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PATO BRANCO
2021
BÁRBARA FERNANDA KLAUMANN LUCAS
VITOR JOSÉ FAVERI
PATO BRANCO
2021
AGRADECIMENTOS
À Deus, que com sua infinita bondade nos permitiu chegar até aqui e realizar este
sonho.
Aos nossos pais, pelo amor, incentivo e apoio incondicional em todos os momentos.
Aos amigos, pelo companheirismo e apoio constante para a conclusão desta etapa.
Ao professor Sérgio Tarsício Rambo, pela orientação e incentivo ao longo da
realização deste trabalho.
Ao professor Ney Lyzandro Tabalipa, pelas orientações, tanto nos trabalhos de campo
que foram realizados, quanto nas demais etapas desta pesquisa.
À banca de defesa por terem aceito o convite e pela grande contribuição para a
conclusão deste trabalho.
À equipe de profissionais do laboratório de mecânica dos solos, pelo auxílio na
execução de diversas etapas desta pesquisa.
Aos demais professores do curso pelo apoio e pelos conhecimentos repassados que
foram fundamentais para nossa trajetória e contribuíram para nossa formação.
E a todos aqueles que direta ou indiretamente, de alguma maneira, contribuíram para
que este trabalho fosse realizado.
Que todos os nossos esforços estejam
sempre focados no desafio à impossibilidade.
Todas as grandes conquistas humanas
vieram daquilo que parecia impossível.
(Charles Chaplin)
RESUMO
The search for knowledge of variables that have influence on the soil behavior can
contribute to avoid disasters inside civil engineering. Physical index data such as soil
cohesion and internal friction angle are very important to help understand the soil
behavior when under charge. There are different methods to obtain theses data and
one of the most spread is the direct shear test in laboratory. Other method to obtain
these values for internal friction angle and cohesion it is given by calculation based on
data from the Standart Penetration Test (SPT). The present research had as a goal to
analyse the relation between data from Standart Penetration Tests, executed at
UTFPR - Campus Pato Branco to the construction of new buildings for the university
along with data acquired from the direct shear test of intact specimens. The specimens
were taken from places near the point of where the probing was made, to try and
guarantee that the soil being analysed was similar, and in that way the comparison
between data would be more reliable. The values obtained with the direct shear test
turn out to be unusable to the goal of this research seeing that these values were to
distinct from the expected and from values obtained by other authors in nearby regions
from this research
Key Words: Probing. Direct Shear Test. Internal Friction Angle. Cohesion.
LISTA DE FIGURAS
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 1
1.1. OBJETIVOS ...................................................................................................... 3
1.1.1. OBJETIVO GERAL ........................................................................................ 3
1.1.2. OBJETIVO ESPECÍFICOS ............................................................................ 3
1.2. JUSTIFICATIVA ................................................................................................ 3
2. REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................ 5
2.1. O SOLO ............................................................................................................. 5
2.2. INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS .................................................................. 5
2.2.1. Sondagem à Percussão SPT ......................................................................... 7
2.2.2. Ensaio de Cone e Piezocone ....................................................................... 10
2.2.3. Ensaio de Pressiômetro ............................................................................... 11
2.2.4. Ensaio de Palheta ........................................................................................ 11
2.2.5. Ensaio de Dilatômetro .................................................................................. 12
2.3. ENSAIOS DE LABORATÓRIO PARA SOLOS ................................................ 12
2.3.1. Ensaio de cisalhamento direto ..................................................................... 12
2.3.2. Ensaio de compressão triaxial ..................................................................... 13
2.3.3. Ensaio de adensamento, expansibilidade e colapsabilidade ....................... 13
2.3.4. Ensaios de permeabilidade e químicos ........................................................ 13
2.4. PARÂMETROS E PROPRIEDADES FÍSICAS DO SOLO .............................. 14
2.4.1. Cisalhamento do solo ................................................................................... 14
2.4.2. Coesão do solo ............................................................................................ 15
2.4.3. Ângulo de atrito interno ................................................................................ 16
3. MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................... 17
3.1. ÁREA DE ESTUDO ......................................................................................... 18
3.1.1. Aspectos climáticos, físicos e geotécnicos................................................... 18
3.2. EXTRAÇÃO DE AMOSTRAS PARA ENSAIO DE CISALHAMENTO ............. 19
3.3. ENSAIO DE CISALHAMENTO DIRETO ......................................................... 23
3.4. EQUAÇÕES DE CORRELAÇÃO .................................................................... 29
3.4.1. Correção do NSPT ....................................................................................... 29
