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Biologia

Aula: Relações ecológicas


Prof. Ma. Karen Rodrigues
Relações ecológicas

 Relação entre si e com outras espécies

 Relações intraespecíficas
 Auxílio ou prejuízo

 Relações interespecíficas
 Auxílio, prejuízo e neutras
Relações intraespecíficas
 Por possuírem a mesma necessidade indivíduos da
mesma espécies pode competir entre si pelo recurso
ou cooperarem para uma melhor exploração do
recurso

 Competição intraespecífica

 Cooperação intraespecífica

 Colônia e Sociedade
Relações
intraespecíficas
Colônias

 Fisicamente unidos, com divisão de tarefas e


funções.
Colônias Isomorfas
 Indivíduos morfologicamente semelhantes

Colônias Heteromorfas
 Indivíduos morfologicamente diferentes e com
funções específicas determinadas
Relações
intraespecíficas
Colônias

Corais Caravela
Relações
intraespecíficas
Sociedades
 Apresentam algum grau de cooperação,
comunicação e divisão de trabalho
 Preservam independência e mobilidade
Relações
intraespecíficas
Competição intraespecífica
 Disputa por recursos limitados
 Importante no controle populacional, sendo
diretamente relacionado a densidade populacional.
Relações
intraespecíficas
Canibalismo
 Em alguns casos, a pressão devido a competição
pode ser tão grande que algumas espécies acabam
se alimentando dos indivíduos menores e mais
fracos.
Relações
Relações interespecíficas intraespecíficas

 Essas relações podem ser de cooperação mútua, até


relações em que ambos saem prejudicados
 Competição interespecífica
 Herbivoria
 Predação
 Parasitismo
 Mutualismo
 Comensalismo
 Inquilinismo
 Esclavagismo (sinfilia)
Relações
interespecíficas
Competição interespecífica
 Ocorre quando as espécies apresentam nichos
semelhantes e quanto mais parecido for o nicho
dessas espécies maior vai ser a competição.
Relações
interespecíficas
Herbivoria
 Caracterizada pelo consumo de partes ou da totalidade
de plantas por animais

 Em alguns casos é tratado como um tipo de predação


Relações
interespecíficas
Predação
 Uma espécie predadora se alimenta de uma espécie presa
 Do ponto de vista individual, o predador se beneficia e a
presa é prejudicada, porem do ponto de vista ecológico, a
predação é importante para o controle populacional.
Relações
interespecíficas
Parasitismo
 Uma espécie parasita se alimenta dos recursos obtidos ou
produzidos por uma espécie hospedeira
 Adaptação para não matar o hospedeiro
 Divididos de acordo com o local de parasitismo em:

 Ectoparasitas: parasitas que se alojam na superfície do animal


hospedeiro.

 Endoparasitas:Parasitas que se alojam no interior do corpo do


animal hospedeiro.
Relações
interespecíficas
Parasitismo
Relações
interespecíficas
Mutualismo
 No mutualismo ambas espécies retiram vantagem da
relação
 Pode ser dividido em:
 Protocooperação: A relação é vantajosa, porém os
organismos podem viver de maneira independente

 Mutualismo obrigatório: A relação é tão vantajosa, que


as espécies não conseguem sobreviver sem o auxílio.
Relações
interespecíficas
Mutualismo
Relações
interespecíficas
Comensalismo
 Uma relação que é vantajosa para apenas uma
das partes envolvidas, enquanto a outra é
indiferente
Relações
interespecíficas
Inquilinismo
 Uma espécie usa outra como abrigo, retirando
vantagem disso, enquanto para espécie que
abriga a relação é indiferente.
 Em plantas o termo usado é epifitismo
Relações
interespecíficas
Esclavagismo (sinfilia)

 Uma espécie emprega as atividades de outra


espécie; o prejuízo envolve gasto de energia e
tempo dedicado ao cuidado da outra espécie
 Ex: Chupim e Tico-tico
Populações
 Densidade Populacional
 Relação entre o número de indivíduos e a área
Crescimento populacional

 Conhecer o comportamento de uma população

 Taxa de natalidade

 Taxa de mortalidade

 Taxa de imigração

 Taxa de emigração
Crescimento populacional
 Virtualmente infinito

 Limitado pela quantidade de recursos

 Limitação de recursos + Competição + Predadores +


Parasitas = Resistência Ambiental

 Capacidade real de indivíduos que uma área tem


capacidade de suportar é a capacidade de suporte
ou carga biótica
O gráfico a seguir representa a curva de crescimento
de uma população a partir de um pequeno número de
indivíduos:

 I – Potencial biológico (reprodução);


 II - Tamanho Populacional;
 III – Crescimento Real;
 IV – Resistência Ambiental (predação,
competição, escassez, mudanças
ambientais);
 V – Variação sazonal da população
Tamanho populacional

 Limitado pela densidade populacional


 Predação
Tamanho populacional
 Competição
Tamanho populacional

 Parasitismo
 EXERCÍCIO
 A seguir, são descritos vários casos de interações entre espécies diferentes.
Identifique o tipo de relação apresentado em cada exemplo.

a) Orquídeas e várias espécies de bromélias alojam-se em galhos de árvores de uma


floresta; com isso, ficam em uma posição mais elevada e têm acesso à luz, podendo
realizar fotossíntese. A árvore hospedeira não é beneficiada nem prejudicada pela
presença de orquídeas e bromélias.

