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“O lar não é exatamente onde estamos, uma casa, quatro paredes, vários cômodos, mobílias e

uma cama com cobertores para nos manter aquecidos a noite, um teto para te proteger de
chuvas e ventanias. Luzes que se acendem e apagam com nossas entradas e saídas. Isto é
apenas um lugar para irmos quando nossos compromissos acabam, só se tornam um LAR
quando estivermos com as pessoas que amamos, aquele vazio no peito não são das coisas
citadas acima –Bens Materiais- e sim por não ter com quem estar e compartilhar, conversar e
amar, somente uma casa silenciosa. São essas pessoas que nos fazem ter essa magia em
nossas vidas. Pelo menos comigo foi assim, houve um alguém que me deu essa magia – MAGIA
REAL- e me mostrou a grande magia que há dentro de mim, me mostrou um lugar mágico que
me fez não querer voltar! Eu me chamo Iriya e vou contar como as coisas aconteceram.”
O encontro
Eu me chamo Iriya, moro em uma pequena cidade dos Estados Unidos chamada Madison é a
única cidade localizada no estado americano da Flórida, sofri um acidente de carro aos dez anos
de idade junto aos meus pais , a diferença entre eu e eles ? Bom somente eu sobrevivi. Perdi
uma boa parte de minhas memórias, apenas lembro-me de alguns acontecimentos do
acidente, que sou filha única, e da imagem fiel dos meus pais. Desde então já se passaram
onze anos, passei oito anos da minha vida no orfanato com médicos, exames e mais exames
para me ajudarem a recuperar minhas memórias que supostamente ditas pelo Doutor Fill –
Suas memórias vão voltar, é você que está as bloqueando-.

Aos meus dezoito anos saio do orfanato e fui para casa deixada de herança pelos meus pais, a
casa é feita de madeira e é mais afastadas das outras, desde que voltei mantive-a com os
mesmo móveis, apenas mudei meu quarto aliais não tenho mais oito anos. No corredor de
cima tem um sótão com as coisas da mamãe e do papai, coisas antigas que desde que voltei á
três anos ainda não tive a súbita vontade de ir vasculhar. Hoje ao acordar em meu quarto as
escuras com dores de cabeça fortes, percebo que já é hora de ir para faculdade de paisagismo.
Levanto-me e vou vagorosamente em direção a janela e então abro as cortinas azuis com suas
pontas rendadas de preto, entretanto a luz que entrou não clareia as sombras dessa manhã
pois o céu abriu-se diante de mim e uma chuva espreitava pro trás das nuvens acinzentadas.

Logo vejo a hora e me apresso para tomar um banho para sair, pego minha toalha de cor
vermelha e vou para o chuveiro, ao sair coloco minha calça legging preta, camisa roxa básica e
uma jaqueta de couro preta para me aquecer, coloco meu meião na altura do joelho(pretas
com bolinhas vermelhas ) e minha bota preta que cobre a meia por completo. Desço em
direção a porta e pego as chaves na escrivaninha no caminho e saio as pressas.

Chegando na faculdade vejo de longe minha colega Miyu na porta me esperando.

-Iriya, atrasada de novo!-Como sempre ela me lembrando de meus atrasos contínuos. Então
observo ela abrindo aquele sorriso com seus dentes incrivelmente brancos e perfeitos
acenando para mim.-Estou indo Miyu.-Respondo envergonhada enquanto caminho
rapidamente em sua direção.

Ao crepúsculo uma fina garoa caiu sobre mim pegando-me sem guarda-chuva, porém a
necessidade obrigava-me a me apressar. Chego em casa ensopada, deixo minhas botas na
entrada e me coloco em baixo da água agradavelmente quente do chuveiro me aquecendo aos
poucos, após um banho revigorante me deito preguiçosamente na cama vestida com meu
pijama branco de ursinhos azuis e logo me aconchego em meu edredom desenhado de
constelações por completo, sinto-me como se estivesse sendo abraçada pelo imenso universo.

De repente me sinto inquieta e perco o sono como se algo me chama-se (algo como uma pura
energia, como um imã), junto me vem uma súbita vontade de ir ao sótão para vasculhar,
olhando o relógio vejo que já são onze horas da noite, nunca me senti assim como dito é como
se eu tivesse sendo puxada por um grande imã. Subitamente me levanto com minha
curiosidade aguçada, avanço pelo corredor e puxo a porta que dá acesso à escada retrátil do
sótão. Senti que não deveria estar ali, mesmo assim subo vagorosamente e insegura de minha
decisão. Ao chegar ao topo procurei pelo interruptor e o apertei fazendo as lâmpadas até
manter-se acessas iluminando o amplo e empoeirado sótão.

