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Pensamento criativo

ocupando espaços
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BELAS ARTES 2024

Muito bem-vindos à Belas Artes!


Com grande satisfação, damos as boas-vindas a todos os candidatos ao Vestibular 2024.1
da nossa instituição!

Neste processo seletivo, nosso tema central para o vestibular é uma questão crucial para
a convivência harmoniosa e o bem-estar coletivo: pensar na possibilidade de promover
a paz no pequeno ambiente que nos cerca. A importância de promover a paz e o bom
convívio entre vizinhos é uma questão que impacta diretamente a qualidade de vida e a
segurança de nossa comunidade.

Essa avaliação reflete o compromisso de nossa instituição em abordar questões


Copyright © 2023 by Belas Artes Editora. Todos os direitos reservados.

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contemporâneas que moldam o nosso mundo e o futuro que queremos construir.
Acreditamos que a educação desempenha um papel fundamental na resolução de conflitos
e na promoção de um ambiente harmonioso. À medida que você se prepara para este
vestibular, convidamos você a refletir sobre como suas escolhas e ações podem contribuir
para a construção de um ambiente mais pacífico e acolhedor.

Esta jornada rumo ao vestibular é uma oportunidade não apenas de ingressar em uma
educação de qualidade, mas também de se tornar um agente de mudança positiva em
nossa sociedade. Desejamos a todos os candidatos sucesso em suas provas e que esta
experiência seja enriquecedora e inspire reflexões sobre como podemos promover a paz e
o convívio harmonioso em nossa comunidade.

Boas reflexões a todos!


BELAS ARTES 2024

Abaixo, encontra-se um texto que traz questões referentes ao estudo de caso que será
trabalhado durante o exame. Espera-se que o texto possa inspirar e auxiliar os leitores a
responder às questões da prova de seu Vestibular.
Leia o texto com atenção e, após a leitura, atenda ao que está proposto.

Conflitos entre vizinhos podem virar casos


de polícia
Levantamento do Instituto de Segurança Pública (ISP) aponta que uma briga deste tipo ocorre a
cada uma hora e meia no Rio; casos preocupam moradores, síndicos e autoridades
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Área comum do Cores da Lapa; uma estratégia para melhorar o convívio entre vizinhos é
“promover eventos no condomínio”, diz síndico

Um levantamento realizado pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) aponta um número alto de
conflitos entre vizinhos de condomínios do Rio de Janeiro.

De janeiro de 2018 a dezembro de 2022 foram registrados no estado 35.244 casos de ameaça,
lesão corporal dolosa, tentativa de homicídio e feminicídio envolvendo vizinhos. Esse total equivale
a uma ocorrência a cada uma hora e meia, em média, o que é preocupante já que muitos casos são
graves e viram casos de polícia.
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Em julho, um homem foi indiciado por agredir vizinho no Leblon, Zona Sul. Ele foi flagrado,
novamente, batendo na vítima depois de uma discussão, em janeiro deste ano. Antes disso, um
outro caso, em abril deste ano, virou notícia após um homem suspeito de tentar matar o vizinho,
no bairro de Quintino Bocaiúva, Zona Norte, ser preso.

Em outro caso grave, em fevereiro, um casal envolvido em briga de vizinhos no bairro Cabuçu, em
Nova Iguaçu, era procurado pela polícia suspeito de esfaquear e matar vizinho em briga por causa
do som alto.

Esses são alguns das dezenas de casos que viram caso de polícia e, infelizmente, alguns até
terminam de forma trágica. O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) já registrou,
até o fim de maio, 226 casos ligados ao direito de vizinhança.
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Os motivos são os mais variados: desde disputas por vagas de garagem à implicância contra o vaso
de planta colocado em algum lugar que desagrada a alguém. As queixas, muitas vezes, resultam
em chamados para a PM e registros na delegacia e vão parar na Justiça.

Foi o que aconteceu há 10 anos com a jornalista Gabriela Duarte. Ela diz que morava “em paz” com
o marido e o filho em uma casa de vila, localizada em Itaipu, Niterói, até que uma nova vizinha, que
aparentava ter 50 anos, se mudou para a casa ao lado.

“A gente tinha uma relação normal com ela quando ela se mudou pra lá, só que durou pouco,
porque ela sempre chegava bem alcoolizada, altas horas da noite, e vira e mexe ela tocava na
nossa casa de madrugada, para pedir para abrirmos o portão porque ela perdia a chave toda hora”,
recorda.

