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Instalações Elétricas Prediais

AULA 1 - SISTEMAS DE ALIMENTAÇÃO ELÉTRICA


Docente: Luiz Carlos
Sistemas de Alimentação Elétrica

1. Normas da ABNT
1. Aplicações conforme a norma da ABNT NBR 5410
2. Aplicações conforme a norma da ABNT NBR 14039
2. Características: regulamentação das concessionárias locais
3. Padrão de entrada de energia
1. Simbologia
2. Identificação
3. Tipos: alimentação em baixa tensão e alimentação em média tensão
1. NORMAS DA ABNT
1. NORMAS DA ABNT
1.1 APLICAÇÕES CONFORME A NORMA DA ABNT NBR 5410
A ABNT NBR 5410 é a norma que estipula as condições
necessárias para o bom funcionamento das instalações elétricas de
baixa tensão, fornecendo diretrizes para a maneira mais segura e
adequada, visando, acima de tudo, a segurança dos bens, pessoas e
animais. Esta norma é aplicada, principalmente, em instalações
elétricas dos consumidores do grupo B, ou seja, consumidores cuja
carga instalada é menor ou igual a 75.000 W (75 kW), que são:
a) B1: Residencial;
b) B2: Rural;
c) B3: Comercial;
d) B4: Iluminação pública.
1.1 APLICAÇÕES CONFORME A NORMA DA ABNT NBR 5410
As instalações elétricas de baixa tensão correspondem às
instalações em cliente de rede secundária, ou seja, até 1000 V em
tensão alternada e 1500 V em tensão contínua. Conheceremos mais
sobre rede secundária quando falarmos das características do sistema
elétrico brasileiro.
1.2 APLICAÇÕES CONFORME A NORMA DA ABNT NBR 14039

A ABNT NBR 14039 estipula as condições necessárias para o bom


funcionamento em instalações elétricas de média tensão,
estabelecendo regras e fornecendo diretrizes adequadas e seguras para
cada tipo de instalação.
Esta norma é aplicada, principalmente, em instalações elétricas
de alguns consumidores do grupo A, clientes cuja carga instalada é
superior a 75.000 W (75 kW), como escolas, indústrias, grandes
comércios, hospitais, entre outros.
1.2 APLICAÇÕES CONFORME A NORMA DA ABNT NBR 14039
1.2 APLICAÇÕES CONFORME A NORMA DA ABNT NBR 14039
• A instalação elétrica deve estar disposta em locais que impeça o seu
contato com materiais inflamáveis, evitando assim o risco de incêndio
por causa das temperaturas elevadas ou arcos elétricos.
• As instalações elétricas de média tensão correspondem às instalações
em cliente de rede primária, ou seja, alimentação em rede acima de 1
kV (1.000 V) e abaixo de 36,2 kV (36.200 V) em tensão alternada.
Conheceremos mais sobre rede secundária quando falarmos sobre as
redes de distribuição de energia, ainda neste capítulo.
• Esta norma se aplica a clientes alimentados pela concessionária de
energia e também àqueles alimentados por fonte própria de energia
em média tensão. Ela fornece um passo a passo para o projeto e
execução de instalações elétricas de média tensão.
2.2 CARACTERÍSTICAS: REGULAMENTAÇÃO DAS CONCESSIONÁRIAS
LOCAIS

