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Ignatief 14.03.

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14.03S CONTINUAM INVESTIDAS DOS ESTADOS UNIDOS CONTRA


VENEZUELA

O legislador republicano Connie Mack submeteu à Casa dos


Representantes um projeto de resolução solicitando que o Governo inclua
a Venezuela no rol dos países apoiantes do terrorismo. Vamos pedir ao
nosso comentarista Ghennadi Sperski que dê sua opinião sobre esta
notícia.
A iniciativa seguiu-se às acusações feitas por George Bush contra o
presidente venezuelano Hugo Chávez de manter laços com as Forças
Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). Aquelas declarações
estavam baseadas em meras suposições, como já acontecera no caso do
Iraque, o qual teria criado um arsenal de armas de destruição em massa,
o que serviu de pretexto para a invasão dos Estados Unidos naquele país
do Oriente Médio. Agora, o congressista Mack desenvolve a iniciativa do
primeiro mandatário e não diz nada de novo.
Aí, vem uma pergunta à baila: para que tentar armas um escândalo
internacional se dias atrás havia sido tão dificilmente alcançado um
compromissos entre as partes envolvidas no conflito provocado pela
incursão de militares colombianos no território do Equador, se os
presidentes da Venezuela e Colômbia combinaram agilizar as relações
bilaterais após umas complicações diplomáticas? E mais: por que é que
Washington faz vista grossa ao apelo lançado por Hugo Chávez às
lideranças das FARC para adotarem os métodos de luta políticos? E por
que é que não se deu atenção à decisão dos presidentes Álvaro Uribe e
Hugo Chávez de “renovar o compromisso de confiança e colaboração
mútua para que tanto a Colômbia como a Venezuela não sejam vítimas de
grupos violentos, qualquer que seja sua origem”. Dentro em breve vai se
realizar um encontro pessoal dos dois dirigentes.
Ignatief 14.03.yyyy

A impressão que se cria é que, ao mesmo tempo que preconiza


verbalmente uma reconcliação civil na região andina, Washington tenta
meter uma cunha entre países vizinhos e fazer recair sobre a Venezuela a
responsabilidade pelo conflito entre a Colômbia e o Equador. Desde os
primeiros dias da chegada do Governo Chávez ao poder, a República
Bolivariana tem enfrentado uma pressão violenta por parte da
superpotência setentrional. Como nos anos ainda recentes, Washington
desejaria poder impor suas condições a um Estado soberano.Porém, na
minha opinião, restam-lhe cada vez menos possibilidades de pressionar
Caracas. Os Estados Unidos não conseguiram isolar politicamente a
Venezuela na região em volta, graças à solidariedade por parte da
Organização de Estados Americanos. No plano econômico, a Venezuela vai
desenvolvendo com sucesso a cooperação com o MERCOSUL. A classe
empresarial estadunidense tenta manter e ampliar sua presença no
mercado desse país que possui umas reservas gigantescas de
hidrocarbonetos. A diversificação dos contatos econômicos permitiu à
Venezuela ganhar parceiros grandes e influentes do tamanho da China,
Rússia, Índia e Irã. Tudo isso faz aumentar o prestígio internacional da
Venezuela e consolidarem-se suas posições no mundo contemporâneo.
Esta nota foi preparada para os amigos pelo nosso comentarista Ghennadi
Sperski.

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