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Material didático extraído dos módulos “Manuais de Máquinas CNC, Ensaios de materiais, Elementos de Máquinas e
Processos de Fabricação”, Tele curso profissionalizante 2000.
E-mail: senaitu@sp.senai.br
Programação e Operação de Torno CNC
Programação e Operação de Torno CNC
Sumário
Apresentação ................................................................................................................................... 07
Informações Preliminares sobre Máquinas as CNC ...................................................................... 09
Informações Preliminares para a programação das máquinas CNC .............................................. 15
Características das Máquinas CNC ................................................................................................ 17
Conceitos Básicos ........................................................................................................................... 21
Revisão Matemática ........................................................................................................................ 23
Referência Máquina, Ponto de Referência e Zero Peça ................................................................. 37
Sistema de Coordenadas ................................................................................................................ 41
Gerenciamento de Arquivo de Peças .............................................................................................. 49
Funções de Programações ............................................................................................................. 51
• Tipos de Funções, Códigos Especiais e Funções Preparatórias ....................................... 51
• Função G00 – Posicionamento Rápido .............................................................................. 54
• Função G01 – Interpolação Linear com Avanço Programado ........................................... 54
• Função G02/G03 – Interpolação Circulares ....................................................................... 54
• Função ,R/ ,C – Arredondamento e Quebra de Canto ....................................................... 57
• Função G33 – Ciclo de Roscamento passo a passo ......................................................... 57
• Função G04 – Tempo de Permanência (Dwell) ................................................................. 60
• Compensação do Raio da Ponta da Ferramenta G40/G41/G42 ....................................... 60
• Quadrante de Ferramenta Para compensação .................................................................. 63
• Função G77 – Ciclo de Torneamento Paralelo .................................................................. 65
• Função G77 – Ciclo de Torneamento Cônico .................................................................... 66
• Função G78 – Ciclo de Roscamento Semiautomático....................................................... 67
• Função G79 – Ciclo de Faceamento Paralelo ................................................................... 69
• Função G79 – Ciclo de Faceamento Cônico ..................................................................... 70
• Função G70 – Ciclo de Acabamento.................................................................................. 71
• Função G71 – Ciclo de Automático de Desbaste Longitudinal .......................................... 71
• Função G72 – Ciclo de Automático de Desbaste Transversal .......................................... 73
• Função G73 – Ciclo de Automático de Desbaste Paralelo ao Perfil .................................. 75
• Função G74 – Ciclo de Furação......................................................................................... 77
• Função G74 – Ciclo de Torneamento ............................................................................... 78
• Função G75 – Ciclo de Canais ........................................................................................... 79
• Função G75 – Ciclo de Faceamento .................................................................................. 80
Programação e Operação de Torno CNC
Apresentação
O objetivo deste material é fornecer informações para a programação de máquinas de usinagem por
comando numérico.
A usinagem por CNC é, no momento, o que há de mais avançado para a automação do processo de
fabricação, e visa conferir à peça: forma, dimensões, rugosidade, ou, ainda, uma combinação qualquer destes
itens, dentro de tolerâncias dimensionais e geométricas especificadas em um projeto, com maior rapidez para
atender às demandas tanto no que diz respeito à produção como também à qualidade.
Este material reúne definições, conceitos e aplicações das máquinas CNC, com ênfase na parte de
programação, tratando de códigos de linguagem EIA/ISO, ciclos fixos de usinagem, estrutura de programas
e demais requisitos que permitam uma melhor utilização dos equipamentos.
Aspectos históricos
O comando numérico computadorizado (CNC) é uma técnica que permite a operação automática de
uma máquina ou de um processo por meio de uma série de instruções codificadas que contêm números,
letras e outros símbolos.
Esta nova tecnologia foi originalmente desenvolvida para controle automático de máquinas-
ferramentas, mas sua aplicação tem sido estendida para uma grande variedade de máquinas e processos.
Uma das maiores contribuições desta nova tecnologia é representada pela facilidade com que se
modifica a forma como as máquinas são automatizadas. As máquinas CNC podem ser facilmente adaptadas
a diferentes situações de produção. Em combinação com a aplicação da tecnologia de computadores, o CNC
abre as portas para a manufatura assistida por computador (CAM).
Até os anos 50, existiam dois tipos de métodos de produção usados na indústria da manufatura:
- Para pequenos e médios volumes de produção, o método se caracterizava por operações manuais,
baixa velocidade de produção e grande diversidade de partes ou produtos.
- Para grandes volumes de produção, o método se caracterizava por operação automática, e era usado
em máquinas-ferramenta especialmente projetadas para fazer tipos simples de peças com qualidade
consistente, em grandes quantidades e em altas velocidades de produção. Por exemplo: uma
máquina automática para fazer parafusos dificilmente poderia ser ajustada para fazer outros tipos de
peças.
A primeira máquina CN
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Além das considerações anteriores, o fato que realmente impulsionou o desenvolvimento deste novo
sistema de controle foi a necessidade que teve a Força Aérea dos Estados Unidos de projetar uma nova
aeronave. Um problema crítico na manufatura deste veículo era a exigência de se obter um perfil muito preciso
da peça usinada. Esta exigência excedia a capacidade das fresadoras convencionais.
Alguns anos antes, durante a segunda guerra mundial, a Corporação Parsons utilizava uma mesa de
coordenadas para mover a mesa de uma fresadora nas direções longitudinal e transversal, simultaneamente
(conhecido como interpolação em dois eixos), com o auxílio de dois operadores. Baseado nessa experiência,
John Parsons propôs a geração dos dados de posicionamento tridimensional da ferramenta a partir do perfil
da peça, e estes dados seriam usados para controlar os movimentos da máquina-ferramenta. Para projetar
esse novo sistema de controle da máquina, Parsons subcontratou o laboratório de Servomecanismos do MIT.
(Massachusetts Institute of Technology).
A primeira fresadora com três eixos de movimentos simultâneos, controlados por um novo tipo de
sistema de controle, foi construída pelo MIT em 1952. Fora reformada (retrofitting) uma fresadora vertical
Cincinnati Hydrotel para receber a unidade de controle, que usava válvulas de vácuo e era muito volumosa;
como sistema de armazenamento do programa de usinagem, utilizava uma fita perfurada. Este programa
consistia numa sequência de instruções de máquina, elaborado em código numérico. Por este motivo, foi
chamada de máquina de controle numérico “CN”.
Esta máquina demonstrou que as peças podiam ser feitas numa velocidade maior, com uma precisão
e repetibilidade no posicionamento de 3 a 5 vezes maior que a obtida em máquinas convencionais. Deixaram
de ser necessários o uso de gabaritos e as trocas de elementos da máquina para usinar peças diferentes.
Bastava alterar as instruções no programa e perfurar uma nova fita.
Tomando como base essa experiência, a Força Aérea dos Estados Unidos fez um contrato para a
construção de 100 fresadoras CN com diversas empresas. O objetivo era reduzir o risco de adquirir um
sistema deficiente. Entre 1958 e 1960, foram construídos diferentes tipos de sistemas de controle por quatro
diferentes empresas (Bendix, GE, General Dynamics, EMI). Os comandos construídos eram do tipo digital e
mostravam eficiência. Essa estratégia resultou numa diversidade de projetos de controles. Além da Força
Aérea, diversas companhias do ramo aeronáutico adotaram máquinas com esses novos comandos, fato que
originou um problema na intercambiabilidade de programas, porque não existia uma padronização de
linguagem e cada fabricante adotava a sua. Esse problema permanece até hoje, embora em menor grau,
devido à normalização (EIA / ISO).
Essas máquinas eram completamente novas para o usuário e requeriam tratamento totalmente
diferente do realizado pelo profissional em máquinas convencionais. O pessoal técnico das empresas
usuárias destas novas máquinas não havia ainda se conscientizado da nova realidade. Como resultado,
muitas máquinas foram danificadas por programação e operação erradas.
Eram frequentes as falhas no CN porque o projeto do sistema eletrônico não era tão confiável como
é atualmente. Em vista desses problemas, muitos usuários de máquinas CN deixaram de utilizá-las. Foi
necessário um esforço muito grande no tocante à capacitação do trabalhador e à melhoria do produto para
convencer os usuários da importância de continuar usando a nova tecnologia.
Ocorre que o equipamento CN e o material para usinagem e manutenção têm custo elevado e, mesmo
que a instalação estivesse disponível, o uso das máquinas era bastante restrito devido a problemas de quebra
de ferramentas e de danos nos componentes mecânicos surgidos nos treinamentos.
Para tentar minimizar esses problemas, surgiu a ideia da simulação do processo de usinagem como
alternativa efetiva. Os primeiros simuladores desenvolvidos foram simuladores mecânicos. Umstattd, em
1970, desenvolveu um simulador para furadeira que consistia num dispositivo operado eletromecanicamente.
Por sua vez, Rummell, em 1972, desenvolveu um simulador, modificando uma furadeira cuja mesa
de posicionamento com dois eixos de movimento era operada manualmente.
