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PREFÁCIO

Se você não viveu nos últimos 20 anos num planeta distante, sabe que acidentes elétricos
são cada vez mais comuns, seja por negligência, seja porque estamos cada vez mais
cercados de tecnologia.

Em qualquer um dos casos, é fácil entender porque os riscos são cada vez maiores: mais
tecnologia exige mais eletricidade; mais eletricidade exige melhores instalações; melhores
instalações exigem mais manutenção e cuidado. Ou seja, de uma forma ou de outra, as
consequências são mais sérias e frequentes.

O Program a Casa Segura surgiu com essa preocupação, de ser uma fonte confiável de
informação sobre a manutenção das instalações elétricas residenciais, sobretudo daquelas
com 10 anos ou mais, que ficam mais vulneráveis às mudanças. Com dicas simples e
confiáveis, o Program a vem mudando a percepção dos consumidores sobre a importância
das instalações, ao mesmo tempo que cria espaço para que profissionais mais bem
preparados tenham seu trabalho reconhecido.

Pensando em facilitar ainda mais a vida dos moradores de todo o país, resolvemos criar
uma coletânea de e-books voltados para dar dicas sobre segurança. O objetivo deste
projeto não é simplesmente informar, mas fornecer informação útil e prática, que esteja
sempre à mão, seja no computador, no celular ou no tablet. E ainda pode ser impresso,
para consultas até na falta de luz.

O primeiro e-book se chama 05 Dicas Para Se Se Evitar um Curto-Circuito, uma


das ocorrências mais comuns e evitáveis numa casa.

Baixe o arquivo, salve no seu computador, celular ou tablet e, se quiser, imprima e deixe
num local de fácil acesso. Com certeza sua casa vai estar mais protegida e segura. Sua
família agradece.

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#e-book 1
05 DICAS PARA SE EVITAR UM
CURTO-CIRCUITO
Você também é responsável pelos curtos-circuitos. Então, saiba
como evitá-los.

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SUMÁRIO

Conheça os erros comuns que geram o curto-circuito.......................................................... 4

Identifique facilmente quando um curto circuito está acontecendo..................................... 6

A fiação correta evita acidentes.............................................................................................. 7

Disjuntores e tomadas, o que é importante saber................................................................. 8

Como evitar um curto-circuito............................................................................................... 9

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#dica1
Conheça os erros comuns que geram o curto-circuito.
Diariamente as pessoas fazem coisas que facilitam a ocorrência de um curto circuito em
suas residências, seja por desatenção seja por falta de informação. Conheça a seguir os
erros mais comuns.

Sobrecarga nas tomadas

A utilização de benjamins ou T’s como adaptadores de tomadas é muito comum no Brasil.


Em parte, isso acontece por conta do novo padrão adotado nos últimos anos, que acaba
exigindo adaptadores na maioria das vezes (quando o certo seria a atualização das
tomadas). Porém, parte desse problema é por conta do número de tomadas: qualquer
construção com 15 ou mais anos não previa a quantidade de equipamentos que teríamos
hoje em casa; ainda que atualizadas, essas tomadas não dão conta.

Apesar de, a princípio, não existir problemas em se usar um adaptador, a coisa muda de
figura quando vários aparelhos são conectados ao mesmo ponto e a corrente elétrica total
passa a ser alta. Por que isso acontece? Porque cada fio, cada emenda e cada adaptador
aumenta a resistência da conexão. Resistência gera calor e calor, por sua vez, não combina
com plástico. Quando a temperatura ultrapassa um determinado nível, os componentes
(adaptadores e fios) derretem e as partes metálicas entram em curto-circuito.

A verdade é que não existe mágica: o ideal é que exista uma tomada para cada equipamento
elétrico de alta potência (como micro-ondas, por exemplo) ou para aqueles que são usados
por longos períodos (como cafeteiras).

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Aparelhos elétricos próximos à água
A utilização de aparelhos elétricos próximos à água, como secadores de cabelo, chapinhas,
barbeadores elétricos e até mesmo carregadores de celular ou caixinhas de som (quando
utilizados durante o banho, na piscina ou enquanto se cozinha) gera um alto risco de curto-
circuito. A água, quando misturada ao cloro (no caso de piscinas) ou mesmo aquela que sai
do chuveiro (uma vez que contém sais minerais), é uma forte condutora de eletricidade.

