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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA

ADRIANA DALLAGO REZZADORI

INTENSIDADE LUMINOSA NA FORMAÇÃO DE MUDAS DE Myrciaria


glazioviana (KIAERSK.) G. BARROSO & SOBRAL E Plinia rivularis
(CAMBESS.) A. D. ROTMAN

DISSERTAÇÃO

PATO BRANCO
2021
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA

ADRIANA DALLAGO REZZADORI

INTENSIDADE LUMINOSA NA FORMAÇÃO DE MUDAS DE Myrciaria


glazioviana (KIAERSK.) G. BARROSO & SOBRAL E Plinia rivularis
(CAMBESS.) A. D. ROTMAN

DISSERTAÇÃO

PATO BRANCO
2021
ADRIANA DALLAGO REZZADORI

INTENSIDADE LUMINOSA NA FORMAÇÃO DE MUDAS DE Myrciaria


glazioviana (KIAERSK.) G. BARROSO & SOBRAL E Plinia rivularis
(CAMBESS.) A. D. ROTMAN

Light intensity in the formation of seedlings of Myrciaria glazioviana


(Kiaersk.) G. Barroso & Sobral e Plinia rivularis (Cambess.) A. D.
Rotman

Dissertação apresentada como requisito parcial à


obtenção do título de Mestre em Agronomia - Área
de Concentração: Produção Vegetal da
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
(UTFPR).
Orientador: Américo Wagner Júnior

PATO BRANCO
2021

Esta licença permite o download e o compartilhamento da obra desde que


sejam atribuídos créditos ao(s) autor(es), sem a possibilidade de alterá-la
4.0 Internacional ou utilizá-la para fins comerciais.
Dedico:
Aos meus pais Romildo Dallago e Ivani T.H. Dallago.
Ao meu esposo Cleiton Rezzadori.
Ao nosso (a) futuro (a) filho (a).
Aos meus sogros Valdecir Rezzadori e Nelsi C. Rezzadori.
AGRADECIMENTOS

Certamente estes parágrafos não irão atender a todas as pessoas que fizeram
parte dessa importante fase de minha vida. Portanto, desde já peço desculpas aquelas que
não estão presentes entre essas palavras, mas elas podem estar certas que fazem parte
do meu pensamento e de minha gratidão.
Agradeço primeiramente a Deus por me conceder o dom da vida e estar
sempre presente em minha vida nos momentos mais difíceis e por me dar forças para
continuar e não desistir dos meus sonhos.
Aos meus pais Romildo e Ivani por sempre estarem do meu lado me
ensinando a ter respeito, educação e humildade, por sempre me apoiarem nas minhas
decisões, amo muito vocês.
Ao meu esposo Cleiton, que nunca deixou de me ajudar e de estar ao meu
lado nos momentos difíceis sempre me aconselhando, conversando, brincando,
protegendo, incentivando e apoiando. Por ser essa pessoa maravilhosa que é comigo e por
acreditar na minha capacidade, obrigada por me fazer feliz. Te amo.
A minha irmã Andreia por sempre me escutar e me mostrar o que é ter uma
irmã, ao meu cunhado Altemir que considero como meu irmão, sempre me protegendo, e
ao meu sobrinho Pietro, por me mostrar o significado de ser tia, obrigado por tudo. Amo
todos vocês.
Aos meus sogros Valdecir e Nelsi, que sempre estiveram ao meu lado, me
ajudando, conversando e apoiando, obrigada por tudo, adoro vocês.
Ao meu orientador Américo, que sempre me auxiliou em tudo e demonstrou
interesse em me apoiar nos trabalhos realizados se dedicando, sempre com atenção e
paciência para ensinar, só tenho a agradecer.
A todos os integrantes do grupo Myrtaceae, Juliano, Maira, Camila, Cristian,
Isadora, Kamila, Alexandre, Douglas, Alberto, Paula, Viviane, Clóvis, Caliandra, pela ajuda,
conversas, risadas e amizade. Em especial minha companheira de avaliações Larissa,
obrigada pela parceria de sempre.
Aos meus colegas Alexandre e Maikely pelas viagens até Pato Branco, pelas
risadas, conversas e pela amizade.
A UTFPR – Campus Pato Branco e ao PPGAG pela oportunidade da
realização do mestrado.
Aos professores da Pós-Graduação do PPGAG e PPGSIS por todo
conhecimento repassado.
A UTFPR – Campus Dois Vizinhos, pela oportunidade de poder conduzir este
trabalho. Obrigada pelo ambiente de laboratório e viveiro, e também ao pessoal da fazenda
que sempre prestou auxílio.
O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento
001.
Enfim, a todos os que por algum motivo ou outro contribuíram para a
realização deste trabalho.

OBRIGADA A TODOS!
OBRIGADA POR TUDO!
RESUMO

REZZADORI, Adriana Dallago. Intensidade luminosa na formação de mudas Myrciaria


glazioviana (Kiaersk.) G. Barroso & Sobral e Plinia rivularis (Cambess.) A. D. Rotman. 104
f. Dissertação (Mestrado em Agronomia) – Programa de Pós-Graduação em Agronomia
(Área de Concentração: Produção vegetal), Universidade Tecnológica Federal do Paraná
(UTFPR). Pato Branco, 2021.

A cabeludinha (Myrciaria glazioviana) e o guapuritizeiro (Plinia rivularis) são fruteiras nativas


do Brasil e pertencem a família Myrtaceae, que produzem frutos que podem ser consumidos
de forma in natura ou processados na forma de doce, geleias, iogurtes, bebidas. Podem
também ser utilizado nas indústrias de cosméticos e farmacêuticas, pelos teores de
antioxidantes presentes nos frutos. Porém, mesmo apresentando potencial de
comercialização e uso, estas fruteiras são historicamente negligenciadas e praticamente
não há ofertas de mudas a disposição do produtor. Dessa forma, torna-se necessário
buscar novos estudos para aprimorar os conhecimentos com estas duas espécies. O
objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito das diferentes intensidades luminosas na
formação de mudas de cabeludinha e guapuritizeiro. O trabalho foi realizado na
Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Câmpus Dois Vizinhos. As mudas de
cabeludinha e guapuritizeiro oriundas de sementes, foram transplantadas em vasos de 20
litros e acondicionadas em diferentes estruturas de sombreamento. O delineamento
experimental foi em blocos inteiramente casualizado, com esquema fatorial 5 x 4 (telas de
sombreamento x estação do ano), com 4 repetições de 5 plantas por unidade experimental.
Os tratamentos foram de acordo com os níveis de sombreamento, sendo estes, pleno sol,
50% de sombreamento com tela preta, 80% de sombreamento com tela preta, 35% tela
fotoconversora vermelha e 35% de sombreamento com tela preta. As variáveis analisadas
de crescimento foram comprimento total da parte aérea, diâmetro do caule, comprimento
do caule, número de brotações, comprimento de brotações, número de folhas, clorofila total,
massa fresca e seca da parte aérea e da raiz, comprimento total da planta, comprimento
da raiz, diâmetro do colo, número de raízes secundárias, volume do sistema radicular, área
foliar, índice de qualidade de Dickson. Obteve-se dados de temperatura, umidade relativa
do ar, intensidade luminosa e precipitação pluviométrica durante o período. Após dois anos
de avaliação, as mudas foram transplantadas para o campo, procedendo-se com análise
de sobrevivência e porcentagem de folhas queimadas pelo sol e caídas aos 20 dias. Os
dados obtidos foram submetidos ao teste de normalidade Lilliefors, as médias
transformadas ou não foram submetidas a análise de variância e ao teste de Duncan (α =
0,05). Para formação das mudas de cabeludinha pode-se utilizar ambiente de telado com
qualquer sombreamento, cuja única exceção fica para o pleno sol. Com guapuritizeiro os
ambientes não exerceram efeito para formação da muda, havendo somente
particularidades em determinadas estações do ano para incremento de algumas variáveis.
As mudas conduzidas em campo após o transplantio, apresentaram boa capacidade de
adaptação e sobrevivência independente da condição de sombreamento em que foram
formadas.

Palavras-chave: Myrtaceae. Fruteiras Nativas. Luminosidade. Guapuritizeiro.


Cabeludinha.
ABSTRACT

REZZADORI, Adriana Dallago. Light intensity in the formation of seedlings of Myrciaria


glazioviana (Kiaersk.) G. Barroso & Sobral e Plinia rivularis (Cambess.) A. D. Rotman. 104
f. Dissertation (Masters in Agronomy) - Graduate Program in Agronomy (Concentration
Area: Plant Production), Federal University of Technology - Paraná (UTFPR). Pato Branco,
2021.

The cabeludinha (Myrciaria glazioviana) and the guapuritizeiro (Plinia rivularis) are fruit trees
native to Brazil and belong to the Myrtaceae family, which produce fruits that can be
consumed in natura or processed in the form of jams, jellies, yoghurts, drinks. They can also
to be used in the cosmetics and pharmaceutical industries, due to the levels of antioxidants
present in the fruits. However, even with potential for commercialization and use, these fruit
species are historically neglected and there are practically no seedling offers available to
the producer. Thus, it is necessary to seek new studies to improve knowledge with these
two species. The objective of this study was to evaluate the effect of different light intensities
on the formation of cabeludinha and guapuritizeiro seedlings. The work was carried out at
Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Câmpus Dois Vizinhos. The cabeludinha and
guapuritizeiro seedlings from seeds were transplanted in 20-liter pots and placed in different
shading structures. The experimental design was in completely randomized blocks, with a 5
x 4 factorial scheme (shading level x season), with 4 repetitions of 5 plants per experimental
unit. The treatments were according to the shading levels, which are, full sun, 50% shading
with black screen, 80% shading with black screen, 35% red photoconverter screen and 35%
shading with black screen. The analyzed growth variables were total shoot length, stem
diameter, stem length, number of shoots, shoot length, number of leaves, total chlorophyll,
fresh and dry mass of shoot and root, total length of the plant, root length, trunk diameter,
number of secondary roots, volume of the root system, leaf área and Dickson´s quality index.
Data on temperature, relative humidity, light intensity and rainfall during the period were
obtained. After two years of evaluation, the seedlings were transplanted to the field,
proceeding with analysis of survival and percentage of leaves burned by the sun and fallen
at 20 days. The data obtained were submitted to the Lilliefors normality test, the transformed
means or not were subjected to analysis of variance and to the Duncan test (α = 0.05). For
the formation of cabeludinha seedlings, it is possible to use a screened environment with
any shade, the only exception of which is full sun. For guapuritizeiro the environments had
no effect on the formation of seedlings, with only particularities in certain seasons of the year
to increase some variables. The seedlings conducted in the field after transplantation,
showed good adaptability and survival regardless of the shade condition in which they were
formed.

Keywords: Myrtaceae. Native fruit trees. Luminosity. Guapuritizeiro. Cabeludinha.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Estruturas com telas de sombreamento. Da esquerda para a direita, tela de sombreamento 35%
preta; tela de sombreamento fotoconversora 35% vermelha; tela de sombreamento 80%; pleno sol e tela de
sombreamento 50%. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos, 2021. ....................................................................... 16

Figura 2 – Estruturas com telas de sombreamento, pleno sol (A1, A2), sombreamento de 50% (B1, B2),
sombreamento de 80% (C1, C2), fotoconversora vermelha de 35% (D1, D2) e sombreamento de 35% preta
(E1, E2). UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos, 2021. .......................................................................................... 17

Figura 3 – Temperaturas mínima, média e máxima (ºC) e, precipitação acumulada (mm) ocorridas durante o
período de dezembro de 2018 a novembro de 2020, obtidas da estação meteorológica do INMET (8º distrito
Meteorológico –– DISME), situada na UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos – PR, 2021. ................................... 23

Figura 4 – Temperaturas médias (ºC) ocorridas em cada mês de análise nos anos de 2019 e 2020, dentro
das estruturas de sombreamento de pleno sol, 50%, 80%, 35% V e 35%. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos –
PR, 2021. ......................................................................................................................................................... 24

Figura 5 – Umidade relativa média do ar (%) ocorridas em cada mês de análise nos anos de 2019 e 2020,
dentro das estruturas de sombreamento de pleno sol, 50%, 80%, 35% V e 35%. UTFPR – Câmpus Dois
Vizinhos – PR, 2021. ....................................................................................................................................... 25

Figura 6 – Iluminância (lux) avaliadas em cada mês de análise nos anos de 2019 e 2020, dentro das estruturas
de sombreamento de pleno sol, 50% e 35%. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos – PR, 2021. ........................ 26

Figura 7 – Incremento acumulado em comprimento total da parte aérea (cm) de mudas de cabeludinha
ocorridas em cada mês de análise nos anos de 2019 e 2020, dentro das estruturas de sombreamento de
pleno sol, 50%, 80%, 35% V e 35%. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos – PR, 2021. ..................................... 30

Figura 8 – Incremento acumulado em comprimento total da parte aérea (cm) das mudas de guapuritizeiro
ocorridas em cada mês de análise nos anos de 2019 e 2020, dentro das estruturas de sombreamento de
pleno sol, 50%, 80%, 35% V e 35%. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos – PR, 2021. ..................................... 46

Figura 9 – Temperatura média (ºC) e precipitação acumulada (mm) ocorridas durante os dias de avaliação
das mudas em condição de pomar, obtidas da estação meteorológica do INMET (8º distrito Meteorológico ––
DISME), situada na UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos – PR, 2021. ................................................................ 60

Figura 10 – Umidade relativa (%) e precipitação acumulada (mm) ocorridas durante os dias de avaliação das
mudas em condição de pomar, obtidas da estação meteorológica do INMET (8º distrito Meteorológico ––
DISME), situada na UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos – PR, 2021. ................................................................ 60

Figura 11 – Mudas de cabeludinha em condição de campo, 20 dias após transplantio. Pleno sol (A1), 50%
(A2), 80% (A3), 35% V (A4), 35% (A5), linha das mudas (A6). UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos – PR, 2021.
......................................................................................................................................................................... 62

Figura 12 – Mudas de cabeludinha em condição de campo, 20 dias após transplantio. Pleno sol (A1), 50%
(A2), 80% (A3), 35% V (A4), 35% (A5), linha das mudas (A6). UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos – PR, 2021.
......................................................................................................................................................................... 63
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Incremento em comprimento total da parte aérea (cm) de mudas de cabeludinha de acordo com
estações do ano de 2019 x condição de sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos - PR, 2021. ...... 29

Tabela 2 – Incremento em comprimento total da parte aérea (cm) de mudas de cabeludinha de acordo com
estações do ano de 2020 x condição de sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos - PR, 2021. ...... 29

Tabela 3 – Incremento total da parte aérea (cm) de mudas de cabeludinha de acordo com a condição de
sombreamento, comparando-se as diferenças entre a primeira e última avaliações. UTFPR – Câmpus Dois
Vizinhos - PR, 2021. ........................................................................................................................................ 31

Tabela 4 – Incremento em diâmetro do caule (mm) de mudas de cabeludinha de acordo com estações do ano
de 2019 x condição de sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos - PR, 2021................................... 33

Tabela 5 – Incremento em diâmetro do caule (mm) de mudas de cabeludinha de acordo com estações do ano
de 2020 x condição de sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos - PR, 2021................................... 33

