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1. Introdução
Os seres vivos de uma comunidade mantêm constantes relações ente si, exercendo, assim,
influências recíprocas em suas vidas. As inter-relações podem ser evidenciadas entre indivíduos de
uma mesma população, ou seja, entre indivíduos de uma mesma espécie (relações
intraespecíficas), ou entre indivíduos pertencentes a espécies diferentes (relações
interespecíficas). Quando analisadas isoladamente, essas relações podem se revelar harmônicas ou
desarmônicas. As relações harmônicas ou interações positivas são aquelas em que não há prejuízo
para nenhum dos indivíduos da associação. As relações desarmônicas ou interações negativas são
aquelas em que pelo menos um indivíduo da associação sai prejudicado. Considerando, entretanto,
o total de todas as relações entre os seres vivos de uma comunidade, verifica-se que, em termos de
manutenção do equilíbrio ecológico global, essas relações revelam-se harmônicas.
• Colônias: são formadas por indivíduos da mesma espécie, unidos, com divisão ou não de
trabalho. Os corais são exemplos de colônias, em que os indivíduos se reproduzem por
brotamento e permanecem unidos.
Outro exemplo são as caravelas, formadas por cnidários que possuem células com substâncias
tóxicas que paralisam e matam suas presas. Os indivíduos estão ligados e cada um exerce uma
função: flutuação, defesa e captura de alimentos.
• Canibalismo: um indivíduo mata e devora outro da mesma espécie. Fato raro entre os
vertebrados. É frequente o canibalismo sexual em invertebrados como algumas aranhas e alguns
insetos, onde a fêmea devora o macho após a cópula.
louva-a-deus viúva negra
• Mutualismo
• Protocooperação
Na protocooperação, embora os participantes se beneficiem, eles podem viver de modo
independente, sem a necessidade de se unir. No mutualismo, a união é obrigatória e os indivíduos
são interdependentes.
Um dos mais conhecidos exemplos de protocooperação é a associação entre a anêmona-do-
mar e o paguro, um crustáceo semelhante ao caranguejo, também conhecido como bernado-
eremita ou ermitão. O paguro tem o corpo mole e costuma ocupar o interior de conchas
abandonadas. Sobre a concha, costumam instalar-se uma ou mais anêmonas-do-mar. Dessa união,
surge o benefício mútuo: a anêmona possui células urticantes, que afugentam os predadores; o
paguro, ao se deslocar, possibilita à anêmona uma melhor exploração do espaço, em busca de
alimento.
São exemplos ainda de protocooperação: crocodilo africano e pássaro palito, boi e pássaro e
peixe palhaço e anêmona.
• Comensalismo
• Predatismo
Predatismo é uma relação desarmônica em que um animal, captura e mata um indivíduo de outra
espécie, para alimentar-se.
Todos os carnívoros são animais predadores. É o que acontece com o leão, o lobo, o tigre, a
onça, que caçam veados, zebras e tantos outros animais.
O predador pode atacar e devorar também plantas, como acontece com o gafanhoto, que, em
bandos, devora rapidamente toda uma plantação. Nos casos em que a espécie predada é vegetal,
costuma-se dar ao predatismo o nome de herbivorismo.
Raros são os casos em que o predador é uma planta. As plantas carnívoras, no entanto, são
excelentes exemplos, pois aprisionam e digerem principalmente insetos.
• Parasitismo
Parasitismo é uma relação desarmônica entre seres de espécies diferentes, em que um deles,
denominado parasita, vive no corpo do outro, denominado hospedeiro, do qual retira alimentos.
Embora os parasitas possam causar a morte dos hospedeiros, de modo geral trazem-lhe apenas
prejuízos.
Quanto à localização no corpo do hospedeiro, os parasitas podem ser classificados
em ectoparasitas (externos) e endoparasitas (internos).
Os exemplos mais comuns de ectoparasitas são os piolhos, os carrapatos, o cravo da pele, o
bicho-de-pé e o bicho da sarna, além de outros. Exemplos de endoparasitas são vírus, bactérias,
protozoários, vermes etc.