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TORNO CNC - Programação básica

 SENAI-SP, 2016

Trabalho organizado pela Escola SENAI “Almirante Tamandaré”, a partir dos


conteúdos extraídos da Intranet do Departamento Regional do SENAI-SP e dos
manuais da máquina e apostilas cursos FIC.

1ª edição, 2016

Coordenação Geral José Heroíno de Sousa

Equipe Responsável

Coordenação André Teixeira Barbosa


Estruturação/Elaboração Marcos de Oliveira Rocha
Wellington Prates de Oliveira

SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial


Departamento Regional de São Paulo
Escola SENAI “Almirante Tamandaré”
Av. Pereira Barreto, 456
CEP 09751-000 São Bernardo do Campo - SP
Telefone: (011) 4122-5877
FAX: (011) 4122-5877 (ramal 230)
E-mail: senaitamandare@sp.senai.br
TORNO CNC

SUMÁRIO

Características das máquinas CNC 3


Sequência necessária para programação manuscrita 15
Sistemas de coordenadas 18
Introdução à programação 25
Funções Preparatórias Código “G” 26
Funções Miscelâneas Códigos “M” 28
Compensação do raio da ponta da ferramenta 37
Ciclos de desbaste e de acabamento (G70 e G71) 46
Ciclo de furação (G74 e G3) 58
Ciclo de canal (G75) 65
Ciclo de rosca (G76) 69
Anotações 79
Referências 96

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TORNO CNC

INTRODUÇÃO

Historicamente, no aperfeiçoamento das máquinas operatrizes de usinagem,


sempre se procurou obter soluções que possibilitem aumentar a produtividade,
a qualidade e redução de desgastes físicos de operação.
Das soluções que surgirem até recentemente nenhuma oferecia a flexibilidade
necessária para o uso de uma mesma máquina na usinagem de peças com
diferentes configurações e em lotes reduzidos.
A evolução do torno universal é um exemplo, levou à criação do torno revolver,
do torno copiador, torno automático com programação elétrica ou mecânica,
com emprego de “cames”, etc.
Os fabricantes de ferramentas também contribuíram para o desenvolvimento
da máquina, evoluindo tanto em material como em desenho, desde as
ferramentas de aço de carbono, aço rápido, metal duro às modernas
ferramentas com insertos de cerâmica. As novas ferramentas exigiram das
máquinas novos conceitos de projetos, que permitissem a usinagem com
rigidez e com novos parâmetros de corte.
Com a aplicação do Comando Numérico à máquina operatriz de usinagem
foram preenchidas as lacunas existentes nos sistemas de trabalho com peças
complexas.

DEFINIÇÃO

A máquina de comando numérico é uma máquina dotada de um equipamento


eletrônico capaz de receber informações, armazena-las e transmiti-las em
forma de comandos à máquina operatriz de modo que esta, sem a intervenção
do operador, realize as operações na sequência programada. De uma forma
geral, estas máquinas destinam-se à fabricação de pacas em lotes pequenos e
médios, cujas formas são complexas, face à rapidez e facilidade de
programação e preparação da máquina, possibilitando uma grande
flexibilidade na preparação dos programas de trabalho.
As máquinas operatrizes com CNC estão hoje em dia desenvolvidas para se
atingir o mais alto rendimento na produção.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

• alta rigidez para suportar elevados esforços de corte e ciclos de trabalho mais
rápidos;

• grande versatilidade;

• altíssima precisão;

• flexibilidade no trabalho.

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TORNO CNC

NA ELABORAÇÃO DE UM PROGRAMA PARA MÁQUINAS CNC ALGUMAS


REGRAS DEVEM SER SEGUIDAS.

-Estudar o desenho da peça, observando o material em bruto que será


utilizado.

- Definir o processo de fixação e quantidade de operações necessárias.

- Identificar as ferramentas que serão utilizadas no processo.

-Elaborar o programa de acordo com o comando e os parâmetros físicos da


máquina.

-Definir os parâmetros de corte em função do material e das ferramentas a


serem utilizadas.

Fig. 1: exemplos de máquinas CNC

O investimento inicial na fase de introdução de uma máquina-ferramenta


com um comando numérico é maior em relação a uma máquina ou grupo
de máquinas-ferramenta convencionais, mas ela resulta em um retorno
de capital investindo bastante compensatório depois do seu uso em
regime de trabalho contínuo.

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VANTAGENS DAS MÁQUINAS CNC

A alta eficiência da máquina-ferramenta com comando numérico é


proporcionada pelos seguintes fatores:

• Preparação em curto tempo. Uma vez elaborados, testados e otimizados os


programas e as ferramentas de corte, uma nova preparação da máquina é
feita rapidamente.

• Reduzido tempo secundário do ciclo de usinagem da máquina. Isto é possível


face às altas velocidades de aproximação e retorno dos carros, porta-
ferramentas, mesas de trabalho e troca rápidas de ferramentas.

• Flexibilidade de aplicação para peças de diferentes formatos. A máquina


deve estar pronta para executar os diferentes tipos de movimentos, assim
como executar percursos lineares, circulares, usinar roscas e executar ciclos
definidos de trabalho.

• Dispensa o uso de ferramentas de corte de formas especiais. Pelo fato da


máquina executar diversos tipos de movimento, pode utilizar ferramentas
convencionais do comércio que ale de terem baixo custo facilitam o controle do
desgaste das mesmas.

• A capacidade de a máquina executar diferentes tipos de movimentos


dispensa o uso de dispositivos, gabaritos de cópia ou aparelhos adicionais.

• Atingem-se tolerâncias mais exigentes do que nas máquinas convencionais,


minimizando peças refugadas, pelo fato de a máquina-ferramenta ser
projetada com grande rigidez e estabilidade para suportar os esforços de corte.

• Diminui o custo do controle de qualidade, uma vez que a máquina tem uma
confiabilidade muito grande no trabalho repetitivo, após a otimização do
programa.

• Alteração rápida do programa, nos casos de modificações do produto.

• Segurança para o planejamento da produção. Devido ao alto grau de


eficiência da máquina e depois de otimizados os programas, podemos ter
maior garantia e segurança para o planejamento, controle da produção e
menor estoque de peças.

• O espaço ocupado é menor, pois substitui diversas máquinas-ferramenta


convencionais.

• Menor fadiga do operador devido à ergonomia da máquina e a menor


necessidade de manejo.

