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º 3
ESCOLA SECUNDÁRIA DE RIO TINTO
Departamento de Matemática e Ciências Experimentais
Ficha PEN – preparação teste de 8 novembro Turma E 11.ºano prof. Márcia Pacheco
GRUPO I
Por que razão caem as folhas no outono?
Com a chegada do outono, a paisagem adapta-se, os tons verdes das folhas dão lugar aos amarelos, laranjas, laranjas
ferruginosos e vermelhos escarlates. Esta é a resposta de muitas árvores às alterações do clima da nova estação,
preparando-se para a dormência do inverno. Nesta estação, as substâncias de reserva ficam essencialmente acumuladas
na raiz.
Entre os pigmentos das folhas verdes, a clorofila, maioritária e de cor verde, torna invisíveis os outros pigmentos, que são
os carotenoides (laranjas) ou as xantofilas (amarelas, derivadas dos carotenos). Mais frágil, a clorofila é de facto a primeira
a desaparecer nas folhas das caducifólias, dando lugar aos outros pigmentos, até que também estes desaparecem.
Contudo, há um outro tom que marca as folhas de algumas plantas no outono – o vermelho das antocianinas. Estes
pigmentos não se encontravam mascarados nas folhas pelos verdes das clorofilas, formando-se apenas nos últimos
instantes de vida das folhas, no momento em que o fenómeno de abcisão foliar quebra a ligação entre os ramos e as
folhas.
À medida que os dias de outono vão sendo menos luminosos, a capacidade de realizar a fotossíntese vai diminuindo e o
gasto energético necessário para manter as folhas vivas não é compensado pela produção de matéria orgânica. Então,
através de um processo mediado por hormonas, as folhas caem de forma programada, e por uma zona na base dos
pecíolos das folhas chamada zona de abscisão (Figura 1).
A zona de abscisão é formada por várias camadas de células parenquimatosas de pequeno tamanho, com paredes finas,
que estão orientadas perpendicularmente ao pecíolo. Para ocorrer a abscisão, enzimas hidrolíticas (pectinases e celulases),
produzidas em grande quantidade por células próximas, causam a destruição da lamela média 1 e da parede celular
primária das células desta zona. Antes da conclusão da abscisão, há exportação dos nutrientes móveis das folhas, por
vasos floémicos do pecíolo. Observa-se, pouco antes da queda do órgão, a produção e acumulação de substâncias que
vedam os vasos condutores. Depois formam-se várias camadas de células, com elevado conteúdo de suberina e de
lenhina, que evitam a perda de água e impedem a entrada de microrganismos. Nessa altura, uma pequena brisa pode
fazer cair as folhas, mas sempre pela zona de abscisão.
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Camada que liga as paredes celulares de células contíguas.
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1. O vermelho intenso das antocianinas deve-se à _____ das radiações_____ do espetro eletromagnético.
(A) absorção … verdes
(B) absorção … vermelhas
(C) reflexão … verdes
(D) reflexão … vermelhas
6. Das afirmações seguintes, selecione as três afirmações corretas, relativas a acontecimentos durante o ciclo de Calvin
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8. Complete o texto seguinte com a opção adequada a cada espaço.
Na fotossíntese, ao nível ___(a)___, ocorre a ___(b)___ da clorofila, com a consequente perda de eletrões. Seguidamente,
verifica-se a ___(c)___ da molécula de água, libertando-se protões, eletrões e oxigénio. Ao longo da cadeia transportadora de
eletrões ocorre transferência de energia, que vai sendo utilizada para a ___(d)___ do ADP. Para além disso, acontece a redução
do ___(e)___.
9. Explique por que razão a queda das folhas ocorre sempre pela zona de abscisão.
Grupo II
Novo DNA sintético com oito letras em vez dos “naturais” quatro
Chama-se DNA Hachimojt, hachi significa oito e moji quer dizer letra em japonês. É uma nova forma de DNA sintético, feito
em laboratório, com o dobro dos blocos que existem no DNA natural. Às bases naturais, juntam-se as bases sintéticas P,
Z, B e S. Verifica-se que P emparelha com Z e B emparelha com S.
O DNA Hachimoji (figura 2) pode fazer tudo o que o DNA natural faz para sustentar a vida. Estabelece pares de maneira
previsível, pode ser copiado para produzir RNA Hachimoji e é capaz de orientar a síntese de proteínas” refere um
comunicado de imprensa sobre o estudo. Os oito nucleótidos do DNA e RNA Hachimoji foram concebidos para formar
quatro pares complementares que se ligam através de pontes de hidrogénio, mas este sistema genético sintético não é
autosustentável, uma vez que o DNA Hachimoji precisa de um fornecimento estável de “matéria-prima” criada em
laboratório e que não existe na natureza.