Gabriela relembra que os incômodos pelo interfone de madrugada se tornaram comuns e


atrapalhavam a rotina da família, que acordava muito cedo para trabalhar e tinha um filho pequeno.

“Passou um tempo e eu falei para o meu ex, na época éramos casados, para dar um toque nela,
educadamente. Aí teve um dia que ela chegou da rua, eu vi quando ele falou com ela baixinho.
Deu um toque para ela tomar mais cuidado com a chave e não ficar tocando sempre na nossa
casa, tarde da noite, porque era constante. E aí ela começou a se alterar, começou a gritar. Eu não
lembro exatamente o que ela falou, mas começou a armar um barraco e desde então nossa vida
virou um verdadeiro inferno”, afirma.

A partir daí, a família começou a ser perseguida pela vizinha, que não aceitou bem a conversa
e passou a fazer de tudo para atrapalhar: “Parecia coisa de novela, eu não estava acostumada.
Minha família é bem pacífica, eu sou uma pessoa bem pacífica, detesto confusão, detesto gente
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que fala alto na rua. Sempre fui muito apaziguadora, então eu me vi numa situação ali que me
causava muito mal”.

Foram registrados no estado, nos últimos 4 anos, mais de 35 mil casos de conflitos entre vizinhos
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Paulo Badin, que é síndico e morador, diz que os principais problemas entre vizinhos são
comportamentais.

A jornalista diz que o namorado da vizinha tinha um cachorro da raça bull terrier, que ela mesma
tinha medo. Para provocar os moradores, ela começou a soltar o animal na área comum da vila.

Em uma outra ocasião em que estava chegando em casa com o marido e filho, ouviu muitos
xingamentos da mulher e depois escutou ela conversando com o namorado que ia mandar “o cara
lá do morro” dar um jeito.

“Nesse dia eu fiquei desesperada. Eu fui para a delegacia para fazer a denúncia. Eu falei para eles
que eu tinha até gravação no celular, só que eu tive uma péssima experiência porque a polícia
não levou a sério. Eles agiram como se fosse mais uma briga de vizinhos. Nem quiseram ver e só
registraram o boletim de ocorrência”.
Depois disso, eles já tinham decidido que se mudariam e apressaram a mudança para Araruama.
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“A gente fez a mudança toda de um jeito horroroso. Fomos levando as coisas, passando pela porta
dela e ela na janela, falando coisas ruins. Na hora de ir embora, meu marido quase perdeu a
cabeça com ela, eu também”, lembra. Depois disso, Gabriela afirma que ganhou trauma de morar
em casa de vila.

A figura do síndico tem ganhado destaque dentro dos condomínios. Ele se tornou esse mediador
de conflitos” ANNA CAROLINA CHAZAN, gerente de Gestão Predial

‘Vão desde brigas que envolvem cachorros a barulho de crianças


e obras’
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O síndico do Condomínio Cores da Lapa, Paulo Badin, diz que os principais conflitos entre vizinhos
são comportamentais e variados. Eles vão desde brigas que envolvem cachorros, como latidos,
fezes e urinas em áreas comuns, a barulho de crianças e obras fora do horário.

“Acho difícil eleger uma mais complicada, pois já tivemos situações com filhos, com pets, com
barulhos, e até mesmo de agressão. Todas possuem grau de importância, principalmente aos
envolvidos. Agimos como preconiza o regimento interno e a lei, buscando apaziguar as partes,
resolver juntos o problema, mas sem deixar de notificar - ou multar, se for o caso - e até mesmo
levar o assunto a outras instâncias, caso necessário. Dessa forma, mostramos seriedade no
tratamento do problema e respeito aos moradores”, explica.

Segundo Badin, as principais regras de boa convivência são o respeito à Convenção e às regras do
condomínio. “Respeito ao próximo; entender que, mais que o bom senso, o ‘senso comum’ deve
prevalecer, ou seja, não é bom pra mim, mas é pros demais, então seguimos juntos mesmo assim,
e o contrário também”, diz.

Para que os moradores tenham melhor convívio e interajam mais, o síndico costuma promover
alguns eventos no condomínio.

“Há vários eventos: dia das crianças; Natal com Papai Noel; festa de Ano Novo; churrascos coletivos;
festas temáticas queijos e vinhos; junina. Alguns anos temos mais, outros menos, mas sempre há
algo feito para o convívio dos moradores”.

RIBEIRO, Marcela. Conflito entre vizinhos podem virar casos de polícia. O Dia, Rio de Janeiro: 4 set.
2023. Caderno Rio de Janeiro.

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