3.4.2. Estimativa de Parâmetros de Resistência a partir do NSPT ........................ 31
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................... 34
4.1. RESULTADOS OBTIDOS POR CORRELAÇÕES EMPÍRICAS ..................... 34
4.2. RESULTADOS OBTIDOS PELO ENSAIO DE CISALHAMENTO DIRETO .... 34
4.3. COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS ............................................................. 35
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................. 38
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 39
ANEXO A .................................................................................................................. 44
ANEXO B .................................................................................................................. 45
ANEXO C .................................................................................................................. 46
ANEXO D .................................................................................................................. 47
ANEXO E .................................................................................................................. 48
ANEXO F................................................................................................................... 49
APÊNDICE A............................................................................................................. 50
APÊNDICE B............................................................................................................. 51
APÊNDICE C ............................................................................................................ 52
APÊNCIDE D ............................................................................................................ 53
1. INTRODUÇÃO
1
Na maioria dos casos, a sondagem à percussão SPT é a única forma de
reconhecimento do subsolo utilizada, devido à facilidade de contratação, rapidez na
execução e custo relativamente baixo. Quando aplicado corretamente as expressões
de correlação, seus resultados permitem a obtenção de importantes índices da
mecânica do solo, como tensões admissíveis e parâmetros de resistência ao
cisalhamento. Embora os resultados possam ser muito próximos, Pinto (2006) ressalta
que tais correlações podem não apresentar parâmetros condizentes com a realidade,
pois o solo possui características heterogêneas, levando diversos autores a buscar
correlações em regiões diferentes, além de melhorar as já existentes.
1.2. JUSTIFICATIVA
A pesquisa tem sua viabilidade visto que para a execução da mesma serão
necessários os relatórios de sondagens executadas no interior do campus, bem como
o acesso aos pontos sondados para extração de amostras indeformadas e aos
equipamentos para realização do ensaio de cisalhamento direto. Os ensaios de
sondagem foram realizados na Universidade Tecnológica Federal do Paraná -
Campus Pato Branco, devido a necessidade de implantação de novos blocos e
ampliação de alguns existentes. O acesso a cópias desses relatórios de sondagem foi
permitido pela universidade, assim como foi permitida a coleta de amostras
indeformadas de solo nas regiões de estudo, para posteriores ensaios. Para
realização do ensaio de cisalhamento, a norma e os equipamentos necessários
estavam disponíveis no laboratório de solos da Universidade.
4
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1. O SOLO
Para Kertzman & Diniz (1995), os solos são resultados da interação entre as
rochas, o relevo e o clima, e apresentam as principais características desses
elementos. Sendo assim, ao investigar o solo, é possível deduzir seu material de
origem, o relevo, o comportamento hídrico e a susceptibilidade aos processos do meio
físico.
A NBR 6122 (2019, p. 10) preconiza que “para qualquer edificação deve ser
feita uma campanha de investigação geotécnica preliminar, constituída no mínimo por
sondagens à percussão (com SPT)”. No Brasil, Odebrecht & Schnaid (2012) estimam
que o custo empregado na execução de uma sondagem de simples reconhecimento
varia normalmente entre 0,2% e 0,5% do custo total da obra, podendo se elevar em
5
obras especiais e condições adversas do solo. Esse valor é praticamente
insignificante comparado ao custo de reparo de uma fundação, por exemplo.
Existem diversos métodos de investigação do subsolo e a escolha do método
mais adequado se dá pelo tipo de obra que será executada, pelas características do
terreno, pelos dados disponíveis de investigações antigas e pelas observações das
estruturas próximas (CAPUTO, 1996). Para fins de simplesmente conhecer as
principais características do solo, utiliza-se o método da sondagem à percussão SPT,
comumente utilizada no território nacional. Esse método permite a obtenção de um
perfil com a descrição das camadas do solo, a resistência à penetração oferecida pelo
solo a cada metro perfurado, além da existência ou não do nível de lençol freático. Em
casos de necessidade de uma investigação mais aprofundada ou da ocorrência de
blocos de rocha que necessitem ser ultrapassados, deve-se buscar uma sondagem
rotativa ou mista (VELLOSO & LOPES, 2004).
Nas últimas décadas, segundo Odebrecht & Schnaid (2012), novos e modernos
equipamentos chegaram ao mercado com o intuito de ampliar o uso de tecnologias
nas investigações do subsolo. Dentre esses equipamentos, alguns consistem na
simples cravação de um elemento no solo, determinando a resistência à penetração,
enquanto outros utilizam-se de sensores elétricos para medir grandezas como força e
poropressão. Alguns desses equipamentos podem ser observados na figura 1.