Ambos os pesquisadores da Universidade do Texas A&M comprovaram que não havia diferença
significativa entre o uso da máquina CN e o simulador. Ambos foram igualmente eficientes no ensino da
técnica de programação. Nos dois casos, os simuladores consistiram em máquinas convencionais,
modificadas para servirem como simuladores.
Um simulador semelhante ao que conhecemos atualmente como plotter, no qual uma caneta
substituía a ferramenta de corte, foi desenvolvido pela Pratt & Whitney Aircraft Co.
A desvantagem do uso dos simuladores mecânicos era a de serem tão caros quanto às próprias
máquinas CN. A evolução da microeletrônica levou ao aparecimento do comando numérico computadorizado
(CNC). Não era mais necessária a leitora de fitas perfuradas e os programas podiam ser armazenados na
memória do CNC. Esta nova tecnologia possibilitou a implementação de “simuladores gráficos” no próprio
comando.
Era possível, agora, simular o processo de usinagem mediante a geração do caminho da ferramenta
na própria máquina, antes do processo de usinagem. Isto era de grande ajuda no processo produtivo, mas,
para a função de treinamento, era necessário dispor da máquina, o que nos leva novamente ao ponto de
partida. Mesmo dispondo dela, ocorriam horas de máquina parada.
Flexibilidade
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Esta é a maior vantagem das máquinas CNC em relação às máquinas automáticas, controladas por
cames e dispositivos mecânicos. As máquinas CNC podem ser rapidamente reprogramadas para realizar
outro tipo de operação. Nas máquinas automáticas, a reprogramação é muito mais demorada e muito limitada
devido à necessidade de se mudarem os elementos mecânicos.
As máquinas CNC realizam operações tridimensionais (3D) de usinagem, que antes eram impossíveis
de se obter.
Precisão e repetibilidade
Devido à elevada repetibilidade das máquinas, é possível usinar muitas peças com as mesmas
características dimensionais, sem desvios. Os componentes mecânicos (fusos de esferas recirculantes, guias
lineares, rolamentos pré-carregados, etc.) e o sistema de controle da máquina CNC possibilitam atingir
precisão na faixa de milésimos de milímetro.
Os custos com inspeção de peças são menores, devido à precisão e à repetibilidade. É importante
que a primeira peça produzida seja verificada cuidadosamente. Durante o processo, é necessário somente
verificar o desgaste das ferramentas, que pode ocasionar desvios nas medidas desejadas.
Estas máquinas possibilitam o controle da rotação e da velocidade de avanço via programa, o que
permite se obtiver melhores acabamentos superficiais, especialmente no torneamento, em que o uso da
velocidade de corte constante é possível.
As máquinas convencionais requerem gabaritos e fixações especiais que são caros, levam muito
tempo para serem fabricadas e são difíceis de modificar. As máquinas CNC não precisam de gabaritos: o
comando controla o percurso da ferramenta. As fixações necessárias e as ferramentas de corte são simples.
Regras de segurança
Em estudo feito durante as décadas de 60 e 70, a máquina CNC foi considerada uma das mais
perigosas quanto à operação. É máquina computadorizada e só funciona com a ordem do ser humano, o
operador. Quando o ser humano emite uma ordem, a máquina simplesmente obedece. Ela por si não sabe
diferenciar o que é certo ou o que é errado. Por esse motivo, o responsável pela máquina equipada com CNC
deve ser muito bem preparado quanto às operações e as regras, de segurança pessoal e do equipamento,
para poder assumir as responsabilidades que a máquina CNC exige.
- Trajar os EPI’s (Equipamento de Proteção Individual). Óculos de segurança, roupas, luvas e sapatos
adequados para ambiente de produção em usinagem.
- Não trajar: anéis, brincos, piercing, pulseiras, relógio de pulso, colar, roupas demasiadamente largas
ou qualquer objeto que possa provocar armadilhas ao operário durante o trabalho.
- Cabelos compridos devem ser amarrados e presos por redes ou por sua própria roupa.
- Tomada de decisão. O operador deve saber, antes de emitir a ordem de partida de comando para a
máquina, quais serão os movimentos que a máquina irá executar com o comando. Só depois de
saber, pode emitir a ordem de partida.
- Não operar máquinas CNC com portas abertas.
- Ter certeza do funcionamento dos limites de segurança da máquina.
Regras de manutenção
Toda máquina equipada com CNC é montada com elementos de alta precisão, qualidade e
confiabilidade. Geralmente muito cara e delicada. Para garantir seu bom funcionamento, sempre conforme a
necessidade é necessária a atenção para com a manutenção. Apresentamos a seguir itens considerados
importantes para a manutenção.
- Sistemática – Manutenção que deve ser feita diariamente após seu uso.
- Conservação – São cuidados apresentados no plano de manutenção.
- Lubrificação – Internamente é feita através de central. O nível baixo do reservatório de óleo provoca
erro e a máquina para. Ele deve ser mantido sempre acima do mínimo para manter a máquina ativa.
As partes que não recebem pinturas devem ser mantidas cobertas com uma película protetora de
lubrificante apropriado evitando assim a oxidação prematura.
- Preventiva – São itens que devem ser verificados periodicamente conforme o plano de manutenção
da máquina.
- Preditiva – Técnica que permite determinar um problema logo em seu inicio (Analise de ruído, analise
de comportamentos, análise de vibração, termo grafia, ferro-grafia, análise de óleo, ultrassom, etc.).
Conclusão
Hoje, na segunda década do século XXI, podemos concluir que CNC pode ser visto por diferentes
pontos de vista.
CNC é uma filosofia que exige mudanças na organização de uma empresa. Ela atinge todos os
departamentos da empresa, desde o departamento de compras até o departamento de expedição.
Definir as fases de usinagem de cada peça a ser executada, estabelecendo assim o que fazer e
quando fizer.
Em função do material a ser usinado, buscar juntos ao fabricante de ferramentas, os dados de cortes
como avanço (F), rotação(S) e profundidade de corte (Ap).
Além destes itens, o programa para centro de usinagem poderá conter sub-rotinas ou
subprogramas.
Aspectos construtivos
As altas velocidades de corte e forças de usinagem exigem uma estrutura da máquina muito mais
estável e sem vibrações. Este fator foi melhorado com bases mais nervuradas, enchimento com areia nos
espaços vazios e atualmente há fabricantes utilizando uma mistura de granito granulado com resina epóxi
para confecção de pequenas bases.
Nas máquinas CNC há necessidade de se acelerar e desacelerar com rapidez e obter paradas
precisas.
A resposta rápida e imediata a um comando conseguiu-se com a aplicação dos fusos de esferas
recirculantes que trabalham com pequena folga e baixo atrito.
Barramentos
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- Barramento Convencional - é o barramento deslizante no qual o aço desliza sobre o ferro fundido.
A lubrificação é crítica e por isso o atrito e os desgastes são muito elevados.
- Barramento Hidrostático - o óleo é injetado sobre pressão entre o barramento e as guias, fazendo
com que o carro deslize sobre um colchão de óleo.
- Barramento Roletado - o carro desliza sobre roletes. Isto gera um problema construtivo do
barramento e das guias que devem ter uma dureza elevada, pois a carga que antes era distribuída
em uma superfície é agora localizada sobre as linhas de contato dos roletes e as guias.
- Barramento com Revestimento Antifricção - o barramento é retificado e as guias são preparadas
para receber a resina (Epóxi) que é aplicada em estado pastoso, ficando sólida após 24 horas e
apresentando dureza elevada. A principal característica do produto é que o atrito estático é menor
que o dinâmico.
Tipos de Acionamento
O acionamento do eixo árvore pode ser feito através de um motor de corrente alternada ou corrente
contínua.
- Corrente Alternada - a seleção de rotações é feita por uma caixa de engrenagens. Há a disposição
certo número de rotações.
- Corrente Contínua - as rotações podem ser realizadas sem escalonamentos e controladas através
de um tacômetro.
O programador pode, nesse último caso, dentro do campo de rotações da máquina utilizar qualquer
rotação desejada. Neste caso pode também ser usada velocidade de corte constante.
Sistemas de Medição
Um sistema de medição envia ao comando, a posição real do carro a cada instante. Quando for
atingida a posição memorizada no processador, o computador envia um sinal ao motor que para
imediatamente.
O dispositivo de medição pode ter dois tipos diferentes de escalas para o envio de informações:
- Sistema absoluto de medição - Este sistema utiliza uma escala de medição em forma binária, que
a cada momento mostra a posição exata do carro em relação ao ponto zero peça.
- Sistema Incremental de Medição - Este sistema utiliza uma régua graduada onde o sistema de
medição efetua a contagem do número de campos que passam pelo sensor durante o deslocamento
do carro. Neste sistema, cada vez que se liga a máquina é necessário conduzir o carro para uma
posição conhecida do comando chamado de “ponto de referência”, a partir deste ponto, o comando
tem meios de localizar o carro corretamente.
Em qualquer um dos dois sistemas descritos, a medição pode ser feita de forma direta ou indireta:
- Medição Direta - utiliza uma escala de medição montada no carro ou na mesa da máquina.