Devemos ter conhecimento que a prestação de serviço do setor


de energia elétrica no Brasil segue as regulamentações da Agencia
Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).
ANEEL é o órgão que fiscaliza e cria as regras para que todo o
sistema elétrico funcione corretamente, desde a geração, transmissão,
distribuição, até a comercialização da energia elétrica. Ela recebe as
reclamações de consumidores e agentes, mantendo o equilíbrio entre
as partes, sendo responsável por mediar os conflitos de interesse entre
os agentes do setor elétrico e os consumidores.
2.2 CARACTERÍSTICAS: REGULAMENTAÇÃO DAS CONCESSIONÁRIAS
LOCAIS
1.2 APLICAÇÕES CONFORME A NORMA DA ABNT NBR 14039
Sistema Elétrico de Potência (SEP2) é o conjunto de todas as
instalações e equipamentos que constituem as três etapas do sistema
elétrico, são elas: geração, transmissão e distribuição de energia.
Vamos conhecer um pouco mais sobre cada uma dessas etapas.
a) Geração: é a unidade responsável pela produção de energia elétrica
por meio de usinas como hidrelétricas, termelétricas, eólicas, entre
outras. Tem seus níveis de tensão entre 2,2 kV e 22 kV;
b) Transmissão: é o sistema que faz a ligação da geradora de energia
elétrica com a rede de distribuição. As linhas de transmissão são
constituídas por grandes estruturas que podem ser vistas das
estradas, como nos exemplos mostrados no quadro a seguir. Têm
seus níveis de tensão estabelecidos pela ANEEL entre 220 kV e 765
kV;
1.2 APLICAÇÕES CONFORME A NORMA DA ABNT NBR 14039
c) Distribuição: é a rede elétrica que faz a ligação das linhas de
transmissão aos consumidores em alta tensão (AT), média tensão
(MT) e baixa tensão (BT). As redes de distribuição são as mais
presentes em nosso cotidiano e suas características já se
enquadraram no padrão das cidades, estando presentes nos postes
das concessionárias nas ruas, avenidas e estradas do país. Como
vimos, elas são divididas em:
• AT - Alta tensão: possui valores de tensão entre fases iguais ou
superiores a 36,2 kV;
• MT - Média tensão: possui valores de tensão entre fases superiores a
1 kV e inferiores a 36,2 kV;
• BT - Baixa tensão: possui valores de tensão entre fases iguais ou
inferiores a 1 kV.
1.2 APLICAÇÕES CONFORME A NORMA DA ABNT NBR 14039
1.2 APLICAÇÕES CONFORME A NORMA DA ABNT NBR 14039
1.2 APLICAÇÕES CONFORME A NORMA DA ABNT NBR 14039
1.2 APLICAÇÕES CONFORME A NORMA DA ABNT NBR 14039
1.2 APLICAÇÕES CONFORME A NORMA DA ABNT NBR 14039
REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA
Rede de distribuição de energia é a rede responsável por fazer a
ligação do sistema de transmissão ao consumidor final. É subdividida em
duas, rede primária e rede secundária, podendo alimentar o consumidor de
média tensão (MT) ou baixa tensão (BT).
a) Rede primária: é a linha de distribuição de energia elétrica pertencente à
concessionária local que opera em média tensão (MT). A rede primária
de distribuição é responsável por ligar as linhas de transmissão aos
consumidores primários e à rede secundária.
- A rede primária encontra-se na região mais alta do poste e tem seus
condutores sempre de alumínio alinhados na horizontal. Trabalha com
valores de tensão normalmente de 13,8 kV, 23 kV ou 34,5 kV, podendo variar
de acordo com a concessionária local.
1.2 APLICAÇÕES CONFORME A NORMA DA ABNT NBR 14039

REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA


1.2 APLICAÇÕES CONFORME A NORMA DA ABNT NBR 14039
REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA
b) Rede secundária: é a linha de distribuição de energia elétrica da
concessionária local, que opera em baixa tensão (BT), ou seja, depois
do transformador abaixador, que alimenta os consumidores
secundários.
A rede secundária encontra-se abaixo da rede primária e costuma ter
seus condutores alinhados na vertical. As tensões recomendadas pela
ANEEL para as redes secundárias são representadas conforme tabela a
seguir.
1.2 APLICAÇÕES CONFORME A NORMA DA ABNT NBR 14039
REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA
3. PADRÃO DE ENTRADA DE ENERGIA

Padrão de entrada é o conjunto de componentes e instalações


necessárias para que a concessionária de sua região possa realizar a
ligação da unidade consumidora. A montagem do padrão deve seguir
as regras e especificações da concessionária local.
O modelo de padrão de entrada depende do tipo de consumidor,
primário ou secundário, devendo seguir as especificações das normas
ABNT NBR 5410 e NBR 14039 para a estipulação do melhor padrão de
entrada, de modo que atenda às necessidades e às regras necessárias a
serem seguidas para o seu projeto e montagem.
3.1 SIMBOLOGIA

Padrão de entrada é o conjunto de componentes e instalações


necessárias para que a concessionária de sua região possa realizar a
ligação da unidade consumidora. A montagem do padrão deve seguir
as regras e especificações da concessionária local.
O modelo de padrão de entrada depende do tipo de consumidor,
primário ou secundário, devendo seguir as especificações das normas
ABNT NBR 5410 e NBR 14039 para a estipulação do melhor padrão de
entrada, de modo que atenda às necessidades e às regras necessárias a
serem seguidas para o seu projeto e montagem.
3.1 SIMBOLOGIA
3.1 SIMBOLOGIA
3.2 IDENTIFICAÇÃO

