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01 - SISTEMA DE COORDENADAS

+Y 80

70

60

50

40
A
30
B
20

10
-80 -70 -60 -50 -40 -30 -20 -10 10 20 30 40 50 60 70 80

-X -10 +X
-20 D

C -30

-40

-50

-60

-70

-80
-Y

Agora temos duas cotas definindo cada ponto, ou seja, uma em relação a cada uma das retas.Este
sistema no qual os eixos formam entre si um ângulo de 90° é chamado de Ortogonal ou Cartesiano.
Neste sistema as cotas são chamadas de coordenadas, divididas entre abcissas ( paralelas ao eixo
X) e ordenadas ( paralelas ao eixo Y). Assim, no desenho anterior temos:
Ponto Abcissa ( X ) Ordenada ( Y )
A +40 +30
B -30 +20
C -20 -30
D +40 -20
Para que este sistema possa ser usado no espaço tridimensional, criou-se um terceiro eixo,
identificado pela letra Z ortogonal aos outros dois como mostra a figura a seguir:
Z+

Y+

10

30
20

X+
BÁSICO DE FRESAMENTO 1
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• Regra da Mão Direita

Para um sistema tridimensional, são utilizados três eixos perpendiculares (90°) entre si, que podem
ser designados através dos dedos da mão direita.
Polegar : indica o sentido positivo do eixo imaginário, representado pela letra X.
Indicador : aponta o sentido positivo do eixo Y.
Médio : nos mostra o sentido positivo do eixo Z.

Nas máquinas ferramenta, o sistema de coordenadas determinado pela regra da mão direita, pode
variar de posição em função do tipo de máquina, mas sempre seguirá a regra apresentada, onde os
dedos apontam o sentido positivo dos eixos imaginários; e o eixo “Z” será coincidente ou paralelo ao
eixo árvore principal
(conforme DIN-66217).
Observe as figuras seguintes, que mostram a posição destes eixos numa fresadora com a árvore na
vertical e uma com a árvore na horizontal.

Y
X

BÁSICO DE FRESAMENTO 2
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• Sistema Absoluto de Coordenadas
Em um sistema de coordenadas com 2 eixos, um ponto qualquer estará sempre corretamente
definido, através de um par de coordenadas.
Para melhor entendermos este sistema, já visto anteriormente como sistema cartesiano, tomemos o
exemplo a seguir:

15

40

30
15
20
10

10

20

30

40

Para a cotagem da referida peça, foram utilizadas faces de referência, que desta forma facilitarão a
localização de seus pontos, quando a colocarmos em sistema de coordenadas.
Colocando-se a peça em um sistema de coordenadas, podemos determinar todos os seus pontos
através das distâncias que a projeção de cada ponto tem sobre os eixos, em relação à origem do
sistema.
Para isto precisamos em primeiro lugar, adotar uma escala para os nossos eixos.
Do sistema de coordenadas estabelecido pela DIN-66217, usaremos dois de seus eixos para o
nosso exemplo.
Do mesmo modo que nos exemplos anteriores, para determinarmos qualquer ponto da figura a
seguir, devemos fornecer duas coordenadas.
eixo Y

P5 P4
40

P8
30

P6 P3
20

P7
10

P1 P2
0
eixo X

origem
0 10 20 30 40

BÁSICO DE FRESAMENTO 3
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Só que agora teremos valores numéricos nos dois eixos e portanto, precisamos indicar
também a qual eixo estamos nos referindo. Seja o ponto P3 como por exemplo, pela escala
paralela ao eixo “X”, diremos que P3 está a 40mm da origem do sistema e usaremos a
seguinte notação para esta fim:
X = 40
Pela escala paralela do eixo “Y”, diremos que P3 está a 20mm da origem e escreveremos então:
Y = 20
Portanto, para localizarmos corretamente o ponto P3, dando suas coordenadas em relação à origem
do sistema que adotamos, deveremos escrever assim:
P3 = X40 ; Y20

Da mesma forma, todos os outros pontos da peça podem ser definidos como foi o ponto P3.
Pontos X Y
P1 0 0
P2 20 0
P3 40 20
P4 40 40
P5 20 40
P6 0 20
P7 10 10
P8 30 30

Este sistema de “endereçamento” dos pontos é chamado de “Sistema Absoluto de Coordenadas”.


