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Situação dos Óbitos

Causas Mal
Definidas - Bahia

novembro, 2023
Meta Estadual
90% óbitos com causa definida

Total de óbitos não fetais com


causa básica definida, por local
% de Óbitos de residência.
com Causas X
Definidas = 100
Total de óbitos não fetais, por
local de residência.
Proporção de óbitos com causas definidas, segundo unidade da federação. Brasil, 2021.
100,0 99,2
98,9
98,1 97,8 97,8
98,0 97,6 97,3
97,2 96,9
96,8
95,7 95,5 95,5 95,4
96,0 95,1 95,0 95,0 95,0 94,9
94,1 94,0
94,0 93,2 93,1
92,5
92,0
90,8
90,1
90,0 89,4

88,0

86,0

84,0

Fonte: MS/SVS/CGIAE - Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM.


Dados coletados em 02-05-2023
Mortalidade Proporcional por grupo de principais causas,, Bahia, 2018-
2023*
30,0

25,0

20,0

15,0

10,0

5,0

0,0
2018 2019 2020 2021 2022 2023
Aparelho circulatório 24,9 24,6 22,6 21,7 24,4 24,0
Neoplasias 14,6 14,4 12,8 12,0 13,4 14,8
Causas externas 14,6 13,9 12,5 11,8 12,7 13,0
Mal Definidas 10,8 11,0 10,8 9,7 10,2 11,7
Doenças do aparelho respiratório 8,5 9,0 6,6 6,2 9,5 9,3
Doenças endócrinas 7,3 7,1 7,3 6,7 7,3 6,7
Aparelho digestivo 4,8 4,8 4,3 4,2 4,8 5,0
Doenças infecciosas e parasitárias 4,1 4,3 13,6 18,3 7,2 4,6

Fonte: SESAB/SUVISA/DIVEP-SIM
*Anos de 2022 e 2023, dados Preliminares atualizados em: 07/11/2023
Comparativo entra a proporção de óbitos com causas mal definidas, segundo
Núcleo Regional de Saúde, Bahia, 2022*.
100,0
90,792,7 88,991,2 91,0 90,1 88,789,9
87,0 85,9 86,188,9 88,8 87,289,8
90,0 85,8 83,085,9 85,4
82,2
80,0
70,0
60,0
50,0
40,0
30,0
20,0
10,0
0,0

Janeiro Novembro

Fonte: SESAB/SUVISA/DIVEP-SIM
*Dados Preliminares atualizados em: 07/11/2023 Meta = 90%
Comparativo entre a proporção de óbitos com causas definidas, segundo Regional de
Saúde. Estado da Bahia, 2022*.

Regional de Saúde Janeiro Novembro Regional de Saúde Janeiro Novembro


Alagoinhas 82,7 84,9 Itaberaba 83,1 83,7
Amargosa 86,2 85,9 Itabuna 88,8 93,1
Itapetinga 81,1 86,5
Barreiras 89,6 91,9
Jacobina 83,5 84,8
Boquira 90,6 91,0 Jequié 83,8 86,1
Brumado 91,7 95,0 Juazeiro 84,9 88,8
Caetité 88,2 88,4 Mundo Novo 83,2 87,2
Cícero Dantas 83,6 87,4 Paulo Afonso 92,4 96,5
Cruz das Almas 81,9 85,6 Salvador 91,7 93,6
Eunápolis 86,7 89,1 Santa Maria da Vitória 85,2 86,2
Feira de Santana 82,5 85,4 Santo Antônio de Jesus 90,9 90,9
Seabra 87,7 87,7
Gandu 81,9 83,0
Senhor do Bonfim 82,4 86,8
Guanambi 88,4 91,8 Serrinha 79,5 85,0
Ibotirama 92,6 92,1 Teixeira de Freitas 85,2 88,7
Ilhéus 88,7 90,4 Vitória da Conquista 90,8 91,7
Irecê 90,3 97,6 Bahia 87,2 89,8

Fonte: SESAB/SUVISA/DIVEP-SIM
*Dados Preliminares atualizados em: 07/11/2023
Comparativo do número de municípios segundo proporção
de óbitos com causas mal definidas, Bahia, 2022*.

