Você está na página 1de 10

See discussions, stats, and author profiles for this publication at: https://www.researchgate.

net/publication/318324826

Caracterização do perfil dos praticantes de Slackline no Brasil

Article in Physical Education and Sport Pedagogy · January 2017

CITATIONS READS

3 1,377

4 authors, including:

Tiago Del Tedesco Guioti Thiago José Leonardi


University of Campinas Universidade Federal do Rio Grande do Sul
8 PUBLICATIONS 14 CITATIONS 51 PUBLICATIONS 197 CITATIONS

SEE PROFILE SEE PROFILE

Larissa Galatti
University of Campinas
290 PUBLICATIONS 1,853 CITATIONS

SEE PROFILE

All content following this page was uploaded by Larissa Galatti on 19 October 2017.

The user has requested enhancement of the downloaded file.


Journal of Sport Pedagogy and Research 3(1) - (2017) 4-12

Caracterização do perfil dos praticantes de


Slackline no Brasil
!
João Guilherme Hiroshi Higa Sodré1, Tiago Del Tedesco Guioti 1,
Thiago José Leonardi 2, Larissa Rafaela Galatti 1,
1
!Faculdade de Ciências Aplicadas, Universidade Estadual de Campinas, Limeira, SP, Brasil; 2 Faculdade
de Educação Física, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, Brasil;

Palavras-chave RESUMO
Slackline; Esporte O Slackline é um esporte que aos poucos vem se expandindo no Brasil, atingindo um
Contemporâneo; variado público que o pratica em diferentes cenários e com distintas finalidades. Neste
Esportes Radicais. estudo, o objetivo foi a caracterização e análise do perfil dos praticantes de Slackline
no Brasil. Com a utilização de uma Survey online, foi utilizado um questionário de
múltipla escolha direcionado a praticantes de Slackline. A divulgação do mesmo foi
dada na rede social Facebook, através de páginas sociais relacionadas ao esporte. Os
resultados encontrados nos mostram que a grande maioria dos praticantes são jovens,
que começaram a praticar Slackline nos últimos dois anos e conheceram o esporte
através dos amigos. O trabalho evidencia o potencial do Slackline para se tornar um
esporte cada vez mais popular, uma vez caracterizado como uma modalidade de baixo
custo e que é praticado em locais públicos.

Keywords
ABSTRACT
Slackline;
Slackline is a sport that has gradually expanded in Brazil, reaching a varied audience
Contemporary that practices it in different scenarios and for different purposes. In this study, the
Sport; Radical objective was the characterization and analysis of the profile of Slackline practitioners
Sports. in Brazil. With the use of an online Survey, we used a multiple-choice questionnaire
directed to Slacklining practitioners in the country. The disclosure of the same was
given on the social network Facebook, through social pages related to the sport. The
results show us that the clear majority of practitioners are young people who started
practicing Slackline the past two years and learned the sport through friends. The paper
shows the potential of the Slackline to become an increasingly popular sport, once
characterized as a low-cost mode and that is practiced in public places.