Tabela 6 – Incremento em comprimento do caule (cm) de mudas de cabeludinha de acordo com estações do
ano de 2020 x condição de sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos - PR, 2021. .......................... 35

Tabela 7 – Incremento em número de brotações primárias de mudas de cabeludinha de acordo com estações
do ano de 2019 x condição de sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos - PR, 2021. ..................... 36

Tabela 8 – Comprimento de brotações primárias (cm) de mudas de cabeludinha de acordo com estações do
ano de 2019 x condição de sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos - PR, 2021. .......................... 36

Tabela 9 – Comprimento de brotações primárias (cm) de mudas de cabeludinha de acordo com estações do
ano de 2020 x condição de sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos - PR, 2021. .......................... 38

Tabela 10 – Número de folhas novas de mudas de cabeludinha de acordo com estações do ano de 2019 x
condição de sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos - PR, 2021. .................................................. 40

Tabela 11 – Número de folhas novas de mudas de cabeludinha de acordo com estações do ano de 2020 x
condição de sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos - PR, 2021. .................................................. 40

Tabela 12 – Clorofila total de mudas de cabeludinha de acordo com estações do ano de 2019 x condição de
sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos - PR, 2021. ....................................................................... 41

Tabela 13 – Clorofila total de mudas de cabeludinha de acordo com estações do ano de 2020 x condição de
sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos - PR, 2021. ....................................................................... 41

Tabela 14 – Área foliar (cm2), arquitetura de plantas, Índice de qualidade de Dickson, volume do sistema
radicular (cm3), massa fresca da raiz, massa seca da raiz de mudas cabeludinha de acordo com condição de
sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos - PR, 2021. ....................................................................... 42

Tabela 15 – Massa fresca, seca da parte aérea e massa seca total (g) de mudas cabeludinha de acordo com
condição de sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos - PR, 2021. .................................................. 43

Tabela 16 – Comprimentos totais e de raiz (cm) e, número de raízes secundárias, diâmetro do colo (mm) de

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mudas cabeludinha de acordo com condição de sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos - PR, 2021.
......................................................................................................................................................................... 44

Tabela 17 – Incremento em comprimento total da parte aérea (cm) de mudas de guapuritizeiro de acordo com
estações do ano de 2019 x condição de sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos - PR, 2021. ...... 45

Tabela 18 – Incremento em comprimento total da parte aérea (cm) de mudas de guapuritizeiro de acordo com
estações do ano de 2020 x condição de sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos - PR, 2021. ...... 45

Tabela 19 – Incremento total da parte aérea (cm) de mudas de guapuritizeiro de acordo com a condição de
sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos - PR, 2021. ....................................................................... 47

Tabela 20 – Incremento em diâmetro do caule (mm) de mudas de guapuritizeiro de acordo com estações do
ano de 2019 x condição de sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos - PR, 2021. .......................... 48

Tabela 21 – Incremento em diâmetro do caule (mm) de mudas de guapuritizeiro de acordo com estações do
ano de 2020 x condição de sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos - PR, 2021. .......................... 49

Tabela 22 – Incremento em comprimento do caule (cm) de mudas de guapuritizeiro de acordo com estações
do ano de 2019 x condição de sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos - PR, 2021. ..................... 50

Tabela 23 – Incremento em comprimento do caule (cm) de mudas de guapuritizeiro de acordo com estações
do ano de 2020 x condição de sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos - PR, 2021. ..................... 50

Tabela 24 – Incremento em número de brotações primárias de mudas de guapuritizeiro de acordo com


estações do ano de 2019 x condição de sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos - PR, 2021. ...... 51

Tabela 25 – Incremento em número de brotações primárias de mudas de guapuritizeiro de acordo com


estações do ano de 2020 x condição de sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos - PR, 2021. ...... 52

Tabela 26 – Comprimento de brotações primárias (cm) de mudas de guapuritizeiro de acordo com estações
do ano de 2019 x condição de sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos - PR, 2021. ..................... 53

Tabela 27 – Comprimento de brotações primárias (cm) de mudas de guapuritizeiro de acordo com estações
do ano de 2020 x condição de sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos - PR, 2021. ..................... 54

Tabela 28 – Número de folhas novas de mudas de guapuritizeiro de acordo com estações do ano de 2019 x
condição de sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos - PR, 2021. .................................................. 55

Tabela 29 – Número de folhas novas de mudas de guapuritizeiro de acordo com estações do ano de 2020 x
condição de sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos - PR, 2021. .................................................. 55

Tabela 30 – Clorofila total de mudas de guapuritizeiro de acordo com estações do ano de 2019 x condição de
sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos - PR, 2021. ....................................................................... 57

Tabela 31 – Clorofila total de mudas de guapuritizeiro de acordo com estações do ano de 2020 x condição de
sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos - PR, 2021. ....................................................................... 57

Tabela 32 – Área foliar (cm2), diâmetro de colo (mm), massa fresca da parte aérea (g), massa fresca da raiz
(g), massa seca da parte aérea (g), massa seca da raiz (g), massa seca total (g) de mudas de guapuritizeiro
de acordo com a condição de sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos - PR, 2021. ...................... 58

Tabela 33 – Arquitetura de planta, Índice de qualidade de Dickson, comprimento total (cm), comprimento da
raiz (cm), número de raízes, volume do sistema radicular (cm3) de mudas guapuritizeiro de acordo com
condição de sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos - PR, 2021. .................................................. 59

Tabela 34 – Folhas caídas e queimadas durante os dias de avaliação das mudas de cabeludinha em condição
de campo. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos - PR, 2021. ............................................................................... 62

Tabela 35 – Folhas caídas e queimadas durante os dias de avaliação das mudas de guapuritizeiro em
condição de campo. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos - PR, 2021. ................................................................ 63
LISTA DE SIGLAS E ACRÔNIMOS

PR Unidade da Federação – Paraná


UTFPR Universidade Tecnológica Federal do Paraná
DV Município de Dois Vizinhos
PB Município de Pato Branco
PPGAG Programa de pós-graduação em Agronomia
PPGSIS Programa de pós-graduação em Agroecossistemas
INMET Instituto Nacional de Meteorologia
IQD Índice de qualidade de Dickson

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LISTA DE ABREVIATURAS

ºC Graus célsius
cm Centímetro
cm2 Centímetro quadrado
g Grama
h Hora
Kg Quilograma
L Litro
m Metros
mm Milímetro
v/v Volume por volume
LISTA DE SÍMBOLOS

α Alfa
= Igual
< Menor que
> Maior que
≤ Menor ou igual que
≥ Maior ou igual que
% Porcentagem
º Graus
± Desvio padrão
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 7
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................................ 9
2.1 FAMÍLIA MYRTACEAE ............................................................................................... 9
2.3 CABELUDINHA ........................................................................................................ 10
2.2 GUAPURITIZEIRO ................................................................................................... 11
2.4 INTENSIDADE LUMINOSA ..................................................................................... 12
3 MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................................... 15
3.1 DETERMINAÇÃO DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO ........................... 18
3.2 VARIÁVEIS METEOROLÓGICAS ............................................................................ 20
3.3 AVALIAÇÃO DE SOBREVIVÊNCIA E ADAPTAÇÃO DAS MUDAS DE CABELUDINHA
E GUAPURITIEIRO CONDUZIDAS EM DIFERENTES INTENSIDADES LUMINOSAS
EM CAMPO .................................................................................................................... 21
3.4 ANÁLISES ESTATÍSTICAS ...................................................................................... 22
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................................... 23
4.1 CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS DURANTE CONDUÇÃO DO EXPERIMENTO23
4.2 CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS DENTRO DAS ESTRUTURAS DE
SOMBREAMENTO ........................................................................................................ 24
4.3 CRESCIMENTO DAS MUDAS................................................................................. 27
4.3.1 Cabeludinha....................................................................................................... 27
4.3.2 Guapuritizeiro .................................................................................................... 44
4.4 COMPORTAMENTO INICIAL DAS MUDAS TRANSPLANTADAS A CAMPO, APÓS
SEREM FORMADAS EM DISTINTAS CONDIÇÕES DE SOMBREAMENTO ............... 60
5 CONCLUSÕES .............................................................................................................. 64
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................... 66
REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 67
APÊNDICES ...................................................................................................................... 77
APÊNDICE A – Análise de variância (ANOVA) para a variável incremento em altura total
(cm) de mudas de cabeludinha no ano de 2019, de acordo com as estações do ano x
sombreamento. UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020. ....................................................... 78
APÊNDICE B – Análise de variância (ANOVA) para a variável incremento em altura total
(cm) de mudas de cabeludinha no ano de 2020, de acordo com as estações do ano x
sombreamento. UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020. ....................................................... 78
APÊNDICE C – Análise de variância (ANOVA) para a variável diâmetro do caule (cm) de
mudas de cabeludinha no ano de 2019, de acordo com as estações do ano x
sombreamento. UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020. ....................................................... 78
APÊNDICE D – Análise de variância (ANOVA) para a variável diâmetro do caule (cm) de
mudas de cabeludinha no ano de 2020, de acordo com as estações do ano x
sombreamento. UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020. ....................................................... 79
APÊNDICE E – Análise de variância (ANOVA) para a variável comprimento do caule (cm)
de mudas de cabeludinha no ano de 2020, de acordo com as estações do ano x
sombreamento. UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020. ....................................................... 79
APÊNDICE F – Análise de variância (ANOVA) para a variável número de brotações de
mudas de cabeludinha no ano de 2019, de acordo com as estações do ano x
sombreamento. UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020. ....................................................... 80
APÊNDICE G – Análise de variância (ANOVA) para a variável comprimento de brotações
(cm) de mudas de cabeludinha no ano de 2019, de acordo com as estações do ano x
sombreamento. UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020. ....................................................... 80
APÊNDICE H – Análise de variância (ANOVA) para a variável comprimento de brotações
(cm) de mudas de cabeludinha no ano de 2020, de acordo com as estações do ano x
sombreamento. UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020. ....................................................... 80
APÊNDICE I – Análise de variância (ANOVA) para a variável número de folhas de mudas
de cabeludinha no ano de 2019, de acordo com as estações do ano x sombreamento.
UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020.................................................................................. 81
APÊNDICE J – Análise de variância (ANOVA) para a variável número de folhas de mudas
de cabeludinha no ano de 2020, de acordo com as estações do ano x sombreamento.
UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020.................................................................................. 81
APÊNDICE K – Análise de variância (ANOVA) para a variável clorofila total de mudas de
cabeludinha no ano de 2019, de acordo com as estações do ano x sombreamento.
UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020.................................................................................. 82
APÊNDICE L – Análise de variância (ANOVA) para a variável clorofila total de mudas de
cabeludinha no ano de 2020, de acordo com as estações do ano x sombreamento.
UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020.................................................................................. 82
APÊNDICE M – Análise de variância (ANOVA) para a variável massa fresca da parte
aérea de mudas de cabeludinha, de acordo com os tratamentos de intensidade luminosa.
UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020.................................................................................. 82
APÊNDICE N – Análise de variância (ANOVA) para a variável massa seca da parte aérea
de mudas de cabeludinha, de acordo com os tratamentos de intensidade luminosa.
UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020.................................................................................. 83
APÊNDICE O – Análise de variância (ANOVA) para a variável massa seca total de mudas
de cabeludinha, de acordo com os tratamentos de intensidade luminosa. UTFPR, Dois
Vizinhos - PR, 2020........................................................................................................ 83
APÊNDICE P – Análise de variância (ANOVA) para a variável comprimento total de
mudas de cabeludinha, de acordo com os tratamentos de intensidade luminosa. UTFPR,
Dois Vizinhos - PR, 2020. .............................................................................................. 83
APÊNDICE Q – Análise de variância (ANOVA) para a variável comprimento da raiz de
mudas de cabeludinha, de acordo com os tratamentos de intensidade luminosa. UTFPR,
Dois Vizinhos - PR, 2020. .............................................................................................. 84
APÊNDICE R – Análise de variância (ANOVA) para a variável número de raízes
secundárias de mudas de cabeludinha, de acordo com os tratamentos de intensidade
luminosa. UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020. ................................................................ 84
APÊNDICE S – Análise de variância (ANOVA) para a variável diâmetro de colo de mudas
de cabeludinha, de acordo com os tratamentos de intensidade luminosa. UTFPR, Dois
Vizinhos - PR, 2020........................................................................................................ 84
APÊNDICE T – Análise de variância (ANOVA) para a variável área foliar de mudas de
cabeludinha, de acordo com os tratamentos de intensidade luminosa. UTFPR, Dois
Vizinhos - PR, 2020........................................................................................................ 85
APÊNDICE U – Análise de variância (ANOVA) para a variável comprimento total da parte
aérea (cm) de mudas de guapuritizeiro no ano de 2019 de acordo com as estações do
ano x sombreamento. UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020. ............................................. 85
APÊNDICE V – Análise de variância (ANOVA) para a variável comprimento total da parte
aérea (cm) de mudas de guapuritizeiro no ano de 2020 de acordo com as estações do
ano x sombreamento. UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020. ............................................. 85
APÊNDICE W – Análise de variância (ANOVA) para a variável diâmetro do caule (mm)
de mudas de guapuritizeiro no ano de 2019 de acordo com as estações do ano x
sombreamento. UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020. ....................................................... 86
APÊNDICE X – Análise de variância (ANOVA) para a variável diâmetro do caule (mm) de
mudas de guapuritizeiro no ano de 2020 de acordo com as estações do ano x
sombreamento. UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020. ....................................................... 86
APÊNDICE Y – Análise de variância (ANOVA) para a variável comprimento do caule (cm)
de mudas de guapuritizeiro no ano de 2019 de acordo com as estações do ano x
sombreamento. UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020. ....................................................... 87
APÊNDICE Z – Análise de variância (ANOVA) para a variável comprimento do caule (cm)
de mudas de guapuritizeiro no ano de 2020 de acordo com as estações do ano x
sombreamento. UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020. ....................................................... 87
APÊNDICE AA – Análise de variância (ANOVA) para a variável número de brotações de
mudas de guapuritizeiro no ano de 2019 de acordo com as estações do ano x
sombreamento. UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020. ....................................................... 87
APÊNDICE AB – Análise de variância (ANOVA) para a variável número de brotações de
mudas de guapuritizeiro no ano de 2020 de acordo com as estações do ano x
sombreamento. UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020. ....................................................... 88
APÊNDICE AC – Análise de variância (ANOVA) para a variável comprimento de
brotações (cm) de mudas de guapuritizeiro no ano de 2019 de acordo com as estações
do ano x sombreamento. UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020. ........................................ 88
APÊNDICE AD – Análise de variância (ANOVA) para a variável comprimento de
brotações (cm) de mudas de guapuritizeiro no ano de 2020 de acordo com as estações
do ano x sombreamento. UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020. ........................................ 89
APÊNDICE AE – Análise de variância (ANOVA) para a variável número de folhas de
mudas de guapuritizeiro no ano de 2019 de acordo com as estações do ano x
sombreamento. UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020. ....................................................... 89
APÊNDICE AF – Análise de variância (ANOVA) para a variável número de folhas de
mudas de guapuritizeiro no ano de 2020 de acordo com as estações do ano x
sombreamento. UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020. ....................................................... 89
APÊNDICE AG – Análise de variância (ANOVA) para a variável clorofila total de mudas
de guapuritizeiro no ano de 2019 de acordo com as estações do ano x sombreamento.
UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020.................................................................................. 90
APÊNDICE AH – Análise de variância (ANOVA) para a variável clorofila total de mudas
de guapuritizeiro no ano de 2020 de acordo com as estações do ano x sombreamento.
UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020.................................................................................. 90
APÊNDICE AI – Análise de variância (ANOVA) para a variável área foliar de mudas de
guapuritizeiro, de acordo com os tratamentos de intensidade luminosa. UTFPR, Dois
Vizinhos - PR, 2020........................................................................................................ 91
7
1 INTRODUÇÃO

