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:: Redes Pivadas Virtuais
Artigos
José Mauricio Santos Pinheiro 20/05/2007
Aulas

Tutoriais
Introdução
Anti-Vírus
Atualmente é comum que pessoas utilizem computadores com a finalidade de acessar
Fórum a Internet para verificar suas mensagens de correio eletrônico (e-mail), acessar
Glossário remotamente a rede da empresa onde trabalha, realizar transações bancárias, entre
outras. O grande problema em acessar e disponibilizar essas informações pela
Downloads Internet está na segurança, ou melhor, na falta dela. O ideal nesses casos seria que o
acesso pela Internet fosse associado a um conjunto de tecnologias que permitiriam
Blog uma forma segura e transparente de comunicação, garantindo a privacidade das
informações.
Colabore
Essa solução existe e é conhecida como rede privada virtual ou VPN (Virtual Private
Fale Conosco Network). Uma rede privada virtual é capaz de garantir a privacidade das informações
que por ela trafegam uma vez que só pode ser utilizada pelos funcionários da uma
empresa ou grupo de pessoas devidamente autorizadas. Além do tráfego de dados,
uma rede privada também pode ser usada para o tráfego telefônico interno entre a
matriz e filiais de uma empresa, podendo incorporar as conexões com fornecedores ou
clientes e prover ainda o acesso remoto aos funcionários que realizam atividades
Projeto de Redes externas como vendedores e pessoal de assistência técnica.
está hospedado em:
metrored.com.br Conceitos

Como mencionado, a transmissão de informações estratégicas ou sigilosas pela


Internet somente se torna viável com a utilização de tecnologias que transformem esse
meio altamente inseguro em um meio confiável. O conceito de VPN surgiu dessa
necessidade, ou seja, utilizar redes de comunicação públicas, consideradas não
confiáveis, para trafegar informações de forma segura. As redes públicas são
consideradas não confiáveis tendo em vista que os dados que nelas trafegam estão
sujeitos a interceptação e captura por pessoas não autorizadas.
Assim, a característica principal de uma VPN é a segurança que ela garante na
comunicação entre os diferentes pontos da rede. Antes de ser transmitida, a
informação é criptografada e autenticada. Essa medida garante o sigilo e a integridade
da informação mesmo que ocorra algum tipo de interferência pelo caminho.
As conexões VPN pela rede pública utilizando a Internet também podem oferecer um
custo mais baixo quando comparadas com a contratação de links dedicados,
principalmente quando as distâncias envolvidas são grandes, devido aos degraus
tarifários das operadoras de serviços de telecomunicações. Esse tem sido um dos
principais motivos das empresas utilizarem cada vez mais a infra-estrutura da Internet
para conectar suas redes privadas.
A VPN é uma solução que pode ser agregada a outros recursos, como a utilização da
voz sobre IP (VoIP), compactação de vídeo, etc, tornando-se uma alternativa eficiente na
redução dos custos corporativos com telecomunicações.

Definindo VPN
Sumário
Uma Rede Privada Virtual - VPN (Virtual Private Network) como o próprio nome sugere é
uma rede privada, construída sobre a infra-estrutura de uma rede pública, normalmente
para aplicações que incluem a Internet e que permite a conectividade entre pessoas,
empresas ou outras organizações para a transmissão de informações (voz, dados,
imagens, etc) entre dois ou mais pontos. O acesso e a troca das informações são
permitidos somente entre os usuários e/ou redes que façam parte da mesma rede
virtual.
Em lugar de utilizar links dedicados ou as redes de dados das operadoras de
telecomunicações, uma VPN pode utilizar um link de Internet existente para estabelecer
a comunicação. Utilizando uma técnica conhecida como “tunelamento” os dados são
transmitidos com segurança na rede pública por um “túnel” privado que simula uma
conexão ponto-a-ponto. Esta tecnologia possibilita o fluxo de várias fontes de
informação por diferentes túneis sobre a mesma infra-estrutura, permitindo também
que diferentes sistemas operacionais e protocolos de rede se comuniquem.
Uma VPN possibilita ainda diferenciar o tipo de tráfego presente na rede, permitindo
configurar rotas distintas para os pacotes de dados entre a origem e destino da
informação bem como critérios diferentes de Qualidade de Serviço (QoS) contratadas Sumário
em Acordos de Níveis de Serviços (SLA’s).