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DESVANTAGENS DAS MÁQUINAS CNC

• A necessidade de uma mão de obra mais qualificada.

• Custo de manutenção.

• Qualidade do ferramental.

• A necessidade de dados de corte e ferramental muito bem definidos.

O investimento inicial na fase de introdução de uma máquina-ferramenta com


um comando numérico é maior em relação a uma máquina ou grupo de
máquinas-ferramenta convencionais, mas ela resulta em um retorno de capital
investindo bastante compensatório depois do seu uso em regime de trabalho
contínuo.

ESTRUTURA MECÂNICA

A máquina é composta por uma estrutura de ferro fundido onde temos o


barramento e carros com seus movimentos principais, além do eixo árvore,
cabeçote contraponto e torre porta ferramentas.
A estrutura de Ferro Fundido garante a rigidez, acabamento, estabilidade e
aumenta a durabilidade da máquina e das ferramentas de corte .

Fig. 2: Principais componentes torno CNC

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PARTICULARIDADES DE UMA MÁQUINA CNC

Durante a usinagem de peças nas máquinas operatrizes são realizados


movimentos de peças, ferramentas e carros. O sistema de transmissão muito
usado para este movimento é o sistema de fuso e porca. O sistema fuso-porca
convencional tem o inconveniente dos atritos significativos entre as roscas do
parafuso e da porca que provocam uma torção do parafuso, incompatível com
as precisões de usinagem requeridas, assim como um avanço repentino
(solavanco) as pequenas velocidades (período de partida e parada dos carros).
A folga entre a rosca do parafuso e da porca também deve ser levada em
conta quando se inverte o sentido de deslocamento, sob pena de imprecisão
de cota e até ruptura de ferramentas. Numa máquina convencional corrige-se
essa folga manualmente, mas numa máquina automática, isso não é possível.
As máquinas automáticas devem poder realizar acelerações e desacelerações
consideráveis e rápidas, bem como deslocamentos regulares à velocidades
lentas, por isso os sistemas parafuso-porca clássicos (folga e atrito) são
excluídos dos sistemas de comando das máquinas CNC.
Pelo motivo exposto acima, mesmo sendo onerosos, os sistemas parafuso-
porca de esferas recirculantes são os usados. Isso permite transformar o atrito
das roscas parafuso-porca num rolamento.

Fig.3: parafuso e porca

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MOTOR DE ACIONAMENTO

A rotação da peça nos tornos e a rotação da ferramenta nas fresadoras são


realizadas pela árvore principal. O acionamento da árvore é realizado através
de motor de corrente alternada ou corrente contínua.

Fig. 4: árvore principal, fresadora e torno CNC.

Quando o acionamento é feito por motor de corrente alternada, a seleção de


rotações é feita por uma caixa de engrenagens. A gama de rotações
disponíveis neste caso fica na dependência do número de escalonamentos da
caixa de engrenagens.
As árvores principais das máquinas CNC são geralmente acionadas por
motores de corrente contínua, onde as rotações podem ser realizadas sem
escalonamentos e controladas através de um tacômetro. Neste caso pode-se
utilizar qualquer rotação desejada dentro do campo de rotações da máquina.
Em alguns tipos de usinagem, quando necessário atingir um torque favorável
ou modificar o campo de rotações, pode existir no acionamento com motor de
corrente contínua uma caixa de engrenagens com 2, 3 ou 4 escalonamentos.

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SISTEMA DE MEDIÇÃO

A medição das posições dos carros pode ser direta ou indireta.


Quando a medição for direta utiliza-se uma escala e um receptor/emissor que
são fixados um no carro e outro no corpo da máquina. Imperfeições nos eixos
e nos acionamentos não influenciam nos resultados das medições. O sistema
óptico de medição faz a leitura das divisões da escala de medição e
transforma esta informação em sinal elétrico que é enviada ao comando .
Na medição indireta de posicionamento o curso do carro é tomado pelo giro de
um eixo de esferas recirculantes.
Um sistema de medição rotativo registra o movimento de giro de um disco de
impulso, que está montado em um eixo de esferas recirculantes.

Fig. 5: medição direta de posicionamento. Fig. 6: medição indireta


de posicionamento.

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GUIAS LINEARES

São elementos de vital importância em uma máquina operatriz, pois


determinam toda a precisão geométrica da máquina. Cabe a eles a
responsabilidade de deslocar os carros porta-ferramenta de forma precisa.
Várias formas de guias e barramentos foram utilizados, sempre visando reduzir
o atrito e o desgaste. Com o evento das máquinas CNC, o problema
complicou-se, pois, além de reduzir o desgaste, o problema da inércia tornou-
se ponto crítico pelo efeito “STICK-SLIP”, que é a tendência a saltos que
ocorrem em baixas velocidades de escorregamento, tanto em movimentos de
translação como de rotação.
Em velocidade pequena (5 a 20 mm/min), a película de óleo lubrificante é
rompida e ocorre alto atrito estático. Os elementos de transmissão são
deformados elasticamente até que o atrito estático seja superado. O carro
avança então rapidamente sob a ação das forças elástica, restabelecendo-se o
atrito cinemático.
Atualmente o sistema mais utilizado é de guia linear e patins.

Fig. 6: guia linear e patins.

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TORRE DE FERRAMENTAS

Nos processos de usinagem são poucas as peças que podem ser usinadas
sem a troca de ferramentas, como se procura realizar o maior número de
operações possíveis numa única sujeição, o sistema de troca de ferramentas
em máquinas CNC, por causa disso, vem cada vez mais sendo otimizado
pelos fabricantes de máquinas.
Nas máquinas CNC atuais a troca de ferramentas pode ser realizada
manualmente ou automaticamente.
Como nas fresadoras e nas furadeiras os assentos das ferramentas na árvore
são de fácil acesso, a troca pode ser realizada manualmente.
Os tornos e centros de usinagem possuem dispositivos de troca automática de
ferramentas, que se diferenciam em função da quantidade de ferramentas a
serem usadas.
Na troca automática de ferramentas temos o revólver-ferramenta ou o
magazine de ferramentas.

Fig. 7: torre de ferramentas torno CNC.

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TORNO CNC

PLACA DE TRÊS CASTANHAS

As Placas de três castanhas podem executar a fixação da peça por


acionamento mecânico ou automático, sendo o automático acionada por força
hidráulica ou pneumática, podendo ter diferentes dimensões e modelos:

Fig. 8: Placa de três castanhas torno CNC.