O Brasil é um dos maiores produtores de frutas e considerado um dos


principais centros de diversidade genética do mundo, dispondo de amplo território
para exploração comercial, com condições edafoclimáticas favoráveis para o
desenvolvimento do agronegócio, envolvendo a fruticultura de clima tropical,
subtropical e temperada (NATALE, 2003).
A maioria dos pomares comerciais existentes no Brasil é de espécies
exóticas, trazida pelos imigrantes europeus, negligenciando as fruteiras nativas
(DOTTO, 2015), o que proporciona ainda pouco conhecimento sobre a grande maioria
destas espécies (FRANZON, 2008).
Algumas espécies de fruteiras nativas, principalmente da família
Myrtaceae, apresentam potencial para exploração econômica, cujos frutos podem ser
destinados ao mercado de consumo in natura, de processados gerando produtos
como geleias, doces, bebidas, sorvetes, picolés, iogurtes e, até explorado pelas
indústrias de cosméticos (RUFINO, 2008) e farmacêutica. Esta última destinação é
devido às frutas apresentarem características antioxidantes, podendo auxiliar na
prevenção de algumas doenças (TEIXEIRA et al., 2008).
Isso faz com que tais fruteiras nativas se tornem opção de cultivo, cujo
fim pode ser destinado para pomares, fundos de quintais ou para ornamentação de
áreas urbanas. Todavia, não existem disponíveis muitas informações quanto aos
aspectos de cultivo envolvendo as fruteiras nativas, principalmente quando envolve
aquelas pouco conhecidas pela maioria da população brasileiras, como a cabeludinha
[Myrciaria glazioviana (Kiaersk.) G. Barroso & Sobral] e o guapuritizeiro [Plinia rivularis
(Cambess.) A. D. Rotman], o que expõe as mesmas ao risco de extinção.
Os frutos de cabeludinha são ricos em vitamina C (SOBRINHO et al.,
1955), possuem polpa suculenta de sabor doce-acidulado e muito apreciados para o
consumo in natura (LORENZI, 2002), além da fabricação de geleias e refrescos
(SUGUINO, 2006). Ainda, os frutos são importantes para a fauna, servindo de
alimento para os pássaros que atuam como dispersores das sementes (GAGETTI et
al., 2016).
O guapuritizeiro por ser árvore com potencial ornamental, pode ser
8
utilizado para arborização urbana (LATTUATA; PEZZI; SOUZA, 2018). Os frutos
apresentam atributos que tornam atrativos para os consumidores, como a sua
aparência, rendimento de polpa, sabor, aroma e valor nutritivo (FONSECA et al.,
2003). A cor do fruto é característica de qualidade bastante atrativa (CHITARRA,
1994).
Para reverter tal situação de desconhecimento por parte da grande
maioria da população ou pelo negligenciamento de outros é necessário obter
informações básicas de tais fruteiras. Dotto (2015) relatou que para condução de
pomares comerciais produtivos e rentáveis é necessário além da escolha do genótipo,
o uso de mudas de qualidade.
O primeiro fator a ser observado diz respeito a tolerância ou melhor
luminosidade para que a planta possa sobreviver e expressar sua máxima capacidade
genética, pois são plantas encontradas na mata, em condição de luminosidade
restrita, fazendo com que talvez não suportem a condição de pleno sol, informação
que é necessária e importante para produção de mudas em viveiro ou cultivo em
campo.
Tais informações ainda são pouco exploradas na produção de mudas
envolvendo as fruteiras nativas, cujas exceções são para jabuticabeira (DOTTO,
2015), pitangueira (STEFENI, 2018) e guabijuzeiro (VOSS, 2020). Dessa forma, como
ainda não existem informações sobre o crescimento e desenvolvimento de mudas de
cabeludinha e guapuritizeiro, torna-se imprescindível estudá-las.
O presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de diferentes
intensidades luminosas sobre crescimento de mudas de cabeludinha e guapuritizeiro.
9
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 FAMÍLIA MYRTACEAE

Na região Sul do Brasil, a fruticultura nativa possui papel importante,


porém pouco explorada comercialmente, cuja produção está concentrada em plantas
isoladas em fundo de quintais ou em matas prevalecendo o extrativismo, nos quais a
maior ênfase está nas espécies da família Myrtaceae (DONADIO, 2000).
Myrtaceae é família que possui aproximadamente 142 gêneros e mais
de 5500 espécies de árvores e arbustos (WILSON, 2011), nos quais estão presentes
desde a América do Sul até a América do Norte, Austrália e Sudeste da Ásia,
principalmente nos países de clima tropical e subtropical e, com algumas espécies se
adaptando ao clima temperado (WILSON et al., 2001). No Brasil existem cerca de
1000 espécies distribuídas em 26 gêneros (LORENZI; SOUZA, 2008).
Esta família está subdividida em duas subfamílias, sendo elas
Leptospermoideae, cujos frutos são do tipo cápsula, com folhas alternadas ou opostas
e de ocorrência predominante na Austrália e Polinésia e, a Myrtoideae, a qual a família
Myrtaceae faz parte, com frutos tipo baga e folhas opostas, com ocorrência nas
Américas Tropical e Subtropical (JUDD et al., 2002).
Em todo território brasileiro pode-se encontrar em abundância espécies
nativas pertencentes a família Myrtaceae. A maioria das espécies desta família
apresentam frutos comestíveis, que as tornam apreciadas pela fauna (SOUZA et al.,
2011).
Segundo Franzon e Raseira (2013), tais frutos desta família, apresentam
potencialidades econômicas que atualmente são pouco exploradas. Os frutos podem
ser consumidos in natura ou na forma de produtos processados como geleias,
iogurtes, sorvetes, sucos, licores ou ainda utilizados pela indústria de cosméticos, por
meio dos óleos essenciais extraídos das folhas e outras partes da planta, além da
indústria farmacêutica, por apresentarem vitaminas e substâncias antioxidantes
interessantes para o consumo humano.
Algumas espécies desta família já são mais conhecidas comercialmente,
com valor econômico significativo quando comparado as outras, como no caso do
10
eucalipto (Eucalyptus spp.) cuja origem é da Austrália, sendo muito utilizado no ramo
da produção de madeira e de aromatizantes. No caso das fruteiras, a goiabeira é a
mais conhecida e explorada comercialmente, cujos frutos são comercializados in
natura e industrializados (FRANZON et al., 2009).
Todavia, têm-se outras fruteiras desta família que produzem frutos
comestíveis, com potencialidade de uso, mas que ainda são pouco exploradas
comercialmente, nas quais incluem-se como exemplos, a cerejeira-da-mata (Eugenia
involucrata DC.), guabirobeira (Campomanesia xanthocarpa Berg), guabijuzeiro
(Myrciathes pungens), ameixeira-da-mata (Eugenia candolleana), sete capoteiro
(Campomanesia guazumifolia), cabeludinha [Myrciaria glazioviana (Kiaersk.) G.
Barroso & Sobral] e o guapuritizeiro [Plinia rivularis (Cambess.) A. D. Rotman],
pitangueira (Eugenia uniflora L.) e jabuticabeira (Plinia sp.) (DANNER et al., 2010). As
duas últimas espécies citadas possuem algum tipo de produção comercial,
concentrada em específicas regiões, onde prevalece o extrativismo durante a colheita,
demonstrando assim a necessidade da implantação de pomares para alavancar esse
potencial (HÖSSEL et al., 2013).
Contudo, o fato da não exploração comercial das espécies nativas, faz
com que não se tenha estudos para sua utilização e manejo, o que gera sérios
problemas de perda de valioso material genético na natureza, por não utilizar e
conservar (LANDRUM; KAWASAKI, 1997), principalmente quando se trata daquelas
pouco conhecidas como a cabeludinha e guapuritizeiro.

2.3 CABELUDINHA

A cabeludinha [Myrciaria glazioviana (Kiaersk.) G. Barroso & Sobral]


pertencente à família Myrtaceae, é espécie nativa do Brasil de clima tropical, originária
dos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo e parte do sul de Minas Gerais (LORENZI
et al., 2006). Ela também é conhecida popularmente como jabuticaba amarela. O
nome cabeludinha é devido a característica de possuir grande quantidade de tricomas
sobre os frutos e partes verdes da planta.
Esta fruteira apresenta potencial medicinal (SOBRINHO et al., 1955),
com alto teor de ácido ascórbico (MALAVOLTA et al., 1956) e propriedades
11
antimicrobiana positiva (SERAFIN et al., 2007) e analgésicas.
A cabeludinha é arbusto grande ou arvoreta perenifólia de 2 a 4 m de
altura, com copa densa cujos ramos quase tocam o solo. As partes mais jovens da
planta são cobertas por pelos de coloração branca, com muitas ramificações desde a
base. As folhas são opostas de cor verde-escuro, nervura principal proeminente com
predominância de pilosidade por sua superfície. As flores são de cor branca,
aglomeradas, pequenas quase sésseis e axilares. A floração ocorre de abril a junho
(SOBRINHO et al., 1955; LORENZI et al., 2006).
Os frutos são do tipo baga, globosa e coroado por cicatriz dos restos de
flor, casca grossa de cor amarelo-cenário, pilosos e possui de uma a duas sementes
graúdas, com sabor adstringente (LORENZI, 2002). Os frutos podem ser consumidos
de forma in natura, com sabor agradável, levemente ácido e ricos em vitaminas. A
planta pode ser utilizada para ornamentação, devido suas densas ramificações,
sofisticada copa e folhagem verde-escura (LORENZI, 2002).
Segundo Guimarães et al. (2018), estudos relacionados a características
agronômicas, como exigências ecofisiológicas e, técnicas de propagação e de cultivos
são inexistentes para cabeludinha.
Guimarães et al. (2018) testaram sombreamentos na germinação e vigor
de sementes de cabeludinha, concluindo que na fase de germinação e plântula, é
possível que a cabeludinha apresente bons resultados em plantios mistos de
produção ou regeneração, com dossel mais fechado, tolerando menor luminosidade.
As sementes de cabeludinha são recalcitrantes, com redução do poder
germinativo ao reduzir o teor de água (DOUSSEAU et al., 2011), possuindo dormência
fisiológica que é superada pelo uso de ácido giberélico ou Stimulate® (PINTO, 2016).

2.2 GUAPURITIZEIRO

O guapuritizeiro [P. rivularis (Cambess.) A. D. Rotman], espécie


pertencente à família Myrtaceae (KINUPP, 2007), tem ocorrência natural no Brasil,
Argentina, Paraguai e Uruguai. No Brasil a fruteira é encontrada desde o Rio Grande
do Sul até o Pará (SOBRAL, 2003).
Esta fruteira apresenta árvore de copa globular, medindo até 15 metros
12
de altura, com folhas glabras, lanceoladas, lanceolado-oblongas ou elípticas de
filotaxia oposta. Os frutos são globosos com até 20 mm de diâmetro, pretos quando
maduros. A floração ocorre de julho a setembro e a maturação dos frutos em outubro
(SOBRAL, 2003). No sul do Brasil, a floração do acesso estudado ocorreu entre
setembro e outubro e, a maturação dos frutos entre dezembro e janeiro (LATTUATA;
PEZZI; SOUZA, 2018).
Os dados de diâmetro longitudinal e transversal caracteriza o fruto de
forma levemente achatada, tendo de uma a três sementes. O fruto como baga
globosa, lisa, com polpa suculenta, de sabor doce e agradável (LORENZI et al., 2006).
Os frutos de espécies que pertencem ao gênero Plinia são globosos de uma a duas
sementes (SOBRAL, 2003), com baixo rendimento de polpa, cerca de 19 e 46%,
sendo em frutos com casca verde, reduzindo-se estes valores ao se tornarem maturos
(LATTUATA; PEZZI; SOUZA, 2018).
O guapuritizeiro pode apresentar grande potencial para arborização
urbana, como também exploração comercial agrícola, pois o interesse em fruteiras
nativas vem aumentando, incentivando novas pesquisas sobre qualidade dos frutos,
além das características nutricionais (LATTUATA; PEZZI; SOUZA, 2018).
A propagação do guapuritizeiro pode ser realizada por sementes, porém
o uso das técnicas de propagação de forma assexuada são praticamente inexistentes.
As poucas informações existentes indicam que estacas apicais são mais responsivas
que intermediárias na propagação da espécie (PRADELLA, 2012).

