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Portfólio Final
Portfólio Final
Educação Básica
Portfólio
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Índice
Identificação................................................................................................................................4
Reflexão crítica – O que é preciso para aprender uma língua estrangeira? | Luís Guerra......5
Definição de conceitos relacionados com o ensino da Língua Estrangeira...........................10
Reflexão sobre três métodos de ensino das línguas.............................................................14
Teorias........................................................................................................................................18
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Identificação
O meu nome é Mafalda da Cruz Machado, tenho 25 anos e sou natural de Santo António
das Areias no concelho de Marvão. Tendo em conta o meu percurso de vida, pretendo trazer
para este portfólio algumas características minhas que considero relevantes e que me definem
enquanto pessoa.
Uma das minhas inspirações é a boneca da Mafalda por ser uma personagem
carismática, irreverente e que questiona tudo à sua volta. Mais do que ter o nome em comum
com ela, serve-me de inspiração para que também eu questione o mundo à minha volta e que
com isso consiga defender aquilo em que acredito e que me mantenha sempre fiel à pessoa que
sou. O interesse pela história da Mafalda vem desde cedo, porque a minha mãe gostando muito
da história da boneca, escolheu o meu nome inspirando-se nela.
Dos meus maiores interesses é o desporto, por ser um escape da rotina do dia-a-dia e
por sentir que contribui para o meu bem-estar físico e psicológico. Comecei a treinar há cerca de
5 anos e até então nunca mais parei e é um dos meus aliados contra a ansiedade. A música e os
podcasts sobre saúde mental, bem-estar e política.
Sem me alongar, deixo duas citações que considero definirem-me muito bem e que
ilustram muito bem o facto de questionar tudo à minha volta e a vontade que tenho de continuar
a conhecer-me melhor e a evoluir acima de tudo enquanto pessoa, mantendo os meus valores e
aspirações.
José Régio
Põe quanto és
Ricardo Reis
4
A minha vocação para o ensino foi o que me trouxe até aqui. Descobri o ensino básico
quando no meio de uma pandemia fiquei responsável por tutelar um aluno do 1º ano de
escolaridade e fazer o seu acompanhamento em casa em conjunto com a sua professora
primária. Curiosamente, a sua professora tinha sido a mesma que a minha - a professora Vina.
Naquela altura, nada me satisfazia mais do que trabalhar em "equipa" com a minha
antiga professora primária, tendo a oportunidade de me colocar no papel dela e ensinar uma
criança, tal como ela fez comigo. Ao ter esta responsabilidade, fez-me perceber que poder fazer
disto vida, seria algo que me traria muita felicidade. E aqui estou...
Reflexão crítica – O que é preciso para aprender uma língua estrangeira? | Luís
Guerra
Porque é que considero importante destacar a idade como um fator relevante para
aprender uma língua estrangeira? Porque mediante a fase da vida em que nos encontramos,
conseguimos valorizar certos aspetos que vão ajudar-nos no processo de aprendizagem de uma
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nova língua e influenciar diretamente a nossa motivação para que possamos obter bons
resultados. E se encararmos a exposição a uma nova língua desta forma, será mais fácil
compreender as necessidades e dificuldades de cada um, ao invés de valorizar fatores cognitivos
como a inteligência.
A idade em que é melhor para aprender uma língua estrangeira pode depender de vários
fatores, incluindo a sua finalidade em aprender a língua e o seu ambiente.
Em geral, pode dizer-se que a idade em que é melhor aprender uma língua estrangeira
depende do seu objetivo e do ambiente em que se encontra. Para fins de desenvolvimento
cognitivo, a infância é uma fase ideal para se aprender línguas. Para fins práticos, como a
procura de oportunidades profissionais ou académicas, a idade adulta pode ser uma fase mais
adequada.
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As crianças como foco no processo de aprendizagem
Como é que as escolas podem ter um papel ativo na procura de aumentar a motivação
das crianças para aprenderem uma nova língua? Uma resposta muito generalizada, vai ao
encontro da carga horária insuficiente destinada a estas disciplinas, que acaba por não despertar
o interesse e motivação suficientes em crianças a partir dos 6 anos de idade. Ter apenas duas a
três horas semanais de inglês, espanhol ou francês, não vai ter um impacto significativo no
processo de aprendizagem. Esta problemática, também influencia diretamente o trabalho dos
professores, que acabam por ter de condensar matéria, não tendo tempo nem espaço suficientes
para diversificar nas aprendizagens dos alunos.