E não é só isso: após um banho quente, o vapor que se acumula no banheiro eleva o risco
de um curto-circuito ou, o que é mais comum, acaba entrando nos equipamentos e
causando curto-circuitos internos, levando à diminuição da vida útil dos equipamentos.

Falta de manutenção na rede elétrica

Diariamente, o mercado disponibiliza novos produtos que facilitam as nossas vidas. Porém
esses produtos exigem uma maior demanda de energia para o seu funcionamento.

O correto seria, periodicamente, atualizarmos as instalações de nossas casas, aumentando


o número de tomadas (como dito anteriormente), atualizando o quadro de distribuição (mais
conhecido como quadro de luz), trocando a capacidade e a quantidade de disjuntores e
cabos, adequando a capacidade das tomadas aos equipamentos etc.

Infelizmente tudo isso exige tempo e dinheiro e o benefício nem sempre é direto, o que leva
as instalações a ficarem inadequadas à demanda dos equipamentos, aumentando as
chances de problemas.

Falta de proteção nas tomadas


Tomadas que não dispõem de proteção, principalmente em residências com crianças
pequenas, estão suscetíveis à introdução de objetos que podem causar choques e curto-
circuitos. Vale lembrar que, dependendo do tamanho da criança e da corrente, esses
choques podem gerar sérios danos ao coração, sistema nervoso e, até, levar à morte.

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#dica2
Identifique facilmente quando um curto-circuito está acontecendo
A rede elétrica acaba dando alguns sinais quando está entrando em curto-circuito. Fique
atento a:

• Tomadas com manchas negras ou marrom escuro (manchas de queimado);


• Lâmpadas piscando ou que queimam constantemente pouco tempo após serem
trocadas;
• Queda de energia em um ou mais cômodos sem nenhum motivo aparente;
• Cheiro de queimado vindo das tomadas ou fios;
• Disjuntor desarmando ou fusíveis queimando com frequência.

Após identificar a possibilidade de um curto-circuito, é necessário descobrir o ponto em que


ele está se iniciando. Agir com rapidez é importante para evitar acidentes mais graves. Você
sabia que um curto-circuito, dependendo da intensidade, pode provocar incêndios? Mesmo
que não seja perigoso a esse ponto, pode queimar equipamentos eletrônicos em segundos.

Procure os sinais citados acima e desconecte os equipamentos que você imagina estar
causando o problema.

Mas atenção: nunca tente resolver o problema sozinho, ainda que você pense que entende
de eletricidade! As correntes que passam num quadro de luz, por exemplo, são suficientes
para matar ou causar danos muito sérios. Nessas horas, o barato sai caro. O recomendado
é chamar um eletricista qualificado para solucionar o problema. Não tenha medo de
perguntar tudo, mas não hesite em fazer o que for recomendado.

6
#dica3
A fiação correta evita acidentes
Estar atento à fiação que transpassa sua residência é de suma importância.

Fios desencapados, amassados, dobrados, quebrados ou com queimaduras no seu


isolamento devem ser substituídos imediatamente. Qualquer fuga de corrente pode gerar
faíscas, provocar incêndios ou levar à queima de equipamentos.

É importante também estar atento à temperatura dos fios dos aparelhos eletrônicos.
Lembra da história de usar adaptadores ou benjamins? Pois é, como já dissemos, cabos
podem aquecer e, quanto mais quentes, mais o revestimento perde sua capacidade
isolante. Isso pode acontecer por sobrecarga, por se utilizar cabos inadequados (e mesmo
não certificados) ou por se usar a espessura incorreta (quanto maior a corrente, mais
grosso tem que ser o cabo).

Uma das fontes mais comuns de problemas com a fiação são chuveiros e torneiras
elétricas. Quanto maior a potência do equipamento, maior a carga que irá passar pela
fiação. Ao comprar esse tipo de produto, fique atento às instruções de espessura da fiação e
potência e nunca compre um produto que não for suportado pela instalação da sua casa.

Na dúvida, chame um profissional especializado capaz de analisar a situação de sua rede


elétrica e propor mudanças que a tornem adequada a esses equipamentos.

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#dica4
Disjuntores e tomadas, o que é importante saber.
Os disjuntores funcionam como um interruptor, desligando automaticamente quando
detectam que há algum problema na corrente elétrica, normalmente um super
aquecimento.