7
A sondagem deve ser iniciada com emprego do trado-concha ou
cavadeira manual até a profundidade de 1 metro, seguindo-se a
instalação até essa profundidade, do primeiro segmento do tubo de
revestimento dotado de sapata cortante. Nas operações
subsequentes de perfuração, intercaladas às de ensaio e
amostragem, deve ser utilizado trado helicoidal até se atingir o nível
d’água freático.
O ensaio consiste na cravação de um amostrador padrão bipartido através da
queda de um peso de 65 kg de uma altura de 75 cm, retirando amostras
representativas de solo a cada metro de profundidade. O número de golpes
necessários para a cravação de 30 cm do amostrador padrão, após a cravação inicial
de 15 cm, é denominado como índice de resistência à penetração NSPT (NBR 6484,
2001). De acordo com ABEF (2012, p. 10 e 11), o equipamento necessário para a
realização do ensaio é basicamente composto por:
a) Tripé ou torre (cavalete) de sondagem com escada, dotado de
roldana e moitão duplo;
b) Hastes retilíneas emendadas por luvas, em segmentos de 1,0 m
e/ou 2,0 m, em tubo de aço, com diâmetro nominal de 1”, SCH 80 (Dext
= 33,4 mm ± 2,5 mm e Dint = 24,3 mm ± 2,5 mm), e com massa teórica
de 3,23 kg/m;
c)Tubos de revestimento emendados por luvas, em comprimento de
1,0 m e/ou 2,0 m, em tubo de aço DIN 2440, com diâmetro nominal de
2 ½” (Dext = 76,1 mm ± 5 mm e Dint = 68,8 mm ± 5 mm);
d) Amostrador padrão com diâmetro externo de 50,8 mm ± 2 mm;
e) Peça de lavagem ou trépano de lavagem com ponta e bisel, largura
de 62 mm ± 5 mm;
f) Trado cavadeira ou concha;
g) Trado espiral ou helicoidal com diâmetro mínimo de 53 mm;
h) Peso de bater de 650 N ± 1,5% ou martelo conforme NBR 6484
para cravação do amostrador;
i) Corda de sisal com 25 mm (1”) para o peso de bater;
j) Corda de sisal com 19 mm (3/4”) para o moitão;
k) Medidor de nível d’água (ou pio);
l) Baldinho para esgotamento de água;
m) Caixa de lavagem;
n) Moto-bomba e conjunto para circulação de água;
8
o) Camelongo;
p) Chaves pesadas, para tubo de 457 mm (18”) e 610 mm (24”);
q) Metro;
r) Giz para marcação;
s) Copinhos com tampas herméticas ou sacos plásticos para
acondicionar amostras;
t) Etiquetas;
u) Folhas de sondagem e nivelamento;
v) Demais ferramentas e materiais necessários;
w) Materiais de reposição, tais como graxa para rosca, bentonita ou
fluido estabilizante;
x) 2 bicos de reserva;
y) Sapata de revestimento;
z) Saca-tubo;
aa) Cabeça de bater da haste de penetração e do tubo de revestimento
constituída de um tarugo de aço com massa compreendida entre 3,5
kg e 4,5 kg;
bb) Torquímetro de relógio com capacidade mínima de 500 Nm e
conjunto adaptador;
cc) Chifre de bode (alçador de hastes ou gancho alçador);
dd) Bolacha – disco de aço para uso com o saca-tubo; e
ee) Cachimbo de lavagem ou cruzeta de lavagem com alça e
manoplas.
Na figura 3, é possível observar um esquema do equipamento utilizado para o
ensaio.
9
Figura 3 - Esquema ilustrativo do equipamento de execução da sondagem à percussão SPT.
Fonte: Higashi (2016) apud Thiesen (2016)
Essa mesma norma ainda discorre sobre o ensaio de cone (NBR 6122, 2019,
p. 11):
10
destes equipamentos. O ensaio de piezocone pode medir ainda a poropressão do solo
e até mesmo sua dissipação em alguns casos.
11
2.2.5. Ensaio de Dilatômetro
Nesse ensaio, utiliza-se uma lâmina com diafragma aplicado no solo com
auxílio de gás. Ele é usado para determinação da estratigrafia e pode indicar a
classificação do solo através de correlações específicas do dilatômetro.