Sabemos que quanto mais estímulos houver, maior será o interesse e a vontade destas
crianças aprenderem uma nova língua. De certa forma, é preciso “traduzir para miúdos” a o
impacto positivo que o saber falar e escrever outras línguas pode ter na vida futura destas
crianças.
Crianças que são expostas a diferentes línguas, desde muito novas, tornam-se mais
conscientes sobre as diferentes culturas existentes, transformando-se em adultos mais
independentes e conscientes do mundo à sua volta. Além disso, a aprendizagem de línguas
estrangeiras pode ser considerada um investimento no futuro, principalmente na era em que
vivemos e em que há cada vez mais uma necessidade de comunicação para o exterior.
As principais vantagens de aprender uma nova linguagem desde cedo prendem-se com um
correto desenvolvimento da criança, a vários níveis:
- Melhora a atenção;
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Ao estimular as crianças de forma correta, as vantagens poderão ser muitas. O importante é
saber cativar e motivar a criança a querer superar-se e ter um propósito que lhe faça sentido em
aprender uma nova língua! Para além de contribuir para o seu enriquecimento cultural, são
fornecidas as bases para saber comunicar com outras pessoas e conhecer uma realidade
diferente da sua. O desafio começa em tentar transmitir à criança os estímulos certos para
aprender uma nova língua e que essa aprendizagem seja constante ao longo da vida.
Tal como refere Luís Guerra, numa aprendizagem precoce, o que realmente importa é
quanto tempo o aluno tem contacto direto com a língua, pois quanto maior a exposição inicial,
maior será a probabilidade de desenvolvimento de competência comunicativa.
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Neste exercício, é possível identificar quais as limitações dos alunos ao nível da
comunicação e quais os vocábulos em que têm mais dificuldades e aqueles em
que se sentem mais à vontade.
Método
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encontram. O método, é um elemento fundamental no planeamento de aulas ou cursos de
línguas estrangeiras e pode variar de acordo com a abordagem pedagógica adotada pelo
professor ou instituição de ensino.
Abordagem
Abordagem pode ser definida como uma perspetiva teórica que orienta a prática do
ensino e da aprendizagem de línguas estrangeiras. As abordagens são baseadas numa visão
particular da língua, do processo de aprendizagem e do papel do professor e do aluno no
processo educacional. As abordagens mais comuns incluem:
O professor pode escolher uma ou mais abordagens para guiar a prática de ensino de acordo
com os objetivos, necessidades e características dos alunos.
No caso da abordagem gramatical, faz sentido tê-la quando se ensina a gramática da língua.
Por fim, na parte da escrita, é importante que estas abordagens sejam bem trabalhadas em
contexto de sala de aula, porque todas elas têm um papel importante para que o aluno consiga
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desenvolver um texto sobre um determinado tema sabendo utilizar os métodos e abordagens que
foram lecionados.
Técnicas
As técnicas podem ser escolhidas e adaptadas pelo professor de acordo com os objetivos e
necessidades dos alunos, bem como com as características do contexto educacional em que se
encontram.
Estratégias
Estratégias são processos mentais que os alunos usam para aprender e para resolver
problemas relacionados à língua estrangeira. Incluem uma variedade de ações, tais como a
seleção e uso de recursos disponíveis, a monitoração do próprio aprendizado, o uso de técnicas
para lembrar e recuperar informações, entre outras. Algumas estratégias comuns usadas pelos
alunos de línguas estrangeiras incluem:
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3. Autoavaliação: a habilidade de avaliar o próprio desempenho em relação aos objetivos
de aprendizagem estabelecidos.
4. Uso de dicionários e outros recursos de referência: a prática de usar dicionários e
outros recursos para ajudar na compreensão e na produção de textos em língua
estrangeira.
5. Uso de estratégias de memorização: a prática de usar técnicas como mnemônicos e
repetição para lembrar vocabulário e outras informações.
