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NUTRICIONAL
Progênie TN Duroc
www.topigsnorsvin.com
1 Introdução
2 Objetivo
5 Alimentação e Manejo
5.1 Introdução
5.2 Consumo de ração: à vontade x restrição
5.4 Ractopamina
5.5 Imunocastração
5.14 Água
6 Bibliografia
3
7
7 Apêndice
4. Definições de lisina
6. Fósforo
Aviso legal
Os dados (doravante: informações) que a Topigs Norsvin disponibiliza ou fornece a você são apenas para fins informativos. As informações foram
elaboradas pela Topigs Norsvin com cuidado, mas sem garantia de exatidão, integridade, adequação ou adequado resultado de seu uso. A Topigs
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tâncias pessoais. É de sua responsabilidade verificar se as informações são adequadas para suas atividades. O uso das informações por você é de
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especiais e punitivos) resultantes de você usar as informações ou depender da correção, integridade ou adequação das informações.
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1. INTRODUÇÃO
Esse manual foi desenvolvido pelo time de serviços técnicos globais da Topigs
Norsvin para ser utilizado em sistemas de produção suína profissionais. Gosta-
ríamos de agradecer à Felleskjøpet, à Harpers Adams University e à Zoetis pela
contribuição no desenvolvimento desse manual.
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2. OBJETIVO
O objetivo deste manual é fornecer um guia de alimentação baseado nas necessidades nutricionais da
progênie TN Duroc para alcançar um ótimo desempenho genético em termos de ganho de peso diário
e eficiência alimentar. O ganho de peso diário é descrito neste manual como a soma da deposição de
proteína e gordura. O uso do máximo desempenho genético resultará no crescimento ideal e na maior
eficiência alimentar. O crescimento máximo só pode ser alcançado quando os nutrientes, especificamente
aminoácidos e energia, são fornecidos na dieta na quantidade adequada.
As recomendações deste manual são baseadas na deposição de proteína e gordura, que é influenciada
por fatores como sexo, idade, consumo de ração, sanidade e linha genética. Em modelos de crescimento
de suínos, a deposição de proteína e gordura são frequentemente usadas para descrever a composição
do crescimento dos suínos. Estes fatores podem ser estimados separadamente e os valores apresentados
neste manual são derivados do nosso próprio Pig Growth Model® desenvolvido pelo Topigs Norsvin Rese-
arch Center (TNRC, 2019) e da análise de dados de campo em vários ambientes. Este manual só deve ser
usado para a linha genética TN Duroc da Topigs Norsvin.
TN Duroc é nosso macho terminador para produtores que buscam a combinação de eficiência de produ-
ção e qualidade de carne.
O TN Duroc é naturalmente
robusto e apresenta excelente
rendimento de carcaça.
Comparado com a concorrência,
o TN Duroc reduz a mortalidade
de terminação em pelo menos
1%, permitindo que você
entregue mais animais
ao mercado com
rendimento de car-
caça 0,5% maior.
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4. REQUERIMENTO NUTRICIONAL DIÁRIO
A progênie TN Duroc apresenta o potencial de alta deposição de carne magra e alta taxa de crescimento.
O máximo desempenho desses animais é alcançado com as dietas adequadas que precisam suprir as ne-
cessidades diárias dos animais. Os requisitos diários fornecidos neste manual são baseados no Pig Growth
Model® (TNRC, 2019) e os dados de validação foram coletados nos núcleos genéticos Topigs Norsvin e em
granjas de testagem em diferentes partes do mundo.
Devido ao consumo de ração relativamente baixo na fase inicial/crescimento e alta capacidade de de-
posição de proteína da progênie TN Duroc, a formulação da dieta e as estratégias de manejo devem se
concentrar no aumento da ingestão de nutrientes durante essa fase.
Tabela 1. Exigências nutricionais diárias e ganho de peso médio diário (GPD) da progênie TN Duroc de
acordo com o peso vivo.