Ensaio onde uma amostra de solo é inserida numa caixa composta por duas
partes que se deslocam entre si, permitindo determinar sob uma tensão normal, a
tensão de cisalhamento capaz de provocar a ruptura dessa amostra. O ensaio pode
ser realizado sob tensão controlada ou sob deformação controlada (CAPUTO, 1996).
12
Esse ensaio pode ser realizado para qualquer tipo de solo e contempla
amostras indeformadas, remoldadas ou deformadas e ainda reconstituídas em
laboratório (ASTM D3080, 2011).
13
2.4. PARÂMETROS E PROPRIEDADES FÍSICAS DO SOLO
14
outras palavras, trata-se da máxima capacidade de carga que o solo suporta sem
romper.
15
formato lamelar e a sua carga elétrica negativa favorecer a atuação da adesão
molecular. Na figura 5 está representada a estrutura das partículas.
16
3. MATERIAIS E MÉTODOS
17
qualitativa procura captar não só a aparência do fenômeno como
também suas essências, procurando explicar sua origem, relações e
mudanças, e tentando intuir as consequências.
Melfi (1997) apud Almeida e Oliveira (2018) destaca que em regiões tropicais
de climas quentes e úmidos e de invernos secos, é comum a predominância de solos
lateríticos. Para a Prefeitura Municipal de Pato Branco (2020), o clima típico do
18
município se enquadra como Subtropical Úmido Mesotérmico, sujeito a verões
quentes com temperatura média superior a 22ºC e tendência de concentração de
chuvas, além de invernos com geadas pouco frequentes e temperatura média inferior
a 18ºC, sem estação seca definida.
19
Figura 7 - Moldes em PVC para retirada das amostras.
Fonte: Autores (2021)
20
Para que essa profundidade fosse alcançada, foi necessária a escavação de
um poço utilizando-se da ajuda de uma mini escavadeira hidráulica, observada na
figura 9.
21
Figura 10 – Escavação manual da amostra antes de ser removida com o
molde cilíndrico.
Fonte: Autores (2021)
Após as extrações, cada amostra era envolvida com talagarça fina e então
coberta de parafina líquida afim de evitar que a umidade do solo sofresse alterações
significantes até o momento da execução do ensaio (Figura 11). Em seguida, as
amostras eram conservadas em câmara úmida para que não ocorresse perda da
umidade para o ambiente com a variação de temperatura.
22
Para cada amostra extraída, coletaram-se 03 cápsulas com solo do mesmo
local a fim de realizar o ensaio de determinação da umidade, dado necessário para
realização do ensaio de cisalhamento direto (Figura 12).
23
Figura 13 - Equipamento de ensaio de cisalhamento direto de solo usado.
Fonte: Autores (2021)
24
Figura 15 - Componentes da célula de ensaio.
Fonte: Contenco (2020), p. 14
Antes de iniciar o ensaio, a ASTM D3080 (2011) propõe que se faça uma
conferência nas dimensões do equipamento, a fim de constatar se elas estão
condizentes. A caixa de cisalhamento deve ter largura mínima de 2 polegadas (50
mm) ou no mínimo 10 vezes o diâmetro da partícula de solo, prevalecendo o maior
dentre os dois valores. A espessura da amostra deve ser de no mínimo 0,5 polegadas
(13 mm) e nunca ser menor que 6 vezes o tamanho máximo do diâmetro da partícula
de solo. A relação mínima entre largura e espessura deve ser de 2:1.
25
Após as dimensões conferidas, inicia-se a moldagem dos corpos de prova
que, neste caso, utiliza-se de amostras indeformadas. Os corpos de prova são
moldados com a cravação do molde de corte, chamado vazador. Com o uso de
ferramentas apropriadas, retira-se o excesso de amostra das laterais tomando
cuidado para que o molde fique totalmente preenchido. A manipulação da amostra
indeformada deve ser feita cautelosamente a fim de não modificar a estrutura natural
do solo, sendo que o local onde a manipulação ocorre também deve ser preparado de
forma que não favoreça o ganho ou perda da umidade da amostra. A figura 16 mostra
um corpo de prova sendo retirado de uma das amostras.
26
A preparação das pedras porosas segue a instrução do manual Contenco
(2020, p. 08):
A norma ASTM D3080 (2011) determina que a água utilizada nas pedras
porosas seja especificada pelo requerente do ensaio, podendo ser usada água
retirada dos poros do solo de origem das amostras, água desmineralizada, água salina
ou água potável proveniente de torneira. No presente estudo utilizou-se água potável
de torneira.