As estratégias de aprendizagem podem estar mais voltadas para ajudar o aprendiz a organizar,
elaborar e integrar a informação ou serem mais orientadas para o planeamento, monitoramento,
regulação do próprio pensamento e manutenção de um estado interno satisfatório que facilite a
aprendizagem (estratégias metacognitivas ou de apoio). Os estudantes bem-sucedidos
apresentam a capacidade de monitorização bem desenvolvida, sendo capazes de monitorizar a
compreensão, o uso de estratégias, o investimento de esforço, entre outras atividades. As
estratégias de monitorização da compreensão implicam o indivíduo estar consciente do quanto é
capaz de absorver do conteúdo que está a ser transmitido. (Boruchovitch, 2001 apud Schoen,
Siviero, & Chiari, 2013).
Referências bibliográficas
Schoen, T. H., Siviero, J., & Chiari, B. M. (2013). Psicologia da Educação. Estratégias de
aprendizagem de estudantes de língua espanhola falantes de português, pp. 19-28. Obtido em
31 de março de 2023, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-
69752013000100003&lng=pt&tlng=pt.
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Reflexão sobre três métodos de ensino das línguas
A principal ideia por trás do TBLT é que a aprendizagem de uma língua estrangeira
deve estar focada em tarefas que os alunos teriam de realizar no mundo real, em vez de
simplesmente aprender a gramática e o vocabulário isoladamente. Desta forma, o método tem
como objetivo proporcionar aos alunos a oportunidade de desenvolver as suas habilidades
linguísticas num ambiente mais autêntico e significativo. Além disso, o TBLT também enfatiza
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a colaboração e a interação entre os alunos, incentivando-os a trabalhar em conjunto para atingir
um objetivo comum.
No entanto, é importante ressalvar que o método TBLT não deve ser visto como uma
abordagem única para o ensino de línguas. Cada método tem suas vantagens e desvantagens, e o
TBLT pode não ser a melhor escolha em todas as situações de ensino. É importante que os
professores de línguas avaliem cuidadosamente as necessidades e habilidades dos seus alunos e
escolham a abordagem que melhor responda às suas necessidades.
Limitações
Tempo: O método TBLT pode levar mais tempo para ser implementado do que outros métodos
de ensino de línguas estrangeiras. O processo de desenvolvimento e avaliação de tarefas pode
ser demorado e, como resultado, pode limitar a quantidade de tempo que os professores têm
para ensinar a gramática e outras habilidades linguísticas.
Dificuldade: Alguns alunos podem achar as tarefas desafiadoras e difíceis de completar, o que
pode levar à desmotivação e frustração.
Avaliação: A avaliação dos resultados do método TBLT pode ser desafiante. As tarefas são
projetadas para serem autênticas e baseadas em situações reais, o que pode tornar a avaliação
mais subjetiva e difícil de medir.
O Content and Language Integrated Learning (CLIL) é um método de ensino que visa
integrar o ensino de uma língua estrangeira com a aprendizagem de outro conteúdo, como
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história, ciências ou matemática. Ou seja, o objetivo do CLIL é ensinar conteúdos associados a
uma língua estrangeira, em vez de ensinar a língua estrangeira em si mesma.
O CLIL é baseado na ideia de que a língua é melhor aprendida quando é usada para
transmitir informações e ideias relevantes e interessantes para os alunos. Desta forma, o método
enfatiza a importância de integrar a língua estrangeira em atividades de aprendizagem de outras
disciplinas. O método CLIL oferece muitos benefícios aos alunos, incluindo o desenvolvimento
de habilidades linguísticas e a aquisição de conhecimento noutras áreas. Além disso, o CLIL
também pode ajudar a promover uma abordagem mais integrada ao ensino, permitindo que os
alunos vejam as conexões entre diferentes áreas do conhecimento.
Limitações:
Proficiência na língua: Alunos que não possuem uma proficiência adequada na língua
estrangeira podem ter dificuldades em acompanhar as aulas e compreender o conteúdo que está
a ser transmitido.
Tempo: O método CLIL pode levar mais tempo para ser implementado do que outros métodos
de ensino de línguas estrangeiras, porque é necessário planear cuidadosamente as aulas para
integrar o conteúdo e a língua estrangeira.