GPD, EL, Lis SID, GPD, EL, Lis SID, GPD, EL, Lis SID,
Peso, kg Peso, kg Peso, kg
g/dia MJ/dia1 g/dia1 g/dia MJ/dia1 g/dia1 g/dia MJ/dia1 g/dia1
1a7 25,0 622 10,8 14,1 25,0 621 10,5 14,1 25,0 651 9,8 14,0
8 a 14 29,9 699 13,0 16,0 29,9 697 12,6 16,0 30,1 732 12,1 15,6
15 a 21 35,9 862 15,3 17,7 35,9 858 14,8 17,7 36,2 872 14,5 17,6
22 a 28 42,5 946 17,7 19,2 42,5 941 17,1 19,2 43,0 965 16,9 19,4
29 a 35 49,7 1022 20,1 20,4 49,6 1013 19,4 20,4 50,3 1048 19,3 20,9
36 a 42 57,3 1086 22,3 21,3 57,1 1075 21,5 21,3 58,1 1119 21,5 22,1
43 a 49 65,3 1139 24,4 21,8 65,0 1125 23,5 21,8 66,4 1176 23,4 22,9
50 a 56 73,5 1179 26,3 22,1 73,1 1163 25,2 22,1 74,9 1220 25,1 23,4
57 a 63 82,0 1207 27,6 22,0 81,4 1188 26,4 22,1 83,7 1249 26,5 23,6
64 a 70 90,5 1223 28,9 21,7 89,8 1200 27,6 21,8 92,5 1265 27,7 23,5
71 a 77 99,1 1227 29,9 21,2 98,2 1202 28,5 21,3 101,4 1268 28,6 23,2
78 a 84 107,7 1220 30,7 20,5 106,6 1193 29,2 20,6 110,2 1259 29,3 22,7
85 a 91 116,1 1204 31,2 19,7 114,8 1175 29,7 19,9 118,9 1239 29,9 22,0
92 a 98 124,3 1179 31,6 18,7 122,9 1149 30,0 19,0 127,4 1211 30,3 21,1
99 a 105 132,4 1148 31,9 17,8 130,7 1116 30,2 18,0 135,6 1176 30,6 20,2
106 a 113 140,2 1111 32,0 16,8 138,2 1078 30,3 17,0 143,5 1134 30,9 19,2
1
Energia líquida (EL) e lisina digestível ileal padronizada (Lis SID) são expressas como a quantidade diária requerida para alcançar o rendimento ótimo.
Valores baseados no Pig Growth Model® (TNRC, 2019).
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5. ALIMENTAÇÃO E MANEJO
5.1 Introdução
A Topigs Norsvin fornece neste manual o requerimento diário para atingir a máxima performance da pro-
gênie TN Duroc. No entanto, o potencial genético pode ser influenciado por diferentes fatores ambientais.
Neste capítulo vamos descrever os fatores ambientais mais importantes que podem afetar a performance
durante a fase de terminação.
O consumo diário de ração de um suíno em fase de terminação será o principal fator a ser considerado
pela empresa de nutrição para delinear um programa de alimentação adequado e que dará ao produtor
o maior retorno econômico. Devido à variação no consumo de ração, a Topigs Norsvin apresenta neste
manual os requerimentos nutricionais diários em termos de energia e lisina digestível para que o consumo
seja calculado de acordo com a realidade de cada granja.
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Nas condições de alto padrão sanitário, os animais podem aumentar o consumo entre 10 e 15%, reduzir
as exigências de manutenção em aproximadamente 10% e aumentar a capacidade de deposição de pro-
teína em torno de 25 g/d.
Os pontos a seguir devem ser levados em consideração para animais de alto padrão sanitário:
• Animais de alto padrão sanitário crescem mais rápido, sendo assim, eles têm a capacidade de alcançar
taxas mais altas de deposição de proteína;
• A alta capacidade de consumo de ração em animais de alto padrão sanitário não reflete em aumento da
deposição de proteína se a razão entre a lisina SID e energia na dieta for limitada.
