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de 2019
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) do FGV IBRE recuou 3,8 pontos em outubro, para 93,2
pontos, menor nível desde junho deste ano (92,3 pontos). Em médias móveis trimestrais, o índice
cedeu 0,5 ponto, após seis meses de alta, para 95,7 pontos.
Evolução sobre o mês anterior Evolução sobre o mesmo mês do ano anterior
(Diferença em pontos) (Dados originais, diferença em pontos)
Setembro Outubro Setembro Outubro
“Após quatro meses de altas consecutivas, a confiança dos consumidores recuou influenciada
pela piora das expectativas para os próximos meses e acomodação em relação a situação atual.
Em outubro, o resultado negativo se apresenta disseminado em todas as variáveis, classes de
renda e capitais, o que acende um sinal de alerta. A calibragem das expectativas passando o
índice da zona de otimismo para a zona de neutralidade pode estar relacionada com a
desaceleração dos setores econômicos, e talvez uma preocupação com a continuidade da
resiliencia do mercado de trabalho, fator importante na recuperação da confiança dos
consumidores”, afirma Anna Carolina Gouveia, economista do FGV IBRE.
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Em outubro, a queda da confiança ocorreu tanto nas avaliações sobre o momento atual quanto
nas expectativas em relação aos próximos meses. O Índice da Situação Atual (ISA) cedeu 0,7
ponto, para 82,5 pontos, após quatro altas consecutivas, e o Índice de Expectativas (IE) caiu 5,8
pontos para 100,9 pontos.
Entre os quesitos que compõem o ICC, o que mede o otimismo em relação a situação econômica
futura foi o que mais influenciou a piora da confiança no mês ao cair 6,0 pontos, para 111,2
pontos, menor nível desde novembro de 2022 (110,6 pontos). A piora também foi observada nos
demais indicadores: o indicador que mede as perspectivas para as finanças familiares recuou 5,5
pontos, para 96,9 pontos, menor nível desde março deste ano (96,6 pontos) enquanto o ímpeto
de compras de bens duráveis, que vinha acumulando altas seguidas e quase 20 pontos nos
últimos quatro meses, registrou queda de 4,8 pontos no mês, para 94,7 pontos.
No momento, houve piora das percepções sobre as finanças pessoais e da economia local, cujos
indicadores cederam 0,7 e 0,8 ponto para 73,9 e 91,4 pontos, respectivamente.
A queda da confiança ocorre em todas as faixas de renda influenciada principalmente pela piora
das expectativas para os próximos meses. Além disso, apenas consumidores de menor poder
aquisitivo (com renda até R$ 2.100,00) se mostraram mais satisfeitos com a situação atual no
momento.
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Índice de Índice de
Índice de Índice de Índice de Índice de
situação atual situação atual
Período Confiança expectativas Confiança expectativas
(em pontos) (em pontos)
Dessazonalizadas – Padronizados* Originais – Padronizados*
out/22 88,6 74,5 98,7 90,4 74,9 101,8
nov/22 85,3 70,8 96,0 86,5 71,7 97,7
dez/22 88,0 70,9 100,3 89,5 73,8 101,2
jan/23 85,8 71,1 96,7 89,2 74,7 100,0
fev/23 84,5 69,3 95,8 86,5 70,8 98,4
mar/23 87,0 72,0 98,0 88,2 73,1 99,6
abr/23 86,8 72,1 97,6 85,7 71,6 96,6
mai/23 88,2 71,3 100,4 87,7 70,6 100,4
jun/23 92,3 75,7 104,0 90,6 74,0 102,9
jul/23 94,8 76,8 107,4 93,0 75,9 105,6
ago/23 96,8 81,4 107,6 95,3 80,8 105,9
set/23 97,0 83,2 106,7 96,4 82,8 106,2
out/23 93,2 82,5 100,9 94,6 82,6 103,4
*Média de 100 pontos e desvio padrão de 10 pontos, tendo como referência o período entre julho de 2010 e junho de 2015
Diferença sobre o mês anterior (em pontos) Diferença sobre o mesmo período do ano anterior (em pontos)
A coleta de dados para a edição de outubro de 2023 ocorreu entre os dias 01 e 23. A próxima divulgação da Sondagem
do Consumidor ocorrerá em 24 de novembro de 2023.
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