Avaliação: Avaliar o sucesso do método CLIL pode ser um desafio, porque é necessário avaliar
tanto o conhecimento obtido como a proficiência na língua estrangeira.
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Em resumo, o método CLIL apresenta desafios relacionados ao conhecimento
especializado dos professores, proficiência na língua estrangeira dos alunos, tempo necessário
para planear as aulas, avaliação do sucesso e disponibilidade de recursos. No entanto, apesar
destas limitações, o método CLIL pode ser uma abordagem eficaz para o ensino de línguas
estrangeiras, especialmente quando há uma integração bem-sucedida entre o conteúdo lecionado
e a língua estrangeira.
O método "The Silent Way" baseia-se num processo de aprendizagem autónoma e que
procura dar ao aluno um papel mais ativo na sua própria aprendizagem. Neste método, o
professor não é o centro do processo de ensino e aprendizagem, mas sim um facilitador que
fornece o suporte necessário para que o aluno possa desenvolver suas habilidades.
Utiliza ferramentas como o silêncio para incentivar a comunicação dos alunos. Em vez
de fornecer respostas prontas e soluções, o professor dá dicas e orientações, permitindo que os
alunos descubram por si mesmos como usar a língua. Este processo de descoberta é baseado no
uso de pistas visuais e táteis, tais como objetos, blocos e cores, que os alunos usam para criar
frases e expressar as suas ideias. Este método enfatiza o desenvolvimento da proficiência oral
dos alunos, bem como a sua capacidade de se expressar com precisão e clareza. O professor
trabalha com os alunos para desenvolver a sua pronúncia e entoação, dando ênfase à correção
fonética. Os alunos também são encorajados a experimentar a língua e a fazer perguntas, sendo
incentivados a encontrar as suas próprias soluções.
O método "The Silent Way" pode ser muito eficaz para alunos que têm um forte desejo
de se tornarem autónomos na sua aprendizagem e que querem participar ativamente no seu
próprio processo de aprendizagem. No entanto, pode ser menos adequado para alunos que
precisam de uma orientação mais direta e apoio para adquirir as habilidades necessárias para
aprender uma língua estrangeira.
Limitações:
O método The Silent Way apresenta várias limitações que precisam ser consideradas
antes de ser implementado. Algumas dessas limitações incluem:
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Dificuldade de aplicação: O método exige uma mudança de paradigma na forma como a
língua é ensinada e pode levar tempo para ser compreendido e implementado adequadamente.
Dependência do professor: O método The Silent Way requer que o professor seja um
facilitador e guia para o aluno. Isso pode ser um desafio para professores que preferem uma
abordagem mais tradicional, em que o professor é a fonte principal de conhecimento.
Foco em estruturas gramaticais: O método The Silent Way é baseado numa abordagem
estrutural da linguagem, enfatizando a aprendizagem de estruturas gramaticais. Isso pode não
ser adequado para todos os alunos, especialmente aqueles que preferem uma abordagem mais
comunicativa ou funcional.
Teorias
Será que a primeira linguagem e a segunda linguagem são adquiridas da mesma forma?
Será que uma criança aprende melhor uma linguagem do que um adulto? Estas duas questões
são colocadas pela professora, no sentido de fomentar a reflexão sobre esta problemática. Na
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minha perspetiva, a primeira linguagem, geralmente referida como a língua materna ou língua
nativa, é adquirida naturalmente por crianças enquanto crescem num determinado ambiente
linguístico. A aquisição da primeira língua ocorre de forma espontânea e intuitiva, com a criança
a ser exposta ao idioma desde o nascimento. A criança vai absorvendo os padrões linguísticos,
vocabulário e gramática através da interação com os outros, como os pais, familiares e
cuidadores. Esse processo ocorre principalmente por meio da imitação, repetição e compreensão
contextual, indo ao encontro das teorias do desenvolvimento inicialmente referidas. Já a
segunda língua, refere-se a um idioma aprendido após a aquisição da primeira língua. A
aquisição de uma segunda língua é mais comumente associada ao ensino formal ou a uma
exposição mais estruturada ao novo idioma, embora também possa ocorrer naturalmente em
situações de imersão. No entanto, a idade em que a segunda língua é adquirida pode influenciar
o processo. As crianças pequenas têm uma maior facilidade para adquirir uma segunda língua de
forma semelhante à primeira língua, enquanto os adultos tendem a utilizar estratégias de
aprendizagem mais conscientes e sistemas de regras gramaticais. A aquisição da segunda língua
geralmente envolve estudo explícito de vocabulário, gramática e pronúncia, além da prática da
escrita e da fala. Pode envolver aulas formais, interações com falantes nativos, uso de recursos
didáticos, imersão em um ambiente de língua-alvo e assim por diante. Os processos cognitivos e
linguísticos usados na aquisição da segunda língua são diferentes dos usados na primeira língua,
uma vez que o aprendiz já possui uma base linguística estabelecida.