5.4 Ractopamina
A ractopamina é conhecida como um modulador agonista ß-adrenérgico que age como modificador do
metabolismo do animal. No metabolismo celular, a ractopamina aumenta o catabolismo (lipólise) e reduz
o anabolismo (biossíntese de ácidos graxos e triglicerídeos). No tecido muscular, estimula o seu crescimen-
to pela síntese proteica ou pela redução da degradação proteica. Desta maneira, este aditivo aumenta
a taxa de deposição de carne magra em animais de produção, auxiliado pelo mecanismo bioquímico de
repartição de nutrientes. Isto significa que os nutrientes que o animal consome em sua ração são redire-
cionados da deposição de gordura para produção de tecido magro. Essa repartição é mais efetiva quando
o animal atinge o topo de sua curva de crescimento, momento em que normalmente a produção de
tecido magro diminui e aumenta a deposição de gordura.
A deposição de gordura requer maior quantidade de energia quando comparada à deposição de carne
magra. O aumento da deposição de carne pelo uso da ractopamina resulta no aumento da eficiência
alimentar e na produção de carcaças mais magras. Devido ao aumento da deposição proteica, suínos que
recebem ractopamina aumentam seu requerimento de aminoácidos. A Topigs Norsvin recomenda seguir
as instruções nutricionais especificadas por cada fabricante, quando optar pelo uso da ractopamina.
5.5 Imunocastração
A vacina contra o hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH), para controle do odor característico
de machos inteiros (Vivax® ou Improvac®), foi introduzida no mercado global como uma alternativa à
castração cirúrgica. Sua estratégia de utilização prevê que os machos sejam mantidos inteiros pelo maior
tempo possível, uma vez que apresentam maior deposição de carne magra e maior eficiência alimentar. A
primeira dose da vacina sensibiliza o sistema imune, sem alterar o tamanho dos testículos e sua função. A
segunda dose estimula a resposta imune inibindo a função testicular.
Até o momento da segunda aplicação do produto, o animal se comporta como um macho inteiro. Após a
segunda aplicação do produto, a liberação do hormônio testicular é bloqueada (por cerca de 10 semanas),
induzindo uma transição fisiológica para um tipo de animal castrado.
Este aumento de consumo de ração dos imunocastrados resulta em um significativo aumento da depo-
sição de gordura e a vantagem geral da eficiência alimentar dos imunocastrados começa a diminuir (1,5
a 2,0% por semana após a segunda dose (Puls, 2013)). No entanto, animais imunocastrados continuam
a ser mais eficientes do que machos castrados cirurgicamente até pelo menos 7 semanas. Ao mesmo
tempo, o rendimento de barriga e características ligadas ao fatiamento de bacon melhoram à medida
que o tempo da imunocastração aumenta (Boler et al., 2012). Portanto, será imperativo que cada sistema
de produção equilibre o desempenho vivo e os objetivos das características de carcaça para maximizar o
potencial de lucro dessa tecnologia.
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Orientação Nutricional
Para otimizar o ganho de peso e a eficiência alimentar, é recomendado que a lisina SID e outros níveis de
aminoácidos para machos imunocastrados sejam aumentados para o mesmo nível dos não imunizados.
Machos imunocastrados devem ser alimentados como machos inteiros até 10 dias após a segunda dose.
Após esse período, eles devem alimentados como castrados. A densidade energética antes e depois da
segunda dose precisa ser adaptada de forma que os animais não limitem o consumo de ração e possam
ser alimentados à vontade.
Imunocastrados
recomendações do fabricante.
