Você está na página 1de 13

FRATERNIDADE UMBANDISTA CABOCLO SETE MONTANHAS

CURSO BÁSICO DE UMBANDA


APOSTILA 3

ORIXÁS

Alina Jardim
Tatiana Jardim

RIO DE JANEIRO
2016
2

INTRODUÇÃO

Etimologicamente e em tradução livre, Orixá significa a divindade que habita a cabeça (em
ioruba, ori é cabeça, enquanto xá, rei, divindade), associado comumente ao diversificado panteão
africano, trazido à América pelos negros escravos.
Os Orixás não são deuses como muitas pessoas podem acreditar, como em outras religiões,
mas sim divindades criadas por um único Deus (Olorum, Zambi, Olodumaré ou Orumilá, a
depender da corrente sincrética).
Na Umbanda, os Orixás são cultuados como divindades de um plano astral superior
(Aruanda), no qual cada um relaciona-se a pontos específicos da natureza, os quais também são
pontos de força de sua atuação.
• Oxalá: o senhor da luz, do poder da criação e da vida;
• Iemanjá: senhora das águas salgadas, da maternidade e da família;
• Oxum: senhora das águas doces (rios e cachoeiras), do ouro, do amor e da fertilidade;
• Iansã/Oyá: senhora dos ventos, tempestades, relâmpagos e dos eguns (espíritos recém
desencarnados);
• Xangô: senhor das pedras e pedreiras, do trovão, do fogo, da justiça e da sabedoria;
• Ogum: senhor dos caminhos, das estradas, do ferro, do aço e da guerra;
• Oxóssi: senhor das matas, da caça, da fartura e da prosperidade;
• Nanã: senhora do lodo, das águas barrosas, do pântano, dos lagos, da vida e da morte;
• Obaluaê/Omulu: senhor da saúde e da doença, senhor dos mortos;
• Exú: o mensageiro, o ponto de contato entre os Orixás e os seres humanos.

AS 7 LINHAS DE UMBANDA

A Umbanda é dividida em 7 linhas. Cada uma delas com um chefe, um Orixá que comanda.
E cada linha é dividida em Falanges. As linhas representam os grupamentos dos Orixás e seus
falangeiros que atuam dentro da Umbanda.
São estas linhas: Oxalá, Iemanjá, Xangô, Ogum, Oxóssi, Yori (Ibeji) e Yorimá (Almas). Os
outros Orixás são absorvidos por linhas de afinidade, por exemplo: Oxum compõe a linha de
Iemanjá, Nanã compõe a de Iemanjá ou Yorimá, Iansã compõe Xangô ou Iemanjá, etc.
3

A INCORPORAÇÃO DE ORIXÁS

Como já foi dito, Orixás são forças da natureza, portanto não são incorporados. O que se vê
dentro dos vários terreiros são Falangeiros dos Orixás, ou seja, Espíritos de grande força espiritual,
não reencarnantes, que trabalham na vibração e sob as ordens de um determinado Orixá.
Os Falangeiros são os representantes dos Orixás e a essência dos próprios manifestada nos
médiuns, pois sua força é a emanação pura dos Orixás (vibração virginal). Sendo assim, eles podem
incorporar nos médiuns e mostrar sua presença e sua força em nome de um Orixá. Por sua vibração
ser tão forte, exige muito dos médiuns, portanto dificilmente falam ou permanecem muito tempo
incorporados.
São exemplos de Falangeiros de Ogum: Ogum Beira-Mar, Ogum Megê, Ogum Sete Ondas,
Ogum Sete Espadas, Ogum Iara, Ogum Matinata, Ogum Rompe Mato, etc.
Há também, em algumas ramificações da Umbanda, que não trabalham diretamente com os
Orixás, na forma de Falangeiros, o trabalho com os Orixás é feito com os Guias (espíritos
reencarnantes) chamados de Capangueiros de Orixás, ou seja, são entidades que falam, bebem e dão
consulta, que vêm na vibração ou emanação de um determinado Orixá. Geralmente são Caboclos
que cumprem essa função e carregam o nome do Orixá junto ao deles, como: Caboclo Ogum Iara,
Caboclo Ogum Beira-Mar, Caboclo Xangô das Matas, etc.