Imprecisão dos eixos e dos acionamentos não tem efeito nos resultados da medição, pois o sistema
mostra a posição real do carro ou mesa.
- Medição Indireta - é utilizado um disco acoplado ao eixo da máquina. Conforme o eixo gira, o sistema
efetua a contagem dos campos gravados no disco. Neste sistema as folgas interferem na medição.
Sistemas de Fixação
Fixação de Peças
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Nos tornos é possível programar:
- Movimentos de abertura e fechamento das castanhas, assim como diferentes pressões de fixação.
- Pode-se comandar o contraponto, com avanço e retrocesso do mangote.
- Aproximar, retroceder e abrir a luneta, etc.
- Nas fresadoras, a fixação se dá diretamente sobre a mesa de trabalho ou por meio de dispositivos
para localização rápida e precisa da peça a ser usinada.
- Nos casos de se necessitar uma produção acelerada pode-se utilizar fresadoras equipadas com duas
mesas de trabalho.
Fixação de Ferramentas
A troca de ferramentas pode ser realizada manualmente pelo operador da máquina, ou pode existir
um sistema de troca automática.
- Revolver Ferramenta - A troca é comandada pelo programa. O revolver gira até colocar a ferramenta
desejada em posição de trabalho.
- Magazine de Ferramentas - A troca é realizada com o auxílio de um sistema de garras, que tira a
nova ferramenta do magazine, trocando-a pela ferramenta que estava no eixo de trabalho. Esta por
sua vez é colocada de volta no magazine de ferramentas.
Sistema de Eixos
Nos tornos os dois eixos de avanço X e Z compõem os movimentos dos carros no qual está montado
o suporte de ferramentas.
Nas fresadoras existem três eixos de avanço, X, Y e Z, correspondendo em geral a dois eixos que
compõe o plano de trabalho, e um eixo que compõe a árvore principal (eixo da ferramenta).
O eixo de coordenadas Z coincide em máquinas-ferramenta (conf. DIN 66217) com o eixo da árvore
principal.
Máquinas empregadas na usinagem de peças de forma muito complexas necessitam de mais eixos
definidos:
- Eixos de avanço: U, V e W.
- Eixos rotativos: A B e C.
Interface
No mundo da informática, o termo interface significa qualquer meio ou equipamento pelo qual duas
partes se comunicam. Ex.: monitores, disquetes, teclados, circuitos elétricos e eletrônicos, D.N.C., fitas
perfuradas, etc.
Vídeo
Consiste em um meio (interface), através do qual o comando de uma máquina operatriz de usinagem
consegue transmitir ao usuário desta, os diversos dados sobre o programa em execução, os programas
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armazenados, diagnósticos de defeitos mecânicos, elétricos e eletrônicos, indicação para localização do erro
ou defeito, etc.
Quanto mais evoluído for o comando, maiores serão as possibilidades de saída e melhores e mais
claras serão as respostas emitidas pelo sistema.
Teclado
O teclado do painel eletrônico da própria máquina é outro meio pelo qual o programador ou operador
consegue inserir dados para a máquina, ou o que deseja que ela execute. É a interface que torna possível a
comunicação entre a máquina e o homem, em outras palavras, o teclado deve ser entendido como uma porta
de entrada de dados, tendo por “trás” um esquema eletrônico complexo, que transforma nossa linguagem em
linguagem de máquina.
O teclado possui teclas alfanuméricas: letras, números e caracteres especiais como vírgula, ponto,
barra, etc., e algumas teclas especiais: Enter, Shift, Del, Insert, etc.
D. N. C
O D.N.C. (Comando numérico distribuído, ou Dinamic numeric control), já bastante empregado hoje
nas indústrias, consiste basicamente em um conjunto de máquinas equipadas com CN ou CNC, controladas
ou conectadas por uma unidade central de computador.
A aplicação mais simples hoje do D.N.C., consiste na utilização de um microcomputador cuja principal
finalidade é ser o meio de edição dos programas bem como o meio de armazenamento desses programas
tanto em discos tipo “Winchester” (rígido), como em discos flexíveis. Esse micro é conectado às diversas
máquinas com um sistema de comunicação, desenvolvido principalmente para atuar em área industrial,
possuindo, portanto imunidade aos “ruídos” nessa transmissão.
Além disso, tem uma capacidade de transmitir até certa distância que varia dependendo do tipo de
equipamento, bem como o número de máquinas que podem estar ligadas a essa rede. Este é, portanto o
modelo de D.N.C. com a mais simples configuração tanto de equipamento como nível de controle. O D.N.C.,
neste caso, é o elemento de entrada e saída de dados tanto das máquinas CNC integradas à rede, como dos
computadores na sala de programação.
Fita perfurada
O sistema de entrada de dados através de fita perfurada foi, por volta de 1970, o principal e mais
usado meio de comunicação (interface), entre a máquina e o homem...
“Este sistema foi regulamentado em 1961, pela Eletronic Industries Association EIA”, através da
instrução RS-244 e em 1967 modificada pela RS-244A (DIN 66016). A instrução EIA RS-358 regulamenta a
codificação adotada pela norma ISO. Esta interface hoje em dia se encontra em pleno declínio, tendendo a
desaparecer em pouco tempo, devido ao avanço rápido da informática dando mais rapidez e barateamento
do custo de operação.
Conceitos Básicos
Ao término desta unidade você conhecerá os objetivos da Norma ISO 6983 e, conhecendo a
nomenclatura dos eixos coordenados, poderá realizar cálculos de coordenadas cartesianas. Com esses
conhecimentos, você estará preparado para assimilar os conceitos específicos da estrutura da programação.
A Norma ISO 6983 descreve o formato das instruções do programa para máquinas de Controle
Numérico. Trata-se de um formato geral de programação e não um formato para um tipo de máquina
específica. A flexibilidade desta norma não garante intercambiabilidade de programas entre máquinas. Os
objetivos desta norma são:
Nota: Esta norma dá suficiente liberdade ao fabricante da máquina CNC para adequar a estrutura
dos programas às diversas aplicações na máquina, portanto, é preciso observar cuidadosamente o manual
de programação.
Revisão Matemática
Introdução
- Figuras geométricas;
- Polígonos;
- Medidas angulares;
- Classificação dos ângulos;
- Relações métricas no triângulo retângulo;
- Relações trigonométricas no triângulo retângulo;
- Teorema de Pitágoras;
- Razões trigonométricas em figura plana.
Como vimos em capitulo anterior, “CNC” são todas as informações geométricas e dimensionais de
uma peça, inseridas a um “Comando” possibilitando a automação da operação de usinagem sem a
interferência do homem.
Por esse motivo o profissional que trabalha no chão de fábrica deixou de utilizar as suas habilidades
manuais para desenvolver suas habilidades intelectuais. Para tornar essa realidade viável, os projetos de
máquinas foram revistos e atualizados, e as máquinas equipadas com CNC são construídas obedecendo
rigorosamente às regras de matemática.
Para um melhor aproveitamento do sistema CNC é bom relembrar alguns conceitos importantes da
matemática que ajudará o entendimento de como é construída, como se programa, como se prepara e como
se opera a máquina equipada com CNC.
Figuras geométricas
- Triângulos;
- Quadriláteros;
- Trapézios;
- Paralelogramos;
- Polígonos.
Ortocentro Circuncentro
Mediana
Bissetriz
Trapézio: Na geometria, o trapézio é um quadrilátero com dois lados paralelos, chamamos de base
maior e base menor.
Paralelogramo
Medidas angulares
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Para medir ângulos usamos um instrumento denominado transferidor de ângulos. Ao medirmos um
ângulo, precisamos observar duas linhas básicas:
Ao medirmos um ângulo, colocamos o transferidor sobre ele de modo que a linha horizontal fique
sobre um dos lados do ângulo e a linha vertical encontre o vértice do ângulo que fica sobre a parte graduada.
- Ângulos retos;
- Ângulos agudos;
- Ângulos obtusos;
- Ângulos complementares;
- Ângulos suplementares;
- Ângulos opostos pelo vértice;
- Ângulos alternos internos e externos.
4 – Ângulos complementares: Dois ou mais ângulos são complementares quando a soma de suas
medidas é igual a 90°. Dizemos neste caso que um ângulo é o complemento do outro. Por exemplo, 20º é
complementar de 70º ou 70º é complementar de 20º.
6 – Ângulos opostos pelo vértice: Duas retas que se interceptam dão origem a quatro ângulos
opostos pelo vértice dois a dois. Os ângulos opostos pelo vértice são iguais.
7 – Ângulos alternos internos e externos: Duas retas paralelas interceptadas por outras duas retas
paralelas dão origem a oito ângulos. Quatro são alternos internos e quatro alternos externos.
O triângulo retângulo, como o próprio nome diz, é aquele que tem um ângulo reto. Todo triângulo
retângulo tem três lados. Os dois lados que formam o ângulo de 90º recebem o nome de catetos. O terceiro
lado, é oposto ao ângulo de 90º e ligam às duas extremidades dos catetos, recebe o nome de hipotenusa. Os
dois ângulos formados pela hipotenusa e os catetos, são complementares, ou seja, a soma entre eles é 90º.