O comportamento alimentar e o desempenho dos suínos podem também ser influenciados pelo tipo de
ração utilizada (peletizada ou farelada). As dietas peletizadas têm demonstrado aumentar a digestibilida-
de dos nutrientes, melhorando a conversão alimentar dos animais terminados de 5 a 8%. Melhoras no
desempenho pelo uso de rações peletizadas também têm sido atribuídas à diminuição no desperdício de
ração, redução na seleção das partículas ingeridas, diminuição na separação de nutrientes, redução do
tempo e energia gastos para ingestão do alimento, destruição de patógenos, modificação térmica do
amido e da proteína, além de aumento na palatabilidade. A melhoria na conversão alimentar é altamente
dependente da qualidade e tamanho do pelete e do percentual de finos. Outra vantagem da dieta peleti-
zada é a capacidade de triturar grãos em partículas bem pequenas, além da possibilidade da utilização de
ingredientes alternativos e ainda manter um bom fluxo da ração.
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DICAS PARA ADAPTAÇÃO EM CLIMAS QUENTES
• Dieta com baixo teor de proteína bruta. Uma solução prática é substituir parcialmente a proteína bruta
por amido e/ou gordura e aminoácidos industriais, visando atingir o requerimento proteico para um ótimo
desempenho;
• Oferecer o alimento nos períodos mais frescos do dia/noite;
• Oferecer o alimento mais vezes ao dia e em menor quantidade irá reduzir a energia necessária para
digestão (produção interna de calor);
• Garantir a disponibilidade de água fresca e limpa de alta qualidade e à vontade, com vazão mínima de
1,5 litros/minuto.
A densidade de alojamento é muito importante para o desempenho e bem-estar do plantel. O não aten-
dimento da densidade adequada de alojamento afetará o desempenho geral do animal.
Abaixo temos uma recomendação da Topigs Norsvin, porém, é preciso estar atento à legislação local.
• 20 kg - 30 kg - 0,30 m2
• 30 kg - 50 kg - 0,40 m2
• 50 kg - 85 kg - 0,55 m2
• 85 kg - 110 kg - 0,65 m2
• >110kg - 1,00 m2
Figura 1: Espaçamento (área livre) por animal de acordo com faixa de peso.
Os suínos são animais ativos e exploradores que passam de 70 a 80% de seu tempo ativos, fuçando e
investigando seus arredores. A falta de estimulação pode levar a comportamentos estereotipados e/ou
prejudiciais, como canibalismo. Estes comportamentos podem ocorrer devido à superlotação da baia e
por ser um ambiente pobre em estímulos. Portanto, recomendamos que suínos destinados à terminação
recebam material de enriquecimento ambiental diariamente. Feno e palha são as melhores escolhas, po-
rém podem ser de difícil aplicação em alguns países.
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Materiais de enriquecimento ambiental devem ser:
• Ingeríveis;
• Mastigáveis;
• Com odor;
• Deformável e destrutível.
Trabalhar com sistemas de alimentação líquida requer certas precauções. Para cada tipo de ração existe
uma diluição ideal que depende dos ingredientes utilizados e da quantidade incluída. Por exemplo, poderá
ocorrer a decomposição de subprodutos caso não haja tempo para serem incorporados à dieta líquida.
Perdas de vitaminas e nutrientes essenciais também podem ocorrer.
Recomendamos análises laboratoriais regulares da ração para garantir que os animais não sejam alimen-
tados com dietas que limitem seu desempenho, bem como afetem negativamente a qualidade de suas
carcaças.
A adição extra de fontes de fibra, como casca de soja, farelo de trigo, casca de aveia, farinha de girassol
e polpa de beterraba, pode ajudar a aumentar a saciedade, melhorar a digestão e limitar o impacto ne-
gativo da rápida fermentação do intestino em animais de terminação mais velhos. Também é importante
usar diferentes tipos de fibras fermentáveis e não fermentáveis. A combinação certa é essencial para bons
resultados.
• Adicionar 2% de casca de soja em dietas para animais até 70 kg, e aumentar a inclusão para até 5-7%
na fase de terminação;
• Subprodutos de trigo: até 5%.
