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Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

PROGRAMADOR

OPERADOR

DE

CENTRO DE USINAGEM A CNC

SENAI “Manuel Garcia Filho” 1


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Janeiro / 2010

Material desenvolvido pela Escola SENAI “Manuel Garcia Filho”, para uso nos
cursos de Formação Continuada

Coordenação: Marco Antônio Tomazini


Elaboração: Edilson Candido da Silva
Compilação e Revisão: Edilson Candido da Silva
Digitação e Normalização: José Carlos Angelo

SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

Escola SENAI “Manuel Garcia Filho”


Rua Guatemala, 19
09941 – 140 – Diadema – SP
Fone/Fax : (11) 4076-1888
e-mail: senaidiadema@sp.senai.br

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Sumário

Introdução 5
Apresentação 5
Histórico 6
Tipos de comandos numérico 8
Características de máquinas CNC 9
Elementos de acionamento 14
Meios de entrada e saída de dados 15
Funcionamento das máquinas 19
Comando Mach 25
Comando Fanuc 89
Comando Siemens 163
Exercícios 275
Bibliografia 299

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Introdução

1 – Apresentação

Máquina a comando numérico é aquela que possui um equipamento eletrônico, aqui


tratado como comando, o qual possibilita à mesma a execução de uma seqüência
automática de atividades.

Para efetuar uma usinagem de peças através de uma máquina ferramenta a C.N.C.,
devemos tomar como referência dois itens:

- Deve-se elaborar um programa de um desenho da peça, através de comandos


interpretados pelo C.N.C. Esses comandos estão descritos neste manual na parte
de programação.
- O programa deve ser lido pelo C.N.C. Preparar as ferramentas à peça segundo a
programação desenvolvida, depois deve-se executar o processo de usinagem .
Estes processos estão descritos na parte de operação.

2. Antes de programar é necessário...

2.1. Estudo do desenho da peça, bruta e acabada

Há necessidade de uma análise sobre a viabilidade de execução da peça em conta as


dimensões exigidas quantidades de material a ser removido, ferramental necessário,
fixação do material, etc.

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2.2. Estudos dos métodos e processos

Definir as fases de usinagem de cada peça a ser executada, estabelecendo assim o


que fazer e quando fazer.

2.3.Escolha das ferramentas

A escolha de um bom ferramental é fundamental para um bom aproveitamento do


equipamento, bem como a sua posição no magazine para minimizar o tempo de troca.

2.4.Conhecer os parâmetros físicos da máquina e sua programação

É preciso conhecer todos os recursos de programação disponíveis e a capacidade de


remoção de cavacos, bem como, rotação máxima e número de ferramentas, visando
minimizar tempos de programação e operação.

2.5. Definição dos parâmetros de corte

Em função do material a ser usinado, buscar junto ao fabricante de ferramentas, os


dados de cortes avanço, rotação e profundidade de corte.

3. Introdução

A necessidade de possuir uma máquina com grande flexibilidade, elevada precisão,


aptas a usinar pequenos lotes diferentes entre si e que pudessem livrar o homem do
controle físico das mesmas, determinou o surgimento do comando numérico.

O termo “controle numérico” define que as informações fornecidas a máquina, que são
extraídas do desenho da peça, são memorizadas na forma numérica e processadas
possibilitando o trabalho automático da máquina.

3.1.Histórico

No ano de 1947, um pequeno fabricante de hélices para helicópteros, chamado Jonh


Pasons (USA), projetou uma máquina que tinha seus principais movimentos
comandados por informações numéricas. O objetivo era o de reduzir as operações de
controle das hélices, muito demoradas e dispendiosas. A maquina, uma fresadora por

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coordenadas, tinha os eixos da mesa comandados por cartões perfurados nos quais
estavam codificadas as coordenadas do perfil da peça.

No ano seguinte, a força aérea Americana dedicou-se a solução de problemas que as


máquinas copiadoras não estavam aptas a resolver, sobretudo pelas contínuas
modificações introduzidas nas peças. A força aérea americana se interessou pelos
estudos de Parsons e o governo americano resolveu financiar o projeto com três eixos
controlados. O M.I.T. (massachussetes instituto of tecnology) participou do projeto.

Cinco anos após (1953) o M.I.T. apresentou a fresadora com excelentes resultados,
sendo o sistema de comando chamado de “numeric control”. Devido aos seus
elevados custos, sua difusão se limitava aos setores tecnologicamente mais
avançados, que resultavam trabalhos que só podiam ser obtidos mediante comandos
numéricos contínuos.

No inicio dos anos 60 começou a ser construído um tipo diferente de máquina, com
custos mais baixos, com comando conhecido como ponto a ponto. Ele permitia o
posicionamento sob os eixos de trabalho ao longo do terceiro como uma operação de
furação. Dessa forma o C.N. deixou de ser usado exclusivamente em trabalhos até
então impossíveis de realizar e veio assumir uma posição definitiva e, termos de
melhoria de eficiência e da economia de procedimentos já existentes.

4. Vantagens e desvantagens da utilização das máquinas C.N.

4.1. Vantagens

- Redução dos tempos de preparação de máquina.

- Redução dos custos do ferramental.

- Usinagem de peças complexas em lotes pequenos e/ou variáveis.

- Qualidade dimensional do produto garantida pela máquina.

- Redução dos índices de refugo.

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4.2. Desvantagens

As máquinas C.N. solicitam uma estrutura extra de suporte nas seguintes áreas:

- Projeto de ferramental.
- Medição previa de ferramentas.
- Programação e manutenção.

A maioria das áreas necessita de mão-de-obra especializada, o que eleva o


investimento.

5. Recursos humanos e materiais necessários

Antes de surgirem equipamentos com comando numérico, a seleção e aquisição de


máquinas, tais como: tornos, fresadoras, etc. Eram relativamente simples, de
responsabilidade quase exclusivamente técnica. Porém, no caso de equipamentos
com comando numérico, é necessário o conhecimento prévio daquilo que o sistema
todo oferece, o que é consideravelmente mais complexo do que em equipamentos
convencionais.

5.1. Preparação dos recursos humanos

Embora seja um item pouco debatido, é de fator capital para o engrenamento homem-
máquina. Qualquer setor de comando numérico precisa ser bastante detalhado menos
tolerante quando comparados com métodos de processos convencionais. Uma
máquina C.N. só produz bem rápido com pessoas que compreendem e a operem
adequadamente. Um operador saberá extrair mais da máquina observando quando
uma ferramenta está cortando bem ou não, quando uma peça esta bem fixada ou não,
quando um líquido refrigerante está em condições ou não, se a profundidade de corte
é excessiva ou não, etc... Se ocorrer algum erro na programação ou se agir algum
defeito, é ele quem deve intervir rapidamente para evitar danos. Nota-se que interação
de informações entre operador e programador deve ser muito grande, pois um ajudará
o outro simultaneamente.

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6. Tipos de comando numérico

6.1 Quanto ao comando

- Sistema C.N . O programa é introduzido através de uma leitura exterma (por ex.
fita perfurada). O operador pode iniciar e interromper o programa, porém não pode
modificá-lo.

- Sistema C.N.C. Possui um processador que permite ao operador não somente


iniciar um programa como também programar, introduzir e alterar diretamente no
comando. O princípio dos sistemas C.N. e C.N.C. não diferem na linguagem de
programação no sistema de trabalho da máquina ferramenta.

- Sistema D.N.C. Neste caso um conjunto de máquinas C.N.C. está ligado a um


computador central, que além de conter arquivado todos os programas, ainda
controla diretamente cada máquina, englobando, portanto, a unidade de controle.
Como todo sistema de programação está diretamente dependente do computador
aumenta-se grandemente os recursos de programação, operação e controle.

- Sistema C.N.A.(adaptativo) este sistema além do controle de posição


(dimensional) sob o espaço útil de trabalho, controla também outras variáveis, tais
como: potência, torque, velocidade de corte, etc.

6.2. Quanto ao movimento

Ponto a ponto - Garante o posicionamento segundo os eixos geométricos da


máquina, em movimento rápido e sem trajetória pré-determinada e controlada.

Paraxial (percurso) - Além do posicionamento dos eixos ele garante também a


direção da ferramenta e o avanço de corte. Realiza separadamente os deslocamentos
longitudinal e transversal dos eixos de uma máquina. É indicado apenas para
usinagens paralelas aos eixos da máquina.

Contínuo - É o tipo mais completo, pois realiza, instante por instante, o controle da
posição da ferramenta na trajetória compreendida em dois pontos. Garante o
posicionamento exato e controla a trajetória e o avanço da ferramenta, podendo os
eixos ter movimentos simultâneos e perfeitamente conjugados de modo que se
obtenham quaisquer ângulos ou perfis circulares com qualquer raio.

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7. Características das máquinas C.N.

A simples incorporação de controle numérico as máquinas convencionais não


proporcionam todas as vantagens que o controle numérico pode oferecer.
Uma máquina-ferramenta a comando numérico deve apresentar uma elevada
qualidade de seus componentes sob todos os aspectos ao desgaste, rigidez estrutural,
precisão, funcionalidade, etc... Para atender tais exigências criaram-se elementos
físicos: guias elaboradas em aço temperado, fusos de esferas recirculantes, os
transdutores de posição, os motores de corrente continua. entre os outros. A seguir,
falamos um pouco destes elementos.

7.1. Guias

Chama-se de guia o elemento por onde se conduz dentro de um determinado curso,


um órgão móvel de uma máquina, como por exemplo: uma mesa, um carro ou um
cabeçote. É fundamental numa máquina suas guias apresentarem precisão e alta
resistência, pois suportam elevadas cargas.

Até recentemente a matéria-prima mais usada na fabricação de guias era o ferro


fundido cinzento. Hoje o aço temperado está sendo cada vez mais utilizado, já que ele
confere ao conjunto uma maior vida útil. Existem também guias de ferro fundido
revestidas com material sintético que reduz os atritos.

Nas máquinas atuais procura-se evitar o uso de guias deslizantes devido ao problema
de desgaste. Outro fator negativo que se procura eliminar é o fenômeno conhecido
como “stick-slip” (deslizamento intermitente ), que ocorre as baixas velocidades de
deslocamento (20 mm/s), que são freqüentes quando se está no final de um
posicionamento ou em um deslocamento em pequenos cursos.

Os usos de rolamentos planos ou roletes também solucionam alguns problemas de


deslizamento sobre guias, pois eliminam folgas e reduzem atrito.

No que se refere a guias o que há mais moderno e mais promissor são guias de
sustentação hidrostática, pois neste tipo não existe problema de desgaste,
amortecimento de vibrações e coeficientes de atrito, já que as guias não têm contato.
Ainda existem alguns problemas com estas guias, tais como a variação de película em
função do carregamento e o custo adicional de uma unidade de resfriamento
hidráulico.

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7.2. fusos

Talvez os elementos mais típicos das máquinas C.N. sejam os fusos de esferas
recirculantes

Dentre as vantagens deste fuso em relação ao tradicional, podemos citar:

- Alta eficiência na transmissão do movimento (97%), Menor atrito e


conseqüentemente, menor desgaste;

- Grande redução nas folgas e, portanto, maior precisão (pré-carga);

- Possibilita altas rotações de trabalho, já que o atrito é do tipo rolante;

- Oferece possibilidade de acionamento pelos dois componentes.

Os fusos são muito importantes numa máquina a C.N. não só pelas características de
transmissão e movimento, mais também de suma importância para os Sistemas de
posicionamento e realimentação das máquinas. É de suma importância a conservação
e o bom estado dos fusos de uma máquina, daí os mesmos estarem normalmente
protegidos por capas e proteções.

7.3 Transdutores de posição

Chama-se de transdutor de posição ao elemento de medição capaz de transformar,


contínua e instantaneamente a posição de um órgão móvel de uma máquina em um
sinal elétrico, que por sua vez, é comparado com outro sinal referente a posição a ser
alcançada. É evidente a importância dos transdutores dentro de uma máquina-
ferramenta, daí exigir-se as seguintes características:

- Precisão na transformação do posicionamento em sinal;

- Poder de resolução elevado, ou seja, capacidade de deslocamentos pequenos;

- Repetitividade;

- Sensibilidade: está implícita nas propriedades anteriores, podendo ser descrita


como a relação entre a variação do sinal e o correspondente deslocamento.

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Podemos classificar os tradutores de posição segundo três critérios:

a) Quanto ao principio de medição: Analógico ou Digital.

b) Quanto a forma de processamentos do sinal: Incremental ou Absoluto.

c) Quanto ao local de medição: Direta ou Indireta.

7.4 Tipos de transdutores

Podemos destacar 5 tipos básicos de transdutores de posição que são mais usados
dentro as máquinas de C.N.

1- Resolver .............................................................. Transdutores Analógicos


2- Inductosyn ........................................................... Transdutores Analógicos
3- Shoper...................................................................Transdutores digitais
4- Encoder ............................................................... Transdutores digitais
5- Régua ótica ......................................................... Transdutores digitais

RESOLVER
O resolver funciona comparando dois sinais elétricos produzidos por rotor que possui 2
bobinas dispostas a 90 graus. Com o giro do rotor vai haver uma variação de sinal
proporcional a ele. O resolver é um transdutor absoluto de uma rotação e incremental
para mais uma rotação.

INDUCTOSYN
O inductosyn pode ser definido como Resolver que foi desenrolado e compõe-se de
uma escala linear (normalmente presa ao barramento) e de um cursor (acoplado ao
carro móvel). Com a variação da posição do cursor, vai haver variação proporcional do
sinal. O inductosyn é absoluto de um passo (normalmente = 2,0 mm) e incremental
para medidas maiores que o passo

SHOPPER
É um transdutor digital mais simples e de baixo custo que se aplica em D.N.C. É
constituído por um disco opaco com perfurações padronizadas e espaçadas
uniformemente. Um conjunto de lâmpadas e fotocélulas são montadas e, sempre que
uma abertura passar diante da fotocélula, esta enviará um impulso elétrico, que será
contato eletronicamente. Este sistema tem sua resolução limitada ao número de

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perfurações possíveis de se fazer no disco. Para resolver este problema usa-se um


jogo de lentes condensadoras e ampliadoras, que possibilitam a redução do tamanho
das perfurações.

ENCONDER
É um transmissor digital, absoluto dentro de uma rotação e incremental acima de um
giro. Este tipo de transdutor está sendo cada vez mais utilizado, devido ao seu alto
poder de resolução. Basicamente o principio dos “Encoders” é dividir o disco em
diversas pistas, conforme a figura.

A pista mais interna divide o disco em duas partes a segunda em 4 partes, assim
sucessivamente até a quinta que possui 32 divisões. Agora, se colocarmos um
conjunto de fotocélulas em cada pista, poderemos saber em qual das 32 posições nos
encontramos.

Logicamente não podemos ter muitas faixas em um só disco, então podemos usar dois
Encorders acoplados mecanicamente o que aumentará consideravelmente a sua
resolução.

RÉGUA ÓTICA
Grosso modo podemos dizer que a Régua ótica é uma versão linear do Shopper.
Sobre a mesa da máquina é montada uma régua de vidro, toda demarcada por
pequenos traços eqüidistantes. Num elemento fixo na máquina monta-se o conjunto de

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fotocélulas. Este sistema apesar de ainda ser muito utilizado, apresenta inconveniente
de ser muito suscetível a sujeira.

8. Elementos de acionamento

8.1 Motores

Os motores de acionamento do eixo árvore podem ser Motores Elétricos Assicronos ou


motores de C.C.

Especificamente para tornos, tem sido plicado nos Motores elétricos de C.C com
controle eletrônico de rotação de forma a possibilitar-se a programação com velocidade
de corte constante.

8.2 Servomotores

São elementos de fundamental importância para o funcionamento das máquinas a C.N,


já que adicionam o fuso dos eixos da máquina. Dentre eles podemos destacar:

Motores passo a passo (stepping-motors)

É um tipo que permite, uma vez alimentado adequadamente, executar um passo, ou


seja, uma fração angular do giro de cada vez. Estes servomotores tem limitação de
potência e velocidade, sendo via de regra, empregando apenas em movimento de
posicionamento.

Servomotores de corrente contínua

Atualmente são mais empregados em máquinas a C.N. A característica fundamental é


o torque disponível constante independente da rotação.

Servomotores hidráulicos

Utilizados para grandes potências. Tem como principais vantagens o seu tamanho
reduzido, baixíssimo momento de inércia e instabilidade e sobrecargas. Como
desvantagem apresenta custo elevado. Tempo de resposta (10 X CC), notável
produção de calor e perda de rendimento em rotações mais altas.

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8.3 Tacos geradores

São empregados para a realimentação do circuito de regulagem dos Servomotores, ou


seja, fornece um sinal proporcional a rotação real do motor. Este sinal é comparado
com o programado e a energização do servomotor é reajustada.

8.4 Drives

São elementos que possibilitam o controle contínuo da rotação o servomotor


reajustando energização com sinal recebido dos tacos geradores.

9. Meios de entrada de dados

Entrada de dados é o meio pelo qual as informações são introduzidas no comando da


máquina.

Podemos citar os seguintes meios:

- entrada manual;

- .fita magnética;

- disco magnético;

- cartucho de memória;(UPD);

- fita perfurada;

- microcomputadores.

9.1. Entrada Manual

Neste processo os dados são inseridos na memória via teclado. É recomendado


somente para programas simples e pequenos.

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9.2. Fita magnética

Alguns modelos de comando numérico utilizam esta como entrada de dados (por
exemplo, Naxos). A vantagem e a quantidade de informações em um pequeno espaço.
A principal desvantagem é o cuidado exigido par que o ambiente da oficina não
estrague a gravação.

9.3.Disco magnético

É um disco de grande durabilidade usado para arquivar dados de um programa. É uma


tendência relativamente nova e tem como grande vantagem, além da grande
velocidade de leitura, sua grande densidade de gravação (700m de fita/disco).
Utilizado nas Fresadoras Heller.

9.4. Cartucho de memória

São equipamentos destinados a recepção e transmissão de comandos numéricos e


podem ser ligados a qualquer sistema que tenha um canal de comunicação serial.
Devido a sua pequena capacidade de memória, servem apenas como portadores de
dados, ou seja, transferem de um arquivo maior (p.ex.micro) para as máquinas e vice-
versa.

9.5. Fita perfurada

É ainda o meio mais utilizado para entrada de dados em máquinas a C.N. As


informações são representadas por perfurações padronizadas e organizadas em sua
superfície, que são lidas por sistemas óticos ou mecânicos. Possuem baixa densidade
de gravação e, conseqüentemente, geram grandes arquivos de programas.

9.6. Microcomputadores

É a maneira mais rápida e segura de se alimentar as máquinas a C.N. Nos dias atuais,
a maioria dos comandos possui canal de comunicação serial que permitem a ligação
de maletas portáveis (lap-top), que além de servirem para manutenção dos sistemas,
podem armazenar e transmitir, a qualquer tempo, os programas para as máquinas.
Podemos citar como exemplo os comandos siemens (torno index e retif. Naxos) e os
altus (torno e furadeira nardini). Além disso, podemos também, em casos de sistema
D.N.C. fazermos a alimentação através de cabos de fibra ótica, etc...

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10. Elementos de uma unidade de comando

Unidade de comando é um sistema eletrônico capaz de receber e decodificar


programas e atuar sobre a máquina ferramenta de modo que esta execute as
operações programadas. De um modo geral, uma unidade de comando se compõe de
um decodificador. Vários “buffers” e memórias de trabalho, comparadores, um ou mais
interpolares, um programador e um assinalador de fim de bloco.

10.1. Decodificador

As informações Elementares executáveis pela máquina são apresentadas sob a forma


se sinais elétricos que obedecem a um determinado código.

Cabe ao decodificador:

- Interpretar este código;


- Separar as várias informações contidas no bloco;
- Distribuí-las corretamente para as várias memórias de trabalho.

10.2 Memória de trabalho

Trata-se de uma memória onde determinada informação permanecerá enquanto não


for substituída por outra. Este registrador poderá ser consultado por determinados
elementos do comando, sempre que necessário. Por exemplo: a memória de trabalho
do eixo x conterá o valor que deste eixo deverá atingir.

10.3 Comparador

Faz a comparação entre o valor na memória de trabalho de um eixo com valor


fornecido pelo transdutor de posição associado ao mesmo. Caso exista diferença entre
estes valores, o comparador emitirá um sinal proporcional a ela. Este sinal será
enviado ao acionamento de potência que por sua vez acionará o servo-motor do eixo
em questão cessada a diferença a posição terá sido atingida.

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10.4. Interpolador

Quando executamos uma operação na qual a velocidade e o percurso dos eixos


devem ser controlados constantemente, a Unidade de Comando deverá calcular e
ajustar a velocidade de cada Servo-motor envolvido. Para efetuar estes cálculos,
contamos com o interpolador.

10.5. Buffer

É a memória intermediaria entre o decodificador e a memória de trabalho possibilitando


a mesma um fluxo contínuo de dados, eliminando paradas necessárias a leitura e
decodificação das informações contidas em cada bloco. A transferência de dados já
decodificados e distribuídos dos buffers para as memórias de trabalho se dá em alguns
milésimos de segundo que, comparado com os tempos usados em usinagem, pode ser
considerado instantâneo.

10.6. Programador

Unidade lógica que sincroniza as diversas operações internas de uma unidade de


comando. Ele coordena as atividades de maneira que o processo funcione em perfeita
harmonia, evitando o que o ritmo de entrada das informações para o decodificador seja
maior que sua capacidade de codificar e distribuir cada informação ou evitar que o
decodificador reinicie suas atividades antes que os buffers tenham transferido as
respectivas memórias de trabalho, e assim por diante.

10.7. Assinalador de fim de bloco

Este elemento se acha ligado aos comparadores dos eixos da máquina, bem como aos
acionamentos das funções auxiliares.

Cada um destes emite um sinal do final de sua atividade. Ao receber o ultimo o


assinalador autoriza o programador interno a iniciar um novo ciclo relativo ao bloco
seguinte.

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11. Funcionamento das máquinas CNC

Partiremos do equipamento convencional e iremos até o comando numérico.

Em máquinas operatrizes convencionais o posicionamento das mesas e cabeçote é


feito mediante o emprego de fusos de avanço. Citando como exemplo uma máquina
cujo fuso tinha o passo de 0,25 mm, para deslocarmos 1 mm seria necessário que
déssemos 4 voltas com nosso fuso pois 4 X 0,25=1.

Mas as máquinas são munidas de tambores micrométricos (nônios) que nos dão uma
maior precisão nesses deslocamentos. Supondo que nônio do fuso citado
anteriormente tenha 250 divisões. Então cada divisão terá um deslocamento de 0,001
mm dando, portanto, uma precisão a nossa máquina de 0,001 mm.

Em máquinas a comando numérico o movimento é transmitido aos fusos mediante a


servo-motor, que pe um motor elétrico cujo deslocamento angular é executado através
de pulsos ou comando distinto. Para exemplificar consideramos uma máquina cujo
passo do fuso seja 1 mm. Acoplamos ao fuso um servo motor cujo deslocamento por
pulso é um milésimo de volta: ligamos ao motor pulsante, um simples botão de
campainha por exemplo. Um aperto no botão equivale a um pulso que equivale a um
milésimo de giro no servo motor e sendo o passo do fuso igual a 1 mm teremos então
um deslocamento de 0.001 mm da mesa. Para deslocarmos a mesa 1 mm teríamos
que apertar o botão 1 000 vezes.

É lógico que esse sistema é totalmente inconveniente, está sendo citado para
exemplificação. O importante é que está explicado o sistema de transformação de
valores numéricos em medidas físicas.

As máquinas CNC partem desse principio sendo as mesmas dotadas de equipamentos


eletrônicos que tem várias funções sendo uma delas a geração contínua e
determinada de pulsos através de comandos.

Nas máquinas convencionais normalmente os eixos de avanço são compostos de


roscas trapezoidais o que não nos da tanta precisão e rigidez na usinagem em
qualquer um dos sentidos, tendo também maiores desgastes e possíveis folgas no
decorrer do tempo e na elevada solicitação de trabalho. Por isso foi criado um sistema
muito sofisticado e preciso para máquinas a CNC onde exige-se esforços menores
com maior vida e precisão pois quase não há atrito e os ajustes são perfeitos.

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Nesse sistema a transmissão dos movimentos também é feita através de fusos só que
esses não utilizam rosca trapezoidal e sim “Esferas Recirculantes”.

Esse sistema é composto basicamente de:

- eixo de esferas recirculantes;


- porca de esferas recirculantes:
- esferas:
- o eixo é acoplado ao motor de acionamento que faz com que o mesmo gire e
transmita o movimento para a mesa ou cabeçote através da porca de esferas que
é fixa na mesa ou no cabeçote. No sistema de esferas há uma transferência de
força de atrito e as porcas são pré-tencionadas conseguindo-se assim alta e
repetitiva precisão nos movimentos dos carros principalmente devido a pequenas
folgas que quase inexistentes comparando-se com outros sistemas.

1. Eixo de esferas recirculantes


2. Porca de esferas
3. Anel distanciador
4. Esferas

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Cálculos para dados de corte

RPM = VC. 318 ou RPM = VC . 1000


¬ ¬.∂

VC= RPM . ¬ F= RPM . Z. Fz


318

Onde: RPM = Rotações por minuto


VC = Velocidade de Corte
¬ = Diâmetro da Ferramenta
F = Avanço
Z = N de dentes
Fz = Avanço por dentes
Para roscar: F= Passo. Rotação

Formulas para cálculos

Pitágoras Trigonometria

Sen α = c.o.
Hip

Cos α = c.a.
a2 = b2 + c2
Hip

Tang α = c.o.
c.a.

Exemplos:

- Dados de corte fornecidos pelo fabricante da ferramenta.

- Material a ser usinado: Ferro fundido.

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FERRAMENTA VC Fz RPM F

1 Cabeçote ¬125 (7 pastilhas) 215 0.15

2 Fresa Metal Duro ¬7,8mm (2 cortes) 120 0.1

3 Barra p/ mandrilar ¬50mm 150 0.1

4 Broca c/ ¬ 34mm 160 0.18

5 Fresa helicoidal ¬63mm (4 pastilhas) 100 0.13

6 Broca HSS ¬ 5mm 18 0.07

7 Broca metal duro ¬ 5mm (refr. Interna) 90 0.25

8 Macho HSS M6 6 -

9 Macho metal duro M6 (refr. Interna). 40 -

10 Fresa c/ past. Soldadas ¬25mm (4 cortes) 80 0.1

Sistema de fixação de ferramentas

- Mandril por Fixação Térmica (shirinker) – É o sistema de fixação que se tem por
objetivo teórico, ferramenta e "tool holder" unidos em um corpo só. Consiste
basicamente em se aquecer previamente o cone de fixação do "tool holder" em um
dispositivo apropriado, em condições teóricas pré-estabelecidas, tendo-se com isto,
a dilatação do furo de encaixe da ferramenta. A ferramenta é inserida neste furo
(ferramenta em temperatura ambiente) e faz-se então o resfriamento do conjunto
fixando-se assim a ferramenta. Para se retirar a ferramenta, aquece-se novamente
o conjunto e por diferença de dilatações térmicas do "tool holder" e ferramenta,
pode-se retirá-la.

Pontos positivos:

- Por não possuir partes móveis ou dispositivos assimétricos, é por concepção bem
balanceado.
- Permite taxas de avanço e rotações altas, devido ao baixo grau de
desbalanceamento e sistema rígido de fixação.

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Pontos negativos:

- Requer um mandril para cada ferramenta, devido a fixação ser feita sem elemento
intermediário (bucha).
- Não pode ser "utilizado" para fixar ferramentas de aço rápido (estas não
recomendadas para HSM, mas devido ao fato de ainda se ter no mercado uma
grande gama de ferramentas de metal duro com perfis especiais quando
comparadas ao HSS, existem ainda alguns casos onde podem ser utilizadas),
devido as mesmas terem coeficiente de dilatação diferente e baixa tolerância
dimensional ao comparada com a de metal duro.
- Necessita de um dispositivo de aquecimento para se dilatar termicamente o "tool
holder" e assim, fixar a ferramenta.
- Mandril por fixação hidráulica - Este sistema de fixação consiste em se ter no
"tool holder" na região de encaixe da ferramenta, uma câmara vedada preenchida
por óleo. A fixação da ferramenta é realizada quando se rosqueia um parafuso
alojado no corpo do "tool holder" este, ao ser rosqueado, pressiona o volume
interno de óleo contra as paredes da câmara e esta, podendo-se dilatar somente
na região da ferramenta (similar à uma pinça), dilata-se, fixando-se de forma
eqüalizada à ferramenta. Para se soltar a ferramenta, faz-se o processo inverso.

Pontos positivos:

- Pode-se utilizar um elemento intermediário de fixação (bucha), evitando-se assim


um mandril para cada ferramenta,
- Possui grau de balanceamento razoável, devido ao maior número de elementos de
fixação. Tem como principal limitante, rotações acima de 12000 RPM.
- Fácil montagem da ferramenta, devido a fixação da ferramenta ser realizada
somente por um parafuso de aperto.

Pontos negativos:

- Limite de rotação acima de 12000RPM.

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Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

24 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Comando Mach

Programação e estrutura dos programas - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 26


Caracteres especiais, valores numéricos - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 27
Sistema de coordenadas - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 28
Lista das funções “G” - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 29
Funções utilizadas na programação (Funções M, T, S, F, O, e G) - - - - - - - - - - - - - 30
Interpolação Linear G0 e G1 ------------------------------------- 33
Interpolação Circular G2 e G3- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 35
Função Q- Chanfro e arredondamento - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 37
Tempo de permanência (G4) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 38
Função G5 – Arco Tangente - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 38
Compensação do raio da ferramenta (G40 / G41 / G42)-- - -- - - - - - -- - - - - - - - - - 39
Programação usando ciclo fixo (G81 / G82 / G83 / G84 / G85 / G86) -------- 43
Recursos de sub-programas - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 51
Funções N, H, E, P, L. - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 51
Fator escala G72 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 52
Sistema de rotação G74 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 53
Origem temporária e cancelamento da origem temporária (G92 / G99) - - - - - -- - - 55
Espelhamento de eixos G31 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 56
Auto rotinas G22 / G23 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 57
Círculo de furos G24 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 61
Retângulo de Furos G25 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 63
Fresamento de alojamento G26 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 64
ROMI Discovery 308 – Manual de Operação - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 66

SENAI “Manuel Garcia Filho” 25


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

26 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Programação

O presente material didático do curso “Programação e Operação de Centro de


Usinagem – Aplicado à Discovery”, tem por objetivo fornecer as informações básicas
necessárias para poder programar este Centro de Usinagem com comando Mach5 da
Romi.

As seqüências foram planejadas de forma que facilite o aprendizado. Especialmente


no capítulo correspondente as funções não foram seguidas uma ordem consecutiva,
mas são explicadas na medida que o aluno vai precisando delas para realizar desde
operações simples até outras mais complexas.

