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Vida em cores!

(Mostrar/apresentar, Produzir/causas e efeitos,


Contextualizar/Objetivo final/reflexão).

(A platéia entra no teatro, música marcante… atores, representam,


cores. No palco uma grande tela, onde estas cores se juntam em
uma grande brincadeira de contato e improvisação… A partir desta
junção, formam-se imagens de coisas da natureza em perfeita
harmonia).

PRÓLOGO
1 FAIXA ( PROLOGO)

Amanda -​ ​ ​Uma névoa de Outono o ar raro vela,


Cores de meia-cor pairam no céu.
M Luiza​ - O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.
(Fernando Pessoa).
Raab - ​Meu coração é um sorvete colorido de todas as cores, é saboroso de todos
os sabores.
Ryan ​- Gosto das cores, das flores, das estrelas, do verde das árvores, gosto de
observar.
Kimberly - ​A​ ​beleza da vida se esconde por ali, e por mais uma infinidade de
lugares, basta saber, e principalmente, basta querer enxergar.
Márcio -​ ​Quem me compra um jardim com flores?
borboletas de muitas cores,
lavadeiras e passarinhos,
ovos verdes e azuis nos ninhos?
(Cecília Meireles).
Marina -​ Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]
Ana beatriz - ​Cores. Não se misturam, “Exatamente”.
Andressa - ​Mas tem algo de total diferença para com as tribos, elas parecem se
respeitar, e cada uma tem o seu lugar perfeito para estar na natureza.
Raab - ​Tudo colorido, ao mesmo tempo que não se misturam, estão juntas, e
mesmo não sendo uma só, fazem parte uma das outras.

(INICIAM A DANÇA DAS CORES, “coreografias montadas em aula” QUE


PODEM TER IMAGENS DE UMA POSSÍVEL COSTURA DE UMA COLCHA DE
RETALHOS).

2 FAIXA (SUSPENSE FUNDO)

ATOR 5 - ​Uma nação tolerante às diferenças, em relação às variações de raça,


gênero, orientação sexual, idade, classe social, aparência, nacionalidade, religião,
ideologia política e de ciência física e intelectual.
ATOR 6 - ​Seria essa sociedade, em que os cidadãos têm direitos iguais, baixo
preconceito e pouca discriminação, onde as pessoas conviveriam bem entre​ ​si,
independentemente de suas características físicas e de seus posicionamentos
ideológicos. Que sonho, não?​ ​Sabemos que na prática não é bem assim!

3 FAIXA (COREOGRAFIA).

CENA 1 (INTOLERÂNCIA RACIAL)

TELÃO: CORES SEM COR.

TODOS - ​Vejo sombras,cores sem cor.


Descolorindo o colorido,
Invisível totalmente visível.

4 FAIXA (ÁGUA)
(Os atores caminham, formando uma única fileira, cada um está com uma
lanterna, eles fazem evolução com os feixes de luz, até revelarem a pandora,
que está no final da fila e que passa lentamente, ouvindo as frases e
expressões sobre o racismo visível / invisível).

ATOR 1 - “tão bonita que nem parece negra”


ATOR 2 - “cabelo ruim”
ATOR 3 - “Macaca”
ATOR 4 - “Serviço de preto”
ATOR 5 - “A coisa tá preta”
ATOR 6 - “Da cor do pecado”
ATOR 7 - “negra, de beleza exótica”
ATOR 8 - “olha o cabelo dela… Quando não está preso, está armado”.

VOZ EM OFF: ​Qual a diferença prática entre o preconceito visível e o invisível?


Como podemos saber se estamos sendo preconceituosos se muitas vezes nem
percebemos que estamos discriminando alguém? comentários e atitudes podem
causar grandes estragos sobre outras pessoas, que têm sentimentos e se ofendem,
assim como você. A intolerância invisível se esconde em casos cotidianos, e, muitas
vezes, nem nos damos conta de nosso comportamento ou comentário
preconceituoso.