Segundo o Teorema de Pitágoras temos: "A soma do quadrado dos Catetos é igual ao quadrado
da Hipotenusa". Matematicamente temos a expressão: Hipotenusa2 = Cateto2 +Cateto2. Utilizando a, b, c
como nome dos lados do triangulo, podemos escrever o teorema de Pitágoras. Veja na figura a seguir.
a 2 = b 2 + c2 a = √𝑏 2 + 𝑐 2
b2 = a2 – c2 Extraindo a raiz quadrada: b = √𝑎2 − 𝑐 2
c2 = a2 – b2
c = √𝑎2 − 𝑐 2
Considerando no triângulo retângulo, qualquer dos lados em relação a um dos ângulos diferente do
ângulo reto (90°), tem as seguintes relações:
Y= 13.279 X= 23.442
Exemplo 3: Dada a o diâmetro da circunferência inscrita na figura abaixo, Calcular o diâmetro “X” da
circunferência inscrita na figura.
C.A.
Cos (30°) =
H.
17.5
X= 2 x 20.207
0.86602 =
Y
17.5 X= 40.415
Y=
0.86602
Y= 20.207
H =___________________________
B =_____________________________
H =_____________________________
C =_____________________________
Ponto de Referência: R.
Este ponto é usado para definir a origem do sistema de coordenadas da máquina. A partir deste ponto,
são determinados todos os outros sistemas e pontos de referência da máquina.
Como o ponto zero da máquina é determinado pelo fabricante, estes, geralmente determinam, para
o torno, o centro da superfície de encosto do eixo árvore (atrás da placa).
Assim sendo, o eixo árvore é representado pelo eixo Z o qual determinará os comprimentos no sentido
longitudinal e, a superfície de encosto, pelo eixo X o qual determinará as dimensões no sentido transversal,
como por exemplo, os diâmetros das peças.
O campo de trabalho encontra-se no lado do sentido positivo dos eixos. Assim sendo, a ferramenta
se afasta da peça quando executa o percurso no sentido positivo dos eixos.
Ponto de Referência: R
Este ponto tem como função fazer a AFERIÇÃO e o CONTROLE do SISTEMA DE MEDIÇÃO dos
movimentos dos CARROS e das FERRAMENTAS.
Ao ligar a máquina, sempre deslocamos o carro até este local, antes de iniciar a usinagem. Este
procedimento define ao comando a posição do carro em relação ao zero da máquina, quando o carro aciona
um sensor que envia um impulso ao comando determinando sua localização.
Para que isso aconteça e necessário sempre que ligar o comando da máquina, fazer com que os
eixos se posicionem sobre o ponto de referência. Normalmente, as maiorias dos comandos CNC estão
preparadas para transmitir uma mensagem para o operador do tipo: "Referência R da Máquina" ou "Sobre
passar o ponto de referência" após o acionamento do comando.
A movimentação dos eixos até o ponto de referência, na maioria das máquinas, é feita
automaticamente.
Este posicionamento é feito em modo manual, pressionando-se as teclas referentes aos eixos da
máquina.
Ao desligar o comando ou, na eventual falta de energia elétrica, o comando perde a referência, isto
é, perde o valor da coordenada da posição dos eixos comandados.
O ponto de referência das ferramentas é determinado pelo fabricante da máquina, que geralmente se
encontra na face de encosto da ferramenta no dispositivo (revólver ferramenta), ou seja, o ponto de ajustagem
da ferramenta E coincide com o ponto de assento da ferramenta N.
Para que a usinagem seja precisa é necessário que o comando conheça as medidas de cada
ferramenta utilizada às quais se baseiam no ponto de referência das mesmas.
No caso de brocas, devemos o indicar o comprimento (L) e o raio da broca (R) A sequência a ser
seguida para memorizar os dados das ferramentas variam de acordo com a máquina e o comando numérico
CNC.
Algumas máquinas possuem biblioteca de dados de ferramenta, onde se armazena as medidas das
ferramentas, quando a máquina não possuir esta página as medidas das ferramentas são introduzidas dentro
do programa de usinagem da peça.
O ponto zero da peça é determinado pelo programador na execução do programa, e define o sistema
de coordenadas da peça em relação ao ponto zero da máquina.
Sua determinação pode ser feita em qualquer ponto da peça. (recomenda-se colocá-lo em um ponto
que facilite transformar as medidas do desenho em valores de coordenadas para programação).
Para peças torneadas, e o ponto zero é determinado na linha de centro do eixo árvore nas faces
direita ou esquerda da peca acabada, que deverá ter seus valores das coordenadas memorizados no
comando CNC quando da preparação da máquina.
É possível, na preparação da máquina, obter-se o zero da peça usando-se uma das ferramentas ou
um padrão de encosto, ambos montados no revólver.
Sistema de Coordenada
Sistema de coordenadas
(Norma DIN-66217). Este sistema garante que a ferramenta pode ser comandada exatamente através
dos percursos que realize porque os pontos na área de trabalho da máquina estão definidos.
Agora temos duas cotas definindo cada ponto, ou seja, uma em relação a cada uma das retas.
Este sistema no qual os eixos formam entre si um ângulo de 90° é chamado de Ortogonal ou
Cartesiano.
Neste sistema as cotas são chamadas de coordenadas, divididas entre abscissas (paralelas ao eixo
X) e ordenadas (paralelas ao eixo Y). Assim, no desenho anterior temos:
Neste sistema, a origem é estabelecida em função da peça a ser executada, ou seja, podemos
estabelecê-la em qualquer ponto do espaço para facilidade de programação.
Como vimos, a origem do sistema foi fixada como sendo os pontos X0, Z0. O ponto X0 é definido pela
linha de centro do eixo-árvore. O ponto Z0 é definido por qualquer linha perpendicular à linha de centro do
eixo-árvore.
Para melhor entendermos este sistema, já visto anteriormente como sistema cartesiano.
Pontos X Z
P1 0 0
P2 20 0
P3 40 20
P4 40 40
P5 20 40
P6 0 20
P7 0 0
Pontos X Z
P1 0 0
P2 20 0
P3 20 20
P4 0 20
P5 -20 0
P6 -20 -20
P7 0 0
Para um sistema tridimensional, são utilizados três eixos perpendiculares (90°) entre si, que podem
ser designados através dos dedos da mão direita.
Nas máquinas ferramentas, o sistema de coordenadas determinado pela regra da mão direita, pode
variar de posição em função do tipo de máquina, mas sempre seguirá a regra apresentada, onde os dedos
apontam o sentido positivo dos eixos imaginários; e o eixo "Z" será coincidente ou paralelo ao eixo árvore
principal.
Para o comando de avanço e penetração nos tornos, bastam apenas dois eixos imaginários. Estes
são designados pelas letras X e Z, onde o eixo X relaciona-se com o diâmetro da peça e o eixo Z,
coincidente com o eixo árvore, relaciona-se com as dimensões longitudinais da peça (comprimentos). Veja
a figura abaixo para esclarecimento do que foi exposto acima.
Todo movimento da ponta da ferramenta é descrito neste plano XZ, em relação a uma origem
preestabelecida (X0, Z0). Lembrar que X é sempre a medida do diâmetro.
NOTA: O Ponto que intercede as duas linhas ou eixos é comumente definido como “ZERO PEÇA” e é
representado pelo símbolo:
Neste sistema, a origem é estabelecida em função da peça a ser executada, ou seja, podemos
estabelecê-la em qualquer ponto do espaço para facilidade de programação. Este processo é denominado
“Zero-peça”.
Como vimos, a origem do sistema foi fixada como sendo os pontos X0, Z0. O ponto X0 é definido pela
linha de centro do eixo árvore. O ponto Z0 é definido por qualquer linha perpendicular à linha de centro do
eixo árvore.
Durante a programação, normalmente a origem (X0, Z0) é preestabelecida no fundo da peça (encosto
das castanhas) ou na face da peça, conforme ilustração abaixo:
Coordenadas absolutas
EIXO
Ponto
X Z
A 0 30
B 30 30
C 50 20
D 70 20
E 80 15
F 80 0
Coordenadas absolutas
EIXO
Ponto
X Z
A 0 0
B 30 0
C 50 -10
D 70 -10
E 80 -15
F 80 -30
80 -30
Após qualquer deslocamento haverá uma nova origem, ou seja, para qualquer ponto atingido pela
ferramenta, a origem das coordenadas passará a ser o ponto alcançado.
Note que o ponto A é a origem do deslocamento para o ponto B e B será origem para um
deslocamento até um ponto C, e assim sucessivamente.
Exemplo de programação:
Coordenadas
Movimento
incrementais
De Para X Z
A B
B C 30 0
C D 20 -10
D E 20 0
E F 10 -5
0 -15
Para um manuseio mais flexível de dados e programas, estes podem ser visualizados, armazenados
e organizados de acordo com diferentes critérios.