Embora as funções usadas pelo comando mach5 estejam dentro da norma ISO, o
presente trabalho não é um curso sobre esta norma, e parte do suposto que o aluno
conhece os conceitos básicos da ISO. O aluno encontrará muita semelhança com
outros comandos que seguem esta norma, mas deve lembrar que a mesma permite a
cada fabricante implementar funções particulares que diferenciam um comando de
outro.

2 - Estrutura do programa

As informações necessárias para o sistema são passadas através do programa. O


programa é constituído de uma série de blocos de dados. Cada bloco de dados é
definido em uma linha do programa. O bloco de dados é constituído de palavras, onde
cada palavra define as operações que o controle deve executar. Cada palavra é
constituída de um endereço e de um número. Um exemplo de bloco de dados é: G1
X54.2 Y-3.1 F120# Onde o carácter “#” indica o fim do bloco ( tecla “EOB) da máquina).

SENAI “Manuel Garcia Filho” 27


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

2.1- Caracteres Especiais

(#)- Fim de bloco:

Todo bloco deve apresentar um caracter que indique o fim do bloco (EOB – END OF
BLOCO).

(;) – Comentário:

Os caracteres ponto e vírgula permitem a inserção de comentários. Os caracteres que


vierem após um ponto e vírgula são considerados comentários, e ignorados pelo
comando.
Para atribuir um nome a um programa, o primeiro bloco de dados do programa deve
ser um comentário, cujo conteúdo é o nome do programa.

2.2 – Valores numéricos

O comando trabalha com 7 numéricos para as palavras de posicionamento, utilizando


4 dígitos após o ponto decimal para polegadas e 3 dígitos para o sistema métrico.

O comando trabalha com milésimos de milímetro (um) para palavras de


posicionamento sem ponto decimal, ou com milímetros, para palavras de
posicionamento com ponto decimal. Por exemplo, para se programar um deslocamento
de 10 mm em X, digita-se:

G1 X10.#

ou

G1 X10000#

28 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

3 - Sistema de coordenadas

ABSOLUTAS: As coordenadas de cada ponto a serem atingidas pela ferramenta são


dadas tomando-se como referência o zero-peça (origem).

INCREMENTAIS: As coordenadas de cada ponto são dadas tomando-se como


referência o ponto anterior de localização da mesma.

Sistema de Coordenadas Absolutas e Incrementais:

Meta Coordenada Absoluta Coordenanda Incrementais


De Para X Y X Y
A B
B C
C D
D A

SENAI “Manuel Garcia Filho” 29


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

4 - Funções G usadas no comando MACH5 da máquina Discovery 308

CÓGIDO “G” FUNÇÃO


G00 Posicionamento rápido
G01 Interpolação linear
G02 Interpolação circular sentido horário
G03 Interpolação circular sentido anti-horário
G04 Tempo de permanência
G05 Arco-tangente
G10 Desliga vida de ferramenta
G11 Liga vida de ferramenta
G17 Seleção do plano XY
G18 Seleção do plano XZ
G19 Seleção do plano YZ
G22 Interpolação helicoidal
G23 Interpolação helicoidal
G24 Auto-rotina de círculo de furos
G25 Auto-rotina de retângulos de furos
G26 Auto-rotina de fresamento de alojamento
G27 Auto-rotina de fresamento de alojamento com ilha
G29 Executa ciclo fixo
G30 Cancela espelhamento
G31 Espelhamento de eixo
G39 Sub-programa parametrizado
G40 Cancelamento de compensação de raio
G41 Compensação de raio à esquerda
G42 Compensação de raio à direita
G45 Corretor de fixação
G52 Referenciar
G60 Zona de segurança
G62 Contr. Inib.
G66 Contr. Gráfico
G70 Valores em polegada
G71 Valores em milímetro
G72 Função escala
G73 Ponto linha
G74 Rotação
G75 Fresamento de cavidade
G79 Auto-ciclo programável
G80 Cancelamento de ciclo fixo
G81 Ciclo fixo de furação
G82 Ciclo de furação com permanência
G83 Ciclo de furação com descarga
G84 Ciclo fixo de roscar
G85 Ciclo fixo de madrilamento
G86 Ciclo fixo de madrilalemto com saída de eixo parado
G89 Restaura ciclo fixo
G90 Coordenadas absolutas
G91 Coordenadas incrementais
G92 Referência origem temporária
G94 Avanço por tempo
G97 Inibe auto-ciclo
G99 Cancelamento da origem temporária

30 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

5- Funções usadas na programação

5.1 – Funções “M”

As funções “M” ou funções Miscelâneas são utilizadas pelo comando numérico para
ativar algumas funções através do PLC ( controlador lógico programável ), tais como
troca de ferramenta, refrigeração, giro do eixo árvore, etc.

Código “M” Descrição


M00 Parada de programa
M01 Parada opcional de programa
M02 Fim de programa
M03 Liga eixo árvore no sentido horário
M04 Liga eixo no sentido anti-horário
M05 Parada de eixo árvore
M06 Troca automática de ferramentas
M07 Alta Pres. e fer.
M08 Liga de refrigeração
M09 Desliga refrigeração
M19 Orientação
M30 Fim de programa com retorno ao início
M31 Avança TAF
M32 Recua TAF

5.2- Função “T”

A função T chama uma ferramenta para a posição de troca. Em resposta a


especificação do número da ferramenta, o magazine gira para a posição especificada
na letra T.
Exemplo: T 10
O magazine posiciona a ferramenta de número 10.

5.3 – função “S”

A função S controla a rotação do fuso.


Exemplo: S 500
O fuso gira à 500 RPM.

5.4 – função “F”

A função F, controla o avanço da ferramenta cortando material.


Exemplo: F250 ( mm/min )

SENAI “Manuel Garcia Filho” 31


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

A ferramenta ou mesa da máquina se movimenta à 250 mm/min.

5.5 – Função “O” – Corretor do comprimento da ferramenta

A função O é usada para posicionar a ponta da ferramenta na posição do eixo Z


definido no programa, independente dos diferentes comprimentos das ferramentas.

Quando a função O é especificada no programa, o valor do corretor é calculado e a


ponta da ferramenta é posicionada conforme coordenada programada no eixo “Z”. A
mesma regra é usada para compensar o raio de corte da ferramenta quando se
trabalha com G41/G42, para que isso aconteça o valor do diâmetro da fresa por
exemplo, tem que estar registrada na página de corretor da ferramenta.

OBS: este assunto será aprofundado na máquina.

5.6 – Função “G”

O endereço “G”, seguido de um número, define uma palavra que determina os modos
de operação do programa. Os códigos “G”, denominados funções preparatórias, estão
divididos em dois tipos :

32 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

- MODAIS – O código “G” é efetivo ate outro código “G” do mesmo grupo ser
especificado.
- NÃO MODAIS – O código “G” é efetivo somente no bloco no qual foi especificado.
A seguir são apresentadas as principais funções “G”, usadas pelo comando Mach 8.

G70/G71 – valores em polegadas/milímetros

A função G70 indica que todos os valores de comando dos eixos estão em polegadas.
A função G71 indica que os valores estão em milímetros.

G90 – sistema de coordenadas absolutas

Indica que todas as medidas são do tipo absoluto, com referência ao ZERO - PEÇA.
Exceção feita aos endereços de posicionamento referenciados em letras minúsculas,
que se referem aos deslocamentos incrementais.

G91 – Sistema de coordenadas incrementais

Nas medidas incrementais se parte do ZERO – PEÇA. Os valores programados para


os três eixos são referentes à última posição da ferramenta.

G17/G18/G19 – Seleção do plano de trabalho

A escolha do plano de trabalho é necessária quando se trabalha com interpolação


circular e para compensação do raio da ferramenta de corte. A escolha do plano de
trabalho é feita programando-se uma das seguintes palavras:

G17: Plano de trabalho XY


G18: Plano de trabalho XZ
G19: Plano de trabalho YZ

SENAI “Manuel Garcia Filho” 33


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

G00 – posicionamento rápido

Os eixos são movidos em um avanço rápido, para uma certa posição com referência
ao ZERO – PEÇA, ou à uma distância incremental partindo da posição atual, de acordo
com a função “G90” ou “G91” respectivamente estabelecida.
SINTAXE: G00 X...Y...Z...

Onde: X: coordenada “X” do ponto final do movimento


Y: coordenada “Y” do ponto final do movimento
Z: coordenada “Z” do ponto final do movimento

G01 – interpolação linear

A função G01 informa aos eixos para se movimentarem ao longo de uma linha reta a
uma velocidade específica programada com uma função F.
Os eixos são movidos em avanço programado, para uma certa posição com referência
ao ZERO – PEÇA, ou à uma distância incremental partindo da posição atual, de acordo
com a função “G90” ou “G91” respectivamente estabelecida.

Em coordenadas cartesianas:
SINTAXE: G01 X....Y...Z....F....

Onde: X:coordenada “X” do ponto final do movimento


Y:coordenada “Y” do ponto final do movimento
Z:coordenada “Z” do ponto final do movimento
F:velocidade de avanço programada para o movimento XYZ”

Em coordenadas polares:

Quando R, C, I e J forem usados para definir movimentos num bloco de interpolação


linear polar, eles provocam um movimento linear da posição atual dos eixos para o

34 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

ponto final. Este ponto final é conhecido em função do centro polar definido por I e J,
do ângulo C e raio R, como mostrado na figura 1.

Sintaxe: G01 RCIJ

Onde: R: raio
C: ângulo de posicionamento
I,J: coordenadas do centro de posicionamento

Observação:

A taxa de velocidade de avanço para cada eixo é proporcional ao deslocamento no


eixo :

Taxa da velocidade de avanço para o eixo “X” : Fx = (x/L) * F


Taxa da velocidade de avanço para o eixo “Y” : Fy = (z/L) * F
Taxa da velocidade de avanço para o eixo “Z” : Fz = (z/L) * F

Onde: I = √ X 2 + Y 2 + Z 2

Exemplo: G0 X56.252 Y13.095


G01 I20.J30.R60.C25
ou
G01 i-36.252 j 16.904 R60. c50.

SENAI “Manuel Garcia Filho” 35


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

G02/G03 – interpolação circular

Através da interpolação circular, arcos são gerados no sentido horário (G02) ou anti –
horário (G03). O sentido fica determinado olhando-se desde o lado positivo do eixo que
não faz parte do plano de trabalho, previamente definido.
Em coordenadas cartesianas:

SINTAXE: G02 / G03 X...Y...I...J...

Onde: X,Y: coordenadas do ponto final


I,J: coordenadas do centro do arco

Exemplo: em coordenadas absolutas (figura 2 ):

G90#
G0 X56.699 Y50.#
G02 X135.355 Y110.355 I100. J75#

Figura 2: Interpolação circular em coordenadas absolutas

Exemplo: em coordenadas incrementais (figura 3 ):

36 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

G90#
G0 X56.699 Y50.#
G91#
G02 X78.656 Y60.355 i43.301 j25.#

Figura 3: Interpolação circular em coordenadas incrementais

Exemplo: em coordenadas polares:

SINTAXE: G02 / G03 C I J

Onde: C: ângulo do ponto final em relação ao centro do arco


I,J: coordenadas do centro do arco

Exemplo: figura 4.

G90#
G0 X42. Y7.#
G03 I20. J20. C55.
Ou
G03 i-22. j13. c85.579#

SENAI “Manuel Garcia Filho” 37


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

FUNÇÃO Q: Chanfro e arredondamento

Esta função programada juntamente com as funções G1, G2 e G3 provocará a


inserção de um chanfro ou raio, entre o movimento gerado pelo bloco que contém a
função Q e o bloco seguinte.
Se o valor de Q for positivo especificará o raio do arco a ser inserido entre os dois
movimentos, e se o valor de Q for negativo especificará a dimensão do chanfro a ser
inserido entre os dois movimentos.

Exemplo: figura 6.

N60 GXY#
N70 G1 X70. Q10.#
N80 X30. Y50.#
N90 X Q-5.#
N100 Y

Figura 6: Função Q usada com G1

EXEMPLO: figura 7.

N50 GXY#
N60 G1 Y30.#
N70 X10.#
N80 X20. Y20.#
N90 G2 X40. Y0 I20. J0 Q6.#
N100 G1 X0#

Figura 7: Função Q usada com G2

38 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

G04 – Tempo de permanência (DWELL)

Esta função é usada quando se deseja manter os eixos sem movimento por um
determinado tempo. O tempo de permanência, definido pela função F, é modal (ele não
necessita ser reescrito nos blocos G04 subseqüentes).

SINTAXE: G04 F...

Onde: F: Tempo de permanência em segundos

G05 – Arco Tangente

A função G05 permite executar uma interpolação linear e um arco tangente, a partir de
um ponto inicial e uma interpolação linear. A função é modal.

SINTAXE: G05 X ... Y.... Q...

Onde: X,Y: coordenadas do centro do arco


Q: raio do arco
Q (+): sentido anti – horário
Q (-): sentido horário

Exemplo: Figura 8.

G01 XY#
G05 X50.Y20. Q20.#
G01 X95. Y50.#
Y90.#
G05 X55. Y75. Q15.#
G01 X Y30.#
Y#
G40#

Figura 8: Uso da função arco tangente G5

SENAI “Manuel Garcia Filho” 39


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Compensação da Ferramenta (G40 – G41 – G42 )

Na figura 9, para usinar a peça A usando uma ferramenta de raio R, a trajetória da


ferramenta deve ser indicada por B, a qual esta deslocada uma distância R do perfil A .

Perfil B: trajetória do centro da ferramenta

Figura 9: Compensação da ferramenta

Esta situação na qual a ferramenta está deslocada em referência ao contorno da peça,


se denomina COMPENSAÇÃO.
Mediante a função de compensação da ferramenta, o comando calcula a trajetória B
que deve percorrer o centro da ferramenta para obter o perfil de usinagem A . para isto
deve ser introduzido o valor do diâmentro da ferramenta no CNC e indicar se a
ferramenta vai ser deslocada ao lado esquerdo ou ao lado direito da peça.

G40 – Cancela compensação de raio

Este comando cancela a compensação de raio da ferramenta, ou seja cancela os


comandos G41 e G42.

G41 – compensação de raio à esquerda

A função G41 seleciona a compensação de raio quando a ferramenta se posicionar à


esquerda da peça usinada tendo como referência a direção do percurso, como
mostrado na figura 10. G41 é modal e é cancelada pela função G40.

40 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Figura 10: Compensação do raio usando G41

G42 – compensação de raio à direita

A função G42 seleciona a compensação de raio quando a ferramenta se posicionar à


direita da peça usinada, tendo como referência a direção do percurso, como mostrado
na figura 11. A sintaxe é a mesma do G41.

Figura 11: Compensação de raio usando G42

SENAI “Manuel Garcia Filho” 41


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

A figura 12 descreve um movimento interno. Observe que como o centro instantâneo


“C.L.” está sobre o eixo de rotação da ferramenta, o raio de giro é nulo.

Figura 12: Movimento “interno”

A figura 13 descreve um movimento externo. Observe que como o “C.L.” não está
sobre o eixo de rotação da ferramenta, o raio de giro é igual ao raio da ferramenta.

Figura 13: movimento “externo”

42 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Na usinagem de degrau com medida inferior ao raio da ferramenta, o controle


cometerá um erro se execultar um movimento externo seguido de um movimento
interno. Isto acontece porque no movimento externo o comando desloca o centro da
ferramenta um valor igual ao raio.

Neste caso se recomenda fazer primeiro o movimento interno e depois o externo,


como indica a figura 14.

Figura 14Restrições na compensação dos movimentos

Programação usando ciclo fixo

O ciclo fixo simplifica o programa utilizando um só bloco com um código G para


especificar as operações de usinagem normalmente especificadas em vários blocos.
Basicamente tem-se 3 tipos de operações nos ciclos fixos: furação, rosqueamento e
mandrilhamento.
A seguir serão abordados os ciclos fixos disponíveis no Mach5.

G80 – cancelamento de ciclo fixo

A função G80 deve ser programada para cancelar o ciclo fixo ativo.

G81 – ciclo fixo de furação

SENAI “Manuel Garcia Filho” 43


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

O ciclo G81 é utilizado para operações sem descargas em furos ( furação simples ).
As operações contidas neste ciclo são:

- A ferramenta aproxima em avanço rápido ao nível do plano “R”.

- Corta até a profundidade final “Z” em avanço programado em “F”.

- Retrai em avanço rápido ao nível do plano inicial ou plano “R”, dependendo do


valor da variável “P”.

SINTAXE: G81 ZRFP

ONDE: Z: profundidade do furo


R: plano rápido
F: Avanço furando
P: código de retração
P = 0 retração ao plano R
P > 0 retração ao nível Z inicial

Exemplo: figura 15

G0 Z30.#
G81 Z-25. R2. F150#
X20. Y30.#
X50. Y15.#
G80#

Figura 15: G81 – Ciclo fixo de furação

44 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

G82 – Ciclo fixo de furação com permanência

O ciclo G82 é utilizado para operação sem descargas em furos, onde se deseja um
tempo de permanência da ferramenta (“dwell”), no final do corte. As operações
contidas nestes ciclos são:

- A ferramenta aproxima em avanço rápido ao nível do plano “R”


- Corta até a profundidade final “Z” em avanço programado “F”
- Permanece neste ponto um determinado tempo em segundos “D”
- Retrai em avanço rápido ao nível do plano inicial ao plano “R” conforme valor da
variável “P”

SINTAXE: G82 Z R F P D

Onde: Z: Profundidade do furo P= 0 retração ao plano R


R: Plano rápido P > 0 retração ao nível Z inicial
F : avanço furando D: tempo de permanência em segundos
P: código de retração

Exemplo: figura 16

G0 Z30.#
G82 Z-25. R2. F150 D5.#
X50.#
G80#

Figura 16: G82 – Ciclo fixo de furação com permanência

SENAI “Manuel Garcia Filho” 45


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

G83 – Ciclo fixo de furação com descarga

O ciclo G83 é utilizado para operação de furação com descargas, onde se deseja
retrações da descarga, ao nível do ponto “R”. As operações contidas neste ciclo são:

- A ferramenta aproxima em avanço rápido ao nível do ponto “R”


- Corta ate o primeiro incremento de profundidade “I” , a partir do plano “R”, em
avanço programado
- Permanece neste ponto um determinado tempo em segundos “D”
- Retrai em avanço rápido o valor especificado como retração para quebra cavaco
“W”
- Se não for atingida a profundidade “U” a ferramenta retrairá o valor indicado como
retração para quebra cavaco “W”. Se for atingida a profundidade “U”, a ferramenta
retrairá ate o nível “R” ao nível inicial, dependendo do valor da variável “P” e
retorna em avanço rápido ao nível anterior menos “W”
- Corta os demais incrementos com sucessivas retrações e retornos até encontrar o
ponto “Z” final. Cada novo incremento é calculado como o incremento anterior
menos o valor “J”, até atingir o valor mínimo “K”. Uma vez atingindo este valor, o
incremento de profundidade permanece constante
- Uma vez atingida a profundidade final “Z”, a ferramenta retrai em avanço rápido ao
nível do ponto inicial ou ponto “R”

SINTAXE: G83 Z R F P D I J K U W

ONDE: Z: profundidade de furo


R: plano rápido
F: avanço furado
P: código de retração
P = 0 retração ao plano R
P > 0 retração ao nível Z inicial
D: tempo de permanência em segundos
I: primeiro incremento de profundidade, a partir o plano R
J: fator a subtrair do incremento de profundidade
K: último incremento de profundidade
U: profundidade na qual acorrerá uma retração ao plano R. Se não
for programado, a ferramenta retrairá ao plano R após cada
incremento de profundidade
W: retração para quebra cavaco

46 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Exemplo: furação com incremento de profundidade constante (figura 17)


G0 Z25.#
G83 Z-58. R2. F100 D1. I15.#
X30. Y15.#
Y30.#
G80#

Figura 17: G83 – Furação com incremento de profundidade constante

SENAI “Manuel Garcia Filho” 47


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Exemplo: furação com incremento de profundidade variável e retração (figura 18)

G0 Z25.#
G83 Z-58. R2. F100 D1. I15. J5. K5. U30.#
X30. Y15.#
Y30.#
G80#

Figura 18: G83 – Furação com incremento de profundidade variável e retratação

G84 – Ciclo fixo de roscar

A função G84 possibilita a execução de um rosqueamento à direita em um furo com a


utilização de macho para roscar. Se recomenda a utilização de mandril com
compensação.

No inicio do ciclo, o eixo árvore gira no sentido horário, e move-se em avanço rápido
ao plano R, mudando para velocidade de avanço programada até atingir a
profundidade desejada; após isto, a rotação do eixo árvore é revertida
automaticamente, retornando à posição inicial ( ao plano R ou ao Z inicial ).

48 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

SINTAXE: G84 Z R F P D

ONDE: Z: Profundidade do furo


R: Plano rápido
F: avanço furando
F= Passo X Rotação
P: código de retração
P= 0 retração ao plano R
P > 0 retração ao nível Z inicial
D: tempo de permanência em segundos

Exemplo: figura 19

Rotação = 318 rpm


Passo = 1.5 mm
F = 318 x 1.5 = 477mm/min
G0 Z30.#
G84 Z-15. R5. F477#
X25. Y20.#
X40. Y30.#
G80#

Figura 19: G84 – Ciclo fixo de roscar


SENAI “Manuel Garcia Filho” 49
Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

G85 – ciclo de mandrilamento

O ciclo fixo G85 possibilita a execução da operação de mandrilhamento. No início do


ciclo, a ferramenta gira no sentido horário, e move-se em avanço rápido ao plano R,
mudando para velocidade de avanço programada até atingir a profundidade desejada;
Após isto, atua um tempo de permanecia opcional, retornando à posição inicial ( ao
plano R ou Z inicial) em avanço de saída.

SINTAXE: G85 Z R F P D V

Onde: Z: profundidade do furo


R: plano rápido
F: avanço furando
P: código de retração
P= 0 retração ao plano R
P > 0 retração ao nível Z inicial
D: tempo de permanência em segundos
V: avanço de saída. Se não programado assume V = F

Exemplo: figura 20 G0 Z25.#


G85 Z-20 . R2. F40 D1. V150#
X30. Y40.#
Y20.#
G80#

Figura 20: G85 – Ciclo fixo de mandilhamento

50 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

G86 – Ciclo fixo de madrilhamento com saída de eixo parado

A diferença da função G85, o eixo para de girar após o tempo de permanência


opcional, retornando a posição anterior em avanço de saída sem girar.

SINTAXE: G86 ZRFPDV

Onde: Z: profundidade do furo


R: plano rápido
F: avanço furando
P: código de retração
P= 0 retração ao plano R
P > 0 retração ao nível Z inicial
D: tempo de permanência em segundos
V: avanço de saída. Se não programados assume V = F

Exemplo: Figura 21

G0 Z25.#
G86 Z-20. R2. F40 V150#
X30. Y15.#
Y35.#
G80#

Figura 21: G86 – Ciclo fixo de mandrilhamento com saída do eixo parado

SENAI “Manuel Garcia Filho” 51


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Recursos de Sub-programadas e Sub-rotinas

Existem 5 funções que podem ser usadas para especificar desvios dentro de um
programa: Funções N, H, E, P, e L. Esses desvios podem ser usados para alterar e
controlar a seqüência de execução de seus programas.
Um desvio transfere a execução de determinada etapa do programa para uma outra
(por exemplo, um sub-programa). Quando o controle termina a execução da etapa
especificada pelo desvio, ele retorna para o bloco de dados que instruiu o desvio.

Função N – Número de seqüência

Identifica o bloco de dados no qual aparece. Não é necessário programar o número de


seqüência em todos os blocos de dados. São obrigatórios quando usados nas
instruções de desvio especificadas pelas funções H e E.

Função H/E – Desvio/ Fim de sub-rotina

A função H instrui o controle à desviar para o bloco que tem o número de seqüência
(função N) igual ao da função H. A função E especifica o bloco final da sub-rotina. O
controle executa os blocos começando pelo número de bloco especificado juntamente
com a função H e continua ate encontrar um M02, M30 ou o último bloco da sub-rotina
especificado pela função E ( executa ate o bloco a este).

Função P-desvio para sub-programa

Todo programa ou sub-programa armazenado no controle deve ser identificado com


um número “P”. Não existe diferença estrutural entre um programa e um sub-
programa. A única, é que uma instrução de desvio chama um sub-
programa para ser executado através de um programa.
A função P10, por exemplo, especifica um desvio para um sub-programa armazenado
no controle com o mesmo número 10.

Função L – repetição de bloco

A função L num bloco de dados faz com que o bloco de dados seja executado L vezes.

52 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Exemplos:

Para repetir um movimento de eixo.

G01 X-25. L4# Assume modo incremental e executa um movimento de 25 mm


na direção negativa do eixo X um total de 4 vezes.

Para repetir um sub-programa.


P5L4# Executa o programa 5 um total de 4 vezes.

G72 – Ativa fator de escala

A função é usada para ampliar ou reduzir um perfil já definido.

SINTAXE: G72 X... Y... Z...


Onde : X,Y,Z: valores de ampliação ou redução para cada eixo

Exemplo: figura 22

G72 X.5 Y.5 – determina fator de escala de 0.5 para os eixos X e Y


G72 – cancela o fator de escala para todos os eixos

Figura 22: G72 – Ativa fator de escala

SENAI “Manuel Garcia Filho” 53


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Programa Principal (P2)


.
.
. G01 Z-5.F200
G0 X70. Y50. Z5 G91
P2 G1 X30.
G0 X20. Y20. Y30.
G72 X.5 Y.5 X-30.
P2 Y-30.
G72 G90
. G0 Z2.
. M02

G74 – Ativa rotação do sistema de coordenadas

Um perfil programado pode ser rotacionado. Usando – se esta função é possível, por
exemplo, modificar um programa utilizando um comando de rotação, quando a peça
tiver sido colocada com algum ângulo rotacionado em relação à posição programada
originariamente.

SINTAXE: G74 I... J... C... X... Y... P... H... E... L...

Onde: X,Y: movimento em X ou Y que será executado após a rotação dos


eixos
I,J: coordenadas do centro de rotação
C: ângulo de rotação, sentido anti – horário (+), sentido horário (-)
P: número do sub – programa que será executado após a rotação
dos eixos
H,E: início e fim de chamada de sub – rotina
L: número de repetições

Para cancelar o efeito da rotação, programa – se um bloco somente com G74.

54 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

A figura 23 mostra o efeito da rotação sobre o sistema de coordenadas.

Figura 23: Rotação do sistema de coordenadas

Depois que a função G74 for programada, os comandos subseqüentes serão


rotacionados pelo ângulo especificado com C, a partir do ponto especificado através
das funções I J.

As funções de compensação de raio e comprimento de ferramenta permanecem ativas


após o comando G74.

A figura 24 mostra uma rotação do sistema (45º) com deslocamento da origem.

Figura 24

SENAI “Manuel Garcia Filho” 55


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

G92 – referência de origem temporária

Esta função permite definir (ou redefinir) no meio do programa as coordenadas


absolutas do zero – peça. Pode – se através dela, estabelecer o zero – peça numa
posição diferente do zero inicialmente referenciado pelo operador.
Para definir um zero programa, coloca – se um bloco G92 juntamente com as posições
atuais dos eixos em relação ao zero – peça desejado.

Exemplo: G92 X10. Y20. Z-5.

Este bloco define a posição atual dos eixos em relação ao novo zero – peça, o qual
fica definido um ponto localizado a 10 mm no sentido negativo do eixo X, 20 mm no
sentido negativo do eixo Y e 5 mm no sentido positivo do eixo Z em relação à posição
atual.

Outra maneira de trabalhar é mover a ferramenta para a posição desejada e então


definir essa posição como sendo o novo zero – peça, como mostrado no exemplo.

Exemplo: G X-50. Y-30. Deslocamento para o ponto desejado


G92 XY Define o novo zero – peça na posição atual

G99 – Cancelamento de referência temporária

A função G99 cancela a função G92, retornando a origem de coordenadas para a


posição do zero – peça previamente definido. A função G92 é modal e é cancelada
pela função G99 ou por um novo G92.

G30 – Cancela espelhamento de eixo

A função G30 cancela o espelhamento para um eixo especificado, ou para todos os


eixos.

SINTAXE: G30 X Cancela o espelhamento somente para o eixo X


G30 Cancela o espelhamento para todos os eixos

56 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

G31 – espelhamento de eixo

A função G31 inverte o sentido de direção (troca o sinal) dos eixos especificados.
SINTAXE: G31 X Y Ativa o espelhamento para os eixos X e Y

A função G31 permanece em efeito ate ser cancelada por G30.

Exemplo: figura 26

Programa Principal Sub-Programa (P2)


G0 X50. Y50 Z5. G91
P2 G41
G31 X G1 X10. Y10.
P2 Z-2. F100.
G31 Y Y30.
P2 X30.
G 30X Y-10.
P2 X-10.
G30 Y-20.
X-20.
G40
G1 X-10. Y-10.
G90
G0 Z2.
M02

SENAI “Manuel Garcia Filho” 57


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Auto Rotinas

6.0 – Descrição do capítulo

Este capítulo cobre o grupo de funções denominadas auto – rotinas. Auto rotinas são
funções G que programam movimentos complexos da máquina através de um único
bloco. Depois de ler este capitulo, o usuário saberá como programar:

- G22 e G23 – movimentos helicoidais nos sentidos horário e anti – horário, em


planos selecionáveis.

6.1 – interpolação helicoidal G22 E G23

Para formar uma hélice, o controle movimenta dois eixos em um arco, e o terceiro eixo
em linha reta. Pode – se programar um movimento helicoidal com:

- G22 Para um movimento helicoidal no sentido horário.


- G23 Para um movimento helicoidal no sentido anti – horário.

Compensação de raio não é permitida durante um movimento helicoidal. O


programador deverá se certificar que a compensação de raio foi cancelada com G40
antes de executar as funções G22 e G23. Dessa forma, as posições programadas
deverão se referir ao centro da ferramenta.

6.1.1 – Tela para entrada de dados

A tabela a seguir mostra as funções que o controle fornece automaticamente na página


EDIÇÃO PROGRAMADA ( o “prompt” da função ) as quais poderão ser programadas
no bloco da função G22 ou G23.

58 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

PROMPT DESCRIÇÃO
HELICE HOR G22
X CTR OU/VER 1 “I” informa a coordenada X do centro do arco para
os planos XY e XZ ou “I” informa o deslocamento
longitudinal por revolução (passo) quando o plano é
YZ (G19).
X CTR OU/VER J “J” informa a coordenada Y do centro do arco para
s planos XY e YZ ou “J” informa o deslocamento
longitudinal por revolução (passo) quando o plano é
YZ (G18).
X CTR OU/VER K “K” informa a coordenada Z do centro do arco para
os planos XZ e YZ ou “K” informa o deslocamento
longitudinal por revolução (passo) quando o plano é
YZ (G17).
X PTO FINAL X “X” informa a coordenada X final do movimento
linear no plano YZ (G19).
X PTO FINAL Y “Y” informa a coordenada Y final do movimento
linear no plano XZ (G18).
Z PTO FINAL Z “Z” informa a coordenada Z final do movimento
Linear no plano XY (G17).