MITOLOGIA IORUBÁ

Dentro da cultura afro-brasileira, acredita-se na existência de uma vida encarnada dos


Orixás, na qual teriam entrado em contato direto com os seres humanos, passando ensinamentos.
Acreditam que foram seus ancestrais, isto é, os primeiros seres humanos na Terra e por isso tinham
uma relação mais forte com a natureza, aprendendo a manipulá-la. E após passarem seu tempo na
Terra retornavam para Orun, mas deixaram na Terra sua essência e representatividade nas forças da
natureza.

SINCRETISMO CATÓLICO

O sincretismo dos santos católicos com os Orixás surgiu a partir da escravidão no Brasil, no
qual os escravos eram obrigados a se converter ao cristianismo e proibidos de cultuar seus Orixás.
Desta forma, os escravos associaram seus Orixás aos santos, a partir das suas características
principais: Oxalá com Jesus Cristo, São Jorge com Ogum, Iemanjá com Nossa Senhora, etc.
4

A Umbanda trouxe este sincretismo a fim de minimizar as contradições entre as religiões e


de mostrar que todas as religiões têm algo a contribuir, que todas pregam o mesmo Deus e os
mesmos ensinamentos, se estudadas corretamente.
É importante destacar que um santo católico apenas representa um Orixá, mas não é o
Orixá, é apenas uma simbologia, uma referência material. Desta forma, não se incorpora São Jorge,
nem Santa Bárbara, mas sim Ogum e Iansã, por exemplo.

CARACTERÍSTICAS DOS ORIXÁS

1. Oxalá
Orixá maior, responsável pela criação do mundo e do homem. Foi quem deu ao homem o
livre-arbítrio para trilhar seu próprio caminho. Possui duas qualidades básicas: Oxalufã (Oxalá
velho) e Oxaguiã (Oxalá novo). Oxalá representa sabedoria, serenidade, pureza e respeito.
Animal: Pombo branco
Astro: Sol
Bebida: Água
Chacra: Coronário
Cor: Branco
Comida: Canjica
Contas: Branco leitoso
Data: 25 de dezembro
Dia da semana: Sexta-feira ou domingo
Elemento: Ar
Erva: Boldo (tapete-de-oxalá)
Essência: Rosa branca, lírio, aloés
Flores: Lírio, rosa branca
Incompatível: Bebida alcoólica, dendê, sal vermelho e sangue
Metal: Ouro
Pedra: cristal de rocha, quartzo leitoso
Pontos da natureza: colina descampada
Saudação: Xeu êpa Babá
Símbolo: Opaxorô (cajado)
Sincretismo: Jesus Cristo
5

2. Iemanjá
Considerada a mãe dos Orixás, rainha dos mares, marés, ondas, ressacas, maremotos, pesca
e da vida marinha em geral. Rege os lares, as casas, as uniões, os casamentos, as comemorações
familiares. Responsável pela união e pelo sentido de família, seja por laços consanguíneos ou não.
Animal: Peixe
Astro: Lua
Bebida: Água mineral ou champagne
Chacra: Frontal
Cor: Cristal, prata ou azul
Comida: Arroz doce, Manjar, Peixe
Contas: Cristal
Data: 02 de fevereiro, 15 de agosto e 31 de dezembro
Dia da semana: segunda-feira ou sábado
Elemento: Água
Erva: Colônia
Essência: Jasmin, rosa branca, orquídea e crisântemo
Flores: Rosas brancas, palmas brancas, angélicas, orquídeas e crisântemos brancos
Incompatível: Poeira
Metal: Prata
Pedras: Água marinha, calcedônia, lápis-lazúli, pérola e turquesa
Pontos da natureza: Mar
Saudação: Odoyá! Odociaba!
Símbolo: Lua minguante, ondas, peixes
Sincretismo: Nossa Senhora dos Navegantes ou Nossa Senhora da Glória

3. Oxum
Orixá da feminilidade, da fertilidade, do ouro, das riquezas e do amor. Senhora das águas
doces, dos rios, das lagoas não pantanosas, das cachoeiras. Orixá da fertilidade, da maternidade, do
ventre feminino, a ela se associam as crianças. Filhos de Oxum costumam ter boa comunicação,
inclusive no que tange a presságios.
Animal: Rolinha
Astro: Vênus
Bebida: Champagne
Chacra: Frontal
6