% de óbitos com
Classificação Janeiro Novembro
causa mal definida

BOM até 10 136 195

Intermediário 10,1 a 20 190 162

Ruim 20,1 ou + 91 60

Fonte: SESAB/SUVISA/DIVEP-SIM
*Dados Preliminares atualizados em: 07/11/2023
Perfil dos óbitos com causa mal
definida, Bahia, 2022*

Fonte: SESAB/SUVISA/DIVEP-SIM
*Dados Preliminares atualizados em: 07/11/2023
Vigilância de óbito por
causa mal definida

operacionalização
Principais objetivos da Vigilância do Óbito?

1. Determinar o perfil de mortalidade, bem como, identificar as causas do óbito, a fim de

orientar as medidas de prevenção e controle;

2. Possibilitar que os municípios acompanhem a análise da sua situação de saúde;

3. Possibilitar o conhecimento do perfil epidemiológico dos municípios, acerca dos óbitos;

4. Avaliar a atenção a saúde prestada para a população, em especial, as pessoas em

situação de vulnerabilidade;

5. Fortalecer as Instituições de Saúde como instrumento de Gestão local;

6. Qualificar o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM).


Vigilância do Óbito com causa mal
definida
Óbito com Causa Mal Definida – Caso 1
RELATO DO CASO:L.L.S., 51 anos, sexo masculino, residente no município X.
Na ficha de investigação de óbito com causa mal definida - IOCMD, não há registro de acompanhamento na
unidade básica de saúde, sendo informado na ficha que o mesmo havia mudado de endereço há seis anos e a
mãe quem residia.

Na Ficha de investigação Autópsia Verbal – AV3 – investigação domiciliar, segundo relato do irmão, L.L.S
estava apresentando dificuldades de urinar e de respirar vinte dias antes do óbito. Tinha muito sangue na urina
e queriam internar, ele não quis e ele retornou para casa com a sonda. Chegando em casa ele arrancou a
sonda. A falta de ar não passou. Etilista e tabagista há 30 anos (SIC), hipertenso em uso eventual de
losartana, pai e irmão também portadores de hipertensão, sendo pai falecido após acidente vascular cerebral,
O irmão informa que L.L.S tinha problema de próstata e não aceitou cuidados. Teve dor na perna esquerda e
inchaço por dois dias, teve convulsões por dois minutos, teve paralisia de um lado do corpo por cinco minutos,
as pernas paralisaram por dois dias antes da morte. Com relação a urina houve mudança na cor por 05 dias,
na cor (de sangue) por 03 dias e mudança na quantidade por 05 cinco dias.
Registro por e-mail da vigilância epidemiológica do município a evolução do prontuário da UPA em 20/04/2023
- Foi atendido na UPA, admitido com quadro de retenção urinária de início há cerca de 15 dias, com piora
progressiva nos últimos 03 dias. Cursava com dor pélvica e oligúria. Trouxe USG datada de 18/04/2023 com
resultado de próstata aumentada de volume/nódulo prostático/resíduo pós-miccional importante. USG do
aparelho urinário: hidronefrose leve bilateral devido ao volume bastante aumentado. Queixa-se também de dor
e edema em MIE, apresentando vermelhidão local. Negou alergias medicamentosas e patologias prévias. Foi
solicitado a regulação do mesmo com esse diagnóstico. Registo na ficha de investigação de uso de vacina
contra covid-19.