Princípios básicos

Uma VPN deve prover um conjunto de funções que garantam alguns princípios básicos
para o tráfego das informações:
para o tráfego das informações:

1. Confidencialidade – Tendo em vista que estarão sendo usados meios públicos de


comunicação, é imprescindível que a privacidade da informação seja garantida, de
forma que, mesmo que os dados sejam capturados, não possam ser entendidos;
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2. Integridade – Na eventualidade da informação ser capturada, é necessário garantir
que não seja alterada e reencaminhada, permitindo que somente informações válidas
sejam recebidas;
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3. Autenticidade – Somente os participantes devidamente autorizados podem trocar CCNA e CCNP
informações entre si, ou seja, um elemento da VPN somente reconhecerá informações www.netts.com.br
originadas por um segundo elemento que tenha autorização para fazer parte dela. Formamos
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Para implementar uma VPN é necessário conhecer os seus elementos básicos R$ 1.590,00
constituintes:

• Servidor VPN – responsável por aceitar as conexões dos clientes VPN. Esse servidor é Curso Cisco na
o responsável por autenticar e prover as conexões da rede virtual aos clientes; Multirede
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• Cliente VPN – é aquele que solicita ao servidor VPN uma conexão. Esse cliente pode
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ser um computador ou mesmo um roteador; Formação
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• Túnel – é o caminho por onde os dados passam pela rede pública. Comparando com certificação C C NA
as tecnologias orientadas à camada 2 (Enlace) do modelo OSI, um túnel é similar a Data C enter
uma sessão, onde as duas extremidades negociam a configuração dos parâmetros
para o estabelecimento do túnel, como endereçamento, criptografia e parâmetros de
compressão. Na maioria das vezes, são utilizados protocolos que implementam o Cursos de
serviço de datagrama. Senai On Line
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• Protocolos de tunelamento – São os responsáveis pelo gerenciamento e
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encapsulamento dos túneis criados na rede pública; C ertificado por
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• Rede Pública – Efetua as conexões da VPN. Normalmente trata-se da rede de uma mensalidades.
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Figura 1 - Elementos da VPN 4.1 (Filippetti)

Transporte da informação

Resumidamente, o transporte da informação ocorre após o estabelecimento do túnel


entre os pontos da rede que desejam se comunicar. Uma vez que o túnel seja
estabelecido entre um cliente VPN e um servidor VPN, os dados são criptografados e
autenticados antes de serem enviados, processo que utiliza chaves de segurança do
tipo RSA (chave pública x chave privada). Essa medida garante o sigilo das informações
mesmo que haja algum tipo de interferência no percurso pela rede. Esse é o aspecto
mais importante: a VPN fornece um canal seguro de comunicação em um ambiente
ainda inseguro.
O cliente ou servidor VPN utiliza um protocolo de tunelamento de transferência de
dados que adiciona um cabeçalho preparando o pacote para o transporte. Só então o
cliente envia o pacote encapsulado na rede que o roteará até o servidor do túnel. Este
recebe o pacote, desencapsula removendo o cabeçalho adicional e encaminha o
pacote original ao destino.

Figura 2 – Transporte da informação

Protocolos de VPN

O protocolo da VPN estabelecerá a conexão e a criptografia entre os hosts da rede


privada. Eles podem ser normalmente habilitados através de um servidor Firewall ou
RAS (Remote Access Server). Os protocolos normalmente utilizados em uma VPN são:

• PPP – Point to Point Protocol – É responsável por verificar as condições da linha


telefônica (no caso das conexões dial up), pela validação dos usuários na rede, além
de estabelecer as configurações dos pacotes (tamanho, compressão utilizada, etc);

• PPTP – Point to Point Tunneling Protocol – É uma variação do protocolo PPP, que
encapsula os pacotes em um túnel fim-a-fim, porém não oferece os serviços de
criptografia;

