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Movimento lidera a produção de arroz orgânico na América
Latina, aponta instituto — Foto: Alexandre Garcia via BBC

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Durante sabatina no Jornal Nacional, o ex-


presidente e atual candidato Luiz Inácio Lula
da Silva (PT) comentou que o Movimento
dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)
é o maior produtor de arroz orgânico da
América Latina.

A informação foi mencionada pelo petista no


telejornal para defender o movimento como
um importante meio de produção rural no
país.

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Nos últimos dias, a afirmação passou a ser


posta em dúvida por muitas pessoas,
principalmente defensores do presidente Jair
Bolsonaro (PL). Durante um programa da
Jovem Pan, por exemplo, uma das
comentaristas duvidou que o MST seja o
maior produtor do grão orgânico no país.

Mas é um fato: o MST é


responsável pela maior
produção de arroz orgânico na
América Latina, segundo o
Instituto Riograndense do Arroz
(Irga).

· De onde vem o que eu como:


melhoramento genético impulsiona
produtividade do arroz no Brasil

· Saiba de onde vêm o trigo, o café e


mais do que você come

O Irga, vinculado ao governo do Rio Grande


do Sul, é considerado referência para esse
levantamento porque o Rio Grande do Sul
detém a maior produção geral de arroz do
Brasil — correspondendo a, segundo o
instituto, cerca de 70% de todo o grão
produzido nacionalmente.

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Mas o Irga ressalta que a produção de arroz


orgânico no Brasil é extremamente baixa
quando comparada ao tipo mais comum nos
pratos dos brasileiros — que é produzido
com insumos como agrotóxicos.

Para a próxima safra no Rio Grande do Sul,


de janeiro a abril de 2023, a estimativa é de
colheita de 865 mil hectares de arroz de
todos os tipos. Desse total, somente 5 mil
hectares correspondem ao grão orgânico.

· DE ONDE VEM O QUE EU COMO: série


do g1 mostra caminho da comida até
a sua mesa

· Saiba o que é e como funciona a


agricultura familiar

Produção do MST chega a diferentes lugares do país, mas


comercialização do produto se tornou tarefa árdua nos últimos
anos — Foto: Rede de Armazéns do Campo do MST via BBC

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Desse tamanho destinado ao orgânico, 4 mil


hectares pertencem ao MST, em áreas de
assentamentos da reforma agrária. O
restante, pouco mais de mil hectares,
pertence a outros produtores da região, que
não são ligados ao movimento.

Além disso, o movimento tem passado por


dificuldades em questões como o
escoamento da produção do grão.

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O arroz orgânico do MST


O discurso da agroecologia — antagônico ao
agronegócio por não envolver insumos como
adubo químico e agrotóxicos — passou a ser
adotado pelo MST por volta do início dos
anos 2000, segundo estudos acadêmicos.

Foi justamente nesse período que famílias


assentadas do MST começaram a plantar
arroz orgânico. O Irga estima que o
movimento passou a liderar a produção
desse tipo de grão no país por volta de 2010
— mas não há dados concretos que apontem
exatamente quando isso ocorreu.

Como é possível o aumento


dag1fome enquanto o país tem
Por

recorde
08/06/2022 no· agronegócio?
17h34 Atualizado

2022-06-08T20:35:06.492Z

Foto: André Penner/AP Photo

"Eram áreas da reforma agrária que não


tinham nenhuma função social
anteriormente e hoje estão nas mãos dos
assentados, fruto da luta do MST", diz o
dirigente nacional do MST do Rio Grande do
Sul, Ildo Pereira.

"Havia a necessidade de produzir um produto


de qualidade para o consumidor, sem o uso
de produtos químicos. Não é só um projeto
do MST, mas também um projeto de
sociedade", afirma Pereira.

Segundo o Irga, as áreas de assentamentos


do MST destinadas ao plantio de arroz
orgânico foram se expandindo até por volta
de 2017.