Os programas e arquivos são armazenados em diferentes diretórios, ou seja, pastas onde serão
armazenados de acordo com a função ou características.
Exemplos de diretórios:
- Programas;
- Subprogramas;
- Ciclos de usuário;
- Ciclos da Siemens.
Cada programa corresponde a um arquivo e todo o arquivo possui uma extensão, esta por sua vez
informa qual é o tipo de arquivo que estamos trabalhando.
Para armazenarmos os arquivos de programas CNC (máquina), via RS232 (comunicação serial),
devemos endereça-los para os diretórios correspondentes de acordo com o tipo de arquivo a ser armazenado.
%_N_USINAGEM_MPF
;$PATH=/_N_MPF_DIR
Funções de Programações
Tipos de Funções:
- Funções de posicionamento;
- Códigos especiais;
- Funções preparatórias;
- Funções de interpolação.
CÓDIGOS ESPECIAIS
A função N tem por finalidade a numeração sequencial dos blocos de programação e o seu uso é
opcional, ou seja, sua programação é facultativa podendo ou não ser utilizada.
Exemplo: N10...
N20...
N30...
Utilizamos a Função Barra (/) quando for necessário inibir a execução de blocos no programa, sem
alterar a programação.
Geralmente nos tornos CNC define-se o avanço em mm/rotação (função G95), mas este também
pode ser utilizado em mm/min (função G94).
A Função T é usada para selecionar a ferramenta, informando à máquina o seu zeramento (PRE-
SET), o raio do inserto, o sentido de corte e os corretores.
O código “T” deve ser acompanhado de no máximo quatro dígitos em sua programação, sendo que
os dois primeiros dígitos são pertinentes à posição da ferramenta na torre ou suporte (no caso de não haver
o opcional para torre elétrica) e os dois últimos números são pertinentes ao corretor da ferramenta
selecionada.
Exemplo:
T0101
:
T0201
:
T0301
:
Aplicação: Este grupo de funções, também chamadas de “Códigos G”, definem à máquina o que
fazer, preparando-a para executar um tipo de operação, ou para receber uma determinada informação.
MODAIS: São as funções que uma vez programadas permanecem na memória do comando, valendo
para todos os blocos posteriores, a menos que modificados por outra função ou a mesma.
NÃO MODAIS: São as funções que todas as vezes que requeridas, devem ser programadas, ou seja,
são válidas somente no bloco que as contém.
Os eixos se movem para a meta programada com a maior velocidade de avanço disponível na
máquina.
Sintaxe:
G0 X__ Z__
Onde:
OBSERVAÇÃO: No Centur 30D a velocidade do deslocamento rápido é de 10 m/min nos eixos “X” e “Z”.
Com esta função se obtém movimentos retilíneos com qualquer ângulo, calculados através de
coordenadas e com um avanço (F) pré-determinado pelo programador.
Sintaxe:
Onde:
Sintaxe:
G2/G3 X__ Z__ R__ (F__) Ou G2/G3 X__ Z__ I__ K__ (F__)
É possível programar “interpolação circular” até 180 graus através da função R, descriminando o valor
do raio sempre com sinal positivo.
NOTAS:
• As funções I e K são programadas tomando-se como referência a distância do ponto de início da
ferramenta ao centro do arco, dando o sinal correspondente ao movimento.
• A função “I” deve ser programada em raio.
Exemplo de programação:
:
:
N30 G0 X21 Z2
N40 G1 Z0 F.25
N50 X24 Z-1.5
N60 Z-30
N70 G2 X44 Z-40 R10
ou
N70 G2 X44 Z-40 I10 K0
N80 G1 X50 Z-55
N90 X74
N100 G3 X80 Z-58 R3
ou
N100 G3 X80 Z-58 I0 K-3
N110 G1 Z-80
As funções: ,R e ,C são utilizadas para arredondar / chanfrar cantos. Estas funções devem ser
inseridas no bloco de programação do ponto de intersecção entre duas retas.
Sintaxe:
ou
onde:
:
:
N60 G00 X14 Z2
N70 G42
N80 G01 Z0 F.2
N90 G01 X20 ,C2
N100 Z-20 ,R5
N110 X50 ,C1
N120 Z-30
N130 X80 Z-45
N140 X84
N150 G40
N160 T00
N170 G54 G00 X200 Z200
:
Há possibilidade de abrir roscas em diâmetros internos ou externos, sendo elas roscas paralelas ou
cônicas, simples ou de múltiplas entradas, progressivas, etc.
OBSERVAÇÕES:
• Não há necessidade de repetirmos o valor do passo (F) nos blocos posteriores de G33.
• Recomenda-se deixar durante a aproximação uma folga mínima de duas vezes o passo da rosca no eixo
“Z”.
• A função G33 é modal.
%_N_ROSCA_MPF
;$PATH=/_N_MPF_DIR N150 Z3
N10 G291 N160 X28.55
N20 G21 G40 G90 G95 N170 G33 Z-31.5
N30 T00 N180 G0 X35
N40 G55 G0 X200 Z200 N190 Z3
N50 T0101 (ROSCA M30X1.5) N200 X28.15
N60 G97 S1000 M3 N210 G33 Z-31.5
N70 G0 X35 Z3 N220 G0 X35
N80 X29.35 N230 Z3
N90 G33 Z-31.5 F1.5 N240 X28.05
N100 G0 X35 N250 G33 Z-31.5
N110 Z3 N260 G0 X35
N120 X28.95 N270 T00
N130 G33 Z-31.5 N280 G55 G0 X200 Z200
N140 G0 X35 N290 M30
CÁLCULOS:
%_N_ROSCA_MPF
;$PATH=/_N_MPF_DIR N170 G33 Z-31.5 Q0
N10 G291 N180 G0 X35
N20 G21 G40 G90 G95 N190 Z3
N30 T00 N200 X29.35
N40 G54 G0 X180 Z200 N210 G33 Z-31.5 Q180000
N50 T0101 (ROSCA M30X1.0 2 ENTRADA) N220 G0 X35
N60 G97 S1000 M3 N230 Z3
N70 G0 X35 Z3 N240 X28.95
N80 X29.35 N250 G33 Z-31.5 Q180000
N90 G33 Z-31.5 F2.0 Q0 N260 G0 X35
N100 G0 X35 N270 Z3
N110 Z3 N280 X28.7
N120 X28.95 N290 G33 Z-31.5 Q180000
N130 G33 X-31.5 Q0 N300 G0 X35
N140 G0 X35 N310 T00
N150 Z3 N320 G54 G0 X180 Z200
N160 X28.7 N330 M30
CÁLCULOS:
Avanço (F)
Nota: Para rosca com múltiplas entradas é
F = Passo x N° de entradas
necessário fazer o cálculo do avanço (F) da seguinte
F = 1.0 x 2
forma:
F = 2.0
Ou
Ou
G04 X1.5
G04 U1.5
G04 P1500
A Função G41 seleciona o valor da compensação do raio da ponta da ferramenta, estando à esquerda
da peça a ser usinada, vista em relação ao sentido do curso de corte.
NOTA: Para a compensação de raio ser efetuada com êxito é necessário acessar a página de “OFFSET
PARAM / LISTA DE FARRAM.” e informar o raio e o quadrante da ferramenta (capítulo 7.4).
Esta função implica em uma compensação similar à Função G41, exceto que a direção de
compensação é a direita, vista em relação ao sentido do curso de corte.
OBSERVAÇÕES:
• O primeiro deslocamento após a compensação de raio deve ser maior que o valor do raio do inserto
(pastilha).
• A ferramenta não deve estar em contato com o material a ser usinado quando as funções de compensação
forem ativadas no programa.
:
:
:
N60 G00 X34 Z0
N70 G01 X-2 F.2
N80 G00 X27 Z2
N90 G42
N100 G01 X27 Z0 F.2
N110 X30
N120 X50 Z-10
N130 X70
N140 G03 X80 Z-15 R5
N150 G01 X80 Z-17
N160 X84
N170 G40
N180 T00
N190 G54 G00 X200 Z200
:
:
:
:
N60 G01 X74 Z2
N70 G41
N80 G01 Z0 F.2
N90 X70
N100 X30 Z-15
N110 X53,C1
N120 Z-30,R5
N130 X30,C2
N140 Z-72
N150 X27
N160 G40
N170 G00 Z2
N180 T00
N190 G54 G00 X200 Z200
:
:
Ciclos simples
A função G77 pode ser utilizada como ciclo de torneamento paralelo ao eixo “Z”, o qual torneia com
sucessivos passes, até o diâmetro desejado.
%_N_DESBASTE_MPF
:$PATH=/_N_MPF_DIR
N10 G291
N20 G21 G40 G90 G95
N30 T00
N40 G57 G0 X180 Z300
N50 T0101 (DESB.)