Cor: Azul
Comida: Quindim, moqueca de peixe, Pirão (com cabeça de peixe)
Contas: Cristal azul
Data: 12 de outubro e 08 de dezembro
Dia da semana: terça-feira ou sábado
Elemento: Água
Erva: Oriri
Essência: Lírio e rosa
Flores: Lírio e rosa amarela
Incompatível: Abacaxi
Metal: Ouro
Pedras: Topázio
Pontos da natureza: Cachoeiras e rios
Saudação: Ora ye ye o! A ye ye o!
Símbolo: Cachoeira, coração
Sincretismo: Nossa Senhora da Conceição ou Nossa Senhora Aparecida

4. Iansã/Oyá
Orixá guerreiro, senhora dos ventos, das tempestades, dos trovões e também dos espíritos
desencarnados (eguns), conduzindo-os para outros planos, ao lado de Obaluaê. É sensual,
representando o arrebatamento, a paixão. Irrequieta e impetuosa, é a senhora do movimento.
Animal: Borboleta
Astro: Júpiter
Bebida: Champagne
Chacra: Cardíaco e Frontal
Cor: Amarela
Comida: Acarajé, bobó de inhame
Contas: Cristal amarelo, amarelo ou bordô
Data: 04 de dezembro
Dia da semana: quarta-feira
Elemento: Fogo e Ar
Erva: Erva-prata, espada-de-iansã
Essência: Patchouli
Flores: Amarelas
7

Incompatível: Abóbora
Metal: Cobre
Pedras: Cornalina, granada e rubi
Pontos da natureza: Bambuzal
Saudação: Eparrei Oyá
Símbolo: Raio, iruquerê
Sincretismo: Santa Bárbara e Joana d'Arc

5. Xangô
Orixá da justiça. Representa a decisão, a concretização, a vontade, a iniciativa e, sobretudo,
a justiça. Xangô é articulador político, presente na vida pública (lideranças, sindicatos, poder
político, fóruns, etc.). Também Orixá que representa a vida, a sensualidade, a paixão, a virilidade.
Seu machado bipene, o oxê, é símbolo da justiça (como a balança).
Animal: Tartaruga
Astro: Júpiter
Bebida: Cerveja preta
Chacra: Cardíaco
Cor: Marrom
Comida: Ajebó e amalá
Contas: Marrom leitosas
Data: 24, 29 de junho e 30 de setembro
Dia da semana: quarta-feira
Elemento: Fogo e Terra
Erva: erva-de-são-joão, nega-mina
Essência: Cravo (flor)
Flores: Cravos brancos e vermelhos
Incompatível: Caranguejo
Metal: Estanho
Pedras: Jaspe, meteorito e pirita
Pontos da natureza: Pedreira
Saudação: Kaô Cabecile!
Símbolo: Machado
Sincretismo: São Jerônimo, São João Batista e São Pedro
8

6. Ogum
Orixá do sangue que sustenta o corpo, da espada, da forja e do ferro, é padroeiro dos
ferreiros, barbeiros, maquinistas, mecânicos, motoristas, soldados, etc. Patrono dos conhecimentos
práticos e da tecnologia, simboliza a ação criadora do homem sobre a natureza, a inovação e a
abertura de caminhos.
Responsável pela aplicação da Lei, é vigilante, marcial, atento. Na Umbanda, Ogum é o
responsável maior pela vitória contra demandas enviadas contra alguém ou uma casa.
Animal: Cachorro ou Galo vermelho
Astro: Marte
Bebida: Cerveja clara
Chacra: Umbilical
Cor: Vermelho
Comida: Cará, feijão mulatinho com camarão e dendê e manga espada
Contas: vermelha leitosa
Data: 23 de abril
Dia da semana: terça-feira
Elemento: Fogo
Erva: espada-de-ogum, lança-de-ogum, abre-caminho, alevante, vence-demanda
Essência: Violeta
Flores: Cravos, crista de galo e palmas vermelhas
Incompatível: quiabo
Metal: Ferro, aço e manganês
Pedras: Granada, rubi, sardio
Pontos da natureza: Estradas, caminhos, estradas de ferro
Saudação: Ogunhê!
Símbolo: espada, ferramentas, ferradura, escudo, lança
Sincretismo: São Jorge

7. Oxóssi
Orixá da caça e da fartura. Associado ao frio, à noite e à lua, suas plantas são refrescantes.
Ligado à floresta, à árvore, aos antepassados. Rege a lavoura e a agricultura. Enquanto caçador,
ensina o equilíbrio ecológico, a concentração, a determinação e a paciência necessária para a vida
ao ar livre. Rege a Linha dos Caboclos.
No âmbito espiritual, Oxóssi caça os espíritos perdidos, buscando trazê-los para a Luz.
9