6.1.2 – Programação da hélice

Para reduzir uma hélice, o controle precisa saber:

Plano do arco

Antes de programar o bloco da hélice, deve – se programar um bloco que chame o


plano em que ocorrerá o movimento circular.

Usam – se:
- G17 para o movimento circular no plano XY.
- G18 para o movimento circular no plano XZ.
- G19 para o movimento circular no plano YZ.

De acordo com o plano em que ocorre o movimento circular da hélice, serão diferentes
os significados das funções “prompsts”. O bloco de hélice programado tem que ter um
formato que seja correto para o plano escolhido, caso contrario, ocorrerá um erro –
“CHEGAR EIXOS E PLANO” – quando for rotado o programa.

SENAI “Manuel Garcia Filho” 59


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

A direção do arco

No bloco da hélice, programa – se:

- G22 para movimento circular no sentido horário, no plano selecionado.


- G23 para o movimento circular no sentido anti – horário, no plano selecionado.

Nota: Sentido horário ou anti – horário tem por definição a vista da direção negativa
do eixo que não faz parte do plano que geram o arco.

Centro do movimento circular

No bloco da hélice, programa – se o centro do arco com:

- I e J para plano XY (G17)


- I e K para plano XZ (G18)
- J e K para plano XZ (G19)

É bom lembrar que as coordenadas do centro do arco são referenciadas no zero


programada no modo absoluto (g90), ou na posição atual dos eixos no modo
incremental (G91).

O deslocamento linear longitudinal por revolução do arco (passo)

No bloco da hélice programa – se o passo através das funções:

- K para o plano XY (G17)


- J para o plano XZ (G18)
- I para o plano (G19)

O valor programado do passo é sempre um incremento, ou seja, ele não possui sinal,
percorrido pelo eixo perpendicular ao plano selecionado que corresponde ao espaço
percorrido durante uma revolução completa do arco ( 360 graus).

Mesmo que uma revolução completa não é desejada, o passo deve ser equivalente ao
círculo de (360 graus).

60 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

A coordenada da profundidade final desejada para o movimento linear

No bloco da hélice, programa – se o movimento do eixo linear através de:

- Z para o plano XY (G17)


- Y para o plano XZ (G18)
- X para o plano YZ (G19)

Pode – se programar o coordenada da profundidade final no modo absoluto (G90) ou


incremental (G91). O movimento do arco pára quando a profundidade final for
encontrada isto significa que os eixos do arco podem parar em qualquer ponto de sua
revolução. As revoluções do arco são determinadas pela fórmula:

N º de revoluções = Comp. Total linear


passo

A tabela a seguir resuma as informações necessárias para programar uma hélice:

Programa-se o
Se o plano circular Centro com Passo com Movimento linear
é total com
XY (G17) IeJ K Z
XZ (G18) IeK J Y
YZ (G19) JeK I X

6.1.3 – Exemplos

Exemplo 01: plano XY

Este programa executa, utilizando um fresa de perfil especial, uma rosca direita em
peça vazada.

SENAI “Manuel Garcia Filho” 61


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

62 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

;- Hélice – XY - # nome do programa


N0010 G90# coordenadas absolutas
N0020 G17# selecionar o plano X Y
N0030 G40# cancela qualquer anterior compensação de raio
N0035 O01 corretor]
N0040 G0 X Y100. Z10.# desloca em rápido para as coordenadas indicadas
N0050 F1200.# define a velocidade de avanço igual a 1200
mm/min
N0060 G22 I50. J100. Z-75. executa uma hélice a partir da posição atual da
K20.# ferramenta com centro em X=50. e Y 100., passo
20. e profundidade final Z = -75
N0070 G01 X50. Y100.# desloca com avanço de trabalho para as
coordenadas indicadas.
N0080 G0 Z0.O# desloca em rápido para a posição Z = 0.
N0090 M02# fim de programa

G24 – Círculo de Furos

Executa automaticamente um padrão circular de furos igualmente espaçados. O G24


substitui as coordenadas usadas para indicar os pontos de furação, quando se utiliza
algum ciclo fixo de furação.

SINTAXE: G24 R C I J W L

Onde: R: raio de furação


C: ângulo do primeiro furo em relação ao eixo X
I,J:coordenadas do centro do círculo
W: número total de pontos em um círculo completo
W(+)  sentido anti-horário
W(-) sentido horário
L: número total de furações que serão executadas

SENAI “Manuel Garcia Filho” 63


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Exemplo: figura 24

G Z30.#
G81 Z-12. R2. F100#
G24 R40.C90. I50. J60. W5 L5#
G80#

Figura 24: G24 – auto-rotina de círculos de furos

G25 – RETÂNGULO DE FUROS

Permite executar um retângulo ou um quadrado de pontos igualmente espaçados. O


G25 substitui as coordenadas usadas para indicar os pontos de furação, quando se
utiliza algum ciclo fixo de furação.

SINTAXE: G25 X Y I J

64 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Onde: X: distância entre pontos ao longo do eixo X


Y: distância entre pontos ao longo do eixo Y
I: número de pontos ao longo do eixo X
J: número de pontos ao longo do eixo Y

Exemplo: figura 25

G X100. Y100. Z10.#


G81 Z-10. R2. F200#
G25 X30. Y-20. I5 J3#
G80#

Figura 25: G25 – Auto-Rotina de retângulos de furos

SENAI “Manuel Garcia Filho” 65


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

G26 – FRESAMENTO DE ALOJAMENTO

Permite usinar alojamentos retangulares, quadrados ou circulares.

ALOJAMENTOS RETANGULARES OU QUADRADOS (FIGURA 26)

SINTAXE: G26 X Y Z I J K W L F H V R

Onde: X,Y: coordenadas do canto oposto do alojamento


Z: profundidade final do alojamento
I,J,K: sobremetal para acabamento ao longo dos eixos X,Y,Z
respectivamente
W: largura de corte ao longo dos eixos XY
L: número de passes no eixo Z
F: avanço de desbaste
H: avanço de acabamento
V: avanço de penetração para o eixo Z
R: raio do canto do alojamento

Figura 26: G26 – Auto-rotina para fresamento de alojamento retangular

66 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Exemplo: figura 27

G0 X20. Y0 Z2.
G26 X100. Y45. Z-3. I.5 J.5 K.5 L2 W5. F150 H100 V50

Figura 27: Fresamento de alojamento retangular

ALOJAMENTO CIRCULARES:
No caso de um alojamento circular, a ferramenta deve ser posicionada no centro do
alojamento, neste caso “R” representará o raio do alojamento. Dispensar as
coordenadas X e Y usadas no alojamento retangular.

Exemplo: figura 28

G X60.Y70.Z5.
G26 R40. Z-3. I.5 J.5 K.5 L2 W5. F150 H100 V50

Figura 28: G26 – Fresamento de alojamento circular

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Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

68 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Operação

ROMI DISCOVERY 308

SENAI “Manuel Garcia Filho” 69


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

12 – FUNÇÕES FIXAS ASSUMIDAS AO LIGAR O COMANDO MACH

Quando o comando é ligado as condições abaixo são assumidas:

G90 – Sistema de coordenadas absolutas

G17 – Plano de trabalho XY

G40 – Cancelada a compensação do raio da ferramenta

G71 – Sistema de unidade em milimetros

12.1-LIGAR A MÁQUINA

- Ligar a chave geral

- Teclar “EXIT”

- Desativar botão “EMERGÊNCIA”

- Através das teclas horizontais acionar “LIGA COMANDO”

12.4-EXECUTAR REFERENCIA DA MÁQUINA

- Acessar “OPERAÇÃO MANUAL”

- Acessar “REF.MÁQUINA”

- Ativar “CYCLE START”

OBS.: Os eixos serão referenciados na seqüência: Z,Y,X.

70 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

12.5 – MOVIMENTO DOS EIXOS ATRAVÉZ DO “VOLANTE”

12.5.1- Mover apenas um eixo:

- Acessar “OPERAÇÃO MANUAL”

- Acessar “VOLANTE”

- Selecionar eixo desejado

- Movimentar o eixo através do volante

12.5.2- Mover mais que um eixo:

- Executar a seqüência anterior

- Selecionar os demais eixos, acessando “E” entre eles

- Movimentar os eixos através do volante

12.6- MOVIMENTOS DOS EIXOS CONTINUAMENTE

12.6.1- VIA TECLADO:

- Acessar “OPERAÇÃO MANUAL”

- Acessar “CONTÍNUO”

- Movimentar os eixos pressionando a tecla conforme eixo e direção desejada.

12.7-MOVIMENTO DOS EIXOS EM INCREMENTOS – “INCREMENTAL”

- Acessar “OPERAÇÃO MANUAL”

- Acessar “INCREMENTAL”

- Digitar o valor do incremento

SENAI “Manuel Garcia Filho” 71


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

- Teclar “ENTER” ( o incremento será mantido até que seja trocado)

- Movimentar os eixos pressionando as teclas conforme eixo e direção desejado.

OBS; a cada toque, o eixo será movimentado no valor preestabelecido.

12.8- MDI – ENTRADA MANUAL DE DADOS

- Acessar “OPERAÇÃO MANUAL”

- Acessar “MDI”

- Digitar bloco de dados ( ex.S500 M3)

- Pressionar “CYCLE START” para execução

12.9- REFERÊNCIA – DETERMINAR ZERO PEÇA

- Acessar “OPERAÇÃO MANUAL”

- Acessar “REFERÊNCIA”

- Acessar “MOV”

- Selecionar opção para movimentação ( volante, continuo, incremental)

- Movimentar os eixos até a posição desejada para origem

- Teclar “EXIT” até retornar à página “REFERÊNCIA”

- Pressionar tecla dos eixos a serem referenciados


OBS: Se desejado cancelar “zero programa”, teclar “CANCELAR” executar
“REFERÊNCIAR MAQUINA”, conforme procedimento 11.4

72 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

12.10-INTRODUZIR PROGRAMA MANUALMENTE

12.10.1-“PRONTA EDIÇÃO”

- Acessar “EDIÇÃO PROGRAMA”

- Digitar número do programa ou pressionar a tecla “PROG NOVO”

- Pressionar tecla”ENTER”

- Acessar “EDITAR”

- Digitar código G desejado com dois dígitos (ex. G01)

- Levar o cursor para o endereço desejado

- Digitar o valor do parâmetro

- Pressionar tecla “EOB” quando o bloco estiver completo

- Repetir a seqüência acima para os demais blocos

12.10.2- “LISTA”

- Acessar “EDIÇÃO PROGRAMA”

- Digitar número do programa ou pressionar tecla “PROG NOVO”

- TECLAR “ENTER”

- Acessar “EDITAR”

- Acessar “LISTA”

- Digitar o programa

SENAI “Manuel Garcia Filho” 73


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

12.11 - ALTERAR PROGRAMA

12.11.1-INSERIR CARACTER NO BLOCO DE DADOS

- Acessar “EDIÇÃO PROGRAMA”

- Acessar “EDITAR”

- Acessar “LISTA”

- Mover cursor para onde se deseja inserir o caractere

- Teclar “INSERT”

- Digitar o caractere

- Teclar “ENTRER”

12.11.2 – INSERIR BLOCO NO PROGRAMA

- Acessar “EDIÇÃO DE PROGRAMA”

- Acessar “EDITAR”

- Acessar ”LISTA”

- Mover o cursor para o inicio do bloco onde se deseja a inserção (Ex: para inserir
um bloco entre os blocos NIO E N20 deve-se posicionar o cursor no inicio do bloco
N20)

- Pressionar simultaneamente as teclas “SHIFT e INSERT” ou só “EOB”

- Digitar o novo bloco

- Pressionar a tecla “ENTER”

74 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

12.11.3-APAGAR CARACTER

- Acessar “EDIÇÃO PROGRAMADA”

- Acessar “EDITAR”

- Acessar “LISTA”

- Mover o cursor ate o caracter a ser apagado

- Pressionar a tecla “DEL”

12.11.4-APAGAR BLOCO

- Acessar “EDIÇÃO PROGRAMA”

- Acessar “EDITAR”

- Acessar “LISTA”

- Mover o cursor para o inicio do bloco a ser apagado

- Pressionar simultaneamente as teclas “SHIFT e DEL”

12.12- PESQUISAR BLOCO

- Acessar “EDIÇÃO PROGRAMA”

- Acessar “EDITAR”

- Acessar “PESQUISA”

- Digitar o número do bloco desejado ou caracteres que o identifiquem.

- Teclar “ENTER”

- Tecla “BUSCAR”

SENAI “Manuel Garcia Filho” 75


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

- Teclar “EXIT” (para retornar à pagina de edição)

- Acessar “LISTA”

OBS: O cursor estará localizado no bloco desejado.

12.13-TRASFERIR DADOS PARA O PROGRAMA EM EDIÇÃO

- Edição de programa

- Editar

- Lista

- Posicionar o cursor na linha onde serão inseridas informações

- Teclar “EXIT”

- Acessar “INSERIR P”

- Digitar o número do programa do qual será copiado os dados

- Teclar “ENTER”

- Teclar “/FIM” ou “N#” e introduzir número do bloco ou “FIM LINHA” introduzir o


número da linha

- Teclar “ENTER”

- Teclar “INSERIR” (os dados serão copiados para o novo programa)

OBS: Esta função copiará os blocos compreendi dos entre o bloco inicial, sendo este
último omitido.

12.14- RENUMERAR UM PROGRAMA

- Acessar “EDIÇÃO PROGRAMA”

76 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

- Acessar “RENUMERAR”

- Digitar o novo número desejado

- Teclar “ENTER” ( o programa assumirá o novo número)

12.15-APAGAR PROGRAMAS

- Acessar “EDIÇÃO PROGRAMA”

- Acessar “APAGAR PROG” ou “APAGAR TODOS”

- Teclar SIM para confirmar ou NÃO para desistir

12.16- SELECIONAR UM PROGRAMA

- Acessar “EDIÇÃO PROGRAMA”

- Digitar o número do programa desejado

- Teclar “ENTER”

12.17- CARREGAR PROGRAMAS UTILIZANDO PERIFÉRICOS

- Acessar “CARREGAR/SALVAR”

- Digitar o número do programa e teclar “PROGRAMA NOVO”

- Teclar “ENTER”

- Selecionar periféricos através da tecla “SEL DESP CAR”

- Teclar “CARREGAR”

- Acessar “PROGRAMA SIMPLES” (caso desejar introduzir os corretores de


ferramentas ou de fixação, pressionar “CORRETOR FER” ou “FIXAÇÕES”)

SENAI “Manuel Garcia Filho” 77


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

12.18- SALVAR PROGRAMAS

- Acessar “CARREGAR/SALVAR”

- Digitar o número do programa

- Teclar “ENTER”

- Selecionar periférico através da tecla “SEL DISP SAL”

- Teclar “SALVAR”

- Acessar “PROGRAMA SIMPLES” (caso desejar salvar os corretores de


ferramentas ou de fixação, pressionar “CORRETOR FER” ou “FIXAÇÕES”
respectivamente)

12.19- TROCAR UNIDADE DE PROGRAMAÇÃO

- Acessar “REFER TRABALHO”

- Teclar “POLEG” ou “METRICO” (irá aparecer a mensagem “REQUER REF


MÁQUINA”)

- Executar a referência dos eixos conforme item 12.4

12.20-ATIVAR “IGNORA BLOCO”

- Acessar “REFER. TRABALHO”

- Ativar “IGNORA BLOCO”

OBS: O comando ignorará qualquer bloco de dados com código (/) no seu inicio

12.21- ATIVAR “PARADA OPCIONAL”

- Acessar “REFER. TRABALHO”

- Ativar “PARADA OPC.”

78 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

OBS: o comando interrompera a execução do programa quando encontrar o código


M01.

12.22- INTRODUZIR VALORES NA PÁGINA “CORREÇÃO DE FERRAMENTAS”

12.22.1 ENTRADA MANUAL:

- Acessar “REFER, TRABALHO”

- Acessar “REF. FERRAMENTA”

- Acessar “CORREÇÃO FER”

- Mover o cursor até o corretor e campo desejado

- Digitar o valor

- Teclar “ENTER”

OBS: Se o número do corretor desejado não estiver na tela, acesse-o utilizando SHIFT
e o cursor simultaneamente, até encontrá-lo ou digite o número do corretor desejado
no campo “CORRETOR Nr” e tecle ENTER.

12.22.2-PRESSETAR FERRAMENTAS (EIXO Z)

- Acessar “REFER. TRABALHO”

- Acessar “CORREÇÃO FER.”

- Mover o cursor até o corretor e campo desejado

- Acessar “VOLANTE”

- Movimentar eixo até a posição desejada

- Teclar “DIGITAR” para dar entrada no valor

- Repetir os passos acima para as demais ferramentas

SENAI “Manuel Garcia Filho” 79


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

OBS: Esta operação é feita somente para introduzir o corretor do comprimento da


ferramenta (campo Z) sendo que para introduzir o diâmetro da ferramenta deve – se
utilizar o descrito no item

12.23- INCREMENTAR VALORES NA PÁGINA “CORREÇÃO DE FERRAMENTA”

- Acessar “REFER. TRABALHO”

- Acessar “REF. FERRAMENTA”

- Acessar “CORREÇÃO FER.”

- Posicionar o cursor no campo a ser incrementado

- Acionar o valor do incremento

- Teclar ENTER

12.24- ZERAR TABELA “CORRETORES”

- Acessar “REFER. TRABALHO”

- Acessar “REF. FERRAMENTA”

- Acessar “CORREÇÃO FER”

- Pressionar tecla “ZERAR TUDO”

- Pressionar tecla “SIM” para confirmar

12.25- INTRODUZIR VALORES NA PÁGINA “CORRETORES DE FIXAÇÃO”

12.25.1- ENTRADA MANUAL

- Acessar “REFER. TRABALHO”

- Acessar “CORRETORES FIX”

- Mover cursor até o campo desejado

80 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

- Digitar o valor

- Pressionar tecla “ENTER”

OBS: Leia nota importante no item 12.27

12.25.2- UTILIZANDO FUNÇÃO “DIGITAR”

- Acessar “REFER. TRABALHO”

- Acessar “CORRETORES FIX”

- Posicionar o cursor no campo desejado

- Acessar “VOLANTE”

- Movimentar o eixo até a posição desejada

- Pressionar tecla “DIGITAR” para dar entrada do valor

12.26- ZERAR TABELA DE “CORRETORES DE FIXAÇÃO”

- Acessar “REFER. TRABALHO”

- Acessar “CORRETORES FIX.”

- Acessar “ZERAR TUDO”

- PRESSIONAR TECLA “SIM”

12.27- ATIVAR “CORRETOR DE FIXAÇÃO” PARA EXECUÇÃO

- Acessar “REFER. DE TRBALHO”

- Acessar “CORRETORES FIX.”

- Pressionar tecla “ÚLTIMO O #”

SENAI “Manuel Garcia Filho” 81


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

- Digitar o número do último corretor a ser utilizado

- Pressionar tecla “ENTER”

IMPORTANTE: O comando ignorará o “CORRETOR DE FIXAÇÃO” quando o campo


“ÚLTIMO O #” estiver com valor zero”..

12.28- TESTAR PROGRAMA

- Acessar “TESTAR PROGRAMA”

- Acessar uma opção de teste (checa rápido, checa com av., executa seco, executa
seco Z)

- Selecionar programa

- Pressionar tecla “STATUS OU GRÁFICOS”

- Pressionar tecla “CYCLE START”

12.29- VISUALIZAR GRÁFICO (TESTAR PROGRAMA)

- Acessar “TESTAR PROGRAMA”

- Acessar “CHECA RÁPIDO”

- Acessar “GRAFICOS”

- Acessar “JANELA”

- Pressionar tecla “LIMITES” ou

- Pressionar tecla “ZERAR”

- Pressionar tecla “CYCLE START” (o programa será testado)

- Aguardar a mensagem de fim de teste

82 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

- Pressionar tecla “EXIT”

- Pressionar tecla “APAGAR”

- Pressionar “CYCLE START”. O gráfico então será visualizado se o programa não


contiver erros de sintaxe

12.29.1- TESTAR PROGRAMA VIA “EDIÇÃO DE PROGRAMA” VISUALIZANDO O


GRÁFICO

- Acessar “EDIÇÃO DE PROGRAMA”

- Acessar “EDITAR”

- Acessar “GRAFICOS”[

- Acessar “JANELA”

- Acessar “LIMITES”

- Pressionar “ZERAR”

- Pressionar tecla “CYCLE START”(leia nota)

- Pressionar tecla “EXIT”

- Pressionar tecla “APAGAR”

- Ativar “CYCLE START”

NOTA: Se houver erro de sintaxe o comando emitirá uma mensagem com diagnóstico.
Para localizar o bloco quem contém o erro “EXIT” 2 vezes.

12.30-AMPLIAR UM DETALHE

- Seguir o procedimento descrito no item 12.29

- Acessar “JANELA”

SENAI “Manuel Garcia Filho” 83


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

- Pressionar, consecutivamente, tecla “ZOOM TN ou REDUZIR” até dimensão


desejada

- Localizar a janela no detalhe desejado pressionando simultaneamente as teclas


SHIFT e cursor

- Teclar “EXIT”

- Teclar “APAGAR”

- Ativar “CYCLE START”

12.31- MUDAR PLANO DE VISUALIZAÇÃO GRÁFICA

- Posicionar o cursor na linha onde são indicados os eixos em uso

- Pressionar tecla “ENTER” até aparecer o plano desejado

- Repetir a seqüência 12.29.1

12.32- EXECUTAR PROGRAMA

- Acessar “OPER AUTOMATICA”

- Selecionar o número de programa a ser executado

- Acessar “STATUS ou GRÁFICOS”

- Acessar “CYCLE START ou BLK/BLK”

NOTA: Nunca executar um programa sem antes testá-lo.

12.33-ABORTAR A EXECUÇÃO DE UM PROGRAMA

- Pressionar a tecla “CYCLE STOP”

- Pressionar simultaneamente as teclas “CYCLE STOP e SHIFT”

- Pressionar tecla “EXIT”

84 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

12.34- INTERROMPER E CONTINUAR A EXECUÇÃO DE UM PROGRAMA

- Pressionar a tecla “CYCLE STOP”

- Pressionar tecla EXIT para acessar a página “OPERAÇÃO AUTOMÁTICA” (saindo


da função “STATUS”)

- Pressionar tecla “MOVIMENTO”

- Pressionar tecla “VOLANTE, CONTÍNUO OU INCREMENTAL”

- Afastar ferramenta selecionando os eixos e movimentando conforme desejado

- Executar operação desejada (fazer inspeção da peça, trocar inserto etc)

- Pressionar tecla “EXIT” 2 vezes para retomar a página “OPERAÇÃO


AUTOMATICA”

- Adicionar “CYCLE START” (para retornar os eixos na posição em que o programa


foi interrompido)

- Ativar “CYCLE START” novamente para continuar a execução do programa

NOTA: Os eixos serão reposicionados na posição onde foi interrompido na seqüência:


Z (retração) X/Y e Z (penetração)

PRECAUÇÃO: Atente para o retorno da ferramenta, para que a mesma não se


choque com a peça, grampos, dispositivos, etc. Assegure-se que o
percurso da ferramenta será sem riscos.

NOTA: Caso se queira reiniciar o programa sem voltar ao ponto de interrupção, ao


invés de pressionar (CYCLE START), pressiona-se (SHIFT CYCLE START),
com isso o zero programa terá sua localização corrigida pela quantia deslocada
via “movimento” e o programa será reiniciado a partir da posição que se
encontra a ferramenta.

SENAI “Manuel Garcia Filho” 85


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

12.35-INICIAR A EXECUÇÃO DO PROGRAMA NUM BLOCO QUE NÃO SEJA O 1A.

- Acessar “OPERAÇÃO AUTOMÁTICA”

- Acessar “FERER. TRAB”

- Acessar “INIC. MEIO PROG”

- Digitar número do bloco desejado ou informação que identifique-o (caracteres ou


números da linha) Ex. T5.

- Pressionar tecla “ENTER”

- Pressionar tecla “BUSCAR” ou “LINHA”

- Pressionar tecla “EXIT” até retornar à página “OPER.AUTOMÁTICA”

- Pressionar tecla “STATUS” ou “GRÁFICOS”

- Pressionar tecla “CYCLE START” ou “BLK/BLK”

12.35.1- Para começar a usinagem no meio do ciclo, o operador deve saber,


através do programa, um ponto adequado para o posicionamento da
ferramenta e a partir daí buscar a coordenada do programa para
seqüência da usinagem.

1 - Operação automática

2-M.D.I.

- Restaurar condições de corte (rpm, refrigeração)

- Restaurar ponto adequado em XY para posicionamento

3 - Posicionar em Z – ativando corretor, compensação de raio (se houver)

- Se necessário buscar posicionamento no eixo que não estiver no bloco

86 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

4 - Teclar EXIT

5 - Referência de trabalho

6 - Início no meio do programa

7 - Digitar o número do bloco desejado ou informações que o identifique (caracteres ou


número de linha)

8 - Teclar ENTER

9 - Pressionar a tecla BUSCAR ou LINHA

10 - Pressionar a tecla EXIT até retornar à pagina Operação automática

11 - Pressionar a tecla STATUS ou GRÁFICO

12 – Pressionar a tecla CYCLE START

12.36- PROTEGER OU RESTRINGIR PROGRAMAS

- Selecionar o programa

- Acessar “SUPORTE”

- Acessar “PROTEGER PROGRAMA”

- Pressionar tecla “PROTEGER” ou “RESTRINGIR”

NOTA: Para cancelar a proteção ou restrição repetir a operação pois funciona


similarmente a ação de liga-desliga

12.37-DESLIGAR A MÁQUINA

- ACESSAR “repouso”

- Ativar “EMERGÊNCIA”

- Desligar chave geral ( se realmente necessário)

SENAI “Manuel Garcia Filho” 87


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

88 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Comando Fanuc

Comando Fanuc 89
Apresentação 93
Introdução à programação 93
Introdução ao sistema de coordenadas 93
Funções preparatórias "G" 94
G00 (Posicionamento Rápido) 97
G01 (Interpolação Linear) 98
G02 e G03 (Interpolação Circular)- 98
C e R (Inserção de chanfro ou canto arredondado) 101
Interpolação Helicoidal 102
G15 / G16 (Coordenada Polar) 104
Funções de compensação 108
G40 / G41 / G42 (Compensação de raio de ferramenta) 108
G43 / G44 / G49 (Compensação de comprimento de ferramenta) 110
Sistema de coordenadas 111
G53 (Sistema de Coordenadas de Máquina - MCS) 111
G54 a G59 e G54.1 P1 a G54.1 P48 (Sist. de Coord. de Trab. - WCS) 111
G52 (Sistema de Coordenada Local) 112
G92 (Ponto zero temporário) 113
Funções que simplificam a programação (ciclos) 114

SENAI “Manuel Garcia Filho” 89


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Ciclos Fixos 114


G73 (Furação com descarga - sem retração ao plano R) 116
G74 (Roscamento com macho à esquerda - mandril flutuante) 118
G74 (Roscamento com macho à esquerda - macho rígido) 119
G76 (Madrilamento - fino acabamento) 121
G80 (Cancelamento de ciclo fixo) 123
G81 (Furação / mandrilamento - sem descarga) 123
G82 (Furação / mandrilamento - sem descarga e com dwell) 124
G83 (Furação com descarga) 125
G84 (Roscamento com macho à direita - mandril flutuante) 127
G84 (Roscamento com macho à direita - macho rígido) 128
G85 (Madrilamento / alargador) 129
G86 (Madrilamento - melhor acabamento) 130
G87 (Madrilamento tracionando) 131
G88 (Madrilamento com retorno manual) 132
G89 (Madrilamento / alargador - com dwell 134
Rotação do sistema de coordenadas (g68 / g69) 135
Imagem espelho (g50.1 / g51.1) 136
Chamada de subprograma (m98 / m99) 137
Funções miscelâneas 139
Fluxograma de programação 140
Operação 141
Painel do comando 141
Ligar a máquina 142
Desligar a máquina 142
Refenciar a máquina (machine home) 142

90 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Movimentar os eixos manualmente 143


Movimentar os eixos através do jog contínuo 143
Movimentar os eixos através da manivela eletrônica 143
Mdi (entrada manual de dados) 143
Edição de programas 144
Editar um programa novo 144
Selecionar um programa existente no diretório 144
Procurar um dado no programa 145
- procurar um dado no programa através dos cursores 145
- procedimento para pesquisa de dados através das teclas "SRH" 145
Inserir dados no programa 145
Alterar dados no programa 146
Apagar dados no programa 146
Apagar um bloco do programa 146
Apagar vários blocos do programa 146
Apagar um programa 146
Apagar todos os programas 146
Edição de programas com funções extendidas 146
Cópia total para um programa novo 147
Cópia parcial de um programa para um programa novo 147
Mover parte de um programa para um programa novo 147
Unir dois programas 148
Alteração de informações ou endereços 148
Edição em background 149
Teste de programas 149
Testar o programa sem girar a placa e sem o movimento dos eixos 149
Teste de sintaxe 149
Teste gráfico 149
Testar programa em avanço rápido ("DRY RUN") 151

SENAI “Manuel Garcia Filho” 91


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Preset de ferramentas 151


Preset de ferramentas feito na máquina 151
Preset de ferramentas feito fora da máquina 152
Correção de desgaste de ferramenta 154
Definição do zero peça 154
Definição do zero-peça no vértice (eixos “X” e “Y”) 154
Definição do zero-peça no centro (eixos “X” e “Y”) 155
Definição do zero-peça em Z (na superfície ou na base) 155
Comunicação de dados 156
Especificação da porta de comunicação 156
Comunicação através da Porta Serial (RS 232) 157
- Configurar os parâmetros de comunicação 157
- Configuração do cabo 158
- Salvar programa 158
- Carregar programa 158
- Salvar corretores de ferramentas 159
- Carregar corretores de ferramentas 159
Execução de programas 160
Abortar a execução de um programa 160
Reinício no meio do programa (pela ferramenta) 160
Interromper/continuar a execução do programa 160
Selecionar parada opcional (OPT STOP) 161
Omitir os blocos do programa com barra ("/") 161
Alteração de parâmetros 161

92 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

1- Apresentação

Máquina a comando numérico: é aquela que possui um equipamento eletro-eletrônico,


aqui tratado como comando, o qual possibilita à mesma a execução de uma seqüência
automática de atividades.

Para efetuar uma usinagem de peças através de uma máquina ferramenta a CNC,
devemos tomar como referências dois itens:

1-Deve-se elaborar um programa a partir de um desenho da peça, através de


comandos interpretados pelo CNC. Esses comandos estão descritos neste manual na
Parte 1 - Programação.

2-O programa deve ser lido pelo CNC. Deve-se preparar as ferramentas à peça
segundo a programação desenvolvida, depois deve-se executar o processo de
usinagem. Estes processos estão descritos neste manual na Parte 2 - Operação.

