fadas” e como este tem um impacto na interpretação e análise
dos contos de fadas. É interessante ter conhecimento da abordagem que é feita a estas histórias,
vendo para além da forma como é transmitido às crianças. Nós, enquanto adultos, devemos estar
despertos para estas questões, no sentido de sabermos aquilo que estamos a contar às nossas
crianças e qual será o impacto que estas histórias têm no seu crescimento.
O objetivo deste trabalho, é o de planificar para uma turma do 4º ano de escolaridade, três
planos de aula em que o objetivo é a criação de uma dramatização a partir de um jogo. O jogo
escolhido para o desenvolvimento deste trabalho é o jogo “O Rei Manda”.
No entanto, existem algumas particularidades a ter em conta – a proposta em cada uma das
sessões de trabalho, será o de alterar a dinâmica original do jogo, de modo que os alunos
consigam criar uma dramatização em torno do próprio. A ideia será criar ou recriar um conto
tradicional, em que esteja presente a vertente do “bem” e do “mal”, a partir das personagens e
ações das mesmas e que no final o bem prevaleça sobre o mal.
Ao mesmo tempo que os alunos irão trabalhar a sua comunicação verbal e não-verbal, irão
também ganhar mais consciência do próprio corpo e ainda trabalharem em torno do que é o
“bem” e o “mal”, procurando criar um momento de reflexão no final de cada exercício.
2. Objetivos Gerais
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- Ganhar consciência do seu próprio corpo: os alunos deverão ser capazes de promover a
consciência e o controlo do corpo através das dramatizações, explorando gestos, posturas,
movimentos e expressões faciais;
Inicialmente, um adulto fará de rei e dará as instruções: “o rei manda acordar!”, “o rei manda
tomar banho!”, “o rei manda escovar os dentes!”, “o rei manda tomar o pequeno-almoço!” no
tema da rotina diária.
Se utilizar o tema, por exemplo do gato: “o rei manda lamber as patas!”, “o rei manda miar!”, “o
rei manda esticar ao sol!”, etc. Apenas tem de usar a sua imaginação!
É importante referir que as crianças só devem obedecer quando se diz a frase “O rei manda…”,
sem ela as ordens não têm efeito.
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Notas:
1ª sessão (90min)
Atividades Ajuste Competências Objetivos Materiais
Temporal Específicas
Exercícios de 10 minutos - Capacidade de - Estimular a - Colchões
relaxamento concentração. concentração e - Tapetes
- Capacidade de foco dos alunos,
Jogo tradicional 30 minutos expressão. preparando-os
“O Rei Manda” - Capacidade de para a atividade
movimentação. seguinte;
Momento - Desenvolver a
reflexivo sobre o 20 minutos consciência
jogo corporal e a
capacidade de
Exercícios de 20 minutos relaxar diferentes
“espelho” partes do corpo.
- Desenvolver
Exercícios de 10 minutos habilidades de
relaxamento comunicação não
verbal, como
expressões
faciais,
linguagem
corporal e gestos,
para transmitir
emoções e
intenções durante
o jogo.
- Promover a
cooperação e o
trabalho em
equipa.
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Procedimento metodológico
Terminada a atividade, iremos passar ao momento reflexivo para perceber quais são as
suas opiniões acerca do jogo. No sentido de fomentar o trabalho em equipa, irei informar que na
sessão seguinte, os alunos que já estão familiarizados com as regras e funcionamento do jogo,
terão de criar uma dramatização em torno dele em que o objetivo será o de criar um conto
tradicional, em que esteja presente a vertente do “bem” e do “mal”, a partir das personagens e
ações das mesmas e que no final o bem prevaleça sobre o mal.
A turma será dividida em dois grupos (4-3) em que obrigatoriamente há um aluno que
irá desempenhar o papel de vilão (mal) e os restantes irão representar o “bem”.
2ª sessão (90min)
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Atividades Ajuste Competências Objetivos Materiais
Temporal Específicas
Exercícios de 10 minutos - Capacidade de - Estimular a - Colchões
relaxamento concentração. concentração e -T
- Capacidade de foco dos alunos, apetes
Exposição de expressão. preparando-os
ideias iniciais 30 minutos - Capacidade de para a atividade
movimentação. seguinte.
Jogo tradicional - Estimular a
“O Rei Manda” 20 minutos criatividade dos
alunos.
Encenação da - Trabalhos os
dramatização 30 minutos movimentos
corporais.
Exercícios de - Promover a
relaxamento 10 minutos cooperação e o
trabalho em
equipa.
Procedimento Metodológico
Durante 30 minutos, os alunos irão expor quais são as suas ideias iniciais para a
dramatização e eu, e enquanto professora, irei guiá-los e indicar-lhes qual será o melhor
caminho a seguir. O objetivo é dar-lhes liberdade de criarem as suas próprias dramatizações,
estimulando a criatividade e promovendo o trabalho em equipa. Os dois grupos terão de definir
qual o caminho a seguir nesta sessão.
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dicas para irem aprimorando as suas representações, para que na próxima sessão tudo decorra
normalmente.
3ª Sessão (90min)
Procedimento Metodológico
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A aula terá início com exercícios de relaxamento durante um período de 10 minutos no
sentido de promover a capacidade de concentração das crianças e aquecer o corpo com
exercícios de respiração profunda.
Ao longo de 45 minutos, irão ser apresentadas as encenações dos dois grupos. O tempo
dedicado a este segmento da aula é mais extenso, porque quero deixá-los à vontade para que
possam realizar as suas encenações. Num momento prévio às apresentações, irei novamente
explicar qual a ideia inicial de transformar o jogo num conto tradicional – retirar a lição para a
vida de que o bem prevalece sobre o mal.
Este plano foi criado no sentido de desenvolver todas estas capacidades e o de tornar
acessível tendo em conta o nível de escolaridade. Ao longo das três sessões eu adquiro um papel
moderador e encorajador aos alunos, no sentido de fomentar a sua motivação e envolvimento na
atividade. Desta forma, creio que o plano está bem estruturado dando as bases para que
consigam desenvolver de forma autónoma uma história com personagens em torno do jogo. O
que pode dificultar a aplicação deste plano é a interpretação subjetiva que os alunos terão de
fazer em torno do “bem” e do “mal”, mas como referi anteriormente, o meu papel será o de
moderar e guiá-los durante todo o processo. O objetivo final é que consigam refletir acerca das
dramatizações criadas e que retirem uma lição para a vida, tendo em conta a fase que estão a
viver agora.
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Mais do que ser um bom ator, importa conseguir transmitir as emoções certas no
momento certo e que os alunos consigam sair desta disciplina com a sensação de dever
cumprido e que ao mesmo tempo trabalhem outras competências através dos exercícios
propostos – autoconfiança, autoestima, controlo das emoções e, ao mesmo tempo, a sua
valorização.
No que concerne à avaliação das sessões terá uma componente de grupo e individual,
baseada no envolvimento de cada um na atividade, no desempenho e capacidade de reflexão
após o exercício.
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