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Quadros Eléctricos – Teoria + Ficha de Trabalho (parte 1/4)


Curso Profissional de Técnico de Energias Renováveis – 10º Ano

QUADROS ELÉCTRICOS

O Quadro Eléctrico é a porta de entrada da energia eléctrica nas nossas casas.

Ele constitui a interface entre a companhia fornecedora de electricidade e a nossa casa, onde
nos servimos dessa forma de energia para tudo e mais alguma coisa: iluminar as divisões da
casa, lavar a roupa, lavar a louça, jogar no computador, aquecer a nossa casa, conservarmos
os alimentos, etc., etc.

Ao quadro eléctrico chegam, vindos da companhia, apenas dois fios, que são suficientes para
tudo isto: a Fase (preto) e o Neutro (azul).

Esses fios, depois de passarem pelo contador de energia eléctrica (que serve exactamente
para contar toda a electricidade que entra e assim permitir à companhia, no fim de cada mês,
cobrar-nos o que consumimos), passa por um disjuntor diferencial e segue depois para todos
os outros disjuntores. De cada um destes sai para uma parte da nossa casa.

O disjuntor diferencial (vulgarmente conhecido por principal ou geral) permite-nos cortar a


entrada de toda e qualquer energia eléctrica quando o pretendermos (por exemplo quando
temos de efectuar uma reparação num qualquer aparelho de comando ou tomada) e também
para proteger todos os circuitos, os nossos bens e a nós próprios (veremos como adiante).

Trata-se pois de um aparelho de corte e protecção.

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Nota: Os disjuntores “normais” servem também para corte e protecção, mas apenas dos
circuitos que a ele estão ligados (veremos como adiante).

Qual a razão da existência de tantos disjuntores no nosso quadro?

Tudo se prende com razões de racionalidade operacional e económica.


– Por um lado é bom que tenhamos vários disjuntores, cada um deles a proteger uma zona da
casa ou um aparelho específico. Assim, por exemplo, quando temos um problema numa
tomada da sala, é bom que apenas o disjuntor que protege as tomadas dessa zona dispare.
Assim, continuamos com várias outras tomadas da casa em funcionamento e a iluminação
não é afectada, o que permite até que reparemos a avaria mais facilmente. Não ficamos, pois,
completamente “às escuras” em toda a casa.
– Por outro lado se toda a corrente eléctrica que entra na nossa casa passasse pelo mesmo
disjuntor, em algumas áreas, nomeadamente à saída do disjuntor, a corrente seria muito
elevada (teria de alimentar todos os aparelhos que tivéssemos a funcionar) e, por isso, os fios
condutores, para suportar toda essa corrente sem aquecer muito e queimar o isolante,
podendo até originar incêndios, teriam de ser de uma secção (grossura) muito grande, o que
os tornaria muito mais caros. O próprio disjuntor, para não estar sempre a disparar quando
ligássemos muitos aparelhos em simultâneo também teria de ser de grande calibre e, por isso,
muito caro também.

Então o que se faz é “dividir”a casa em zonas e ter um disjuntor para cada uma das zonas (e,
dentro de cada zona, um para iluminação e outro para tomadas, cujos circuitos que nunca se
devem misturar).
Para além disso há electrodomésticos específicos que, por consumirem muita corrente, têm
“direito” a ter um disjuntor só para eles: as máquinas de lavar, os fogões eléctricos, o
termoacumulador, etc. Até porque são equipamentos mais sujeitos a avarias e problemas e,
se isso acontecer, apenas o seu circuito fica inoperacional.

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Nota importante: Os circuitos de iluminação e tomadas nunca se devem misturar,


percorrem toda a casa em canalizações separadas.

Voltando então ao nosso quadro eléctrico: depois de cada disjuntor, os tais dois fios (fase e
neutro – esqueçamos por agora o fio de terra, que apenas serve de protecção e não para o
funcionamento dos circuitos) seguem para as caixas de derivação que existem em cada uma
das divisões de nossa casa: são aquelas caixinhas cujas tampas certamente já viste perto
tecto. Todas essas caixas, lá por dentro, têm os tais fios de fase e neutro que são suficientes
e necessários para pôr a funcionar qualquer circuito, isto é, a trabalhar qualquer aparelho
eléctrico. É depois a partir dessas caixas, nomeadamente dos tais dois fios, que se monta
qualquer circuito que desejemos ter nessa divisão: tomadas, iluminação – derivação simples,
comutação de lustre, comutação de escada, campainhas, etc. Ou seja, aquelas instalações
que já montámos no módulo anterior.

Vejamos um exemplo de (um esquema) um quadro eléctrico:

Figura 1 – Exemplo de Quadro Eléctrico de uma habitação

Como é que os disjuntores diferenciais (principais) protegem os circuitos e as


pessoas?

Dissemos atrás que os disjuntores diferenciais são aparelhos de corte e protecção. Vejamos
agora o que isso quer dizer, e como executam essas funções.

DISJUNTOR DIFERENCIAL

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(continua…)

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