2- Introdução a programação

Este manual foi elaborado somente para as funções básicas do comando visando a
simplicidade de programação e operação.
Informamos que, por ser este comando modular, algumas funções apresentadas aqui
podem não fazer parte da configuração da máquina.

3- Introdução ao sistema de coordenadas

Para que a máquina possa trabalhar com as posições especificadas, estas têm que ser
declaradas em um sistema de referência, que corresponde aos sentidos dos
movimentos dos carros (eixos X,Y,Z), utiliza-se para este fim o sistema de
coordenadas cartesianas.

O sistema de coordenadas da máquina é formado por todos os eixos existentes


fisicamente na máquina.

A posição do sistema de coordenadas em relação a máquina depende do tipo de


máquina. As direções dos eixos seguem a chamada “regra da mão direita”.

SENAI “Manuel Garcia Filho” 93


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

4 - Funções preparatórias "G"

Um número seguido do endereço G, determina o modo que uma determinada


operação será executada.

Os códigos G estão divididos em dois tipos

a) Modais - O código G permanece ativo até outro código G do mesmo grupo ser
especificado.
b) Não modal - O código G permanece ativo somente no bloco em que foi
especificado.

Exemplo:

G01 e G00 são códigos G modais do grupo 1


N100 G01 X100 F1000
N110 Y30
N120 X40
N130 G00 Z15

O código G01 permanece ativo do bloco 100 até o bloco 120.

94 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Tabela dos Códigos G utilizados em programação (resumo)

CODIGO
GRUPO FUNÇÃO
G

G00 01 POSICIONAMENTO RÁPIDO


G01 01 INTERPOLAÇÃO LINEAR
G02 01 INTERPOLAÇÃO CIRCULAR / HELICOIDAL SENTIDO HORÁRIO
G03 01 INTERPOLAÇÃO CIRCULAR/HELICOIDAL SENTIDO ANTI-HORÁRIO
G04 00 DWELL (TEMPO DE PERMANÊNCIA)
G07.1 00 INTERPOLAÇÃO CILINDRICA
G10 00 ENTRADA DE DADOS
G11 00 CANCELA ENTRADA DE DADOS
* G15 17 CANCELA FUNÇÃODE PROGRAMAÇÃO POLAR
G16 17 ATIVA FUNÇÃODE PROGRAMAÇÃO POLAR
* G17 02 SELEÇÃO DO PLANO X Y
G18 02 SELEÇÃO DO PLANO X Z
G19 02 SELEÇÃO DO PLANO Y Z
G20 06 ENTRADA DE DADOS EM POLEGADAS
G21 06 ENTRADA DE DADOS EM MILIMETROS
G22 04 ATIVA ÁREA DE SEGURANÇA
G23 04 CANCELA ÁREA DE SEGURANÇA
G28 00 RETORNA PARA O MACHINE HOME
G29 00 RETORNO DO MACHINE HOME
* G40 07 CANCELA COMPENSAÇÃO DE RAIO
G41 07 ATIVA A COMPENSAÇÃO DE RAIO DE FERRAMENTA A ESQUERDA
G42 07 ATIVA A COMPENSAÇÃO DE RAIO DE FERRAMENTA A DIREITA
G43 08 ATIVA COMPENSAÇÃO DO COMPRIMENTO D FERRAMENTA (Dir.+)
G44 08 ATIVA COMPENSAÇÃO DO COMPRIMENTO D FERRAMENTA (Dir.-)
* G49 08 CANCELA COMPENSAÇÃO DO COMPRIMENTO DA FERRAMENTA
G50 11 CANCELA ESCALA
G51 11 ESCALA
G50.1 18 CANCELA IMAGEM ESPELHO
G51.1 18 ATIVA IMAGEM ESPELHO
G52 00 SISTEMA DE COORDENADA LOCAL
G53 00 SISTEMA DE COORDENADA DA MÁQUINA
* G54 14 SISTEMA 1 DE COORDENADA DE TRABALHO
SENAI “Manuel Garcia Filho” 95
Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

G55 14 SISTEMA 2 DE COORDENADA DE TRABALHO


G56 14 SISTEMA 3 DE COORDENADA DE TRABALHO
G57 14 SISTEMA 4 DE COORDENADA DE TRABALHO
G58 14 SISTEMA 5 DE COORDENADA DE TRABALHO
G59 14 SISTEMA 6 DE COORDENADA DE TRABALHO
G65 00 CHAMADA DE MACRO
G66 12 CHAMADA MODAL
G68 16 SISTEMA DE COORDENADA ROTATIVA
G69 16 CANCELA SISTEMA DE COORDENADA ROTATIVA
G73 09 CICLO DE FURAÇÃO INTERMITENTE
G74 09 CICLO DE ROSCA A ESQUERDA
G76 09 CICLO DE FURO
G80 09 CANCELAMENTO DE CICLO FIXO
G81 09 CICLO DE FURAÇÃO
G82 09 CICLO DE FURAÇÃO COM PERMANÊNCIA
G83 09 CICLO DE FURAÇÃO INTERMITENTE COM RETORNO AO PONTO
R.
G84 09 CICLO DE ROSCA A DIREITA
G85 09 CICLO DE MANDRILAMENTO (RETRAÇÃO EM AVANÇO PROGR.)
G86 09 CICLO DE MANDRILAMENTO (RETRAÇÃO COM EIXO PARADO)
G87 09 CICLO DE MANDRILAMENTO (REBAIXO INTERNO)
G88 09 CICLO DE MANDRILAMENTO COM RETORNO MANUAL
G89 09 CICLO DE MANDRILAMENTO (DWELL + RETRAÇAO COM AVANÇO)
* G90 03 SISTEMA DE COORDENADAS ABSOLUTAS
G91 04 SISTEMA DE COORDENADAS INCREMENTAIS
G92 00 ESTABELECE NOVA ORIGEM
G94 05 AVANÇO EM MILIMETRO POR MINUTO
G95 05 AVANÇO POR ROTAÇÃO
G98 10 RETORNO AO POSICIONAMENTO PRÉVIO EM CICLOS FIXOS
G99 10 RETORNO AO PLANO R EM CICLOS FIXOS

96 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

1 - Os códigos G marcados com * são ativados automaticamente ao se ligar a


máquina.
2 - Os códigos G do grupo 00 não são modais
3 - Mais que um código G pode ser especificado no mesmo bloco, porém no
caso de
pertencerem ao mesmo grupo, o código G especificado por último será o efetivado.
4 - Se qualquer código G do grupo 01 for especificado num ciclo fixo, este
ciclo será
automaticamente cancelado e a condição G80 assumida. Entretanto, um código G do
grupo 01 não
é afetado por qualquer código G de ciclo fixo.

4.1 - Função: G00 (Posicionamento Rápido)


Explanação:

- Os eixos são movidos em um avanço rápido para uma certa posição com referência
ao zero
programa, ou a uma distância incremental partindo da posição atual, de acordo com a
função G90
ou G91 previamente estabelecida.

- Se mais que um eixo for especificado no bloco, o posicionamento se fará inicialmente


à 45
graus, completando posteriormente o eixo mais longo, se houver diferença entre
ambos.

Sintaxe:
G00 X_____ Y_____ Z_______
X = Coordenada do ponto final do movimento para o eixo linear X
Y = Coordenada do ponto final do movimento para o eixo linear Y
Z = Coordenada do ponto final do movimento para o eixo linear Z

SENAI “Manuel Garcia Filho” 97


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

4.2 - Função: G01 (Interpolação Linear)

Explanação:

Os eixos são movidos em avanço programado, especificado por F, para uma


certa posição
com referência ao zero programa, ou a uma distância incremental partindo da
posição atual, de
acordo com a função G90 ou G91 previamente estabelecida.

Sintaxe
G01 X____ Y______ Z______ F_______
X = Coordenada do ponto final do movimento para o eixo linear X
Y = Coordenada do ponto final do movimento para o eixo linear Y
Z = Coordenada do ponto final do movimento para o eixo linear Z
F = Velocidade de avanço (mm/min ou mm/rotação)

4.3 - Funções G02 e G03 (Interpolação Circular)


Explanação:

- Através da interpolação circular, arcos são gerados no sentido horário ( G02 )


ou anti-horário ( G03 ).
- É necessário definir o plano de trabalho dos eixos para o arco.
- Sentido horário ou anti-horário, tem por definição a vista na direção positiva para a
negativa do eixo que não faz parte do plano de trabalho.
- A sintaxe abaixo para G02 também é válida para G03

Sintaxe:
a) Arco sobre o plano X Y
G17 G02 X_______ Y_______ I_______ J______ F______
ou
G17 G02 X_______ Y_______ R_______ F_______

b) Arco sobre o plano X Z


G18 G02 X_______ Z________ I________ K________F______
ou
G18 G02 X________Z________R________F_______

98 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

c) Arco sobre o plano Y Z


G19 G02 Y________Z_______J________K_______F_______
ou
G19 G02 Y________Z________R_______F_______

Descrição dos comandos

G17 - Especificação para arco sobre o plano X Y


G18 - Especificação para arco sobre o plano XZ
G19 - Especificação para arco sobre o plano YZ
G02 - Interpolação circular sentido horário
G03 - Interpolação circular sentido anti-horário
X - Posição final do arco em X
Y - Posição final do arco em Y
Z - Posição final do arco em z
I - Distância em X com sinal ( + - ) do ponto de início ao centro do arco
J - Distância em Y com sinal ( + - ) do ponto de início ao centro do arco
K - Distância em Z com sinal ( + _ ) do ponto de início ao centro do arco
R - Raio do arco ( negativo para arco maior que 180 graus )
F - Velocidade de avanço ao longo do arco

O ponto final do arco é especificado pelos endereços X , Y ou Z e pode ser expresso


como valor absoluto ou incremental dependendo da função G90 ou G91.

SENAI “Manuel Garcia Filho” 99


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

O centro do arco é especificado pelos endereços I , J , K para os eixos X ,


Y , Z respectivamente. O valor numérico que segue I , J , K é um vetor que parte do
ponto de início do arco até o centro do arco .

Ele é sempre definido como um valor incremental independente do código G90


ou G91 programado.

Quando as coordenadas X Y Z são omitidas ( o ponto final é o mesmo ponto de partida


e o centro for especificado com I , J , ou K um arco de 360 graus é gerado.
Uma interpolação circular pode ser definida por R ( raio do arco ) ao invés I , J , K.
Quando um arco excede 180 graus, o valor do raio deve ser especificado com um valor
negativo. No comando G02/G03, se os valores X Y Z forem omitidos , se o ponto final
for a mesma posição inicial, e um raio for usado um arco de zero grau é gerado.
Exemplo:
G02 R50 ( a ferramenta não se move)

100 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

4.4 - Funções C e R (Inserção de chanfro ou canto arredondado)

Explanação:

Um chanfro ou um arredondamento pode ser inserido entre os seguintes movimentos

a) Entre uma interpolação linear e outra interpolação linear


b) Entre uma interpolação linear e uma interpolação circular
c) Entre uma interpolação circular e uma interpolação linear.

,C Usado para chanfro


,R Usado para raio

Para utilizar essas funções, deve-se programá-las no mesmo bloco da interpolação


linear ou circular para que, em função do próximo movimento, seja criado um
chanfro ou um arredondamento de canto.

O valor programado logo após a função C indica a dimensão do chanfro em relação a


interseção dos movimentos ( vértice ).

SENAI “Manuel Garcia Filho” 101


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

4.5 - Interpolação Helicoidal


A interpolação helicoidal é um recurso usado para gerar movimentos em forma de
espiral, ou seja, para sincronizar um movimento circular num determinado plano de
trabalho com um movimento linear de um terceiro eixo, gerando assim uma hélice.

Sintaxe:
Em sincronismo com arco XY
G17 G2/G3 X__ Y__ I__ J__ (R__) Z__ F__
Em sincronismo com arco XZ
G18 G2/G3 X__ Z__ I__ K__ (R__) Y__ F__
Em sincronismo com arco YZ
G19 G2/G3 Y__ Z__ J__ K__ (R__) X__ F__

Observação: A compensação do raio da ferramenta é aplicada somente para o


movimento circular.

102 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Exemplo:

O0007 (ROSCA C/ COMP. RAIO);


G17 G21 G90 G94;
T01 (FRESA DE ROSCAR);
M06;
G54 S1500 M03;
G00 X0 Y0 M08;
G43 Z2 H01 D01;
G42 G1 X-37 F300
G02 X-37 Y0 Z-3 I37 J0;
G02 X-37 Y0 Z-8 I37 J0;
G02 X-37 Y0 Z-13 I37 J0;
G02 X-37 Y0 Z-18 I37 J0;
G02 X-37 Y0 Z-23 I37 J0;
G02 X-37 Y0 Z-28 I37 J0;
G00 X0 Y0;
G53 Z-110 H0 M09;
M30;

SENAI “Manuel Garcia Filho” 103


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

4.6 - Funções G15 / G16 (Coordenada Polar)

O sistema de coordenadas polares é um modo de programação onde as coordenadas


são indicadas através de ângulos e raios.
Para se trabalhar neste sistema, são utilizadas as funções G15 e G16, sendo que:

G15 - Cancela coordenada polar

G16 - Ativa coordenada polar

Notas:

- A direção positiva ( + ) do Ângulo será um movimento no sentido anti-horário e o sinal


negativo ( - ) será no sentido horário.
- É necessário fazer a seleção do plano de trabalho.
- A informação de raio será o primeiro do plano selecionado e a informação de ângulo
será o segundo eixo.

Exemplo - Quando o plano selecionado for G17 ( X Y ) a informação de raio será o


endereço X e o ângulo será o endereço Y.

Raio e ângulo podem ser programados tanto em absoluto como incremental ( G90 ou
G91 ).

Quando o raio é especificado no modo absoluto ele tem início a partir do sistema de
coordenadas (X0 Y0 )e o ângulo programado em absoluto é considerado a partir da
linha positiva de X..

104 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Quando o raio e o ângulo são especificados de modo absoluto

Exemplo:
G90 G16 X0 Y0
G01 X50 Y45 ( X 35.355 Y35.355)
G15
M30

SENAI “Manuel Garcia Filho” 105


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Quando o ângulo é especificado em incremental inicia-se a partir de uma linha


imaginária que une o ponto zero peça até a posição atual do eixo.

Quando o raio é especificado no modo incremental e o ângulo no modo absoluto.

Quando o raio é especificado no modo incremental e o ângulo também no modo


incremental

106 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

SENAI “Manuel Garcia Filho” 107


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Exemplos: Círculo de furos

G17 G90 G16 Ativa sistema de coordenadas polares


G81 X100 Y30 Z-20 R5 F200 Raio 100 e ângulo de 30°
Y150 Raio 100 e ângulo de 150°
Y270 Raio 100 e ângulo de 270°
G15 G80 Cancela ciclo fixo e sistema de coordenadas polares

5 - Funções de compensação

5.1 - Funções G40 / G41 / G42 (Compensação de raio de ferramenta)

Explanação:

As funções de compensação de raio de ferramenta foram desenvolvidas para facilitar a


programação de determinados contornos. Através delas pode-se fazer programas de
acordo com as dimensões do desenho, sem se preocupar com o raio da ferramenta,
pois cabe a essas funções calcular os percursos da ferramenta, a partir do raio dela, o
qual deve estar inserido na página "OFFSET".

Para se trabalhar com a compensação de raio, são utilizadas as funções G40, G41 e
G42, sendo que:

108 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

- G41 Compensa a ferramenta à esquerda do material a ser usinado


- G42 Compensa a ferramenta à direita do material a ser usinado
- G40 Cancela a compensação do raio da ferramenta

Sintaxe:
- Para compensação:
G41 (X__) (Y__) (Z__)
G42 (X__) (Y__) (Z__)

- Para cancelar compensação de raio:


G40 (X__) (Y__) (Z__)

Notas:

1) O plano de trabalho ( G17, G18 ou G19 ) deve ser definido antes de programar a
função G41 ou G42.

2) A compensação de raio é válida somente para as funções G00, G01,G02 e G03

3) O posicionamento inicial para compensação ou final para cancelamento só poderá


ser feita através das funções G01 e G00, nunca pelas funções G02 ou G03.

SENAI “Manuel Garcia Filho” 109


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

4) Para que a função de compensação de raio saiba qual é o valor do raio da


ferramenta, deve-se programar o código "D" com o número do corretor de raio da
ferramenta.

5.2 - Funções G43/G44/G49 (Compensação do comprimento da ferramenta)

Explanação:

As funções G43, G44 e G49 são utilizadas para ativar/desativar a compensação do


comprimento da ferramenta, possibilitando a geração dos programas de acordo com o
desenho da peça, sem se preocupar com a dimensão da ferramenta, sendo que:

G43 - Ativa o corretor de comprimento de ferramenta no sentido positivo


G44 - Ativa o corretor de comprimento de ferramenta no sentido negativo

G49 - Cancela o corretor de comprimento de ferramenta


As funções de compensação de ferramenta devem ser programadas juntamente com o
endereço H, o qual indica o número do corretor.

Sintaxe:

- Para compensação:
G43 Z__ H__

- Para cancelamento:
G49 Z__
Notas:

1) Nas máquinas Romi das linhas Discovery e PH, somente deve ser usado o código
G43 para ativar a compensação de comprimento de ferramenta.

2) O cancelamento da compensação de comprimento poderá também ser feita através


da função H00.

3) Para que a compensação seja ativada, um bloco deve conter as funções G43, H e
Um posicionamento em Z, para que o comando execute a compensação durante esse
deslocamento.

110 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

6 - Sistemas de coordenadas

6.1 - Função G53 (Sistema de Coordenadas de Máquina-MCS)


Explanação:
Este comando cancela o sistema de coordenadas de trabalho (G54, G55, G56, ...),
fazendo com que o comando assuma o zero-máquina como referência.
Sintaxe:

G53 X__ Y__ Z__

A função G53 não é modal, portanto somente é efetiva no bloco que a contém . Esta
função deve ser usada somente no modo G90 (coordenadas absoluta).

6.2 - Funções G54 a G59 e G54.1 P1 a G54.1 P48 (Sistema de Coordenadas de


Trabalho - WCS)
Explanação:

O sistema de coordenada de trabalho define como zero um determinado ponto


referenciado na peça. Este sistema pode ser estabelecido por uma das seis funções
entre G54 a G59.

Os valores para referenciamento devem ser inseridos na página "TRAB" e representam


a distância para cada eixo do zero máquina ao zero-peça.

A sintaxe para este grupo de funções é somente programar a própria função, isto é,
G54, G55, G56, G57, G58 ou G59.

Na falta de indicação de uma dessas funções, o comando assume G54


automaticamente.

Portanto, se algum valor estiver inserido na página "TRAB" referente ao sistema de


coordenadas de trabalho G54, o zero peça será transladado, mesmo sem programar a
referida função.

SENAI “Manuel Garcia Filho” 111


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Sintaxe:

G54
...
G59

Além dos seis zero-peças convencionais (G54 a G59), o comando dispõe de mais 48
zero-peças. Este são ativados através das funções G54.1 P1 a G54.1 P48 e seus
valores também são exibidos na página "TRAB".
Sintaxe:

G54.1 P1
...
G54.1 P48

6.3 - Função G52 (Sistema de Coordenada Local)


O sistema de coordenada local é utilizado para transladar a origem das coordenadas
dentro do programa. Para isso deve-se informar a distância entre o zero-peça ativo
(G54, G55, G56, ...) e a nova origem desejada, juntamente com a função G52.

Sintaxe:
G52 X__ Y__ Z__

Onde:

X = Distância em X do zero-peça até o novo zero programa desejado.

Y = Distância em Y do zero-peça até o novo zero programa desejado.

Z = Distância em Z do zero-peça até o novo zero programa desejado.

Nota:
Esta função pode ser especificada em qualquer sistema de coordenada de trabalho
(G54 a G59 e G54.1 P1 a G54.1 P48).

112 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

6.4 - Função G92 (Ponto zero temporário)

A função G92 é usada quando se deseja obter referência para programação ( zero
programa ) a partir da posição atual da ferramenta.

Sintaxe:
G92 X_______ Y_________ Z_________

onde

X = Distância ao longo do eixo X, da ferramenta ao ponto zero desejado (X0).

Y = Distância ao longo do eixo Y da ferramenta ao ponto zero desejado (Y0).

Z = Distância ao longo do eixo Z da ferramenta ao ponto zero desejado ( Z0).


SENAI “Manuel Garcia Filho” 113
Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Definição: As coordenadas X Y Z definidas juntamente com G92 indica o seguinte:


A ferramenta está a uma distância de ___ milímetros (observando sinal +/-) do
zero programa.

7 - Funções que simplificam a programação (ciclos)

7.1 - Ciclos Fixos

Explanação:

Ciclo fixo é um bloco de comando que informa ao CNC como executar uma
determinada operação, a qual, se fosse programada em comandos simples resultaria
em múltiplos blocos.

Portanto o uso de ciclos fixos simplifica a programação, reduzindo o número de blocos


do programa.

Geralmente, os ciclos fixos consistem em uma seqüência de até seis operações:

Operação 1 - Posicionamento dos Eixos X Y


Operação 2 - Avanço rápido para o ponto R
Operação 3 - Usinagem do Furo
Operação 4 - Operação no fundo do furo
Operação 5 - Retração do furo ao ponto R
Operação 6 - Retorno ao ponto Inicial

114 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Basicamente são três os tipos de operações nos ciclos fixos

Tipo 1 = Furação
Tipo 2 = Roscamento
Tipo 3 = Mandrilamento

Nota:
- Entende-se como mandrilamento, a operação de remoção de material ( cavaco ) de
um furo previamente existente e consiste em: tornear furo, alargar furo, rebaixar furo
ou chanfrar furo.

A tabela seguinte descreve sumariamente a aplicação e ação dos ciclos fixos para uma
perfeita escolha.

Detalhes podem ser verificados na explicação posterior de cada ciclo.

SENAI “Manuel Garcia Filho” 115


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

O retorno do eixo Z após a operação do ciclo fixo pode ser feita ao ponto inicial ( G98 )
ou ponto R ( G99 ) conforme mostra as figuras abaixo.

Ponto R é a coordenada definida para o posicionamento rápido em Z ( Operação 2 ) e


retração rápida do furo ( operação 5 ).

Ponto inicial é a posição presente do eixo Z memorizada ao entrar no ciclo fixo. As


informações subseqüentes explicam cada ciclo fixo individualmente.

Serão usados os seguintes símbolos para explanações.

7.1.1 - Função G73 (Furação com quebra de cavaco)


Explanação:

- O ciclo fixo G73 é utilizado para operação de furação com pequenos recuos para a
quebra de cavaco, ou seja, sem recuo ao plano R.

Descrição das operações do ciclo fixo

- A ferramenta aproxima em avanço rápido ao nível do ponto R


- Penetra o primeiro incremento Q em avanço programado
- Retrai 2 mm em avanço rápido ( valor d - ajustado no parâmetro 5114 )
- Penetra o segundo incremento Q
116 SENAI “Manuel Garcia Filho”
Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

- Retrai novamente 2 mm ( valor d )


- Sucessivos cortes Q e retornos d até encontrar o ponto Z final
- Retrai em avanço rápido ao nível do ponto inicial ou ponto R, conforme G99 ou G98
programado respectivamente.

Sintaxe:
G73 X___ Y____ Z_____R_____Q______F_____K______

Onde:
X , Y = Coordenadas do furo
Z = Nível da posição final em Z
R = Nível de aproximação Rápida ( ponto R )
Q = Incremento de corte
F = Avanço Programado para o corte dos incrementos Q
K = Número de execuções

Nota: Se for indicado K0, o ciclo de furação somente será memorizado para posterior
execução.

SENAI “Manuel Garcia Filho” 117


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Exemplo:

T01
M06
S1000 M03
G00 X300 Y-250
G43 Z30 H01
G90 G99 G73 X300 Y-250 Z-20 R3 Q15 F120
X200
Y100
G80 G53 Z-110 H0
M30

7.1.2- Função G74 (Roscamento com macho à esquerda - mandril flutuante)

Explanação:

O ciclo fixo G74 é utilizado para operação de roscamento com macho à esquerda, isto
é, sentido de rotação anti-horário.
Descrição das operações do ciclo fixo:
- O macho aproxima em avanço rápido ao nível do ponto R
- Executa a rosca até a profundidade final (Z) conforme avanço programado (F)
- Cessa a rotação no final do corte
- Retrai em avanço programado (F) com a rotação invertida ( sentido horário ) até o
ponto R
- Permanece neste ponto ou vai para o ponto inicial em avanço rápido, conforme G99
ou G98 programado previamente
- Inverte novamente a rotação para o sentido horário

Sintaxe:
G74 X________ Y________ Z___________R_________F________K______

Onde:
X Y = Coordenadas do furo
Z = Nível da posição final em Z
R = Nível de aproximação rápida ( ponto R )
F = Avanço programado para corte da rosca e retração
K = Número de execuções

118 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

7.1.3 - Função G74 (Roscamento com macho à esquerda - macho rígido)


Explanação:

O ciclo fixo G74 pode ser executado com a fixação do macho direto em pinça (macho
rígido).

Dessa forma, a rosca é executada sendo controlada pelo eixo árvore como se fosse
um servo motor. No modo macho rígido, elimina-se a necessidade de uso de mandris
flutuantes.

Descrição das operações do ciclo fixo ( Macho Rígido )

- O macho aproxima em avanço rápido ao nível do ponto R


- O eixo pára de rotacionar se estiver ligado
- O eixo rotaciona e executa a rosca até a profundidade final (Z) conforme avanço
programado (F).
- Cessa a rotação no final do corte.
- Um dweell é executado se programado

SENAI “Manuel Garcia Filho” 119


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

- Retrai em avanço programado (F) com rotação invertida (sentido horário) até o ponto
R
- Permanece neste ponto ou vai para o ponto inicial em avanço rápido conforme G99
ou G98 programado previamente.
- Inverte novamente a rotação para o sentido anti - horário.

Para o modo macho rígido, deve ser especificado a função: M29 S____

Sintaxe:
M29 S_____

G74 X____ Y____ Z_____R______F_____K_____P_____

Onde:
S = Rotação
X Y = Coordenadas do furo
Z = Nível da posição final em Z
R = Nível de aproximação Rápida ( Ponto R )
F = Avanço Programado para usinagem da rosca e retração
P = Tempo de permanência - Exemplo - 2 segundos = P2000
K = Número de repetições

120 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

7.1.4 - Função G76 (Mandrilamento - fino acabamento )


Explanação:

O ciclo fixo G76 é utilizado para operação de calibração onde não se deseja na
superfície de acabamento nenhum risco de ferramenta, causado durante o movimento
de retração.

Descrição das operações do ciclo fixo

- A ferramenta aproxima em avanço rápido ao nível do ponto R


- Usina até a profundidade final (Z) com avanço programado
- Cessa a rotação e orienta o eixo-árvore ( única posição )
- Desloca um incremento programado (Q), ao longo do eixo X
- Retrai a ferramenta em avanço rápido, ao nível do ponto inicial ou ponto R, conforme
G99 ou G98 programado previamente.
- Retorna o deslocamento (Q), ao ponto X inicial.
- Retorna a rotação programada.

Sintaxe:
G76 X_______Y______Z______R_____Q______F______K_____

Onde:

XY = Coordenada do furo
Z = Nível da posição final em Z
R = Nível de aproximação rápida ( ponto R )
Q = Incremento para deslocamento da ferramenta ao
longo do eixo X
F = Avanço programado para usinagem
K = Número de execuções

SENAI “Manuel Garcia Filho” 121


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Exemplo:
T01
M06
S1000 M03
G00 X300 Y-250
G43 Z30 H1
G90 G99 G76 X300 Y-250 Z-20 R3 Q5 F120
X250
Y100
G80 G53 Z-110 H0
M30

122 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

7.1.4 - Função G80 (Cancelamento de ciclo fixo)

Explanação:
- Esta função deve ser declarada no fim da utilização dos ciclos fixos da família G80
(G81,G82, .. )
- A não declaração desta função, poderá acarretar em sérios problemas de
programação.

7.1.5 - Função G81 (Furação / mandrilamento - sem descarga )


Explanação:
- O ciclo fixo G81 é utilizado para operação sem descargas em furos ou torneamentos.
Descrição das operações do ciclo Fixo
- A ferramenta aproxima em avanço rápido ao nível do ponto R
- Usina até a profundidade final (Z) em avanço programado (F)
- Retrai em avanço Rápido ao nível do ponto inicial ou ponto R, conforme G99 ou G98
programado previamente.
Sintaxe:

G81 X_______Y_______Z_______R_______F________K______

Onde:

X,Y = Coordenada do furo


Z = Nível da posição final em Z
R = Nível de aproximação rápida ( ponto R ) F = Avanço programado para usinagem
K = Número de execuções

SENAI “Manuel Garcia Filho” 123


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

7.1.6 - Função G82 (Furação / mandrilamento - sem descarga e com dwell)


Explanação:

O ciclo fixo G82 é utilizado para operação sem descargas em furos, onde se deseja um
tempo de permanência da ferramenta (dwell ) no final da usinagem.
Descrição das operações do ciclo fixo
- A ferramenta aproxima em avanço rápido ao nível do ponto R
- Usina até a profundidade final (Z) em avanço programado (F)
- Permanece neste ponto um determinado tempo em segundos (P)
- Retrai em avanço rápido ao nível do ponto inicial ou ponto R, conforme G99 ou G98
programado previamente.
Sintaxe:

G82 X_________Y________Z_________R_______P_______F_______K

Onde:

124 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

X, Y = Coordenadas do furo
Z = Nível da posição final em Z
R = Nível de aproximação rápida ( ponto R )
P = Tempo de permanência no final da usinagem (milésimos de segundos)
F = Avanço programado para usinagem
K = Número de execuções

7.1.7 - Função G83 (Furação com descarga )

Explanação:

O ciclo fixo G83 é utilizado para operação de furação com descargas onde se deseja
retrações ao nível do ponto R.

Descrição das operações do ciclo fixo:

- A ferramenta aproxima em avanço rápido ao nível do ponto R


- Usina o primeiro incremento (Q) em avanço programado.
- Retrai em avanço rápido ao nível do ponto R
SENAI “Manuel Garcia Filho” 125
Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

- Retorna em avanço Rápido ao nível anterior menos 2 mm (valor referenciado por


parâmetro)
- Usina os demais incrementos (Q) com sucessivas retrações e retornos até encontrar
o ponto Z final.
- Retrai em avanço rápido ao nível do ponto inicial ou ponto R, conforme G99 ou G98
programado previamente.

Sintaxe:

G83 X_______Y________Z_________R_______F_______Q______K______

Onde:

X, Y = Coordenada do furo
Z = Nível da posição final em Z
R = Nível de aproximação rápida ( Ponto R )
F = Avanço programado para usinagem dos incrementos Q
Q = Incrementos de corte
K = Número de execuções

126 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

7.1.8 - Função G84 (Roscamento com macho à direita - mandril flutuante)

Explanação:

O ciclo fixo G84 é utilizado para operação de roscamento com macho à direita, isto é,
sentido de rotação horária.