(As duas fileiras se transformam em 2 grupos, de um lado cores que se


relacionam com branco e do outro cores que se relacionam com preto. Do
primeiro grupo, surge Zaki, o “rapaz branco” que passa a ser observado por
pandora… Uma placa ao fundo é vista, com dizeres: “lei 430. As cores não se
misturam”... Som das batidas de coração, que vão acelerando gradativamente,
enquanto ambos, encantados um com o outro, tentam se tocar. Eles
conseguem tocar os dedos, pânico nos dois grupos… a trilha sonora de
suspense aumenta, separam-se os grupos que levam Zaki e Pandora).

ZAKI - ​Mas eu sou branco e também sofro racismo, me chamavam de branquelo


quando eu era criança…

ATOR 1 -​ Ser branco já fez alguém questionar a sua credibilidade intelectual,


somente pelo fato de ser quem você é?
ATOR 2 -​ Ser branco já fez com que você se sentisse desconfortável em
determinados ambientes pois você era “muito branco para estar alí?”
ATOR 3 -​ Ser branco já fez você perder uma vaga de emprego, só por você ser
branco?
ATOR 4 -​ Ser branco já fez o segurança do shopping seguir você em todas as lojas,
por você parecer “suspeito” demais?
ATOR 5 -​ Ser branco já fez você temer pela vida dos seus filhos pois a qualquer
momento um grupo de extremo racismo contra brancos poderia o perseguir na rua e
o espancar até a morte por ele ser branco demais?
ATOR 6 - ​Então, você comprovou que racismo reverso não existe.

TODOS - ​Vejo sombras,cores sem cor.


Descolorindo o colorido,
Invisível totalmente visível.

CENA 2 (O AMOR)
TELÃO: AQUARELA.

(A música cresce, Zaki e Pandora encontram-se no centro, abraçam-se


desesperadamente, e se tocam, como num primeiro amor, imagens no telão da
fusão de cores em splash).

ATOR 1 - ​De almas sinceras a união sincera


Amor é um marco eterno, dominante,
Que encara a tempestade com bravura;

ATOR 3 - ​Amor é fogo que arde sem se ver; é ferida que dói e não se sente;
é um contentamento descontente; é dor que
desatina sem doer;

ATOR 2 - ​Amor não teme o tempo, muito embora


Seu alfange não poupe a mocidade;
Amor não se transforma de hora em hora,
Antes se afirma para a eternidade.

ATOR 4 - ​É um não querer mais que o bem querer;


é solitário andar por entre a gente; é nunca
contentar- se de contente;
é cuidar que se ganha em se perder;

ATOR 3 ​- E assim, quando mais tarde me procure


quem sabe a morte, angústia de quem vive, quem sabe a
solidão, fim de quem ama.

ATOR 4 -​ Eu possa me dizer do amor ( que tive):


que não seja imortal, posto que é chama, mas que seja infinito
enquanto dure.

CENA 3 ( INTOLERÂNCIA SOCIAL)

TELÃO: CORES PRIMÁRIAS x SECUNDÁRIAS.

(A música cessa bruscamente, dois grupos se formam novamente, o grupo


das cores “PRIMÁRIAS” e “SECUNDÁRIAS”, o grupo de cores primárias se
julgam superiores aos secundários, frases de preconceito social são lançadas
em ambos os grupos, como um jogral).