O DNA Hachimoji pode ter muitas aplicações no campo da biologia sintética aplicada. Os investigadores falam de
alternativas ao silício para armazenamento de informação, proteínas com aminoácidos extra, novos tipos de fármacos e
expansão do conhecimento sobre moléculas de armazenamento de informação em possíveis formas de vida extraterrestre.
Adaptado de: Jornal Publico, 22 de fevereiro de 2019
Figura 2 - Oito nucleótidos complementares do DNA de Hachimoji e do RNA de Hachimoji (adaptada de: Hoshika et al.
Hachimoji DNA and RNA: A genetic system with eight building blocks, Science)
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2. Com exceção do número e tipo de bases azotadas, o DNA Hachimoji tem uma estrutura semelhante ao DNA natural.
Considere as seguintes afirmações, relativas ao DNA Hachimoji.
3. A enzima produzida pelos investigadores para transcrever o DNA Hachimoji foi uma
(A) DNA polimerase que não poderá ser utilizada na replicação do DNA.
(B) RNA polimerase que também será utilizada na replicação do DNA.
(C) DNA polimerase que também será utilizada na replicação do DNA.
(D) RNA polimerase que não poderá ser utilizada na replicação do DNA.
5. Ao contrário da adenina (A) e da guanina (G), S e Z são bases _____, uma vez que apresentam anel _____.
(A) pirimídicas … simples
(B) pirimídicas … duplo
(C) púricas … simples
(D) púricas … duplo
6. Bactérias contendo o DNA de Hachimoji foram cultivadas durante várias gerações num meio de cultura contendo o
isótopo 15N, tendo sido posteriormente transferidas para um meio contendo o isótopo 14N. Ao fim de duas gerações neste
meio, o DNA bacteriano será constituído por
(A) 25% de moléculas de DNA de Hachimoji híbridas.
(B) 50% de moléculas só com o isótopo 14N.
(C) 100% de moléculas só com o isótopo 14N.
(D) 75% de moléculas de DNA de Hachimoji híbridas.
8.Tendo em conta a_____do código genético, é possível que _____ seja codificado/a por mais do que um codão.
(A) não ambiguidade … um aminoácido
(B) redundância … uma proteína
(C) redundância … um aminoácido
(D) não ambiguidade … uma proteína
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9. De entre os seguintes acontecimentos referentes à síntese proteica, selecione os que correspondem a acontecimentos
que ocorrem exclusivamente nos seres eucariontes.
I. transcrição de DNA para mRNA ao nível do núcleo.
II. Estabelecimento de ligações peptídicas entre aminoácidos.
III. Processamento de mRNA.
IV. Emparelhamento do mRNA com tRNA ao nível do ribossoma.
V. Formação de RNA pré-mensageiro.
11. Faça corresponder a cada uma das afirmações relativas à constituição dos ácidos nucleicos, expressas na coluna A, a
respetiva designação que consta na coluna B. Utiliza cada letra e cada número apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
(1) Gene
(a) Fragmento de DNA com informação para a síntese de uma proteína
(2) DNA
(b) Molécula constituída por cadeias polinucleotídicas ligadas por pontes
(3) RNA
de hidrogénio.
(4) Cromossoma
(c) Filamento de DNA, associado a histonas.
(5) Genoma
12. Ordene as frases identificadas pelas letras A a E de modo a reconstituir a sequência de acontecimentos envolvidos na
replicação de uma molécula de DNA.
A. Crescimento das duas novas cadeias.
B. Enrolamento em hélice das cadeias antigas e recém-sintetizadas, originando duas novas moléculas.
C. Quebra de ligações entre os nucleótidos das duas cadeias de DNA.
D. Adição de monómeros complementares a cada uma das cadeias pela DNA polimerase.
E. Ligação de uma enzima à dupla hélice da molécula de DNA.
13. Num fragmento da molécula de DNA de Hachimoji quantificaram-se 15% de bases nitrogenadas A, 12% de bases
nitrogenadas S e 8% de bases nitrogenadas Z.
Determine, justificando com a regra de Chargaff, a percentagem de bases nitrogenadas C e P deste fragmento de DNA
de Hachimoji.
14. Explique de que modo o DNA de Hachimoji, ao adicionar informação aos biopolímeros genéticos, poderá servir de
base à obtenção de proteínas com aminoácidos extra.
Grupo III
Apesar da grande importância para a indústria alimentar, os aromatizantes, em geral, suscitam uma série de dúvidas
quanto à sua citotoxicidade, capacidade mutagénica e carcinogenicidade.