Embora os disjuntores possam ser religados manualmente após a interrupção, quando


esse desarme acontece com frequência, é sinal que a instalação elétrica, pelo menos nesse
circuito, está sobrecarregada. Existem algumas soluções para esse problema, desde a
redistribuição dos circuitos do quadro até a troca do quadro e dos disjuntores.

Já no caso das tomadas, como dito anteriormente, é importante que cada tomada sirva a
apenas um equipamento por vez. Cada equipamento adicional é uma sobrecarga e,
dependendo do tamanho dessa sobrecarga, os componentes podem não aguentar.

Um alerta importante, quando falamos em tomadas, é nunca efetuar a ligação de um fio


sem o plugue e não desligar os aparelhos eletrônicos puxando-os pelo fio. Você já reparou
que os plugues do novo padrão possuem pinos parcialmente cobertos e um formato que
encaixa nas tomadas? Isso é feito exatamente para diminuir a chance de contado e de
tomar um choque.

Caso a tomada de sua residência não esteja adequada ao novo padrão, é importante chamar
um técnico eletricista para efetuar as readequações necessárias, e assim, ficar mais seguro
e reduzir os riscos de acidentes.

Nunca é demais lembrar que as tomadas e disjuntores devem ficar distantes das pias,
torneiras, piscinas e quaisquer outros locais onde há a presença de água. Caso isso não
seja possível, tome muito cuidado para que os mesmos não entrem em contato com os
líquidos ou use tomadas e plugues específicos para esse uso.

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#dica 5
Como prevenir um curto circuito?
Para que não ocorram curtos-circuitos em sua residência, o primeiro passo é ter uma
fiação corretamente dimensionada e instalada por um profissional habilitado, nesse caso
um engenheiro eletricista, ou técnico eletricista.

Da mesma forma, é crucial realizar a manutenção da rede elétrica a fim de garantir que fios
desgastados e tomadas danificadas possam ser substituídos. Essa manutenção deve ser
efetuada, pelo menos, a cada cinco anos ou quando ocorrerem problemas como os já
citados aqui neste e-book, de tomadas super aquecendo a queda de disjuntores.

Não utilizar equipamentos com consumo excessivo de energia ou inadequados à instalação


também é fundamental. Um erro muito comum é quando um imóvel projetado para ser
residencial é transformado em comercial (ou até industrial) sem uma readequação da
fiação. Equipamentos profissionais, de secadores de cabelo a iluminação, trabalham com
cargas mais elevadas, inadequadas a uma instalação comum, sobretudo se for antiga.

Mas e se não for possível evitar totalmente os curto-circuitos, será que é possível impedir
que eles causem danos e acidentes? A resposta é sim. Existem equipamentos específicos
para isso.

• DR ou Disjuntor Residual – semelhante a um Disjuntor comum, o DR tem a função


de impedir choques elétricos toda vez que acontece uma fuga de corrente ou curto-
circuito. Ele faz isso interrompendo a passagem de corrente e é a maneira mais
simples e confiável de proteger uma residência, seja quando alguém toca num fio
desencapado, coloca o dedo na tomada ou num equipamento que está mal isolado.

• DPS ou Disjuntor de Proteção contra Surtos – também semelhante a um Disjuntor, o


DPS atua sempre que há uma tensão muito alta (sobretensão ou surto),
direcionando para a terra. Ele é especialmente importante quando um raio entra na
instalação elétrica (por alguma falha no sistema de aterramento) e evita que essa
sobrecarga destrua a instalação e os equipamentos. Vale lembrar que ele funciona
em conjunto com o sistema de aterramento e não no lugar dele.

Uma regra de ouro que vale para todas as situações: quando se trata de eletricidade, todo
cuidado é pouco e o barato sempre sai caro. A economia que se obtém quando se faz
qualquer tipo de gambiarra numa instalação elétrica, como usar cabo de espessura inferior,
instalar poucas tomadas, sobrecarregar os circuitos, não atualizar o quadro de luz ou
contratar um profissional de qualidade duvidosa, é muito pequena perto do risco que essa
decisão pode gerar. Lembre-se: é sua vida e da sua família que estão em jogo.

Invista na sua segurança e conte com o Programa Casa Segura.

Em breve, mais um e-book para você.

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