Garanta taxas de ventilação adequadas. A progênie TN Duroc é composta por animais de alto desempe-
nho com altos níveis de ingestão de ração. Animais de alto desempenho têm uma maior produção de
calor corporal e se a baia estiver superlotada, tal fato afetará a temperatura na baia. De acordo com pes-
quisas científicas, a espaçamento por animal deve ser aumentado porque altas temperaturas influenciam
o comportamento dos animais (Spoolder et al., 2012). Dependendo da granja e dos sistemas utilizados, a
temperatura deve ser ajustada para manter os animais em sua zona de conforto.
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5.14 Água
A água é essencial para todas as formas de vida e é o nutriente exigido em maior quantidade pelos suínos.
A água é necessária para manutenção dos tecidos, crescimento corporal, termorregulação, homeosta-
se mineral, excreção de metabólitos e substâncias antinutricionais, obtenção de saciedade e propósitos
comportamentais. As necessidades de água dependerão da temperatura, sanidade, dieta e idade (peso
corporal). A água deve estar disponível para consumo à vontade e ser acessível para todos os animais do
grupo. Uma baixa ingestão de água pode levar à desidratação, redução da ingestão de alimentos, aumen-
to do estresse, mais infecções do trato urinário e menor tolerância a doenças. O acesso e a má qualidade
da água também são considerados fatores de risco para ocorrências de prolapsos e canibalismo. Em geral,
suínos consomem 2,5 a 4 vezes mais água que ração.
Gerenciamento de água
ÁGUA
A água é essencial para toda a vida,
e é o nutriente necessário em maior
quantidade para os suínos. As pesqui-
sas atuais fornecem apenas estimati-
vas das necessidades de água porque
existem muitos fatores diferentes que
podem influenciar a quantidade de
água necessária pelos terminadores no
dia a dia. Como regra geral: os suínos
em crescimento consumirão 2,5 a 4,0
vezes mais água do
que ração.
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Volume e pressão da água
O volume e a pressão da água influenciam o consumo de água pelos animais, pois geralmente bebem
logo após comerem e não ficam bebendo por um longo período. Se a pressão da água for muito baixa,
eles provavelmente consumirão menos água do que precisam. O volume de água também tem influência
no consumo de água dos suínos, certifique-se de usar o bebedouro com vazão de >1 litro por minuto
(Brede, 2006).
Qualidade da água
A água fornecida deve ser de boa qualidade: limpa, clara e fresca. As diretrizes bacteriológicas e químicas
para a qualidade da água potável devem ser verificadas localmente em relação aos padrões de qualidade.
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6. BIBLIOGRAFIA
Bikker, P., & Blok, M. C. (2017). Phosphorus and calcium requirements of growing pigs and sows
(No. 59). Wageningen Livestock Research.
Boler, D. D., Killefer, J., Meeuwse, D. M., King, V. L., McKeith, F. K., & Dilger, A. C. (2012). Effects of slau-
ghter time post-second injection on carcass cutting yields and bacon characteristics of immunologically
castrated male pigs. Journal of Animal Science, 90(1), 334-344.
Kampman-Van de Hoek, E. (2015). Impact of health status on amino acid requirements of growing pigs:
towards feeding strategies for farms differing in health status (Doctoral dissertation, Wageningen Univer-
sity).
National Research Council (NRC). (2012). Nutrient requirements of swine. Norwegian Food Authority.
(2021). Veileder for hold av svin.
Puls, C. L. (2013). Growth performance and carcass characteristics of immunologically-castrated barrows
in comparison to intact males, physically-castrated barrows, and gilts. University
of Illinois at Urbana-Champaign.
Spoolder, H. A., Aarnink, A. A., Vermeer, H. M., van Riel, J., & Edwards, S. A. (2012). Effect of increasing
temperature on space requirements of group housed finishing pigs. Applied Animal Behaviour Science,
138(3-4), 229-239.