• IPSec – Internet Protocol Security – Conjunto de padrões e protocolos para segurança


relacionada com VPN IP. Trata-se de um protocolo padrão da camada 3 do modelo OSI,
que oferece transparência segura de informações fim-a-fim através de rede IP pública
ou privada. O IPSec especifica os cabeçalhos AH e ESP, que podem ser usados
independentemente ou em conjunto;
• AH – Authentication Header – Utilizado para prover integridade e autenticidade dos
dados presentes no pacote, incluindo a parte invariável do cabeçalho. Não provê
confidencialidade;
• ESP – Encapsuled Security Payload – Provê integridade, autenticidade e criptografia
aos dados do pacote;

• L2TP – Level 2 Tunneling Protocol – É o protocolo que faz o tunelamento de PPP


utilizando vários protocolos de rede como IP, ATM, etc, sendo utilizado para prover
acesso discado a múltiplos protocolos;

• Socks v5 – Protocolo especificado pelo IETF que define como uma aplicação cliente-
servidor, utilizando IP e UDP, irá estabelecer a comunicação através de um servidor
proxy.

Figura 3 – Tunelamento

Túneis

Nas conexões VPN são gerados túneis através da Internet, ou seja, é criada uma
ligação segura entre os dois pontos que desejam se comunicar, usando uma
criptografia de alto nível. Nesse caso, apesar da ligação ser efetuada através de uma
rede pública (Internet), todas as informações passam com segurança por esse túnel.
Podemos ter túneis "iniciados pelo usuário" e túneis "iniciados pelo provedor de
acesso". Os túneis iniciados pelo usuário, também chamados de voluntários, são
criados por requisições do usuário para ações específicas e túneis iniciados pelo
provedor de acesso são chamados de compulsórios, já que são criados pelo provedor,
não proporcionando ao usuário nenhuma escolha ou alteração:

• Túnel voluntário - Ocorre quando uma estação ou servidor de roteamento utiliza um


software de tunelamento cliente para criar uma conexão virtual com o servidor do túnel
desejado. O tunelamento voluntário pode requerer conexões IP através de LAN ou
acesso discado. No caso do acesso discado, o mais comum é o cliente estabelecer a
conexão discada antes de criar o túnel. No caso da LAN, o cliente já está conectado e o
túnel inicializado para alcançar uma sub-rede privada na mesma rede;
• Túnel compulsório - Ocorre quando um servidor de acesso discado VPN configura e
cria o túnel. Nesse caso, o computador do usuário não funciona como extremidade do
túnel. Outro dispositivo, o servidor de acesso remoto, localizado entre o computador do
usuário e o servidor do túnel, funciona como uma das extremidades e atua como cliente
do túnel. O dispositivo de rede que provê o túnel para o computador cliente é conhecido
de várias formas: FEP – Front End Processor, Access Concentrator ou IP Security
Gateway. No caso da Internet, o cliente faz uma conexão discada para um túnel
habilitado pelo servidor de acesso no ISP (Internet Service Provider).

No tunelamento compulsório, o cliente faz uma conexão PPP. O dispositivo que provê o
túnel pode ser configurado para direcionar todas as conexões discadas para um
mesmo servidor de túnel ou, alternativamente fazer o tunelamento individual baseado
na identificação do usuário ou no destino da conexão. Diferentemente dos túneis
individualizados criados no tunelamento voluntário, um túnel compulsório entre o
dispositivo de rede que provê o túnel (por exemplo, FEP) e o servidor de túnel pode ser
compartilhado por múltiplos clientes discados. Quando um cliente disca para o servidor
de acesso (FEP) e já existe um túnel para o destino desejado, não é necessária a
criação de um novo túnel redundante, pois o túnel existente pode transportar
igualmente os dados do novo cliente. No caso do tunelamento compulsório com
múltiplos clientes, o túnel só é finalizado no momento em que o último usuário do túnel
se desconectar.