Descrição das operações do ciclo fixo:


- O macho aproxima em avanço rápido ao nível do ponto R
- Executa a rosca até a profundidade final (Z) conforme avanço programado (F).
- Cessa a rotação no final do corte.
- Retrai em avanço programado (F) com a rotação invertida ( sentido anti-horário ), até
o ponto R.
- Permanece neste ponto, ou vai para o ponto inicial em avanço rápido, conforme G99
ou G98 programado previamente.

G84 X_________Y_________Z________R______F____ K_____

Onde:

X, Y = Coordenadas do furo
Z = Nível da posição final em Z
R = Nível de aproximação rápida ( ponto R )
F = Avanço programado para usinagem da rosca e retração
K = Número de execuções

SENAI “Manuel Garcia Filho” 127


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

7.1.9 - Função G84 (Roscamento com macho a direita - macho rígido)

Explanação:

O ciclo fixo G84 pode ser executado com a fixação do macho direto em pinça (macho
rígido).
Dessa forma, a rosca é executada sendo controlada pelo eixo árvore como se fosse
um servo motor. No modo macho rígido, elimina-se a necessidade de uso de mandris
flutuantes.

Descrição das operações do ciclo fixo ( Macho Rígido ):

- O macho aproxima em avanço rápido ao nível do ponto R


- O eixo pára de rotacionar se estiver ligado
- O eixo rotaciona e executa a rosca até a profundidade final (Z) conforme avanço
programado (F).
- Cessa a rotação no final do corte.
- Um dweell é executado se programado
- Retrai em avanço programado F com a rotação invertida ( sentido anti-horário ) até o
ponto R .
- Permanece neste ponto ou vai para o ponto inicial em avanço rápido conforme G99
ou G98 programado previamente.
- Inverte novamente a rotação para o sentido horário.

Para o modo macho rígido, deve ser especificada a seguinte função: M29 S____
M29 s______

G84 X____ Y____ Z_____ R______ F_____ P_____ K_____

Onde:
S = Rotação
X Y= Coordenadas do furo
Z = Nível da posição final em Z
R = Nível de aproximação Rápida ( Ponto R )
F = Avanço Programado para usinagem da rosca e retração
P = Tempo de permanência - Exemplo - 2 segundos = P2000
K = Número de execuções

128 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

7.1.11 - Função G85 (Mandrilamento / Alargador )

Explanação:

O ciclo fixo G85 é normalmente utilizado para operação de alargamento de furo


(calibração através de alargador).

Descrição das operações do ciclo fixo:

- A ferramenta aproxima em avanço rápido ao nível do ponto R,


- Usina até a profundidade final (Z) em avanço programado (F)
- Retrai em avanço programado (F), ao nível do ponto inicial ou ponto R, conforme G99
ou G98 programado previamente.

Sintaxe:
G85 X______Y______Z_______R_______F______K______

SENAI “Manuel Garcia Filho” 129


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Onde:
X, Y = Coordenada do furo
Z = Nível da posição final em Z
R = Nível de aproximação rápida ( ponto R )
F = Avanço programado para o corte e retração
K = Número de execuções

7.1.12 - Função G86 (Mandrilamento – melhor acabamento )

Explanação:

O ciclo fixo G86 é utilizado em operação de calibração, onde é possível aceitar


somente um leve risco na vertical da superfície de acabamento.

Descrição das operações do ciclo fixo:


- A ferramenta aproxima em avanço rápido ao nível do ponto R
- Usina até a profundidade final (Z) em avanço programado (F) .
- Cessa a rotação do eixo-árvore.
- Retrai em avanço rápido ao nível do ponto inicial ou ponto R conforme G99 ou G98
programado previamente.

130 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Sintaxe:
G86 X_________Y________Z________R______F______K_________

Onde:
X,Y = Coordenada do furo
Z = Nível da posição final em Z
R = Nível de aproximação rápida ( ponto R )
F = Avanço programado para o corte
K = Número de execuções

7.1.13 - Função G87 (Mandrilamento tracionando )

Explanação:

O ciclo fixo G87 é utilizado em operação de rebaixamento interno ou tração


Descrição das operações do ciclo fixo:
- A ferramenta é posicionada em X Y
- Cessa a rotação do eixo-árvore numa posição orientada
- Desloca um incremento programado (Q) ao longo do eixo x,
- Posiciona em avanço rápido ao nível do ponto R

SENAI “Manuel Garcia Filho” 131


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

- Retorna o deslocamento (Q), ao ponto x inicial


- O eixo árvore rotaciona no sentido horário
- Usina até o nível Z com avanço programado
- Cessa a rotação do eixo árvore numa posição orientada
- Desloca o incremento programado (Q) , ao longo do eixo X
- Retrai em avanço rápido ao nível do ponto inicial
- Retorna o deslocamento q ao ponto x inicial
- Retorna a rotação programada

Sintaxe:

G87 X_______Y_______Z_______R_____Q_____F______K_______

Onde:

X, Y = Coordenadas do furo
Z = Nível da posição final em Z
R = Nível de aproximação rápida ( ponto R )
Q = Incremento para deslocamento da ferramenta ao longo do eixo X
F = Avanço programado para usinagem
K = Número de execuções

7.1.14 - Função G88 (Mandrilamento com retorno manual)

Explanação:

O ciclo fixo G88 é usado para calibração com retorno do eixo manualmente.

132 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Descrição das operações do ciclo fixo


- A ferramenta aproxima em avanço rápido ao nível do ponto R
- Usina até a profundidade final em (Z) em avanço programado (F)
- Permanece neste ponto um determinado tempo em segundos (P)
- O eixo-árvore pára.
- A ferramenta é retraída manualmente até o ponto R
- Neste ponto o eixo-árvore é rotacionado no sentido horário
- Movimento rápido é feito até o nível inicial

Sintaxe:
G88 X________Y_______Z________R______P_____F_____K_____

Onde:
X,Y = Coordenadas do furo
Z = Nível da posição final em Z
R = Nível de aproximação rápida ( ponto R )
P = Tempo de permanência em segundos no final do corte ( 1 Segundo = P1000 )
F = Avanço programado para usinagem
K = Número de execuções

SENAI “Manuel Garcia Filho” 133


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

7.1.15 - Função G89 (Mandrilamento/alargador -com dwell )


Explanação:

O ciclo fixo G89 é normalmente utilizado para operação de alargamento de furo


(calibração através de alargador), podendo se obter um tempo de permanência da
ferramenta no final do corte.
Descrição das operações do ciclo fixo:
- A ferramenta aproxima em avanço rápido ao nível do ponto R
- Usina até a profundidade final (Z) em avanço programado (F)
- Permanece neste ponto um determinado tempo em segundos (P)
- Retrai em avanço programado (F) ao nível do ponto inicial ou ponto R, conforme G99
ou G98 programado previamente.
Sintaxe:
G89 X______Y______Z_____R_____P_____F_____K_____
Onde:
X,Y = Coordenada do furo
Z = Nível da posição final em em Z
R = Nível de aproximação rápida ( ponto R )
P = Tempo de permanência em segundos no final do corte ( Ex - 2 segundos = P2000)
F = Avanço programado para o corte e retração
K = Número de execuções

134 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

8 - Rotação do sistema de coordenadas (G68 / G69)

Um perfil programado pode ser rotacionado. O uso desta função, possibilita que haja
uma modificação em um programa utilizando o código de rotação, sempre que a peça
tiver sido colocada em algum ângulo rotacionado em relação ao perfil previamente
programado.
Além disso, quando existir um perfil que deva ser rotacionado várias vezes, o tempo
para elaboração e o tamanho do programa podem ser reduzidos em função desse
recurso.

Sintaxe:

G___ (G17, G18 ou G19)


G68 X___ Y___ R___ - Ativa Sistema de rotação de coordenadas

G69 - Cancela sistema de rotação de coordenadas

Onde:
G17 ( G18 ou G19 ) - Seleciona o plano que contém o perfil a ser rotacionado
XYZ - Informa as coordenadas do centro de rotação especificados
R - Informa o ângulo de rotação a partir da linha positiva de X
( + Direção anti-horária )
( - Direção horária )

O ângulo de rotação pode ser programado num campo de -360.000 a 360.000 com
incremento mínimo de .001 graus.

Notas :

- Quando X Y ( que indicam o centro de rotação ) são omitidos, a posição atual onde a
função G68 foi programada é considerada como centro de rotação.
- Quando o ângulo de rotação for omitido, o valor referenciado pelo parâmetro 5410 é
usado para o sistema de rotação.
- A função G69 cancela o sistema de rotação de coordenadas
- A função G69 pode ser programada no mesmo bloco que outras funções.
- As funções de compensação de raio, compensação de comprimento permanece
ativas após o comando G68.

SENAI “Manuel Garcia Filho” 135


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

9 - Imagem espelho (G50.1/G51.1)

Pode-se obter uma imagem espelho de uma respectiva peça programada, a um eixo
de simetria, através da função G51.1.

Sintaxe:

G51.1 X___ Y___ ;


..
G50.1;

136 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Onde:

G51.1 - Ativa a imagem espelho e identifica qual o eixo de simetria.


G50.1 - Desativa a imagem espelho.

Exemplo:

10 - Funções M98/M99 (Chamada de subprograma)

Quando a usinagem de uma seqüência de operações deve ser repetida várias vezes,
pode-se usar o recurso de chamada de subprograma através da função M98.

SENAI “Manuel Garcia Filho” 137


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

O bloco contendo a função M98, deverá também conter o número do subprograma


através da função P - Exemplo M98 P1001

O número do subprograma é o mesmo encontrado no diretório do comando.


O subprograma por sua vez, deverá conter o referido número no início através da
função O e finalizar com a função M99.

Após o subprograma ser executado, o comando retorna para o programa principal.

Exemplos:

138 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

11 - Funções miscelâneas

M00 - Parada obrigatória de programa.


M01 - Para opcional de programa (Tecla OPT STOP no painel deve estar acionada).
M02 - Fim de programa sem retorno ao início.
M03 - Liga o eixo árvore no sentido horário.
M04 - Liga o eixo árvore no sentido anti-horário.
M05 - Desliga o eixo árvore.
M06 - Habilita troca de ferramenta.
M07 - Liga refrigeração pelo centro da ferramenta.
M08 - Liga refrigerante de corte.
M09 - Desliga refrigerante de corte.
M19 - Orienta o eixo árvore (sentido único).
M30 - Fim de programa com retorno ao início.
M31 - Avança trocador de ferramenta.
M32 - Recua trocador de ferramenta.
M45 - Liga refrigerante de corte para limpeza da peça ("WASH GUN").
M46 - Desliga refrigerante de corte para limpeza de peça ("WASH GUN").

SENAI “Manuel Garcia Filho” 139


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

12 - Fluxograma de programação

140 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Parte II - Operação

1 - PAINEL DO COMANDO

SENAI “Manuel Garcia Filho” 141


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

2 - LIGAR A MÁQUINA

- Ligar a chave geral situada atrás da máquina


- Pressionar o botão "CNC ON" para ligar o CNC (aguardar o processo de
inicialização)
- Desativar o botão de emergência
- Acionar a tecla "RESET"
- Pressionar o botão "MACHINE ON"

Nota: Após ligar a máquina deve-se fazer o referenciamento dos eixos, conforme o
capítulo 4.

3 - DESLIGAR A MÁQUINA

- Pressionar o botão de emergência


- Desligar a chave geral.

4 - REFERENCIAR A MÁQUINA ( MACHINE HOME )

Antes de referenciar os eixos, deve-se observar se os mesmos já não estão próximos


do ponto.

de referência. Caso positivo, deve-se movimentá-los no sentido negativo (X-, Y- e Z- )


para que saiam desta posição, conforme o capítulo 5.

Para referenciar os eixos, deve-se:

- Acionar "HOME"
- Acionar "CYCLE START".

OBSERVAÇÕES:

- A tecla "HOME" permanece acesa enquanto se processar o referenciamento


- Ao término acende-se a tecla "JOG" automaticamente. Indicando que o
referenciamento terminou.
- Não movimente a máquina enquanto o referenciamento não tiver sido completado.

142 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

5 - MOVIMENTAR OS EIXOS MANUALMENTE

5.1 - Movimentar os eixos através do Jog Contínuo


- Acionar "JOG"
- Acionar a tecla correspondente ao eixo (X, Y, Z ou A) e ao sentido de deslocamento
(+ ou -). Ex: X-
OBSERVAÇÕES:
- O eixo pára, quando a tecla for desacionada.
- O avanço de "JOG" pode ser ajustado através do seletor "OVERRIDE".
- Pressionando a tecla "TRVRS" simultaneamente a tecla de movimentação do eixo, o
avanço será aumentado para até 5000 mm/min, dependendo do ajuste do seletor
"OVERRIDE".

5.2 - Movimentar os eixos através da manivela eletrônica


- Acionar a tecla "MPG"
- No painel remoto, selecionar o avanço por pulsação (1, 10 ou 100 milésimos de
milímetro)
- No painel remoto, selecionar o eixo que será movimentado (X, Y, Z ou A)
- Girar a manivela .

OBSERVAÇÕES:
- Um giro de 360 Graus na manivela corresponde a 100 graduações.
- Giro horário movimenta o eixo positivamente.
- Giro anti-horário movimenta o eixo negativamente.

6 - MDI ( ENTRADA MANUAL DE DADOS)

O modo "MDI" é utilizado para a execução de operações simples como, por exemplo,
trocar a ferramenta, ligar o eixo-árvore, movimentar os eixos para uma determinada
posição, etc.

Nele é possível criar um programa com até 10 blocos, o qual é editado e executado no
mesmo formato que um programa normal.

Para se trabalhar com o modo "MDI", deve-se:

SENAI “Manuel Garcia Filho” 143


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

- Acionar "MDI"
- Acionar "PROG"
- Acionar a soft key [ MDI ]
- Digitar as instruções desejadas. Ex: S800 M3; (ligar o eixo-árvore com 800 RPM)
- Acionar "EOB"
- Acionar "INSERT"
- Acionar "CYCLE START"

OBSERVAÇÕES:
- Para apagar um programa editado em MDI deve-se acionar a tecla "RESET"
- Ao finalizar a execução do programa, este será automaticamente apagado.

7 - EDIÇÃO DE PROGRAMAS

7.1 - Editar um programa novo


- Acionar "EDIT"
- Acionar "PROG"
- Acionar a soft key [ DIR ] (para mostrar a tela do diretório).
- Digitar o Endereço "O"
- Digitar o número do programa.
- Acionar "INSERT".
- Acionar a soft key [ OPRT ].
- Acionar a soft key [ ] até exibir a soft key [ C-EXT ].
- Acionar a soft key [ C-EXT ].
- Acionar a soft key [ ( ].
- Digitar o comentário (nome do programa) entre parênteses.
- Acionar a soft key [ ) ].
- Acionar "EOB".
- Acionar "INSERT".

7.2 - Selecionar um programa existente no diretório


- Acionar "EDIT"
- Acionar "PROG"
- Acionar a soft key [ DIR ] (para mostrar a tela do diretório).
- Digitar o endereço "O"
- Digitar o número do programa
- Acionar [ O SRH ] ou um dos cursores (setas)

144 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Aparecerá o programa existente no diretório para edição ou verificação.

7.3 - Procurar um dado no programa

7.3.1 - Procurar um dado no programa através dos cursores (→ ↓ ↑ ←).

a) Procura indireta (endereço por endereço)


- Pressionar os cursores até selecionar a endereço desejado.

b) Procurar direta (direto ao endereço)


- Digitar o endereço desejado. Ex: "T05" (buscar a ferramenta 5).
- Acionar "↑ " (se a informação estiver acima) ou "↓" (se a informação estiver abaixo).

7.3.2 - Procedimento para pesquisa de dados através das teclas "SRH "
- Digitar o endereço desejado. Ex: "S2000" (buscar a rotação de 2000).
- Acionar "SRH ↑ (se a informação estiver acima) ou "SRH ↓ (se a informação estiver
abaixo).

7.4 - Inserir dados no programa


- Posicionar o cursor num endereço imediatamente anterior a informação a ser
inserida.
- Digitar o endereço a ser inserido.
- Digitar os dados numéricos.
- Acionar "INSERT".

Exemplo: Inserir a função "M8" no bloco: "N350 G0 X-30 Y-50;"

- Posicionar o cursor em "Y-50".


- Digitar M8
- Acionar "INSERT".
Com isso, o bloco ficará da seguinte forma: "N350 G0 X-30 Y-50 M8"

7.5 - Alterar dados no programa


- Posicionar o cursor na palavra a ser alterada.
- Digitar a nova palavra a ser alterada.
- Acionar "ALTER".

SENAI “Manuel Garcia Filho” 145


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

7.6 - Apagar dados no programa


- Posicionar o cursor na palavra a ser apagada.
- Acionar "DELETE".

7.7 - Apagar um bloco do programa


- Posicionar o cursor no início do bloco a ser apagado.
- Acionar "EOB".
- Acionar "DELETE".

7.8 - Apagar vários blocos do programa


- Procurar o primeiro bloco a ser apagado.
- Digitar "N".
- Digitar o número do último bloco a ser apagado.
- Acionar "DELETE".

7.9 - Apagar um programa


- Acionar "EDIT".
- Acionar "PROG" para mostrar o programa na tela.
- Digitar o endereço "O".
- Digitar o número do programa a ser apagado.
- Acionar "DELETE".

7.10 - Apagar todos os programas


- Acionar "EDIT".
- Acionar "PROG".
- Digitar: "O-9999".
- Acionar "DELETE".

8 - EDIÇÃO DE PROGRAMAS COM FUNÇÕES EXTENDIDAS

Através desta função, pode-se


- Executar uma cópia total ou parcial de um programa que esteja na memória.
- Mover uma parte de um programa para outro.
- Um programa pode ser incluso em qualquer posição dentro de outro programa
- Um endereço ou função no programa pode ser alterado.

146 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

8.1 - Cópia total de um programa para um programa novo


- Acionar "EDIT".
- Acionar "PROG".
- Acionar a soft key [ ( OPRT ) ].
- Acionar a soft key [ EX - EDT ].
- Observar se o programa a ser copiado esta na tela e acionar a soft key [ COPIA ].
- Acionar a soft key [ TODO ].
- Entrar com o número do novo programa ( somente os valores numéricos ) e
acionar "INPUT".
- Acionar a soft key [ EXEC ].

8.2 - Cópia parcial de um programa para um programa novo


Um novo programa pode ser criado copiando parte de um programa já existente. Para
isso, deve-se:
- Acionar "EDIT".
- Acionar "PROG".
- Acionar a soft key [ ( OPRT ) ].
- Acionar a soft key [ EX - EDT ].
- Observar se o programa a ser copiado esta na tela e acionar a soft key [ COPIA ].
- Mover o cursor para o início do bloco a ser copiado e acionar a soft key [ CURS ~ ]
- Mover o cursor para o fim do bloco a ser copiado e acionar a soft key [ ~ CURS ] ou
[ ~ABAIXO]
- neste caso, será copiado até o fim do programa.
- Entrar com o número do novo programa ( somente com os valores numéricos ) e
acionar "INPUT".
- Acionar a soft key [ EXEC ]

8.3 - Mover parte de um programa para um programa novo


Um novo programa pode ser criado movendo ( retirando ) um trecho de um
programa já existente.
- Acionar "EDIT".
- Acionar "PROG".
- Acionar a soft key [ ( OPRT ) ].
- Acionar a soft key [ EX - EDT ].
- Observar se o programa a ser copiado esta na tela e acionar a soft key [ MOVE ].
- Mover o cursor para o início do bloco a ser movido e acionar a soft key [ CURS ~ ]
- Mover o cursor para o fim do bloco a ser movido e acionar a soft key [ ~ CURS ] ou

SENAI “Manuel Garcia Filho” 147


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

[ ~ABAIXO]
- neste caso, será removido até o fim do programa.
- Entrar com o número do novo programa ( somente com os valores numéricos ) e
acionar "INPUT".
- Acionar a soft key [ EXEC ].

8.4 - Unir dois Programas


- Acionar "EDIT".
- Acionar "PROG".
- Acionar a soft key [ ( OPRT ) ].
- Acionar a soft key [ EX - EDT ].
- Observar que o programa a ser editado esteja na tela e pressionar a soft key [ UNIR ]
- Mover o cursor para a posição em que o outro programa será inserido e acionar a soft
key [~’CURS ] ou [ ~ABAIXO ‘ ] - neste caso, o fim do programa atual será mostrado.
- Entrar com o número do programa a ser inserido ( apenas o valor numérico ) e
acionar "INPUT"
- Acionar a soft key [ EXEC ].

8.5 - Alteração de informações ou endereços


- Acionar "EDIT".
- Acionar "PROG".
- Acionar a soft key [ ( OPRA ) ].
- Acionar a soft key [ EX- EDT ].
- Acionar a soft key [ TROCAR ].
- Digitar a palavra ou endereço a ser alterado.
- Acionar a soft key [ ANTES ].
- Digitar a nova palavra ou endereço.
- Acionar a soft key [ DEPOIS ].
- Acionar:
* A soft key [ EXEC ] para alterar todas as palavras ou endereços após o cursor.
* A soft key [ EXEC-1 ] para procurar e alterar a próxima palavra após o cursor.
* A soft key [ SALTO ] para apenas procurar pela primeira ocorrência da palavra
especificada após o cursor.

148 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

9 - EDIÇÃO EM BACKGROUND

A "Edição em Background" é o nome que se dá quando um programa é editado


enquanto um outro está sendo executado. Para utilizar este recurso, deve-se:
- Selecionar o programa desejado (capítulo 7.2).
- Executar o programa (capítulo 14)
- Acionar a soft key [ ( OPRT ) ].
- Acionar a soft key [ ED-SIM ].
- Acionar a soft key [ DIR ].
- Digitar o número do programa a ser editado. Exemplo "O0302".
- Acionar "INSERT" (para criar um novo programa) ou o soft key "O SRH" (para
selecionar um programa existente)
- Editar o programa (normalmente).
OBSERVAÇÃO:
Ao terminar a edição deve-se:
- Acionar a soft key [ (OPRT) ].
- Acionar a soft key [ FIN - ES ].

10 - TESTE DE PROGRAMAS

10.1 - Testar o programa sem girar a placa e sem o movimento dos eixos
10.1.1 - Teste de sintaxe
Este teste é utilizado para checar se todos os códigos inseridos no programa são
existentes para o comando. Para efetuar este teste, deve-se:
- Selecionar o programa (capítulo 7.2)
- Acionar "AUTO"
- Acionar "PROG TEST"
- Acionar "RESET"
- Acionar o botão "CYCLE START"

10.1.2 - Teste gráfico


Este teste é utilizado para visualizar o perfil programado na tela, verificando a
seqüência de usinagem.
- Selecionar o programa (capítulo 7.2)
- Acionar "AUTO"
- Acionar "RESET"
- Acionar "CUSTOM GRAPH" (até exibir a tela "TRAÇADO GRÁFICO")

SENAI “Manuel Garcia Filho” 149


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

- Acionar a soft key [ EXEC ]


- Acionar a soft key [ ( OPRT ) ]
- Acionar a soft key [ AUTO ]

a) Alterar os eixos da visualização gráfica


Para alterar os eixos da visualização do gráfico deve-se:
- Acionar "GRAPH" até exibir a tela "TRAÇADO GRÁFICO (PARAM.-1)"
- Acionar a soft key [ PARAM ]
- Posicionar o cursor no campo "EIXOS"
- Digitar o número correspondente aos eixos desejados (XY=0, YZ=1, ZY=2, XZ=3,
XYZ=4, ZXY=5 e 2P=6).
- Acionar "INPUT".

b) Aumentar / diminuir a escala de visualização ("ZOOM")


- Executar a simulação gráfica
- Acionar [ < ]
- Acionar a soft key [ ESCALA ]
- Acionar a soft key [ ( OPRT ) ]
- Posicionar o cursor no ponto desejado através das setas
- Acionar a tecla "P" (para aumentar) ou a "M" (para diminuir) até atingir a escala
desejada.
- Acionar a soft key [ EXEC ].

10.1.2.2 - Parâmetros do gráfico ("PARAM. -2")


Os parâmetros do gráfico ("PARAM. 2") são ajustados através do seguinte
procedimento:
- Acionar "GRAPH" até exibir a tela "TRAÇADO GRÁFICO (PARAM.-1)"
- Acionar "PAGE Ó" será exibida a tela "TRAÇADO GRÁFICO (PARAM.-2)"
- Posicionar o cursor no campo desejado.
- Digitar o novo valor.
- Acionar "INPUT".
Explanação sobre os parâmetros "PARAM. -2":
COMP. FERRAM. P = 0 - simula o caminho percorrido pelo centro da ferramenta
P= 1 -simula o caminho percorrido pela aresta da ferramenta,
quando usado a compensação de raio
OBS: Os outros parâmetros ("TRACADO", "FERRAMENTA" e "TROCA AUTOM")
não tem função no comando FANUC 0i Mate - MB.

150 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

10.2 - Testar programa em avanço rápido ("DRY RUN")


A ferramenta se move com avanço especificado por parâmetro desprezando o avanço
usado no programa.

Esta função é usada para verificação dos movimentos da ferramenta sem a presença
da peça. Para fazer este teste deve-se:
- Acionar "DRY RUN".
- Acionar "AUTO".
- Acionar "CYCLE START".

IMPORTANTE:
Este teste só deve ser executado após ter sido feito o preset das ferramentas
e o zero-peça (capítulos 11 e 13, respectivamente).

11 - PRESET DE FERRAMENTAS

11.1 - Preset de ferramentas feito na máquina


Este processo é utilizado para fazer o referenciamento de ferramentas na
própria máquina.

Para isso o operador deverá tocar a ferramenta na superfície da peça e fazer com que
o comando meça a distância do ponto "zero-máquina" até o ponto de referência
tocado.

IMPORTANTE: Antes de fazer o preset das ferramentas deve-se observar se o valor


do eixo Z da "Posição Relativa" está igual a da "Posição Máquina". Para isso deve-se:
- Acionar "POS"
- Acionar a soft key [ TUDO ]
- Comparar os dois valores do eixo Z ("Relativo" e "Máquina").

Se os valores estiverem iguais, pode-se fazer o preset dasferramentas, caso


contrário deve-se fazer o procedimento abaixo para igualá-los:
- Digitar "Z" e o valor contido no eixo Z da "Posição

Máquina". Ex.: Z-253.270

SENAI “Manuel Garcia Filho” 151


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

- Acionar a soft key [ PRESET ]


- Fazer o preset de ferramentas

O preset é feito a partir do seguinte procedimento:

1 - Tocar a ferramenta na superfície da peça que será usada como referência,


através da manivela eletrônica (capítulo 5.2).
3 - Acionar a soft key [ CORRET ]
4 - Posicionar o cursor no campo correspondente a coluna
"GEOM(A)" e a linha do número da ferramenta desejada.
5 - Digitar: "Z"
6 - Acionar a soft key [ INS. C. ]

Repetir as operações de 1 a 6 para todas as ferramentas

OBSERVAÇÕES:
1) Após o preset, deve-se informar o valor do raio das ferramentas. Para isso, deve-se:
- Posicionar o cursor no campo correspondente a coluna "GEOM(D)" e a linha do
número da ferramenta desejada.
- Digitar o valor do raio. Exemplo: 10 (ferramenta Ø 20 mm)
- Acionar "INPUT".
2) O procedimento acima é utilizado para referenciar ferramentas a trabalhar
com compensação de raio no plano XY (G17). Caso seja necessário trabalhar com
ferramentas de ponta esférica e com compensação de raio nos planos XZ (G18)
ou YZ (G19), deve-se fazer o procedimento acima com a seguinte modificação:
ao invés de digitar o valor anotado, deve-se digitar a soma do valor anotado + o
raio da ferramenta.
Exemplo: Valor anotado = -320.000
Raio da ferramenta = + 5.000
Valor a digitar = -315.000
3) Com o procedimento acima não há necessidade de fazer o "zero-peça" no eixo
"Z". Por isso, antes de referenciar as ferramentas, deve-se apagar os dados
contidos no campo "Z" das páginas de "TRAB" (G54 a G59).

11.2 - Preset de ferramentas feito fora da máquina


Este processo é utilizado quando a medição da ferramenta é feito num dispositivo
externo. Com isso, o referenciamento das ferramentas é feito apenas carregando
o valor do comprimento delas na página de correção de ferramentas.

152 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

OBSERVAÇÕES:

1) Após o preset, deve-se informar o valor do raio das ferramentas. Para isso, deve-
se:
- Posicionar o cursor no campo correspondente a coluna "GEOM(D) e a linha do
número da ferramenta desejada.
- Digitar o valor do raio. Exemplo: 10 (ferramenta Ø 20 mm)
- Acionar "INPUT".

2) Os valores dos comprimentos deverão ser colocados sem sinal.

3) O procedimento acima é utilizado para referenciar ferramentas a trabalhar


com compensação de raio no plano XY (G17). Caso seja necessário trabalhar com
ferramentas de ponta esférica e com compensação de raio nos planos XZ (G18) ou YZ
(G19), deve-se subtrair o valor do raio da mesma do valor de seu comprimento e
colocar esse valor como sendo o de referenciamento.
Exemplo: Comprimento = 110.000
Raio da ferramenta = - 5.000
Valor a digitar = 105.000

4) Após informar os comprimentos de todas as ferramentas, deve-se fazer o "zero-


peça" no eixo "Z", conforme o capítulo 13.3 deste manual.

SENAI “Manuel Garcia Filho” 153


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

12 - CORREÇÃO DE DESGASTE DA FERRAMENTA

Para fazer a correção de desgaste de ferramenta deve-se:


- Acionar "OFFSET SETTING".
- Acionar "CORRET"
- Posicionar o cursor no campo correspondente as colunas desgaste e a linha do
número da ferramenta desejada, sendo em "DESG(A)" para efetuar a correção de
altura e em "DESG(D)" a correção de raio de ferramenta.
- Digitar o valor da correção (+/-)
- Acionar a soft key [ +INSER ]

13 - DEFINIÇÃO DO ZERO-PEÇA

13.1 - Definição do zero-peça no vértice (eixos “X” e “Y”)


- Através do movimento manual encostar a ferramenta na lateral da peça, no eixo X ou
Y (conforme figuras abaixo).
- Acionar "OFFSET SETTING"
- Acionar a soft key [ TRAB ]
- Selecionar o corretor desejado (de G54 a G59 ou de G54.1 P1 a G54.1 P48)
- Posicionar o cursor no eixo desejado (X ou Y).
- Digitar "X" (ou "Y") e a soma do valor do raio da ferramenta com o sobremetal na
lateral da peça, positivamente ou negativamente dependendo do posicionamento da
ferramenta.
- Acionar a soft key [ MEDIR ].

Repetir os mesmos procedimentos para zerar o outro eixo.


