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DÀDA ÀJÀKÀ: Irmão mais velho de Sàngó, foi um dos reis (Aláàfìn)
de Òyó, é cultuado para trazer liderança, principalmente as lideranças
justas e pacificadoras, está ligado as crianças que nascem de cabelo
enrolando, chamadas de Dàda. No Brasil, Àjàkà passou a ser cultuado
como um título (qualidade) de Sàngó, mas não é, e sim seu irmão, de
personalidade bem distinta inclusive.
Kò ní fi ti Èṣù síwájú
Mensageiro de Olódùmarè...
Muitos são os títulos desta divindade, dentre eles, Àgbó Òdàrà, Èsù,
Láàlú, Elégbára, Olúlànà, Alàmùlamu Bàtá, Ajígídam Irin,
Olóògùn Àjísà, Èrú, Látopa, Láarúmò, Elégbàá Ògo, Ora,
Obasin, Onílé Oríta, Láaróyè.
Èsù deve ser cultuado para que nossos caminhos não se fechem, para
que nossos pedidos cheguem ao consentimento de Olódùmarè e
possam então ser sancionados. Para que nada e ninguém nos façam
mal. Para que tenhamos vida longa e tudo de satisfatório sobre a
Terra (Àiyé).
Ọbàtálá é representado por uma cabaça toda branca, cujo dentro são
depositados seus símbolos sagrados e secretos. É aconselhável ter de
frente ao seu assentamento, um pote de barro (Àwẹẹ̀) sacralizado e
com água que deve ser trocado periodicamente, pois, essa água além
de poder ser utilizada com fins curativos, representa também a água
utilizada para moldar o ser humano.
- Ìròsùn méjì (Olósùn méjì), onde ele com sua esposa Iyèmọwó dão
início ao ciclo menstrual da mulher e assim a reprodução;
- Òdí méjì, onde ele e Iyèmọwó fazem uma grande viajem e são
orientados a irem de branco para evitarem infortúnios;
- Ọẹ̀bàrà kòsùn (Ọẹ̀bàrà ìrosùn): onde ele faz viagens de Ìrànjé-Ilé até
Ìrànjé-Oko e perde um de seus escravos para a morte devido o
mesmo ser ambicioso.
São estes:
- Em Ọẹ̀bàrà méjì fala sobre realização lenta, e também com Ògún fala
de mudanças.
- Em Èjì ogbè vem no aspecto de Ògìyán falando junto com Èṣù sobre
vitória em cima de inimigos.
Ọbàtálá é o que cria os nossos corpos, nos dando forma, por isso
respeitar nosso corpo e o corpo alheio, é a forma de respeitar a obra
de arte deste grande artista. Não é preciso ser dito a grande relação
dele com os deficientes físicos (Ẹní Òrìṣà), pois, isto já é sabido por
todos.
Suas principais oferendas são: Omi (água), Obì (nós de cola), Iyán
(inhame pilado), Ọbẹẹ̀ òṣíkí (sopa de um determinado vegetal
nigeriano com sementes de melão), Ẹẹ̀kọ (pudim de milho branco),
Ègbo (milho branco cozido), Ìgbín (caramujo); Ewúrẹọ́ (cabra), Adìẹ
(galinha) e Ẹyẹlé (pombo).
Não posso falar de Ìyámi Òdù, sem falar de Ifá (Òrúnmìlà). Ifá é o
deus do destino, e o grande revelador do destino humano. Na
tradição Yorùbá só existe UMA iniciação em Ifá, essa é chamada de
Itefá, pois é no Ita-ifá (terceiro dia da iniciação) que surge o odù
revelador do destino do devoto. Nesse procedimento o devoto passa
por um ritual chamado Igbó-dù (floresta de Odù) que pode ser feito
em uma mata fechada, ou em um quarto sagrado. Nesse ritual o
devoto é APRESENTADO à esposa de Ifá, onde o iniciado pede para
que a mesma lhe favoreça com um bom destino.
Muitos dizem que Isefá é a iniciação de Ifá, chamada de primeira
mão, devido o sincretismo com o culto de Ifá afro-cubano, isso é um
grande equivoco, pois, Isefá ou Sese, é apenas um trabalho feito para
Ifá, onde os ikin são lavados e sacralizados. Não é um processo
iniciático.
Lembro aqui que o Itefá não é uma iniciação sacerdotal, ou seja, ser
submetido à ela, não implica que a pessoa será Bàbálawo, e sim
apenas, que a pessoa passa a ser um iniciado de Ifá e poderá através
dessa iniciação ter uma vida mais equilibrada e harmoniosa com seu
próprio destino.
Odùbiyi (dado para as crianças que nascem com seis dedos na mão
ou no pé);
Odù àgbà awa omo re Odù (Odù a antiga nós somos seus filhos
Odù).”