2.4 INTENSIDADE LUMINOSA

Na mata, a luz que atravessa o dossel que chega até as plantas, sofre
mudanças consideráveis na intensidade luminosa e na duração e qualidade, o que
pode causar mudanças morfológicas e fisiológicas nas plantas. Estas mudanças,
podem ser favoráveis ou não para o crescimento e desenvolvimento adequado,
garantindo assim a perpetuação da espécie (DOTTO, 2015; MORAES NETO et al.,
2000).
As plantas podem gerar diferentes respostas fisiológicas, através da
modificação dos níveis de luminosidade em que elas estão adaptadas, alterando a
13
expressão gênica dos indivíduos e consequentemente alterando a forma de
crescimento (ATROCH et al., 2001).
As folhas de plantas que crescem em ambiente que possua sombra,
mostram modificações nas características morfológicas, fotossintéticas, bioquímicas,
de organização celular, no mesófilo e na frequência estomática em relação aquelas
de ambiente de maior irradiância (SCHLUTER et al., 2003).
A capacidade adaptativa das espécies em relação às condições de
radiação solar podem ser maiores ou menores dependendo do ajuste fotossintético
das plantas, que pode garantir maior eficiência na conversão da energia radiante em
carboidratos, obtendo-se aumento no crescimento (CAMPOS; UCHIDA, 2002).
Segundo Fanti; Perez (2003), a necessidade da quantidade de luz e da
qualidade variam de espécie para espécie. Portanto, é preciso realizar análises de
crescimento para buscar indicar níveis de tolerância ao sombreamento mais
apropriado para cada espécie de planta.
Para determinar o nível apropriado de luminosidade de cada espécie,
telas de sombreamento são vastamente utilizadas. Estas influenciam em vários
aspectos do desenvolvimento vegetativo e reprodutivo (STAMPS, 2009; SHAHAK,
2014). No entanto, o uso afeta as condições ambientais (umidade, luminosidade e
temperatura) além de fornecer proteção física dos riscos ambientais (granizo, vento,
pragas e radiação excessiva), o que pode alterar a proporção relativa de luz difusa no
ambiente, absorvendo ou refletindo diferentes comprimentos de ondas, alterando-se
a qualidade da luz (PÉREZ et al., 2006).
Alguns estudos sobre crescimento de plantas com diferentes telas de
sombreamento foram e vem sendo realizados na Universidade Tecnológica Federal
do Paraná, cujos resultados indicaram tela de sombreamento de 50% na produção de
mudas de jabuticabeiras Açú-Paulista (Plinia cauliflora) (DOTTO, 2015) e híbrida
(PORTO, 2018); 35% ou 50% para mudas de pitangueira (Eugenia uniflora)
(STEFENI, 2018) e tela 35% para guabijuzeiro (Myrcianthes pungens) (VOSS, 2020),
todas de coloração preta. Em condição de pomar, para jabuticabeiras híbridas,
recomendou-se telas de 35% ou 50% (PORTO, 2018).
Com mudas de cafeeiro, Paiva et al. (2003), verificaram maior
crescimento utilizando sombreamento de 50%, comparando com as mudas mantidas
14
em condição de pleno sol, 30% e 90% de sombreamento.
Ao avaliar mudas de uvaieira, pitangueira, araçazeiro e guabijuzeiro,
Nunes (2013), obteve bons resultados em crescimento da parte aérea com o
sombreamento 50% nas cores preta e vermelha. Scalon et al. (2001) observaram nas
mudas de pitangueira expostas a condição de pleno sol, maiores médias na altura,
diâmetro do caule, área foliar e massa seca total em relação as mudas mantidas em
condições de sombreamento de 50% e 70%.
Além das usuais telas de sombreamento pretas, as telas de outras
colorações também vêm sendo muito utilizadas (TAIZ; ZEIGER, 2013). Elas causam
mudanças no espectro de radiação disponível para a planta, o que proporciona
adaptações metabólicas no sistema fotossintético (TAIZ; ZEIGER, 2013).
Resultados promissores, em culturas anuais, foram verificados por
Hirata (2014), cuja tela vermelha modificou a intensidade e o espectro de luz, além da
temperatura, proporcionando maior desenvolvimento em altura e em área foliar no
inverno com rúcula (Eruca sativa).
Da mesma forma, foi verificado por Silva et al. (2016), com o uso da tela
de sombreamento vermelha de 50% na produção de Physalis. Essa mesma tela foi
recomendada por Brant et al. (2008) para Melissa officinalis (L.) e por Souza et al.
(2016) para Alpinia purpuratao.
Como para cabeludinha e guapuritizeiro tais informações são restritas,
mas por outro lado necessárias para formação de suas mudas estudar-se-á se os
aspectos de luminosidade são pertinentes visando obter num primeiro momento
mudas de qualidade.
15
3 MATERIAL E MÉTODOS

O trabalho foi realizado na Unidade de Ensino e Pesquisa – Viveiro de


Produção de Mudas Hortícolas, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná –
Câmpus Dois Vizinhos, durante o período de dezembro de 2018 a dezembro de 2020.
A área está localizada na região ecoclimática do Sudoeste do Paraná
com latitude de 25°42”S, longitude de 53°06”W e altitude média de 520 metros, com
solo predominante classificado como Latossolo Vermelho, com clima segundo a
classificação de Köppen Cfa - Clima subtropical, cujas temperaturas média no mês
mais frio é inferior a 18°C (mesotérmico) e média no mês mais quente acima de 22°C,
com verões quentes, pouca frequência de geadas e tendência de concentração das
chuvas nos meses de verão, sem estação seca definida (ALVARES et al, 2013).
Foram utilizadas mudas de cabeludinha [M. glazioviana (Kiaersk.) G.
Barroso & Sobral] e guapuritizeiro [P. rivularis (Cambess.) A. D. Rotman], ambas
provindas de sementes de frutos fisiologicamente maduros, colhidos de várias
matrizes de produtor rural de São Jorge D’ Oeste – PR. Para obtenção destas mudas,
os frutos de guapuritizeiro foram coletados na segunda quinzena de setembro de 2017
e a cabeludinha meados de novembro de 2017. Após coleta, foi realizada a extração
manual das sementes dos frutos e para retirada da mucilagem foi utilizado pectinase
na concentração a 1%, deixando-se a polpa com as sementes imersas em água por
24 horas. Posteriormente, as sementes foram colocadas sobre papel toalha
permanecendo por 24 horas a sombra, em temperatura ambiente de laboratório,
visando a retirada do excesso de umidade.
As sementes extraídas foram colocadas para germinar em caixas
plásticas com areia, em ambiente de telado, cuja cobertura envolveu telas de
sombreamento de 50% de luminosidade. Após germinação das sementes e
emergência das plântulas, fez-se seu transplantio quando apresentavam quatro folhas
expandidas para embalagens de plástico preto (2 litros), contendo a mistura, latossolo
vermelho: areia: composto, com proporção de 3:1:1 (v/v).
As mudas foram transplantadas no mês de junho de 2018 para vasos de
20 litros, com latossolo vermelho: areia: composto, com proporção de 3:1:1 (v/v)
(STEFENI, 2018; VOSS, 2020). Em seguida, os vasos foram acondicionados e
16
mantidos em estruturas com diferentes intensidades luminosas.
As estruturas com malhas de sombreamento já existentes no local
(Figura 1) foram montadas com postes de concreto, utilizando-se bambu para
sustentação das telas de sombreamento, nas dimensões de 12 metros de
comprimento, 5 metros de largura e 2 metros de altura (STEFENI, 2018). O solo foi
previamente nivelado e revestido com lona plástica preta utilizando-se sobre ela
camada de pedra brita (número 2).

Figura 1 – Estruturas com telas de sombreamento. Da esquerda para a direita, tela de sombreamento
35% preta; tela de sombreamento fotoconversora 35% vermelha; tela de sombreamento
80%; pleno sol e tela de sombreamento 50%. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos, 2021.

Fonte: Américo Wagner Júnior, 2016.

Os tratamentos foram realizados de acordo com diferentes intensidades


luminosas, testando-se cinco condições, testemunha a pleno sol, com condição a céu
aberto, com 0% de sombreamento (Tratamento 1); tela de sombreamento na cor preta
com 50% de sombreamento (Tratamento 2); tela de sombreamento na cor preta com
80% de sombreamento simulando-se condição de dossel mais fechado (Tratamento
3); tela de sombreamento fotoconversora vermelha com 35% de sombreamento
(Tratamento 4); tela de sombreamento de cor preta com 35% de sombreamento,
simulando condição de dossel mais aberto (Tratamento 5) (Figura 2). Com exceção
da condição a pleno sol, todos os demais tratamentos apresentaram estruturas com
cobertura lateral e superior de acordo com o seu tipo de tela descrito anteriormente.
As estruturas possuíam irrigação por micro aspersão, no qual estavam a
1,20 metros de altura. A irrigação era adicionada em dois períodos diários por cerca
de 30 minutos, sendo um pela manhã (8:30 - 9:00) e outro de tarde (17:00 - 17:30).
17
Figura 2 – Estruturas com e sem telas de sombreamento, pleno sol (A1, A2), sombreamento de 50%
(B1, B2), sombreamento de 80% (C1, C2), fotoconversora vermelha de 35% (D1, D2) e
sombreamento de 35% preta (E1, E2). UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos, 2021.

A1 A2

B1 B2

C1 C2
18

D1 D2

E1 E2
Fonte: Adriana Dallago Rezzadori, 2019.

O delineamento experimental utilizado foi em blocos inteiramente


casualizado (DBC), com esquema fatorial 5 x 4 (condição de sombreamento x estação
do ano), com 4 repetições de 5 plantas por unidade experimental.
As avaliações foram realizadas mensalmente durante 24 meses
(dezembro/2018 a novembro/2020), e divididas em estações, com o verão composto
pelos meses de dezembro, janeiro e fevereiro; outono por março, abril e maio; o
inverno pelos meses de junho, julho e agosto e; a primavera por setembro, outubro e
novembro.

3.1 DETERMINAÇÃO DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO

As variáveis avaliadas mensalmente foram o comprimento total da parte


aérea da planta (cm), diâmetro do caule (mm), comprimento do caule (cm), número
19
de brotações primárias, comprimento das brotações primárias (cm), número de folhas
novas e teor de clorofila.
Com os dados obtidos mensalmente, foram calculados o incremento
obtido no comprimento total da parte aérea, diâmetro do caule, comprimento do caule
e número de brotações primárias. Tal incremento foi obtido pela diferença ocorrida
entre os meses sequenciais de análise.
O comprimento total da parte aérea da planta foi determinado com
auxílio de trena graduada em milímetros, medindo-se da transição raiz/parte aérea até
o ápice da maior brotação. O comprimento do caule foi determinado com régua em
milímetros, medindo-se a partir da transição raiz/parte aérea até a inserção da primeira
brotação primária.
O diâmetro do caule foi definido com paquímetro digital onde o valor foi
expresso em milímetros, sendo medido a 1 centímetro da transição raiz/parte aérea
em dois sentidos norte/sul e leste/oeste, realizando-se média de ambas medidas.
O comprimento das brotações primárias foi medido com régua graduada
em milímetros, mas adotou-se a escala em centímetros, medindo-se para isso do
ponto de inserção da brotação no caule principal até seu ápice.
O número de folhas novas foi contado manualmente, sendo
caracterizada pela cor vermelha-clara para guapuritizeiro e verde-claro para
cabeludinha.
O teor de clorofila foi avaliado com auxílio do clorofilômetro (clorofiLOG
CFL 1030, marca Falker), sendo realizado cinco leituras em cada planta, com uma na
parte central e o restante sendo avaliado uma por quadrante da muda.
Ao final do experimento, foram realizadas análises destrutivas de duas
plantas por unidade experimental de cada repetição, sendo estas escolhidas de forma
aleatória. Foram analisados a área foliar (cm²), comprimento total da planta (cm),
comprimento do sistema radicular (cm), diâmetro do colo (mm) número de raízes
secundárias, volume do sistema radicular (cm³), massa seca da parte aérea (g), e da
raiz (g), massa seca total (g), arquitetura do sistema radicular e o índice de qualidade
de mudas.
A área foliar foi mensurada com auxílio do medidor de área foliar portátil
(modelo 3100, marca LI-COR). Para esta análise foram utilizadas 10 folhas de cada
20
planta, totalizando-se em 20 folhas por unidade experimental de cada repetição,
sendo totalmente expandidas e intactas, escolhidas de forma aleatória, sendo duas
por quadrante e duas na parte central da planta.
O comprimento total da planta foi avaliado utilizando trena graduada em
milímetros, medindo-se do ápice da maior raiz até o ápice da maior brotação. O
comprimento do sistema radicular, foi obtido a partir do ápice da maior raiz até o ponto
de transição raiz/caule.
Para o diâmetro do colo foi utilizado paquímetro digital, sendo feita duas
medições no ponto de transição raiz/caule, sentidos norte-sul e leste-oeste.
O volume do sistema radicular foi determinado pelo deslocamento da
coluna de água com auxílio de proveta (ROSSIELLO et al., 1995).
Para as massas secas da parte aérea, da raiz e total, foi utilizada balança
eletrônica digital de precisão. Para isso, após coleta do material em campo, este foi
limpo em água, retirando-se qualquer impureza, mantido em seguida em bancada por
24 horas para retirar excesso de umidade. Decorrido tal tempo, o material foi
seccionado em duas partes, raiz e parte aérea e, colocados em sacos de papel kraft
identificados e acomodados em estufa a 60 °C até atingir peso constante, levando-se
cerca de 72 horas.
Para a determinação da arquitetura de plantas, foi utilizado o diagrama
de notas obtendo-se a imagem das raízes pela vista lateral (A) e vista superior (B),
atribuindo-se notas com escala de 1 a 10, segundo REIS et al. (1996).
Para definição do índice de qualidade de mudas, foi seguido o método
estabelecido por Dickson et al. (1960) pela fórmula: IQD=MSTOTAL/RAD +
MSPA/MSRAIZ), sendo MSTOTAL a soma da matéria seca da parte aérea e a matéria
seca da raiz, RAD a relação do comprimento da parte aérea pelo diâmetro do colo,
MSPA matéria seca da parte aérea e MSRAIZ a matéria seca da raiz.

3.2 VARIÁVEIS METEOROLÓGICAS

As variáveis meteorológicas avaliadas diariamente foram temperatura


(°C), umidade relativa do ar (%), intensidade luminosa (lux) e precipitação
pluviométrica (mm).
21
Os dados de temperatura e umidade relativa do ar foram coletados com
o aparelho datalogger (modelo AK172, marca AKSO®), instalados no centro de cada
estrutura, a cerca de 30 centímetros do chão, devidamente programados para leituras
com intervalos de 15 minutos.
Para quantificar a intensidade luminosa, foi utilizado o aparelho luxímetro
(modelo UA-002-xx, com capacidade de 320000 lux, marca Onset, HOBO Pendant
Temperature/Light, datalogger), instalados a cerca de 60 centímetros de altura no
centro das estruturas, programados para leituras com intervalos de 15 minutos.
Devido à falta de equipamentos, as medidas de iluminância foram realizadas em três
estruturas de sombreamento, sendo a pleno sol, 50% e 35% na tela de cor preta.
A precipitação diária foi obtida pelos dados registrados da estação
meteorológica do INMET instalada na UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos (8º distrito
Meteorológico – DISME), localizada a cerca de 500 metros do experimento.

3.3 AVALIAÇÃO DE SOBREVIVÊNCIA E ADAPTAÇÃO DAS MUDAS DE


CABELUDINHA E GUAPURITIEIRO CONDUZIDAS EM DIFERENTES
INTENSIDADES LUMINOSAS EM CAMPO

Após a produção das mudas em diferentes intensidades luminosas,


estas foram transplantadas a campo no dia 08/12/2020, em berços de 40 x 40 x 40
cm, com espaçamento de 2 m para cabeludinha e 3 m para guapuritizeiro. Para isso,
retirou-se a embalagem plástica, preservando o torrão contendo substrato em volta
das raízes. Utilizou-se hidrogel no momento do plantio (2,5 g L-1), embaixo das raízes,
dentro dos berços. As mudas foram irrigadas diariamente, com auxílio de regador até
atingirem capacidade de campo.
Após 20 dias do transplantio avaliou-se visualmente os danos causados
pela transição de ambiente, atribuindo-se notas com escala variando de 1 a 5, em que
nota 1 se refere de 0 a 20% de folhas queimadas pelo sol ou caídas; nota 2 de 20 a
40%, nota 3 de 40 a 60%, nota 4 de 60 a 80% e nota 5 de 80 a 100% das folhas
queimadas ou caídas. Foram avaliadas as folhas queimadas e folhas caídas,
conforme metodologia proposta e adaptada de Silva et al. (2008). Fez-se avaliação
também da sobrevivência de cada fruteira de acordo com seu ambiente de produção
22
da muda pós-transplantio.