(1- Placa com acionamento mecânico, 2- Placa com acionamento pneumático,


3- Placa com acionamento hidráulico )

FORMA DE CONSTRUÇÃO

No caso de tornos. Muitos modelos foram projetados com barramento


inclinado para facilitar a rápida eliminação dos cavacos, produzidos em
elevado volume e altas temperaturas, mais o aumento do diâmetro torneável
com uma mesma área ocupada.

Fig. 9: estrutura de apoio do barramento inclinado no torno CNC.

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SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO E TRANSPORTE DE CAVACOS

Como as máquinas CNC podem operar com altas velocidades de corte nas
usinagens é exigido que estas possuam um sistema para refrigerar, lubrificar e
auxiliar na remoção dos cavacos. Esses sistemas geralmente possibilitam
trabalhar com dois valores de pressão (alta e baixa pressão), e
Alguns fabricantes ainda adotam para torneamento sistemas de ferramentas
onde o fluído refrigerante é conduzido através de canais no interior do porta-
ferramentas, tornando a ação do refrigerante mais eficaz, porem o sistema de
mangueira flexível é utilizado em muitas máquinas CNC

Fig. 10: Sistemas de refrigeração de ferramentas no torno CNC.

A maioria das máquinas CNC podem ser equipadas com transportadores


automáticos de cavacos. Embora opcional, o transportador, que pode ser
acionado pelo programa de usinagem, é fundamental quando o volume de
cavaco produzido for grande. O transportador de cavacos possibilita um
trabalho contínuo sem a necessidade de interrupção da usinagem para
retirada manual dos cavacos.

Fig. 11: Sistemas de transporte de cavacos no torno CNC

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TORNO CNC

DISPOSITIVOS OPCIONAIS

O Torno CNC possui alguns dispositivos opcionais, que podem ser


necessários de acordo com o tipo do processo de fabricação. Por exemplo:
Luneta, coletores de peças, alimentadores de barras, medidores de
ferramentas, etc.

Fig. 12: alimentador barras Fig. 13: coletor peças

Fig. 14: medidor de ferramentas Fig. 15: luneta de apoio

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ETAPAS DE USINAGEM COM TECNOLOGIA CNC

A tecnologia de comando numérico computadorizado, CNC, trouxe vantagens


como velocidade, precisão, repetibilidade e flexibilidade. Mas, ao contrário do
que se pode pensar, estas vantagens só têm efeito após a peça piloto ter sido
usinada. Isto ocorre devido ao tempo necessário para se obter uma única peça
através do CNC, que é bastante longo, chegando a ser superior à usinagem
convencional. Normalmente, em CNC, os seguintes passos são seguidos:

DESENHO

Da mesma forma como no processo convencional, a primeira etapa da


usinagem inicia-se através do recebimento do desenho da peça, que deve ser
analisado, interpretado e compreendido. É muito importante observar as notas,
que algumas vezes trazem detalhes como chanfros ou raios de concordância
que não estão graficamente representados.

PLANEJAMENTO

Da mesma maneira como ocorreria na usinagem convencional, deve-se


realizar a etapa do planejamento do processo de usinagem. Esta é, com
certeza, a etapa mais importante e mais complexa de todo o procedimento,
pois envolve a definição da forma de fixação da peça na máquina, a definição
da sequência de usinagem, a escolha das ferramentas para cada etapa do
processo e a determinação dos dados tecnológicos para cada ferramenta
(velocidade de corte, velocidade de avanço, rotação da ferramenta,
profundidade de corte, número de passadas, rotação da ferramenta, etc.).
Destaca-se nesta fase a definição da fixação da peça na máquina.
Dependendo da peça em questão podem-se utilizar dispositivo padrão como
uma morsa ou grampos de fixação, mas algumas vezes deve-se projetar e
construir um dispositivo específico que atenda a características próprias de
cada situação. Exemplo disto seria a necessidade de se soltar a peça no meio
do programa para vira-la e fixa-la novamente para continuar a usinagem, mas
garantindo as relações geométricas com a fixação inicial.

COORDENADAS

Conhecida a forma de fixação da peça e o processo de usinagem pode-se


voltar ao CAD e realizar o levantamento das coordenadas que serão
relevantes na programação. Deve-se prever pontos de entrada e saída da
ferramenta e observar possíveis colisões com detalhes da peça e também com
o próprio dispositivo de fixação.

PROGRAMAÇÃO

Tendo em mãos as coordenadas obtidas do desenho da peça e conhecendo a


sequência de operações pode-se escrever o programa.

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TORNO CNC

É importante que o programa seja bem comentado, facilitando as possíveis


alterações e correções que possam ser necessárias. O uso de sub-rotinas
deve ser explorado, tornando-o menor e de mais fácil manutenção. Devem-se
explorar todos os recursos que a máquina oferece para tornar o programa
menor e mais eficiente, tais como ciclos de desbastes internos, ciclos de
furação, rotação de coordenadas e deslocamento de referência entre outros.
No caso de se utilizar um software para a programação, deve-se fazer a
transmissão do programa para a máquina.

SIMULAÇÃO GRÁFICA

Na realidade esta etapa ocorre juntamente com a programação, mas devido a


sua importância será destacada como uma fase específica. A simulação
gráfica é uma ferramenta que deve ser explorada ao máximo, pois permite
detectar erros de programação que podem por em risco a peça, as
ferramentas, o dispositivo de sujeição e até mesmo a máquina.
Deve-se utilizar principalmente o recurso de zoom para verificar pequenos
detalhes e também a simulação em ângulos diferentes (topo, frontal, lateral,
etc.). Mesmo quando se utiliza um software de simulação gráfica, deve-se
realizar a simulação fornecida pela máquina, para garantir que o programa
está funcional.

Uma observação importante é que algumas funções do programa só podem


ser simuladas corretamente após realização do setup de ferramentas (que
será discutido mais adiante) pois dependem dos valores da ferramenta para
serem calculadas. Mesmo assim, é um bom momento para verificar a
existência de erros grosseiros (sinal invertido, coordenadas trocadas, falta de
uma linha, etc.).