*Correspondência - Larissa Rafaela Galatti - lagalatti@hotmail.com 4


Praticantes de Slackline no Brasil

Introdução ambiente e fita tentando se equilibrar e mantendo-se


concentrado, sendo uma prática que é aconselhada
É pertinente que práticas sociais e manifestações para qualquer faixa etária tanto para crianças, adultos
culturais, nas quais se inclui os esportes e as formas e idosos, pois tem um caráter lúdico, criativo, de
de lazer, preencham e ocupem os espaços públicos e superação e busca de um objetivo, de acordo com
privados de convívios sociais (parques, praças, Cauhy (2014).
clubes, universidades dentre outros). É dessa forma O advento do Slackline no Brasil foi por meio de
que os esportes se estabelecem como uma parte escaladores estrangeiros que começaram a praticar o
integrante na vida dos cidadãos. Além do mais, com esporte na cidade do Rio de Janeiro e por volta do ano
um novo contexto histórico que evidencia novas de 2003 e em 2004 começou a ganhar novos adeptos
formas de padrões de vida, de comportamentos na mesma cidade segundo Silveira (2014). A partir do
sociais e de processos civilizatórios que estão ligados ano de 2010, o Slackline tomou novas proporções e
estritamente às tecnologias revolucionárias, novos começou a ser visto com mais frequência nas praias e
esportes são incorporados no leque de possibilidades parques de várias cidades, principalmente dos
de práticas sociais cotidianas. Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e
Um desses esportes é o Slackline que quer dizer Rio Grande do Sul (Lourenço, 2014).
“linha solta”, “corda bamba” ou “corda solta”. Essa Entretanto, a organização do esporte no território
prática esportiva pode ser caracterizada e resumida nacional permanece no seu cerne de principiante com
como o ato do praticante se equilibrar em uma fita associações, federações e iniciativas relacionadas ao
esticada entre dois pontos, sendo que o desafio inicial esporte sendo ainda formadas e institucionalizadas.
do praticante é atravessá-la de um ponto a outro No Brasil há apenas 5 federações, segundo Silveira
(Paoletti & Mahadevan, 2012) . Acrescentamos a essa (2014). São elas: a Federação Gaúcha de Slackline
informação que essa fita, possui cerca de 2,5 cm a 5 (FGSlackline); a Federação Paranaense de Slackline
cm de largura e não deve tocar o chão enquanto o (FPSlackline); a Federação Paulista de Slackline
praticante está sobre ela. Ou seja, o praticante deve (FPS); a Federação Mineira de Slackline (FMS) e a
usar apenas de seu corpo para equilibrar-se (Huber & Federação de Slackline do Estado do Rio de Janeiro
Kleindl, 2010). (FSRJ).
Ao longo do tempo, com o desenvolvimento da Essas mesmas federações têm encontrado
prática esportiva do Slackline, as cordas prontamente dificuldades para promover o esporte, pois encontram
foram modificadas por fitas planas, desenvolvidas diversas barreiras como dificuldades financeiras, falta
especialmente para o esporte para que os praticantes de incentivo e apoio tanto do poder público quanto do
pudessem desenvolver manobras e arriscar travessias poder privado, assim como o alto custo para se
cada vez mais longas e complexas sobre a fita . Essa locomover nas cidades e Estados do Brasil. No
mudança sobre corda para a fita de nylon oferece entanto, alguns acontecimentos estão contribuindo,
significativamente mais elasticidade, mais leveza e de alguma forma, para superar essas barreiras como
tem melhores propriedades de locomoção. Essa foi o caso do primeiro Fórum Latino Americano em
dinamicidade abriu um novo universo de formas de Foz do Iguaçu em outubro de 2014 (Silveira, 2014), a
equilíbrio . construção de um Slackpark em maio de 2012, ou
Segundo Cauhy (2014), esse dinamismo nas formas seja, uma área destinada exclusivamente para a
de equilíbrio sobre a fita e também a evolução do prática do Slackline no Parque do Ibirapuera situado
esporte, impulsionaram quatro diferentes na região sul da cidade de São Paulo e um dos
modalidades de práticas de Slackline: O Slackline principais parques do Estado e do Brasil; além de
propriamente dito, onde a pessoa toma consciência da crescentes aparições em programas esportivos
prática, aprendendo de forma segura, e gerando televisivos de canais fechados e abertos.
adaptações motoras e corporais gerais; Longline É desta forma que o Slackline vem se popularizando
sendo a prática que necessita de maior controle e de forma contínua no Brasil. Marcas de Slackline
consciência corporal, concentração e frequência de nacionais estão surgindo, as quais muitas vezes se
treino para praticar com qualidade; Trickline, propõem a apoiar iniciativas e a realizar eventos
modalidade onde são realizadas manobras e possui competitivos. Outra razão da popularização crescente
caráter mais competitivo e de espetáculo, pela é a existência de associações e grupos de Slackline
dinâmica, criatividade e dificuldade das manobras formados por praticantes que realizam trabalhos
onde o praticante busca o equilíbrio dinâmico e sociais com o esporte, assim como intervenções de
recuperado, com voos, giros, e combos (sequências cunho educativo e participativo, para crianças e
de manobras); E por fim, o Highline, praticado a jovens. Desta forma, por ser uma prática esportiva
partir de 10 metros de altura do solo e envolve muito considerada nova e estar angariando novos
mais questões técnicas e específicas, sendo praticadas praticantes, o objetivo deste estudo é caracterizar o
especificamente e exclusivamente por atletas perfil dos praticantes de Slackline no Brasil.
profissionais.
Destacamos o esporte Slackline como uma total
interação do praticante com o seu corpo, mente,