Registo do prontuário eletrônico:

Em 27/04/2019, atendimento em unidade de emergência devido a ingesta de bebida etílica em grande


quantidade; Em 08/03/2023 – Consulta de enfermagem na Unidade Básica de Saúde com aferição de pressão
e medição do peso; Em 25/04/2023 - Paciente dá entrada na UPA as 00:02 trazido pelo irmão em PCR. Irmão
informou que o falecido possuía vária comorbidades. Que chegou a fazer procedimento de sondagem vesical
em UPA (apresentando hematúria), decidiu evadir de UPA do Estado. Que nesse dia o paciente começou a
apresentar quadro de convulsão e sialorreia.
CONCLUSÃO DA ANÁLISE:
Após a análise do caso a Câmara Técnica conclui que a causa do óbito foi Neoplasia
de Próstata.
Seletor de Causa Básica
RECOMENDAÇÕES:
• Atualizar no Sim local as causas no campo 40:

Parte I a) Insuficiência Renal Aguda N17.9


b) Hidronefrose N13.3
c) Neoplasia de próstata comportamento desconhecido D40.0
Parte II – Tabagismo - F17.2
Hipertensão I10
Convulsão – R56

Causa Básica: Próstata – D40.0


• Atualizar no SIM local:

Campos de investigação:
Pós Investigação? Sim
Data Investigação: 11/07/2023
Fonte Investigação: Múltiplas Fontes
• Demais recomendações:

✓ Orientar os médicos da assistência (básica e hospitalar) quanto ao preenchimento


da Declaração de Óbito conforme portaria GM/MS 116/2009, Seção IV – das
atribuições e responsabilidades dos médicos sobre a emissão da Declaração de
óbito;
✓ Promover atividades de promoção de saúde junto à população sobre temas como
hipertensão arterial, alcoolismo, tabagismo e neoplasia de próstata;
✓ Garantir exames para identificação precoce de neoplasias.

Salvador - BA, de de 2023


Assinatura do membros da Câmara
Perspectiva 2024
Implantar a Vigilância de Óbitos por
Causas inespecíficas

Causas mal Causas


inespecíficas
definidas
de outros
capítulo capítulos
XVIII CID
Causas inespecíficas de morte prioritários
(Garbage code, códigos pouco úteis, códigos lixos)

• Causas mal definidas (R00-R99, exceto R95);


• Acidente vascular cerebral (AVC) não especificada como hemorrágico ou isquêmico (códigos
CID-10 I64, I67.4, I67.9, I69.4, I69.8)
• Septicemia (A40-A41);
• Insuficiência cardíaca e cardiopatias não especificadas (I50, I51)
• Hipertensão essencial (I10)
• Neoplasia não especificada (C26, C55, C76, C78, C79, C80)
• Embolia pulmonar (I26)
• Pneumonia (J15.9, J18)
• Insuficiência respiratória (J96) e outros transtornos respiratórios (J98)
• Insuficiência renal (N17, N19)
• Causas externas com intenção indeterminada e acidentes NE (Y10-Y34, X59)
• Acidentes de transporte não especificados e homicídios NE (V89, Y09).
PROTOCOLO DE INVESTIGAÇÃO DE ÓBITOS COM CAUSAS CLASSIFICADAS COMO CÓDIGOS “GARBAGE” - SESSENTA CIDADES DO BRASIL (BRASIL, 2017)
Equipe Diretoria de Vigilância Epidemiológica – DIVEP
Marcia São Pedro Leal Souza – Diretora

Codant GT- Ana de Fátima Cardoso Nunes - Coordenadora

GT- Mortalidade Materna/MIF/Infantil e Fetal

VEO André Alvares Lessa - Infectologista


Fabíola de Souza Lima Santos - Enfermeira
Karina Santana da Rocha – Sanitarista
(71) 3103-7722

GT Causas Mal Definidas


divep.veo@saude.ba.gov.br Aliucha Magalhães Santos Fontes - Médica
Fabiana Oliva Lima Santos - Médica
Marta Santana Lima Pereira – Sanitarista

http://www.saude.ba.gov.br/suvisa

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