PREPARAÇÃO

É a primeira etapa de setup da máquina. Deve-se montar o dispositivo de


fixação e as ferramentas. A montagem do dispositivo de fixação da peça é
cercada de cuidados, pois se deve limpar cuidadosamente a mesa de trabalho
da máquina e a superfície de apoio do dispositivo. Além disto, sua fixação
deve observar, quando necessário, o paralelismo com os eixos de trabalho,
através da utilização de um relógio apalpador.
Na montagem das ferramentas deve observar uma cuidadosa limpeza dos
suportes além de garantir um bom aperto, evitando que ela se solte durante a
usinagem. Durante a fixação das ferramentas nos suportes deve-se buscar
mantê-las as mais curtas possíveis, de modo a evitar flanbagens e vibrações,
mas não se pode esquecer-se de verificar a possibilidade de impacto do
suporte da ferramenta com obstáculos oferecidos pela peça ou pela fixação.
Por fim, quando da instalação das ferramentas na máquina, devem-se ajustar
os bicos de fluido refrigerante de modo que todas as ferramentas sejam
refrigeradas.

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TORNO CNC

PRESET DE FERRAMENTAS E ZERO PEÇA

Após a instalação do dispositivo de fixação e do ferramental deve-se informar


ao CNC as características que os definem. No caso do dispositivo de fixação
devem-se informar as coordenadas X e Z que foram utilizadas como referência
na programação, ou seja, deve-se definir o zero-peça. Após esta etapa pode-
se realizar com segurança a simulação gráfica oferecida pelo CNC da
máquina.

EXECUÇÃO DA PRIMEIRA PEÇA

Depois de realizado todo o setup da máquina e a verificação do programa


através da simulação gráfica pode-se finalmente executar a primeira peça,
denominada normalmente de peça piloto, que sempre que possível não deve
fazer parte do lote, já que existe grande possibilidade de ocorrerem falhas não
previstas. Sua execução é realizada no modo passo-a-passo, ou seja, cada
linha do programa só será executada após liberação realizada pelo operador.
Além disso, a velocidade de movimentação pode ser controlada permitindo
realizar aproximações lentas e seguras. Pode-se ligar e desligar o fluido
refrigerante a qualquer instante de modo permitir melhor visualização dos
movimentos. Esta etapa permite verificar detalhes não previstos na etapa de
programação e não visualizados na simulação.
Quando se encontra alguma linha com algum erro ou necessidade de
alteração pode-se parar a usinagem, afastar a ferramenta da peça, alterar o
programa e reiniciar a partir desta linha, continuando a analisar o programa.

EXECUÇÃO DO LOTE

Após a execução passo-a-passo ter sido concluída com sucesso e todas as


correções necessárias terem sido realizadas pode-se passar a execução das
peças do lote. É a etapa final onde as vantagens da tecnologia CNC vão surgir.

Resumindo, têm-se as seguintes etapas:

1. Recebimento do desenho.
2. Planejamento do processo.
3. Levantamento das coordenadas.
4. Programação.
5. Simulação gráfica.
6. Instalação das ferramentas.
7. Setup de ferramentas.
8. Execução passo-a-passo.
9. Execução do lote

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TORNO CNC

MOVIMENTOS DA FERRAMENTA

As direções e sentidos dos movimentos relativos entre a peça e a ferramenta


de uma máquina CNC são definidos em função do tipo da máquina e dos
movimentos dos eixos de avanço.
Num torno estes deslocamentos são realizados nas direções longitudinal e
transversal.

Fig. 16: deslocamentos no torno CNC.

SISTEMAS DE COORDENADAS

Todas as máquinas-ferramentas CNC são comandadas por um sistema de


coordenadas cartesianas na elaboração de qualquer perfil geométrico.
O sistema de coordenadas cartesianas é definido pelo cruzamento de duas ou
mais retas perpendiculares entre si e paralelas ao movimento da ferramenta, a
partir desse sistema é possível a determinação de qualquer ponto.

Fig. 17: representação eixos cartesianos no torno CNC.

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TORNO CNC

O sistema de coordenadas da máquina é formado por todos os eixos


existentes fisicamente na máquina.

Todos os movimentos são baseados no trajeto da ferramenta em relação a


uma origem pré-estabelecida (X0; Y0; ) esta origem é exatamente o ponto de
cruzamento entre as retas do sistema.
Esta origem recebe o nome de zero peça e é representada pelo símbolo
abaixo:

PONTOS X Z
0
Fig.18- Zero peça 1
2
Exemplo:
3
4
5
6
7
8
1

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PONTO ZERO PEÇA

Este ponto é a origem do sistema de coordenadas da peça, e é definido pelo


programador como referência para definir as coordenadas na elaboração do
programa, caminhos e posicionamentos das ferramentas.
Também chamado de deslocamento de ponto zero. Definir o “zero peça”
significa dizer que o ponto de origem do sistema de referência para usinagem
pode ser definido em qualquer posição do plano de trabalho.

No torno o ponto X0 é definido pela linha de centro do eixo árvore e o ponto Z0


é definido em uma face perpendicular a linha de centro do eixo árvore.
Durante uma programação, o ponto zero peça pode ser definido no fundo da
peça (geralmente encosto das castanhas) ou na face da peça, como mostra a
figura abaixo.

Fig.18- Zero peça na castanha Fig.19- Zero peça na face

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EXEMPLO 1: CONSIDERAR ZERO PEÇA NA FACE

EXEMPLO 2: CONSIDERAR ZERO PEÇA NA CASTANHA

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SISTEMA DE COORDENADAS ABSOLUTAS (Função G90).

Nesse sistema todas as coordenadas são em relação a um ponto de referência


fixo (zero peça)
Isto significa: a coordenada absoluta descreve a posição para qual a
ferramenta deve ir sempre, em relação ao ponto zero peça.

Exemplo:

PONTOS X Z
1
2
3
4
5
6
7
8
9

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TORNO CNC

Exercícios : determine os pontos e preencha a tabela com os valores das


coordenas no sistema absoluto (G90)

PONTOS X Z
1
2
3
4
5
6

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TORNO CNC

PONTOS X Z
1
2
3
4
5
6
7
8
9

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PONTOS X Z
1
2
3
4
5
6
7
8
9
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TORNO CNC

INTRODUÇÃO A PROGRAMAÇÃO

COMANDOS

O comando CNC é responsável por todas as funções da máquina. Hoje há


uma grande variedade de comandos no mercado, proporcionando maior opção
aos fabricantes de máquinas, entre eles podemos citar o comando Siemens,
Fanuc, Diadur, MCS, Mitsubshi, entre outros. Além disso, um mesmo comando
pode ter diversos modelos, de acordo com o tipo de máquina ou opcionais.