27
Figura 17 - Célula de ensaio montada e pronta para ser colocada
no equipamento de cisalhamento direto.
Fonte: Autores (2021)
29
No Brasil, a liberação de queda do martelo com sistema manual ainda é
predominante, onde a energia aplicada varia entre 70% e 80% da energia teórica. Nos
Estados Unidos e na Europa, a sondagem à percussão é automatizada, liberando uma
energia de aproximadamente 60%. Sendo assim, a prática internacional sugere
normalizar o número de golpes com base no padrão internacional de N60, majorando
o valor de NSPT em 15% a 30% quando obtido a partir de uma sondagem realizada
em sistemas manuais (DÉCOURT, 1989).
A utilização de coxim e cabeça de bater, o acionamento com corda de sisal ou
cabo de aço e o tipo de martelo utilizado no ensaio, podem influenciar de alguma
maneira nos resultados da sondagem. Belincanta (1998) buscou quantificar a
influência desses fatores relacionados aos ensaios realizados no Brasil e seus
resultados podem ser observados na figura 20.
𝑁60 =
𝑁𝑆𝑃𝑇 𝑥 𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝐴𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑑𝑎 (1)
0,60
30
Considerando que a sondagem à percussão que originou o relatório utilizado
no atual estudo foi executada com martelo cilíndrico com pino guia, acionado por cabo
de aço em estado de composição considerado novo, baseando-se na figura 21,
assume-se que a média de eficiência da energia é de 73,9%. Portanto, a equação do
cálculo da correção é expressa por:
𝑁60 =
𝑁𝑆𝑃𝑇 𝑥 0,739 (2)
0,60
Por outro lado, Teixeira (1996) utiliza para a mesma finalidade a equação 04.
Para estimar a coesão (𝑐) não drenada de argilas saturadas, Teixeira e Godoy
(1996) sugerem a utilização da equação 05, em kPa.
𝑐 = 10𝑁60 (5)
Berberian (2015) sugere que a coesão para solos não saturados na situação
drenada, seja estimada em kPa por:
𝑐=
𝑁60 (6)
0,35
331
Outra maneira de se obter a coesão de argilas se dá por uma tabela
desenvolvida por Alonso (1983), encontrada na Tabela 1.
33
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
34
4.3. COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS
Por motivos de força maior, os autores não poderiam extrair novas amostras
de solo e realizar assim novos ensaios, além de que o problema no equipamento não
teria sido solucionado e posteriormente calibrado. Sendo assim, o estudo de
comparação entre as sondagens à percussão e os dados de ensaio, objetivo principal
deste trabalho, não foi possível, pois resultariam em equações equivocadas.
36
37
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
38
REFERÊNCIAS
______. NBR 6502: Rochas e solos – Terminologia. Rio de Janeiro, Set. 1995. 18
p.
ALMEIDA, Maycon André de; OLIVEIRA, Rafael Magrini Marques de. Estimativa
do Ângulo de Atrito e Coesão Através de Índices de Resistência Obtidos pela
Sondagem SPT em Solo Laterítico e Colapsível Característico da Cidade de
Cascavel no Estado do Paraná. 2018. Disponível em:
https://revistas2.uepg.br/index.php/ret/article/download/13282/209209212556/.
Acesso em: setembro 2020.
FREDLUND, D.G. & RAHARDJO, H. Soil mechanics for unsaturated soils. New
York, John Wiley, 1993. 517p.
40
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Fundamentos metodologia científica. 4.ed.
São Paulo: Atlas, 2001.
PINTO, C. S. Curso básico de mecânica dos solos. 3ª ed. São Paulo: Oficina de
Textos. 2006.
41
RAMBO, Sergio Tarsicio. Relatório de Sondagem: Ampliação Blocos “V”, “L”, “M”
e “N”, Construção Biblioteca e Bloco J1. UTFPR – Universidade Tecnológica
Federal do Paraná. Jan. 2009.
42
VAZ, Ana Paula de Melo e Silva; FIORI, Alberto Pio; SILVEIRA, Claudinei Taborda
da. Métodos de obtenção de valores de ângulo de atrito e coesão:
comparação entre o ensaio de cisalhamento direto e cálculo baseado no SPT.
BOLETIM PARANAENSE DE GEOCIÊNCIAS, v. 74, p. 1-10, 2018.
43
ANEXO A
44
ANEXO B
45
ANEXO C
46
ANEXO D
47
ANEXO E
48
ANEXO F
49
APÊNDICE A
50
APÊNDICE B
51
APÊNDICE C
52
APÊNCIDE D
53