N60 G96 S150
N70 G92 S2500 M3
N80 G0 X90 Z2
N90 G77 X84 Z-30 F.3
N100 X78
N110 X72
N120 X66
N130 X60
N140 T00
N150 G57 G0 X180 Z300
N160 M30
Profundidade de corte = 3 mm
Avanço = 0,3 mm/rot
Onde:
OBSERVAÇÃO: No posicionamento da ferramenta no eixo “X”, acrescentar o valor de “R” (no diâmetro),
para definição da coordenada a ser programada, em relação ao material em bruto.
%_N_ROSCA_MPF
:#PATH=/_N_MPF_DIR
N10 G291
N20 G21 G40 G90 G95
N30 T00
N40 G59 G0 X195 Z300
N50 T0201 (DESB.)
N60 G96 S250
N70 G92 S3500 M3
N80 G0 X80 Z2
N90 G77 X76 Z-35 R-5 F.2
N100 X72
N110 X68
N120 X64
N130 X60
N140 T00
N150 G59 G0 X195 Z300
N160 M30
Profundidade de corte = 2 mm
Onde:
- X = diâmetro de roscamento
- Z = posição final de roscamento
- R = valor da conicidade incremental no eixo “X” (rosca cônica)
- F = passo da rosca
%_N_ROSCA_MPF
;$PATH=/_N_MPF_DIR
N10 G291
N20 G21 G40 G90 G95
N30 T00
N40 G58 G0 X200 Z270
N50 T0301 (ROSCA M25X1.5)
N60 G97 S1500 M3
N70 G0 X30 Z3
N80 G78 X24.2 Z-15 F1.5
N90 X23.6
N100 X23.2
N110 X23.05
N120 T00
N130 G58 G0 X200 Z270
N140 M30
PROFUNDIDADE NO EXEMPLO:
1° passe = 0.8mm
2° passe = 0.6mm
3° passe = 0.4mm
4° passe = 0.15mm
CÁLCULOS
%_N_ROSCA_MPF
;$PATH=/_N_MPF_DIR
N10 G291
N20 G21 G40 G90 G95
N30 T00
N40 G54 G0 X170 Z270
N50 T0301 (ROSCA M25X2)
N60 G97 S1500 M3
N70 G0 X28 Z8; (1ª ENTRADA)
N80 G78 X24 Z-23 F4
N90 X23.2
N100 X22.6
N110 X22.4
N120 G00 Z10; (2ª ENTRADA)
N130 G78 X24 Z-23 F4
N140 X23.2
N150 X22.6
N160 X22.4
N170 T00
N180 G54 G0 X170 Z270
N190 M30
PROFUNDIDADES NO EXEMPLO:
1° passe = 1.0mm
2° passe = 0.8mm
3° passe = 0.6mm
4° passe = 0.2mm
CÁLCULOS:
A função G79 descreve seu ciclo paralelo ao eixo “X”, auxiliando nos trabalhos de desbaste como
ciclo de faceamento.
Onde:
Exemplo de programação
%_N_FACEAMENTO_MPF
;$PATH=/_N_MPF_DIR
N10 G291
N20 G21 G40 G90 G95
N30 T00
N40 G59 G0 X200 Z250
N50 T0201 (DESB.)
N60 G96 S350
N70 G92 S3500 M3
N80 G0 X74 Z0
N90 G79 X30 Z-2 F.15
N100 Z-4
N110 Z-6
N120 Z-8
N130 Z-10
N140 Z-12
N150 Z-14
N160 T00
N170 G59 G0 X200 Z250
N180 M30
Onde:
Exemplo de programação
%_N_FACEAMENTO_MPF
;$PATH=/_N_MPF_DIR
N10 G291
N20 G21 G40 G90 G95
N30 T00
N40 G55 G0 X170 Z300
N50 T0201 (DESB.)
N60 G96 S220
N70 G92 S3800 M3
N80 G0 X64 Z5.485
N90 G79 X20 Z2.485 R5.485 F.15
N100 Z-1.485
N110 Z-4.485
N120 Z-7.485
N130 Z-10.485
N140 Z-13.485
N150 Z-15.485
N160 T00
N170 G55 G0 X170 Z300
N180 M30
Cálculo da conicidade
tan α = Cat. Oposto / Cat. Adjac.
Cat. Oposto = tan 14° x 22
Cat. Oposto = 0.2493 x 22
Cat. Oposto = 5.485
Este ciclo é utilizado após a aplicação dos ciclos de desbaste G71, G72 e G73 para dar o acabamento
final da peça sem que o programador necessite repetir toda a sequência do perfil a ser executado.
Onde:
A função F especificada entre o bloco de início do perfil (P) e final do perfil (Q) é válida durante a
utilização do código G70, mas não tem efeito durante a execução dos ciclos de desbaste (G71, G72, e G73).
NOTA: Após a execução do ciclo G70 a ferramenta retorna automaticamente ao ponto utilizado para o
posicionamento.
O ciclo de acabamento ativa a compensação de raio da ponta da ferramenta automaticamente, e por
isso, não é necessária a programação dos comandos G41/G42 no perfil da peça.
Função: G71
A função G71 deve ser programada em dois blocos subsequentes, visto que os valores relativos a
profundidade de corte e sobremetal para acabamento nos eixos transversal e longitudinal são informados
pela função “U” e “W”, respectivamente.
Onde:
%_N_DESBASTE_MPF
;$PATH=/_N_MPF_DIR
N10 G291
N20 G21 G40 G90 G95
N30 T00
N40 G58 G0 X200 Z280
N50 T0101 (DESB. EXT.)
N60 G96 S200
N70 G92 S2500 M3
N80 G0 X80 Z2
N90 G71 U2.5 R2
N100 G71 P110 Q190 U1 W.3 F.25
N110 G0 X16
N120 G1 Z0
N130 X20 Z-2
N140 Z-15
N150 G2 X30 Z-20 R5
N160 G1 X48
N170 X50 Z-21
N180 Z-30
N190 X80 Z-45
N200 G70 P110 Q190 F.2
N210 T00
N220 G58 G0 X200 Z280
N230 M30
OBSERVAÇÕES: No exemplo foi considerado que o desbaste e o acabamento seriam feitos com
a mesma ferramenta.
%_N_DESBASTE_MPF
;$PATH=/_N_MPF_DIR
N10 G291
N20 G21 G40 G90 G95
N30 T00
N40 G59 G0 X190 Z200
N50 T0101 (DESB. INT.)
N60 G96 S200
N70 G92 S2500 M3
N80 G0 X25 Z2
N90 G71 U3 R2
N100 G71 P110 Q180 U-1 W.3 F.3
N110 G0 X83
N120 G1 Z0
N130 X80 Z-1.5
N140 Z-15
N150 X50,C1
N160 Z-25
N170 X30 Z-50
N180 Z-71
N190 T00
N200 G59 G0 X190 Z200
N210 T0201 (ACAB. INTERNO)
N220 G54
N230 G96 S250
N240 G92 S3500 M4
N250 G0 X25 Z2
N260 G70 P110 Q180 F.2
N270 T00
N280 G59 G0 X190 Z200
N290 M30
OBSERVAÇÃO: No exemplo foi considerado que o desbaste e o acabamento seriam feitos com
ferramentas diferentes.
A função G72 deve ser programada em dois blocos subsequentes, visto que os valores relativos à
profundidade de corte e o sobremetal para acabamento no eixo longitudinal são informados pela função “W”.
Onde:
Onde:
%_N_DESBASTE_MPF
;$PATH=/_NMPF_DIR
N10 G291
N20 G21 G40 G90 G95
N30 T00
N40 G54 G0 X200 Z250
N50 T0301 (DESB. EXT.)
N60 G96 S200
N70 G92 S3500 M3
N80 G0 X84 Z1
N90 G72 W2 R1
N100 G72 P110 Q190 U1 W.3 F.25
N110 G0 Z-32
N120 G1 X80
N130 X76 Z-30
N140 X55
N150 Z-16,C1
N160 X38
N170 X28 Z-5
N180 Z-1
N190 X26 Z0
N200 G70 P110 Q190 F.18
N210 T00
N220 G54 G0 X200 Z250
N230 M30
OBSERVAÇÃO: No exemplo foi considerado que o desbaste e o acabamento seriam feitos com a
mesma ferramenta.
%_N_DESBASTE_MPF
;$PATH=/_N_MPF_DIR
N10 G291
N20 G21 G40 G90 G95
N30 T00
N40 G56 G0 X180 Z200
N50 T0701 (DESB. INT.)
N60 G96 S240
N70 G92 S2500 M3
N80 G0 X28 Z1
N90 G72 W2.5 R1.5
N100 G72 P110 Q170 U-1 W.3 F.3
N110 G0 Z-32
N120 G1 X30
N130 X34 Z-30
N140 X43,R3
N150 Z-15,C1
N160 X60
N170 X70 Z0
N180 G70 P110 Q170 F.2
N190 T00
N200 G56 G0 X180 Z200
N210 M30
OBSERVAÇÃO: No exemplo foi considerado que o desbaste e o acabamento seriam feitos com a
mesma ferramenta.
9.4 - FUNÇÃO: G73 – Aplicação: Ciclo automático de desbaste paralelo ao perfil final.
