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POLÍTICA NACIONAL DE

ATENÇÃO BÁSICA
Portaria Nº 2.436, de 21 de setembro de 2017

Thyago Leite Campos de Araujo


Porque a Atenção Básica é importante

ü Em todo o mundo já é consenso que os Sistemas Nacionais de Saúde devem ser


baseados na Atenção Básica (OMS 2008).

ü A Atenção Básica é, ao mesmo tempo, um nível de atenção e uma proposta


estruturante para organização do sistema de saúde, que comprovadamente, quando
o sistema está centrado na AB apresenta os melhores resultados em saúde para a
população.

ü A AB deve garantir o acesso universal e em tempo oportuno ao usuário, deve


ofertar o mais amplo possível escopo de ações visando a atenção integral e ser
responsável por coordenar o cuidado dos usuários no caminhar pelos diversos
serviços da rede.
Porque a Atenção Básica é importante
ü Mais chances de reduzir as desigualdades sociais
ü Melhor reconhecimento dos problemas e necessidades de saúde
ü Menor mortalidade infantil
ü Menor mortalidade precoce (exceto causas externas)
ü Maior expectativa de vida
ü Menor mortalidade por doenças cardiovasculares
ü Maior precisão nos diagnósticos
ü Maior adesão as tratamentos indicados
ü Diminuição das internações sensíveis à atenção ambulatorial
ü Maior satisfação dos usuários do sistema

(HEALTH EVIDENCE NETWORK/1994; OPAS/2005; STARFIELD/2007; OMS/2008;MACINKO/2006; FACCHINI/2008; CONILL/2008; VILAÇA/2012; GERVAS/2011;
GASTÃO/2016; CECILIO/2014)
Panorama geral da Atenção Básica
o 74,6%* da população coberta pela
atenção básica, considerando-se, além das
equipes de Saúde da Família, equipes
equivalentes formadas por clínicos gerais,
ginecologistas-obstetras e pediatras.

o 63,3%** da população coberta por


Equipes de Saúde da Família.

o Cerca de 42.105 equipes de Saúde da Família


cuidam de mais de 126 milhões de cidadãos.

o Distribuída em 42.711 Unidades Básicas de


Saúde
*Cobertura com parâmetro de cálculo de 3000 habitantes por equipes de saúde da família e equipes equivalentes ( compostas

por 60h ambulatoriais de clínicos, ginecologistas-obstetras e pediatras), utilizando no cálculo a população do IBGE de 2012.
o Com mais de 700 mil profissionais
** Parâmetro de Cobertura de 3.450 habitantes por equipe e como referência a população IBGE, 2012.
Cobertura de Saúde da Família – 2007 a 2017

100,0 93,9 94,9 94,1 94,6


89,8 90,6 90,5 91,0
87,6 88,7
85,9 92,3 92,0 92,6
90,0 91,3
88,6 80,6 82,7 81,8 82,6
85,5 86,4 86,4
80,0 83,1 76,2
80,9 71,2 73,0 73,6 70,4
77,1 68,8 68,5
69,2 66,3
70,0 63,6 67,8 62,4
Cobertura %

58,5 59,0
55,8 57,0 63,1
60,0 54,9
61,1 62,5 62,6
50,2 57,5 50,9 50,6 50,5
55,5 48,7
50,0 51,0 51,4 53,0 54,6 44,3
42,4 42,1 42,8
48,0 41,0 39,6 39,5
38,6 38,1 39,6
40,0 35,7 34,7 36,2
33,2
28,0 30,0
27,1 27,2
30,0

20,0
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Até 10.000 Hab Entre 10.001 e 20.000 Hab Entre 20.001 e 50.000 Hab Entre 50.001 e 100.000 Hab
Entre 100.000 e 900.000 Hab Acima de 900.000 Hab BRASIL
Programa Nacional de Saúde Bucal
Programa Brasil Sorridente

Além do recurso de implantação, o MS


realiza a doação de cadeira odontológica, ou
transfere o recurso proporcional, mediante
solicitação dos gestores municipais.