b) O cupim ingere madeira, que é rica em celulose. No entanto, o inseto não produz
celulase, a enzima necessária para a digestão da celulose. O cupim possui, em seu
intestino, protozoários flagelados que produzem celulase. Ocorre uma troca de
benefícios: o cupim fornece ao protozoário madeira triturada, que é o alimento para
o microrganismo; o protozoário digere a celulose da madeira e os produtos da digestão
são compartilhados com o cupim. O protozoário não sobrevive sem o cupim, que
também morreria de inanição sem o protozoário.
 c) O tronco de uma árvore pode apresentar cavidades, que são utilizadas por
pássaros para a construção de seus ninhos.

 d) O chupim é uma espécie de pássaro que não constrói ninho e não cuida dos
filhotes. A fêmea de chupim deposita ovo no ninho de tico-tico, pássaro de outra
espécie. Os tico-ticos cuidam do ovo de chupim e do filhote que dele se origina,
protegendo e alimentando-o. Isso envolve prejuízo para os próprios filhotes de
tico-ticos, que não recebem os cuidados adequados.
 e) Rêmora é um tipo de peixe que se prende ao corpo de um tubarão por meio de
ventosas. Quando o tubarão ataca uma presa, a rêmora se nutre dos restos
deixados por ele.
 f) Liquens são associações entre fungos (heterótrofos) e organismos
fotossintetizantes, que podem ser algas ou cianobactérias. O fungo da associação
fornece proteção, água e sais minerais ao organismo fotossintetizante, que produz
alimento orgânico, fornecido ao fungo. Normalmente, um não pode viver
separadamente do outro.
 g) O caranguejo-eremita busca proteção ocupando conchas vazias de moluscos.
Além disso, coloca uma anêmona-do-mar sobre a concha em que está alojado.
Com esse disfarce, o eremita fica mais protegido de predadores. A anêmona-do-
mar é um animal séssil e, com a parceria, consegue deslocamento, aumentando
suas chances de obter alimento. A parceria entre os dois participantes dessa
relação melhora a condição de vida de ambos; no entanto, se eles forem
separados, ambos conseguem sobreviver.

 h) Micorriza é uma relação entre fungos e raízes de plantas. Os fungos retiram do


solo água e sais minerais e os transferem para a raiz da planta, que se desenvolve
bem mais do que ocorreria sem a presença deles. Por outro lado, a planta
fornece alimento orgânico ao fungo, que é incapaz de produzi-lo. Se os
integrantes da relação forem separados, os fungos não sobrevivem; a planta
sobrevive, mas tem desenvolvimento mais lento e reduzido
Sucessão ecológica
 CONCEITO: As populações componentes de uma comunidade podem ser
substituídas por outras populações ao longo do tempo; com isso, a
comunidade pode se alterar significativamente.
 Por exemplo, uma lagoa sofre naturalmente um processo de assoreamento: as
chuvas carregam sedimentos para o leito da lagoa, que vai gradualmente
desaparecendo.
 Assim, uma comunidade aquática desaparece e, no mesmo local, desenvolve-
se uma comunidade terrestre, como uma floresta, constituída por espécies
bem diferentes das que ocupavam aquele espaço.
 Esse processo é conhecido como sucessão ecológica, ou seja, o conjunto de
etapas do desenvolvimento de uma comunidade em um determina do
ambiente.
Comunidade clímax

 A Comunidade Clímax tem as


condições do ambiente (umidade,
temperatura, luminosidade), ela tem
o máximo possível de espécies
(biodiversidade) e a máxima
biomassa.

 Elevada biodiversidade significa a


existência de grande variedade de
nichos ecológicos, pois cada espécie
ocupa um nicho próprio.
 PB = produtividade bruta
PL = produtividade líquida
R = respiração da comunidade
PL = PB – R
 Na comunidade clímax, PB = R → PL = 0
Sucessão primária
 Sucessão primária é o desenvolvimento de uma comunidade em um local onde praticamente
não havia seres vivos, como a superfície de uma ilha que foi formada por
lava vulcânica, seguida de resfriamento. Outros locais praticamente sem organismos são
rochas nuas e dunas de areia

 A sucessão primária tem três fases:


 Ecese: é a fase inicial, na qual o ambiente é colonizado
pelas chamadas espécies pioneiras, capazes de sobreviver às condições peculiares do
ambiente.
 Sere: o solo está mais espesso e permite o desenvolvimento de plantas com porte um pouco
mais avantajado, como gramíneas (capim) e pteridófitas (samambaias). Isso atrai animais
pequenos para o local, e a biodiversidade aumenta

 e clímax: o solo tornou-se bem mais espesso e plantas maiores se desenvolvem. A


biodiversidade e a biomassa tornam-se máximas.
O fluxo da matéria – Ciclos biogeoquímicos
 Ciclo da água, ou ciclo hidrológico
Ciclo do Carbono
Ciclo do Nitrogênio
 Na natureza, o nitrogênio encontra-se na forma:
 inorgânica (amônia, gás nitrogênio, nitrito e nitrato)
 orgânica (aminoácidos, bases nitrogenadas).
Amonificação e nitrificação

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