3.4 ANÁLISES ESTATÍSTICAS

Os dados obtidos das variáveis avaliadas foram submetidos ao teste de


normalidade de Lilliefors, procedendo as transformações em √x + 1 para comprimento
total da parte aérea, diâmetro de caule, comprimento de caule, número de brotações,
número de folhas e clorofila B para as duas espécies nos dois anos, comprimento de
brotações de guapuritizeiro, clorofila total de guapuritizeiro de 2020, clorofila A para
cabeludinha e guapuritizeiro 2019, além da arquitetura e massa seca de raiz de
cabeludinha e IQD de guapuritizeiro.
Com ou sem transformação, os dados foram submetidos a análise de
variância e ao teste de Duncan (α = 0,05) com auxílio do programa SANEST®.
23
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS DURANTE CONDUÇÃO DO EXPERIMENTO

Na Figura 3 foram apresentados os dados meteorológicos ocorridos


durante os meses de avaliação, registrados pela estação meteorológica do INMET (8º
distrito Meteorológico – DISME), situada a cerca de 500 m do local do experimento,
com apresentação das médias mensais das temperaturas mínima, média e máxima
e, da precipitação acumulada em cada mês.
No decorrer das avaliações foi observado maior acúmulo de precipitação
no ano de 2019, nos meses de fevereiro, maio e dezembro, tendo no inverno a estação
mais seca do ano. Em 2020, os meses de maio e agosto foram os de maior
pluviosidade.
No mês de julho de 2019 foi registrado ocorrência de temperaturas
negativas, além da formação de geadas severas. Em 2020 também ocorreu geadas,
porém não houve temperaturas negativas.

Figura 3 – Temperaturas mínima, média e máxima (ºC) e, precipitação acumulada (mm) ocorridas
durante o período de dezembro de 2018 a novembro de 2020, obtidas da estação
meteorológica do INMET (8º distrito Meteorológico –– DISME), situada na UTFPR –
Câmpus Dois Vizinhos – PR, 2021.
24

4.2 CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS DENTRO DAS ESTRUTURAS DE


SOMBREAMENTO

Nos 24 meses de avaliação, as estruturas de 35% tanto na cor vermelha


quanto na cor preta tiveram mais ocorrência de condição com maiores temperaturas,
com exceção dos meses de maio a agosto de 2019 e de abril a agosto de 2020, na
qual as condições de sombreamento de 50% e pleno sol obtiveram as maiores
temperaturas, coincidindo com a época do ano que teve as menores médias de
temperaturas anual (Figura 4). O sombreamento de 80% em grande parte dos meses
de avaliação se manteve com as menores médias de temperaturas, ficando apenas
no mês de novembro de 2020 como o de maior temperatura em relação as demais
condições.
No entanto, observou-se pouca variação de temperatura
comparativamente entre as estruturas de sombreamento, ocorrendo maiores
oscilações no decorrer dos meses de cada ano. As temperaturas médias no ano de
2019 variaram de 15,20 a 26,92 °C e em 2020 de 15,03 a 25,97 °C. As duas maiores
temperaturas registradas foram no sombreamento de 35% independentemente da cor
e as duas menores no sombreamento de 80%.
Segundo Brissete et al. (1991) o sombreamento pode ser utilizado para
auxiliar no controle excessivo de temperatura, particularmente no final da primavera e
no verão, destacando que a redução da radiação solar, com telas, pode diminuir a
temperatura dentro da casa de vegetação em até 5 °C. Todavia, na condição do
presente experimento, somente nos invernos de ambos os anos a condição de pleno
sol teve maior temperatura (Figura 4).
Em geral, para as espécies da família Myrtaceae tem-se como adequado
ambiente de cultivo na condição em que a temperatura se mantém entre 20ºC a 30ºC
(SOARES et al., 2001). No presente trabalho, somente não manteve-se essa faixa de
temperatura nos meses de maio a agosto de ambos os anos (Figura 4).

Figura 4 – Temperaturas médias (ºC) ocorridas em cada mês de análise nos anos de 2019 e 2020,
dentro das estruturas de sombreamento de pleno sol, 50%, 80%, 35% V e 35%. UTFPR –
Câmpus Dois Vizinhos – PR, 2021.
25

Em todas as condições durante os 24 meses de execução do trabalho a


umidade relativa se manteve acima dos 60% (Figura 5), variando em 2019 de 62,32 a
95,70% e em 2020 de 61,64 a 97,83%. As maiores umidades foram observadas no
sombreamento de 80% e as menores na condição de pleno sol, possuindo em todos
os meses sem exceção os menores índices de umidade, o que já era esperado por
ser ambiente aberto sem nenhum tipo de sombreamento. Nas condições de 35% preta
e vermelha e, em 50% os valores foram muito próximos.
Com isso, é possível verificar efeitos benéficos do sombreamento
exercido para as plantas, com manutenção de níveis elevados de umidade relativa do
ar, observados na maioria dos meses de avaliação do experimento, efeito este que
evita perda de água das plantas para o ambiente, em que juntamente com baixas
temperaturas durante a noite reduzem a demanda respiratória (TAIZ; ZEIGER, 2017).

Figura 5 – Umidade relativa média do ar (%) ocorridas em cada mês de análise nos anos de 2019 e
2020, dentro das estruturas de sombreamento de pleno sol, 50%, 80%, 35% V e 35%.
UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos – PR, 2021.
26

Quanto a iluminância em todos os meses avaliados ocorreu maiores


médias na condição de pleno sol, seguido de 35% e por fim de 50%, resultado que já
era esperado pela característica que as telas apresentam (Figura 6).
A radiação solar incidente sobre as folhas é considerada um dos fatores
climáticos mais importantes, pois a intensidade, a qualidade e a duração da luz atuam
como fonte de energia e estímulo regulador do desenvolvimento (CARVALHO, 1996;
RIZZINI, 1997).
As espécies de plantas possuem maior ou menor capacidade de
adaptação as determinadas condições de luminosidade, dependendo do ajuste
fotossintético, garantindo maior eficiência na conversão da energia em carboidratos,
que por consequência terá superioridade no crescimento (NAVES et al., 1994)

Figura 6 – Iluminância (lux) avaliadas em cada mês de análise nos anos de 2019 e 2020, dentro das
estruturas de sombreamento de pleno sol, 50% e 35%. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos –
PR, 2021.
27

4.3 CRESCIMENTO DAS MUDAS

4.3.1 Cabeludinha

De acordo com os resultados obtidos, houve interação significativa entre


estação do ano x sombreamento em ambos os anos de análise (2019 e 2020) para as
variáveis incrementos em comprimento total da parte aérea (Apêndice A e B), diâmetro
do caule (Apêndice C e D), comprimento de brotações (Apêndice G e H), número de
folhas (Apêndice I e J) e teor de clorofila total (Apêndice K e L). O único fator que
mostrou efeito significativo isolado foi a condição de sombreamento, que influenciou
sobre o comprimento do caule obtido entre a diferença de incremento que ocorreu da
primeira (2019) a última análise (2020) (Apêndice E), número de brotações de 2019
(Apêndice F), e, nas avaliações finais para massa fresca da parte aérea (Apêndice
M), massa seca da parte aérea (Apêndice N), massa seca total (Apêndice O),
comprimento total (Apêndice P), comprimento de raiz (Apêndice Q), número de raízes
secundárias (Apêndice R), diâmetro de colo (Apêndice S) e área foliar (Apêndice T).
A importância de análise ao longo das estações do ano possibilita
primeiro conhecer o comportamento fisiológico da muda associando-se as condições
do meio externo com o meio interno (luminosidade, temperatura, umidade,
fotoperíodo), permitindo observar se os surtos de determinado crescimento se
28
concentram em específica situação ou ocorrem ao longo do tempo. Tais informações
serão úteis para proporcionar o correto manejo visando obtenção da muda de
qualidade.
O incremento obtido para o comprimento da parte aérea no primeiro ano
demonstrou no verão que as maiores médias foram obtidas nas condições de 50%,
35% preta e vermelha. Esta foi a estação do ano em que as plantas estavam na
condição de adaptação aos novos ambientes de formação da muda, uma vez que
coincidiu com os três primeiros meses. Dessa forma, no início as condições de maior
(pleno sol) (Figura 6) e menor luminosidade (80%) não foram favoráveis para
obtenção dos maiores incrementos. Todavia, não houve mortalidade nas plantas
durante a condução do experimento.
Na estação do outono que coincide com a época de redução do
fotoperíodo (PEREIRA et al., 2002; MONTEIRO, 2009) a condição de 35% vermelha
proporcionou o maior incremento. No inverno de 2019, época de menor precipitação
(Figura 3) e temperatura (Figuras 3 e 4), os maiores incrementos foram obtidos com
a condição de pleno sol e de 35% preta, mantendo-se a superioridade na primavera
com pleno sol (Tabela 1).
No ano de 2020, na época do verão as médias do incremento no
comprimento da parte aérea não se diferenciaram entre as condições de
sombreamento. No outono, as condições de 50, 80 e 35% preta tiveram os maiores
valores. No inverno, tal superioridade ficou mantida com a condição de 35% preta,
juntamente com pleno sol, sendo que este último proporcionou a maior média na
primavera (Tabela 2).
Comparando-se as condições de sombreamento entre cada época do
ano verificou-se maior incremento da parte aérea com pleno sol no outono, inverno e
primavera de 2019 (Tabela 1) e no inverno de 2020 (Tabela 2), condições em que
ocorreram as menores temperaturas (Figuras 3 e 4). Com 50%, no primeiro ano as
médias entre as estações não diferiram significativamente entre si (Tabela 1), diferente
do que ocorreu em 2020, com as maiores médias ocorrendo no verão, outono e
primavera, épocas de maior temperatura se comparado ao inverno (Figuras 3 e 4). Na
condição de 80%, em ambos aos anos, as médias obtidas entre as estações do ano
não apresentaram diferenças significativas (Tabelas 1 e 2). Para 35% vermelha, a
29
maior média ocorreu no outono do primeiro ano (Tabela 1) e, no verão, outono e
inverno do segundo ano (Tabela 2). Com a mesma malha, mas na coloração preta, as
maiores médias foram obtidas no outono e inverno em ambos os anos (Tabelas 1 e
2), juntamente com verão para 2019 (Tabela 1) e primavera em 2020 (Tabela 2).
Ressalta-se aqui a condição de menor luminosidade, cujo maior
incremento não foi favorável nas épocas dos anos avaliadas, demonstrando certa
regularidade no crescimento ao longo do tempo (Figura 7).
O que pode ser observado em ambos os anos de análise (Tabelas 1 e
2) que a condição de pleno sol e de 35% preta mantiveram incrementos na época de
menor temperatura (Figuras 3 e 4).

Tabela 1 – Incremento em comprimento total da parte aérea (cm) de mudas de cabeludinha de acordo
com estações do ano de 2019 x condição de sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois
Vizinhos - PR, 2021.
Estação/Ano
Sombreamento
Verão/2019 Outono/2019 Inverno/2019 Primavera/2019

Pleno Sol 2,21 b B* 3,12 b AB 3,40 ab AB 3,79 a A

50% 2,82 ab A 2,15 b A 2,59 b A 2,06 b A

80% 0,87 c A 0,79 c A 1,06 c A 0,89 c A

35% V 2,53 ab B 4,73 a A 0,40 c C 1,12 bc C

35% 3,58 a A 3,12 b A 4,14 a A 1,92 b B

CV (%) 26,91

*Letras distintas maiúsculas na linha e minúsculas na coluna diferem significativamente entre si pelo
teste de Duncan (α= 0,05).

Tabela 2 – Incremento em comprimento total da parte aérea (cm) de mudas de cabeludinha de acordo
com estações do ano de 2020 x condição de sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois
Vizinhos - PR, 2021.
Estação/Ano
Sombreamento
Verão/2020 Outono/2020 Inverno/2020 Primavera/2020

Pleno Sol 1,16 a B* 1,03 bc B 2,61 a A 1,11 bc B

50% 1,95 a AB 1,93 ab AB 1,12 bc B 3,03 a A

80% 1,56 a A 1,54 abc A 0,67 c A 1,00 bc A

35% V 1,63 a A 0,95 c AB 1,48 bc A 0,62 c B


30
35% 1,11 a B 2,31 a A 1,94 ab AB 1,72 b AB

CV (%) 29,91

*Letras distintas maiúsculas na linha e minúsculas na coluna diferem significativamente entre si pelo
teste de Duncan (α= 0,05).

Fazendo-se análise do crescimento acumulado verificou-se que em


todas as condições de sombreamento, as mudas apresentaram contínuo aumento
(Figura 7).
Pode-se verificar com este comportamento de contínuo crescimento,
que independente do tratamento de incidência luminosa, a cabeludinha apresenta
ampla capacidade adaptativa, que permite supor seu uso em viveiros com distintas
condições de luminosidade, lembrando que para maior crescimento desejado deve-
se adotar a condição que lhe proporcione tal característica.

Figura 7 – Incremento acumulado em comprimento total da parte aérea (cm) de mudas de cabeludinha
ocorridas em cada mês de análise nos anos de 2019 e 2020, dentro das estruturas de
sombreamento de pleno sol, 50%, 80%, 35% V e 35%. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos –
PR, 2021.

Pleno sol 50% 80% 35% V 35%


90
Comprimento total (cm)

80
70
60
50
40
30
20
10
0
jul/19
ago/19

nov/19

jul/20
ago/20
set/20
fev/19

set/19

fev/20
mar/19

mai/19
jun/19

out/19

mar/20

mai/20
jun/20

out/20
nov/20
jan/19

jan/20
dez/18

abr/19

dez/19

abr/20

Verão Outono Inverno Primavera Verão Outono Inverno Primavera

Mês/Estação/Ano

Avaliando o incremento total da parte aérea das mudas de cabeludinha


nas condições de sombreamento foi possível verificar que os tratamentos com
maiores crescimentos foram de 80% e 35% com tela preta. A menor média ficou na
condição de pleno sol (Tabela 3).
31
Taiz & Zeiger (2017) descreveram que quando se utiliza o sombreamento
em plantas, ocorre maior proporção de luz vermelho-distante, induzindo neste caso
para que as plantas utilizem maior parte de seus fotoassimilados para o crescimento
em altura. Isso justifica o maior incremento ocorrido nos tratamentos com
sombreamento comparados ao pleno sol (Tabela 3).
Paiva et al. (2003), verificaram maior crescimento vegetativo de mudas
de cafeeiro ao utilizar sombreamento de 50% em comparação com as plantas
mantidas em sombreamento de 30% e 90 % e, em pleno sol. Fazendo-se comparativo
a este trabalho, o pleno sol manteve-se como o de menor crescimento. Todavia, no de
maior houve diferenças, o que pode ser em decorrência da particularidade de cada
espécie.
Assim como no presente trabalho, outros estudos com as espécies
florestais Amburana cearensis, Tabebuia avellanedae, Erythrina speciosa (ENGEL;
POGGIANI, 1990), Bombacopsis glabra (SCALON et al., 2003), Croton urucurana
(ALVARENGA et al., 2003), Maclura tinctoria e Senna macranthera (ALMEIDA et al.,
2005), tiveram maior crescimento em altura quando as plantas foram mantidas em
menores taxas de luminosidade comparadas com aquelas mantidas em pleno sol.
De acordo com Moraes Neto et al. (2000), as plantas têm capacidade de
crescerem mais rapidamente quando submetidas as condições mais sombreadas,
sendo este mecanismo estratégico para que seja possível com o estiolamento
alcançarem a condição de luz.
A adaptação às baixas luminosidades é característica genética, a qual
faz com que as folhas apresentem estrutura anatômica e propriedades fisiológicas que
as capacitem ao uso efetivo da radiação solar disponível (LARCHER, 2000). A
redução do crescimento em altura em pleno sol está associada à elevação da
temperatura das folhas e, consequentemente, à intensificação da taxa respiratória, o
que induziria ao fechamento dos estômatos, reduzindo a fixação de carbono e
causando aumento no consumo de fotoassimilados (GRIME, 1965; KOZLOWSKI;
ASHFORD, 1991).