Financiamento equipes de Saúde Bucal

Tipo de equipe Valor Implantação Valor Custeio

Modalidade 1 R$ 7.000,00 R$ 2.230,00

Modalidade 2 R$ 7.000,00 R$ 2.980,00


Número de equipes implantados/financiados (set/17)
v 41.238 Equipes da Estratégia Saúde da Família

v 25.215 Equipes de Estratégia de Saúde Bucal

v 263.236 Agentes Comunitários de Saúde

v 4.593 Equipes dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família - NASF

v 1.118 Centros de Especialidades Odontológicas - CEO

v 227 Equipes de Atenção Básica da Saúde Prisional

v 114 Equipes de Atenção Básica do Consultório na Rua

v 133 Equipes de Saúde Bucal das Unidades Odontológicas Móveis - UOM

v 89 ESF para populações Ribeirinhas e 06 ESF em UBS Fluviais


PNAB – Linhas prioritárias de financiamento (ano 2016)
Políticas, programas, estratégias e ações

ü Estratégia Saúde da Família


ü Equipes de Saúde da Família = 3.3 bilhões
ü Equipes de Saúde Bucal = 872 milhões + 220 milhões CEO
ü Agentes Comunitários de Saúde = 3.5 bilhões
ü Equipes dos Núcleos Ampliados da SF-AB = 815 milhões

ü Programa Nacional de melhoria do acesso e qualidade – PMAQ = 1.9 bilhões

ü Programa de Requalificação das UBS – RequalificaUBS/Emendas = 2.5 bilhões

ü Programa de informatização – PIUBS/Estratégia e-SUS AB = 3 bilhões (estimativa)

ü Programa Mais Médicos – PMM = 2,7 bilhões


Política Nacional de Atenção Básica
Políticas, programas, estratégias e ações

ü Política Nacional de Saúde Bucal/Brasil Sorridente


ü Política Nacional de Alimentação e Nutrição
ü Política Nacional de Atenção Integral as Pessoas Privadas de Liberdade
ü Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares
ü Telessaúde – 0800
ü Consultório na Rua
ü Unidades Básicas Fluviais
ü Academia da Saúde
ü Programa Saúde na Escola
Programa de melhoria do acesso e a da qualidade na AB/UBS – PMAQ-AB

üDefinir de forma tripartite & universidades um conjunto de atividades (padrões esperados de


qualidade) que as Equipes de Atenção Básica devem atingir/desenvolver. Além da infraestrutura,
insumos e equipamentos esperados para as UBS (Instrumento de avaliação externa & indicadores)

üAvaliar in loco (cada equipe participantes do programa) e com uso dos dados do SISAB, para
reconhecermos/certificarmos as equipes, e também para utilizar essas informações no aprimoramento das ações para
a Atenção Básica

üAumentar o financiamento das equipes de atenção básica/saúde da família considerando a


qualidade e o desempenho do trabalho delas, garantindo um padrão de qualidade comparável
nacional, regional e localmente – com transparência das ações governamentais direcionadas à AB

üRealizar ações como: autoavaliação, apoio institucional, educação permanente, monitoramento de


indicadores e cooperação horizontal
PMAQ no Ceará
Número total de ESF: 2.406
Equipes (ESF) que realizaram avaliação externa (in loco): 2.339

Número total de NASF: 227


NASF avaliados: 220 equipes

Usuários entrevistados: 9.543

É fundamental conhecer e debater os resultados da “avaliação produzida à


partir do PMAQ”, pois com esse “retrato da atenção básica Cearense” abre a
possibidade de planejar melhor os recursos financeiros estaduais, federais e
municipais para melhorar o atendimento a população; e também direcionar as
pesquisas e parcerias com as universidades do Estado.
A OMS – Organização Mundial de Saúde trouxe importantes apontamentos nesse
sentido no Relatório Mundial de 2008 como vemos a seguir:

A Atenção Primária em Saúde/ Atenção Básica....

Apresentar as melhores respostas às necessidades e


expectativas das pessoas em relação a um conjunto amplo
de riscos e doenças

Equipes de saúde de atenção básica facilitam o acesso e o


uso apropriado de tecnologias e medicamentos

Promoção de comportamentos e estilos de Vida


saudáveis e mitigação dos danos sociais e ambientais
sobre a saúde

APS não é tão barata e requer investimentos


consideráveis, mas gera maior valor para o dinheiro
investido que todas as outras alternativas
Atualizar a PNAB, considerando:

o O tempo de revisão da PNAB (2006-2011-2017); - toda política pública deve ser aprimorada na direção daquilo que
pretende produzir;

o Proposta 5.5.11 - da 15ª Conferência Nacional de Saúde: “Garantir o processo de revisão da política nacional de
atenção básica – PNAB, considerando principalmente as seguintes dimensões: composição de profissionais por equipe
de saúde da família, carga horária dos profissionais e critérios de distribuição de habitantes por equipe.”