Como pode ser observado, para cada eixo, foi adotada uma escala e a posição de um ponto
qualquer é definida pela leitura direta, na escala, da projeção do ponto sobre a mesma.
Veja o ponto P1 da figura abaixo e note que ele está em alinhamento com o valor 15 da escala do
eixo X e também 15 pela escala do eixo Y.

P1 = X15; Y15
40
P3
35

30
25

20
P1
15
P2
10
05

0 05 10 15 20 25 30 35 40

Para localizar o ponto P2, nós devemos verificar em que ponto das escalas X e Y se encontram as
projeções deste ponto sobre cada um dos referidos eixos.
Deste modo, pela escala do eixo X, P2 está a 40mm distante da origem do sistema. Ou seja no
sistema de coordenadas absolutas, a localização de qualquer ponto é dada pela distância que a
projeção do ponto sobre o eixo tem, em relação à origem do sistema.

BÁSICO DE FRESAMENTO 4
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• Sistema Incremental de Coordenadas
No Sistema incremental, a localização de um ponto qualquer não é definida tomando-se a distância
em relação à origem, mas sim, verificando-se o deslocamento efetuado desde o ponto anterior até o
ponto atual.
Vamos utilizar a mesma seqüência usada para explicar o sistema absoluto e desta forma esclarecer
o emprego do sistema incremental.
Tomando o desenho da peça com suas respectivas cotas, note que para a cotagem foi adotada uma
maneira que fornecerá a definição de seus pontos, através do sistema incremental.
Comparando este desenho da peça com o desenho conforme apostila, observamos que a diferença
está no modo de colocar as cotas. Conforme apostila, todas as cotas partem de um só ponto, usado
como referência; e aqui, as cotas estão em seqüência.

10
15

10

10
15

10

10 10 10 10

Como o sistema incremental só indica o deslocamento entre os pontos, usaremos uma régua
graduada ao longo dos eixos apenas para verificar a distância entre os pontos.
Na figura a seguir, temos o par de eixos usados para o sistema incremental, com o desenho da peça
e a indicação dos pontos a serem determinados, ou como se usa dizer, endereçados.
O desenho a seguir, tembém deve ser comparado com o da página 23 para melhor compreendermos
as diferenças entre os sistemas incremental e absoluto.

eixo Y

P5 P4

P8

P6 P3

P7

P1 P2

eixo X

origem

Como foi dito, no sistema incremental cada ponto é definido sempre em relação ao ponto anterior.

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Seguindo esta orientação, diremos que o ponto P2 está deslocado 20mm do ponto P1, em relação
ao eixo X (eixo horizontal) e 0mm em relação ao eixo Y (eixo transversal).
Veja outro exemplo:
Para definir o ponto P3, daremos como coordenadas os seguintes valores:
P3 = X20 ; Y20
Interpretando estes indicadores de posição, devemos entender que foi deslocado 20mm sobre o eixo
X, desde o ponto P2 até a projeção do ponto P3 sobre o mesmo eixo. E que houve um deslocamento
também de 20mm sobre o eixo Y, desde a projeção de P2 até a projeção de P3.
Importante Ö Como os valores são positivos, isto indica que os deslocamentos foram efetuados no
mesmo sentido (positivo) que os eixos X e Y. Quando o deslocamento for em sentido contrário, o
valor das coordenadas será negativo.
Veja na figura a seguir, a maneira de se definir todos os pontos da peça em questão.

eixo Y(mm)

X = -20
P5 Y=0 P4
X=0
Y = 20

X = 20
P8 Y = 20

X = -20 X = 20
P6 Y = -20 P3 Y = 20

X = 10
P7 Y = -10

X=0 X = 20
P1 Y=0 P2 Y=0 eixo X(mm)

origem

Pontos X Y
P1 0 0
P2 20 0
P3 20 20
P4 0 20
P5 -20 0
P6 -20 -20
P7 10 -10
P8 20 20

O sistema de endereçamento dos pontos que acabamos de apresentar, é chamado de “Sistema


Incremental de Coordenadas”.
Podemos observar que neste sistema, sempre referenciamos um ponto em relação ao ponto anterior,
relatando os deslocamentos efetuados e através dos sinais positivo e negativo, sabemos também,
qual o sentido destes deslocamentos.

BÁSICO DE FRESAMENTO 6
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02 - EXERCÍCIOS DE DEFINIÇÃO DE PONTOS
1. Defina os pontos marcados no sistema de coordenadas (X,Y).