Ìyámi Odù-logboje é considerada por alguns, o aspecto positivo de
Ìyámi Òsòròngà, não podemos de forma alguma dizer se isso é de
fato ou não verdadeiro, mas, que a relação entre essas forças é bem
próxima, isso não podemos ter duvidas.
Odù, assim como Ìyámi (Òsòròngà), cobra de seus filhos uma postura
discreta, sem ostentação de poder, pois, isso baixa a energia vital de
seus devotos.
Ire o!
"Omo Lánní
Òdúndún ní àdè
Òrò ni Ìyá-Ayé
No Brasil hoje em dia, muito têm sido escrito e falado a respeito desta
secreta sociedade e muitos tem se declarado adeptos iniciados desta
importante e secreta fraternidade, chegando ao triste ponto de
iniciarem outros adeptos neste Culto (Ìyámi Ayé/Edan), sem
possuírem os devidos direitos e conhecimentos, simplesmente
visando o lucro financeiro.
Ilè – Ìyámi Ayé é a fonte da vida na Terra (Àiyé), por isso deve possuir
a primazia em todos os cultos e não somente no de Ògbóni.
Alápò ìkà
A je Òràngún má bì
Egúngún, o que é?
Um Culto?
Uma Divindade?
Um conjunto de Divindades?
Certo? Certo!
No Brasil este interdito foi criado por algum motivo, que realmente
desconheço, talvez pelo fato de terem associado aqui, Egúngún à
uma outra energia que representa os ancestrais masculinos, esta
chamada de Orò, que de fato, as mulheres não podem ter nenhum
tipo de envolvimento.
Awo é uma palavra que possui vários sentidos, nesse seria segredo.
“Bàbá ímàlè
Mo le o,
Bàbá ímàlè
É bravo!
Tudo tem seu tempo e sua hora, por isso, tenha Súùrú (paciência).
Eu Zarcel Carnielli (Òsàlásínà) espero que este texto tenha lhe
ajudado a desvendar um pouco, dos muitos mistérios criado em torno
desta energia...
Ire o!
Òṣùmàrè não é e nem deve ser cultuado sem Ijòkú, sua esposa, este
é o motivo do mesmo receber animais em casal, para que aja o
equilíbrio e o Àṣẹ deste casal de divindades na vida do iniciado ou do
devoto que esteja trocando de energia com o mesmo.
Os ìtàn (relatos míticos iorubas) contam que logo que chegou ao Àiyé
(Mundo terrestre), Olókun não gostou do que viu, discórdia entre os
mortais, confusão, negligência, etc, então, resolveu consultar
Òrúnmìlà, que após consultar Ifá (oráculo), determinou que Olókun
realiza-se o ebo (sacrifício) determinado, depois de realizado o ebo,
uma nova morada surgiu para Olókun morar, o Mar, foi onde a mesma
construiu seu castelo, repleto de riquezas.
Muitos dizem que Olókun não gosta muito dos humanos, que é uma
divindade bastante complexa, e todos os seres que não respeitam sua
morada, o Mar, viram alimentos para seus animais, os peixes.
Olókun possui enorme amizade e apreço por Òrúnmìlà, que foi seu
esposo e adivinho, e todos os devotos de Òrúnmìlà (Ifá) que possuem
bom caráter, são abençoados por Olókun, com prosperidades, em
todos os setores de sua vida.
Ire o!
“Erin ló ni igbó o.
Iyèmọja ló ni òkun
Erin ló ni igbó o.
Iyèmọja ló ni odò
Iyèmọja o!
Ìyá orí mi o!
Iyemanja!
Yèmọja então está relacionada à água, seja ela doce ou salgada, não
importa. Ela vive onde vive Ọẹ̀ṣun sua filha e onde vive Olókun sua
mãe, por isso ela é conhecida como a dona de todas as águas e como
aquela que cura uma pessoa com água sem pedir uma gota de
sangue como oferenda. Por isso, por essa capacidade de se
sensibilizar com o ser humano e com seus problemas, e procurar
rapidamente auxiliar os mesmos a encontrarem solução para tais
problemas, que Ela, Yèmọja é tão cultuada e venerada, seja no Brasil
ou na Nigéria, seja no rio ou no mar, Yèmọja é venerada por todos!
Odò Ìyá Yèmọja Olú gbogbo omi – Mãe do Rio, Yèmọja Senhora de
Todas as Águas.
Sua ligação com Ológùn Ede é mostrada em diversos ìtàn, seja como
seu filho, seja apenas como seu mensageiro. São duas divindades que
são cultuadas juntas.
Seu dia de culto na Nigéria é o Ojó Awo (Dia do Segredo, primeiro dia
da semana ioruba de quatro dias), no Brasil a mesma passou a ser
cultuada no Ojó Àbáméta (Sábado), dia em que é cultuada junto a sua
mãe, Yèmoja.