o Os resultados observados nos dois primeiros ciclos do PMAQ, bem como no e-SUS AB, além das atuais necessidades
expressadas pelos gestores (estaduais e municipais), de modo a fomentar um modelo de atenção à saúde que atenda
à pluralidade e às necessidades de saúde do país.
Objetivos da atualização da PNAB:

o Afirmar os fundamentos e diretrizes estratégicas para a política nacional de atenção básica, reforçando a Saúde da
Família como estratégia prioritária para expansão e consolidação da atenção básica;

o Reconhecer e garantir na PNAB importantes mudanças na perspectiva de ampliação do acesso, acolhimento e


resolutividade da AB em todo o País, respeitando as especificidades existentes nas diferentes realidades.
DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO BÁSICA
Políticas - Estratégias - Programas

UBS

Fluvial
Linha do tempo

2017

- GT CIT + Plenário CIT;


- GT CNS + Plenário CNS;
- Debates com trabalhadores do DAB;
- Consulta Pública – 28/07 a 10/08;
- Aprovação na CIT 31/08/2017.
ATUALIZAÇÃO
FINANCIAMENTO DE EQUIPES DE ATENÇÃO BÁSICA

PNAB 2011 PNAB 2017


- EAB não era reconhecida; - EAB passa a ser reconhecida;
- EAB não tinha financiamento federal; - Há previsão de financiamento da EAB, com
- Município podia compor da forma que lhe fosse valor inferior ao repassado às ESF, que continua
conveniente, incluindo definição de composição e prioritária (em financiamento e modelo de
carga horária; atenção);
- EAB não enviava produção de saúde. - EAB deve atender aos princípios e diretrizes da
AB;
- EAB tem caráter transitório em direção à ESF;
- Definida carga horária mínima semanal (40h) e
composição das equipes (máximo 3 profissionais
por categoria / CH mínima 10h)
ACS E ACE – INTEGRAÇÃO DA ATENÇÃO BÁSICA E VIGILÂNCIA
PNAB 2011 PNAB 2017
- ACE não compunha ESF/EAB; - ACE pode ser membro da ESF/EAB;
- Processo de trabalho e território - Território único e planejamento integrado das ações;
diferentes; - ACS obrigatório na ESF (quantidade a depender da
- ACS obrigatório na ESF (1 para cada 750 necessidade e perfil epidemiológico local / em áreas de
pessoas; máximo de 12 por equipe) e vulnerabilidade, 1 para máximo de 750 pessoas,
facultativo na EAB; cobrindo 100% da população / excluído máximo por
- EACS sem definição de quantidade mínima equipe) e facultativo na EAB;
de ACS; - EACS com quantidade a depender da necessidade e
- Sem atribuições dos ACE; perfil epidemiológico local;
- 8 atribuições dos ACS; - Incorpora as atribuições do ACE (Lei 11.350) e
- Coordenação do trabalho do ACS apenas acrescenta 11 atribuições comuns ACE e ACS;
pelo enfermeiro; - Amplia as atribuições dos ACS (12);
- Sem atribuições relacionadas à Vigilância. - Coordenação do trabalho do ACS passa a ser
responsabilidade de toda a equipe (nível superior);
- Inseridas ações de integração da AB e Vigilância.
ATRIBUIÇÕES DO ACS
Cabe ao gestor municipal ampliá-las, de acordo com as especificidades locais

• Poderão ser consideradas, ainda, atividades do Agente Comunitário de Saúde, a serem


realizadas em caráter excepcional, assistidas por profissional de saúde de nível superior,
membro da equipe, após treinamento específico e fornecimento de equipamentos
adequados, em sua base geográfica de atuação, encaminhando o paciente para a unidade de
saúde de referência.

• I - aferir a pressão arterial, inclusive no domicílio, com o objetivo de promover saúde e


prevenir doenças e agravos;

• II - realizar a medição da glicemia capilar, inclusive no domicílio, para o acompanhamento dos


casos diagnosticados de diabetes mellitus e segundo projeto terapêutico prescrito pelas
equipes que atuam na Atenção Básica;
• III- aferição da temperatura axilar, durante a visita domiciliar;

• IV - realizar técnicas limpas de curativo, que são realizadas com material limpo, água corrente
ou soro fisiológico e cobertura estéril, com uso de coberturas passivas, que somente cobre a
ferida;

• V - orientação e apoio, em domicílio, para a correta administração da medicação do paciente


em situação de vulnerabilidade.