O QUE É UM PROGRAMA CNC?

O Programa CNC é responsável pelos movimentos dos eixos da máquina de


acordo com a trajetória pré-estabelecida para a ferramenta de corte, e de
funções, como, o acionamento da rotação, refrigeração e demais recursos que
o equipamento disponibiliza. O programa é escrito em uma linguagem, a qual é
compreendida pelo processador da máquina, e este é responsável em
transmitir informações para os equipamentos. Estas informações ficam
armazenadas no comando, assim possibilitando a repetição do programa
quantas vezes forem necessárias.

N10 G90 G54 G95 G0 X150 Z150 ;


N20 T01 01; FERRAMENTA DE ACABAMENTO
N30 G96 S200 M3 ;
N40 G92 S2500 ;
N50 G0 X0 Z5 M8 ;
N60 G1 Z0 F0. 1;
N70 G1 X45 Z0;
N80 G1 X45 Z-25 ;
N90 G1 X60 Z-25 ;
N100G1 X60 Z-35;
N110 G00 X150 Z150 M9;
N120 M30 ;

(Exemplo de um programa para torno CNC).

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TORNO CNC

PROGRAMAÇÃO CNC BÁSICA

A linguagem de programação CNC mais difundida no Brasil é a linguagem


ISO, também muito conhecida por código G. Um programa CNC escrito nesta
linguagem é composto, normalmente denominadas de blocos. Cada bloco é
formado por comandos, também chamados de palavras, que controlam as
funções da máquina. Essas palavras podem indicar movimentos dos
elementos da máquina, coordenadas da geometria da peça e também funções
da máquina.

BLOCOS DE USINAGEM

São linhas de programação que contém as informações necessárias à


execução de uma etapa do programa

CÓDIGOS (G) BÁSICOS

G0 (INTERPOLAÇÃO LINEAR EM AVANÇO RÁPIDO)

Utilizado para posicionar a ferramenta com os eixos se movimentando na


maior velocidade fornecida pela máquina. (Utilizado somente para
aproximações e recuos), deve-se analisar o trajeto da ferramenta para que não
ocorram colisões entre a ferramenta e o material ou entre a ferramenta e a
fixação da peça.

Fig.20- deslocamento em avanço máximo

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G1 (INTERPOLAÇÃO LINEAR EM AVANÇO DE USINAGEM)

É o comando utilizado para movimentar a ferramenta com velocidade de


avanço controlada pelo parâmetro F. É utilizado para a usinagem.

Fig.21- deslocamento em avanço de usinagem

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TORNO CNC

LISTA DOS PRINCIPAIS CÓDIGOS


G00- Interpolação linear avanço rápido.
G01- Interpolação linear avanço programado.
G02- Interpolação circular sentido horário.
G03- Interpolação circular sentido anti-horário.
G04- Tempo de espera.
G20- Programação em polegadas.
G21- Programação em mm.
G28- Retorna os eixos para posição de referência.
G33- Interpolação de roscas com passo constante (passo a passo).
G40- Desativa a compensação do raio da ponta da ferramenta.
G41- Ativa a compensação do raio da ponta da ferramenta a esquerda.
G42- Ativa a compensação do raio da ponta da ferramenta a direita.
G53- Ponto zero máquina.
G54 a G59- Ativa o sistema de coordenadas do ponto zero peça.
G60- Parada exata.
G64- Modo de controle de trajetória.
G70- Ciclo de acabamento.
G71- Ciclo de desbaste.
G73-Ciclo de desbaste paralelo ao perfil
G74-Ciclo de furação
G75-Ciclo de faceamento e canais
G76-Ciclo de roscamento automático
G77-Ciclo de torneamento paralelo e cônico
G78-Ciclo de roscamento semi-automático
G79-Ciclo de faceamento
G80-Cancelar ciclos de furação
G83-Ciclo de furação
G84-Ciclo de roscamento
G90- Sistema de coordenadas absoluto.
G91- Sistema de coordenadas incremental.
G92- Limite de Rotação.
G94- Avanço de usinagem em milímetro por minuto (mm/min).
G95- Avanço de usinagem em milímetro por rotação (mm/rot).
G96- Velocidade de corte constante.
G97- Rotação constante.

LISTA DAS PRICINPAIS FUNÇÕES M (MISCELÂNEAS)


M00 Parada Programada
M03 Liga giro da placa no sentido horário.
M04 Liga giro da placa no sentido anti-horário.
M05 Desliga o giro da placa.
M08 Liga Refrigeração.
M09 Desliga Refrigeração.
M30 Final de Programa.

ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ” 29


TORNO CNC

G96 (VELOCIDADE DE CORTE CONSTANTE)

Esta função é muito importante para o bom desempenho da ferramenta de


corte e para o acabamento superficial da peça, fazendo com que o comando
calcule constantemente a rotação para cada novo diâmetro, mantendo assim a
velocidade de corte indicada em tabelas pelo fabricante para a ferramenta de
corte. No mesmo bloco da velocidade de corte é programada no comando
Siemens o limite de rotação, ou seja, a rotação máxima que o eixo árvore
atingirá durante o torneamento.

Exemplo

G96 S200

S200 (Valor da velocidade de corte m/min)

G92 (LIMITE DE ROTAÇÃO)

Esta função estabelece o limite máximo que a máquina irá atingir usando a
função de velocidade de corte constante

G92 S3000 (rotação máxima de 3000 RPM)

G97 (ROTAÇÃO FIXA)

Esta função mantem a rotação do eixo árvore sempre constante. É comum o


seu uso nas operações de rosqueamento, furações e sangramento, sendo
programada em um único bloco juntamente com o acionamento do eixo árvore
e o valor da rotação.
Exemplo:

G97 S1000 (rotação fixa em 1000 RPM)

CÁLCULO DA ROTAÇÃO

S = VC x 318
Ø

VC = Velocidade de corte [m/min]


Ø = Diâmetro [mm]

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TORNO CNC

Exemplo: programa de acabamento (simplificado)

ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ” 31


TORNO CNC

Exercícios: elaborar programas de acabamento para as peças a seguir:

ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ” 32


TORNO CNC

ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ” 33


TORNO CNC

G2 e G3 (INTERPOLAÇÃO CIRCULAR)

Esta função executa operação de usinagem de arcos pré-definidos através de


uma movimentação apropriada e simultânea dos eixos. Podem-se gerar arcos
nos sentidos horário (G02) e anti-horário (G03), permitindo produzir círculos
inteiros ou arcos de círculo.