São dados a conhecer os estágios básicos da aprendizagem de uma língua e são eles a
aprendizagem de sons, aprendizagem de palavras e aprendizagem de frases. A fase da
aprendizagem de sons, também referida como “babbling” ocorre entre os zero e os oito meses;
entre os onze meses e um ano de idade, a criança começa a formular as primeiras palavras,
associando as palavras a objetos e por fim, a partir dos dois anos de idade, a criança começa a
formular frases e a fazer a associação do seu significado.
O que determina essas diferenças são a idade de aquisição. A aquisição da língua nativa
geralmente começa na primeira infância, quando o cérebro é altamente recetivo à aprendizagem
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linguística. Por outro lado, a aprendizagem de uma língua estrangeira pode ocorrer em qualquer
idade, desde a infância até a idade adulta. A idade em que se começa a aprender uma língua
estrangeira pode afetar o processo e os resultados da aprendizagem. A motivação para aprender
uma língua nativa geralmente é intrínseca, porque está relacionada com a necessidade de se
comunicar e interagir com a família, amigos e a sociedade em geral. Na aprendizagem de uma
língua estrangeira, a motivação pode variar e ser influenciada por fatores como objetivos
pessoais, profissionais ou académicos, interesse pela cultura associada à língua, entre outros. Ao
aprender uma língua nativa, a criança começa do zero, sem conhecimento prévio da língua. Na
aprendizagem de uma língua estrangeira, o aprendiz geralmente já possui uma língua nativa e
um conjunto de conhecimentos linguísticos e comunicativos. Esse conhecimento prévio pode
influenciar o processo de aprendizagem, tanto positiva ou negativamente. Por fim, a língua
nativa é adquirida gradualmente ao longo de muitos anos, num processo natural e contínuo. A
aprendizagem de uma língua estrangeira, por outro lado, pode envolver a aquisição de novos
sons, vocabulário, estruturas gramaticais e regras de comunicação diferentes das da língua
nativa.
Young Learners
Foram também expostas as caraterísticas dos young learners e quais são os desafios
impostos aos professores que lidam diretamente com este público. É neste ponto que pretendo
focar a minha reflexão. Mais do que saber quais os conteúdos a lecionar, importa conhecer bem
as necessidades dos alunos e qual o método mais eficaz para conseguir cativá-los e motivá-los,
no que diz respeito à aprendizagem de uma nova língua.
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estratégias de ensino, o ritmo e a complexidade do conteúdo às capacidades individuais das
crianças, garantindo que estejam apropriados para a faixa etária.
Manter a motivação das crianças ao longo das aulas pode ser um desafio. Os professores
podem criar um ambiente estimulante, interessante e lúdico para despertar o interesse dos young
learners e mantê-los envolvidos na aprendizagem da língua estrangeira. Outro aspeto relevante
são as dificuldades de pronúncia e fonética, comprometendo o trabalho em contexto de sala de
aula, uma vez que cada aluno tem as suas capacidades e limitações. As diferenças culturais e
sociais também constituem um desafio importante para os professores, que se podem deparar
com diferenças que afetam a compreensão e a interpretação das crianças. Os professores podem
adaptar os conteúdos e as atividades para torná-los relevantes e significativos para este público-
alvo.