GRUPO PRIMÁRIO - (cores: Azul, amarelo e vermelho, limpando Zaki que é a


cor branca)​ O seu corpo está sujo!
GRUPO SECUNDÁRIO - (cores: Laranja, verde, roxo, limpando Pandora que é
a cor preta)​ O que você fez?
GRUPO PRIMÁRIO - (cores: Azul, amarelo e vermelho)​ Já falei para não se
misturar com pobres.
GRUPO SECUNDÁRIO - (cores: Laranja, verde, roxo) ​Nós somos pobres.. você
se misturou com os ricos?
GRUPO PRIMÁRIO - (cores: Azul, amarelo e vermelho) ​Ter pai pobre é destino,
ter sogro pobre é burrice.
GRUPO SECUNDÁRIO - (cores: Laranja, verde, roxo) ​Não precisa ficar assim..
Aprenda, Não somos ricos pelo que temos e sim pelo que não precisamos ter.
GRUPO PRIMÁRIO - (cores: Azul, amarelo e vermelho) ​Eu tenho nojo de pobre!
GRUPO SECUNDÁRIO - (cores: Laranja, verde, roxo) ​Dinheiro não compra tudo
na vida, de que adianta, ter dinheiro e não ter felicidade?
GRUPO PRIMÁRIO - (cores: Azul, amarelo e vermelho) ​Coisa de Pobre!
GRUPO SECUNDÁRIO - (cores: Laranja, verde, roxo)​ Agora, Vá tomar banho!
GRUPO PRIMÁRIO - (cores: Azul, amarelo e vermelho) ​Vá tomar banho!

ATOR 1 - ​O ódio e a raiva estão por aí desde que o mundo é mundo. Em uma
sociedade em que temos que seguir normas e regras o tempo todo, esses
sentimentos são a válvula da panela de pressão.
ATOR 2 - ​É nesse momento que o ódio se transforma: em vez de ser controlável e
passageiro, torna-se uma grave questão social, quase um problema de saúde
pública.

(Todos os atores se juntam em diferentes espaços, com celular nas mãos…)


VOZ EM OFF:​ ​A receita para entender em que momento a internet entra no meio de
tudo isso é simples: basta pegar um sujeito cheio de preconceitos e dar a ele a
“liberdade” de navegar por uma rede considerada livre, sem limites nem ninguém
para julgá-lo: pronto, você acabou de criar um ​hater​ ou um ​troll​ do mundo digital.
O ​hater,​ um cidadão que é a negatividade em pessoa, usa o espaço da internet para
espalhar palavras de ódio e intolerância. Já o ​troll​ prefere a provocação: a zoeira é
fonte de prazer e divertimento pessoal. Parece até brincadeira de criança, mas é só
navegar por ​timelines​ “famosas” para enxergá-los ali, sempre presentes. Afinal, ​the
zoeira ​never ends.​

(No telão, prints de conversas que fazem alusão à intolerância social HATERS
e TROLLS).

ATOR 2 - ​É curioso como as cores parecem muito mais vivas, quando vistas a olho
nú.

CENA 4 (INTOLERÂNCIA ORIENTAÇÃO SEXUAL)

TELÃO: MENINAS VESTEM ROSA

ROSA -​ ​Quando dei por mim, uma força invisível, maligna, negra da cor do breu,
mãos ásperas como uma lixa, já me estava a empurrar lentamente, com voz
enganadora de sereia de encantar, para um negro túnel, sinuoso, de aspecto
horroroso, onde morcegos pegajosos, enojados, rodopiavam sem cessar sobre a
minha cabeça, mais parecendo aves do inferno - se é que ele e elas existem -.
Andei às voltas como uma folha ao sabor do vento, sem ninguém que escutasse
meu lamento; ouvindo só um tremor de voz aterrador que ao longe rugia num
continuado rumor.

(Os atores dão a volta. Pela platéia entram com pedras na mão).

ROSA - ​Socorro, socorrooooo..


(Os atores, já no palco, simulam ataque e defesa em um jogo de Luz, enquanto
a atriz que representa a cor rosa circula o teatro, simulando uma perseguição).

ROSA -​ ​Cheguei a uma altura, já quase alucinado, frio e desanimado, que comecei a
gritar a plenos pulmões por uma luz que de uma candeia fosse; que me iluminasse
e daquele martírio me tirasse.

(Atores em cena, movimentações em fotografias de defesa e ataque).

ROSA - ​Nada. Apenas a ressonância do eco da minha voz angustiada, seca e


esganiçada se ouvia lá ao fundo, quase morta. Eu não queria mais ser “ROSA”, não
gosto dessa cor, nunca gostei dessa cor… Eu não pedi pra nascer assim.

(Atores em cena, movimentações em fotografias de defesa e ataque).