Sábio mestre e professor, representa a sabedoria e o conhecimento espiritual, com os quais alimenta
os filhos, fortificando-os na fé.
Animal: Javali ou veado
Astro: Vênus
Bebida: Água de coco, caldo de cana, vinho tinto, aluá
Chacra: Esplênico
Cor: Verde
Comida: Axoxô, carne de caça e frutas
Contas: verdes leitosas
Data: 20 de janeiro
Dia da semana: quinta-feira
Elemento: Terra
Erva: Alecrim, guiné, jurema, mangueira
Essência: Alecrim
Flores: Flores do campo
Incompatível: Mel e ovo
Metal: Bronze e latão
Pedras: Amazonita, esmeralda, calcita verde, quartzo verde
Pontos da natureza: Matas
Saudação: Okê Arô!
Símbolo: arco e flecha
Sincretismo: São Sebastião

8. Nanã
Associada às águas paradas e à lama dos pântanos, Nanã é a decana dos Orixás. Senhora da
vida e da morte. Presente na chuva e na garoa. Representa, ainda, a menopausa, enquanto Oxum
estimula a sexualidade feminina e Iemanjá, a maternidade. Nanã rege a maturidade, bem como atua
no racional dos seres.
Animal: Cabra
Astro: Lua e Mercúrio
Bebida: Champagne
Chacra: Frontal e Sacro
Cor: Roxo ou lilás
Comida: Aberum, purê de batata doce e feijão preto
10

Contas: cristal lilás


Data: 26 de julho
Dia da semana: sábado e segunda-feira
Elemento: Água e Terra
Erva: Assapeixe
Essência: Dália, limão, lírio, narciso e orquídea
Flores: Roxas
Incompatível: Lâminas e multidões
Metal: Latão e níquel
Pedras: Ametista, cacoxenita e tanzanita
Pontos da natureza: Águas profundas, cemitérios, lama, lagos e pântanos
Saudação: Saluba, Nanã!
Símbolo: ibiri, chuva
Sincretismo: Sant'Ana

9. Obaluaê/Omulu
Orixá responsável pelas passagens, de plano para plano, de dimensão para dimensão, da
carne para o espírito, do espírito para a carne. Responsável pela saúde e pelas doenças, possui
estreita ligação com a morte. Obaluaê é a forma mais velha do Orixá, enquanto Omulu é sua versão
mais jovem, embora, em sua maioria, os arquétipos sejam idênticos.
Conhecido como médico dos pobres, com seu xaxará afasta as enfermidades, trazendo a
cura. Também é o guardião das almas que ainda não sei libertaram do corpo físico e senhor da
calunga (cemitério).
Animal: Cachorro
Astro: Saturno
Bebida: Água mineral e vinho tinto
Chacra: Básico
Cor: Preto e branco
Comida: feijão preto
Contas: pretas e brancas leitosas
Data: 16 de agosto e 17 de dezembro
Dia da semana: segunda-feira
Elemento: Terra
Erva: erva-de-bicho
11

Essência: cravo, menta


Flores: monsenhor branco
Incompatível: claridade
Metal: chumbo
Pedras: obsidiana, ônix, olho-de-gato
Pontos da natureza: Cemitérios e grutas
Saudação: Atotô!
Símbolo: Cruz, cruzeiro
Sincretismo: São Lázaro e São Roque

10. Ibeji
Formado por duas entidades distintas, indicam a contradição, os opostos que se
complementam. Tudo o que se inicia está associado a Ibeji. Responsáveis por zelar pelo parto e pela
infância, bem como pela promoção do amor e da união.
Animal: de estimação
Astro: Saturno
Bebida: Água com açúcar, água com mel, água de coco, caldo de cana, refrigerante e sucos
Chacra: Laríngeo
Cor: Rosa e azul
Comida: Doces, frutas, caruru
Contas: azuis, rosas e brancas
Data: 27 de setembro
Dia da semana: domingo
Elemento: Fogo
Erva: Manjericão
Essência: de fruta
Flores: margarida e rosa mariquinha
Incompatível: assobio
Metal: estanho
Pedras: quartzo rosa
Pontos da natureza: Jardim, cachoeiras, praias, matas, etc.
Saudação: Oni Ibejada!
Símbolo: gêmeos
Sincretismo: São Cosme e São Damião
12