"Não temos segmentação por instituição


como do MST. Mas podemos dizer, com
certeza, que as maiores áreas que a gente
conhece (de plantio de arroz orgânico) estão
dentro de assentamentos do MST. São
aproximadamente 4 mil hectares. Não há
sequer registros superiores a isso na América
Latina", destaca o técnico do Irga Edivane
Portela, coordenador do programa estadual
de produção de arroz de base ecológica.

MST se destaca na produção do grão orgânico no país — Foto:


Alexandre Garcia via BBC

"Fora do MST, essas áreas de produção (de


arroz orgânico) são bem menores, cerca de
600 a 700 hectares por produtores",
acrescenta Portela.

Sobre a pouca quantidade produzida no


Brasil, em comparação ao arroz com cultivo
considerado tradicional, Portela argumenta
que isso ocorre porque há pouco
investimento em desenvolvimento de
iniciativas para a produção desses grãos,
assim como outros produtos orgânicos.

"Outro ponto que me parece importante se


refere ao aspecto cultural, a geração atual de
agricultores ainda olha com uma certa
insegurança para este sistema já que
também o apoio técnico é deficiente", afirma
o especialista.

Mas ele diz que há uma demanda crescente


pelo consumidor por produtos orgânicos e
isso tem feito com que cada vez mais sejam
desenvolvidas pesquisas sobre o tema. Ele
avalia que essa produção deve crescer cada
vez mais no país. "Acredito que o caminho se
dará por esse lado", diz.

Entidades brasileiras relacionadas à produção


rural afirmam não ter dados específicos
sobre a produção de arroz orgânico
relacionada ao MST.

A reportagem procurou instituições como a


Confederação da Agricultura e da Pecuária do
Brasil (CNA) e a Associação Brasileira da
Indústria do Arroz (Abiarroz), que afirmaram
não ter informações sobre o tema.

Instituições relacionadas ao governo federal,


como a Companhia Nacional de
Abastecimento (Conab) e a Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(Embrapa) dizem que não possuem
levantamentos sobre o tema.

Já o Ministério da Agricultura, Pecuária e


Abastecimento (Mapa) afirmou à BBC News
Brasil que há 1,1 mil produtores de arroz
registrados no Cadastro Nacional de
Produtores Orgânicos (CNPO). No entanto,
nesse sistema somente é possível acessar o
nome do produtor e a sua localização, não há
como detalhar quais estão em áreas de
assentamento do MST.

Famílias em assentamentos são as responsáveis por produção


de arroz orgânico — Foto: Alexandre Garcia via BBC

Menos famílias produzindo e


gargalo na comercialização
A produção do arroz orgânico no MST é feita
em 12 assentamentos em diferentes
municípios do Rio Grande do Sul e envolve
cerca de 340 famílias beneficiárias da reforma
agrária. Esses números caíram nos últimos
anos. Em 2017, por exemplo, eram 616
famílias em 22 assentamentos.

Em grande escala, os assentamentos do MST


produzem arroz agulhinha longo fino, nas
versões polido, integral e parboilizado. Em
menor escala, também produzem arroz
cateto, vermelho, arbóreo e negro.

Nos últimos anos, muitos produtores ficaram


desestimulados diante das dificuldades para
comercializar os grãos. Grande parte desse
arroz costumava ser vendida por meio de
iniciativas do poder público, como o
Programa Nacional de Alimentação Escolar
(PNAE) e o Programa de Aquisição de
Alimentos (PAA), da Conab.

O MST estima que nos últimos anos houve


redução de até 40% nas compras de arroz
orgânico por parte de entes públicos para
alimentação escolar, área que prevê que no
mínimo 30% das compras sejam feitas por
meio da agricultura familiar - na qual a
produção do movimento se enquadra.

Um fator que dificultou a venda nos últimos


anos foi o auge da pandemia de covid-19, que
manteve as escolas fechadas. Mas outro
ponto, segundo o movimento, seria uma falta
de incentivo do governo Bolsonaro à
agricultura familiar.