COMPONENTES PARA BAIXA TENSÃO


O padrão de entrada para consumidores de baixa tensão é o
conjunto de instalações composto pela caixa de medição, sistema de
aterramento, condutores, eletrodutos e outros acessórios
indispensáveis para que a concessionária de energia elétrica da sua
cidade possa fazer a ligação na rede secundária.
Na hora de determinar o padrão de entrada a ser utilizado, é
preciso saber que ele deve ser instalado no limite de sua propriedade
com a via pública.
3.2 IDENTIFICAÇÃO
COMPONENTES PARA BAIXA TENSÃO
3.2 IDENTIFICAÇÃO
COMPONENTES PARA BAIXA TENSÃO
3.2 IDENTIFICAÇÃO
COMPONENTES PARA BAIXA TENSÃO
3.2 IDENTIFICAÇÃO
COMPONENTES PARA BAIXA TENSÃO
3.2 IDENTIFICAÇÃO
COMPONENTES PARA BAIXA TENSÃO
3.2 IDENTIFICAÇÃO
COMPONENTES PARA BAIXA TENSÃO
3.2 IDENTIFICAÇÃO
COMPONENTES PARA MÉDIA TENSÃO
O padrão de entrada para média tensão é a instalação incluindo
o ramal de entrada, poste particular, caixas, dispositivos de proteção,
aterramento, entre outros componentes de responsabilidade dos
consumidores.
a) Ramal de entrada: é o conjunto de condutores e acessórios
instalados pelos consumidores entre o ponto de entrega e a
proteção geral de média tensão ou medição de baixa tensão. A
instalação do ramal de entrada é feita pelo consumidor, porém, a
ligação no ponto de entrega será feita pela concessionária;
b) b) Poste: os postes particulares a serem utilizados na entrada da
unidade consumidora devem atender às especificações da
concessionária;
3.2 IDENTIFICAÇÃO
COMPONENTES PARA MÉDIA TENSÃO
c) Caixas: as caixas são subdivididas em caixa para medidor, caixa para
dispositivos de proteção e caixa para inspeção de aterramento:
- Caixa para medidor: é a caixa destinada à instalação do medidor
eletrônico e chave de aferição. É o dispositivo que possibilita a
retirada do medidor do circuito;
- Caixa para dispositivos de proteção: é a caixa destinada à instalação
do disjuntor de baixa tensão e transformadores de corrente;
- Caixa de inspeção de aterramento: caixa de alvenaria ou PVC, com
tampa de concreto ou aço, destinada a proteger a conexão entre o
condutor de aterramento e o eletrodo de aterramento, e a permitir a
realização de medições e inspeções periódicas.
3.2 IDENTIFICAÇÃO
COMPONENTES PARA MÉDIA TENSÃO
d) Dispositivos de proteção: são indispensáveis em instalações elétricas e
devem ser dimensionados conforme as prescrições das normas técnicas:
- Disjuntores de média tensão: devem atender às prescrições da ABNT NBR
14039 e das concessionárias, e devem ser instalados em cubículo próprio,
fixados a suportes rígidos. O disjuntor tripolar deve atender às
características mínimas estabelecidas pela concessionária;
- Disjuntores de baixa tensão: disjuntor em caixa moldada, com capacidade
de interrupção simétrica mínima de 30 kA;
- Para-raios: proteção contra descargas atmosféricas que deve seguir as
especificações de acordo com a tensão de alimentação, bem como a
especificação da concessionária;
3.2 IDENTIFICAÇÃO
COMPONENTES PARA MÉDIA TENSÃO
e) Aterramento: a malha de aterramento da subestação deve ser executada
pelo consumidor considerando o número mínimo de eletrodos, que depende
da capacidade de transformação da subestação e devem ser separados a
uma distância menor ou igual ao tamanho da haste:
- Capacidade de transformação da subestação menor ou igual a 150 kVA
serão necessários 4 (quatro) eletrodos;
- Capacidade de transformação da subestação maior que 150 kVA e menor
que 500 kVA serão necessários 8 (oito) eletrodos;
- Capacidade de transformação da subestação maior ou igual a 500 kVA
serão necessários 12 (doze) eletrodos.
f) Isoladores: devem ser utilizados isoladores que atendam às especificações
da norma da ABNT e prescrições da concessionária.
3.3 TIPOS: ALIMENTAÇÃO EM BAIXA TENSÃO E ALIMENTAÇÃO EM
MÉDIA TENSÃO
ALIMENTAÇÃO EM BAIXA TENSÃO
3.3 TIPOS: ALIMENTAÇÃO EM BAIXA TENSÃO E ALIMENTAÇÃO EM
MÉDIA TENSÃO
ALIMENTAÇÃO EM BAIXA TENSÃO
Ligação monofásica: tipo de rede instalado somente em clientes que
possuam a carga instalada menor que 15 kW. A rede monofásica é
alimentada a dois fios (um fase e um neutro) e tem tensão, aqui em
Pernambuco, de 220 V;
Condutor
Fase

Condutor
Neutro
3.3 TIPOS: ALIMENTAÇÃO EM BAIXA TENSÃO E ALIMENTAÇÃO EM
MÉDIA TENSÃO
ALIMENTAÇÃO EM BAIXA TENSÃO
Ligação trifásica: tipo de rede instalado em clientes que possuam a
carga instalada entre >15 kW e 75 kW. A rede trifásica é alimentada por
quatro fios (três fase e um neutro) e permite trabalhar com níveis de
tensão de 380 V (fase-fase) ou 220 V (fase-neutro). A ligação trifásica
permite um maior equilíbrio da rede elétrica, podendo fazer o
balanceamento de carga entre as fases.
Condutor
Neutro

Condutor
Fase
3.3 TIPOS: ALIMENTAÇÃO EM BAIXA TENSÃO E ALIMENTAÇÃO EM
MÉDIA TENSÃO
ALIMENTAÇÃO EM MÉDIA TENSÃO

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