Journal of Sport Pedagogy and Research, 3(1), pp.4-12, 2017 5


Praticantes de Slackline no Brasil

Métodos ponto fraco das Suverys online, pois essa distância


entre o contato humano limita a capacidade de uma
Procedimentos investigação mais profunda, de acordo com Evans e
Mathur (2005).
E se tratando de estudos e pesquisas que envolvem Assim, a ferramenta Google Docs, de fato auxilia de
Surveys, uma dessas ferramentas da Web tão forma simples e precisa nas investigações e
proeminentes nos dias atuais, que inclusive foi inquietações acadêmicos-científicas, principalmente,
utilizada nesse estudo para a obtenção e a elaboração quando se trata de Surveys online, colocando num
dos dados, foi o Google Docs. Essa plataforma de patamar elevado o alcance e as perspectivas das
serviços científicos pode ser definida atualmente pesquisas científicas na sociedade contemporânea.
“como o conjunto de serviços online capazes de Isto é, tornar-se estabelecido que esse tipo de
processar textos, planilhas, apresentações, desenhos e ferramenta pode e deve ser incorporada às
formulários de forma colaborativa e gratuita” (Silva, metodologias.
et al 2011). Além do mais, por se alicerçar na rede
mundial de computadores, essa ferramenta possui Instrumentos
maiores facilidades e possibilidades quando se
comparada às pesquisas Surveys desenvolvidas de Utilizamos um questionário baseado no estudo de
modo presencial. Cale (2012) com suas devidas adaptações ao esporte
O primeiro alavancado pelos autores foi o alcance do escopo deste estudo e ao contexto sociocultural
global das Surveys onlines potencializadas pela brasileiro. O questionário compreendeu-se de forma
disseminação da internet e, de fato, o número da inicial com vinte e três questões objetivas e de
amostra de praticantes de Slackline só foi possível múltiplas escolhas para facilitar o preenchimento do
pela abrangente forma de uso da internet no Brasil. O mesmo e sua objetividade. O questionário teve o
segundo ponto positivo é a flexibilidade de como é cerne de obter características capazes de traçar o
conduzida e de como é adaptada para o público da perfil de quem pratica o Slackline no Brasil em suas
amostra esse tipo de Survey. Com isso, as respostas diferentes modalidades e em seus diferentes locais.
puderam ser elaboradas para uma compreensão fácil Entretanto, para o crivo final desse estudo foram
e rápida, assim como, o questionário foi divulgado selecionadas doze questões objetivas, dentre o
por meio de uma URL em plataformas em que questionário completo, com a finalidade de serem
praticantes de Slackline possuem acesso. analisadas com maior profundidade nos argumentos e
Outro ponto salientado pelos autores é a velocidade e na construção do perfil dos praticantes de Slackline.
a pontualidade na obtenção dos dados na comparação
com o período que é gasto em pesquisas presenciais. Amostra/participantes
Aspecto este que também é salientado por Silva, et al
(2011), em que constam uma grande dependência do Participaram no estudo 150 praticantes. A aplicação
condutor humano no direcionamento dos do instrumento de medida foi elaborada por meio da
procedimentos até a conclusão da etapa de ferramenta Google Docs como uma Survey online
disponibilização, coleta e tratamento dos dados em (Evans & Mathur, 2005) com a finalidade de abranger
pesquisas presenciais. E é exatamente por meio dessa grande parte das regiões brasileiras. A divulgação do
dependência por parte do pesquisador que “necessita- questionário foi realizada por meio de páginas da rede
se de uma exigência de tempo maior para concluir a social Facebook® relacionadas ao Slackline, as quais
etapa de disponibilização/aplicação dos o primeiro autor desse estudo possui acesso. São elas:
questionários” (Silva, et al., 2011). "Eventos Slackline"; "Slackline Praia Grande";
Neste caso, a utilização de Surveys online o alcance "Slackline Brasília"; "Slackline Sampaio Moreira
e a disseminação do uso da internet entre os Parque"; "Slack BH"; "Slackline Salvador"; "Pico de
praticantes de Slackline pôde nos fornecer um Highline"; "Slackline Descalvado"; "Slackline Zona
número de amostra alto e a coleta dos dados em um Leste"; "Slackline", tendo um público total de 15.186
período curto de tempo. Esse ponto positivo, membros e membras.
consequentemente induz a quarta benesse das
Surveys online, a facilidade da entrada e análise dos Análise estatística
dados devido à simplicidade na tabulação e
tratamento dos dados fornecido pela ferramenta do O questionário ficou disponível na internet entre os
Google Docs, diminuindo assim, os riscos de erros na dias 17/04/2015 e 24/04/2015. Utilizamos da
transmissão dos dados coletados e o viés do tabulação automática dos dados emitida pela
pesquisador e do entrevistado envolvidos na ferramenta Google Docs, assim como do software
pesquisa. Por mais que o mínimo ou o nulo contato Microsoft Office Microsoft Office Excel® 2013 para
humano entre pesquisador e entrevistado seja análise descritiva simples para tratamento dos dados.
considerado um ponto positivo para pesquisas online,
o contrário também pode ser verdadeiro. Ou seja, o
tratamento impessoal pode ser sim considerado um