Topigs Norsvin Research Center (TNRC). (2019). Pig Growth Model®. Topigs Norsvin.
Van der Peet-Schwering, C. M. C., & Bikker, P. (2018). Amino acid requirement of growing and
finishing pigs. Wageningen Livestock Research.
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7. APÊNDICE
1. Exemplo de cálculos de dieta com base trigo e cevada
Trigo-cevada e milho-soja são os dois principais insumos de ração do mundo. Suínos alimentados com
dietas bem balanceadas à base de trigo e cevada podem ter um desempenho tão bom quanto aqueles
alimentados com dietas de milho e soja. Os níveis mínimos de energia atingíveis ao usar essas duas fontes
de alimentação é o que diferencia esses dois mercados. Portanto, os horários e os cálculos de alimentação
serão diferentes para esses dois mercados. No entanto, as necessidades diárias de nutrientes dos finaliza-
dores TN Duroc são as mesmas.
Tabela 2. Exemplo de cálculo de uma dieta com base trigo e cevada para progênie TN Duroc baseado em
uma estratégia nutricional de 5 fases.
Inicial Crescimento 1 Crescimento 2 Terminação Final
Sexo Fase / Peso, kg
25 - 35 35 - 55 55 - 75 75 - 100 100 - 130
P disponível, g/kg 4, 5
4,6 4,3 3,7 3,6 3,3
EL, MJ/kg 2, 3
10,1 9,9 9,8 9,6 9,3
P digestível, g/kg 4, 5
3,6 3,2 2,7 2,4 2,2
EM, Mcal/kg 2, 3
3,29 3,24 3,19 3,14 2,99
Machos inteiros
1
Consumo médio diário de ração foi utilizado para calcular a quantidade de cada nutriente por kg de ração.
2
Energia líquida (EL - MJ/kg), Energia Metabolizada (EM - Mcal/kg) e Lisina SID (g/kg) calculadas com base no consumo médio diário de ração (kg/dia).
3
EL = EM x 0,74 (esse fator de conversão pode ser diferente em países diferentes); MJ = Mcal x 4,184.
4
O nível de cálcio (Ca, g/kg) tem foco na qualidade óssea e pode ser ajustado se o objetivo é saúde intestinal.
5
O nível de fósforo (P) digestível (g/kg) é expresso como STTD P (digestibilidade padronizada do trato total) e é calculada dividindo a exigência diária
pelo consumo do animal. Recomendamos a utilização de fitase para reduzir as excreções de fósforo e o impacto ambiental. As definições de fósforo
disponível e digestível estão indicadas no Apêndice 6.
16
2. Exemplo de cálculo de dieta com base milho e soja
Tabela 3. Exemplo de cálculo de uma dieta com base milho e soja para progênie TN Duroc baseado em
uma estratégia nutricional de 5 fases.
EL, MJ/kg 2, 3
10,3 10,2 10,1 10,0 10,0
P digestível, g/kg 4, 5
3,6 3,3 2,8 2,5 2,2
EM, Mcal/kg 2, 3
3,28 3,27 3,22 3,19 3,12
Fêmeas
EM, Mcal/kg 2, 3
3,29 3,27 3,24 3,21 3,17
Machos inteiros
1
Consumo médio diário de ração foi utilizado para calcular a quantidade de cada nutriente por kg de ração.
2
Energia líquida (EL - MJ/kg), Energia Metabolizada (EM - Mcal/kg) e Lisina SID (g/kg) calculadas com base no consumo médio diário de ração (kg/dia).
3
EL = EM x 0,74 (esse fator de conversão pode ser diferente em países diferentes); MJ = Mcal x 4,184.
4
O nível de cálcio (Ca, g/kg) tem foco na qualidade óssea e pode ser ajustado se o objetivo é saúde intestinal.