O ciclo G73 permite a usinagem de desbaste completa de uma peça, utilizando-se apenas de dois
blocos de programação.
A função G73 é específica para materiais fundidos e forjados, pois a ferramenta segue sempre um
percurso paralelo ao perfil definido.
- U = direção e quantidade de material a ser removido no eixo “X” por passe (raio).
- W = direção e quantidade de material a ser removido no eixo “Z” por passe.
- R = número de passes em desbaste
OBSERVAÇÃO: Após a execução do ciclo, a ferramenta retorna automaticamente ao ponto utilizado para
o posicionamento.
%_N_DESBASTE_MPF
;$PATH=/_N_MPF_DIR
N10 G291
N20 G21 G40 G90 G95
N30 T00
N40 G55 G0 X200 Z230
N50 T0201 (DESB. EXT.)
N60 G96 S240
N70 G92 S3000 M3
N80 G0 X90 Z5
N90 G73 U2 W1.35 R2
N100 G73 P110 Q170 U2 W.3 F.2
N110 G0 X23 Z2
N120 G1 Z0
N130 X25 Z-1
N140 Z-9
N150 X50 Z-25
N160 Z-45
N170 X80 Z-55
N180 G70 P110 Q170 F.18
N190 T00
N200 G55 G0 X200 Z230
N210 M30
Função: G74
Ciclo de furação.
G74 R__;
Onde:
;$PATH=/_N_MPF_DIR
N10 G291
N30 T00
N70 G0 X0 Z5
N80 G74 R2
N100 T00
N120 M30
Incremento de furação = 15 mm
Onde:
NOTA: Para a execução deste ciclo, deveremos posicionar a ferramenta no diâmetro da primeira
passada.
OBSERVAÇÃO: Após a execução do ciclo a ferramenta retorna automaticamente ao ponto de
posicionamento.
%_N_TORNEAMENTO_MPF
;$PATH=/_N_MPF_DIR
N10 G291
N80 G0 X84 Z2
N100 T00
N110 G55 G0 X200 Z250
N120 M30
G75 R__;
Onde:
%_N_CANAIS_MPF
;$PATH=/_N_MPF_DIR
N10 G291
N30 T00
N90 G75 R2
N110 T00
N130 M30
Onde:
NOTA: Para execução deste ciclo, deveremos posicionar a ferramenta no comprimento do 1º passe de
desbaste.
OBSERVAÇÃO: Após a execução do ciclo a ferramenta retorna automaticamente ao ponto posicionado.
%_N_FACEAMENTO_MPF
;$PATH=/_N_MPF_DIR
N10 G291
N20 G21 G40 G90 G95
N30 T00
N40 G57 G0 X200 Z250
N50 T0701 (DESB.)
N60 G96 S210
N70 G92 S3500 M3
N80 G0 X64 Z-2
N90 G75 X25 Z-30 P19500 Q2000 R1 F.2
N100 T00
N110 G57 G0 X200 Z250
N120 M30
Profundidade de corte = 2 mm
Avanço = 0,2 mm/rot
Onde:
OBSERVAÇÕES:
• O valor mínimo programado para a saída angular deve ser IGUAL A 10, que corresponde a 1 filete cônico.
No caso da não necessidade da saída angular, programar 00.
• A saída angular da ferramenta de rosca neste ciclo é feita sempre a 45º. •
O diâmetro de posicionamento deve ser maior que o diâmetro do final da saída angular.
Exemplo: Para se programar uma rosca M20x2 com uma saída angular igual a 15, o diâmetro final com
saída angular será de 26, portanto, o posicionamento deve ser maior do que 26, assim como mostra a
tabela abaixo:
Programa correto Cálculo:
G00 X27 Z57 Diâmetro final com saída angular
G76 P011560 Q100 R.1 (saída angular x passo x 2) + Diâmetro da rosca
G76 X17.4 Z41 P1300 Q392 F2 (1,5 x 2 x 2 ) + 20 = 26
Onde:
%_N_ROSCA_MPF
;$PATH=/_N_MPF_DIR
N10 G291
N30 T00
N100 T00
N120 M30
CÁLCULOS:
Q = 0.392
%_N_ROSCA_INTERNA_MPF
;$PATH=/_N_MPF_DIR
N10 G291
N20 G21 G40 G90 G95
N30 T00
N40 G54 G0 X200 Z200
N50 T0201 (ROSCA INT. M20X1.5)
N60 G97 S1000 M3
N70 G00 X16 Z4
N80 G76 P010060 Q100 R0.1
N90 G76 X20 Z-43 P975 Q325 F1.5
N100 T00
N110 G54 G0 X200 Z200
N120 M30
CÁLCULOS:
%_N_ROSCA_INTERNA_2E_MPF
;$PATH=/_N_MPF_DIR
N10 G291
N20 G21 G40 G90 G95
N30 T00
N40 G54 G0 X175 Z200
N50 T0201 (ROSCA INT. M25X1.5 2ENTR.)
N60 G97 S1000 M3
N70 G00 X16 Z6 (1ª ENTRADA)
N80 G76 P010060 Q100 R0.1
N90 G76 X20 Z-43 P975 Q325 F3
N100 G00 X16 Z7.5 (2ª ENTRADA)
N110 G76 P010060 Q100 R0.1
N120 G76 X20 Z-43 P975 Q325 F3
N130 T00
N140 G54 G0 X175 Z200
N150 M30
Nota: Para rosca com múltiplas entradas é necessário fazer o cálculo do avanço (F) da seguinte forma:
%_N_ROSCA_CONICA_NPT_MPF
;$PATH=/_N_MPD_DIR
N10 G291
N20 G21 G40 G90 G95
N30 T00
N40 G55 G0 X200 Z270
N50 T0201 (ROSCA NPT)
N60 G97 S1200 M3
N70 G0 X37 Z5
N80 G76 P010060 Q150 R0.12
N90 G76 X29.574 Z-20 P1913 Q479 R-0.778
F2.209
N100 T00
N110 G55 G0 X200 Z270
N120 M30
CÁLCULOS:
Função: G80
Esta função é utilizada para cancelar os ciclos da série G80, ou seja, do G83 ao G85.
Este ciclo permite executar furos com descarga de cavacos e permite programar um tempo de
permanência no ponto final da furação, como vemos a seguir:
Onde:
OBSERVAÇÕES:
• Após a execução do ciclo a ferramenta retorna ao ponto inicial.
• Se “R” não for programado o inicio da furação será executada a partir do “Z” de aproximação.
• Para que o ciclo G83 seja executado com a função de “descarga de cavaco” é necessário efetuar
o seguinte procedimento:
Apertar as teclas “SHIFT” e “SYSTEM ALARM” simultaneamente.
Apertar a softkey [ ].
Apertar a softkey [ DIGITAR SENHA ].
Digitar a senha: CUSTOMER
Apertar a softkey [ TRANSFERIR ].
Apertar a tecla “OFFSET PARAM”
Apertar a softkey [ DADOS DO USUÁRIO ].
Posicionar o cursor (▲, ▼) no parâmetro ZSFR [21]
Digitar o valor para aproximação. Exemplo: 2
Posicionar o cursor (▲, ▼) no parâmetro ZSFI [20]
Digitar “1” para habilitar a função de descarga.
Apertar a tecla “INPUT”
Apertar a softkey [ VOLTAR ].
%_N_FURACAO_MPF
;$PATH=/_N_MPF_DIR
N10 G291
N20 G21 G40 G90 G95
N30 T00
N40 G57 G0 X180 Z300
N50 T0201 (BROCA_DIA_20)
N60 G97 S1500 M3
N70 G0 X0 Z3
N80 G83 Z-68 Q15000 P1500 R-2 F0.12
N90 G80
N100 T00
N110 G57 G0 X180 Z300
N120 M30
Este ciclo permite abrir roscas com macho, utilizando fixação rígida, ou seja, sem suporte flutuante.
Para isso deve-se programar:
G97 S500 M3
M29
Onde:
Exemplo:
%_N_ROSCAR_COM_MACHO_MPF
;$PATH=/_N_MPF_DIR
N10 G291
N20 G21 G40 G90 G95
N30 T00
N40 G56 G0 X190 Z215
N50 T0601 (MACHO RIGIDO M10)
N60 G97 S500 M3
N70 G0 X0 Z4
N80 M29
N90 G84 Z-20 F1.5
N100 G80
N110 T00
N120 G56 G0 X190 Z215
N130 M30
Onde
- Z = Posição final
- F = Avanço
Exemplo:
%_N_MANDRILAR_MPF
;$PATH=/_N_MPF_DIR
N10 G291
N20 G21 G40 G90 G95
N30 T00
N40 G59 G0 X150 Z200
N50 T0801 (MANDRILAR)
N60 G97 S750 M3
N70 G0 X0 Z2
N80 G85 Z-55 F0.5
N90 G80
N100 T00
N110 G59 G0 X150 Z200
N120 M30
Esta função prepara o comando para computar todas as entradas de dados em polegadas.