Journal of Sport Pedagogy and Research, 3(1), pp.4-12, 2017 6


Praticantes de Slackline no Brasil

Resultados e Discussão Verifica-se que 84% (126) são do gênero masculino e


16% (24) do gênero feminino.Em relação a faixa
A tabela 1 apresenta o número de praticantes de etária dos praticantes, cerca de 39,3% pertencem a
Slackline que responderam ao questionário por estado faixa etária 21-25 anos, 32% a 16-20 anos, 16% a 26-
da federação. 30 anos, 9,3% a 31-40 anos e 3.3% a 0-15 anos. Deste
modo, podemos dizer que é um esporte praticado em
Tabela 1. Número de participantes por estado. sua maioria por jovens com idade entre 16 e 25 anos
Estado Nº Participantes que, ao todo, representam 71.3% do total dos
Bahia 15 entrevistados do estudo.
Esse dado corrobora com Xavier (2012), quando
Ceará 2
afirma que o Slackline expandiu por diversas capitais
Distrito Federal 4 brasileiras como prática recreativa alternativa
Espírito Santo 2 principalmente entre os jovens. Além do mais
Goiás 4 Rodriguez Díaz (2008) e Galatti (2010), salientam
Maranhão 2 que, de fato, o surgimento desses novos tipos de
Mato Grosso 2 esportes, sem uma grande tramitação e burocracia,
sem muitas regras e a não necessidade de um processo
Minas Gerais 24
sistematizado para o seu desenvolvimento, podem ser
Pará 1 considerados uma perspectiva importante para o
Paraná 10 esporte no século XXI, à medida que algumas dessas
Pernambuco 1 práticas como o surf, a escalada e o skate foram
Rio de Janeiro 12 incorporadas no programa olímpico dos Jogos
Rio Grande do Norte 1 Olímpicos de Tóquio 2020.
A terceira variável refere-se à escolaridade dos
Rio Grande do Sul 11
praticantes. O nível de escolaridade é alto, pois 41.3%
Santa Catarina 8 dos entrevistados possuem ou estão cursando nível
São Paulo 49 superior. A maioria dos entrevistados notamos que os
Sergipe 2 praticantes possuem alto nível de escolaridade, apesar
Total 150 do Slackline não ser considerado um esporte
elitizado, pois pode ser praticado em ambientes
públicos e seu equipamento pode ser encontrado a
Resultados e Discussão preços acessíveis e que pode ser utilizado como uma
prática de inserção social devido sua acessibilidade.
! Em relação ao preço do material específico de
Identificamos na tabela 1 que das 150 pessoas, 87 Slackline que poderia ter sido um empecilho para a
delas se localizam na região Sudeste; 29 na região popularização do mesmo no Brasil, caso os custos
Sul; 23 na região Nordeste; 10 na região Centro- não fossem acessíveis e isso de fato não ocorreu, os
oeste, incluindo neste dado o Distrito Federal e praticantes descobriram um equipamento alternativo
apenas uma pessoa na região Norte. Portanto, vemos utilizado pelos caminhoneiros para amarração de
que a prática do Slackline parecer ser mais difundida carga que se assemelha muito com o material básico
nas regiões Sudeste e Sul dando ênfase a cidade de de Slackline (a fita e a catraca) e que é mais barato e
São Paulo que obtém a marca de aproximadamente mais acessível à população. Esse foi um ponto chave
33% dos entrevistados. que ajudou na rápida propagação e desenvolvimento
Os dados revelam ainda que os estados do Rio de do esporte no país, uma vez que muitos praticantes de
Janeiro, Santa Catarina, Minas Gerais e São Paulo, Slackline deram início a sua prática através dessas
primeiros locais onde o Slackline foi difundido no fitas, de acordo Pereira e Maschião (2012).
Brasil (Lourenço, 2014; Silveira, 1994;), são locais As questões seguintes tratam da relação dos
com maior número de praticantes de Slackline, praticantes do estudo com o esporte Slackline. A
chamando a atenção também os estados do Paraná e figura 1 apresenta a maneira como os participantes
do Rio Grande do Sul. conheceram o Slackline.
Vale ressaltar, o número de praticantes encontrados
no estado da Bahia (15), sendo o terceiro estado com
maior número de praticantes de Slackline no território
brasileiro e o maior difusor dessa prática esportiva na
região Nordeste. Ou seja, por mais que há um elevado
número de praticantes nas regiões Sudeste e Sul do
Brasil, há um expressivo contingente de praticantes
na região Nordeste, em especial, na Bahia,
corroborando para o argumento da democratização e
da difusão do Slackline.

Journal of Sport Pedagogy and Research, 3(1), pp.4-12, 2017 7


Praticantes de Slackline no Brasil

Figura 1 - Como conheceu o Slackline? Figura 2 - Como aprendeu o Slackline?