Importante ressaltar que os ACS só realizarão a execução dos procedimentos que requeiram
capacidade técnica específica se detiverem a respectiva formação, respeitada autorização legal.

A atividade do ACS deve se dar pela lógica do planejamento do processo de trabalho


a partir das necessidades do território, com priorização para população com maior de
vulnerabilidade e de risco epidemiológico.
Gerente de Atenção Básica
PNAB 2011 PNAB 2017
- Não reconhecia - Reconhece a figura do gerente de UBS, recomendando sua inserção na equipe,
este trabalhador. a depender da necessidade local;
- Não há previsão de recursos adicionais para equipes com este trabalhador;
- Gerente de AB deve ter nível superior, preferencialmente da área da saúde.
Caso seja enfermeiro, a UBS deverá ter outro enfermeiro para as ações de
cunho clínico.

Composição das equipes


PNAB 2011 PNAB 2017
- ESF mínima: médico, enfermeiro, - ESF mínima: médico, enfermeiro, técnico/auxiliar de
técnico/auxiliar de enfermagem, ACS; enfermagem, ACS;
- ESF complementar: saúde bucal, NASF; - ESF complementar: ACE, saúde bucal, NASF;
- EAB não havia definição – a critério do - EAB deve seguir parâmetros da ESF, exceto ACS.
gestor local.
Oferta Nacional de Serviços e Ações Essenciais e Ampliados da AB
PNAB 2011 PNAB 2017
- Não possuía. - Incorpora o debate em torno da formulação de uma Oferta
Nacional de Serviços e Ações Essenciais e Ampliados da AB –
busca a uniformidade da AB no País, a garantia da oferta de
serviços essenciais no âmbito da AB à toda a população e a
ampliação da resolutividade da AB.

Territorialização / Vínculo
PNAB 2011 PNAB 2017
- Usuário só podia se vincular a uma - Usuário pode se vincular a mais de uma UBS.
UBS.
Segurança do paciente
PNAB 2011 PNAB 2017
- Não possuía. - Incorpora o debate em torno da segurança do paciente no
âmbito da AB, como atribuições de todos os membros da
equipe.

Regulação
PNAB 2011 PNAB 2017
- Tratado de forma superficial - Acrescenta, nas atribuições dos membros da equipe, a
(aparece 3 vezes). função de participar e contribuir com os processos de
regulação do acesso a partir da AB;
- Sinaliza o Telessaúde e a utilização de protocolos como
ferramentas de apoio e aperfeiçoamento do processo de
regulação.
Pontos de apoio
PNAB 2011 PNAB 2017
- Não há referência. - Reconhece os pontos de apoio como estrutura física que
compõe a AB/SUS para atendimento às populações
dispersas (rurais, ribeirinhas, assentamentos, áreas
pantaneiras, etc.);
- Destaca que os pontos de apoio devem respeitar as normas
gerais de segurança sanitária, bem como ser um local de
acolhimento humanizado para a população.
Carga horária
PNAB 2011 PNAB 2017
- ESF 40h + 5 tipos de ESF (equipes - ESF 40h para todos os membros + EAB 40h por categoria
com composição de carga horária e profissional (máx. 3 profissionais por categoria, mínimo de
transitória); 10h/semana).
Apoio institucional
PNAB 2011 PNAB 2017
- Considerado apenas como ferramenta de - Reconhece o Apoio Institucional também como
gestão do trabalho; ferramenta de educação permanente;
- Sinalizado nas competências dos entes. - Mantém-se nas competências dos entes.