Endereçamento

Dois roteadores interligando duas redes de computadores via Internet e utilizando uma
VPN utilizam fora do túnel endereços IP públicos (estáticos ou dinâmicos), mas dentro
do túnel serão usados os endereços IP da rede local, os quais não serão acessíveis
pela Internet. Podemos considerar então que no tunelamento teremos efetivamente
quatro endereços IP, sendo dois endereços válidos na rede privada e dois endereços
válidos na rede pública (endereços IP de origem e de destino). A parte do pacote IP
privado será criptografado e “encapsulado” em um novo pacote IP com endereços
válidos na rede. O protocolo de tunelamento encapsula o pacote com um cabeçalho
adicional que contém informações de roteamento e dessa forma os pacotes
criptografados e encapsulados trafegam através da Internet até o destino onde são
desencapsulados e decriptografados, retornando ao seu formato original.

Protocolos de Tunelamento

Enviar porções específicas do tráfego através de túneis é a maneira mais comum de se


implementar uma VPN. Túneis simulam a conexão ponto-a-ponto requerida para a
transmissão de pacotes através da rede pública e utilizam protocolos de tunelamento
que permitem o tráfego de dados de várias fontes para diversos destinos e diferentes
protocolos em uma mesma infra-estrutura. Os protocolos de tunelamento mais
comuns são:

GRE

Os túneis criados a partir do protocolo GRE (Generic Routing Protocol) são


configurados entre os roteadores fonte e os roteadores destino, respectivamente
chegada e saída dos pacotes de dados. Os pacotes a serem enviados através do túnel
são encapsulados em um pacote GRE que contém um cabeçalho onde existe o
endereço do roteador de destino. Ao chegarem no roteador de destino, os pacotes são
desencapsulados (retirada dos cabeçalhos GRE) e seguem até o destino determinado
pelo endereço de seu cabeçalho original.
Os túneis implementados a partir do protocolo GRE são utilizados na interligação de
redes LAN-to-LAN e na interligação de diferentes nós de uma mesma rede pública.

Figura 4 - Protocolo GRE

L2TP e PPTP

Ao contrário do GRE, os protocolos L2TP e PPTP são utilizados em VPDN (Virtual


Private Dial Network), ou seja, proporcionam o acesso de usuários remotos acessando
a rede corporativa através do conjunto de modems de um provedor de acesso.
O L2TP é um protocolo de tunelamento compulsório, sendo essencialmente um
mecanismo para repassar o usuário a outro nó da rede. No momento da interligação
do usuário remoto com o provedor de acesso e após a devida autenticação e
configuração, um túnel é estabelecido até um ponto de terminação predeterminado (um
roteador, por exemplo), onde a conexão PPP é encerrada.
Já o PPTP é um protocolo voluntário, permitindo que os próprios sistemas dos
usuários finais estabeleçam um túnel sem a intermediação do provedor de acesso.
Figura 5 – Protocolos L2TP e PPTP

A Escolha do Protocolo

A escolha de qual protocolo utilizar é baseada na determinação da posse do controle:


se o controle será do provedor ou do usuário final. Existem diferenças entre o L2TP e o
PPTP na determinação de quem possui o controle sobre o túnel. Na situação onde é
utilizado o protocolo PPTP, o usuário remoto tem a possibilidade de escolher o destino
do túnel. Este fato é importante se o destino dos pacotes muda com muita freqüência
ou se nenhuma modificação se torna necessária nos equipamentos por onde o túnel
passa. Os túneis PPTP são transparentes aos provedores de acesso, assim nenhuma
ação se torna necessária além do serviço comum de prover acesso à rede.
Usuários com perfis diferenciados com relação a locais de acesso (cidades diferentes,
estados e países) utilizam com mais freqüência o protocolo PPTP pelo fato de se tornar
desnecessária a intermediação do provedor no estabelecimento do túnel. Quando é
utilizado o protocolo L2TP, ocorre uma situação diferente com relação aos usuários e
provedores. O controle passa para o provedor e, como ele está fornecendo um serviço
extra, que não é apenas o acesso, este serviço pode ser tarifado.

>> ( Continuação ) >>


Implementações de VPN

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