No que tange a forma de se conhecer o Slackline, 52%


dos entrevistados conheceram o esporte através de
amigos, 20% conheceram assistindo a outras pessoas Dos 150 entrevistados 64 assinalaram que
praticarem, 12% através da internet e redes sociais, aprenderam sozinhos, 83 apontaram que aprenderam
6.7% através da televisão, 2.7% em algum evento com amigos e, 1 entrevistado, assinalou que aprendeu
esportivo, 0.7% na escola e 5.3% assinalaram a com um professor de Slackline. Outras duas pessoas,
alternativa Outros. Ninguém assinalou a opção "Na que assinalaram a opção Outros, relataram que
academia", podendo nos evidenciar que esse meio aprenderam observando outras pessoas e juntamente
ainda pouco explora o Slackline. com outros iniciantes do esporte.
Destaque para a influência dos amigos para o Esses dados, nos mostram que a maioria das
contexto do esporte, pois mais da metade conheceu o pessoas aprenderam Slackline junto com amigos em
esporte através das amizades. Apesar de ter sido um que novamente demonstra-se a interação e
número pequeno pelas pessoas que conheceram o socialização que o esporte pode proporcionar. Porém,
esporte através da escola, acredita-se que nos o elevado número de pessoas que aprenderam
próximos anos esse número tende a crescer, pois o sozinhas nos chama a atenção, pois nos mostra a
Slackline tem grande potencial educativo, integrativo possibilidade e autonomia dos praticantes em
e de fácil inserção nas escolas por meio das aulas de aprender e evoluir no esporte. Dessa maneira os
Educação Física (Cauhy, 2014) e como já visto no atletas vão descobrindo o Slackline conforme as
trabalho, há muitos estudantes e jovens que praticam próprias experiências diárias da prática, de
Slackline. autoconhecimento e de superação, o que é muito
Destacamos também a importância das redes sociais interessante.
e da internet como promoção e divulgação do esporte. Contudo, há o risco dessa prática estar sendo
Silveira (2014) explicita a importância da internet executada de maneira incorreta e de forma insegura,
para o Slackline no Brasil onde a criação de páginas podendo gerar graves consequências, como já
em redes sociais divulga, une e fortalece praticantes ocorreu um acidente fatal . Se o procedimento de
de todas as regiões do país. Entretanto, as redes segurança chamado de backup for adotado de
sociais para o Slackline estão muito além de apenas maneira correta, acidentes podem ser evitados. E é
divulgar o esporte. Elas se tornaram uma verdadeira por isso que ressaltamos também a necessidade de
"locomotiva" para o esporte, onde seus vagões profissionais da área capacitados para ensinar e
carregam uma série de relações, informações, difundir o Slackline de maneira consciente e segura,
conteúdos e exibições que estão fazendo com que o sendo que podemos observar, por meio dos dados,
esporte esteja num crescente muito grande e completa que apenas uma pessoa aprendeu Slackline com um
(ibidem). professor, ratificando a lacuna encontrada para
A fácil visualização do esporte nas cidades, onde os profissionais da área e atletas experientes.
locais públicos são muito utilizados pelos praticantes,
contribuiu para o elevado número de pessoas que
conheceram o esporte vendo outros praticarem. O
reduzido número de pessoas que conheceram por
meio dos eventos esportivos também nos chama
atenção, os motivos podem ser diversos, desde a falta
de divulgação midiática, como também o ainda baixo
número de eventos, entre outros.
A próxima pergunta era como o participante aprendeu
o Slackline. Nesta questão os participantes poderiam
assinalar até 2 opções.

Journal of Sport Pedagogy and Research, 3(1), pp.4-12, 2017 8


Praticantes de Slackline no Brasil

Figura 3 - Com quem você geralmente pratica em torno dela. Os dados também nos mostram que no
Slackline? mínimo há seis anos, o Brasil obteve seus primeiros
adeptos, e que pouco a pouco esse número foi
crescendo. No estudo, apenas 20 entrevistados
possuem três anos ou mais de experiência. Porém, são
esses praticantes mais experientes que possibilitaram
o esporte a ser o que é hoje, agregando, transmitindo
conhecimento, mostrando o esporte para a população
e realizando intervenções, entre outros.

Figura 5 - Frequência de prática.

Conforme vemos na figura 3, 47.3% responderam


que praticam Slackline em grupo, 35.3%
responderam que praticam com um amigo, 16.7%
praticam sozinhos, e 0.7% praticam na aula de
Slackline. Assim, mais uma vez as relações sociais se
mostram fundamentais para a continuação da prática
e confirma o argumento de Xavier (2012) ao dizer que
o Slackline enquanto atividade de lazer, é praticado
Observamos que 36.7% praticam de uma a duas vezes
geralmente em grupos de pessoas que compartilham
por semana, 22% entre três a quatro vezes por
semelhanças entre si.
semana, 4% praticam de cinco a seis vezes por
O destaque aqui vai também para o pífio número de
semana, 2% praticam todos os dias da semana, 18.7%
aulas de Slackline, evidenciando uma prática que
apenas praticam nos finais de semana, 13,3%
ainda é iniciante e que necessita de maior atenção das
praticam de uma a duas vezes por mês e 3.3%
Ciências do Esporte e da Educação Física, no que diz
assinaram a opção Outros, sendo que, desses
respeito a inúmeras possibilidades que o Slackline
entrevistados um deles assinalou que pratica apenas
pode envolver e que podem ser geridas por esses nos feriados e férias e outro disse que varia muito,
profissionais. pois ele é competidor na modalidade Trickline e não
pode se machucar em véspera de competições. Os
Figura 4 - Tempo de prática.
demais praticam cerca de uma vez a cada três ou
quatro meses.
Das 150 pessoas, é interessante notar, que apenas 25
delas não praticam Slackline semanalmente, o que
nos permite dizer que as frequências de práticas são
elevadas e se notarmos que geralmente são realizadas
em grupos, como aponta a figura 3, pode-se dizer que
o aporte social para o Slackline é muito grande e a
construção de laços sociais é muito favorecida por
esse esporte. É interessante notar o expressivo
número de pessoas (33) que praticam de 3-4x por
semana.
A fim de aprofundar as práticas mais específicas do
Destacamos a opção Menos de 1 ano com 38.7% dos Slackline, foi feita a seguinte pergunta, sem limites de
entrevistados e a opção entre 1 e 2 anos com 34.7%. respostas pelos entrevistados:
Unidas, essas duas opções representam 73.4% dos
entrevistados, um número altamente expressivo que
nos permite afirmar que o esporte está crescendo e
novos adeptos estão surgindo a cada ano. Em seguida
a opção Entre 2 e 3 anos com 13.3%, a opção entre 3
e 4 anos com 6.7%, opção entre 4 a 6 anos com 5.3%
e a opção mais de 6 anos com 1.3%.
Percebemos, portanto, um aumento anual no número
de praticantes de Slackline. Xavier (2012) observa
que essa pratica teve crescente número de adeptos nos
últimos anos, formando assim um movimento social