Educação permanente e Formação em Saúde


PNAB 2011 PNAB 2017
- EP distribuída ao longo do texto, - EP distribuída ao longo do texto, versa sobre formação em
não versava sobre formação em saúde que deve ser incorporada no processo de trabalho das
saúde (ensino na saúde); equipes;
- Não abordava espaço físico para - Sinaliza a importância de estrutura física e ambiência que
tais ações; comporte os processos de EP e formação em saúde;
- Incorpora a temática do ensino na saúde – integração ensino-
serviço, destacando o papel da AB como lócus de formação
na graduação e residência, de pesquisa e extensão.
Financiamento
PNAB 2011 PNAB 2017
O financiamento federal desta política é - Optou-se por manter o financiamento em diretrizes
composto por: A) Recursos per capita; gerais, até definição dos Blocos de Financiamento,
B) Recursos para projetos específicos, C) assim como manter modalidades e valores de
Recursos de investimento; D) Recursos que financiamento em normativas específicas para
estão condicionados à implantação de facilitar revisão quando necessário.
estratégias e programas prioritários, E) - - A composição do financiamento segue a mesma da
Recursos condicionados a resultados e PNAB 2011: - Recursos per capita; que levem em
avaliação do acesso e da qualidade, tal consideração aspectos sociodemográficos e
como o PMAQ. epidemiológicos; - Recursos que estão
B) Recursos para Projetos específicos, que condicionados à implantação de estratégias e
inclui os recursos da Compensação das programas da Atenção Básica; - Recursos
Especificidades Regionais (CER), o Programa condicionados à abrangência da oferta de ações e
de Requalificação das Unidades Básica de serviços; - Recursos condicionados ao desempenho
Saúde e Recurso de Estruturação. dos serviços de Atenção Básica com parâmetros,
* CER – Apesar de constar na PNAB 2011, aplicação e comparabilidade nacional, tal como o
foi revogado e incorporado ao PAB fixo. PMAQ; - Recursos de investimento (requalifica).
Credenciamento
PNAB 2011 PNAB 2017
- Não constava sobre credenciamento das - incluiu-se no regramento de credenciamento o prazo
equipes. de 4 meses para implantação, após publicação no DOU,
sob pena de descredenciamento.

Sistema de Informação da AB

PNAB 2011 PNAB 2017


- Sem alteração
Equipes de Atenção Básica
Panorama Geral
Número de equipes de Atenção Básica financiadas pelo Ministério da Saúde em várias
modalidades: 70.510 equipes, destas *68.630 aderiram ao PMAQ-3.

o 40.097 Equipes da Estratégia Saúde da Família

o 24.383 Equipes de Estratégia de Saúde Bucal*

o 4.406 Equipes dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família - NASF

o 1.049 Equipes de Saúde Bucal dos Centros de Especialidades Odontológicas - CEO

o 287 Equipes de Atenção Básica da Saúde Prisional

o 114 Equipes de Atenção Básica do Consultório na Rua

o 76 Equipes de Saúde Bucal das Unidades Odontológicas Móveis - UOM

o 93 ESF para populações Ribeirinhas

o 05 ESF em UBS Fluviais

Além de 265.685 Agentes Comunitários de Saúde


Fonte: DAB – Nov/Dez 2016 – Esse números apresentam alteração em cada competência
Núcleos de Apoio à Saúde da Família (Nasf)
O Nasf é uma equipe multiprofissional da Atenção Básica, que deve atuar de maneira integrada e de modo
complementar às equipes de Saúde da Família (eSF), ampliando sua abrangência e resolubilidade, apoiando-
as e compartilhando saberes

Agenda compartilhada do Nasf

Nº de
Tipo Credenciado Implantado Total
Municípios
NASF I 21 38 30
II 15 25 15
III 7 13 7 52(24)
Modalidades do Nasf
Modalidade Carga horária Nº de equipes Custeio mensal Custeio
vinculadas PMAQ
Mínimo de 200h R$1.000,00 a
Nasf 1 5 a 9 eSF R$20.000,00
semanais R$5.000,00
Mínimo de 120h R$600,00 a
Nasf 2 3 a 4 eSF R$12.000,00
semanais R$3.000,00
Mínimo de 80h R$400,00 a
Nasf 3 1 a 2 eSF R$8.000,00
semanais R$2.000,00
Consultório na Rua

§ Equipes da atenção básica de composição multiprofissional;

§ Responsabilidade exclusiva de articular e prestar atenção integral


à saúde das pessoas em situação de rua;

§ Potencial para a integralidade no SUS (cuidado, serviços e


políticas públicas).