Seus símbolos ritualísticos de culto são: Eta (pedras de rio), owó eyo
(búzios), àwè (pote de cerâmica para água), aso funfun (pano
branco), ide wéwé (pulseiras de cobre), òòyà (pentes de madeira,
cobre, etc), Abèbè (leques), Ìrùkèrè (elemento símbolo de realeza),
etc.
Sua ligação com Ìyámi Òsòròngà, faz de Òsun uma divindade qual
devemos ter cautela ao manipular energeticamente, é aquela que dá
e assegura a vida, mas também é aquela capaz de matar, até mesmo
com um copo de água (engasgado).
O nome pelo qual Ọẹ̀ṣọọ́ọẹ̀sì era conhecido antes de matar o pássaro das
Àjẹọ́ que pousou sob o palácio de Ilé Ifẹẹ̀, era Ọdẹ Ọẹ̀ṣọọ́tọkanṣoṣo
(Caçador Vigia de uma flecha só), somente depois de matar o pássaro
das Ìyámi Àjẹọ́ e salvar o povo de Ifẹẹ̀, estes então aclamaram: Ọẹ̀ṣọọ́
wusì (Vigilante famoso/popular) e então Ọẹ̀ṣọọ́tọkanṣoṣo passou a ser
chamado de Ọẹ̀ṣọọ́wusì e hoje Ọẹ̀ṣọọ́ọẹ̀sì, o Vigilante que caminha pela
esquerda.
De acordo com a lenda, Kóri era uma mulher que vivia na floresta, até
que um dia ela encontrou uma criança abandonada e adotou a
mesma. Ensinou essa criança todos os segredos da vida, fazendo com
que a mesma se tornasse um ser muito bem sucedido. Devido à isto,
Kóri normalmente é apontada por Ifá (Deus do destino) como aquela
que deve ser cultuada pelas crianças abandonadas que foram
adotadas por outra família. Ajudando assim, a criança, a se
desenvolver de forma sadia e possibilitando que a mesma seja um
adulto próspero.
1-Kóri nrodo,
3-Kóri o má je k’omo wá ò kú o!
4-Òrìsà èwe, má je kí
5-Orí wá, ò kú o!
6-Olú-òrun o, má pa wa lékùn o
Tradução:
1-Kori a protetora!
Acredita-se que a origem do Culto a Ìbejì, seja Ìṣokùn, cidade que hoje
está agrupada a cidade de Ọẹ̀yọọ́ – Estado de Ọẹ̀yọọ́ na Nigéria. Foi nessa
cidade, que Ìbejì veio a Terra (Àiyé) pela primeira vez, uns dizem que
foi através da mulher de um fazendeiro pobre de Ìṣokùn, outros dizem
que foi através da mulher de um Rei de Ìṣokùn.
Mas deixamos claro que, Ìbejì não é uma divindade que reencarna, ou
seja, que teve (tem) passagens na Terra como Ọbàtálá, Ọẹ̀ṣun, Ṣàngó,
Èṣù, etc.. E sim, espíritos que habitam em dois corpos e se
completam, possuindo pleno equilíbrio. Embora, há pessoas que
acreditam que são dois espíritos que vivem juntos no Céu (Ọẹ̀run) e
vem para a Terra (Àiyé), outros já acreditam que é a vinda da pessoa
e de seu ẹnikéjì (seu duplo) para a Terra.
Ter filhos gêmeos é algo tão maravilhoso para os iorubas, que eles
utilizam-se da expressão Èjìrẹọ́ Ọẹ̀kín, referindo-se que a beleza de
possuir gêmeos é tão qual a de um Pavão (Ọẹ̀kín).
Mas não podemos falar de Ìbejì sem também falar de Ìdòwú, o tão
conhecido DOUM, que muitos veem entre São Cosme e São Damião,
cultuam, mas nem sabem quem é. Ìdòwú é como os iorubas chamam
a criança que nasce logo após os gêmeos (Ìbejì), que literalmente
quer dizer “Aquele que equilibra os gêmeos”, Ìdòwú nada mais é do
que um aspecto de Èṣù, que é cultuado para que as bênçãos de Ìbejì
recaiam sobre aquela família. Não tem como cultuar Ìbejì, sem cultuar
Ìdòwú (Èṣù). Na época da escravatura no Brasil, com o sincretismo
afro-católico, os nigerianos escravos que cultuavam Ìbejì, cultuavam
também Ìdòwú, como o passar do tempo, Ìdòwú tornou-se Doum e
ficou São Cosme, São Damião e Doum, podemos ver claramente que,
Doum é menor que Cosme e Damião, ou seja, representa a criança
que nasce após os gêmeos. Sabemos também que a Igreja Católica e
a História não conhecem Doum e assim podemos ter total certeza
que Doum é o Sincretismo Afro-Católico de Ìdòwú. O mesmo não é e
nunca foi irmão de Cosme e Damião.