Por fim, mas não menos importante, a avaliação e feedback. Avaliar o progresso das
crianças na aprendizagem de uma língua estrangeira pode ser desafiante e os professores
necessitam de adotar métodos de avaliação adequados para essa faixa etária, incluindo
atividades práticas, observação do desempenho oral e escrito, bem como feedback construtivo
que seja compreensível e motivador para as crianças.
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Planos de Aula
Todos os planos de aula realizados são propostos no âmbito do ensino da língua inglesa e
destinados a alunos do 1º ciclo do ensino básico.
1. Ensinar os alunos a legendar as partes do corpo humano em inglês num boneco (com
opções de resposta)
Conteúdos:
Partes do corpo humano em inglês.
Objetivos:
Alunos do 3º/4º anos
1. Ensinar os alunos do ensino básico as partes do corpo humano em inglês
2. Conseguir fazer com que os alunos façam a associação entre a figura do boneco e as
palavras que correspondem às partes do corpo, que se encontram nas caixas de texto
anexas
Métodos:
1. Associar as várias partes do corpo humano e traduzi-las para a língua inglesa.
2. Usar o nosso próprio corpo como exemplo prático para associarmos as diferentes partes
do corpo humano em inglês.
Materiais/Recursos:
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1. Ficha para a realização do exercício.
Desenvolvimento:
a) Ordem
1. Começar por falar em português com os alunos sobre as várias partes do corpo que me
proponho lecionar.
2. Questionar se, à partida, alguns alunos já conhecem alguma partes do corpo na língua
inglesa.
3. Traduzir as partes do corpo humano em português para inglês, recorrendo ao método
Resposta Física Total, no sentido de criar uma dinâmica mais interativa para a
aprendizagem do vocabulário.
4. Pedir aos alunos que façam esse mesmo exercício neles próprios ou exemplificando
com um aluno voluntário, pedindo aos restantes que consigam associar as palavras que
verbalizo em inglês, às várias partes do corpo.
5. Entregar a ficha aos alunos para que a consigam realizar com sucesso.
b) Tempo
Tendo em conta que a aula poderá ser de 1h, considero que a primeira meia hora será a mais
interativa no sentido de dar a conhecer as partes do corpo humano e realizar o exercício
prático, colocando o foco principal da aula nos alunos. A restante meia hora, será para a
realizar da ficha e posterior correção.
c) Técnicas
Jogo interativo: recorrer a um aluno voluntário para que se possa realizar o exercício e dar
oportunidade a cada aluno de associar uma parte do corpo em inglês no corpo do colega.
Exercícios de compreensão auditiva: aquando da realização do exercício prático com os
alunos, em que irei verbalizar as várias partes do corpo em inglês.
Avaliação:
Domínio da oralidade
Verificar se os alunos conseguem dizer as palavras com uma boa pronúncia.
Aprendizagem de vocabulário
Verificar se os alunos conseguem aprender o vocabulário corretamente.
Aplicação dos conteúdos aprendidos na ficha
1. Verificar, após a correção da ficha, quais os alunos que tiveram mais facilidade e os que
encontraram mais desafios ao longo da realização do exercício.
2. Identificar se a maioria da turma conseguiu realizar com sucesso o exercício. Caso não
aconteça, voltar a realizar a ficha, mas desta vez em grupo, recorrendo à oralidade.
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Encorajamento:
Dar um reforço positivo aos alunos que realizar a ficha com sucesso e motivar os alunos que
não conseguiram atingir os objetivos propostos, voltando a explicar e, se necessário, recorrer a
outros métodos de ensino, procurando dar resposta às dificuldades dos alunos.
Conteúdos:
Estados de tempo em inglês.
Objetivos:
Alunos do 5º/6º anos
3. Ensinar os alunos do 2º ciclo a distinguir os diferentes estados de tempo.
4. Conseguirem desenhar na folha quais são os diferentes estados de tempo que existem, a
partir do nome de cada característica.
Métodos:
3. Ensinar os vários estados de tempo aos alunos e ensinar a respetiva tradução para a
língua inglesa.
4. Recorrer a imagens que ilustram os várias estados de tempo como exemplo prático e
associá-las ao vocabulário lecionado.