Como atuam?
De forma itinerante, desenvolvendo ações na rua e nas instalações de UBS
do território onde está atuando. Suas atividades articuladas e desenvolvidas em parceria
com as demais equipes de atenção básica do território (UBS e NASF), dos Centros de
Atenção Psicossocial (CAPS), da Rede de Urgência e dos serviços e instituições
componentes do Sistema Único de Assistência Social entre outras instituições públicas e da
sociedade civil.

Onde pode haver?


Em municípios com população igual ou superior a 100 mil habitantes, com o
mínimo de 80 pessoas em situação de rua. Municípios com população inferior a 100 mil
habitantes poderão ser contemplados, desde que comprovada a existência de população em
situação de rua nos parâmetros populacionais previstos.
Ampliação do rol das categorias profissionais que podem compor as equipes de consultório
na Rua e flexibilização na composição de suas diferentes modalidades –
Portaria GM/MS nº 1.029 de 20/05/2014

MODALIDADE I – 4 PROFISSIONAIS ( dentre os quais dois deverão estar entre os descritos no item 1 e
os demais dentre aqueles relacionados no item 1 e 2)
MODALIDADE II – 6 PROFISSIONAIS (dentre os quais três deverão estar entre os descritos no item 1 e
os demais dentre aqueles relacionados no item 1 e 2)
MODALIDADE III – MODALIDADE II + PROFISSIONAL MÉDICO
• Item 1: Enfermeiro, Psicólogo, Assistente Social e Terapeuta Ocupacional
• Item 2: Agente Social, Técnico ou Auxiliar de Enfermagem, Técnico em Saúde Bucal, Cirurgião
Dentista, Profissional de Educação Física e Profissional com formação em Arte e Educação.

Fixação do novo valor do incentivo de custeio referente às Equipes de Consultório na


Rua nas diferentes modalidades - Portaria GM/MS nº 1.238 de 06/06/2014

Valores de custeio atuais

Modalidade I : R$ 19.900
Modalidade II: R$ 27.300
Modalidade III: R$ 35.200
Saúde Prisional
Politica Nacional de Atenção Integral a Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional

• A saúde Prisional atua no Sistema Penitenciário através de equipes multiprofissionais criadas


através do PNSSP (Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário/2003) e da PNAISP
(Politica Nacional de Atenção Integral a Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema
Prisional/2014), sendo custeadas pelo Ministério da Saúde e outras equipes criadas pelo Ministério
da Justiça para dar cobertura ao Sistema Prisional, com complementação dos Estados e
Municípios.

• Um dos problemas fundamentais para a efetivação de políticas públicas voltadas à saúde das
pessoas privadas de liberdade (PPL) é a superação das dificuldades impostas pela própria condição
de confinamento, que dificulta o acesso às ações e serviços de saúde de forma integral e efetiva.
Custeio MS
Legislação NOME / Carga Horária QTD. De Equipes
Mensal
PNSSP Equipe Penitenc. (EPEN) – 4h
R$1.890,00 (até 100 PPL) ou
147 a 182
Port. Interms. 1.777 - 09/09/2003 20h R$3.780,00 (101 a 500 PPL)
Equipe Atenção Básica R$3.957,50 + GH ID SUS X Taxa 33
Prisional (EABP) l – 6h de Custodiados (Todos)*
PNAISP
EABP l + Saúde Mental (SM) R$6.790,00 + ID SUS 09
Port. Interms .01 – 02/01/2014
6h
Port. 482 – 01/04/2014
Port. 305 – 10/04/2014 EABP ll – 20h R$19.191,65 + ID SUS 31
Port. 2.765 – 12/12/2014
EABP ll + SM – 20h R$28.633,31 + ID SUS 07
EABP lll – 30h R$42.949,96 + ID SUS 33
EAP ** – 30h R$66.000,00 05

(*) GH = Grupo Homogêneo do índice de desempenho do SUS x Taxa de custodiados que varia de 06 a 70%. TX de custod.= Nº PPL do Município
(**) Portaria 94 - 14/01/2014 e Portaria 95 - 14/01/2014 . Pop. do Município
Equipes do PNSSP e PNAISP

Equipes com informações no SISAB e


FLUXOS DE ADESÃO À PNAISP pagamento em Nov/2016 = 258 equipes.