Fig.22- interpolação circular

G02 X_ _ _ Z_ _ _ R_ _ _ ou G03 X_ _ _ Z_ _ _ R_ _ _

G2= Sentido horário ou G3= Sentido anti-horário

X = posição final da interpolação. (absoluto)


Z= posição final da interpolação. (absoluto)
R= valor do raio

Passos para a programação de interpolação circular:


1 - Posicionar a ferramenta na posição de início do arco.
2 - Definir o sentido do arco (G2 ou G3)
3 - Definir o ponto final do arco X_ Z_.
4 - Definir o raio R

ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ” 34


TORNO CNC

Exercícios: elaborar programas de acabamento para as peças a seguir:

ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ” 35


TORNO CNC

ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ” 36


TORNO CNC

G40 G41 G42 (COMPENSAÇÃO DO RAIO DA PONTA DA FERRAMENTA)

Até agora temos trabalhado com a ferramenta no contorno dos perfis


imaginado uma ponta teórica (canto vivo) onde não foi levado em
consideração o seu raio de corte, conforme indicado na figura abaixo.

Fig.23- detalhe raio da ponta da ferramenta

Isso não representa problemas durante as operações de faceamento ou no


torneamento longitudinal (diâmetros), mas no momento do torneamento de
ângulos ou raios esta ponta teórica não executa o perfil correto.

Fig.24- Ponto de referência da ferramenta

ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ” 37


TORNO CNC

Fig.25- Usinagem interna com compensação raio da ponta da ferramenta

Fig.26- Usinagem externa com compensação raio da ponta da ferramenta

A correção de trajetória do raio de corte é ativada com as funções G41 e G42


e cancelada com G40. A correção de trajetória é usada principalmente no
torneamento de acabamento.

ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ” 38


TORNO CNC

FUNÇÃO: G41

A Função G41 seleciona o valor da compensação do raio da ponta da


ferramenta, estando à esquerda da peça a ser usinada, vista em relação ao
sentido do curso de corte.

FUNÇÃO: G42

A Função G42 seleciona o valor da compensação do raio da ponta da


ferramenta, estando à direita da peça a ser usinada, vista em relação ao
sentido do curso de corte.

FUNÇÃO: G40

A Função G40 cancela a compensação de raio da ferramenta

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES PARA USAR A COMPENSAÇÃO DE RAIO

1. Na sentença do programa onde se deseja ativar ou desativar a CRC é


necessário um deslocamento em G0 ou G1 maior que duas vezes o raio
da ferramenta.

2. O valor do raio a ser compensado deve estar armazenado na página de


presset de ferramenta e seu respectivo quadrante (lado de corte), na
preparação da máquina.

3. A compensação de raio é usada na operação de acabamento.

ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ” 39


TORNO CNC

QUADRANTES DA PONTA DA FERRAMENTA

As tabelas dos quadrantes indicam as posições da ferramenta selecionada


para o cálculo de compensação feito pelo comando quando ativadas as
funções G41 ou G42.

Para o cálculo da compensação do raio de corte, o comando necessita de uma


identificação da posição do ponto de corte da ferramenta. No total, existem 9
identificações, sendo representada a posição da ponta de corte da ferramenta
conforme esquema para ferramenta:

Fig.27- esquema de quadrantes do raio da ponta da ferramenta

ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ” 40


TORNO CNC

Fig.28- exemplos esquema de quadrantes do raio da ponta da ferramenta

ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ” 41


TORNO CNC

Exemplo: elaborar programa de usinagem de acabamento com compensação


de raio de corte:

ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ” 42


TORNO CNC

Exercício 1: elaborar programa de usinagem de acabamento com


compensação de raio de corte:

ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ” 43


TORNO CNC

Exercício 2: elaborar programa de usinagem de acabamento com


compensação de raio de corte:

ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ” 44


TORNO CNC

Exercício 3: elaborar programa de usinagem de acabamento com


compensação de raio de corte

ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ” 45


TORNO CNC

CICLOS FIXOS

São funções que simplificam a programação, são blocos de programação que


informam ao CNC como executar uma determinada operação, a qual se fosse
programada em comandos simples resultaria em múltiplos blocos.

ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ” 46


TORNO CNC

G71 (CICLO DE DESBASTE)

O ciclo de desbaste deve ser programado da seguinte maneira:

G71 U.... R.... (1ª linha)

G71 P.... Q.... U.... W.... F.... (2ª linha)

1ª LINHA

U = Valor da profundidade de corte durante o ciclo.


(Valor programado em raio com ponto decimal)

R = Valor do afastamento no eixo transversal para retorno ao ponto inicial.


(Valor programado em raio com ponto decimal)

2ª LINHA

P = Número do bloco que define o inicio do perfil

Q = Número do bloco que define o final do perfil

U = sobre metal para acabamento no eixo X


(Valor programado em diâmetro e positivo para externo e negativo para
interno)

W = sobre metal para acabamento no eixo Z

F = Velocidade de avanço

ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ” 47


TORNO CNC

G70 (CICLO DE ACABAMENTO)

Este ciclo é utilizado após a execução dos ciclos de desbaste para dar
acabamento final na peça sem que seja necessário repetir toda sequência do
perfil da mesma. O ciclo de acabamento deve ser programado da seguinte
maneira:

G70 P.... Q.... F....

Onde:

P = Número do bloco que define o início do perfil

Q = Número do bloco que define o final do perfil

F= Velocidade de avanço

Após a execução do ciclo G70 a ferramenta retorna ao ponto de início.

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:

1-Normalmente não é usado a compensação de raio no desbaste (G71)

2-No primeiro bloco que define o perfil deve ser programado em G0 e deve ter
apenas programado o eixo X.