+Y 80

70

60

50

40
A
30
B
20

10
-80 -70 -60 -50 -40 -30 -20 -10 10 20 30 40 50 60 70 80

-X C -10 +X
-20

-30

-40

-50

-60 D

-70

-80
-Y

Pontos X Y
A
B
C
D

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2. Definir pontos, preencher a tabela e gráfico em coordenadas absolutas.

70 +Y

80
I H
70

60
70 G
50
C D
40
40
20
F
B E 30
A 20
20
70
10
100

10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110
+X

PONTOS X Y PONTOS X Y
A F
B G
C H
D I
E

3. Definir pontos, preencher a tabela em coordenadas incrementais.

70 +Y

80
I H
70

60
70 G
50
C D
40
40
20
F
B E 30
A=A' 20
20
70
10
100

10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110
+X
INÍCIO

PONTOS X Y PONTOS X Y
A F
B G
C H
D I
E

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4. Definir pontos e preencher a tabela em coordenadas absolutas.

Y+

60

50
G F
S R 40
C B
Q H 30
I D
P
T O N K 20 E
J
10
M L
A
X- X+
10 20 30 40 50 60 70
Y

U V

W X

Y-

Ponto X Y Ponto X Y Ponto X Y


A J S
B K T
C L U
D M V
E N W
F O X
G P Y
H Q Z
I R

BÁSICO DE FRESAMENTO 9
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5. Definir pontos e preencher a tabela em coordenadas incrementais.

Y+

60

50
G F
S R 40
C B
Q H 30
I D
P
T O N K 20 E
J
10
M L
A=A'
X- X+
10 20 30 40 50 60 70 Início
Y

U V

W X

Y-

Ponto X Y Ponto X Y Ponto X Y


A J S
B K T
C L U
D M V
E N W
F O X
G P Y
H Q Z
I R A´

BÁSICO DE FRESAMENTO 10
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3- SISTEMA DE COORDENADAS NO FRESAMENTO
E PROGRAMAÇÃO VERBAL
No Fresamento utilizamos 3 eixos sendo eles X(Longitudinal) Y (Transversal) Z(Vertical)
Utilizaremos uma fresa de Ø10 mm

P P1 P2 P3 P4 P5
X -20 -9 51 51 -20
Y 0 0 0 0 0
Z 20 -2 -2 20 20

TIPO DE
DE/PARA Nº TRAJETÓRIA AVANÇO PONTO FINAL OBS.
X Y Z
P1 a P2 N1 Linear Rápido -9 0 -2
P2 a P3 N2 Linear Usinagem 51 0 -2
P3 a P4 N3 Linear Usinagem 51 0 20
P4 a P1 N4 Linear Rápido -20 0 20

BÁSICO DE FRESAMENTO 11
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EXERCÍCIO 1: Fazer a programação verbal conforme desenho abaixo:
Utilizaremos uma fresa de Ø10 mm

PERCURSO QUE
A
FERRAMENTA
IRÁ
PERCORRER

TIPO DE
DE/PARA Nº TRAJETÓRIA AVANÇO PONTO FINAL OBS.
X Y Z
P1 a P2
P2 a P3
P3 a P4
P4 a P5
P5 a P6
P6 a P7
P7 a P1

BÁSICO DE FRESAMENTO 12
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EXERCÍCIO 2: Fazer a programação verbal Utilizar fresa de Ø8 mm

□50

5
8
15

TIPO DE
DE/PARA Nº TRAJETÓRIA AVANÇO PONTO FINAL OBS.
X Y Z
P1 a P2
P2 a P3
P3 a P4
P4 a P5
P5 a P6
P6 a P7
P7 a P1

BÁSICO DE FRESAMENTO 13
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04 - PONTOS ZERO E PONTOS DE REFERÊNCIA
Na máquina CNC existem vários pontos de importância. Eis alguns:

• Ponto zero da máquina M:


Este ponto é definido pelo fabricante e usado para definir a origem do sistema de coordenadas da
máquina. A partir deste ponto, são determinados todos os outros sistemas e pontos de referência da
máquina. Nas fresadoras, varia de posição, conforme o fabricante.

M
X

• Ponto de Referência R
Serve para aferição do sistema de medição de todos os movimentos da máquina. Ao ligar a máquina,
sempre deslocamos o carro até este local, antes de iniciar a usinagem.
Este procedimento define ao comando a posição do carro em relação ao zero da máquina, quando o
carro aciona um sensor que envia um impulso ao comando determinando sua localização.