ADESÃO ESTADUAL Equipes do PNSSP Equipes PNAISP


Os Secretários Estaduais de Saúde e de Justiça (ou
Passo 1 AL 1 AC 4
congênere) devem assinar Termo de Adesão; AM 2 AM 7
Passo 2 Elaborar o Plano de Ação Estadual da PNAISP; AP 2 DF 6
Publicação, pelo Ministério da Saúde, da Portaria que BA 19 MA 8
Passo 3 CE 14 MS 21
aprova a adesão do estado à PNAISP;
Cadastrar as Equipes no Sistema de Cadastro Nacional de DF 2 PA 7
Passo 4 ES 12 PE 21
Estabelecimentos de Saúde (SCNES); GO 9 PI 2
Solicitar a habilitação das Equipes no Sistema de Apoio à MG 23 PR 1
Passo 5
Implementação de Políticas em Saúde (SAIPS); MS 12 RS 22
Publicação, pelo Ministério da Saúde, da Portaria de MT 5 SE 5
Passo 6 PA 1 SP 1
habilitação das Equipes de Atenção Básica Prisional.
PB 7 TO 13
ADESÃO MUNICIPAL
PR 3 Total 118
Segue os mesmos passos do estado, contudo a assinatura do Termo RN 1
de Adesão à PNAISP se dará pelo Secretário Municipal de Saúde, RO 10
RR 1
respeitando a prévia adesão estadual à Política.
RS 5
Obs: quando o município aderir e habilitar equipes, a equipe deixa de ser uma RJ -
equipe de atenção básica sob gestão estadual e passa a ser uma equipe de SE 2
atenção básica sob gestão municipal. SP 64
Total 197

saudeprisional@saude.gov.br
Telefone: (61) 3315-5901
e-SUS Atenção Básica
O e-SUS AB faz parte do processo de informatização, do processo de trabalho e da qualificação da
informação, que auxilia o registro individualizado dos atendimentos de cada cidadão e a
integração gradual de todos os sistemas na Atenção Básica.
Práticas Integrativas e Complementares - PNPIC
• São abordagens terapêuticas que ampliam o olhar e as ferramentas dos profissionais
de saúde no cuidado a população.
• A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares foi instituída em 2006
através pela Portaria GM/MS nº 971/2006.

Abordagens terapêuticas:

• Medicina Tradicional Chinesa/Acupuntura


• Plantas Medicinais e Fitoterápicos
• Homeopatia
• Termalismo/crenoterapia

Processo de ampliação da PNPIC em 2017 para inclusão


de outras abordagens terapêuticas já difundidas no
território, exemplo: Meditação, Reiki, Yoga,
Musicoterapia.
(Portaria nº 145, de 11 de Janeiro de 2017)
PNPIC - Objetivo

Aumento da resolutividade da Atenção em Saúde:


• Contribui para o aumento da resolubilidade do Sistema
• Promove a racionalização das ações de saúde
• Amplia o olhar terapêutico dos profissionais de saúde
• Amplia as opções de cuidado dos usuário.

Cursos de Introdução às Práticas Integrativas e Complementares


• Disponíveis no AVASUS:
https://avasus.ufrn.br/local/avasplugin/cursos/cursos.php

No estado de MS, existem 83


estabelecimentos de AB que fazem
PICS.
Programa de Requalificação de UBS

Quais objetivos?
- Criar incentivo financeiro para as UBS
- Prover condições adequadas para o funcionamento das UBS
- Melhoria do acesso à Atenção Básica
- Melhoria da qualidade da atenção prestada
- Contribuir para estruturação e o fortalecimento da atenção básica

Quais os componentes fazem parte do Programa?


- Reforma: para UBS próprias ou cedidas com metragem igual ou maior de 153,24 m2
- Ampliação: para UBS próprias ou cedidas com metragem menor ou maior de 153,24 m2
- Construção de UBS: para municípios com terreno próprio ou que tenha posse do mesmo
- UBS Fluvial (Estados e Municípios da Amazônia Legal e Pantanal Sul Matogrossense)
- Telessaúde Redes.