Há muitas caixas ao redor me submeto novamente a me arriscar com minha curiosidade e as


abro, são roupas antigas da mamãe e do papai, abrindo outro encontro fotos antigas e de
repente aquela sensação de ser puxada novamente leva minha atenção para o final do sótão
aonde tem apenas uma caixa distante de todas as outras que me chama atenção e ao lado
dela tem algo coberto com um lençol branco e empoeirado, e foi o que mis me instigou,
caminho lentamente com meu braço direito esticado em sua direção até finalmente alcançar o
lençol quando de imediato já o seguro com as pontas de meus dedos trêmulos e seguro-o por
alguns instantes com o coração acelerado tento entender o porque de tanta hesitação até
enfim criar coragem e finalmente o puxo fazendo com que o lençol caia no chão criando uma
neblina de poeira que não me deixar enxergar com clareza, quando a poeira baixa consigo ver
nitidamente, vejo um espelho lindo, dá para notar em seus detalhes que é de qualidade ,feito
em madeira antiga muito bem conservado, ele possui uma moldura dourada com borboletas
talhadas a mão contornando o espelho por inteiro.

Me distraio passando meus dedos levemente sobre a moldura contornando seus detalhes
borboleta por borboleta, estou com meus olhos fixados nele o admirando encantada
admirando cada detalhe, quando esbarro na caixa ao chão fazendo com que eu me desperte,
logo levo meu foco á caixa no chão , vagorosamente me ajoelho no chão gelado e empoeirado
para abri-la, a primeira coisa que avisto é uma carta e nela possui meu nome escrito, olhando
por trás da carta entre meus dedos vejo fotos me fazendo guardar a carta em minha cintura,
nas fotos são lugares muito lindos nunca visto antes, parece até que são lugares criados e
editados, um mundo paralelo talvez, como em contos de fadas , entre as fotos vejo uma que
me chama atenção , nela sou eu quando pequena na foto ao meu lado um garoto que me
parece familiar mais ele parece estar fantasiado pois ele possui assas na foto, mais parece tão
real, a diferença de idade entre nós parece ser pouca talvez uns quatro anos de diferença,
virando a foto tem nossas idade oito e doze anos.

Meu celular se acende avisando que sua bateria está baixa, fazendo com que eu veja a hora, a
hora passou tão rápido já está tarde. Então resolvo descer e levo comigo o espelho a caixa e a
carta para ver com calma no dia seguinte, algo me diz que isso irá me ajudar a lembrar do meu
passado, e que algo interessante da minha vida virá a tona. Encosto o espelho na parede do
meu quarto e coloco a caixa ao lado da minha cama, quando me deito sinto meu corpo pesado
de cansaço e pego no sono rapidamente após me cobrir para ficar aquecida. Logo a noite passa
e um sonho estranho faz com que eu acorda se atormentada, me disponho a levantar cedo
para não perder hora, a noite agitada mexeu muito comigo. Faço a mesma rotina de sempre,
minha vida é bem monótona, mudo somente as roupas, as aulas e professores também são
diferentes, depois de um longo período de aula de apresso para voltar para casa, apesar de ser
sexta e não ter aula amanhã me encontro muito cansada, diferente de ontem o céu está limpo
e consigo já ver a lua cheia brilhante, subindo e clareando o escurecer da noite, estico as mãos
em sua direção na intenção de alcança-la. Chego em casa tiro meus sapatos ( All Star azul)
deixando-os na porta de casa, fazendo-me andar pela casa com minhas meias brancas macias,
estou faminta então subitamente vou até a cozinha preparar um chá e um pipoca resolvendo
assim colocar um filme para assistir, como sou muito fã de Alice nos pais das maravilhas e
também sou apaixonada pelas obras de Lewis Carrol coloco Alice para assistir. Me aconchego
em meu sofá com meu balde de pipoca e coloco minha xicara de chá no porta copos em cima
da mesa de centro para dar uma esfriada. No meio do filme lembro- me da caixa em meu
quarto fazendo-me ficar inquieta e tirando minha atenção no filme, lembro-me da carta que
não tive disposição para ler e então fico com a curiosidade aguçada, me disponho a pausar o
filme e subo ligeiramente para meu quarto avistando a carta ao lado do meu abajur .

Abro-a com cuidado para não rasgar, o papel da embalagem é bem fraco, mais em
compensação o da carta era grosso e a escrita é feita a mão.
( - Pendomam vem do Indonésio para espanhol que significa Estrela Polar ).

Quem é M.P? Porque essa carta é para mim? Que história é essa de diva? E porque precisam
de mim?

–Fico me perguntando e me questionando e andando ligeiramente e inquieta de um lado para


o outro no quarto com a carta em minhas mãos tremulas.- Até passar com acarta em frente ao
espelho que eu trouxe do sótão e ele magicamente começar a se mexer e criar um brilho de
leve como se um portal estive se se abrindo por ele, me aproximo vagorosamente e encostos
minha mão sobre o vidro embaçado onde não se dá mais para ver imagem refletida, de
repente minha mão atravessa o espelho fazendo com que ele crie força para me puxar para
dentro dele, mais ao me assustar forço meu corpo para trás fazendo- me cair de bunda no
chão assustada, fico parada e paralisada por um tempo olhando para o espelho que voltou
logo ao normal mostrando-me minha imagem caída no chão com meus olhos fixos nele sem
ao menos piscar. Finalmente acabo me recompondo fazendo-me levantar ligeiramente
colocando meu lençol sobre o espelho e saindo de costas de perto do mesmo a carta nem me
submeto a pegar do chão deixando-a lá .

Desço para sala pensando sobre tudo que aconteceu me achando louca, não consigo acreditar,
resolvo me distrair voltando a assistir o filme que tinha pausado.

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