Tabela 3 – Incremento total da parte aérea (cm) de mudas de cabeludinha de acordo com a condição
de sombreamento, comparando-se as diferenças entre a primeira e última avaliação.
UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos - PR, 2021.
32
Sombreamentos Incremento total (cm)

Pleno sol 36,02 c*

50% 47,17 b

80% 55,85 a

35% V 47,10 b

35% 55,60 a

CV (%) 26,30

*Letras distintas minúsculas na coluna diferem significativamente entre si pelo teste de Duncan (α=
0,05).

Para o incremento em diâmetro do caule, comparando-se os ambientes


em cada estação verificou-se que no verão de 2019 a maior média foi para condição
de 35% V, que se manteve no outono de 2019 junto com pleno sol. No inverno de
2019, a maior média em diâmetro foi obtida no ambiente de 35%, seguindo mesmo
comportamento na primavera de 2019 juntamente com pleno sol (Tabela 4). No ano
seguinte (2020), o maior incremento em diâmetro ocorrido no verão foi com a condição
de 50%; no outono com 35 e 80%; no inverno com pleno sol e 50% e; na primavera
com estes dois citados anteriormente juntamente com 35% (Tabela 5).
O que pode ser observado com estes resultados variação nos maiores
incrementos em diâmetro ao longo dos dois anos de análise, o que pode ser em
decorrência da influência de cada ambiente das mudas, alterando-se os processos
metabólicos das mudas de maneira a apresentar comportamentos distintos nos surtos
em diâmetro conforme sombreamento.
O crescimento do diâmetro do caule depende da atividade cambial que,
por sua vez, é estimulada por carboidratos produzidos pela fotossíntese e por
hormônios translocados das regiões apicais (Paiva et al., 2003). Como as mudas
estavam cada qual em condição distinta de luminosidade, a produção fotossintética e,
a translocação das seivas bruta e elaborada não tinham mesmo padrão, o que pode
justificar os diferentes incrementos obtidos nos dois anos (Tabelas 4 e 5).
Fazendo-se comparativo dos incrementos em altura (Tabelas 1 e 2) com
diâmetro (Tabelas 3 e 4), observou-se similaridade nas maiores médias em
determinados ambientes, conforme cada estação do ano. Supõe-se que de acordo
33
com a condição do meio, a muda de cabeludinha pode apresentar crescimento
generalizado, ou seja, tanto verticalizado como horizontalizado. Isso pode ser
indicativo que é possível induzir surtos de crescimento da muda segundo o ambiente
em que a mesma se encontra, fato que pode ser vantajoso ao viveirista.
Segundo Kozlowski (1962) e Larcher (2000) o crescimento em diâmetro
apresenta relação direta com a fotossíntese líquida, a qual depende dos carboidratos
e auxinas acumulados e, de balanço favorável entre fotossíntese líquida e respiração.

Tabela 4 – Incremento em diâmetro do caule (mm) de mudas de cabeludinha de acordo com estações
do ano de 2019 x condição de sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos - PR, 2021.
Estação/Ano
Sombreamento
Verão/2019 Outono/2019 Inverno/2019 Primavera/2019

Pleno Sol 0,36 b B* 0,69 a A 0,36 b B 0,51 a B

50% 0,30 b A 0,18 c A 0,22 b A 0,30 b A

80% 0,29 b AB 0,20 c B 0,37 b A 0,15 c B

35% V 0,59 a B 0,85 a A 0,23 b C 0,23 bc C

35% 0,35 b B 0,38 b B 0,89 a A 0,47 a B

CV (%) 8,80

*Letras distintas maiúsculas na linha e minúsculas na coluna diferem significativamente entre si pelo
teste de Duncan (α= 0,05).

Tabela 5 – Incremento em diâmetro do caule (mm) de mudas de cabeludinha de acordo com estações
do ano de 2020 x condição de sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos - PR, 2021.
Estação/Ano
Sombreamento
Verão/2020 Outono/2020 Inverno/2020 Primavera/2020

Pleno Sol 0,28 bc C* 0,53 b B 0,74 a A 0,59 a AB

50% 0,99 a A 0,27 c C 0,60 a B 0,52 a B

80% 0,43 b B 0,60 ab A 0,11 c C 0,24 b C

35% V 0,22 c AB 0,16 c B 0,25 bc AB 0,34 b A

35% 0,40 b BC 0,77 a A 0,33 b C 0,55 a B

CV (%) 9,55

*Letras distintas maiúsculas na linha e minúsculas na coluna diferem significativamente entre si pelo
teste de Duncan (α= 0,05).
34
Ao comparar as médias entre as estações de acordo com cada
ambiente, obteve-se as maiores médias em incremento do diâmetro na condição de
pleno sol na estação de outubro no ano de 2019 e, no inverno e primavera no ano de
2020 (Tabela 5). Com a condição de 50%, no primeiro ano, as médias não
diferenciaram significativamente seus incrementos (Tabela 4), diferente do segundo
ano, em que no verão houve maior média (Tabela 5). Com 80%, em 2019 as estações
do verão e inverno e, em 2020, no outono proporcionaram incremento superior
(Tabelas 4 e 5, respectivamente). Com 35% V, no outono de 2019 teve-se o maior
incremento e, no inverno e primavera de 2020 a mesma resposta (Tabelas 4 e 5,
respectivamente). Com 35% preta, os maiores incrementos ocorridos em 2019 e 2020
foram no inverno e outono, respectivamente.
Acredita-se que tais respostas distintas em superioridade em cada ano
e condição de sombreamento tiveram relação direta com a condição de temperatura,
umidade e precipitação, no quais variaram entre os anos e dentro de cada um destes
(Figuras 3, 4 e 5), associado a iluminância (Figura 6).
Stefeni (2018), com mudas de pitangueira, obteve nas condições de
pleno sol e 35% de sombreamento maior crescimento de diâmetro. Voss (2020) com
mudas de guabijuzeiro também obteve maiores médias com as condições de pleno
sol, 35% e 50% de sombreamento. Por outro lado, Dotto (2015) não verificou diferença
para mudas de jabuticabeira açú para o incremento desta variável. Isso demonstra a
particularidade de cada espécie de acordo com o ambiente de produção de sua muda.
Quanto ao incremento do caule, que teve influência significativa dos
fatores somente em 2020 verificou-se comportamento mais padronizado no que diz
respeito a superioridade obtida entre as estações do ano em cada ambiente e vice-
versa (Tabela 6). Foi possível verificar que, no verão, outono e inverno, o
sombreamento 35% V proporcionou as menores médias, sendo que no inverno tal
média não foi diferente daquela obtida na condição de 80% que também foi inferior,
repetindo-se para essa última para primavera. As médias nas demais condições foram
superiores.
Dessa forma, pode-se observar que o crescimento em caule não teve
mesmo comportamento do que em altura (total), fazendo com que de acordo com a
condição de luminosidade, o comportamento do caule seguisse padrão parecido.
35
Avaliando mudas de jabuticabeira (DOTTO, 2015), pitangueira
(STEFENI, 2018) e guabijuzeiro (VOSS, 2020), esses autores verificaram que o
crescimento da altura do caule e altura total, apresentaram desempenho diretamente
proporcionais.
Ao ser comparado o incremento deste comprimento do caule em cada
condição de luminosidade verificou-se que as mudas na condição de pleno sol
apresentaram maiores médias no verão, outono e inverno; com 50% no outono,
inverno e primavera; com 80% no verão e outono, sendo que nas condições de 35%,
seja com tela preta ou vermelha, as médias para esta variável não diferiram
significativamente entre as épocas do ano (Tabela 6).

Tabela 6 – Incremento em comprimento do caule (cm) de mudas de cabeludinha de acordo com


estações do ano de 2020 x condição de sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos
- PR, 2021.
Estação/Ano
Sombreamento
Verão/2020 Outono/2020 Inverno/2020 Primavera/2020

Pleno Sol 0,53 a AB* 0,48 a AB 0,62 a A 0,32 a B

50% 0,38 a B 0,67 a A 0,43 a AB 0,53 a AB

80% 0,49 a A 0,49 a A 0,12 b B 0,08 b B

35% V 0,15 b A 0,14 b A 0,13 b A 0,34 a A

35% 0,53 a A 0,54 a A 0,45 a A 0,30 a A

CV (%) 12,97

*Letras distintas maiúsculas na linha e minúsculas na coluna diferem significativamente entre si pelo
teste de Duncan (α= 0,05).

Ao analisar o incremento do número de brotações de cabeludinha, a


condição 50% foi que obteve as maiores médias no verão e primavera de 2019. No
outono e inverno deste mesmo ano, as médias desta variável não diferiram
significativamente entre si de acordo com a condição de luminosidade, cuja exceção
ficou para condição de 35% vermelha no inverno que foi menor em relação as demais.
Nas condições de pleno sol, 80%, 35% vermelha e preta, as médias deste incremento
não diferiram entre si de acordo com a estação do ano, diferente do que houve na
condição de 50%, tendo na primavera o maior incremento (Tabela 7).
36
O incremento no número de brotações pode ser vantajoso quando se
têm ramos vigorosos e com folhas consideradas como fontes, nas quais fornecerão
os fotoassilimados para atender a demanda dos drenos, no caso das mudas, nas
partes em formação.
Neste sentido, de acordo com a Tabela 8, em todas as estações do ano
observou-se que a condição de 50% de sombreamento esteve sempre entre as de
maior média para o incremento no comprimento das brotações primárias. Todavia,
este ambiente proporcionou médias semelhantes as outras condições, como com 80%
no verão e inverno e; 35% V no outono e primavera, juntamente com 35% nesta última
estação.

Tabela 7 – Incremento em número de brotações primárias de mudas de cabeludinha de acordo com


estações do ano de 2019 x condição de sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos
- PR, 2021.
Estação/Ano
Sombreamento
Verão/2019 Outono/2019 Inverno/2019 Primavera/2019

Pleno Sol 0,36 b A* 0,43 a A 0,40 ab A 0,31 bc A

50% 0,85 a B 0,30 a C 0,63 a BC 1,45 a A

80% 0,47 b A 0,39 a A 0,26 ab A 0,60 b A

35% V 0,25 b A 0,44 a A 0,19 b A 0,25 bc A

35% 0,24 b A 0,23 a A 0,42 ab A 0,20 c A

CV (%) 20,30

*Letras distintas maiúsculas na linha e minúsculas na coluna diferem significativamente entre si pelo
teste de Duncan (α= 0,05).

Tabela 8 – Comprimento de brotações primárias (cm) de mudas de cabeludinha de acordo com


estações do ano de 2019 x condição de sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos
- PR, 2021.
Estação/Ano
Sombreamento
Verão/2019 Outono/2019 Inverno/2019 Primavera/2019

Pleno Sol 8,51 d A* 10,06 c A 11,15 d A 9,22 b A

50% 18,09 a A 18,93 a A 17,25 ab A 17,29 a A

80% 16,25 ab B 14,51 b B 19,71 a A 10,83 b C

35% V 13,60 bc B 17,98 a A 13,10 cd B 19,41 a A


37
35% 10,82 cd C 13,00 bc BC 16,21 bc AB 17,07 a A

CV (%) 37,07

*Letras distintas maiúsculas na linha e minúsculas na coluna diferem significativamente entre si pelo
teste de Duncan (α= 0,05).

Comparando-se as estações do ano em 2019, em cada condição de


luminosidade, as médias para o comprimento das brotações em pleno sol e em 50%
não apresentaram diferenças significativas entre as estações. Para a condição 80%,
o inverno foi a estação de maior média; para o 35% V o outono e primavera e; para
35% de tela preta, a primavera e inverno (Tabela 8).
No ano de 2020 (Tabela 9), a condição de crescimento no comprimento
das brotações alterou-se pouco em relação ao ano anterior (Tabela 8). No verão, o
maior comprimento para brotação manteve-se também com 80%, porém, somado
com ambas as condições de 35% (preta e vermelha). No outono, as maiores médias
alteraram em relação a 2019, ficando em 2020 com 80 e 35% preta, o mesmo
diferencial entre os anos ocorrendo no inverno, tendo no último ano maiores médias
com 35% preta e vermelha. Na primavera de 2020, manteve-se a maior média
somente com 35% (Tabela 9).
Neste mesmo ano (2020), as maiores médias com pleno sol foram
obtidas no outono, inverno e primavera; com 50% no verão, inverno e primavera; com
80% no verão, outono e primavera; com 35% no outono e primavera e; com 35%
vermelha no verão e primavera.
Comparando-se os dois anos de análise de acordo com a condição de
luminosidade verificou-se que em pleno sol e 50% mantiveram-se os resultados de
superioridade em três estações e com 35% preta repetiu-se mesmo comportamento.
Para condição de 80% ocorreu o inverso, pois quando em 2019 teve-se superioridade
com três estações, em 2020 foi obtida com a outra até então descrita como inferior.
Com 35% vermelha a superioridade entre os anos repetiu o que foi observado com
80%, só que neste ambiente houve duas estações cuja média foram superiores e duas
de médias inferiores no primeiro ano, fato que se inverteram em 2020 (Tabela 9).
Tais condições leva a suposição de que com pleno sol, 50% e 35% de
sombreamento, as mudas mantiveram padrão na produção de fotoassimilados que
permitiram regularidade no comprimento das brotações primárias em ambos os anos
38
de análise, fato que com 80 e 35% V não ocorreu.

Tabela 9 – Comprimento de brotações primárias (cm) de mudas de cabeludinha de acordo com


estações do ano de 2020 x condição de sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos
- PR, 2021.
Estação/Ano
Sombreamento
Verão/2020 Outono/2020 Inverno/2020 Primavera/2020

Pleno Sol 12,56 c B* 22,42 c A 22,33 c A 21,95 c A

50% 22,43 b A 16,52 d B 23,92 bc A 26,64 b A

80% 24,39 ab A 27,41 ab A 16,66 d B 24,67 bc A

35% V 28,10 a AB 24,22 bc B 29,08 a A 15,57 d C

35% 26,41 ab B 30,51 a AB 26,62 ab B 32,52 a A

CV (%) 27,73

*Letras distintas maiúsculas na linha e minúsculas na coluna diferem significativamente entre si pelo
teste de Duncan (α= 0,05).