Mais informações: http://dab2.saude.gov.br/sistemas/sismob


Emenda Parlamentar 2017
Objetos Financiáveis

CONSTRUÇÃO DE
PÓLO DA ACADEMIA
CONSTRUÇÃO DE DA SAÚDE
UBS FLUVIAL

Tipos de Equipamentos financiáveis


- Mobiliário e equipamentos médicos para equipar UBS – tanto em
funcionamento quanto em construção, bem como para equipar UBS Fluvial
- Equipamentos de informática incluído para o e-sus
- Veículo para transporte da equipe (SF, NASF, CR, AD)
- Embarcação para transporte em motor popa (equipe ribeirinhas)
- Veículo Eletivo em Saúde: a partir do ciclo de emendas 2017
Mais informações: Cartilha para apresentação de propostas ao MS. http://www.fns.saude.gov.br
Estratégias do Programa Nacional De Saúde Bucal (PNSB)

ESB UOM CEO


LRPD
Para que? Para que? Para que?
Para que?
Atuar de modo integrado às Garantir o acesso à atenção Serviços de atenção
equipes de AB, ofertando em saúde bucal para áreas especializada em saúde bucal Serviço de apoio laboratorial
atenção à população coberta socialmente vulneráveis, de que visam à garantia da aos pontos de atenção da
pela AB. grande dispersão integralidade do cuidado em RAS para a viabilização da
populacional e/ou equipes de saúde bucal. reabilitação em saúde bucal
O que realizam? .
AB com atuação itinerante. O que realizam?
Ações de promoção, Atendem municípios que O que realizam?
prevenção, diagnóstico, atendem critérios de Minimamente, o diagnóstico
tratamento, reabilitação e bucal, periodontia Etapa laboratorial da
elegibilidade.
manutenção da saúde, especializada, cirurgia oral, confecção de próteses
orientadas pela premissa da O que realizam? endodontia e atendimentos a removíveis e fixas.
resolutividade. Coordenam e Atuam como equipes de pacientes com necessidades
regulam o acesso ao cuidado saúde bucal da AB, mas de especiais. Podem ainda
Ações relacionadas
no âmbito da RAS. modo itinerante. ofertar procedimentos de
ortodontia e implante ESB/AB; CEO
Ações relacionadas Ações relacionadas
dentário
PMAQ AB e demais Territórios da cidadania,
estratégias da AB Brasil sem Miséria, Ações relacionadas
Consultórios na Rua PMAQ CEO, RCPD, ESB/AB
Papel dos Gestores: Programação e solicitação do credenciamento; implantação; monitoramento
e avaliação da atenção ofertada, e qualificação das equipes.
PROGRAMA NACIONAL DE SAÚDE BUCAL
PROGRAMA BRASIL SORRIDENTE
PMAQ
CEO
+ CUSTEIO + CUSTEIO
RECURSO DE CUSTEIO ADICIONAL ADICIONAL
TIPO
IMPLANTAÇÃO MENSAL 20% ADESÃO À 20% PMAQ
RCPD CEO

CEO I R$ 60.000,00 R$ 8.250,00 R$ 1.650,00 R$ 1.650,00

CEO II R$ 75.000,00 R$ 11.000,00 R$ 2.200,00 R$ 2.200,00 953 CEOs


participantes
CEO III R$ 120.000,00 R$ 19.250,00 R$ 3.850,00 R$ 3.850,00 (89%)
ATENÇÃO BÁSICA REFORÇA ATENDIMENTO
MAIS PERTO DO CIDADÃO

260.775 40.187
Agentes Comunitários Equipes de
de Saúde Saúde da Família

2 4 . 5 11 51.537
Agentes de
Equipes de
endemias
Saúde Bucal

104 185 4.655


Consultórios Equipes de Núcleos de Apoio à
na Rua Saúde Prisional Saúde da Família
PUBLICAÇÕES EDITORIAIS DO DAB
A produção editorial do DAB acumula um volume grande de publicações, que foram se somando e
ganhando corpo ao longo do tempo. Entre as publicações, destaca-se a série Cadernos de Atenção
Básica (CAB) como material de referência para instrução e apoio aos profissionais de saúde que
atuam no serviço, em especial, os médicos e enfermeiros.

Atualmente, além dos CAB, e igualmente importante para o trabalho dos profissionais, existem os
Protocolos da Atenção Básica e os Protocolos de Encaminhamento da Atenção Básica para a
Atenção Especializada.

Outra linha editorial, atendendo geralmente a demandas específicas dos programas e estratégias
desenvolvidos pelo DAB, têm-se também os guias e manuais publicados pelas áreas técnicas
que coordenam os principais programas do Departamento.

Esses materiais estão disponíveis no site do DAB, na seção:


Biblioteca/Estação Multimídia. Item 1 – Publicações.

http://dab.saude.gov.br/portaldab/biblioteca.php?conteudo=publicacoes

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