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Came no Carro
Chave-limite
no ponto de
referência

R
Z

M
X

• Ponto E de referência da ferramenta e ponto N do assento


O ponto E serve para informar ao comando as dimensões da ferramenta, sem o que o comando não
teria meios de saber onde está a ponta de ferramenta, para guiá-la na usinagem.

E N

• Ponto zero da peça W


Este ponto é definido pelo programador e após ser informado ao comando, serve para guiar a
ferramenta orientando-a através do contorno da peça, formando o perfil final desejado.
Normalmente podemos dizer que o ponto zero peça é o ponto zero máquina deslocado para a peça,
para termos a origem do sistema de coordenadas para a programação.
Nas máquinas o ponto zero máquina é passado para o zero peça através das distâncias em cada
eixo para o comando ou se usa uma ferramenta para zerar a peça.

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Z

Y 30
Y

Zero Z 20
Zero Peça
Máquina

X
X 70

05 - FUNÇÕES DE PROGRAMAÇÃO PARA O FRESAMENTO

Para a introdução do programa de usinagem, no comando da máquina, devemos transformar as


ordens de programação verbal já vista, em CÓDIGOS para os quais o comando esta preparado para
entender.

Esses CÓDIGOS que usaremos na elaboração do programa são as FUNÇÕES DE


PROGRAMAÇÃO. São elas:

Função Número de Sequência (N)

Esta função, tem a finalidade de indicar a sequência que deve ser seguida para a leitura e execução
das sentenças que compõem o programa.
Representamos a função numero de sequência, pela letra "N", que deve vir acompanhada de um
número indicativo de sequência.

Ex: N1... N05... N10...


N2... ou N10... ou N20...
N3... N15... N30...

Sempre é conveniente numerar as sentenças em intervalos de 5 ou 10, para possibilitar a introdução


de novas sentenças em caso de necessitar fazer alguma correto ou melhorar o programa.

Esta função também e denominada, em alguns manuais, de "função número de bloco" ou "função
número de sentença".

FUNÇÃO PREPARATÓRIA (G)

BÁSICO DE FRESAMENTO 16
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A "função preparatória", indica ao comando o modo de trabalho. Através desta letra introduzimos
informações que determinam, por exemplo, o movimento de deslocamento da ferramenta, sendo por
esta razão, a letra G também conhecida como "condição de trajetória".

A letra "G", é seguida também por um número, que indica a função. Este número, formado por dois
dígitos (de 00 a 99) define ao comando o modo de trabalho ou a condição de trajetória a executar.

Para comandos de fabricantes diferentes, um mesmo código, pode significar coisas diferentes.
Por exemplo G92, para uns pode indicar "Definição da Origem do Sistema de Coordenadas"
enquanto que para outros pode ser "limitação de rotações". Mas a maioria das funções, são comuns
a quase todos os comandos.

Distinguimos também, dentre as funções preparatórias, algumas que são ativadas assim que o
comando da máquina é ligado. Por exemplo, assim que ligamos o comando da máquina, ele estará
pronto para receber os valores das coordenadas em milímetros e em valores absolutos. Estas
funções são indicadas nos manuais dos fabricantes como "funções ativas".

Há no comando, funções chamadas "modais", ou seja, assim que são programadas permanecem
ativadas enquanto não se programar uma outra função que cancele ou substitua aquela
anteriormente programada.

Veremos em nosso estudo, uma grande parte de funções preparatórias, mas as que sejam comuns a
maioria dos fabricantes.

FUNÇÃO DE POSICIONAMENTO ( X Y e Z)

Através das letras "X", “Y”e "Z", endereçamos pontos dentro do sistema de coordenadas.
Outras letras são usadas para designar outros eixos existentes, onde também iremos estudar
durante a execução dos exercícios.
Os valores das coordenadas podem ser introduzidos em milímetros (função ativa) ou em polegadas
(precedido de uma função preparatória adequada).

Para valores em "mm", admite-se ate 3 casas decimais.


Ex.: 20.465 mm

Para valores em "pol" ate 5 casas decimais.


Ex.: 0.25000"

DADOS TECNOLÓGICOS

F = Avanço de Usinagem . Normalmente para o fresamento é utilizado mm/rotação.