3-Ativar a compensação antes do ciclo de acabamento (G70)

ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ” 48


TORNO CNC

Exemplo: programa utilizando os ciclos G71(desbaste) G70(acabamento)

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TORNO CNC

ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ” 50


TORNO CNC

Exercício 1: elaborar programa completo de usinagem com ciclos de desbaste


e acabamento com compensação de raio de corte

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TORNO CNC

ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ” 52


TORNO CNC

Exercício 2: elaborar programa completo de usinagem com ciclos de desbaste


e acabamento com compensação de raio de corte

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TORNO CNC

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TORNO CNC

Exercício 2: elaborar programa apenas da usinagem interna com ciclos de


desbaste e acabamento com compensação de raio de corte (considerar a peça
com furo de 25mm passante)

DADOS
DE
CORTE:

T3-
DESBAST
E
INTERNO
VC=160
m/min
AP=1.5mm
SOBREME
TAL
DIÂMETR
O=0,5mm
FACES=0,
1mm
F=0.25
mm/rot.
(Usar G71)

T5-
ACABAME
NTO
INTERNO
VC=180
m/min
F=0.12
(Usar G70)

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TORNO CNC

Exercício 3: elaborar programa apenas da usinagem interna com ciclos de


desbaste e acabamento com compensação de raio de corte (considerar a peça
com furo de 28mm passante)

DADOS
DE
CORTE:

T2-
DESBAST
E
INTERNO
VC=190
m/min
AP=1.5m
m
SOBREM
ETAL
DIÂMETR
O=1mm
FACES=0,
2mm
F=0.3
mm/rot.
(Usar G71)

T9-
ACABAM
ENTO
INTERNO
VC=240
m/min
F=0.12
(Usar G70)

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TORNO CNC

ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ” 57


TORNO CNC

CICLOS DE FURAÇÃO

FUNCIONAMENTO

A ferramenta fura com a rotação e velocidade de avanço programado até a


profundidade final da furação especificada.
O furo é usinado até sua profundidade final com várias penetrações gradativas
em profundidade, cujo valor máximo é ser especificado.
Opcionalmente, após cada profundidade de penetração, a broca sempre
retrocede para a quebra de cavacos.

G74: CICLO DE FURAÇÃO COM QUEBRA DE CAVACOS

G83: CICLO DE FURAÇÃO COM RETORNO PARA DESCARGA DE


CAVACO

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TORNO CNC

G74_Ciclo de furação

O ciclo G74 de furação deve ser programado em duas linhas da seguinte


maneira:

G74 R.... (1ª linha)

G74 Z... Q... F... (2ª linha)

ONDE:

1ª LINHA

R = Retorno incremental para quebra de


cavaco

2ª LINHA

Z = Posição final (absoluto)

Q = Valor do incremento de profundidade


(valor deve ser especificado em milésimo de mm)

F = Velocidade de avanço.

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:

1- A última profundidade de furação é calculada automaticamente pelo


comando, ou seja, não há necessidade de cálculos para igualar as
profundidades.

2- No final do ciclo a ferramenta volta à posição de início antes da


chamada do ciclo.

3- Sempre cancelar o ciclo de furação (G80)

ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ” 59


TORNO CNC

G83: Ciclo de furação com descarga de cavaco (Furação profunda)

´´Este ciclo permite executar furos com quebra de cavaco com retorno ao
ponto inicial depois de cada incremento de furação´´

O ciclo G83 de furação deve ser programado em uma linha da seguinte


maneira:

G83 Z... Q.... R.... F....

Z = Posição final (absoluto)

Q = Valor do incremento de profundidade (valor deve ser especificado em


Milésimo de mm, e significa ´´de quanto em quanto vai furar´´)

R = Plano de referência para início de furação

F = Velocidade de avanço

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:

1- A última profundidade de furação é calculada automaticamente pelo


comando, ou seja, não há necessidade de cálculos para igualar as
profundidades.

2- No final do ciclo a ferramenta volta à posição de início antes da


chamada do ciclo.

3- Sempre cancelar o ciclo de furação (G80)

ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ” 60


TORNO CNC

Exercício 1: programar a usinagem do furo seguindo as informações abaixo:

.
DADOS DE CORTE:

-T3 broca centro


AVANÇO=0.07
mm/rot.
RPM=1500
(Usar G0 e G1)

-T5 broca 12mm


VC=20 m/min
Avanço=0.1 mm/rot.
(Usar G74)

ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ” 61


TORNO CNC

Exercício 2: programar a usinagem do furo seguindo as informações abaixo:

.
DADOS DE CORTE:

-T7 broca centro


AVANÇO=0.05
mm/rot.
RPM=1200
(Usar G0 e G1)

-T10 broca 12mm


VC=18 m/min
Avanço=0.15 mm/rot.
(Usar G83)

ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ” 62


TORNO CNC

Exercício 3: programar a usinagem do furo seguindo as informações abaixo:

DADOS DE CORTE:

-T1 broca centro


AVANÇO=0.05 mm/rot.
RPM=1000
(Usar G0 e G1)

-T3 broca 12mm


VC=20 m/min
Avanço=0.12 mm/rot.
(Usar G83)

-T5 broca 20mm


VC=20 m/min
Avanço=0.14 mm/rot.
(Usar G74)

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TORNO CNC

Exercício 4: programar a usinagem do furo seguindo as informações abaixo:

DADOS DE CORTE:
-T9- broca de insertos (T-MAX 28 MM)
AVANÇO=0.1 mm/rot.
VC=120M/MIN
(Usar G74)

ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ” 64


TORNO CNC

G75 - CICLO DE CANAIS

A função G75 se aplica na usinagem de canais equidistantes e no desbaste de


canais mais largos que as ferramentas disponíveis. É definido em duas linhas
de programação

Para canais equidistantes a função requer:

G75 R.... (1ª linha)

Onde:

R = Valor do afastamento no eixo transversal para retorno ao ponto inicial.

G75 X.... Z.... P.... Q.... F.... (2ª linha)

Onde:

X = Diâmetro final do canal


Z = Posição final do canal (absoluto)
P = Incremento de corte no eixo “X” (raio/milésimo de milímetro)
Q = Distância entre canais no eixo “Z” (incremental/milésimo de milímetro)
F = Velocidade de avanço

Trecho de um programa

N.... G0 X35 Z-11;


posicionar no1° CANAL

N.... G75 R1

N... G75 X20 Z-37 P2000


Q13000 F0.05

ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ” 65


TORNO CNC

Para canais largos a função requer:

G75 R.... (1ª linha)

Onde:

R = Valor do afastamento no eixo transversal para retorno ao ponto inicial.

G75 X.... Z.... P.... Q.... F.... (2ª linha)

Onde:
X = Diâmetro final do canal (deixar 0,1mm de sobre metal)
Z = Posição final do canal (absoluto)
P = Incremento de corte no eixo “X” (raio/milésimo de milímetro)
Q = Incremento no eixo “Z” (incremental/milésimo de milímetro)
F = Velocidade de avanço

Observação:
Nesse caso é necessário dar um passe de acabamento no diâmetro final
do canal utilizando o bedame com G01.