Materiais/Recursos:
2. Ficha para a realização do exercício
3. Cartões com os diferentes estados de tempo desenhados e devidamente legendados
4. Cartaz em formato A1/A2 para que os alunos possam preencher com os cartões os
diferentes estados de tempo ao longo de uma semana
5. Computador
6. Projetor para mostrar à turma algumas imagens alusivas aos estados de tempo
Desenvolvimento:
d) Ordem
7. Começar por falar em português com os alunos sobre os vários estados de tempo que
me proponho lecionar.
8. Questionar se, à partida, alguns alunos já conhecem alguns estados de tempo em inglês.
Se sim, começar por aí para introduzir a temática.
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9. Ensinar, para além dos diferentes estados de tempo, as palavras que permitem fazer uma
associação mais lógica dos mesmos.
Exemplo: sun – sunny; cloud – cloudly; wind – windy; etc. Desta forma, considero que
seja mais fácil os alunos compreenderem a matéria lecionada, alargando o seu
vocabulário. No caso de “It’s nice” ou “It’s wet”, basta fazer a respetiva tradução.
10. Traduzir os estados de tempo de português para inglês.
11. Mostrar imagens dos diversos estados de tempo e pedir aos alunos que façam a
associação em português e em inglês, recorrendo ao computador e projetor.
12. Entregar a ficha aos alunos para que a consigam realizar com sucesso.
13. Realizar a atividade interativa de colar no cartaz os diferentes estados de tempo,
recorrendo aos desenhos, pedindo aos alunos que legendem devidamente. Este exercício
é realizado depois da ficha, no sentido de fazer com que os alunos consigam ter mais
conhecimentos aquando da realização desta atividade, para que se sintam motivados e
empenhados.
14. Proceder à correção da ficha em grupo, dando oportunidade aos alunos de corrigirem
possíveis erros.
e) Tempo
Tendo em conta que a aula poderá ser de 1h, considero que os primeiros 20 minutos, serão
para fazer uma abordagem mais expositiva da matéria, procurando envolver os alunos e
questionando-os acerca da matéria (abordar até ao ponto 3). Os outros 20 minutos, serão
mais interativos, procurando realizar as atividades desde o ponto 4 até ao ponto 6. Esta será
uma parte da aula em que os alunos terão oportunidade de intervir mais e em que poderão
ver imagens e cores que os façam associar ao vocabulário aprendido. Por fim, os últimos 20
minutos serão dedicados à atividade prática e à respetiva correção da ficha.
f) Técnicas
Jogo interativo: recorrer ao cartaz e aos cartões que representam os diferentes estados de
tempo.
Exercícios de compreensão auditiva: aquando da realização do exercício prático com os
alunos, em que irei verbalizar os vários estados de tempo em inglês.
Avaliação:
Domínio da oralidade
Verificar se os alunos conseguem dizer as palavras com uma boa pronúncia.
Aprendizagem de vocabulário
Verificar se os alunos conseguem aprender o vocabulário corretamente.
Aplicação dos conteúdos aprendidos na ficha
2. Verificar, após a correção da ficha, quais os alunos que tiveram mais facilidade e os que
encontraram mais desafios ao longo da realização do exercício.
3. Identificar se a maioria da turma conseguiu realizar com sucesso o exercício. Caso não
aconteça, voltar a realizar a ficha, mas desta vez em grupo, recorrendo à oralidade.
Encorajamento:
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Dar um reforço positivo aos alunos que realizar a ficha com sucesso e motivar os alunos que
não conseguiram atingir os objetivos propostos, voltando a explicar e, se necessário, recorrer a
outros métodos de ensino, procurando dar resposta às dificuldades dos alunos.
Conteúdos:
Membros da família em inglês.
Objetivos:
Alunos do 3º/4º ano
5. Ensinar aos alunos do ensino básico os vários membros da família em inglês.
6. Ser capaz de ensinar aos alunos a legendar uma imagem da sua família.
7. Ser capaz de ensinar aos alunos a leitura da legenda de uma imagem da sua família.
Este plano de aula pressupõe que os alunos tragam material de casa (previamente pedido)
correspondente a fotografias da sua família mais próxima.
Métodos:
5. Associar os vários membros da família em inglês à própria árvore genealógica que irão
construir.