S = Rotações por minuto. Rotações/minuto, Exemplo: S800 = 800 RPM

T = Chamada da Ferramenta no Magazinr

M = Função Miscelânia ou Auxiliar. Como as funções G as funções M vão de (00 à 99). Estas
funções servem normalmente para auxiliar na parte operacional, a seguir daremos alguns exemplos:

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M03 Liga o eixo árvore no sentido horário
M04 Liga o eixo árvore no sentido anti-horário
M05 Desliga o eixo árvore
M08 Liga a bomba para refrigerante durante a Usinagem
M09 Desliga a Bomba de refrigerante
M30 Fim de Programa com retorno à 1a sentença do programa

Nesta linguagem de programação o fabricante estabelece:

-Quais as instruções que podem ser programadas.

-Quais as informações que são necessárias e como elas serão colocadas no programa.

-Que letras e números serão usados nas informações tecnológicas e complementares.

De fabricante para fabricante, existem diferenças quanto a função representada pelos códigos
" G ", ou mesmo as funções " M ".

A norma DIN 66025 estabelece as palavras usadas na programação de CNC, mas alguns fabricantes
de comandos não seguem estas normas e usam instruções semelhantes ou teclado com
símbolos próprios.

NESTE CURSO NÓS USAREMOS AS FUNÇÕES CORRESPONDENTES AO SOFTWARE


ESPECIFICO DA MÁQUINA QUE ESTAMOS ESTUDANDO PARA EXPLICAR ESTAS FUNÇÕES.

06-SEQUÊNCIA NECESSÁRIA PARA PROGRAMAÇÃO MANUSCRITA

Um programa CN pode ser definido como uma sequência lógica de informações para a usinagem de
uma peça.

O programador necessita ter consciência de todos os parâmetros envolvidos no processo e obter


uma solução adequada para a usinagem de cada tipo de peça. Este deve analisar ainda todos os
recursos da máquina, que serão exigidos quando da execução da peça. Os itens a serem analisados
são os seguintes;

Estudo do Desenho da Peça : Final e Bruta

O programador deve ter habilidade para comparar o desenho (peça pronta) com a dimensão
desejada na usinagem com a máquina CNC.
Há a necessidade de uma análise sobre a viabilidade de execução da peça, levando-se em conta as
dimensões exigidas, o sobremetal existente da fase anterior, o ferramental necessário, a fixação da
peça, etc.

PROCESSO A UTILIZAR

E necessário haver uma definição das fases de usinagem para cada peça a ser executada,
estabelecendo-se, assim, o sistema de fixação adequado a usinagem.

FERRAMENTAL VOLTADO AO CNC

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A escolha do ferramental é muito importante, bem como, a sua disposição na torre. É necessário que
o ferramental seja colocado de tal forma que não haja interferência entre si e com o restante da
máquina. Um bom programa depende muito da escolha do ferramental adequado e da fixação deste,
de modo conveniente.

CONHECIMENTO DOS PARÂMETROS FÍSICOS DA MÁQUINA E SISTEMA DE PROGRAMAÇÃO


DO COMANDO

São necessários tais conhecimentos por parte do programador, para que este possa enquadrar as
operações de modo a utilizar todos os recursos da máquina e do comando, visando sempre
minimizar os tempos e fases de operações e ainda garantir a qualidade do produto.

ESCREVER O PROGRAMA SEQUENCIALMENTE

A sequência de operações enquadrando todos os parâmetros de usinagem deve ser colocada em


folha de programação, especialmente confeccionada para tal.

Cada linha da folha corresponde a um bloco informativo.


Existe também as folhas de preparação da máquina, sendo estas o contato existente entre o
programador e o operador da máquina.
Ela deve contar todas as informações necessárias para a execução da peça, como por exemplo:
-Ferramental e sua localização na torre;
-Ponto de partida (origem);
-Fixação da peça;
-Numero da peça;
-Números dos pares de compensação de ferramentas que serão utilizadas, tendo o bom senso de
usar o numero da ferramenta com seu respectivo par corretivo;
-Outras observações tais como: Equipamentos extras, Dimensões das Castanhas, etc.

