Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PRÓLOGO
1 FAIXA ( PROLOGO)
3 FAIXA (COREOGRAFIA).
4 FAIXA (ÁGUA)
(Os atores caminham, formando uma única fileira, cada um está com uma
lanterna, eles fazem evolução com os feixes de luz, até revelarem a pandora,
que está no final da fila e que passa lentamente, ouvindo as frases e
expressões sobre o racismo visível / invisível).
CENA 2 (O AMOR)
TELÃO: AQUARELA.
ATOR 3 - Amor é fogo que arde sem se ver; é ferida que dói e não se sente;
é um contentamento descontente; é dor que
desatina sem doer;
ATOR 1 - O ódio e a raiva estão por aí desde que o mundo é mundo. Em uma
sociedade em que temos que seguir normas e regras o tempo todo, esses
sentimentos são a válvula da panela de pressão.
ATOR 2 - É nesse momento que o ódio se transforma: em vez de ser controlável e
passageiro, torna-se uma grave questão social, quase um problema de saúde
pública.
(No telão, prints de conversas que fazem alusão à intolerância social HATERS
e TROLLS).
ATOR 2 - É curioso como as cores parecem muito mais vivas, quando vistas a olho
nú.
ROSA - Quando dei por mim, uma força invisível, maligna, negra da cor do breu,
mãos ásperas como uma lixa, já me estava a empurrar lentamente, com voz
enganadora de sereia de encantar, para um negro túnel, sinuoso, de aspecto
horroroso, onde morcegos pegajosos, enojados, rodopiavam sem cessar sobre a
minha cabeça, mais parecendo aves do inferno - se é que ele e elas existem -.
Andei às voltas como uma folha ao sabor do vento, sem ninguém que escutasse
meu lamento; ouvindo só um tremor de voz aterrador que ao longe rugia num
continuado rumor.
(Os atores dão a volta. Pela platéia entram com pedras na mão).
ROSA - Cheguei a uma altura, já quase alucinado, frio e desanimado, que comecei a
gritar a plenos pulmões por uma luz que de uma candeia fosse; que me iluminasse
e daquele martírio me tirasse.
ROSA - Mesmo com todo sofrimento, decidi que não ia mais me esconder, a partir
de hoje eu seria “AZUL”.
(Em cena, os atores revelam o corpo do Azul caído ao chão, enquanto a cor
rosa visualiza a sua própria morte, MÚSICA “JARDIM FECHADO” cantada pelo
ator Marcos Felipe, aluno do segundo ano. Colocam um tecido Rosa, por
sobre o corpo do azul enquanto o levam em forma de um cortejo. A cor rosa
se junta ao cortejo com um manto azul).
PANDORA - Presos, por quebrar a lei de que nenhuma cor pode se tocar.
ZAKI - Presos, por misturar, por amar.
PANDORA - Mais esse é o problema! As pessoas, só conseguem olhar para si
próprias. só distribuem amor para quem é do seu convívio, ou seja do seu próprio
grupo, o restante não faz diferença em suas vidas.
ZAKI - Em quem devemos acreditar? no homem?
PANDORA - No homem? É como se perder de Deus, e eu não quero!
ZAKI - Deus… Seres humanos acreditam em coisas diferentes, e é isso que os
torna tão especiais e interessantes.
PANDORA - É nosso dever aprender a conviver e respeitar pensamentos e crenças
diferentes.
(Em cena, entra alguém da tribo de Zaki)
ATOR 1 - Zaki, graças a Deus te encontrei… Você está bem? consegui pegar a
chave dos guardas, sem que eles percebessem… Precisamos andar rápido!
(Solta Zaki)
(Soltam Pandora, eles saem … ) Coreografia onde cada uma das cores
representam um religião, elas estão em embate… No telão imagens e vídeo de
situações onde terreiros são destruídos, guerras do oriente, igrejas
evangélicas e católicas.
ATOR 4 - as ideias de tolerância é algo presente em livros sagrados e ensinamentos
de profetas e seguidores. Destaca o lado pacificador e inclusivo da religião.
ATRO 1 - Gosto das cores, das flores, das estrelas, do verde das árvores, gosto de
observar. A beleza da vida se esconde por ali, e por mais uma infinidade de lugares,
basta saber, e principalmente, basta querer enxergar.
(Todas as cores entram em cena com uma cadeira ou banco, todos estão com
jornais abertos na altura do rosto, Cantam a música “o cravo brigou com a
rosa”. atrás dos jornais, dois atores representam os personagens cravo e rosa
em fantoche).
O cravo brigou
com a rosa
debaixo de uma sacada
o cravo fugiu covarde
a rosa morreu calada
Nilza Rodrigues