ROSA - ​Mesmo com todo sofrimento, decidi que não ia mais me esconder, a partir
de hoje eu seria “AZUL”.

(Em cena, os atores revelam o corpo do Azul caído ao chão, enquanto a cor
rosa visualiza a sua própria morte, MÚSICA “JARDIM FECHADO” cantada pelo
ator Marcos Felipe, aluno do segundo ano. Colocam um tecido Rosa, por
sobre o corpo do azul enquanto o levam em forma de um cortejo. A cor rosa
se junta ao cortejo com um manto azul).

TELÃO OU VOZ EM OFF:

● Um homossexual é assassinado a cada 28 horas no Brasil.


● O desrespeito e intolerância levam a violência, que assim gera morte.
● O índice de mortes por homicídio contra homosexuais é o maior do
mundo no Brasil.
● A discriminação não vem somente de pessoas comuns, mas também de
parlamentares eleitos.
● Os motivos para as práticas homofóbicas vão desde causas culturais e
religiosas até inseguranças sobre a própria orientação sexual do
agressor.

CENA 5 (INTOLERÂNCIA RELIGIOSA)

TELÃO: Cores e imagens, cores! (É como se perder de Deus e eu não quero).

(De um lado pandora, do outro Zaki, presos ).

PANDORA - ​Presos, por quebrar a lei de que nenhuma cor pode se tocar.
ZAKI - ​Presos, por misturar, por amar.
PANDORA - ​Mais esse é o problema! As pessoas, só conseguem olhar para si
próprias. só distribuem amor para quem é do seu convívio, ou seja do seu próprio
grupo, o restante não faz diferença em suas vidas.
ZAKI - ​Em quem devemos acreditar? no homem?
PANDORA - ​No homem? É como se perder de Deus, e eu não quero!
ZAKI - ​Deus…​ ​Seres humanos acreditam em coisas diferentes, e é isso que os
torna tão especiais e interessantes.
PANDORA - ​É nosso dever aprender a conviver e respeitar pensamentos e crenças
diferentes.
(Em cena, entra alguém da tribo de Zaki)

ATOR 1 - ​Zaki, graças a Deus te encontrei… Você está bem? consegui pegar a
chave dos guardas, sem que eles percebessem… Precisamos andar rápido!

(Solta Zaki)

ZAKI - ​Por que andar rápido?


ATOR 1 - Uma guerra se aproxima, é o fim dos tempos. Vocês se misturaram e
agora todas as tribos querem impor​ d
​ e forma violenta suas concepções, suas
crenças e a sua religião, expulsando e matando aqueles que não concordam com os
seus pontos de vista.
ZAKI - Não podemos deixar a Pandora.

(Soltam Pandora, eles saem … ) Coreografia onde cada uma das cores
representam um religião, elas estão em embate… No telão imagens e vídeo de
situações onde terreiros são destruídos, guerras do oriente, igrejas
evangélicas e católicas.
ATOR 4 - ​as ideias de tolerância é algo presente em livros sagrados e ensinamentos
de profetas e seguidores. Destaca o lado pacificador e inclusivo da religião.

ATOR 5 - ​Bem aventurados os puros de coração, porque verão a Deus. Bem


aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de
Deus”. Jesus Cristo
ATOR 6 - ​“Em verdade, jamais se destrói o ódio pelo ódio. O ódio só é
destruído pelo Amor. Este é um preceito eterno”. Buda
ATOR 7 - ​“A regra de ouro consiste em sermos amigos do mundo e em
considerarmos toda a família humana como uma só família. Quem faz
distinção entre os fiéis da própria religião e os de outra, deseduca os
membros da sua religião e abre caminho para o abandono, a irreligião”.
Mahatma Gandhi

CENA 6 (INTOLERÂNCIA GÊNERO).

TELÃO: Chorei por ter despedaçado, as flores que estão no canteiro.

ATRO 1 - ​Gosto das cores, das flores, das estrelas, do verde das árvores, gosto de
observar. A beleza da vida se esconde por ali, e por mais uma infinidade de lugares,
basta saber, e principalmente, basta querer enxergar.