Nota: Considerando o posicionamento da ferramenta conforme as figuras abaixo
citados considerar o valor negativo. Ex: X-7 ‰ zeramento em X, sendo que a
ferramenta tem Ø10 mm e a peça 2 mm de sobremetal na lateral)

154 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

13.2 - Definição do zero-peça no centro (eixos “X” e “Y”)


- Através do movimento manual encostar a ferramenta na lateral da peça, no eixo X ou
Y ( figura 13.2 - detalhes 1).
- Acionar "POS"
- Acionar a soft key [ RELATIVA ]
- Digitar "X" (ou "Y", dependendo do eixo a ser zerado)
- Acionar a soft key [ ORIGEM ] (o valor X ou Y será zerado)
- Através do movimento manual encostar a ferramenta na lateral oposta da peça, no
eixo X ou Y (figura 13.2 - detalhes 2).
- Anotar o valor "relativo" contido no eixo que está sendo zerado. Exemplo: X 150.000
- Acionar "OFFSET SETTING".
- Acionar a soft key [ TRAB ].
- Selecionar o corretor desejado (de G54 a G59 ou de G54.1 P1 a G54.1 P48)
- Digitar "X" (ou "Y") e a metade do valor anotado. Exemplo: se o valor
anotado era X150.000, deve-se digitar "X75" (150/2).
- Acionar a soft key [ MEDIR ].

Repetir os mesmos procedimentos para zerar o outro eixo.

13.3 - Definição do zero-peça em Z (na superfície ou na base)


(Para preset de ferramenta feito fora da máquina)

SENAI “Manuel Garcia Filho” 155


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

- Através do movimento manual encostar a ferramenta na superfície da peça,


(figura 13.3).
- Acionar "OFFSET SETTING".
- Acionar a soft key [ TRAB ].
- Selecionar o corretor desejado (de G54 a G59 ou de G54.1 P1 a G54.1 P48)
- Posicionar o cursor no eixo Z.
- Digitar "Z" e o valor do comprimento da ferramenta (valor do preset - capítulo 11.2).
Ex.: "Z120"
- Acionar a soft key [ MEDIR ].

OBSERVAÇÕES:
- Com o procedimento acima o zero-peça ficará definido na superfície da peça.
Para fazer o zero-peça na base da mesma, deve-se digitar não só o comprimento da
ferramenta, mas sim a soma do comprimento da ferramenta com a altura total da peça.

Exemplo: Comprimento da ferram. = 120.000


Altura total da peça = 50.000
Valor a digitar = 170.000

14 - COMUNICAÇÃO DE DADOS

14.1 - Especificação da porta de comunicação


No comando FANUC 0i Mate - MB é possível fazer a comunicação através de duas
portas: a RS 232 (porta serial), utilizada pelos usuários para salvar/carregar
programas, parâmetros, etc., e a PCMCIA (Memory Card), utilizada pelos técnicos de
manutenção.

Para especificar qual será a porta de comunicação, deve-se alterar o parâmetro 20,
sendo que: - se #20 = 1 Porta serial
- se #20 = 4 Memory Card

OBSERVAÇÃO:
Para alterar os parâmetros da máquina deve-se seguir o procedimento descrito no
capítulo 16.

156 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

14.2 - Comunicação através da Porta Serial (RS 232)


A comunicação serial é aquela realizada entre a máquina e o periférico
(computador, perfuradora, coletor, etc.), através da porta serial.

Para isso é necessário a utilização de um cabo (ver "ESPECIFICAÇÃO DO


CABO DE COMUNICAÇÃO - capítulo 4.2.2) e, se o periférico for um
computador, de um software de comunicação.

Existem inúmeros softwares de comunicação e, por isso, neste capítulo serão descritos
apenas as configurações e procedimentos para comunicação relativos à máquina.
Para maiores detalhes sobre os softwares de comunicação, deve-se consultar os
fabricantes dos mesmos.

14.2.1 - Configurar os parâmetros de comunicação


- Acionar a tecla "MDI".
- Acionar a tecla "SYSTEM"
- Acionar a soft key [ ] até exibir [ ALL I/O ]
- Acionar a soft key [ ALL I/O ]
- Configurar os parâmetros de transmissão de acordo com o desejado. Exemplo:

OBSERVAÇÕES:

- O computador e o CNC devem conter as mesmas configurações de comunicação


- Para transmissão/recepção de programas ou de corretores de ferramentas deve-se,
na página de configuração de comunicação de dados, ajustar apenas a "TAXA
DE COMUNICAÇÃO" (Baudrate -50 a 19200) e o "STOP BIT" (Bits de parada -1 ou 2).
- No comando FANUC 0i Mate-MB, os parâmetros de transmissão: "DATA BITS"
(Tamanho de palavra) e "PARITY" (Paridade), já estão configurados como: "7" e
"IMPAR" (ou "EVEN"), respectivamente.

SENAI “Manuel Garcia Filho” 157


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

14.2.2 - Configuração do cabo


O microcomputador ou periférico externo que fará a comunicação deverá possuir uma
porta serial do tipo DB 9 ou DB 25 livre. O tipo de conector é irrelevante, desde que
haja perfeita fixação, sem perigo de ocorrência de mal contatos.

O cabo para a conexão deve obedecer a seguinte configuração:

14.2.3 - Salvar programa


- Preparar o periférico (microcomputador, coletor de dados, etc.)
- Acionar tecla "EDIT".
- Acionar tecla "PROG".
- Acionar a soft key [ DIR ].
- Digitar "O" e o número do programa desejado.
- Acionar a soft key [ ].
- Acionar a soft key [ TRANSM ].
- Acionar a soft key [ EXEC ].

OBSERVAÇÃO:
- Para salvar todos os programas do diretório, digite "-9999" após o endereço "O".
- Para interromper a recepção, deve-se acionar a soft key [ PARAR ].

14.2.4 - Carregar programa


- Acionar tecla "EDIT".
- Acionar tecla "PROG".
- Acionar a soft key [ DIR ].
- Digitar "O" e o número do programa novo a ser arquivado.
- Acionar a soft key [ ].
- Acionar a soft key [ RECEB ].

158 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

- Acionar a soft key [ EXEC ], ( aparecerá LSK ).


- Ativar o periférico (microcomputador, coletor de dados, etc.)

OBSERVAÇÃO:

- Se não digitarmos um número para o programa, ele é carregado com o número que
estiver no início do programa salvo no periférico. Exemplo 0001.
- Se digitarmos o número do programa , ele é carregado com este próprio
número, independente do número que estiver no início do programa salvo no
periférico.
- O programa que estiver no periférico deve ter início com % e, no lugar do endereço
O, deve constar " : " ( dois pontos ).
- Para interromper a recepção, deve-se acionar a soft key [ PARAR ].

14.2.5 - Salvar corretores de ferramentas


- Acionar tecla "EDIT".
- Acionar tecla "OFFSET SETTING", ( até visualizar "DESGASTE" ).
- Acionar a soft key [ OPRT ].
- Acionar a soft key [ ] .
- Acionar a soft key [ TRANSM ].
- Ativar o periférico (microcomputador, coletor de dados, etc.)
- Acionar a soft key [ EXEC ].

14.2.6 - Carregar corretores de ferramentas:


- Acionar tecla "EDIT".
- Acionar tecla " OFFSET SETTING", ( até visualizar "DESGASTE" ).
- Acionar a soft key [ OPRT ].
- Acionar a soft key [ ].
- Acionar a soft key [ RECEB ].
- Acionar a soft key [ EXEC ].
- Ativar o periférico (microcomputador, coletor de dados, etc.)

15 - EXECUÇÃO DE PROGRAMAS

Todo programa após ter sido testado estará disponível para execução em automático.
Para isso deve-se:
- Selecionar o programa.

SENAI “Manuel Garcia Filho” 159


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

- Acionar a tecla "AUTO".


- Acionar a tecla "RESET".
- Acionar a soft key [ TODO ].
- Acionar tecla "CYCLE START".

OBSERVAÇÃO: Caso queira executar o programa passo a passo, acionar a


tecla "SINGBLOCK", e para a execução de cada um dos blocos, acionar a tecla
"CYCLE START".

15.1 - Abortar a execução do programa


Para abortar a execução do programa deve-se
- Acionar o botão "CYCLE STOP".
- Acionar a tecla "RESET".

15.2 - Reinício no meio do programa (pela ferramenta)


- Selecionar o programa (capítulo 7.2)
- Acionar "RESET"
- Digitar o código da ferramenta que será utilizada para reinício do programa.
Exemplo:T02
- Acionar o cursor "↓"
- Acionar "AUTO".
- Acionar "CYCLE START".

15.3 - Interromper / continuar a execução do programa


Para interromper a execução do programa, seja para a troca de pastilha, limpeza de
peça ou outra finalidade qualquer, deve-se:
- Parar os eixos:
• Acionar o botão "CYCLE STOP" (pára os eixos X, Y e Z)
• Acionar a tecla "SPDL STOP" (pára o eixo-árvore)
- Zerar as coordenadas relativas:
• Acionar a tecla "POS"
• Acionar a soft key [ REL ]
• Digitar "X"
• Acionar a soft key [ ORIGIN ]
• Digitar "Y"
• Acionar a soft key [ ORIGIN ]
• Digitar "Z"

160 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

• Acionar a soft key [ ORIGIN ]


- Movimentar os eixos:
• Acionar a tecla "JOG"
• Movimentar o(s) eixo(s) desejado(s)
- Efetuar o evento necessário (troca da pastilha, limpeza da peça, etc.)
- Reposicionar os eixos nas coordenadas relativas "X0", "Y0" e "Z0"
- Continuar a execução do programa
• Acionar a tecla "AUTO"
• Fechar o seletor de avanço (por segurança)
• Acionar o botão "CYCLE START" (ativará os eixos e ligará o eixo-árvore)
• Liberar o avanço dos eixos

15.4 - Selecionar parada opcional (OPT STOP)


- Acionar a tecla "OPT STOP".

OBSERVAÇÃO:
- Esta função ativa uma parada opcional pré-definida no programa, através da função
M01.
- O operador deve selecionar esta função antes de iniciar a execução do programa.
- Para desativar a função basta acionar a tecla "OPT STOP" novamente.

15.5 - Omitir os blocos do programa com barra ("/")


- Acionar tecla "BLOCK DELET"

OBSERVAÇÕES:
- Caso a opção "BLOCK DELET" esteja ativada, o comando irá ignorar qualquer bloco
de informações precedidos do código "/" (barra).
- Se a opção "BLOCK DELET" não estiver ativa, todos os blocos serão executados
inclusive os que contém a função (/).

16 - ALTERAÇÃO DE PARÂMETROS

SENAI “Manuel Garcia Filho” 161


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

- Acionar "MDI"
- Acionar "OFFSET SETTING"
- Acionar a soft key [ DEFIN ]
- Posicionar o cursor até o campo "Escrita Param."
- Digitar: "1"
- Acionar "INPUT"

OBSERVAÇÃO:
Caso o alarme "LIBERADO A ESCRITA DE PARÂMETROS" seja exibido, deve-se
acionar simultaneamente as teclas "CAN" e "RESET" para cancelá-lo.
Para modificar os parâmetros, deve-se:
- Acionar "SYSTEM".
- Acessar a soft key [ PARAM ]
- Acionar "MDI"
- Digitar o número do parâmetro. Ex. 20 (parâmetro para especificar o canal de
comunicação)
- Acionar a soft key "N. SRH" - o cursor se posicionará no parâmetro 2
- Digitar o novo valor para o parâmetro. Ex.: 1 (especifica o canal de comunicação 1 -
RS232)
- Acionar "INPUT".

OBSERVAÇÃO: Após alterar os parâmetros, deve-se bloquear novamente a


escrita de parâmetros digitando "0" em "Escrita Param", na página "DEFIN.".

162 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Comando Siemens

PROGRAMAÇÃO 167
Apresentação 167
Antes de programar é necessário 167
Gerenciador de arquivos e programas 168
Sistemas de coordenadas 168
Coordenadas absolutas 169
Coordenadas polares 170
Função: D, S, T, M6/TROCA 170
Função: barra ( / ), N, MSG, ponto e vírgula ( ; ) 171
Funções preparatórias 172
Função: G90 - Coordenadas absolutas 173
Função: G91 - Coordenadas incrementais 173
Função: G70 - Sistema de unidade em polegada 173
Função: G71 - Sistema de unidade em milímetro 174
Função: G94 - Programação de avanço mm/min 174
Função: G95 - Programação de avanço mm/rot 174
Função: G54 a G57 - Sistema de coordenada de trabalho 174
Função: G500, G53, SUPA – Cancelam. do sistema de coordenada 175
Função: G17, G18, G19 - Plano de trabalho 175
Função: G60 - Posicionamento exato 176
Função: G64 - Controle contínuo da trajetória 176
Função: G0 - Movimento rápido 176
Função: G1 - Interpolação linear 177
Função: CHF, CHR, RND, RNDM - Raios e chanfros de cantos 177
Função: G2, G3 - Interpolação circular 178

SENAI “Manuel Garcia Filho” 163


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Função: TURN - Interpolação helicoidal 180


Função: G111 - Interpolação polar 182
Função: G40, G41, G42 - Compensação de corte 184
Função: G4 - Tempo de permanência 187
Subprograma 187
Repeat, Labe 189
GOTO - Desvio de programa 190
Parâmetros de cálculo R 191
FRAMES 192
TRANS, ATRANS - Deslocamento de origem 192
ROT, AROT - Rotação do sistema de coordenadas 194
SCALE, ASCALE - Fator de escala 195
MIRROR, AMIRROR - Imagem espelho 196
CICLOS 198
CYCLE81 198
CYCLE82 199
CYCLE83 201
CYCLE84 202
CYCLE85 206
CYCLE86 208
CYCLE87 209
CYCLE88 211
CYCLE89 213
MCALL 214
CYCLE90 215
- Ultrapassagem do comprimento de rosca 218
HOLES1 218
HOLES2 220
LONGHOLE 222
SLOT1 224
SLOT2 226
POCKET1 229

164 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

POCKET2 232
POCKET3 234
POCKET4 237
CYCLE71 239
CYCLE72 241
Programação nos planos G18 e G19 243
Funções miscelâneas 247
OPERAÇÃO 249
Apresentação 249
Detalhes e descrição do teclado de programação 250
Detalhes e descrição do teclado de operação 251
Ligar a máquina 253
Referenciar a máquina 253
Referenciar máquina através da rotina de referenciamento 253
Referenciar máquina eixo por eixo 253
Movimentas os eixos manualmente 254
Através do jog contínuo 254
Através da manivela eletrônica 254
Através do jog incremental 254
Operar comando via MDA 254
Inserir programa manualmente 255
Alterar dados no programa 256
Renomear programa 256
Apagar um programa 257
Copiar um programa completo 257
Copiar uma parte do programa 257
Comunicação de dados via RS232 258
Especificação do cabo para comunicação serial 258
Configuração dos parâmetros de comunicação 258
- Alguns parâmetros recomendados para a comunicação de dados 259
Transmissão de dados 259
Recepção de dados 259

SENAI “Manuel Garcia Filho” 165


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Selecionar programa para usinagem 259


Executar teste de programa com avanço de trabalho 260
Executar teste rápido de programa 260
Executar teste gráfico de programa 260
Referenciar ferramentas 263
Referenciamento de ferramentas feito na máquina 263
Referenciamento de ferramentas feito fora da máquina 264
Zerar peça (G54 a G57 266
Eixo “X” e “Y” (no vértice da peça) 266
Eixo “X” e “Y” (no centro da peça) 267
Eixo “Z” na superfície da peça 269
Eixo “Z” na base da peça 270
Executar teste de programa (DRY RUN) 271
Executar programa em automático 271
Executar programa ON-LINE 271
- Alguns parâmetro recomendados para execução ON-LINE 272
Abortar execução do programa 272
Reinicio do programa pela ferramenta 272
1º Caso 272
2º Caso 273
Reinicio do programa no meio da operação 273
Desligar máquina 274

166 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Parte 1 Programação

1 - Apresentação

Este manual foi elaborado para funções básicas do comando, visando a


simplicidade de programação e operação, para informações complementares
consultar manuais originais do comando.

Máquina a comando numérico é aquela que possui um equipamento eletro-eletrônico,


aqui tratado como comando, o qual possibilita à mesma a execução de uma seqüência
automática de atividades. Para efetuar uma usinagem de peças através de uma
máquina ferramenta a CNC, devemos tomar como referência dois itens:

1-Deve-se elaborar um programa de um desenho da peça, através de comandos


interpretados pelo CNC. Esses comandos estão descritos neste manual na parte de
programação.
2-O programa deve ser lido pelo CNC. Deve-se preparar as ferramentas à peça
segundo a programação desenvolvida, depois deve-se executar o processo de
usinagem. Estes processos estão descritos na parte de operação.

2 - Antes de programar é necessário...

- Estudo do desenho da peça, bruta e acabada.


Há necessidade de uma análise sobre a viabilidade de execução da peça em conta as
dimensões exigidas quantidade de material a ser removido, ferramental necessário,
fixação do material, etc.

- Estudos dos métodos e processos.


Definir as fases de usinagem de cada peça a ser executada, estabelecendo assim o
que fazer e quando fazer.
SENAI “Manuel Garcia Filho” 167
Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

- Escolha das ferramentas


A escolha de um bom ferramental é fundamental para um bom aproveitamento do
equipamento, bem como, a sua posição no magazine para minimizar o tempo de troca.

- Conhecer os parâmetros físicos da máquina e sua programação


É preciso conhecer todos os recursos de programação disponíveis e a capacidade de
remoção de cavacos, bem como, rotação máxima e número de ferramentas, visando
minimizar tempos de programação e operação.

- Definição dos parâmetros de Corte.


Em função do material a ser usinado, buscar juntos ao fabricante de ferramentas, os
dados de cortes: avanço, rotação e profundidade de corte.

3 - Gerenciamento de arquivos e programas

Para um manuseio mais flexível de dados e programas, estes podem ser visualizados,
armazenados e organizados de acordo com diferentes critérios.

Os programas e arquivos são armazenados em diferentes diretórios, ou seja, pastas


onde serão armazenados de acordo com a função ou características.

Exemplos de diretórios:
- subprogramas
- programas
- peças
- comentários
- ciclos padrão
- ciclos de usuário

Cada programa corresponde a um arquivo e todo arquivo possui uma extensão, esta
por sua vez informa qual tipo de arquivo estamos trabalhando.

Exemplo de extensões:
.MPF - programa principal.
.SPF – subprograma.
.TEA - dados de máquina.
.SEA - dados de setting.

168 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

.TOA - correções da ferramenta.


.UFR - deslocamentos do ponto zero.
.INI - arquivos de inicialização.
.COM - comentário
.DEF - definição para dados globais

Para armazenarmos os arquivos de programas no CNC (máquina), via RS232


(comunicação serial), devemos endereçá-los para os diretórios correspondentes de
acordo com o tipo de arquivo a ser armazenado.

Abaixo temos os caminhos para efetuarmos a comunicação.

Sintaxe de cabeçalho para armazenamento de programa:

%_N_(nome do programa)_(tipo de extensão de acordo com tipo de arquivo)


;$PATH=(endereço correspondente, vide gráfico acima).

4 - Sistema de coordenadas

4.1 - Coordenadas absolutas

No modo de programação em absoluto as posições dos eixos são medidas da posição


zero atual (zero peça) estabelecido.

4.2 - Coordenadas incrementais

No modo de programação em incremental as posições dos eixos são medidas a partir


da posição anteriormente estabelecida.
SENAI “Manuel Garcia Filho” 169
Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

- A dimensão incremental descreve a distância as ser percorrida pela ferramenta a


partir da posição atual da mesma.

4.3 - Coordenadas polares

Até agora o método de determinação dos pontos era descrito num sistema de
coordenadas cartesianas, porém existe uma outra maneira de declarar os pontos em
função de ângulos, e centros.

O ponto, a partir do qual sai a cotação chama-se Pólo (centro dos raios).

5 - Função: D, S, T, M6/TROCA

Aplicação: Seleção do número e corretor de ferramenta e rotação eixo árvore

Através da programação do endereço “T” (na linha Discovery pode ser programadas
até 22 ou 30). ferramentas, dependendo do tipo do trocador – standard ou com ATC,
respectivamente) ocorre uma troca direta da ferramenta ou a seleção da posição no
magazine da máquina.
Para liberar a troca da ferramenta deve-se programar a função M6/TROCA junto com a
função “T” quando necessário.

A uma ferramenta podem ser atribuídos corretores de ferramentas de 1 a 9,


programando um endereço “D” correspondente.

170 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Para ativar a rotação do eixo árvore (RPM) deve-se programar a função “S” seguida
do valor da rotação desejada.

Exemplo:

T01 ........... (chama a ferramenta nº1)


M06 .............(habilita a troca)
D01 .............(ativa o corretor nº1)
S1500 M03 ...(liga o fuso a 1500 RPM no sentido horário)

6 - Função: Barra ( / ), N, MSG, ponto de vírgula ( ; )

Aplicação: Eliminar execução de blocos, número seqüencial de blocos,


mensagem ao operador e comentário de auxílio.

Utilizamos a função barra ( / ) quando for necessário inibir a execução de blocos no


programa, sem alterar a programação.

Se a barra ( / ) for digitada na frente de alguns blocos, estes serão ignorados pelo
comando, desde que o operador tenha selecionado a opção INIBIR BLOCOS, caso a
opção não seja acionada os blocos serão executados normalmente.

Exemplos:
N10 ____ (bloco executado)
/N20 ____ (bloco eliminado)
N30 ____ (bloco executado)
/N40 ____ (bloco eliminado)
/N50 ____ (bloco eliminado)
/N60 ____ (bloco eliminado)
N70 ____ (bloco executado)

A função N tem por finalidade a numeração seqüencial dos blocos de programação, o


seu uso é opcional dentro da programação, ou seja, sua programação é facultativa
podendo ou não ser utilizada.

SENAI “Manuel Garcia Filho” 171


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Exemplos:
N10 ____
N20 ____
N30 ____
N40 ____
N50 ____
N60 ____
N70 ____

Durante a edição do programa pode haver a necessidade de inserir comentários para


auxiliar o operador, este comentário será ignorado pelo comando.

No início de um comentário deve-se colocar o caracter ponto e virgula ( ; )

Exemplos:

;PECA_TESTE

N30 T02; FRESA DE FACEAR

N100 M30; FIM DE PROGRAMA

Durante a execução do programa, pode ser programadas mensagens para informar ao


operador, em que fase se encontra a usinagem ou operação a que esta sendo feita.
Uma mensagem pode ser gerada programando a função MSG(“mensagem
desejada”), sendo que o limite de caracteres para a mensagem é de 124 caracteres.
Para cancelarmos uma mensagem programamos a função MSG (“”).

Exemplos:
N10 MSG (“DESBASTANDO PERFIL EXTERNO”) : ativa a mensagem
N___
N100 MSG (“”) ;desativa mensagem

7 - Funções preparatórias

7.1 - Função: G90

172 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Aplicação: Programação em coordenadas absolutas

Esta função prepara a máquina para executar operações em coordenadas absolutas


tendo uma pré origem pré-fixada para a programação.
A função G90 é modal.

Sintaxe:
G90 (modal) ou
X=AC(...) Y=AC(...) Z=AC(...) (não modal)

7.2 - Função: G91

Aplicação: Programação em coordenadas incrementais

Esta função prepara a máquina para executar operações em coordenadas


incrementais. Assim, todas as medidas são feitas através da distância a se deslocar.
A função G91 é modal.

Sintaxe:
G91 (modal) ou
X=IC(...) Y=IC(...) Z=IC(...) (não modal)

7.3 - Função: G70

Aplicação: Sistema de unidade polegadas

Um bloco G70 no início do programa instrui o controle para usar valores em polegadas
para movimentos dos eixos, avanços, planos de rápido e correções.

A função G70 é modal.

Sintaxe:
G70

SENAI “Manuel Garcia Filho” 173


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

7.4 - Função: G71

Aplicação: Sistema de unidade milímetro

Um bloco G71 no início do programa referência unidades métricas para todos os


movimentos dos eixos, avanços, plano de rápidos e correções.
A função G71 é modal.

Sintaxe:
G71

7.5 - Função: G94

Aplicação: Programação de avanço em mm/min ou polegadas/min

A velocidade de avanço é declarada com a função “F”.


A função G94 é modal, e é ativada automaticamente ao ligarmos a máquina.

Sintaxe:
G94

7.6 - Função: G95

Aplicação: Programação de avanço em mm/rotação ou polegadas/rotação

A velocidade de avanço é declarada com a função“F”, esta função é normalmente


utilizada em centros de torneamento.
A função G95 é modal

Sintaxe:
G95

7.7 - Função: G54 a G57

Aplicação: Sistema de coordenadas de trabalho (zero-peça)


O sistema de coordenadas de trabalho define, como o zero, um determinado ponto
referenciado na peça.

174 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Este sistema pode ser estabelecido por uma das quatro funções entre G54 a G57.
Os valores para referenciamento devem ser inseridos na página de Zero Peça.

Sintaxe:
G54 a G57

7.8 - Função: G500,G53, SUPA

Aplicação: Cancelamento do sistema de coordenadas de trabalho modal e não


modal

A função G500 tem por finalidade cancelar o zero peça (funções G54 a G57), deixando
como referência para trabalho o zero máquina. Esta função é modal. Sintaxe: G500.
As funções G53 e SUPA tem por finalidade, cancelar o zero peça para podermos
programar um movimento em relação ao zero máquina. Estas funções não são
modais, ou seja, são válida apenas para o bloco atual.

Exemplo: G53 G0 Z(...) D0 (Z = valor da altura de troca, D0 = desativa corretor de


ferramenta)

7.9 - Função: G17, G18 ,G19

Aplicação: Seleciona plano de trabalho

As funções G17, G18 e G19 permitem selecionar o plano no qual se pretende executar
interpolação circular (incluindo um arco de interpolação helicoidal e/ou uma
compensação de raio da ferramenta.
As funções de seleção de plano de trabalho são modais.

Sintaxe:
G17 sendo plano de trabalho XY
G18 sendo plano de trabalho XZ
G19 sendo plano de trabalho YZ

OBS: O plano G17 é o mais utilizado para gerar perfis e por isso será utilizado como
padrão neste manual. Porém, como em alguns casos é necessário trabalhar nos
demais planos, o capítulo 14 dará maiores detalhes sobre eles.

SENAI “Manuel Garcia Filho” 175


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

7.10 - Função: G60

Aplicação: Posicionamento exato

A função G60 é utilizada para executar movimentos exatos, como, por exemplo, cantos
vivos. Com isso, a cada movimento executado, o comando gera uma pequena parada
dos eixos envolvidos nestes movimentos.
Esta função é defalt, modal e cancela a função G64.

7.11 - Função: G64

Aplicação: Controle contínuo da trajetória

A função G64 é utilizado para que o comando possa ler alguns blocos a frente ("Look
ahead") e, sendo assim, possa fazer os movimentos de forma contínua, sem parar os
eixos entre um bloco e outro.

Esta função é modal e cancela a função G60.

7.12 - Função: G0

Aplicação: Movimento rápido

Os movimentos rápidos são utilizados para o posicionamento rápido da ferramenta,


para contornar a peça ou para aproximar-se de pontos da troca de ferramenta.
Essa função não é apropriada para a usinagem de peças.

O movimento da ferramenta programado com G0 é executado à máxima velocidade de


posicionamento possível (deslocamento rápido específico para cada eixo).
A função G0 é modal.

Sintaxe:
G0 X(...) Y(...) Z(...)

7.13 - Função: G1

Aplicação: Interpolação linear

176 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Os eixos são movidos em avanço programado, especificado pela letra “F”, para uma
certa posição com referência ao zero programado, ou ainda a uma distância
incremental partindo da posição atual, de acordo com a função G90 ou G91
previamente estabelecida.

A função G1 é modal.

Sintaxe:
G1 X(...) Y(...) Z(...).F(...)

7.14 - Funções: CHF/CHR, RND/RNDM

Aplicação: Chanframento, Arredondamento de cantos.

Para chanfrar cantos insere-se entre os movimentos lineares e/ou movimentos


circulares a função CHF ou CHR junto com os valores do chanfro ou segmento.

Para arredondar cantos, insere-se entre os movimentos lineares e/ou movimentos


circulares a função RND, acompanhado do valor do raio a ser gerado tangente aos
segmentos.

SENAI “Manuel Garcia Filho” 177


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Na figura abaixo temos um exemplo de arredondamento de um linha reta e um círculo.

Para trabalharmos com arredondamento modal, ou seja, permitir inserir após cada
bloco de movimento, um arredondamento entre contornos lineares e contornos
circulares, utilizamos a função RNDM.

Sintaxe:
RNDM=(...) valor do raio a ser gerado.

Para desligarmos a função de arredondamento modal deve-se programar a função


RNDM=0.

7.15 - Função: G2, G3

Aplicação: Interpolação circular

Através das funções pode-se gerar arcos nos sentidos horário G2 ou anti-horário G3.
A interpolação circular permite produzir círculos inteiros ou arcos de círculo. Em casos
de interpolação circular para programarmos o avanço é aconselhável utilizarmos as
funções: CFTCP para que o avanço fique constante na trajetória de centro da fresa
quando trajetória de curvas externa, ou, CFIN para que o avanço fique constante na
trajetória de centro da fresa quando trajetória de curvas internas.

Sintaxe:
G2/G3 X(...) Y(...) Z(...) I(...) J(...) K(...) ou
G2/G3 X(...) Y(...) Z(...) CR=(...)

X, Y, Z ponto final da interpolação


I centro da interpolação no eixo X

178 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

J centro da interpolação no eixo Y


K centro da interpolação no eixo Z
CR= valor do raio do círculo
(+ ângulo inferior ou igual a 180º, - ângulo superior a 180º)

SENAI “Manuel Garcia Filho” 179


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

7.15.1 - Função: TURN

Aplicação: Interpolação helicoidal

A interpolação helicoidal permite, por exemplo, produzir roscas ou ranhuras de


lubrificação.

Na interpolação helicoidal são executados dois movimentos de forma sobreposto e


paralela.

·um movimento circular plano


·um movimento linear vertical

O movimento circular é executado nos eixos especificados pela declaração do plano


de trabalho.

Exemplo: plano de trabalho G17, eixos para a interpolação circular X e Y.

O movimento linear vertical no exemplo acima será executado pelo eixo Z.

Seqüência de movimentos:

1- Posicionar na posição de partida, descontado o raio da ferramenta (coordenada


inicial)
2-Com TURN= executar os círculos inteiros programados.
3- Se necessário ir para o ponto final do círculo, através de uma rotação parcial.
4- Executar os itens 2 e 3 para repetir os passes

180 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Sintaxe:

G2/G3 X(...) Y(...) Z(...) I(...) J(...) TURN=(...)


G2/G3 X(...) Y(...) Z(...) I=AC(...) J=AC(...) TURN=(...)

Exemplo:

OBS.: no exemplo foi considerado ferramenta de diâmetro igual a 20

G17
G0 X60 Y40 Z3
G1 Z0 F50
G2 X60 Y40 Z-24 I=AC(40) J=AC(40) TURN=6
G0 X40 Y40
G0 Z10
M30

SENAI “Manuel Garcia Filho” 181


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

7.16 - Função: G111

Aplicação: Interpolação Polar

As coordenadas podem ser programadas através de coordenadas polares (Raio,


Ângulo).O pólo (centro do arco) é declarado através da função G111 com coordenadas
cartesianas.