Journal of Sport Pedagogy and Research, 3(1), pp.4-12, 2017 9


Praticantes de Slackline no Brasil

Figura 6 - Quais as modalidades de Slackline assinalaram a modalidade Highline praticam também


praticadas? alguma outra modalidade. Desses, 21 pessoas
praticam Highline e Longline, outras sete disseram
praticar o Iniciante, Longline e Highline, quatro
praticam Highline e Trickline enquanto outros 13
entrevistados praticam Longline, Trickline e
Highline. Apenas sete entrevistados que praticam
Highline possuem menos de um ano de prática, isso
se deve ao fato dessa prática envolver riscos e é
recomendado que seja acompanhado por pessoas
experientes na modalidade.
Em relação aos Locais de Prática, apresentado na
figura sete, os entrevistados poderiam assinalar até
três opções:
A modalidade mais praticada pelos entrevistados,
com 56.7% de respostas, é o Longline e a segunda Figura 7 - Onde você geralmente prática Slackline?
mais citada foi o Trickline com 53.3%. A opção
Iniciante foi assinalada por 48% dos entrevistados.
Apesar de ser chamada de Iniciante ela é bastante
praticada por praticantes experientes. Já o Highline
foi assinalado por 34% dos sujeitos. E a opção Outros
foi assinalada por 13.3% das pessoas, sendo que a
maioria afirmou também praticar a modalidade
Waterline, que seria a prática do Slackline sobre a
água, considerando praias, piscinas, rios, lagos,
lagoas entre outos. Do mesmo modo, obtivemos
bastante respostas de pessoas dizendo que praticam
Rodeoline, que seria a fita do Slackline sem nenhuma
tensão e Yogaline, que seria a prática de Yoga em Podemos observar que os locais mais frequentados
cima da fita de Slackline. foram as Praças e Parques das cidades, que foram
Além disso, 30 entrevistados praticam apenas a assinaladas 119 vezes e 103 vezes respectivamente.
modalidade Iniciante, sendo que desses apenas dois Ou seja, aproximadamente 80% dos entrevistados
possuem entre 2-4 anos de experiência, outros nove utilizam esses locais para a prática. Em terceiro lugar
possuem entre um a dois anos e os outros 20 possuem foi a Praia, assinalada 62 vezes, representando 41%.
menos de um ano de prática, o que nos leva a crer que Depois vieram: Montanha (19.3%), Faculdade
após o primeiro ano ou até mesmo antes (depende da (18.7%), Lago/Lagoa (14%), Rio (13.3%), Prédio
relação com o esporte) os praticantes começam a (Highline) (12%), Terrenos abandonados (10%),
praticar outras modalidades. Aproximadamente 1/3 Escola (9.3%), Clube e Rua (8,7% cada) e a opção
dos entrevistados praticam apenas uma modalidade Outros (2.7%).
sendo 31 sujeitos a modalidade Iniciante, oito Esses dados são muito interessantes para o esporte de
praticantes apenas de Longline e 15 pessoas apenas maneira geral, pois notamos que a maioria dos locais
de Trickline. utilizados pelos praticantes são locais públicos,
Já os outros 2/3 praticam mais de uma modalidade. apenas as opções clube e prédio são considerados
Nesta categoria temos 28 sujeitos que praticam particulares (com a opção de prédio ser enquadrado
apenas uma modalidade sendo que sete praticam só em terrenos abandonados neste quesito) e as escolas
Trickline e os demais praticam o Iniciante com menos e faculdades podem ser ou não particulares.
de um ano de experiência. Temos também 19 Destacamos o elevado número de pessoas que
entrevistados que praticam duas modalidades e nove praticam na praia, considerando esse um ótimo lugar
que praticam três modalidades, ou seja, a prática de de prática, porém poderia ser mais bem explorado
diferentes modalidades é totalmente individual e pelas prefeituras bem como os parques e praças com
depende das relações de cada um no esporte. a criação de Slackpoints.
Os 10 entrevistados com mais de quatro anos de O elevado número de pessoas que praticam nas
experiência, somente dois praticam apenas uma escolas e faculdades também nos chama atenção,
modalidade enquanto outros sete praticam a mostrando ser uma nova opção de prática para os
modalidade Highline, ou seja, parece que conforme estudantes dentro do ambiente escolar e no campus
os anos de prática a tendência de praticar outras das faculdades, sendo uma alternativa aos esportes
modalidades aumenta e a chance de praticar Highline convencionais, além da importante conquista desses
também, já que a prática requer qualificada espaços para o Slackline frequentados por jovens em
habilidade motora além de coragem e domínio de formação.
técnicas específicas. Todos os praticantes que