(​Todas as cores entram em cena com uma cadeira ou banco, todos estão com
jornais abertos na altura do rosto, Cantam a música “o cravo brigou com a
rosa”. atrás dos jornais, dois atores representam os personagens cravo e rosa
em fantoche).

O cravo brigou com a rosa


Debaixo de uma sacada
O cravo saiu ferido
E a rosa despedaçada.

O cravo ficou doente


E a rosa foi visitar
O cravo teve um desmaio
E a rosa pôs-se a chorar.

A rosa fez serenata


O cravo foi espiar
E as flores fizeram festa
Porque eles vão se casar.

ATOR 2 - ​Vai casar com ele por quê?


ATOR 3 - ​Acho que ela tem medo, de que ele faça alguma coisa com ela, já que de
acordo com ele, se ela não for dele, não será de mais ninguém.
ATOR 4 - ​Eu também ouvi ele dizer que, mulher só serve pra e pra parir.
ATOR 5 - ​Não é só isso não:

. Menina não brinca de luta.


. Menina não grita.
. Fecha as pernas. Senta direito!
. Já sabe cozinhar, já pode casar!
. Por que você tá brava? É TPM?
. Mulher com pelo parece um homem.
. Vestido curto demais. Tá pedindo...
. Pra ficar bonita, mulher tem que sofrer.
. Mulher no volante, perigo constante.
. Mulher não gosta de homem; gosta de dinheiro.
. Se acabou depois dos filhos.
. Tá gorda demais.
. Tá magra demais.
. É muito bonita pra ser inteligente.
. Mulher de boca suja é horrível.
. Não existe mulher feia. Existe mulher pobre.

O cravo brigou
com a rosa
debaixo de uma sacada
o cravo fugiu covarde
a rosa morreu calada

(Cenas no telão com manchetes de jornais sobre feminicídio… os


alunos saem com as cadeiras, 1 minuto de silêncio).

ATOR 1- Quantos conflitos mundiais estão em andamento apenas porque um grupo


de pessoas não tolera a existência de outras?
ATOR 2 - Respeitar as diferenças é entender que cada pessoa pensa e age de
maneira única.
ATOR 3 - A falta de respeito ao próximo é um dos maiores causadores de conflitos,
guerras e males que perpetuam em nosso mundo.
ATOR 4 - Você realmente acha justo um ser humano ser agredido por sua
orientação sexual, sua cor ou profissão? Os “achismos” e “opiniões” veladas de
forma preconceituosa têm sido os principais responsáveis pelas mortes de
inocentes.
ATOR 5 - Esse não é o futuro que desejo para meus filhos e netos.
ATOR 6 - ​Quando os sonhos nos controlam, os surdos podem ouvir melodias, os
cegos podem ver cores, os derrotados podem encontrar energia para continuar.
ATOR 7 - Quando não havia solo para caminhar, Beethoven caminhou dentro de si
mesmo, não desistiu da vida, ao contrário, exaltou-a. Os sonhos venceram. O
mundo ganhou.

Eu sou de todas as cores, de todos os sons, de todas as dores, de todos os


tons...
Sou água, terra, fogo e ar...
Sou a inércia e o caminhar...
Sou brisa, sou tempestade...
Sou mentira, sou verdade...
Sou lua minguante, sou lua cheia...
Sou pegadas na areia...
Sou a rosa e o espinho...
Sou afeto e sou carinho...
Sou sol, sou maresia...
Sou barulho, sou melodia...
Sou razão, sou sentimento...
Sou a eternidade e o momento...
Sou matéria, sou espírito...
Sou a doença e o antídoto...
Sou séria, sou anarquista...
Sou menina, sou mulher...
Sou o que me der na telha...
Sou o que vc quiser...
Só não imutável, nem uma tediosa mesmice...
Eu não sou MAIS eu... Eu sou apenas EU...
E mesmo assim, imperfeita, já me dou por satisfeita... ;)

Nilza Rodrigues

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