"O governo federal é um grande comprador


e, por meio da Conab, sempre auxiliou
levando alimento a quem mais necessita.
Hoje a Conab não tem efetuado compras da
agricultura familiar (como antes)", afirma
Guilherme Vivian, integrante do setor de
produção do MST e um dos responsáveis
pela comercialização da Cootap (Cooperativa
dos Trabalhadores Assentados da Região
Porto Alegre).

"As prefeituras e governos estaduais também


não têm efetuado compras no período
recente", acrescenta.

Em nota à BBC News Brasil, a Conab


argumenta que nos últimos quatro anos
adquiriu cerca de 36,105 mil toneladas de
arroz para a formação de cestas de alimentos
que foram distribuídas a povos e
comunidades tradicionais em todo o país.

"Essas aquisições foram realizadas por meio


de leilões públicos e aberta a todos os
interessados. Tanto os editais com as regras
para participação nos leilões como os preços
de compra e os resultados com os
arrematantes estão disponíveis no site da
Companhia", diz a nota.

A Conab ainda afirma que por meio do


Programa Alimenta Brasil, um dos seus
principais projetos, busca promover o acesso
à alimentação e incentivar a agricultura
familiar.

"Para o alcance desses objetivos, o programa


compra alimentos produzidos pela
agricultura familiar, com dispensa de licitação,
e os destina às pessoas em situação de
insegurança alimentar e nutricional atendidas
pela rede socioassistencial, pelos
equipamentos públicos de segurança
alimentar e nutricional e pela rede pública e
filantrópica de ensino", diz comunicado da
Conab.

"O programa é executado pela Conab e por


estados e municípios sob a gestão do
Ministério da Cidadania", acrescenta a nota,
que destaca que o programa "prevê a
aquisição de produtos da agricultura familiar,
e não apenas o arroz".

Ainda na nota, a Conab afirma que não


possui nenhuma ação de compra anual de
arroz em nenhum lugar do país.

Nas prateleiras dos mercados e


no exterior
Além dos programas do poder público, o MST
também comercializa o arroz orgânico para
mercados ou vende diretamente aos
consumidores de diferentes regiões do país.

O movimento também exporta o produto,


com o apoio de empresas que levam o grão a
outros países. "Mas isso diminuiu bastante no
último período, principalmente pelo custo,
que mais que quadruplicou, por causa do
transporte. Não há contêiner e quando tem é
um custo absurdo, eleva muito o valor e não
compensa. Neste ano só exportamos para a
Itália e a Alemanha, mas nos anos anteriores
era para muito mais países", diz Vivian.

Em meio às dificuldades para a


comercialização, surgiu outro problema no
período recente: a intensa seca que atinge o
Rio Grande do Sul desde o fim do ano
passado. Esse fator atrapalha a produtividade
do grão, segundo o MST.

O atual cenário de dificuldades e incertezas


tem afetado, principalmente, as famílias
assentadas que são responsáveis pela
produção do grão e que têm a
comercialização dele como parte da renda.

"É uma atividade lucrativa, mas essas famílias


não trabalham só com o arroz", minimiza
Vivian. Essas famílias também possuem
outros cultivos para complementar a renda,
como o de hortaliças, frutas ou gado de corte.

"São pessoas que lá atrás se organizaram em


grupos, formaram acampamentos e lutaram
por um pedaço de chão para produzir e viver
dignamente", afirma Vivian.

Apesar dos problemas no atual cenário, o


MST estima que na safra de 2021/2022
devem ser colhidas mais de 15 mil toneladas
de arroz orgânico. É um volume maior do que
o da safra anterior, período considerado
extremamente difícil, quando foram colhidas
12 mil toneladas.

E para essas famílias, a comercialização de


todo esse arroz orgânico da safra é um
grande desafio pela frente.

- Este texto foi publicado originalmente em


https://www.bbc.com/portuguese/brasil-
62746336

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