ELEMENTAIS

São seres etéreos profundamente vinculados a natureza, que desenvolvem atividades


energéticas nos elementos básicos presentes a ela, ou seja, são responsáveis pelos funcionamentos
básicos do universo. Elementais são seres em fase embrionária de evolução, desprovidos de
consciência humana, possuem uma espécie de consciência instintiva.
São seres frequentemente utilizados em casas espirituais e, especialmente, em técnicas
espirituais, como a apometria. São muito úteis em diversos casos, como limpeza de ambientes.
Porém é necessário cuidado e muita responsabilidade ao usá-los. O mau uso destes seres acarretam
em um carma muito grande.
Os elementais são seres que ainda não passaram pela fase de humanidade. Oriundos de
reinos inferiores da natureza e mais especificamente do reino animal, ainda não ingressaram na
espécie humana. Por essa razão trazem um conteúdo instintivo e primário muito intenso. Para eles,
o homem é um deus. É habitual, e até natural, que obedeçam ao ser humano e, nesse processo,
ligam-se intensamente a ele. Portanto, todo médium é responsável não só pelas comunicações dadas
por seu intermédio, mas também pelo bom ou mal uso que faz dessas potências e seres da natureza.

Elemento Terra
Gnomos e Elementais ligados às florestas e a lugares desertos. Possuem forma anã, lembrando
Duendes aspecto humano. Transitam por matas e bosques, dano sinais de sua presença através
dos animais. São responsáveis pelo bioplasma, elementos extraídos das plantas,
auxiliando com elementos curativos, fundamental em reuniões de ectoplasmia e de
fluidificação das águas. Gnomos trabalham no duplo etérico dos vegetais, enquanto
Duendes cuidam da fecundidade da terra, das pedras e dos metais. Regidos por
Oxóssi.
Avissais Associados a rochas, cavernas subterrâneas e, vez ou outra, vêm à superfície. Atuam
como transformadores, convertendo elementos materiais em energia. Auxiliam na
criação de roupas e indumentárias para espíritos materializados. Responsáveis por
transportar energia primária essencial para a reconstituição da aparência perispiritual
de entidades materializadas.
Fadas Seres de transição entre os elementos Terra e Ar. Responsável por cuidar das flores e
frutos. Apresentam-se com asas, pequenas e ágeis, irradiam luz branca e, em virtude
de sua extrema delicadeza, realizam tarefas minuciosas. Auxiliam na limpeza de
ambientes de casas religiosas. Auxiliam espíritos superiores na elaboração de
ambientes extrafísicos com aparências belas e paradisíacas. Também auxiliam na
reconstrução de locais resgatados de bases sombrias, transmutando a matéria astral
de fluidos tóxicos em novos ambientes de luz.
13

Elemento Água
Sereias Ligadas às profundezas das águas salgadas. São utilizadas para a limpeza de
ambientes, da aura das pessoas e de regiões astrais poluídas por espíritos do mal.
Ligadas a Iemanjá.
Ondinas Ligadas aos riachos, fontes, nascentes e ao orvalho, auxiliando bastante nos
trabalhos de purificação realizados pela Umbanda nesses pontos de força. São
ligadas a Oxum.
Ninfas Se parecem com as ondinas, apresentam-se com a forma espiritual envolvida numa
aura azul e irradiam intensa luminosidade. Com suavidade e doçura sobrevoam as
águas harmoniosamente. São ligadas a Oxum.
Elemento Ar
Silfos Se apresentam em estatura pequena, feitos de luz, lembrando pirilampos ou raios e
são dotados de intensa percepção psíquica. Seres de maior evolução entre os
elementais. Correspondem às forças criadoras do ar, que são uma fonte de energia
vital poderosa. Auxiliam na criação e manutenção de formas-pensamento, nos
trabalhos de ectoplasmia e na reeducação de espíritos endurecidos. Atuam sob a
regência de Oxalá.
Elemento Fogo
Salamandras Ligados ao chamado Éter ou fluido cósmico universal. Possuem uma relação mais
íntima com os humanos. Desencadeiam ou transformam emoções, isto é, podem
absorvê-la ou inspirá-la. Possuem a capacidade de bloquear vibrações negativas, de
queimar criações mentais originadas ou associadas à magia negra e são potentes
transmutadores e condensadores de energia. Apresentam-se como correntes de
energia, sem se afigurarem propriamente como humanos.

Fontes:
Ademir Barbosa Júnior. Curso Essencial de Umbanda.
Robson Pinheiro. Aruanda. Série Segredos de Aruanda, volume II.

Você também pode gostar