Sintaxe:
G111 X(...) Y(...) (onde os valores de X e Y representam o pólo (centro))
G0/G1 AP=(...) RP=(...)
G2/G3 AP=(...) RP=(...)

AP= ângulo polar, referência de ângulo ao eixo horizontal


RP= raio polar em milímetro ou polegada

Exemplo 1:
G0 X0 Y0 Z10
G111 X15 Y30; Determinação do pólo
G0 AP=30 RP=100; Ponto P1
G1 Z-5 F300
G0 Z10
G0 AP= 75 RP=60; Ponto P2
G1 Z-5 F300
G0Z10

182 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Exemplo 2:

G0 X0 Y0 Z10
G111 X43 Y38
G0 AP=18 RP=30
G1 Z-5 F300
G0 Z10
G0 AP=90 RP=30
G1 Z-5 F300
G0 Z10
G0 AP=162 RP=30
G1 Z-5 F300
G0 Z10
G0 AP=234 RP=30
G1 Z-5 F300
G0 Z10
G0 AP=306 RP=30
G1 Z-5 F300
G0 Z10

SENAI “Manuel Garcia Filho” 183


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

7.17 - Função: G40, G41, G42

Aplicação: Compensação de raio da ferramenta

A compensação de raio de ferramenta permite corrigir a diferença entre o raio da


ferramenta programado e o atual, através de um valor inserido na página de corretor
de ferramenta.

Explicação dos comandos:

G40 desligar a compensação de raio da ferramenta


G41 ligar a compensação de raio da ferramenta, quando a mesma trabalha a esquerda
do perfil
G42 ligar a compensação de raio da ferramenta, quando a mesma trabalha a direita do
perfil

Com a função de compensação ativa, o comando calcula automaticamente os


respectivos percursos eqüidistantes da ferramenta.

Para o cálculo dos percursos da ferramenta o comando necessita das seguintes


informações: T (n.º da ferramenta) e D (n.º do corretor).

Para ligar ou desligar a compensação de raio da ferramenta G40, G41 ou G42 tem de
se programar um comando de posicionamento comG0 ou G1, com movimento de pelo
menos um eixo (preferencialmente os dois).

184 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Exemplos:
Programação pela esquerda.
G17 G71 G90 G94
G53 G0 Z-110. D0
T01
M6
G54 D01
S2000 M3
G0 X10. Y10. Z10.
G1 Z-7 F200
G41
G1 X20 Y20 F500
Y40
X40 Y70
X80 Y50
Y20
X20
G40
G0 X10 Y10
Z10
G53 G0 Z-110 D0 M5
M30

SENAI “Manuel Garcia Filho” 185


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Programação pela direita.


G17 G71 G90 G94
G53 G0 Z-110 D0
T01
M6
G54 D01
S2000 M3
G0 X0 Y0 Z10
G1 Z-7 F200
G42
G1 X10 Y10 F500
X20
G2 X40 Y10 I=AC(30) J=AC(10)
G1 X55
G3 X85 Y40 I=AC(55) J=AC(40)
G1 Y50
X10
Y10
G40
G0 X0 Y0
Z10
G53 G0 Z-110 D0 M5
M30

186 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

7.18 - Função: G4

Aplicação: Tempo de permanência

Permite interromper a usinagem da peça entre dois blocos, durante um tempo


programado. Por exemplo para alívio de corte.

8 - Subprograma

Por principio, um subprograma é construído da mesma maneira que um programa de


peças e compõem-se de blocos com comandos de movimentos. Não há diferença
entre o programa principal e o subprograma, o subprograma contém seqüências de
operações de trabalho que devem ser executadas várias vezes.

Por exemplo: um subprograma pode ser chamado e executado em qualquer programa


principal.

A estrutura do subprograma é idêntica à do programa principal, somente dois itens os


diferenciam:

· os subprogramas são terminados com a função M17 - fim de subprograma,


enquanto os programas são terminados pela função M30 - fim de programa.
·como o comando trata os programas e subprogramas como arquivos, para diferenciá-
los são dados extensões diferentes: .MPF - para programas, .SPF - para
subprogramas.

SENAI “Manuel Garcia Filho” 187


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Para poder escolher um certo subprograma entre vários subprogramas, atribui-se a


este um nome, que deve seguir as seguintes restrições.

·os primeiros dois caracteres devem ser letras, os demais podem ser números. Com
exceção se trabalharmos com chamada de subprogramas através do endereço "L", do
qual o nome pode ser apenas valores numéricos inteiros precedidos com a letra "L".
·utilizar no máximo 31 caracteres·não utilizar caracteres se separação ( , - / “ ” )

OBS: as mesmas restrições são válidas para nomes de programas principais.

Subprogramas podem ser chamados não só no programa principal, mas também num
outro subprograma, com isso de um programa principal podem partir 11 chamadas de
subprogramas. No programa principal, chama-se o subprograma ou com o endereço L
e o número do subprograma correspondente, ou declarando o nome do subprograma.

Para informarmos o n.º de vezes que desejamos repetir pode ser informado através do
endereço P=n.

188 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

9 - REPEAT, LABEL

Aplicação: Repetição de uma seção do programa

Ao contrário da técnica do subprograma, onde devemos fazer um programa auxiliar,


pode-se gerar uma subrotina para repetir trechos que já estão definidos no próprio
programa.

LABEL palavra de endereçamento para marcar o início e fim do desvio, ou bloco a ser
repetido.
REPEATB parâmetro de repetição de bloco, vem seguido do LABEL_BLOCO e da
função P que determina o número de repetições (n).
REPEAT parâmetro de repetição, vem seguido do LABEL_INICIO e LABEL_FIM e da
função P que determina o número de repetições.

Sintaxe 1:
LABEL_BLOCO:
|
REPEATB LABEL_BLOCO P=n

Sintaxe 2:
LABEL_INÍCIO:
|
|
REPEATB LABEL_INÍCIO P=n

Sintaxe 3:
LABEL_INÍCIO:
|
|
|
LABEL_FIM:
|
REPEATB LABEL_INÍCIO LABEL_FIM P=n

SENAI “Manuel Garcia Filho” 189


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

10 - GOTO

Aplicação: Desvio de programa

Quando há necessidade de programar um desvio (um salto) do programa, para uma


parte específica do mesmo, utiliza-se a função GOTO endereçando um label
(endereço) pré-programado.

Sintaxe:

GOTOB (label)- salto para trás


GOTOF (label)- salto para frente

190 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

11 - Parâmetros de cálculo R

Estão a disposição 100 parâmetros de cálculo R com a seguinte classificação.

Sintaxe:
R0 =___ à
R99 =___

OBS: parâmetros R100 ao R249 são de transferência para ciclos de usinagem, são
utilizados pelo comando, por isso eles são fechados deixando livres para o usuário os
parâmetros R0 ao R99.

Aos parâmetros de cálculo podem ser atribuídos valores inteiros ou decimais.

SENAI “Manuel Garcia Filho” 191


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

12 - Funções frames

12.1 - Função: TRANS, ATRANS

Aplicação: Deslocamento da origem de trabalho


A função TRANS/ATRANS permite programar deslocamentos da origem de trabalho
para todos os eixos na direção desejada, com isso é possível trabalhar com ponto zero
alternativos, no caso de usinagem repetidas em posições diferentes da peça.

192 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Função, TRANS XYZ é utilizada para deslocar a origem do trabalho em relação ao


zero peça G54.

Função, ATRANS XYZ é utilizada para deslocar a origem do trabalho em relação a um


frame já programado.

Para cancelarmos um deslocamento deve-se programar a função TRANS sem a


declaração de variáveis, com isso cancelamos qualquer frame programado.

Sintaxe:
TRANS X___ Y___

SENAI “Manuel Garcia Filho” 193


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

12.2 - Função: ROT, AROT

Aplicação: Rotação do sistema de coordenada de trabalho


A função ROT/AROT permite programar um ângulo rotação para o sistema de
coordenadas de trabalho em relação ao plano de trabalho selecionado.

Programando a função ROT RPL = ___, o sistema de coordenadas é rotacionado em


relação ao zero peça G54. Para programarmos uma segunda rotação em relação a um
frame já programado devemos utilizar a função AROT RPL = ___.

Para cancelarmos uma rotação deve-se programar a função ROT sem a função
auxiliar RPL, com isso cancelamos qualquer frame programado.

Sintaxe:
ROT RPL = ___

194 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

12.3 - Função: SCALE, ASCALE

Aplicação: Fator de escala


A função SCALE/ASCALE permite programar, para todos os eixos fatores de escala,
com isso é possível alterar o tamanho de uma peça já programada.

Pode-se utilizar a funçãoSCALE XYZ, para programarmos um fator de escala em


relação ao zero peça G54, ou a função ASCALE XYZ para programarmos um fator de
escala em relação a um frame já programado.

Para cancelarmos a função escala devemos programar a função SCALE sem declarar
variáveis, com isso cancelamos qualquer frame programado.

Sintaxe:
SCALE X___ Y___

SENAI “Manuel Garcia Filho” 195


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

12.4 - Função: MIRROR, AMIRROR

Aplicação: Imagem espelho

A função MIRROR/AMIRROR permite espelhar o perfil da peça nos eixos desejados.


O espelhamento é programado pela função MIRROR XYZ através de mudanças de
direção axiais no plano de trabalho. O espelhamento por MIRROR tem como
referência o ponto zero peça G54.

Um espelhamento com referência a um espelhamento ou frame já programado deve


utilizar a função AMIRROR XYZ.

Sintaxe:
MIRROR X__ Y___

196 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Com o função de espelhamento ativa o comando muda automaticamente os comandos


de compensação de raio da ferramenta G41/G42 ou G42/G41, o mesmo se aplica ao
sentido da interpolação circular G2/G3.

Para cancelarmos a função espelho devemos programar a função MIRROR sem


declarar variáveis, com isso cancelamos qualquer frame programado.

SENAI “Manuel Garcia Filho” 197


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

13 - Ciclos

13.1 - CYCLE81

Aplicação: Furação simples

A ferramenta fura com a rotação do eixo árvore e avança os eixos até a profundidade
programada.

Sintaxe:
CYCLE81 (RTP, RFP, SDIS, DP, DPR)

Onde:

NOTAS:

Os dados de corte como avanço e rotação devem ser programados anteriormente em


um bloco separado.

198 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Devemos programar apenas um valor para o final do furo, ou seja, ou programamos o


"DP" (coordenada absoluta) ou o "DPR" (coordenada a partir do plano de referência).

Os parâmetros não necessários podem ser omitidos no bloco de programação ou


receberem valor zero (0).

13.2 - CYCLE82

Aplicação: Furação com tempo de permanência

A ferramenta fura com a rotação do eixo árvore e avanço dos eixos até a profundidade
programada.
Após atingida a profundidade pode-se programar um tempo de permanência.

Sintaxe:
CYCLE82 (RTP, RFP, SDIS, DP, DPR, DTB)

Onde:

SENAI “Manuel Garcia Filho” 199


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

NOTAS:

Os dados de corte como avanço e rotação devem ser programados anteriormente em


um bloco separado.

Devemos programar apenas um valor para o final do furo, ou seja, ou programamos o


"DP" (coordenada absoluta) ou o "DPR" (coordenada a partir do plano de referência).
Os parâmetros não necessários podem ser omitidos no bloco de programação ou
receberem valor zero (0).

200 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

13.3 - CYCLE83

Aplicação: Furação com quebra ou eliminação de cavacos

A ferramenta fura com a rotação do eixo árvore e avanço dos eixos até a profundidade
programada, de forma que a profundidade final é atingida com sucessivas
penetrações, podendo a ferramenta recuar até o plano de referência para eliminar os
cavacos ou recuar 1 mm para quebrar o cavaco.

Sintaxe:
CYCLE83 (RTP, RFP, SDIS, DP, DPR, FDEP, FDPR, DAM, DTB, DTS, FRF, VARI)

Onde:

NOTAS:

Os dados de corte como avanço e rotação devem ser programados anteriormente em


um bloco separado.

SENAI “Manuel Garcia Filho” 201


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Devemos programar apenas um valor para o final do furo, ou seja, ou programamos o


"DP" (coordenada absoluta) ou o "DPR" (coordenada a partir do plano de referência).
Devemos programar apenas um valor para a primeira penetração da furação, ou seja,
ou programamos o "FDEP" (coordenada absoluta) ou o "FDPR" (coordenada a partir
do plano de referência).

Os parâmetros não necessários podem ser omitidos no bloco de programação ou


receberem valor zero (0).

13.4 - CYCLE84

Aplicação: Roscamento macho rígido

A ferramenta executa o roscamento com macho com fixação rígida.

Sintaxe:
CYCLE84 (RTP, RFP, SDIS, DP, DPR, DTB, SDAC, MPIT, PIT, POSS, SST, SST1)

Onde:

202 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

NOTAS:
Os dados de corte como avanço e rotação devem ser programados anteriormente em
um bloco separado.

Devemos programar apenas um valor para o final da rosca, ou seja, ou programamos


o "DP" (coordenada absoluta) ou o "DPR" (coordenada a partir do plano de
referência).

Devemos programar apenas um valor para o passo, ou seja, ou programamos o


"MPIT" (diâmetro da rosca) ou o "PIT" (passo da rosca).

SENAI “Manuel Garcia Filho” 203


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Este ciclo permite roscar furos utilizando o processo de macho rígido.

Roscas à esquerda ou roscas à direita são especificadas através do sinal dos


parâmetros de passo ("MPIT" ou "PIT"):

·valor positivo - à direita (M3)


·valor negativo - à esquerda (M4)

O sentido de giro é sempre invertido automaticamente na abertura das roscas


Os parâmetros não necessários podem ser omitidos no bloco de programação ou
receberem valor zero (0).

13.5 - CYCLE840

Aplicação: Roscamento mandril flutuante

A ferramenta executa o roscamento com a rotação e avanço até a profundidade


programada.

Sintaxe:
CYCLE840 (RTP, RFP, SDIS, DP, DPR, DTB, SDR, SDAC, ENC, MPIT, PIT)

204 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Onde:

NOTAS:

O ciclo CYCLE840 permite roscar furos com mandril flutuante: com encoder e sem
encoder.

Antes da chamada do ciclo é necessário programar o sentido de giro do eixo árvore.


Devemos programar apenas um valor para o final da rosca, ou seja, ou programamos
o "DP" (coordenada absoluta) ou o "DPR" (coordenada a partir do plano de
referência).

Devemos programar apenas um valor para o passo, ou seja, ou programamos o


"MPIT" (diâmetro da rosca) ou o "PIT" (passo da rosca).

O sentido de giro é sempre invertido automaticamente na abertura das roscas.


Os parâmetros não necessários podem ser omitidos no bloco de programação ou
receberem valor zero (0).

SENAI “Manuel Garcia Filho” 205


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

13.6 - CYCLE85

Aplicação: Mandrilamento com retração do eixo árvore em rotação


A ferramenta executa o mandrilamento com a rotação e avanço até a profundidade
programada, podendo programar o avanço de retração de acordo com o desejado.

Sintaxe:
CYCLE85 (RTP, RFP, SDIS, DP, DPR, DTB, FFR, RFF)

Onde:

206 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

NOTAS:

Deve-se programar a rotação do eixo árvore anteriormente em bloco separado.


Devemos programar apenas um valor para o final do mandrilamento, ou seja, ou
programamos o "DP" (coordenada absoluta) ou o "DPR" (coordenada a partir do plano
de referência).

Os parâmetros não necessários podem ser omitidos no bloco de programação ou


receberem valor zero (0).

SENAI “Manuel Garcia Filho” 207


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

13.7 - CYCLE86

Aplicação: Mandrilamento com retração do eixo árvore parado

A ferramenta executa o mandrilamento com a rotação e o avanço até a profundidade


programada, podendo programar um deslocamento e avanço para retração de acordo
com o desejado.

Sintaxe:
CYCLE86 (RTP, RFP, SDIS, DP, DPR, DTB, SDIR, RPA, RPO, RPAP, POSS)

Onde:

208 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

NOTAS:
Os dados de corte como avanço e rotação devem ser programados anteriormente em
um bloco separado.

Devemos programar apenas um valor para o final do mandrilamento, ou seja, ou


programamos o "DP" (coordenada absoluta) ou o "DPR" (coordenada a partir do plano
de referência).

A função POSS permite parar o eixo árvore de forma orientada.

Os parâmetros não necessários podem ser omitidos no bloco de programação ou


receberem valor zero (0). O sentido de rotação é programado no ciclo.

13.8 - CYCLE87

Aplicação: Mandrilamento

A ferramenta executa o mandrilamento com a rotação e avanço até a profundidade


programada, sendo que a retração se dará com o eixo árvore parado e em avanço
rápido.

SENAI “Manuel Garcia Filho” 209


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Sintaxe:
CYCLE87 (RTP, RFP, SDIS, DP, DPR, SDIR)

Onde:

NOTAS:

Devemos programar apenas um valor para o final do mandrilamento, ou seja, ou


programamos o "DP" (coordenada absoluta) ou o "DPR" (coordenada a partir do plano
de referência).

Após atingida a profundidade final de furação, é gerado uma parada do fuso não
orientada M5 e uma parada do programa M0, portanto é necessário o acionamento da
tecla START.

O sentido de rotação é programado no ciclo.

Os parâmetros não necessários podem ser omitidos no bloco de programação ou


receberem valor zero (0).

210 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

13.9 - CYCLE88

Aplicação: Mandrilamento
A ferramenta executa o mandrilamento com a rotação e avanço até a profundidade
programada, sendo que a retração se dará após um tempo de permanência, com o
eixo árvore parado e em avanço rápido.

Sintaxe:
CYCLE88 (RTP, RFP, SDIS, DP, DPR, DTB, SDIR)

Onde:

SENAI “Manuel Garcia Filho” 211


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

NOTAS:

Devemos programar apenas um valor para o final do mandrilamento, ou seja, ou


programamos o "DP" (coordenada absoluta) ou o "DPR" (coordenada a partir do plano
de referência).

Após atingida a profundidade final de furação, é gerado uma parada do fuso não
orientada M5 e uma parada do programa M0, portanto é necessário o acionamento da
tecla START.

O sentido de rotação é programado no ciclo.

Os parâmetros não necessários podem ser omitidos no bloco de programação ou


receberem valor zero (0).

212 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

13.10 - CYCLE89

Aplicação: Mandrilamento

A ferramenta executa o mandrilamento com a rotação e avanço até a profundidade


programada, sendo que a retração se dará após um tempo de permanência.

Sintaxe:
CYCLE89 (RTP, RFP, SDIS, DP, DPR, DTB)

Onde:

NOTAS:

Devemos programar apenas um valor para o final do mandrilamento, ou seja, ou


programamos o "DP" (coordenada absoluta) ou o "DPR" (coordenada a partir do plano
de referência).

Após atingida a profundidade final de furação, é gerado uma parada do fuso não
orientada M5 e uma parada do programa M0, portanto é necessário o acionamento da
tecla START.

Os dados de corte como avanço e rotação devem ser programados em um bloco


separado.

Os parâmetros não necessários podem ser omitidos no bloco de programação ou


receberem valor zero (0).

SENAI “Manuel Garcia Filho” 213


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

13.11 - MCALL

Aplicação: Chamada de sub-rotina

Esta função é muito importante para os ciclos de furação.

Sintaxe:
MCALL CYCLE_ (__,__,__,__,__)

A programação permite chamar sub-rotinas e ciclos também de forma modal,


mantendo seus valores prévios de parâmetros. A chamada modal da subrotina é
gerada através da função MCALL.

Para desativarmos uma chamada de subrotina pela função MCALL basta


programarmos a função sem o nome do ciclo.

Não é permitido um encadeamento de chamadas modais, ou seja, quando estamos


trabalhando com sub-rotinas não podemos programar dentro da mesma uma outra
sub-rotina.

214 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

13.12 - CYCLE90

Aplicação: Interpolação helicoidal

Este ciclo permite produzir roscas internas e externas. A trajetória da ferramenta é


baseada em uma interpolação helicoidal.

Sintaxe:
CYCLE90 (RTP, RFP, SDIS, DP, DPR, DIATH, KDIAM, PIT, FFR, CDIR, TYPTH, CPA,
CPO)

Onde:

SENAI “Manuel Garcia Filho” 215


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

NOTAS:
A posição de partida, quando em usinagem externa, é qualquer posição desde que a
ferramenta possa atingir o diâmetro externo e o plano de retorno sem colisão.

A posição de partida, quando em usinagem interna, é qualquer posição desde que a


ferramenta possa atingir o centro da interpolação e a altura do plano de retorno sem
colisão.

Quando usinagem de baixo para cima devemos posicionar a ferramenta no plano de


retorno ou atrás do plano de retorno.

216 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Uma vez que o comando monitora a ferramenta durante o ciclo, devemos ativar o seu
devido corretor, caso contrário irá ocorrer um alarme abortando a operação.

A rotação deve ser programada em um bloco separado.

Devemos programar apenas um valor para o final da hélice, ou seja, ou programamos


o "DP" (coordenada absoluta) ou o "DPR" (coordenada a partir do plano de
referência).

Os parâmetros não necessários podem ser omitidos no bloco de programação ou


receberem valor zero (0).

SENAI “Manuel Garcia Filho” 217


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

13.12.1 - Ultrapassagem no comprimento da rosca

O movimento de entrada e saída no fresamento de roscas ocorre em todos os três


eixos. No término da usinagem surgirá um movimento adicional ao eixo vertical, além
da profundidade da rosca programada.

Este movimento adicional é calculado pela seguinte fórmula:

13.13 - HOLES1

Aplicação: Linha de posições

Esta função permite introduzir em determinados ciclos inúmeras posições dispostas em


linha reta e com distâncias equivalentes.

Sintaxe:
HOLES1 (SPCA, SPCO, STA1, FDIS, DBH, NUM)

Onde:

218 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

NOTAS:

A partir do ponto de referência (SPCA/SPCO) o ciclo se desloca, em movimento


rápido, ao primeiro posicionamento através de um movimento polar, ângulo (STA1) e
comprimento FDIS, programado.
Os parâmetros não necessários podem ser omitidos no bloco de programação ou
receberem valor zero (0).

Exemplo 1:

SENAI “Manuel Garcia Filho” 219


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Exemplo 2:

13.14 - HOLES2

Aplicação: Círculo de posições

Esta função permite introduzir, em determinados ciclos, inúmeras posições dispostas


em formato circular e com distâncias equivalentes.

Sintaxe:
HOLES2 (CPA, CPO, RAD, STA1,INDA, NUM)

Onde:

220 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

NOTAS:

O círculo de posições é definida através do centro (CPA, CPO) e do raio (RAD)


Os parâmetros não necessários podem ser omitidos no bloco de programação ou
receberem valor zero (0).

Exemplo:

SENAI “Manuel Garcia Filho” 221


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

13.15 - LONGHOLE

Aplicação: Rasgos em círculo (largura igual ao diâmetro da fresa)

Este ciclo permite a usinagem (desbaste) de rasgos oblongos dispostos sobre um


círculo, sendo que a larguras dos rasgos serão iguais ao diâmetro da fresa.

Sintaxe:
LONGHOLE (RTP, RFP, SDIS, DP, DPR, NUM, LENG, CPA, CPO, RAD, STA1, INDA,
FFD, FFP1, MID)

Onde:

222 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

NOTAS:

Este ciclo requer uma fresa com corte pelo centro.

A posição de aproximação pode ser qualquer uma desde que não haja risco de colisão.
Os pontos de início dos rasgos são atingidos através de movimentos rápidos. Antes de
ativarmos o ciclo devemos ativar o corretor da ferramenta correspondente, pois o
comando monitora a ferramenta durante o ciclo.

Devemos programar apenas um valor para o final dos rasgos, ou seja, ou


programamos o "DP" (coordenada absoluta) ou o "DPR" (coordenada a partir do plano
de referência). No caso de violação do contorno dos furos oblongos, surgirá uma
mensagem de erro abortando a usinagem.

Durante a usinagem, o sistema de coordenadas é rotacionado, com isso os valores


mostrados no display será como se usinado sobre o 1º eixo. Os parâmetros não
necessários podem ser omitidos no bloco de programação ou receberem valor zero
(0).

Os dados de rotação deve ser programado em um bloco separado.

Exemplo:

SENAI “Manuel Garcia Filho” 223


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

13.16 - SLOT1

Aplicação: Rasgos em círculo

Este ciclo permite a usinagem (desbaste e acabamento) de rasgos oblongos dispostos


sobre um círculo.

Sintaxe:
SLOT1 (RTP, RFP, SDIS, DP, DPR, NUM, LENG, WID, CPA, CPO, RAD, STA1, INDA,
FFD, FFP1, MID, CDIR, FAL, VARI, MIDF, FFP2, SSF)

Onde:

224 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

NOTAS:
Este ciclo requer uma fresa com corte pelo centro.

A posição de aproximação pode ser qualquer uma desde que não haja risco de colisão.
Os pontos de início dos rasgos são atingidos através de movimentos rápidos. Antes de
ativarmos o ciclo devemos ativar o corretor da ferramenta correspondente, pois o
comando monitora a ferramenta durante o ciclo.

Devemos programar apenas um valor para o final dos rasgos, ou seja, ou


programamos o "DP" (coordenada absoluta) ou o "DPR" (coordenada a partir do plano
de referência).

Durante a usinagem, o sistema de coordenadas é rotacionado, com isso os valores


mostrados no display será como se usinado sobre o 1º eixo. Os parâmetros não
necessários podem ser omitidos no bloco de programação ou receberem valor zero
(0).

No caso de violação do contorno dos furos oblongos, surgirá uma mensagem de erro
abortando a usinagem.

SENAI “Manuel Garcia Filho” 225


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Exemplo:

13.17 - SLOT2

Aplicação: Rasgos circulares

Este ciclo permite a usinagem (desbaste e acabamento) de rasgos circulares dispostos


sobre um círculo

Sintaxe:
SLOT2 (RTP, RFP, SDIS, DP, DPR, NUM, AFSL, WID, CPA, CPO, RAD, STA1, INDA,
FFD, FFP1, MID, CDIR, FAL, VARI, MIDF, FFP2, SSF)

Onde:

226 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

NOTAS:

Este ciclo requer uma fresa com corte pelo centro.

SENAI “Manuel Garcia Filho” 227


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

A posição de aproximação pode ser qualquer uma desde que não haja risco de colisão.
Os pontos de início dos rasgos são atingidos através de movimentos rápidos
Antes de ativarmos o ciclo devemos ativar o corretor da ferramenta correspondente,
pois o comando monitora a ferramenta durante o ciclo.

Devemos programar apenas um valor para o final dos rasgos, ou seja, ou


programamos o "DP" (coordenada absoluta) ou o "DPR" (coordenada a partir do plano
de referência).

Durante a usinagem, o sistema de coordenadas é rotacionado, com isso os valores


mostrados no display será como se usinado sobre o 1º eixo.

Os parâmetros não necessários podem ser omitidos no bloco de programação ou


receberem valor zero (0).

No caso de violação do contorno dos furos oblongos, surgirá uma mensagem de erro
abortando a usinagem.

Exemplo:

228 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

13.18 - POCKET1

Aplicação: Alojamento retangular

Este ciclo permite a usinagem (desbaste e acabamento) de alojamentos retangulares


em qualquer posição ou ângulo.

Sintaxe:

POCKET1 (RTP, RFP, SDIS, DP, DPR, LENG, WID, CRAD, CPA, CPO, STA1, FFD,
FFP1, MID, CDIR, FAL, VARI, MIDF, FFP2, SSF)

Onde:

SENAI “Manuel Garcia Filho” 229


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

230 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

NOTAS:

Este ciclo requer uma fresa com corte pelo centro.


A posição de aproximação pode ser qualquer uma desde que se possa atingir, sem
colisões, o centro do alojamento e o plano de retorno.
O ponto de início do alojamento é atingido através de um movimento rápido.
Antes de ativarmos o ciclo devemos ativar o corretor da ferramenta correspondente,
pois o comando monitora a ferramenta durante o ciclo.
Devemos programar apenas um valor para o final do alojamento, ou seja, ou
programamos o "DP" (coordenada absoluta) ou o "DPR" (coordenada a partir do plano
de referência).
No final do ciclo a ferramenta movimentar-se-á para o centro do alojamento.
Os parâmetros não necessários podem ser omitidos no bloco de programação ou
receberem valor zero (0).

Exemplo:

SENAI “Manuel Garcia Filho” 231


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

13.19 - POCKET2

Aplicação: Alojamento circular

Este ciclo permite a usinagem (desbaste e acabamento) de alojamentos circulares em


qualquer posição ou ângulo.

Sintaxe:
POCKET2 (RTP, RFP, SDIS, DP, DPR, PRAD, CPA, CPO, FFD, FFP1, MID, CDIR,
FAL, VARI, MIDF, FFP2, SSF)

Onde:

232 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

NOTAS:

Este ciclo requer uma fresa com corte pelo centro.


A posição de aproximação pode ser qualquer uma desde que se possa atingir, sem
colisões, o centro do alojamento e o plano de retorno.

Devemos programar apenas um valor para o final do alojamento, ou seja, ou


programamos o "DP" (coordenada absoluta) ou o "DPR" (coordenada a partir do plano
de referência).

O incremento de profundidade sempre ocorre no centro do bolsão, pode ser


conveniente uma furação prévia de alívio.

O ponto de início do alojamento é atingido através de um movimento rápido.


Antes de ativarmos o ciclo devemos ativar o corretor da ferramenta correspondente,
pois o comando monitora a ferramenta durante o ciclo.
Os parâmetros não necessários podem ser omitidos no bloco de programação ou
receberem valor zero (0).

SENAI “Manuel Garcia Filho” 233


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Exemplo:

G17 G71 G90 G94


G53 G0 Z-110 D0
T01
M6
G54 D01
S1800 M3
G0 X0 Y0 Z10
POCKET2 ( 5, 0, 2, -20, , 30, 55, 40, 80, 500, 2, 2, 1, 0, 1, 300, 3000)
G53 G0 Z-110 D0 M5
M30

13.20 - POCKET3

Aplicação: Alojamento retangular

Este ciclo permite a usinagem (desbaste e acabamento) de alojamentos retangulares


em qualquer posição ou ângulo.

Sintaxe:

POCKET3(_RTP, _RFP, _SDIS, _DP, _LENG, _WID, _CRAD, _PA, _PO, _STA, _MID,
_FAL, _FALD, _FFP1,_FFD,_CDIR, _VARI, _MIDA, _AP1, _AP2, _AD, _RAD1, _DP1)

Onde:

234 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

NOTAS:

Este ciclo requer uma fresa com corte pelo centro.

A posição de aproximação pode ser qualquer uma desde que se possa


atingir, sem colisões, o centro do alojamento e o plano de retorno.