5
O nível de fósforo (P) digestível (g/kg) é expresso como STTD P (digestibilidade padronizada do trato total) e é calculada dividindo a exigência diária
pelo consumo do animal. Recomendamos a utilização de fitase para reduzir as excreções de fósforo e o impacto ambiental. As definições de fósforo
disponível e digestível estão indicadas no Apêndice 6.
17
3. Relação aminoácidos/lisina utilizada para estimar os requerimentos de aminoácidos
A lisina é o primeiro aminoácido limitante na maioria das dietas de suínos. É comum definir primeiro o ní-
vel adequado de lisina na dieta e, em seguida, derivar o nível necessário de outros aminoácidos essenciais
com base em uma proporção ideal de proteínas, fornecendo assim uma dieta proteica equilibrada. Uma
dieta proteica balanceada contém níveis suficientes de cada aminoácido essencial para atender às necessi-
dades biológicas do animal, minimizando as quantidades de aminoácidos em excesso. Em recente revisão,
Peet-Schwering e Bikker (2018) definiram o equilíbrio ideal de aminoácidos para cada fase de produção
com base no conceito de proteína ideal e esse trabalho serve de base para as recomendações da Topigs
Norsvin. Os ingredientes da ração têm diferentes coeficientes de digestibilidade de aminoácidos. Portan-
to, na formulação de dietas mais complexas, recomenda-se a utilização de valores de digestibilidade ileal
padronizada (SID) no processo de formulação.
Tabela 4. Recomendações para aminoácidos essenciais SID em dietas de suínos em diferentes fases (ex-
pressas como % de lisina SID) baseadas no trabalho de Peet-Schwering e Bikker (2018).
Tipo de ração
Aminoácidos1 Variação
Inicial Crescimento Terminação
Triptofano 20 20 20 17-23
Treonina 66 67 68 61-74
Valina 67 67 67 64-72
Isoleucina3 53 53 53 50-54
Histidina 32 32 32 32-32
1
O ganho de peso diário dos terminados do futuro será 10% maior do que o ganho de peso diário dos terminados atuais. Isso será obtido por um
consumo de ração 10% maior ou uma taxa de conversão alimentar 10% melhor comparada com os valores atuais.
2
Recomenda-se uma proporção mínima de 55% de metionina em relação aos valores de metionina + cistina.
3
Recomendação para dietas sem adição de hemoderivados (nível não excessivo de leucina).
4
Recomendação com base em experimentos com leitões desmamados.
5
Recomenda-se uma proporção mínima de 54% de fenilalanina SID e uma proporção máxima de 40% de tirosina SID em relação aos valores de lisina
para obter o crescimento máximo.
18
4. Definições de lisina
As perdas endógenas ileais de aminoácidos podem ser separadas em perdas basais, que não são in-
fluenciadas pela composição dos ingredientes da ração, e perdas específicas, que são influenciadas pelas
características dos ingredientes da ração, assim como os níveis e tipos de fibras, além de fatores antinu-
tricionais. Valores para AID são estabelecidos quando o fluxo ileal total de aminoácidos (isto é, a soma
de perdas endógenas e aminoácidos dietéticos não digeridos) é relacionado ao consumo de aminoácidos
dietéticos. Os valores de AID podem ser corrigidos para perdas basais endógenas de aminoácidos, sendo
obtidos os valores de SID. Se os valores de AID são corrigidos para perdas endógenas basais e específicas,
são obtidos os valores de TID.
Sugerimos o uso de valores SID para formulações das rações, pelo menos até o momento em que forem
disponibilizadas maiores informações sobre os valores TID.
Tabela 5. Exemplo da diferença entre valores de digestibilidade ileal padronizada (SID) e aparente (AID)
para progênie de castrados TN Duroc (25 a 50 kg).