Quando analisado o número de folhas (Tabela 10), verificou-se


comportamento semelhante ao que foi obtido para o comprimento das brotações em
2019 (Tabela 8), uma vez que, em todas as estações a condição de 50% esteve entre
as de maior média, com similaridade as outras duas condições apenas, a primeira no
outono com 35% V e a outra no inverno com 35%.
O mesmo comportamento foi seguido em 2020, com algumas diferenças
entre as superioridades obtidas com o comprimento das brotações (Tabela 9) e o
número de folhas (Tabela 11). No verão, o número de folhas foi maior com 50%, 35%
preta e vermelha, tendo neste último, mesma superioridade com o comprimento das
brotações primárias. No outono, manteve-se mesmo comportamento de maior média
na condição de 35% e 80%, somado neste caso a inclusão da superioridade para
pleno sol. No inverno e primavera repetiu-se mesma superioridade comparativa com
as condições de sombreamentos de 35% vermelha e preta, respectivamente.
A folha é o principal órgão responsável pela captura dos raios solares
que por meio das trocas gasosas com o ambiente realiza a fotossíntese (TAIZ;
ZEIGER, 2004), para posterior obtenção dos fotoassimilados, nos quais são
essenciais para a sobrevivência e crescimentos dos vegetais (CAMPOS; UCHIDA,
2002).
39
A tendência é que ramos de maior vigor apresentem maior número de
folhas, uma vez que apresentarão maior número de meristemas para diferenciarem-
se em estruturas vegetativas. Todavia nem sempre isso determina maior taxa
fotossintética, pois outras condições influenciam sobre o processo, como teor de
clorofila e área foliar.
De acordo com Gabrielsen (1948), em sombreamento acima de 41% a
taxa de fotossíntese deve ser proporcional a concentração de clorofila. A mesma só
influencia as taxas fotossintéticas se estiver abaixo da concentração ótima para este
processo. As folhas de Amburana cearensis e Zeyhera tuberculosa que apresentam
menores concentrações de clorofila, seriam então mais beneficiadas em
sombreamento, pois neste caso o aumento no teor de clorofila (mg/g) permitiria
manter as taxas de fotossíntese e garantir o crescimento.
Diante disso, o maior teor de clorofila obtido em 2019, na estação do
verão foi na condição de 80%; no outono sem diferenças entre as médias; no inverno
e primavera com 50, 80 e 35% (Tabela 12). Tais respostas de superioridade não foram
mantidas no seguinte ano, uma vez que no verão, outono, inverno e primavera os
maiores teores de clorofila total foram com 35% vermelha, 35% preta, pleno sol e 50%,
respectivamente (Tabela 13).
Normalmente, a síntese de clorofila está relacionada com a condição de
luminosidade, estando naqueles de menor intensidade com maior incremento neste
pigmento como forma de compensar a falta da radiação ideal para fotossíntese
(SCALON et al., 2003).
Todavia, no presente trabalho ao observar as Tabelas 12 e 13 nem
sempre a condição de menor luminosidade proporcionou a maior produção de
clorofila, principalmente no segundo ano de análise, o que se acredita estar
relacionado a demanda fotossintética que a muda teve ao longo das estações visando
o crescimento satisfatório.
Carvalho (1996), com plantas de araribá-rosa, canjerana e guanandi,
verificou que quanto menor a intensidade de luz maior foram os níveis de clorofila nas
folhas. Esta alta concentração de clorofila pode estar ligada ao maior teor de nitrogênio
nas folhas. Porém, para a cabeludinha houve correlação negativa entre as
concentrações de clorofila e níveis de sombreamento.
40
Segundo Voltan et al. (1992) e Morais et al. (2003), quando ocorre o
aumento do sombreamento, reduz-se o número de estômatos e também a espessura
do mesófilo, com incremento entre os espaços intercelulares, alterando-se o processo
fotossintético.
As folhas se adaptam de forma modificativa e definem suas estruturas
internas de acordo com as condições médias de radiação, preponderantemente
durante a morfogênese. Esta diferenciação fenotípica de tecidos geralmente não é
reversível (LARCHER, 2000).

Tabela 10 – Número de folhas novas de mudas de cabeludinha de acordo com estações do ano de
2019 x condição de sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos - PR, 2021.
Estação/Ano
Sombreamento
Verão/2019 Outono/2019 Inverno/2019 Primavera/2019

Pleno Sol 5,41 b B* 9,73 b A 7,43 b AB 6,14 b B

50% 19,77 a A 14,29 a B 12,03 a B 15,60 a AB

80% 8,23 b A 5,85 c A 6,15 b A 7,74 b A

35% V 8,33 b B 12,38 ab A 1,31 c C 8,85 b AB

35% 7,10 b B 6,40 c B 13,13 a A 7,17 b B

CV (%) 28,60

*Letras distintas maiúsculas na linha e minúsculas na coluna diferem significativamente entre si pelo
teste de Duncan (α= 0,05).

Tabela 11 – Número de folhas novas de mudas de cabeludinha de acordo com estações do ano de
2020 x condição de sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos - PR, 2021.
Estação/Ano
Sombreamento
Verão/2020 Outono/2020 Inverno/2020 Primavera/2020

Pleno Sol 6,51 c C* 24,66 ab A 15,39 c B 14,55 c B

50% 26,44 a A 8,73 c C 25,25 b AB 18,90 c B

80% 13,29 b B 27,06 a A 8,43 d C 25,90 b A

35% V 25,29 a B 19,00 b B 33,05 a A 6,67 d C

35% 27,35 a B 23,98 ab B 15,82 c C 35,85 a A

CV (%) 25,59

*Letras distintas maiúsculas na linha e minúsculas na coluna diferem significativamente entre si pelo
teste de Duncan (α= 0,05).
41

Tabela 12 – Clorofila total de mudas de cabeludinha de acordo com estações do ano de 2019 x
condição de sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos - PR, 2021.
Estação/Ano
Sombreamento
Verão/2019 Outono/2019 Inverno/2019 Primavera/2019

Pleno Sol 36,19 c B* 42,78 a A 42,68 b A 36,96 b B

50% 45,27 b A 47,41 a A 46,60 ab A 48,47 a A

80% 50,52 a A 47,14 a A 46,86 ab AB 43,75 a B

35% V 41,68 b B 45,02 a A 30,76 c C 28,02 c C

35% 43,91 b B 43,74 a B 51,30 a A 43,97 a B

CV (%) 17,25

*Letras distintas maiúsculas na linha e minúsculas na coluna diferem significativamente entre si pelo
teste de Duncan (α= 0,05).

Tabela 13 – Clorofila total de mudas de cabeludinha de acordo com estações do ano de 2020 x
condição de sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos - PR, 2021.
Estação/Ano
Sombreamento
Verão/2020 Outono/2020 Inverno/2020 Primavera/2020

Pleno Sol 37,24 c C* 45,50 b B 62,35 a A 48,08 b B

50% 49,06 b B 36,97 c C 46,36 b B 61,09 a A

80% 44,09 b A 47,67 b A 35,76 c B 44,11 b A

35% V 61,38 a A 46,02 b B 48,53 b B 36,88 c C

35% 45,19 b B 61,32 a A 44,36 b B 48,29 b B

CV (%) 20,61

*Letras distintas maiúsculas na linha e minúsculas na coluna diferem significativamente entre si pelo
teste de Duncan (α= 0,05).

As plantas em condições de maior sombreamento podem ter como


resposta de adaptação a este meio, com aumento da área foliar ou também da
quantidade de pigmentos fotossintetizantes, tendo melhor aproveitamento da luz
incidente, conforme descrito por SCALON et al. (2001).
O comportamento que manteve este padrão nas condições de menor
luminosidade foi com a área foliar, uma vez que os ambientes mais sombreados, de
50 e 80% foram os que geraram as maiores médias (Tabela 14).
42
Campos; Uchida (2002), verificaram em mudas de Jacaranda copaia,
maior área foliar nas condições de sombreamento de 50% e 70%, sendo estes
superiores aos demais. Estes autores afirmaram que a expansão da folha em
condição de baixa luminosidade é indicativo que a planta está buscando compensar
de alguma forma a falta da condição ideal de radiação.

Tabela 14 – Área foliar (cm2), arquitetura de plantas, Índice de qualidade de Dickson (IQD), volume do
sistema radicular (cm3) e, massa fresca da raiz e massa seca da raiz de mudas
cabeludinha de acordo com condição de sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos
- PR, 2021.
Área foliar Arquitetura IQD Volume do MF raiz MS raiz
Sombreamentos
(cm )
2 de plantas SR (cm3)

Pleno sol 109,22 c* 6,98ns 26,87ns 18,42ns 22,12ns 12,48ns

50% 171,66 a 7,74 43,55 36,37 45,15 27,66

80% 153,72 ab 5,33 46,97 40,25 49,04 31,15

35% V 128,13 bc 7,48 43,29 32,75 39,94 26,08

35% 141,22 b 7,49 56,00 47,62 59,76 36,96

CV (%) 11,47 8,94 34,78 39,00 39,07 39,58

*Letras distintas minúsculas na coluna diferem significativamente entre si pelo teste de Duncan (α=
0,05).
ns: não significativo pelo teste F.

Gil (2019), encontrou resultados parecidos com mudas de pitangueira


em diferentes sombreamentos (0, 30, 50 e 80%), cujo sombreamento de 50% ficou
com maior área foliar.
As variáveis que não apresentaram significância foram a arquitetura de
plantas, índice de qualidade de Dickson, volume do sistema radicular, massa fresca e
massa seca da raiz, cujas médias estão descritas na Tabela 14.
Quando avaliadas as mudas de cabeludinha, antes do transplantio a
campo, verificou-se que, em todas as variáveis na condição de sombreamento foram
favoráveis para formação da muda, uma vez que em pleno sol foi mantido as menores
médias em quase todas as variáveis (Tabelas 15 e 16), tendo única exceção com a
emissão do número de raízes secundárias, cuja média foi superior juntamente com as
condições de sombreamento de 50 e 35% preta (Tabela 16).
Isso pode ser resposta da relação fonte e dreno presente nestas mudas,
43
distribuindo de maneira proporcional os fotoassimilados para as regiões apicais, tanto
raiz quanto parte aérea.
Inoue; Torres (1980) verificaram que o crescimento de mudas de
Araucaria angustifolia ao diminuir de 25% para 2% de luz, os produtos
fotossintetizados vão sendo cada vez mais utilizados para o crescimento das raízes
do que para o crescimento da parte aérea, demonstrando adaptação fisiológica da
espécie as condições luminosas do ambiente.

Tabela 15 – Massa fresca, seca da parte aérea e massa seca total (g) de mudas cabeludinha de acordo
com condição de sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos - PR, 2021.
Massa fresca da Massa seca da Massa seca total
Sombreamentos
parte aérea (g) parte aérea (g) (g)

Pleno sol 36,84 b* 21,43 b 33,90 b

50% 119,04 a 72,01 a 99,67 a

80% 168,51 a 100,56 a 131,71 a

35% V 112,41 a 63,03 a 92,11 a

35% 172,51 a 99,36 a 136,31 a

CV (%) 33,35 35,06 35,25

*Letras distintas minúsculas na coluna diferem significativamente entre si pelo teste de Duncan (α=
0,05).

Por outro lado, as maiores médias em quase todas as variáveis, quando


se fez uso das telas de sombreamento dizem respeito ao comportamento fisiológico
favorável que as mudas tiveram nestes ambientes, uma vez que, em pleno sol, o
excesso de luz, acima da capacidade de utilização pela fotossíntese pode ter
resultado estresse, causando fotoinibição da fotossíntese (BARBER; ANDERSON,
1992), além do aumento na taxa respiratória das mesmas (ROCHA, 2002), diminuindo
consequentemente a fotossíntese líquida e a energia líquida gerada pelo processo da
fotofosforilação e da fosforilação oxidativa, gerando assim, menor relação C/N e
energia para o crescimento das mudas.
Tal condição já havia sido obtida por Dotto (2015) com jabuticabeira açu
e Stefeni (2018) com pitangueira, comparando-se mesmas condições de
sombreamento.
44
Tabela 16 – Comprimentos totais e de raiz (cm) e, número de raízes secundárias, diâmetro do colo
(mm) de mudas cabeludinha de acordo com condição de sombreamento. UTFPR –
Câmpus Dois Vizinhos - PR, 2021.
Comprimento total Comprimento raiz Número de raízes Diâmetro do colo
Sombreamentos
(cm) (cm) secundárias (mm)

Pleno sol 86,00 b* 28,08 b 56,00 a 8,84b

50% 112,25 a 36,44 ab 53,25 ab 14,66 a

80% 129,87 a 41,31 a 43,12 bc 14,57 a

35% V 108,44 a 33,50 ab 39,25 c 12,66 ab

35% 118,50 a 39,56 a 49,00 abc 16,38 a

CV (%) 12,08 15,71 14,55 18,51

*Letras distintas minúsculas na coluna diferem significativamente entre si pelo teste de Duncan (α=
0,05).

4.3.2 Guapuritizeiro

De acordo com os resultados obtidos houve interação significativa,


condição de luminosidade x estação do ano para o comprimento total da parte aérea
(APÊNDICE U e V), diâmetro do caule (APÊNDICE W e X), comprimento do caule
(APÊNDICE Y e Z), número de brotações (APÊNDICE AA e AB), comprimento de
brotações (APÊNDICE AC e AD), número de folhas (APÊNDICE AE e AF), clorofila
total (APÊNDICE AG e AH) e, isoladamente para a intensidade luminosa com a área
foliar (APÊNDICE AI) (Tabelas 16, 17, 18,19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29 e
30, respectivamente).
O incremento em comprimento total da parte aérea no primeiro ano teve
no verão de 2019 as maiores médias nas condições de 50% e 35%; no outono com
ambos juntamente com 35% V; no inverno em todas as situações com exceção do
uso de 35%V e; primavera mantendo em pleno sol e com 50% de sombreamento
(Tabela 17). No ano de 2020, no verão houve maiores incrementos em quase todas
as condições com exceção apenas para 35% vermelha; no outono com 35%; no
inverno com pleno sol e 50% e; primavera mantendo em pleno sol e 35% preta (Tabela
18).
No geral, observou-se presença de maiores incrementos nas condições
de 35% preta e vermelha (Tabelas 17 e 18). Além disso, a condição extrema de maior
45
sombreamento (80%), de 35% vermelha e pleno sol não mantiveram os maiores
incrementos ao longo do tempo. Todavia, em todas as condições de sombreamento
pelo menos em uma estação do ano em um dos anos houve o maior incremento, o
que demonstra plasticidade em adaptação do guapuritizeiro em distintas condições
de luminosidade, associado a não ter ocorrido mortalidade de mudas.
Nunes (2013), obteve resultados superiores para o comprimento de
parte aérea de pitangueira, guabijuzeiro, uvaieira e araçazeiro amarelo, em condições
de sombreamento com 50% com tela preta.

Tabela 17 – Incremento em comprimento total da parte aérea (cm) de mudas de guapuritizeiro de


acordo com estações do ano de 2019 x condição de sombreamento. UTFPR – Câmpus
Dois Vizinhos - PR, 2021.
Estação/Ano
Sombreamento
Verão/2019 Outono/2019 Inverno/2019 Primavera/2019

Pleno Sol 0,50 b B* 1,19 b A 1,32 a A 1,76 ab A

50% 1,59 a AB 1,38 ab B 1,12 a B 2,24 a A

80% 0,42 b B 0,41 c B 0,77 ab AB 1,19 b A

35% V 0,91 b A 1,38 ab A 0,30 b B 0,36 c B

35% 1,71 a A 2,02 a A 0,89 a B 1,42 b AB

CV (%) 23,37

*Letras distintas maiúsculas na linha e minúsculas na coluna diferem significativamente entre si pelo
teste de Duncan (α= 0,05).