O ponto de início do alojamento é atingido através de um movimento rápido.

Antes de ativarmos o ciclo devemos ativar o corretor da ferramenta correspondente,


pois o comando monitora a ferramenta durante o ciclo.

No final do ciclo a ferramenta movimentar-se-á para o centro do alojamento.


Os parâmetros não necessários podem ser omitidos no bloco de programação ou
receberem valor zero (0).

SENAI “Manuel Garcia Filho” 235


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

236 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

13.21 - POCKET4

Aplicação: Alojamento circular

Este ciclo permite a usinagem (desbaste e acabamento) de alojamentos circulares em


qualquer posição.

Sintaxe:
POCKET4(RTP, RFP, SDIS, DP, PRAD, PA, PO, MID, FAL, FALD, FFP1, FFD, CDIR,
VARI, MIDA, AP1, AD, RAD1, DP1)

Onde:

SENAI “Manuel Garcia Filho” 237


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

NOTAS:

Este ciclo requer uma fresa com corte pelo centro.


A posição de aproximação pode ser qualquer uma desde que se possa atingir, sem
colisões, o centro do alojamento e o plano de retorno.
O ponto de início do alojamento é atingido através de um movimento rápido.
Antes de ativarmos o ciclo devemos ativar o corretor da ferramenta correspondente,
pois o comando monitora a ferramenta durante o ciclo.
No final do ciclo a ferramenta movimentar-se-á para o centro do alojamento.
Os parâmetros não necessários podem ser omitidos no bloco de programação ou
receberem valor zero (0).

Exemplo:

238 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

13.22 - CYCLE71

Aplicação: Facear superfície

Este ciclo permite facear qualquer superfície retangular.

Sintaxe:
CYCLE71(RTP, RFP, SDIS, DP, PA, PO, LENG, WID, STA, MID, MIDA, FDP, FALD,
FFP1, VARI)

Onde:

SENAI “Manuel Garcia Filho” 239


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

NOTAS:

Antes de ativarmos o ciclo devemos ativar o corretor da ferramenta correspondente,


pois o comando monitora a ferramenta durante o ciclo.
Os parâmetros não necessários podem ser omitidos no bloco de programação ou
receberem valor zero (0).

Exemplo:

240 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

13.23 - CYCLE72

Aplicação: Fresar superfícies


Este ciclo permite fresar qualquer superfície determinado dentro de um subprograma.

Sintaxe:
CYCLE72(KNAME, RTP, RFP, SDIS, DP, MID, FAL, FALD, FFP1, FFD, VARI, RL, AS1,
LP1, FF3, AS2, LP2)

Onde:

SENAI “Manuel Garcia Filho” 241


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

NOTAS:

A posição de aproximação pode ser qualquer uma desde que se possa atingir, sem
colisões, o centro do alojamento e o plano de retorno.
Antes de ativarmos o ciclo devemos ativar o corretor da ferramenta correspondente,
pois o comando monitora a ferramenta durante o ciclo.
Os parâmetros não necessários podem ser omitidos no bloco de programação ou
receberem valor zero (0).

Exemplo:

242 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

G17 G71 G90 G94


G53 G0 Z-110. D0
T01
M6
G54 D01
S1800 M3
G0 X0 Y0 Z10.
CYCLE72 ( "PERFIL", 5, 0, 2, -10, 2, 0.3, 0.2, 500, 80, 011, 42, 01, 10)
G53 G0 Z-110. D0 M5
M30

;PERFIL
G90 G1 X20 Y20
X80
Y60
X40 Y70
X20 Y40
Y20
M17

14 - Programação nos planos G18 e G19

Devido a estrutura da máquina, a maior parte das peças usinadas são programadas no
plano G17 (XY). Porém, em alguns casos, necessita-se trabalhar, ao invés do plano
G17, com o G18 (XZ) ou o G19 (YZ).
A seguir há duas peças iguais, porém uma delas foi programada no plano G18 e a
outra no G19.

SENAI “Manuel Garcia Filho” 243


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Exemplo de programação em G18:


G18 G71 G90 G94
G53 G0 Z-110 D0
T1; FRESA PONTA ESFÉRICA D8 MM
M6
G54 D1 S3600 M3
G64
G0 X-10 Y-4
Z10
AAA: G1 Y=IC(2) F360
G42 Z0
X17.679
X35 Z-10
Z-14
G2 X41 Z-20 CR=6
(ou G2 X41 Z-20 I=AC(41) K=AC(-14))
G1 X59
G2 X65 Z-14 CR=6
(ou G2 X65 Z-14 I=AC(59) K=AC(-14))
G1 Z-10
X82.321 Z0

244 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

X110
G40 Z10
BBB: X-10
REPEAT AAA BBB P55
G53 G0 Z-110 D0
M30

Exemplo de programação em G19:

G19 G71 G90 G94


G53 G0 Z-110 D0
T1; FRESA PONTA ESFÉRICA D8 MM
M6
G54 D1 S3600 M3
G64
G0 X-4 Y-10
Z10
AAA: G1 X=IC(2) F360
G42 Z0
Y17.679
Y35 Z-10
Z-14
G2 Y41 Z-20 CR=6
(ou G2 Y41 Z-20 J=AC(41) K=AC(-14))
G1 Y59

SENAI “Manuel Garcia Filho” 245


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

G2 Y65 Z-14 CR=6


(ou G2 Y65 Z-14 J=AC(59) K=AC(-14))
G1 Z-10
Y82.321 Z0
Y110
G40 Z10
BBB: Y-10
REPEAT AAA BBB P55
G53 G0 Z-110 D0
M30

246 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

NOTAS:

Os códigos de compensação de raio (G41 e G42) e de interpolação circular (G2 e G3)


devem ser programados de forma contrária ao do plano G17, uma vez que o sentido
de corte na visualização da usinagem também é contrário ao mesmo.

Para que ocorra a compensação de raio, a ferramenta utilizada nesse tipo de


usinagem deve ser de ponta esférica e não deve ser zerada pelo topo, mas sim pelo
centro do raio.

15 - Funções miscelâneas

M00 - parada obrigatória do programa


M01 - parada opcional do programa
M02 - fim de programa
M03 - rotação sentido horário
M04 - rotação sentido anti-horário
M05 - desliga eixo árvore
M06 - troca de ferramenta
M07 - liga refrigerante de corte pelo centro do eixo árvore (opcional)
M08 - liga refrigerante de corte pelas mangueiras externas ao eixo árvore (standard)
M09 - desliga refrigerante de corte
M17 - fim de subprograma
M30 - fim de programa
M31 - avança TAF (trocador automático de ferramenta)
M32 - recua TAF (trocador automático de ferramenta)
M36 - abre porta automática (opcional)
M37 - fecha porta automática (opcional)
M45 - liga limpeza das proteções (opcional)
M46 - desliga limpeza das proteções (opcional)

SENAI “Manuel Garcia Filho” 247


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

248 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Parte 2 Operação

1 - Apresentação

Este capítulo tem como objetivo, orientar o manuseio do painel e botões do comando,
a fim de executar com segurança, qualquer movimento que se queira nos eixos da
máquina.

SENAI “Manuel Garcia Filho” 249


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

APRESENTAÇÃO DO PAINEL

250 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

2 - Detalhes e descrição do teclado de programação

DETALHES DO TECLADO DE PROGRAMAÇÃO

SENAI “Manuel Garcia Filho” 251


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

3 - Detalhes e descrição do teclado de operação

DETALHES DO TECLADO DE OPERAÇÃO

252 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

4 - Ligar a máquina

- Ligar chave geral (aguardar inicialização do comando)


- Desativar botão de emergência.
- Ligar CNC ( | ) e liberar os eixos ("Feed Start" e "Spindle Right")..
- Acionar "Reset"
- Referenciar a máquina.

5 - Referenciar a máquina

5.1 - Referenciar a máquina através da rotina de referenciamento

Automaticamente ao ser ligada a máquina o comando irá ativar uma rotina de


referenciamento.
Portanto, para referenciar deve-se:
- Acionar "Cycle Start".

Para refenciar a máquina ativando manualmente a rotina de referenciamento deve-se:


- Acionar "Jog"
- Acionar "Ref. Point"
- Acionar "Cycle Start".

OBS: Os eixos serão referenciados na seguinte ordem: Z, Y, X e W (opcional).

5.2 - Referenciar a máquina eixo por eixo

- Acionar "Jog"
- Acionar "Ref. Point"
- Selecionar eixo desejado ( X, Y, Z ou W (opcional) )
- Acionar [ + ] .

NOTA: Se, ao ligar a máquina, o processo de referenciamento for feito eixo por eixo,
deve-se também referenciar o magazine. Para isso deve-se:
- Acionar "Jog"
- Acionar "Ref. Point"
- Acionar "Referenciar Magazine" (ver na página "DETALHES E DESCRIÇÃO DO
TECLADO DE OPERAÇÃO").

SENAI “Manuel Garcia Filho” 253


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

6 - Movimentar os eixos manualmente

6.1 - Através do jog contínuo

- Acionar "Machine".
- Acionar "Jog".
- Selecionar eixo desejado "X", "Y", "Z" ou "W " (opcional).
- Manter pressionada a tecla + ou - para dar o sentido do movimento.
- Para ter um movimento mais rápido pressionar simultaneamente, com o sentido, a
tecla de avanço rápido.

6.2 - Através da manivela eletrônica

- Acionar "Machine".
- Acionar "Jog".
- Selecionar eixo desejado "X", "Y", "Z" ou "W " (opcional).
- Selecionar avanço desejado através das teclas: [1], [10], [100], [1000].
- Executar o movimento dos eixos através da manivela observando o sentido (+ / -).

6.3 - Através do jog incremental

- Acionar "Machine".
- Acionar "Jog".
- Acionar "INC".
- Digitar o valor do incremento valor milesimal.
- Acionar OK.
- Acionar [VAR]
- Selecionar eixo desejado "X", "Y", "Z" ou "W " (opcional).
- Executar o movimento dos eixos através da manivela observando o sentido (+ / -).

7 - Operar o comando via MDA

- Acionar "Machine".
- Acionar "MDA".
- Acionar "Reset".
- Acionar (se necessário) "Apagar prog. MDA".
- Digitar informações desejadas.

254 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

Exemplo 1 - Troca de ferramenta:


T01 ("Input").
M6 ("Input").
Acionar "Cycle Start".
Exemplo 2 - Ligar RPM:
S500 M3 ("Input").
Acionar "Cycle Start".
OBS: Para cancelar o evento da MDA, deve-se acionar "Reset ".

8 - Carregar as ferramentas no magazine (TAF)

- Através de "MDA", chamar 1º ferramenta a ser carregada.


Exemplo: T01 ("Input").
M6 ("Input").
Acionar "Cycle Start" (a máquina irá girar o magazine e pegará a ferramenta n.º 1).

- Manualmente inserir a ferramenta no eixo árvore, através do botão "SOLTAR


FERRAMENTA".
- Através de "MDA", chamar 2º ferramenta a ser carregada.
Exemplo: T02 ("Input").
M6 ("Input").
Acionar "Cycle Start" (a máquina irá guardar a ferramenta n.º 1, e pegará a
ferramenta nº2).

- Manualmente inserir a ferramenta no eixo árvore, através do botão SOLTAR


FERRAMENTA.
- Repetir os mesmos procedimentos para as demais ferramentas desejadas.

9 - Inserir um programa manualmente

- Acionar "Menu Select".


- Acionar "Programas".
- Acionar "Programa de peças" ou "Subprogramas" de acordo com o desejado.
- Acionar "Novo".
- Inserir o nome do programa.
- Acionar "OK".
- Digitar o programa.

SENAI “Manuel Garcia Filho” 255


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

- Ao finalizar a digitação, acionar "Fechar".


- Acionar "Alterar liberação".

OBSERVAÇÕES:
1) Se a opção "Alterar liberação" não for acionada o programa não poderá ser
executado.
2) Os ciclos de usinagem (CYCLE81..., POCKET1...), podem ser programados por um
menu de ajuda para auxiliar o programador na edição dos mesmos.
- Acionar "Apoio".
- Selecionar o tipo de usinagem (Furar, Fresar, ...).
- Selecionar o ciclo a ser utilizado (Furar Centrar, Furar Facear, ...).
- Preencher os campos das variáveis.
- Se necessário pode-se ativar um lay-out de auxílio a programação, acionando o
botão "Help".
- Ao finalizar, acionar "OK".

10 - Alterar dados no programa

- Acionar "Menu Select".


- Acionar "Programas".
- Acionar "Programa de peças" ou "Subprogramas" de acordo com o desejado.
- Com o cursor, selecionar programa desejado .
- Acionar "Input".
- Alterar informações desejadas.
- Ao finalizar a alteração, acionar FECHAR
.
11 - Renomear um programa

- Acionar "Menu Select".


- Acionar "Programas".
- Acionar "Programa de peças" ou "Subprogramas" de acordo com o desejado.
- Com o cursor selecionar programa desejado
- Acionar "Renomear".
- Digitar o novo nome.
- Acionar "OK".

256 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

12 - Apagar um programa

- Acionar "Menu Select".


- Acionar "Programas".
- Acionar "Programa de peças" ou "Subprogramas" de acordo com o desejado.
- Com o cursor selecionar programa desejado
- Acionar "Apagar".
- Acionar "OK".

13 - Copiar um programa completo

- Acionar "Menu Select".


- Acionar "Programas".
- Acionar "Programa de peças" ou "Subprogramas" de acordo com o desejado.
- Com o cursor selecionar programa desejado
- Acionar "Copiar".
- Acionar "Inserir".
- Digitar novo nome.
- Acionar "OK".

14 - Copiar uma parte do programa

- Acionar "Menu Select".


- Acionar "Programas".
- Acionar "Programa de peças" ou "Subprogramas" de acordo com o desejado.
- Com o cursor selecionar programa desejado.
- Acionar "Input".
- Levar o cursor no bloco de inicio da cópia.
- Acionar "Marcar bloco".
- Levar o cursor no bloco de finalização da cópia.
- Acionar "Copiar bloco".
- Levar cursor onde deseja ser inserido o texto copiado.
- Acionar "Inserir bloco".
OBS.: ao executar a cópia dos blocos (tecla "Copiar bloco"), pode-se fechar o
programa atual e inserir o texto em um outro programa.
- Acionar "Fechar".
- Com o cursor selecionar programa ou subprograma desejado.
- Acionar "Input".

SENAI “Manuel Garcia Filho” 257


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

- Levar cursor onde deseja ser inserido o texto copiado.


- Acionar "Inserir bloco".

15 - Comunicação de dados via RS-232

15.1 - Especificação do cabo para comunicação serial

O microcomputador ou periférico externo, do qual fará a comunicação deverá possuir


uma porta serial do tipo DB 9 ou DB 25 livre. O tipo de conector é irrelevante, desde
que haja perfeita fixação, sem perigo de ocorrência de mal contatos. O cabo para a
conexão deve obedecer a seguinte configuração:

15.2 - Configuração dos parâmetros de comunicação

- Acionar "Menu Select".


- Acionar "Serviços".
- Acionar "Ajustar".
- Configurar parâmetros de transmissão de acordo com o desejado.
- Acionar "Armazenar ajuste".

258 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

15.2.1- Alguns parâmetro recomendados para a comunicação de dados

15.3 - Transmissão de dados

- Preparar micro ou periférico externo, para receber os dados (programas)


- Acionar "Menu Select".
- Acionar "Serviços"
- Selecionar tipo de informação a ser transmitida.
- Acionar "Saída de dados"
- Acionar "Início".

15.4 - Recepção de dados

- Acionar "Menu Select".


- Acionar "Serviços"
- Selecionar tipo de informações a serem transferidas ou recebidas.
- Acionar Entrada de dados.
- Acionar "Início".
- Através do micro ou periférico externo, enviar os dados (programas)

16 - Selecionar programa para usinagem

- Acionar "Menu Select".


- Acionar "Programas".
- Acionar "Programa de peças".
- Posicionar cursor no programa desejado.
- Acionar "Seleção de programa".

SENAI “Manuel Garcia Filho” 259


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

OBS: se a opção "Alterar liberação" não for acionada o programa não poderá ser
executado.

17 - Executar teste de programa com avanço de trabalho (MODO1)

- Selecionar programa a ser testado.


- Acionar "Machine".
- Acionar "Auto".
- Acionar "Influência de programa".
- Posicionar o cursor em "PRT:- TESTE DE PROGRAMA".
- Acionar "Select".
- Acionar "OK".
- Acionar "Reset".
- Acionar "Cycle Start".

18 - Executar teste rápido de programa (MODO2)

- Selecionar programa a ser testado.


- Acionar "Machine".
- Acionar "Auto".
- Acionar "Pesquisa de bloco"
- Acionar "Indicador de pesquisa".
- Digitar 3 ("CADEIA").
- Acionar "Input".
- Digitar M30.
- Acionar "Input".
- Acionar "Cálculo de contorno".

19 - Executar teste gráfico de programa

- Selecionar programa a ser testado.


- Acionar "Machine".
- Acionar "Auto".
- Acionar "Influência de programa".
- Posicionar o cursor em "PRT:- TESTE DE PROGRAMA".
- Acionar "Select" .
- Posicionar o cursor em "DRY:- AVANÇO MARCHA".

260 SENAI “Manuel Garcia Filho”


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

- Acionar "Select" .
- Acionar "OK".
- Acionar "Menu Select".
- Acionar "Simulação 3D".
- Acionar "Detalhes".
- Acionar "Ajustes".
- Preencher os campos X, Y e Z dos vértices 1 e 2 (conforme figura 3 e exemplos 1 e
2).
- Acionar "Voltar".
- Escolher entre as telas de simulação "Vista de cima" (para visualizar a vista de cima
da peça), "Vista em três planos" (para visualizar, separadamente, as três vistas da
peça) e "Vista tridimensional" (para visualizar a peça em 3D). - conforme figura 1.
- Acionar "Cycle Start".

OBSERVAÇÕES:

1) A tela para simulação "Vista tridimensional" não mostra a ferramenta se


deslocando na peça. Por isso se desejar simular com essa tela, deve-se sempre
atualizar a página para que a simulação seja melhor aproveitada. Para atualizar deve-
se:
- Acionar "Detalhes".
- Acionar "Atualizar".

2) Para visualizar a peça em 3D e em corte, deve-se:


- Após a simulação, acionar "Vista tridimensional" (aparecerá a peça em 3D).
Se desejar visualizá-la em corte, deve-se então:
- Acionar "Detalhes".
- Posicionar com os cursores (para os eixos X e Y) e com as teclas "Page up" e "Page
down" (para o eixo Z) no detalhe da peça a ser cortado.
- Acionar a tecla correspondente à peça em corte (figura 2)
Nota: Para desativar a visualização em corte deve-se acionar a tecla correspondente à
peça em corte (figura 2)

3) Para simular novamente deve-se:


- Acionar "Apagar imagem".
- Acionar "Cycle Start".

4) Para ampliar ou reduzir um detalhe deve-se:

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- Posicionar o cursor no detalhe a ser ampliado ou reduzido.


- Acionar "Zoom +" ou "Zoom -".

5) Para sair da simulação gráfica deve-se acionar a tecla "Cancelar".

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20 - Referenciar ferramentas

20.1 - Referenciamento de ferramentas feito na máquina

Este processo é utilizado para fazer o referenciamento de ferramentas na própria


máquina.
Para isso o operador deverá tocar a ferramenta na superfície da peça e fazer com que
o comando meça a distância do ponto "zero-máquina" até o ponto de referência
tocado.

O referenciamento é feito a partir do seguinte procedimento:


- Através de "Jog" tocar a ferramenta na superfície da peça (em "Z").
- Acionar "Menu Select".
- Acionar "Parâmetros".
- Acionar "Correção Ferram".
- Ativar a ferramenta desejada através da função ( No. T + ou No. T-).
- Ativar o corretor (gume) desejado através da função ( No. D + ou No. D-).
- Posicionar o cursor no campo em "Compr. 1".
- Acionar "Determ. correção".
- Com a tecla "Select", selecionar eixo "Z".
- No campo "Valor ref." digitar "0" .
- Acionar "Input".
- Acionar "OK".
- No campo "Raio", entrar com o valor do raio da ferramenta .
- Acionar "Input".

OBSERVAÇÕES:

1) O procedimento acima é utilizado para referenciar ferramentas a trabalhar com


compensação de raio no plano XY (G17). Caso seja necessário trabalhar com
ferramentas de ponta esférica e com compensação de raio nos planos XZ (G18) ou YZ
(G19), deve-se fazer o procedimento acima com as seguintes modificações:

1.1) Ao invés de posicionar o cursor em "Compr. 1", deve-se posicionar em "Compr.


2", caso o plano de trabalho seja G19 (YZ), ou em "Compr. 3", caso o plano de
trabalho seja G18 (XZ).

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1.2) Ao invés de digitar "0" no campo "Valor ref.", deve-se digitar o valor do raio da
ferramenta (sem sinal).

2) Com o procedimento acima não há necessidade de fazer o "zero-peça" no eixo "Z".


Por isso, antes de referenciar as ferramentas, deve-se apagar os dados contidos no
campo "Z" das páginas de "Deslocam. Pto. Zero" (G54 a G57).

20.2 - Referenciamento de ferramentas feito fora da máquina

Este processo é utilizado quando a medição da ferramenta é feito num dispositivo


externo. Com isso, o referenciamento das ferramentas é feito apenas carregando o
valor do comprimento delas na página de correção de ferramentas.
Para carregar os comprimentos deve-se:

- Acionar "Menu Select".


- Acionar "Parâmetro".
- Acionar "Correção Ferram".
- Ativar a ferramenta desejada através da função ( No. T + ou No. T-).
- Ativar o corretor (gume) desejado através da função ( No. D + ou No. D-).

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- Entrar com o valor do comprimento no campo "Compr 1" .


- Acionar "Input".
- Entrar com o valor do raio da ferramenta no campo "Raio". Exemplo: 10
- Acionar "Input".

OBSERVAÇÕES:

1) Os valores dos comprimentos deverão ser colocados sem sinal.

2) O procedimento acima é utilizado para referenciar ferramentas a trabalhar com


compensação de raio no plano XY (G17). Caso seja necessário trabalhar com
ferramentas de ponta esférica e com compensação de raio nos planos XZ (G18) ou YZ
(G19), deve-se subtrair o valor do raio da mesma do valor de seu comprimento e
colocar esse valor como sendo o de referenciamento.

SENAI “Manuel Garcia Filho” 265


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Exemplo: Comprimento = 125 mm


Raio = 10 mm
Valor de referenciamento = 125 - 10 = 115 mm, portanto Compr. 2 ou Compr 3. = 115

3) Após informar os comprimentos de todas as ferramentas, deve-se fazer o "zero


peça" no eixo "Z".

21 - Zerar peça (G54 À G57)

21.1 - Eixo “X” e “Y” (no vértice da peça)

- Através do movimento manual encostar a ferramenta na lateral da peça, no eixo X ou


Y (conforme figuras abaixo).
- Acionar "Menu Select".
- Acionar "Parâmetros".
- Acionar "Deslocam. Pto. Zero".
- Selecionar corretor (G54 à G57) desejado através das teclas "Desl. zero +" ou
"Desl. zero -".
- Posicionar o cursor no eixo desejado "X" ou "Y".
- Acionar "Determin. DPZ".
- Selecionar ferramenta desejada.
Exemplo: T n.º 1, 2 , 3...
- Posicionar cursor em "Raio"
- Selecionar "+ Raio" ou "- Raio" utilizando a tecla "Select".
OBS: Considerando o posicionamento da ferramenta conforme as figuras abaixo
citados considerar "+ Raio".
- Acionar "OK".
- Acionar "Armazenar".
- Repetir os mesmos procedimentos para zerar o outro eixo.

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21.2 - Eixo “X” e “Y” (no centro da peça)

- Através do movimento manual encostar a ferramenta na lateral da peça, no eixo X ou


Y (conforme as figuras 1 e 2 abaixo).
- Acionar "Menu Select".
- Acionar "Parâmetros".
- Acionar "Deslocam. Pto. Zero".
- Selecionar o corretor desejado (G54 à G57) através das teclas "Desl. zero +" ou
"Desl. zero -".
- Posicionar o cursor no eixo desejado "X" ou "Y".
- Acionar "Transfer. posição".
- Através do movimento manual encostar a ferramenta na lateral oposta da peça, no
eixo X ou Y (conforme figuras 3 e 4 abaixo).
- Acionar "MDA".
- Acionar "Machine".
- Acionar "Reset".
- Acionar "Apagar prog. MDA".
- Entrar com o corretor que foi zerado acima. Exemplo: G54.
- Acionar "Cycle start".
- Acionar "MCS/WCS" (para visualizar as posições com o zero peça ativo)
- Anotar o valor contido no eixo que sendo zerado. Exemplo: 200.
- Acionar "Menu Select".
- Acionar "Parâmetros".
- Acionar "Deslocam. Pto. Zero".
- Selecionar o corretor desejado (G54 à G57) através das teclas "Desl. zero +" ou

SENAI “Manuel Garcia Filho” 267


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"Desl. zero -".


- Posicionar o cursor no eixo desejado "X" ou "Y".
- Acionar "Determin. DPZ".
- Selecionar ferramenta desejada.
Exemplo: T n.º 1, 2 , 3...
- Posicionar cursor em "Offset"
- Selecionar "+ offset" ou "- offset" utilizando a tecla "Select".
OBS: Considerando que os posicionamentos da ferramenta foram feitos conforme as
figuras abaixo citados, deve-se considerar "- offset".
- Digitar metade do valor anotado. Exemplo: se o valor anotado era 200, deve-se digitar
100.
- Acionar "Input".
- Acionar "OK".
- Acionar "Armazenar".
- Repetir os mesmos procedimentos para zerar o outro eixo.

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21.3 - Eixo “Z” (na superfície da peça)


(Para zeramento da ferramenta feito fora da máquina)

- Através do movimento manual encostar a ferramenta na face da peça, no eixo Z


(conforme figura acima).
- Acionar "Menu Select".
- Acionar "Parâmetros".
- Acionar "Deslocam. Pto. Zero".
- Selecionar corretor (G54 à G57) desejado através das teclas "Desl. zero +" ou
"Desl. zero -".
- Posicionar o cursor no eixo "Z"
- Acionar "Determin. DPZ".
- Selecionar ferramenta desejada.
Exemplo: T n.º 1, 2 , 3...
- Selecionar "- Comprim." utilizando a tecla "Select".
- Acionar "OK".
- Acionar ARMAZENAR.

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21.4 - Eixo “Z” (na base da peça)


(Para zeramento da ferramenta feito fora da máquina)

- Através do movimento manual encostar a ferramenta na face da peça, no eixo Z


(conforme figura acima).
- Acionar "Menu Select".
- Acionar "Parâmetros".
- Acionar "Deslocam. Pto. Zero".
- Selecionar corretor (G54 à G57) desejado através das teclas "Desl. zero +" ou
"Desl. zero -".
- Posicionar o cursor no eixo "Z"
- Acionar "Determin. DPZ".
- Selecionar ferramenta desejada.
Exemplo: T n.º 1, 2 , 3...
- Selecionar "- Comprim." utilizando a tecla "Select".
- Selecionar "- Offset" utilizando a tecla "Select"..

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- Digitar o valor do offset (altura da peça)


- Acionar "Input".
- Acionar "OK".
- Acionar "Armazenar".

22 - Executar teste de programa (DRY RUN)

- Selecionar programa a ser testado.


- Acionar "Machine".
- Acionar "Auto".
- Acionar "Influência de programa".
- Posicionar o cursor em "DRY:-AVANÇO MARCHA"
- Acionar "Select".
- Acionar "OK"..
- Acionar "Reset".
- Acionar "Cycle Start".

23 - Executar programa em automático

- Selecionar programa a ser usinado.


- Acionar "Machine".
- Acionar "Auto".
- Se desejar usinar bloco a bloco, acionar "Single Block".
- Acionar "Cycle Start".

23.1 - Executar programa ON-LINE (via periférico)

- Acionar "Auto".
- Acionar "Menu Select".
- Acionar "Serviços".
- Acionar "Executar do Externo".
- Acionar "Início".
- Enviar programa via periférico.
- Acionar "Cycle Start".

SENAI “Manuel Garcia Filho” 271


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23.1.1- Alguns parâmetro recomendados para execução (ON-LINE)

24 - Abortar execução do programa

- Acionar "Cycle Stop".


- Acionar "Reset".
Através do movimento manual deslocar eixos para uma posição segura.

25 - Reinício do programa

25.1 - Pela ferramenta 1º caso

- Acionar "Machine".
Verificar se o programa está carregado confirmando o nome do arquivo na parte
superior da tela.
Exemplo: \MPF.DIR\PECA1.MPF
- Acionar "Auto".
- Acionar "Pesquisa de bloco".
- Acionar "Posição de pesquisa".
- Posicionar cursor no n.º da ferramenta desejada.
Exemplo: T03
- Acionar "Sem cálculo".
- Acionar "Cycle Start".
- Será mostrado uma mensagem para continuar.
- Acionar "Cycle Start".

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25.2 - Pela ferramenta 2º caso


- Acionar "Machine".
Verificar se o programa está carregado confirmando o nome do arquivo na parte
superior da tela.
Exemplo: \MPF.DIR\PECA1.MPF
- Acionar "Auto".
- Acionar "Pesquisa de bloco".
- Acionar "Indicador de pesquisa".
- Digitar 3 ("CADEIA")
- Acionar "Input"
- Digitar o n.º da ferramenta desejada.
Exemplo: T03
- Acionar "Input"
- Acionar "Sem cálculo".
- Acionar "Cycle Start".
- Será mostrado uma mensagem para continuar.
- Acionar "Cycle Start".

25.3 - No meio da operação

- Executar um programa em automático.


- Acionar "Cycle Stop" para a parada do programa.
- Acionar "Jog".
- Selecionar eixo "X", "Y" ou "Z" (caso necessário).
- Manter pressionada a tecla + ou - para afastar a ferramenta da peça de acordo com
a operação.
- Neste ponto pode-se, desligar eixo árvore ("Spindle Stop"), limpar a peça, trocar
uma pastilha (caso necessário).
- Ligar eixo árvore ("Spindle Right"), caso esteja desligado.
- Selecionar eixo "X", "Y" ou "Z" (caso necessário).
- Manter pressionara a tecla + ou - , para aproximar a ferramenta da peça (observar
display).
- Acionar "Auto".
- Acionar "Cycle Start".

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26 - Desligar máquina

- Acionar MÁQUINA.
- Ativar (pressionar) botão de emergência.
- Desligar chave geral.

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Exercícios

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Bibliografia

Programação e Operação - Linha Centur - CNC Siemens 802D T22909B

N21606B - Manual de Programação e Operação - CNC Fanuc 0i Mate – MB

S 9 4 8 6 0 B - Manual de Programação e Operação – SIEMENS 810 D

Manual de Programação e Operação - Comando Mach

SENAI “Manuel Garcia Filho” 299


Programação e Operação de Centro de Usinagem CNC

300 SENAI “Manuel Garcia Filho”

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