25-50 kg
Lisina SID e lisina AID Basal (g/kg DM)
Lisina SID Lisina AID
19
5. Recomendações de vitaminas e minerais
25 – 45 kg 45 – 75 kg 75 - End
Vitaminas Unidade
Mín Máx Mín Máx Mín Máx
Lipossolúveis
K3 mg 2 3 2 3 2 3
25 – 45 kg 45 – 75 kg 75 - End
Vitaminas Unidade
Mín Máx Mín Máx Mín Máx
Hidrossolúveis
B1 (Tiamina) mg 2 3 2 3 2 3
B2 (Riboflavina) mg 7 10 7 10 5 8
B3 (Ácido nicotínico) mg 20 40 20 40 20 30
B5 (Ácido pantotênico) mg 25 45 25 45 25 45
B6 (Piridoxina) mg 2 4 2 4 2 3
Notas:
- Os requerimentos de vitaminas são baseados nas recomendações mais recentes e foram derivados de várias fontes.
- Uso mínimo de 50% de vitamina D na forma de 25(OH)D3 ou 1,25(OH)2D3 conforme recomendado pelo Global Nutrition Services da Topigs Norsvin.
- A legislação local de cada país deve ser sempre avaliada.
- Os níveis podem ser ajustados dependendo dos objetivos (por exemplo: qualidade da carne, estresse térmico etc.).
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Tabela 7. Recomendações minerais.
25 – 45 kg 45 – 75 kg 75 - End
Minerais Unidade
Mín Máx Mín Máx Mín Máx
I ppm 1 2 1 2 1 2
Cu ppm 25 25 25
Mn ppm 75 75 50
Notas:
- Os requerimentos de minerais são baseados nas recomendações mais recentes e foram derivados de várias fontes.
- A legislação local de cada país deve ser sempre avaliada.
- Os níveis podem ser ajustados dependendo dos objetivos (por exemplo: qualidade da carne, estresse térmico etc.).
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6. Fósforo
O fósforo é um dos minerais mais importantes na nutrição suína. É essencial para o desenvolvimento
ósseo, desempenha um papel fundamental em processos metabólicos, como a formação de membranas
celulares, e é vital para os sistemas enzimáticos envolvidos no metabolismo de proteínas e carboidratos. A
relação entre cálcio e fósforo é de extrema importância porque esses minerais são antagonistas entre si, o
que significa que um excesso de cálcio pode afetar negativamente a digestibilidade do fósforo.
Para o cálculo do fósforo, os nutricionistas utilizam duas definições principais: fósforo disponível e fósforo
digestível, conforme ilustrado abaixo.
FÓSFORO DISPONÍVEL =
FÓSFORO TOTAL – FÓSFORO INOSITOL
FÓSFORO DIGESTÍVEL =
FÓSFORO INGERIDO – (FÓSFORO FECAL/FÓSFORO CONSUMIDO)
Uma enorme quantidade de fósforo é encontrada na forma de ácido fítico (fitato) na matéria bruta. Os
suínos não são eficientes em utilizar o fósforo neste formato. Sendo assim, a enzima fitase é adicionada
às dietas para melhorar a habilidade dos suínos em utilizar o fósforo vindo do ácido fítico. Devido às vá-
rias técnicas de análise de cada fabricante da enzima fitase, a comparação das fontes desta enzima por
um único método se torna confusa. Por isso, a Topigs Norsvin sugere os requerimentos de fósforo sem
nenhuma influência da enzima fitase.
O nível de fósforo digestível e disponível para mantença e ganho foi estimado usando as equações de
Bikker e Blok (2017) e NRC (2012) considerando o ganho extra alcançado pela genética mais recente.
Os requisitos fornecidos pela Topigs Norsvin no apêndice para cálcio e fósforo digestível foram determi-
nados com o objetivo de expressar o potencial genético do animal, assim como para o desenvolvimento
ósseo. Mas é importante lembrar que as dietas devem sempre ser formuladas de acordo com a legislação
local.
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Em caso de dúvidas sobre este manual, entre em contato
com o Global Nutrition Services da Topigs Norsvin:
feed.group@topigsnorsvin.com.
www.topigsnorsvin.com