Os meristemas (tecidos com uma grande capacidade de divisão mitótica) de raízes de Allium cepa (cebola) são muito
utilizados para a avaliação da toxicidade de compostos químicos de interesse. Desta forma, realizou-se uma investigação
que teve como objetivo avaliar em células meristemáticas de Allium cepa, de forma individual, a toxicidade ao nível celular
de aromatizantes alimentares sintéticos, idênticos aos naturais, de sabor a Queijo nas doses de 1,0 e 2,0 mL, nos tempos
de exposição de 24 e 48 horas. Nesse sentido, realizou-se a seguinte experiência:
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-Utilizaram-se grupos de três bolbos de cebolas idênticas, que foram previamente enraizados em água destilada a uma
temperatura de 25°C, e em seguida transferidos para as suas respetivas doses.
-Os bolbos com raízes com cerca de 2 cm foram transferidos para frascos que continham água corrente e soluções com
aromatizante Queijo a 1 mL e a 2 mL.
-As cebolas foram deixadas nestas condições durante 24 e 48 horas.
-As radículas foram coletadas e fixadas em ácido acético (3:1) por 24 horas.
-As lâminas foram preparadas pela técnica de esmagamento e coradas com orceína acética 1 a 2%.
-Analisaram-se células em todo ciclo celular.
1- A orceína acética é um corante da cromatina
Tabela 1
Grupo Células em
TE I P M A T IM
divisão
Água 3888 856 115 93 48 256 5
Queijo A1 24h 4425 498 21 30 26 77 1.5
1mL A2 48h 4470 477 23 18 12 53 1.1
Água 4208 595 90 66 41 792 15.8
Queijo B1 24h 4713 173 69 26 19 287 5.7
2mL B2 48h 4667 177 72 59 25 333 6.7
Legenda: TE – Tempo de exposição; I – Interfase; P – Prófase; M – Metáfase; A – Anáfase; T – Telófase; IM – Índice mitótico
(obtidos pela divisão do número de células em mitose pelo número de células contabilizadas).
2. No estudo apresentado, a variável dependente pode ser _____ e o grupo de controlo foram os bolbos colocados
_____.
(A) a concentração de aromatizante … em água
(B) o índice mitótico … em água
(C) o índice mitótico … na solução de aromatizante a 1mL
(D) a concentração de aromatizante … na solução de aromatizante a 1mL
4. Os resultados do estudo sugerem que o aromatizante, utilizado no estudo, influencia a atividade mitótica
(A) aumentando o número de células em divisão nuclear e diminuindo o número de células em fase de multiplicação de
organitos.
(B) aumentando o número de células em divisão nuclear e aumentando o número de células em fase de multiplicação
de organitos.
(C) diminuindo o número de células em divisão nuclear e diminuindo o número de células em fase de multiplicação de
organitos.
(D) diminuindo o número de células em divisão nuclear e aumentando o número de células em fase de multiplicação de
organitos.
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5. A figura 3 representa as fases do ciclo celular nos meristemas das raízes de Allium cepa.
A B C D E
5.2. Sabe-se que a vimblastina é um fármaco que promove a despolimerização dos microtúbulos presentes nas fibras do
fuso mitótico. Caso uma célula do meristema da raiz de Allium cepa seja tratada com a vimblastina, é correto afirmar que
ela ficará estagnada em
(A) D.
(B) E.
(C) C.
(D) A.
5.4. A divisão mitótica das células nos meristemas da raiz de Allium cepa distingue-se das células animais por
(A) se formar uma placa celular resultante da acumulação de vesículas golgianas.
(B) os cromossomas se associarem ao fuso acromático pelos centrómeros.
(C) manter a valência nuclear (o número de cromossomas igual ao da célula-mãe no final da divisão).
(D) ocorrer a desintegração do invólucro nuclear e condensação da cromatina.
5.5. Nas células dos meristemas da raiz de Allium cepa em interfase, após o período S, será possível a observação de
cromossomas com
(A) um cromatídio, na forma distendida.
(B) dois cromatídios, na forma distendida.
(C) um cromatídio, na forma condensada.
(D) dois cromatídios, na forma condensada.
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5.6. Sendo Q a quantidade de DNA existente durante o período G1 da interfase do ciclo celular, durante a prófase podemos
representar essa quantidade por _____e os cromossomas são formados por _____.
(A) Q/2 … dois cromatídeos
(B) 2Q … dois cromatídeos
(C) 2Q … um cromatídeo
(D) Q/2 … um cromatídeo
6. O ciclo celular mitótico é um tipo de divisão celular em que a célula-mãe se divide para produzir duas novas células-
filhas que são geneticamente idênticas a ela.
Explique que mecanismos deste processo de divisão garantem aquela característica.
7. Explique por que razão a utilização de um inibidor da polimerização da celulose interfere na citocinese de uma célula
vegetal e não de uma célula animal.
FIM
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