07-DEFINIÇÃO DOS PARÂMETROS DE CORTE

Trata-se de definir as grandezas numéricas que devem ser utilizadas na programação, para facilitar a
obtenção de uma usinagem de boa qualidade.
Para se obter um bom corte, é preciso além da ferramenta adequada, utilizar também os parâmetros
de corte adequados.
Isto faz com que se dê uma atenção toda especial a estas grandezas:

AVANÇO DE USINAGEM
É determinado em função do material a ser usinado e da ferramenta utilizada. É calculada através da
seguinte fórmula:

F = Fz. RPM . z

Onde : F = Avanço de usinagem (mm/min)


Fz = Avanço por dente (indicado pelo fabricante da ferramenta)
z = Número de dentes da ferramenta

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VELOCIDADE DE CORTE
É determinada em função do material a ser usinado e da ferramenta utilizada. É calculada através da
seguinte fórmula:
π ∗D∗N Onde : VC = Velocidade de corte
VC = D = Diâmetro da ferramenta (mm)
1000 N = Rotação da árvore (RPM)
π = 3,14 (Constante Matemática)
1000 = Fator de Transformação de metros
para milímetros
ROTAÇÕES POR MINUTO ( RPM )
É determinada pela velocidade de corte específica de cada material e ferramenta utilizada. Estes
valores são encontrados geralmente em tabelas fornecidas pelos fabricantes de ferramentas, e se
calcula através da seguinte fórmula:

VC *1000
N=
π ∗D
FORÇA DE CORTE
É determinada pela fórmula:
FC = KS . P . A Onde:
KS = Pressão específica de corte, constante para cada material (Kg/mm²)
P = Profundidade de corte (mm)
A = Avanço (mm/rot.)
POTÊNCIA DE CORTE
É determinada pela fórmula:
Onde:
FC = Força de corte (Kg)
Ks. fn . Ap . Vc VC = Velocidade de corte (m/min.)
PC = Potência de corte
Nc = A força e a potência de corte devem ser comparadas com a
capacidade dos acionamentos da máquina o que vai
4500 . η determinar as profundidades máximas de corte.
Como se pode notar, apesar de serem pré-determinadas,
os parâmetros de corte podem e devem ser ajustados
quando se vai usinar uma peça pela primeira vez.

BÁSICO DE FRESAMENTO 20
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PROFUNDIDADE DE FRESAMENTO
DIÂMETRO DA FERRAMENTA
AVANÇO

Ø FRESA = 10mm Prof. De Corte Prof. De Corte = 10mm Velocidade de Avanço


Velocidade de Avanço = 200 mm/min 4,2mm Ø FRESA = 10mm 60 mm/min

BÁSICO DE FRESAMENTO 21
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NÚMERO DE REVOLUÇÕES(RPM)
VELOCIDADE DE CORTE
AVANÇO

DIÂMETRODA BROCA - AVANÇO

BÁSICO DE FRESAMENTO 22
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Valores orientativos para pressão específica de corte (Ks)
“Ks” em kg / mm²
Resistência a tração kg / mm²
AVANÇO em mm /
MATERIAL Dureza BRINELL
rotação
Kg / mm² HB 0,1 0,2 0,4 0,8
SAE 1010 a 1025 ATÉ 50 ATÉ 140 360 260 190 136
SAE 1030 a 1035 50 a 60 140 a 167 400 290 210 152
SAE 1040 a 1045 60 a 70 167 a 192 420 300 220 156
SAE 1065 75 a 85 207 a 235 440 315 230 164
SAE 1095 85 a 100 235 a 278 460 330 240 172
AÇO FUNDIDO MOLE 30 a 50 96 a 138 320 230 170 124
AÇO FUNDIDO MÉDIO 50 a 70 138 a 192 360 260 190 136
AÇO FUNDIDO DURO Acima de 70 Acima de 192 390 286 205 150
AÇO Mn-Aço Cr-Ni 70 a 85 192 a 235 470 340 245 176
AÇO Cr-Mo 85 a 100 235 a 278 500 360 260 185
AÇO DE LIGA MOLE 100 a 140 278 a 388 530 380 275 200
AÇO DE LIGA DURO 140 a 180 388 a 500 570 410 300 215
AÇO INOXIDÁVEL 60 a 70 167 a 192 520 375 270 192
AÇO FERRAMENTA (HSS) 150 a 180 415 a 500 570 410 300 215
AÇO MANGANES DURO 660 480 360 262
FERRO FUNDIDO MOLE ATÉ 200 190 136 100 72
FERRO FUNDIDO MÉDIO 200 a 250 290 208 150 108
FERRO FUNDIDO DURO 250 a 400 320 230 170 120
FOFO MALEÁVEL (TEMP) 240 175 125 92
ALUMÍNIO 40 130 90 65 48
COBRE 210 152 110 80
COBRE COM LIGA 190 136 100 72
LATÃO 80 a 120 160 115 85 60
BRONZE VERMELHO 140 100 70 62
BRONZE FUNDIDO 340 245 180 128

BÁSICO DE FRESAMENTO 23
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