N... G0 X35 Z-11 ;


Posicionar no início do
canal + largura do bedame

N... G75 R1

N... G75 X20.1 Z-30 P2000


Q2500 F0.05

ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ” 66


TORNO CNC

Exercício 1: programar a usinagem dos canais seguindo as informações


abaixo:

.
DADOS DE CORTE:

-T7 Bedame
(4mm de largura)

AVANÇO=0.05
mm/rot.
RPM=1800
(Usar G75)

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TORNO CNC

Exercício 2: programar a usinagem do rebaixo diâmetro de 30x70mm

seguindo as informações abaixo:

DADOS DE CORTE:
T03 – BEDAME 3 mm
VC = 120 m/min
Rpm=1500
Avanço = 0.07mm/rot.

ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ” 68


TORNO CNC

G76 (CICLO DE USINAGEM DE ROSCA)

FUNCIONAMENTO

Com o ciclo de abertura de roscas podem ser usinadas roscas retas e cônicas,
externas e internas, com passo constante na usinagem longitudinal e
transversal. As roscas podem ser de passos simples e múltiplos. Para as
roscas de passos múltiplos, os passos de rosca são usinados um após o outro.
Uma rosca à direita ou uma rosca à esquerda é definida pelo sentido de
rotação do fuso programado antes da chamada do ciclo.
Os controles de avanço e de fuso estão desativados durante os blocos de
deslocamento com rosca.

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:

1-Usar G97(rotação fixa)

2-Usar M3 para a usinagem de rosca à direita e M4 para a usinagem de rosca


à esquerda.

3-Na posição de aproximação antes de iniciar a rosca recomenda-se usar


distância de 3x passo no eixo Z.

ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ” 69


TORNO CNC

Cálculos necessários
para programação da
rosca

1° altura do filete= P

2° diâmetro final = X

3° profundidade do 1°
passe=Q

P=Altura do filete
P = constante X passo da rosca
Sendo:
0.6495=constante para rosca Métrica.
0.6403=constante para rosca Whitworth
0.8660=constante para rosca NPT

X= diâmetro final
X= diâmetro inicial – (2 x P)
Sendo:
Diâmetro inicial=diâmetro a ser feito a rosca
P= altura do filete

Q=Profundidade de corte do 1° passe

Sendo:

P= altura do filete
Número de passes= quantidade total de passes para usinagem da rosca

ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ” 70


TORNO CNC

O ciclo de usinagem de rosca deve ser programado da seguinte maneira:

G76 P (m) (r) (a) Q.... R.... (1ª linha)

G76 X.... Z.... R.... P.... Q.... F... (2ª linha)

ONDE:

1ª LINHA

P   
(a) Ângulo da ferramenta (0º, 29º, 30º, 55º, 60º, 80º).

(r) para saída a 90º - valor igual a 00

(m) Número de repetições do último passe

Q = mínima profundidade de corte


(Valor programado em raio e em milésimos de mm)

R = Profundidade de corte do último passe


(Valor programado em raio e em milésimos de mm)

2ª LINHA

X = Diâmetro final da rosca

Z = Posicionamento final do roscamento

R = Valor da conicidade incremental no eixo X (somente para rosca cônica)


(Valor programado em raio e negativo para externo e positivo para interno)

P = Altura do filete da rosca


(Valor programado em raio e em milésimos de mm)

Q = Profundidade de corte do 1° passe


(Valor programado em raio e em milésimos de mm)

F = Passo da rosca

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TORNO CNC

Exemplo: programa utilizando o ciclo G76 (roscamento automático)

Cálculos:

P =Altura do filete

P = constante X passo da
rosca
P=0.6495x2
P=1.299

X =Diâmetro final

X= diâmetro inicial – (2 x P)
X=25 - (2x1. 299)
X=25 - 2.598
X=22.402

Q =Profundidade de corte do 1° passe

Trecho do programa

N...

N50 G0 X30 Z6 M3

N60 G76 P010060 Q00 R00

N70 G76 X 22.402 Z-27 R00 P1299 Q360 F2

N80 G0 X150 Z150 M30

ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ” 72


TORNO CNC

Cálculo rosca interna


Para a usinagem da rosca interna atenção a definição do diâmetro final X e a
definição do furo a ser feito a rosca

Forma de calcular abaixo:

X= diâmetro final
X= diâmetro da rosca + (0,09 x passo da rosca)

DIÂMETRO DO FURO
Diâmetro furo= X – (2 x P)

Sendo:
X=diâmetro final
P= altura do filete

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TORNO CNC

Elaborar o programa
da rosca

Cálculos

ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ” 74


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Exercício 1: elaborar programa completo para a usinagem, utilizando ciclos:


G71-Desbaste, G70-acabamento, G76- rosca (canal usar g0 e g1 considerar
bedame com 4mm de largura)

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TORNO CNC

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TORNO CNC

Exercício 2: elaborar programa para a usinagem do furo e das roscas,


utilizando ciclos:

DADOS DE CORTE:

T3-BROCA T-MAX
DIÂMETRO 20mm

VC= 140 m/min


F=0.12mm/rot.
(Usar G74)

T5-DESBASTE e
ACABAMENTO INTERNO

VC=160 m/min
AP=1mm
SOBREMETAL
DIÂMETRO=1mm
FACES=0.2mm
F=0.25 mm/rot. DESB.
F=0.15 ACAB.
(Usar G70 E G71)

T9-ROSCA EXTERNA
M50x2
VC= 80 m/min
(Usar G76)

T11-ROSCA INTERNA
M30x1,5
VC= 80 m/min
(Usar G76)

Chanfros 2x45°

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TORNO CNC

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TORNO CNC

ANOTAÇÕES

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TORNO CNC

REFERÊNCIAS

Manual de Programação e Operação CNC FANUC 21i – T


Indústrias ROMI S.A.

CNC Programação de Comandos Numéricos Computadorizados


Torneamento
Sidnei Domingues da Silva
Editora Érica.

Apostila de CNC Comando Numérico Computadorizado


Escola SENAI “A. Jacob Lafer” –
Curso de Aprendizagem Industrial. (CAI)

Apostila de TORNO CNC


Escola SENAI “Almirante Tamandaré” –
Curso de Formação Inicial e Continuada (FIC)

ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ” 96

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