Journal of Sport Pedagogy and Research, 3(1), pp.4-12, 2017 10


Praticantes de Slackline no Brasil

A alternativa montanha também merece destaque, Taube (2012) e Paoletti e Mahadevan (2012). Todos
pois presume-se que o Slackline (através da esses estudos mencionados analisaram,
modalidade Highline) é o mais novo esporte que estatisticamente, os efeitos, melhorias e benefícios do
explorará as belezas naturais das montanhas, Slackline para o desenvolvimento das seguintes
juntamente com outros esportes mais tradicionais capacidades motoras: o equilíbrio, a estabilidade
existentes como, escalada, rapel, trekking, postural e o melhoramento do sistema vestibular
paraquedismo, entre outros, e que já proporciona responsável pelo sentido da propriocepção corporal.
relações entre esses diferentes praticantes que trocam De todo modo, tais estudos concluíram que o contato
conhecimento e experiências únicas. dos pés com a fita, ou seja, o controle sobre o ponto
Obtivemos resultados interessantes também para de apoio influencia, desenvolve e fornece um
terrenos abandonados e prédios, com 15 e 18 equilíbrio corporal para os praticantes do Slackline,
marcações, respectivamente. Notamos que os assim como, a exigência do equilíbrio requer uma
praticantes de Slackline montam suas fitas em maior concentração na prática, melhorando esse
qualquer lugar que seja possível, evidenciando a quesito e sendo justificado pelos dados obtidos nos
facilidade de praticar esse esporte. quais, melhorar o equilíbrio e a concentração
O último questionamento foi em relação à finalidade praticamente tiveram os mesmos números (42.7% e
com que é praticado o Slackline. Nessa questão o 42% respectivamente).
entrevistado poderia marcar até três opções, É interessante notar que metade dos entrevistadores
conforme a figura 8. utilizam o Slackline para aliviar o stress. Não
podemos provar que o Slackline de fato tem esse
Figura 8 - Finalidade do Slackline. "poder", porém podemos indicar que para muitas
pessoas o Slackline ajuda nesse sentido, apontando
que esse possa ser um esporte que traga esse tipo de
benefício para o cotidiano das pessoas.
Obtivemos em menor número as pessoas que
disseram se utilizar do Slackline para o
fortalecimento muscular e se preparar/treinar para
algum outro esporte, mas ao longo do tempo
acreditamos que a prática de Slackline para com essas
finalidades irá crescer e desenvolver. Dentre os que
marcaram a opção outros, alguns disseram que a
finalidade é a de se profissionalizar no esporte e
competir, outros disseram se superar, aprender
manobras e espairecer.

Conclusão
A diversão foi a opção mais assinalada pelos
entrevistados com 79.3%. Em segundo lugar foi a O Slackline tem se mostrado um esporte
opção "Aliviar o Stress" com 50%. Com a finalidade contemporâneo, muito fácil de ser praticado quando
de melhorar o equilíbrio e a concentração foi se trata do acesso a esse esporte e que pode trazer
assinalada por 42.7% e 42% respectivamente. Em diversos benefícios para as pessoas que o praticam.
seguida melhorar a saúde com 32%, melhorar o Vimos que os praticantes de Slackline são na sua
condicionamento físico com 28%, e fortalecer os maioria homens com proeminência a aumentar a
músculos com 18%. A opção “Preparar/treinar para participação de mulheres, praticado na maioria por
algum outro esporte" foi assinalada por 7.3%, e a jovens, com alta taxa de escolaridade, dentre esses,
opção Outros por 6% dos entrevistados. muitos estudantes que conheceram o Slackline
Deste modo, é possível notar a que a maioria das através de amigos e que geralmente o praticam em
pessoas tem por finalidade a diversão e também a grupo e o fazem por diversão. Porém, para muitos a
obtenção de uma melhor qualidade de vida, nos prática é mais do que isso, pois praticam Slackline
mostrando como ótima opção de lazer como salienta para melhorar a saúde, o condicionamento físico,
Xavier (2012) citando que o próprio surgimento do equilíbrio e até para aliviar o stress e melhorar a
Slackline surgiu como passatempo de escaladores nos concentração.
momentos menos propícios à escalada, ou seja para A maioria dos sujeitos pratica semanalmente,
se divertirem. ressaltando assim a grande inserção social que esses
Os resultados nos mostram também que muitos praticantes estão envolvidos. A maioria dos
praticantes buscam a melhora do equilíbrio, do entrevistados começaram a praticar Slackline
condicionamento físico e também a melhora da saúde recentemente (entre 1 e 2 anos) e considerarmos que
através da prática do Slackline. Para isso, corroboram no ano de 2010 tivemos uma grande disseminação do
com esse argumento os estudos de Huber e Kleindl Slackline, parece que a cada ano o Slackline vem
(2010); Keller, Pfusterschmied, Buchecker, Müller, e crescendo mais. Destacamos também a importância