6. Recorrer a situações da realidade dos alunos (incentivando-os a aprender os vários
membros da família utilizando a sua), fazendo com que consolidem as suas
aprendizagens.
Materiais/Recursos:
7. Cartolina A4, cola, marcadores
8. Fotografias dos familiares próximos de cada aluno
9. Vídeo interativo sobre os membros da família
10. Ficha de consolidação de conteúdos
Desenvolvimento:
g) Ordem
15. Começar por falar em português com os alunos sobre a família e os graus de parentesco
que existem.
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16. Traduzir os membros da família de português para inglês, recorrendo às fotografias
trazidas pelos alunos (procurando criar uma dinâmica de sala de aula relacionando o
vocabulário com a realidade de cada aluno).
17. Pedir aos alunos que façam a sua árvore genealógica e tendo em conta o novo
vocabulário ao qual têm acesso, que legendem em inglês os vários graus de parentesco.
18. Visualização do vídeo com o objetivo de consolidar o vocabulário aprendido.
19. Entregar a ficha aos alunos para que a consigam realizar com sucesso.
20. Proceder à correção da ficha em grupo, dando oportunidade aos alunos de corrigirem
possíveis erros.
h) Tempo
Tendo em conta que a aula poderá ser de 1h, considero que a primeira meia hora será a mais
interativa no sentido de dar a conhecer os membros da família e realizar o exercício prático
(árvore genealógica) e a restante meia hora, será para ver o vídeo, realizar da ficha e
posterior correção.
i) Técnicas
Jogo interativo: recorrer a um aluno voluntário para que se possa realizar o exercício e dar
oportunidade a cada aluno de associar uma parte do corpo em inglês no corpo do colega.
Exercícios de compreensão auditiva: aquando da realização do exercício prático com os
alunos, em que irei verbalizar as várias partes do corpo em inglês.
Avaliação:
Domínio da oralidade
Verificar se os alunos conseguem dizer os vários graus de parentesco com a pronúncia correta.
Aprendizagem de vocabulário
Verificar se os alunos conseguem aprender o vocabulário corretamente.
Aplicação dos conteúdos aprendidos na ficha
3. Verificar, após a correção da ficha, quais os alunos que tiveram mais facilidade e os que
encontraram mais desafios ao longo da realização do exercício.
4. Identificar se a maioria da turma conseguiu realizar com sucesso o exercício. Caso não
aconteça, voltar a realizar a ficha, mas desta vez em grupo, recorrendo à oralidade.
Encorajamento:
Dar um reforço positivo aos alunos que realizar a ficha com sucesso e motivar os alunos que
não conseguiram atingir os objetivos propostos, voltando a explicar e, se necessário, recorrer a
outros métodos de ensino, procurando dar resposta às dificuldades dos alunos.
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Anexos:
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3. Link para o vídeo interativo:
Conclusão
Esta unidade curricular surpreendeu-me pela positiva, pela forma prática e simplificada
com que foi lecionada. Mais do que aprender a ensinar uma língua estrangeira (neste caso a
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língua inglesa) a alunos do 1º ciclo do ensino básico, foram-nos transmitidos ensinamentos
práticos de como ensinar e lidar com as crianças dentro de uma sala de aula.
Quero destacar neste portfólio os vários métodos de ensino da língua inglesa que
fomos aprendendo e explorando ao longo das aulas. Sendo este um curso com um teor muito
prático, esta unidade curricular permitiu-nos compreender as dinâmicas e os métodos de
ensino que podem ser postos em prática dentro de uma sala de aula. Importa compreender
que cada professor tem os seus métodos de ensino e que todos eles são válidos se
transmitirem aos alunos o conhecimento necessário, respeitando sempre as diferenças de
aprendizagem e compreensão de cada um.
Os planos de aula que realizámos também foram bastante úteis para percebermos
como se podem lecionar determinadas matérias e deu-nos a perceção do tempo investido em
cada atividade, dos recursos que se podem utilizar e dos vários métodos que podemos colocar
em prática. Uma das componentes que fazem parte do plano de aula são a avaliação e o
encorajamento e considero que este é o maior desafio colocado aos professores na hora de
atribuir uma nota ao trabalho dos alunos por existirem muitos critérios de avaliação para
serem tidos em conta.
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