Esta função prepara o comando para computar todas as entradas de dados em milímetros.
Este código prepara a máquina para executar operações em coordenadas absolutas, tendo uma
origem pré-fixada para a programação. A função G90 é modal e cancela a função G91.
Este código prepara a máquina para executar todas as operações em coordenadas incrementais.
Assim, todas as medidas são feitas através da distância a se deslocar, portanto a origem das coordenadas
de qualquer ponto é o ponto anterior ao deslocamento. A função G91 é modal e cancela a função G90.
A função G92 juntamente com o código S____ (4 dígitos) é utilizada para limitar a máxima rotação do
eixo-árvore (RPM). Geralmente esta função é programada no bloco seguinte ao da função G96, o qual é
usado para programar a velocidade de corte.
A função G92 também pode ser usada para estabelecer nova origem do sistema de coordenadas.
Para isso ela deve ser programada num bloco juntamente com um ou mais eixos da máquina.
Exemplo: G92 Z0; (estabelece uma nova origem do sistema de coordenadas, fixando a posição atual
como “Z0”).
A função G92.1 é usada para cancelar o comando G92. Para isso ela deve ser programada num bloco
juntamente com o eixo a ser cancelado.
Exemplo: G92.1 Z0; (cancela a origem do sistema de coordenadas, correspondente ao eixo “Z”).
Esta função prepara o comando para computar todos os avanços em polegadas/minutos (G20) ou
milímetros/minutos (G21). A função G94 é modal e cancela a função G95.
Esta função prepara o comando para computar todos os avanços em polegadas/rotação (G20) ou
milímetros/rotação (G21). A função G95 é modal e cancela a função G94.
A função G96 seleciona o modo de programação em velocidade de corte constante, onde o cálculo
da RPM é programado pela função “S”.
A função G97 é utilizada para programar uma rotação fixa do spindle (RPM), com o auxílio da função
S e usando um formato (S4).
A variação da RPM pode ser feita através do “Seletor de Rotação do Eixo-Árvore”, podendo ser de
50% até 120% da rotação programada. A função G97 é modal e cancela a função G96.
Desvio incondicional
Função: M99
A programação da função M99 com a função “P”, acompanhado do número do bloco, faz com que o
comando avance/retorne a programação para o bloco indicado por “P”. Quando a função M99 substituir a
M30 no programa principal, o programa será executado seguidamente em “looping”.
Exemplo:
%_N_DESBASTE_MPF
;$PATH=/_N_MPF_DIR
N10 G291
N20 G21 G40 G90 G95
N30 T00
N40 G54 G0 X200 Z250
N50 M99 P240
N60 T0101 (FURAR)
:
:
N230 G54 G0 X200 Z250
N240 T0301 (DESBASTE EXTERNO)
N250 G54
N260 G96 S200
:
:
N680 T00
N690 G54 G0 X200 Z250
N700 M99
Funções: M98/M99
O bloco contendo a função M98 deverá conter também o nome do subprograma como um número
através da função “P”. Ex.: M98 P1001.
O subprograma, por sua vez, deverá ser finalizado com uma função M99, e seu nome deverá conter
4 caracteres numéricos.
M98 P_ _ _ _ _ _ _ _ OU M98 P _ _ _ _ L _ _ _ _
N° de N° do N° do N° de
repetições subprograma subprograma repetições
do do
subprograma subprograma
Exemplo:
Observação: Caso seja omitido o número de repetições, o comando executará o subprograma uma vez.
%_N_PRINCIPAL_MPF %_N_0002_SPF
;$PATH=/_N_MPF_DIR ;$PATH=/_N_SPF_DIR
N10 G291 N10 G0 G91 Z-20
N20 G21 G40 G90 G95 N20 G1 G90 X45 F0.15
: N30 G0 X55
: N40 G91 Z-0.5
: N50 G1 G90 X50
N90 G0 X55 Z10 N60 G91 X-1 Z0.5
N100 M98 P30002 N70 G0 G90 X55
(N100 M98 P2 L3) N80 G91 Z0.5
N110 T00 N90 G1 G90 X50
N120 G54 G0 X250 Z130 N100 G91 X-1 Z-0.5
N130 M30 N110 G0 G90 X55
N120 M99
Referência de Trabalho
(G54 A G59)
A Referência de Trabalho, também conhecida como Zero-Peça, corresponde ao ponto que serve de
origem para o sistema de coordenadas absolutas, ou seja, é o ponto da peça referenciado como “X0” e “Z0”.
Em alguns casos são utilizados mais que uma referência de trabalho num mesmo programa, com o
intuito de facilitar a programação de determinadas peças. Exemplo: para programar a usinagem dos dois
lados de uma peça num mesmo programa recomenda-se usar dois zero-peças para que o programador não
tenha que se preocupar com alguns elementos, tais como sobremetal dos dois lados do material, diferentes
encostos de castanha, etc.
NOTA: Nas máquinas da linha “CENTUR” podem ser referenciados até seis zero-
peças, os quais devem ser feitos manualmente durante o processo de preparação da
máquina.
São eles: G54, G55, G56, G57, G58 e G59.
Exemplo:
Os valores da família G54 devem ser digitados na página “OFFSET PARAM” através da softkey “DESLOCAM.
PTO. ZERO”.
Funções Miscelâneas ou
Auxiliares
As funções miscelâneas são programadas para executar operações e recursos da máquina que não
são abrangidos pelas funções preparatórias.
Sequência da Programação
Manuscrita
Programação Manuscrita
O programador necessita ter consciência de todos os parâmetros envolvidos no processo e obter uma
solução adequada para usinagem de cada tipo de peça. Este deve analisar ainda todos os recursos da
máquina, que serão exigidos quando da execução da peça.
O programador deve ter habilidade para comparar o desenho (peça pronta) com a dimensão desejada
na usinagem com a máquina a Comando Numérico.
Processo a utilizar
É necessário haver uma definição das fases de usinagem para cada peça a ser executada,
estabelecendo-se, assim, o sistema de fixação adequado à usinagem.
A escolha do ferramental é importantíssima, bem como, a sua disposição na torre. É necessário que
o ferramental seja colocado de tal forma que não haja interferência entre si e com o restante da máquina. Um
bom programa depende muito da escolha do ferramental adequado e da fixação deste, de modo conveniente.
São necessários tais conhecimentos por parte do programador, para que este possa enquadrar as
operações de modo a utilizar todos os recursos da máquina e do comando, visando, sempre minimizar os
tempos e fases de operações e ainda garantir a qualidade do produto.
Definição em função do material, dos parâmetros de corte como avanço, velocidade, etc.
Em função do material a ser usinado, bem como da ferramenta utilizada e da operação a ser
executada, o programador deve estabelecer as velocidades de corte, os avanços e as potências requeridas
da máquina. Os cálculos necessários na obtenção de tais parâmetros são os seguintes:
Parâmetros de Corte
CÁLCULOS
Ø𝑝 𝑥 3.14 𝑥 𝑁
𝑉𝐶 =
1000
Onde:
Rotação (N)
Na determinação da velocidade de corte para uma determinada ferramenta efetuar uma usinagem, a
rotação é dada pela fórmula:
𝑉𝑐 𝑥 1000
𝑁=
3.14 𝑥 Ø𝑝
Para evitarmos alguns inconvenientes durante a usinagem tais como sobrecarga do motor e
consequente parada do eixo árvore durante a operação, faz-se necessário um cálculo prévio da potência a
ser consumida, que pode nos ser dada pela fórmula:
𝐾𝑆 𝑥 𝐹𝑁 𝑥 𝐴𝑃 𝑥 𝑉𝐶
𝑁𝐶 =
4500 𝑥 𝜂
Fluxograma de Programação
100 Escola SENAI “Ítalo Bologna” – Itu – SP
Programação e Operação de Torno CNC
*INÍCIO
%_N_NOME_MPF – nome e extensão do programa
;$PATH=/_N_MPF_DIR-diretório de armazenamento do programa
G291-necessário apenas para máquinas com o opcional MMP
G21 G40 G90 G95-bloco de segurança
*TROCA DE FERRAMENTA
T00-Cancela referência da ferramenta
G5_ G00 X_ _ Z_ _ -definição do zero peça (G54-G59)
e ponto de troca da ferramenta .
T_ _ _ _ -número da ferramenta desejada
*PROGRAMAÇÃO EM VCC
G96 S_ _ _ -define valor da vcc (m/min)
G92 S_ _ _ _ M_ _ -define máxima rotação (RPM) e liga o
eixo-árvore (M03 ou M04) .
*PROGRAMAÇÃO EM RPM
G97 S_ _ _ _ M_ _-define a rotação fixa (RPM) e liga eixo-árvore
(M03 ou M04)
*GERAÇÃO DO PERFIL
(instrução de acordo com a criatividade do programador)
*FIM DO PROGRAMA
T00 – Cancela referência da ferramenta
G5_ G00 X_ _ Z_ _ T00-definição do zero peça (G54 – G59)
e ponto de troca de peça .
M30 – fim do programa
Bibliografia