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CONTEXTUALIZAÇÃO
Decerto, não se pode falar de uma corrente filosófica ou pensamento sem antes situa-lo
num determinado contexto, tempo ou espaço, impacto que teve, o que levou ao seu
surgimento. Neste caso, Segundo Fonseca (1967) o existencialismo foi uma doutrina
filosófica e um movimento que surgiu na Europa no seculo XIX, inspirado pelos
filósofos como Soren Kierkegaard (1813-1855) e Friedrich Nietzsche (1844-1900).
Porém o seu valor foi exaltado no seculo XX influenciado pelo escritor e filosofo
francês Jean-Paul Sartre (1905-1980).
2.EXISTENCIALISMO
É uma corrente filosófica e literária que aprimora a experiencia como principal fonte de
aquisição do conhecimento, portanto, ele surgiu como uma resposta às angústias
vivenciadas pela Europa durante a segunda guerra mundial, sendo uma corrente
filosófica que popularizou-se por meio do jornalismo, das produções intelectuais, da
poesia, do romance, do teatro e as demais manifestações culturais daquela época.
2.1.Objecto central
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Vários são os filósofos que devido o seu teor filosófico identificam-se como
existencialistas.
Segundo (https://www.educabras.com/enem/materia/filosofia/aulas/o_existencialismo)
Muitos filósofos existencialistas não se identificavam com o movimento e nunca
utilizaram o termo “existencialismo”. O filósofo dinamarquês Søren Kierkegaard
(século XIX) e o filósofo alemão Friedrich Nietzsche são considerados filósofos pré-
existencialistas, tendo sido os precursores do movimento.
Segundo Batista Mondin (2017, p. 70) Soren Kierkegaard (1813-1885) foi um filósofo
dinamarquês, considerado o “Pai do Existencialismo”. Embora tenha criticado bastante
o mundo religioso do seu tempo ele fez parte da vertente existencialista Cristã,
doutorou-se em Teologia. Em seus pensamentos Kierkegaard foca-se mais na Teologia
do que na filosofia, ele analisa o estado do homem diante de Deus, mas isto não lhe
impediu de gerar discursos filosóficos.
Segundo Mondin (2017, p. 78-70), para Kierkegaard o homem está em uma contínua
mudança, todavia, esta mudança é compreendida em três fases ou estados:
Estético- o homem é dominado por coisas efémeras como prazer, riqueza, etc. o
homem encontra-se num estado instável, incapaz de evoluir, sem compromisso a
velar;
Não se pode falar de Kierkegaard sem falar da sua obra “A liberdade e o pecado”.
Segundo Rovigh (2011, p. 111) o pecado não é um objecto da ciência, mas do mundo da
existência. Nesta obra Kierkegaard não pretende explicar o pecado, mas descrever o que
antecede o pecado. Para ele o pecado é antecedido da inocência, ele define a inocência
como sendo a ausência do bem e mal e que acaba gerando a angústia. Por outro lado a
angustia e dada como a vertigem da liberdade ou seja o descontrole emocional da
liberdade. Ele explica que a angústia é anterior ao pecado original em Adão e Eva, pois
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foi este sentimento incómodo na qual eles se depararam em escolher entre obedecer ou
não à proibição de Deus em não comer o fruto do conhecimento, dai que ele diz que o
pecado entrou no mundo com o pecado. Para ele o pecado é decidido no momento, e o
momento é feito pela ausência do passado e o futuro.
Por meio do primeiro e do segundo existencial surge as tais formas de vida autêntica e
inautêntica.
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Inautêntica ou banal: O homem deixa-se dominar pela situação na qual se
encontra, o homem desempenha mais a função de consumidor do que dum
homem que cria para sua subsistência, é um homem que esquiva-se de
responsabilidade, não tem iniciativa em tomar decisão, um homem totalmente
dependente (MONDIN, 2017, pag.217);
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complexidades das situações que ele enfrenta que podem vir a condicionar a sua
liberdade. Porém eles também divergem em seus pensamentos, no que tange a criação
do homem, Kierkegaard e Heidegger concebe Deus como criador homem e como
omnipresente na vida homem enquanto Sartre não reconhece Deus como criador do
homem, ele impõe o Paradoxo que diz que o homem em seu desejo mal sucedido de se
tornar Deus projecta o ser Deus, ou seja cria Deus (Mondin,2017,pag.234).