Journal of Sport Pedagogy and Research, 3(1), pp.4-12, 2017 11


Praticantes de Slackline no Brasil

dos locais públicos para o Slackline no Brasil como https://www.researchgate.net/publication/220146842


os principais locais de prática e de difusão do esporte, _The_Value_of_Online_Surveys>.
sendo este certamente um ponto crucial para o
Galatti, L. R. (2010). Esporte e clube sócio-esportivo:
crescimento e popularização do esporte no país.
percurso, contextos e perspectivas a partir de estudo
Vimos que o Slackline se expandiu para além dos
de caso em clube esportivo espanhol. (PhD).
jovens e dos parques, englobando crianças e adultos,
Faculdade de Educação Física, Universidade
atingindo locais como academias, faculdades, aulas
Estadual de Campinas, Campinas, Brasil.
de Educação Física, clubes esportivos, aulas de
condicionamento físico e entre outros. Sugerimos que Huber, P., & Kleindl, R. (2010). A case study on
o Slackline possa ser uma opção para ser incluído nos balance recovery in slacklining: 28º International
trabalhos com pessoas idosas e também em Conference on Biomechanics in Sports. Human
programas de fortalecimento muscular, prevenção e Performance Research Graz, University & Medical
tratamento de lesões. Contudo, ressaltamos que ainda University of Graz, Austria. <https://ojs.ub.uni-
são poucos os profissionais regulamentados que konstanz.de/cpa/article/view/4451/4140>.
trabalham com Slackline, pois há falta de
Keller, M., Pfusterschmied, J., Buchecker, M.,
profissionais capacitados da área para promover o
Müller, E., & Taube, W. (2012). Improved postural
esporte de maneira consciente e segura.
control after slackline training is accompanied by
Para isso, uma atenção maior por parte das produções
reduced H-reflexes. Journal of Medicine and Science
científicas e acadêmicas é necessária para atender
in Sport. 22(4). <
essa demanda, como por exemplo, construções de
https://doc.rero.ch/record/28200/files/tau_ipc.pdf>.
diretrizes sobre a formação de profissionais
capacitados para uma difusão maior dessa prática, Lourenço, L. B. (2014). Descrição das condições de
inclusive em locais onde o estudo mostrou que há equilíbrio durante o deslocamento no Slackline:
pouco desenvolvimento do Slackline; estudos Estudo comparativo entre praticante e iniciante.
acadêmicos acompanhando o desenvolvimento do (Monografia). Faculdade de Ciências Aplicadas da
esporte nos dias presentes, sendo que a divulgação Unicamp, Universidade Estadual de Campinas.
nos meios de comunicação e redes sociais é Limeira, Brasil.
notoriamente maior em relação ao passado; e por fim,
uma discussão mais aperfeiçoada sobre a Paoletti, P., & Mahadevan, l. (2012). Balancing on
institucionalização e criação de campeonatos de tightropes and slacklines. Journal of the Royal
Slackline em território nacional, caracterizando-o Society, Harvard University, Cambridge, United
como um dos mais proeminentes esportes States (9).
contemporâneos. <http://rsif.royalsocietypublishing.org/content/royint
Podemos concluir que o Slackline é um esporte erface/9/74/2097.full.pdf>.
recente, que ainda está se consolidando no país, ainda Pereira, W. D., & Maschiao M. J. (2012). Primeiros
lhe falta mais organização e ações ligadas ao esporte passos no Slackline. EFDeportes.com. Buenos Aires,
no sentido de intervir na sociedade de maneira que Argentina. 17(169).
possamos levar o esporte para todas as pessoas (no <http://www.efdeportes.com/efd169/primeiros-
sentido de democratização), intervenções mais passos-noSlackline.htm>.
"diretas", como, por exemplo, nas escolas, nos
projetos sociais que geralmente estão de portas Rodríguez Díaz, A. (2008). El deporte en la
abertas para iniciativas externas e que necessitam construcción del espacio social. Madrid: Centro de
desse tipo de intervenção, alertando aos profissionais Investigaciones Sociológicas.
de Educação Física e Esporte, além dos atletas, a Silva, A. F., Lós, D. E., & Lós, D. R. (2011). Web
realizar tais ações, fazendo com que o Slackline a 2.0 e pesquisa: Um estudo do Google Docs em
cada dia seja mais conhecido e se torne uma prática métodos quantitativos. Revista Novas Tecnologias
popular e comum entre as pessoas. na Educação, 9(2).

Referências Silveira, M. N. (2014). Slackline em Porto Velho -


RO: história e perspectiva. (Monografia).
Cale, T. S. L. (2012). O surf como potencial produto Universidade Federal de Rondônia, Porto Velho, RO,
turístico nos Açores. (Mestrado). Escola Superior de Brasil.
Hotelaria e Turismo do Estoril. Estoril, Portugal.
Xavier, C. G. (2012). Slackline em Porto Alegre:
Cauhy, R. V. (2014). Slackline: Uma proposta de Configurações da prática. (Monografia).
ensino. (Monografia). Faculdade de Ciências Universidade do Rio Grande do Sul. Porto Alegre,
Aplicada, Universidade Estadual de Campinas. RS, Brasil.
Limeira, Brasil.
Evans, J. R., & Mathur, A. (2005). The value of
online surveys. Internet Res, (15), 195–219.

Journal of Sport Pedagogy and Research, 3(1), pp.4-12, 2017 12

         

View publication stats

Você também pode gostar