Tabela 18 – Incremento em comprimento total da parte aérea (cm) de mudas de guapuritizeiro de


acordo com estações do ano de 2020 x condição de sombreamento. UTFPR – Câmpus
Dois Vizinhos - PR, 2021.
Estação/Ano
Sombreamento
Verão/2020 Outono/2020 Inverno/2020 Primavera/2020

Pleno Sol 1,43 a AB* 1,03 b B 1,85 a A 0,96 b B

50% 1,59 a A 1,10 b A 1,67 a A 1,65 a A

80% 1,06 a A 0,67 bc AB 0,20 c B 0,27 c B

35% V 0,46 b A 0,24 c A 0,37 c A 0,38 c A

35% 1,43 a AB 1,97 a A 0,91 b B 1,97 a A

CV (%) 24,01
46
*Letras distintas maiúsculas na linha e minúsculas na coluna diferem significativamente entre si pelo
teste de Duncan (α= 0,05).

Avaliando-se o comprimento total da parte aérea em cada condição de


luminosidade, verificou-se que em 2019, em pleno sol, as maiores médias foram
obtidas no outono, inverno e primavera; com 50% no verão e primavera; com 80% no
inverno e primavera; com 35% vermelha no outono e verão e, 35% preta no verão,
outono e primavera (Tabela 17), lembrando que este foi o primeiro ano das mudas em
tais condições.
No segundo ano, em pleno sol, as maiores médias repetiram-se com o
inverno, associado ao verão. Com 35% preta também houve repetição quanto ao
maior incremento só que neste caso seguiu-se nos dois anos, diferente do que ocorreu
com 80%, uma vez que no segundo ano a superioridade foi inverso do primeiro, tendo
no verão e outono as maiores médias de incremento. Com 50% e 35% vermelha,
todas as médias assemelharam-se significativamente entre si (Tabela 18).
Na Figura 8 observou-se o comportamento do incremento acumulado do
comprimento da parte aérea ao longo do tempo, demonstrando em todas as condições
de luminosidade contínuo crescimento das mudas de guapuritizeiro, cuja parada
pareceu ocorrer entre maio a junho de 2019 e, maio a julho de 2020, meses em que
as condições de temperatura foram menores (Figuras 3 e 4).
Em outras fruteiras da família Myrtaceae avaliadas ao longo do ano,
alguns estudos indicaram surtos no crescimento em determinada época, como em
jabuticabeira por Dotto (2015), em pitangueira por Stefeni (2018) e guabijuzeiro por
Voss (2020). O guapuritizeiro parece que as mudas não tiveram mesmo
comportamento, ficando o crescimento mais contínuo.

Figura 8 – Incremento acumulado em comprimento total da parte aérea (cm) das mudas de
guapuritizeiro ocorridas em cada mês de análise nos anos de 2019 e 2020, dentro das
estruturas de sombreamento de pleno sol, 50%, 80%, 35% V e 35%. UTFPR – Câmpus
Dois Vizinhos – PR, 2021.
47
Pleno sol 50% 80% 35% V 35%
50
45
Comprimento total (cm)

40
35
30
25
20
15
10
5
0

nov/19
jul/19
ago/19
set/19

jul/20
ago/20
set/20
fev/19

jun/20
mar/19

mai/19
jun/19

out/19

fev/20
mar/20

mai/20

out/20
nov/20
jan/19

jan/20
dez/18

abr/19

dez/19

abr/20
Verão Outono Inverno Primavera Verão Outono Inverno Primavera

Mês/Estação/Ano

Ao considerar o que houve de incremento no comprimento da parte


aérea da primeira à última análise, as maiores médias foram obtidas quando se fez
uso das telas pretas, independentemente do tipo de intensidade de sombra (80, 50 e
35%) (Tabela 19).
As telas de coloração vermelha alteram a qualidade da radiação que é
transmitida ao interior da estufa e/ou telado, reduzindo-se a quantidade de ondas das
faixas azul, verde e amarela do espectro, acrescentando ao ambiente as ondas das
faixas do vermelho e vermelho-distante (LI, 2006), importantes para o processo
fotossintético e de fotomorfogênese, que já possibilitou resultados satisfatórios para
rúcula (HIRATA, 2014), Alpinia purpurata (SOUZA et al., 2016), physalis (SILVA et al.,
2016) e Melissa officinalis (BRANT et al., 2008). No presente trabalho, tal resposta
com as telas de coloração preta mostraram que o guapuritizeiro dever ser mais
adaptado ao sombreamento, pois este proporciona as condições mais próximas ao
sombreamento gerado por uma planta na mata.

Tabela 19 – Incremento total da parte aérea (cm) de mudas de guapuritizeiro de acordo com a condição
de sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos - PR, 2021.
Sombreamentos Incremento total (cm)

Pleno sol 20,62 b*

50% 26,7 ab
48
80% 32,50 a

35% V 22,07 b

35% 32,67 a

CV (%) 47,05

*Letras distintas minúsculas na coluna diferem significativamente entre si pelo teste de Duncan (α=
0,05).

Para o incremento de diâmetro do caule em 2019, no verão houve maior


média com tela 35% vermelha; no outono com esta juntamente com a outra de 35%,
só que preta; no inverno com esta última juntamente com as de 80% e 50% e; na
primavera com quase todas, sendo a exceção para 35% vermelha (Tabela 20). No ano
seguinte, o maior incremento em diâmetro foi com 50%; no outono com esta
juntamente com a de 35% preta; no inverno em pleno sol e com 50% e; na primavera
com ambas as últimas e com 35% preta (Tabela 21).
As diferenças entre as mesmas estações ao comparar os dois anos
podem ser devido a diversos fatores, adaptação mais fácil das mudas a condição de
sombra, temperatura, quantidade de reservas, condições nutricional e hídrica etc.
Entretanto, se comparar o incremento no comprimento da parte aérea
(Tabelas 18 e 19) com o obtido no diâmetro (Tabelas 20 e 21) houve estações em que
ambas as variáveis tiveram médias de maior incremento, o que demonstra que o
guapuritizeiro parece concentrar seu crescimento em determinado período, fazendo-
o uniformemente, tanto verticalmente quanto horizontalmente.

Tabela 20 – Incremento em diâmetro do caule (mm) de mudas de guapuritizeiro de acordo com


estações do ano de 2019 x condição de sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos
- PR, 2021.
Estação/Ano
Sombreamento
Verão/2019 Outono/2019 Inverno/2019 Primavera/2019

Pleno Sol 0,25 b AB* 0,26 bc A 0,13 c B 0,25 a AB

50% 0,20 bc A 0,18 c A 0,19 abc A 0,24 a A

80% 0,16 bc A 0,17 c A 0,26 ab A 0,16 ab A

35% V 0,39 a A 0,39 a A 0,15 bc B 0,12 b B

35% 0,09 c B 0,38 ab A 0,30 a A 0,27 a A


49
CV (%) 7,75

*Letras distintas maiúsculas na linha e minúsculas na coluna diferem significativamente entre si pelo
teste de Duncan (α= 0,05).

Tabela 21 – Incremento em diâmetro do caule (mm) de mudas de guapuritizeiro de acordo com


estações do ano de 2020 x condição de sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos
- PR, 2021.
Estação/Ano
Sombreamento
Verão/2020 Outono/2020 Inverno/2020 Primavera/2020

Pleno Sol 0,36 b A* 0,35 a A 0,37 a A 0,29 a A

50% 0,84 a A 0,29 ab B 0,27 ab B 0,33 a B

80% 0,21 c A 0,20 bc A 0,19 b A 0,14 b A

35% V 0,19 c A 0,13 c A 0,22 b A 0,16 b A

35% 0,28 bc AB 0,34 a AB 0,18 b B 0,36 a A

CV (%) 7,77

*Letras distintas maiúsculas na linha e minúsculas na coluna diferem significativamente entre si pelo
teste de Duncan (α= 0,05).

O diâmetro do caule é importante para as plantas, sendo responsável


por proporcionar sustentação a planta, onde seu incremento está relacionado com a
atividade cambial que depende dos carboidratos produzidos pela fotossíntese, sendo
dessa forma, indicador da eficiência dos processos fotossintéticos (SCALON et al.,
2001; PAIVA et al., 2003).
Na condição de pleno sol, 50% de sombreamento e com 35% vermelha
as médias entre os incrementos proporcionados no segundo ano (Tabela 21) e, com
50 e 80% no primeiro ano (Tabela 20), não diferiram significativamente entre si. Com
50% em 2020, o maior incremento ocorreu no verão, que se manteve com uso de
35%, porém este não diferiu do outono e primavera (Tabela 21). No primeiro ano, em
pleno sol, a única exceção em que não houve maior incremento foi no inverno, com
35% vermelha, os maiores foram obtidos no verão e outono e, com 35% preta somente
após o verão (Tabela 20).
Analisando-se o incremento no caule em 2019, obteve-se no verão e na
primavera médias que não diferiram entre si nas condições de sombreamento
estudadas, fato que não se manteve no outono cujo maior média foi com a condição
50
de 35% preta e no inverno que além desta última citada, também teve com 80% e
pleno sol (Tabela 22). No ano seguinte, manteve-se incrementos sem diferenças
significativas na primavera, sendo esta única então com este comportamento. No
verão, os maiores incrementos ocorreram em pleno sol, com 80% e 35% preta; no
outono com mesmos 80% e 35% preta juntamente com 50%; no inverno com pleno
sol, 35 e 50% (Tabela 23).
Comparando-se os resultados das Tabelas 22 e 23 com aqueles das
Tabelas 20 e 21, verificou-se que não houve situação em determinadas estações do
ano em que o crescimento do caule foi priorizado em relação ao seu diâmetro,
ocorrendo em algumas condições de luminosidade incremento uniforme de ambas as
partes, respectivamente. Já para Porto (2018) e Hossel (2019), o crescimento do
diâmetro e altura do caule, ocorreu em diferentes períodos, observando-se
sincronismo entre o desenvolvimento de ambas.

Tabela 22 – Incremento em comprimento do caule (cm) de mudas de guapuritizeiro de acordo com


estações do ano de 2019 x condição de sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos
- PR, 2021.
Estação/Ano
Sombreamento
Verão/2019 Outono/2019 Inverno/2019 Primavera/2019

Pleno Sol 0,18 a B* 0,54 b A 0,49 a A 0,31 a AB

50% 0,26 a B 0,68 b A 0,15 bc B 0,16 a B

80% 0,11 a A 0,24 c A 0,27 abc A 0,19 a A

35% V 0,39 a AB 0,57 b A 0,08 c C 0,15 a BC

35% 0,33 a B 1,09 a A 0,38 ab B 0,35 a B

CV (%) 17,03

*Letras distintas maiúsculas na linha e minúsculas na coluna diferem significativamente entre si pelo
teste de Duncan (α= 0,05).

Tabela 23 – Incremento em comprimento do caule (cm) de mudas de guapuritizeiro de acordo com


estações do ano de 2020 x condição de sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos
- PR, 2021.
Estação/Ano
Sombreamento
Verão/2020 Outono/2020 Inverno/2020 Primavera/2020

Pleno Sol 0,40 ab A* 0,21 b A 0,40 ab A 0,33 a A


51
50% 0,29 b B 0,58 a A 0,58 a A 0,35 a AB

80% 0,38 ab AB 0,45 a A 0,15 c C 0,19 a BC

35% V 0,08 c A 0,16 b A 0,25 bc A 0,26 a A

35% 0,56 a A 0,53 a A 0,36 abc A 0,39 a A

CV (%) 13,02

*Letras distintas maiúsculas na linha e minúsculas na coluna diferem significativamente entre si pelo
teste de Duncan (α= 0,05).

Em cada condição de sombreamento analisada quanto ao incremento


do comprimento do caule verificou-se que não houve diferenças significativas entre as
médias na condição de 80% em 2019 (Tabela 22) e, de pleno sol, 35% preta e
vermelha (Tabela 23). Em 2019, com pleno sol, os maiores incrementos ocorreram no
outono, inverno e primavera; com 50% no outono; com 35% preta no outono e, com
35% vermelha no outono e verão (Tabela 22). No ano seguinte, na condição de 50%
houve maiores incrementos também no outono, juntamente com inverno e primavera
e; com 80% de sombreamento no verão e outono (Tabela 23).
Os maiores incrementos ocorridos no caule das mudas de guapuritizeiro
(Tabelas 22 e 23) podem ter influenciado para o surgimento do maior número de
brotações (Tabela 24 e 25), uma vez que, de acordo com cada estação, houve
similaridade nos resultados.

Tabela 24 – Incremento em número de brotações primárias de mudas de guapuritizeiro de acordo com


estações do ano de 2019 x condição de sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos
- PR, 2021.
Estação/Ano
Sombreamento
Verão/2019 Outono/2019 Inverno/2019 Primavera/2019

Pleno Sol 0,12 bc B* 0,17 bc AB 0,16 a AB 0,32 a A

50% 0,30 ab A 0,33 ab A 0,22 a A 0,29 a A

80% 0,08 c B 0,10 c AB 0,20 a AB 0,27 a A

35% V 0,28 ab A 0,24 bc AB 0,12 a AB 0,07 b B

35% 0,31 a AB 0,46 a A 0,18 a B 0,27 a AB

CV (%) 11,37

*Letras distintas maiúsculas na linha e minúsculas na coluna diferem significativamente entre si pelo
teste de Duncan (α= 0,05).
52

Tabela 25 – Incremento em número de brotações primárias de mudas de guapuritizeiro de acordo com


estações do ano de 2020 x condição de sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos
- PR, 2021.
Estação/Ano
Sombreamento
Verão/2020 Outono/2020 Inverno/2020 Primavera/2020

Pleno Sol 0,34 ab A* 0,17 ab AB 0,29 ab AB 0,13 b B

50% 0,19 bc A 0,34 a A 0,35 a A 0,23 ab A

80% 0,22 bc A 0,12 b A 0,13 b A 0,14 b A

35% V 0,13 c B 0,11 b B 0,14 b B 0,36 a A

35% 0,51 a A 0,28 ab B 0,29 ab B 0,15 b B

CV (%) 11,92

*Letras distintas maiúsculas na linha e minúsculas na coluna diferem significativamente entre si pelo
teste de Duncan (α= 0,05).

No primeiro ano, na estação do verão, os maiores incrementos em


número de brotações ocorreram com 50%, 35% preta e 35% vermelha; no outono com
35% preta e 50%; no inverno as condições de sombreamento não influenciaram de
maneira diferenciada, estando os incrementos com padrão uniforme e, na primavera
a única exceção ficou com 35% vermelha que apresentou média menor em
comparação aos demais (Tabela 24). Por outro lado, no ano seguinte, o número de
brotações primárias emitidas, pareceu manter certo padrão quanto as maiores
médias, uma vez que, no verão houve nas condições de pleno sol e 35%; no outono
e inverno com estas mesmas juntamente com 50% e; na primavera com 50% e 35%
vermelha (Tabela 25).
Com isso, observou-se que as condições de pleno sol, 50% e 35%
estiveram entre aquelas que possibilitaram maior incremento no número de brotações
primárias em pelo menos três estações do ano de 2020, acreditando-se que
possibilitaram ambiente favorável para diferenciação meristemática na região cambial
e consequentemente maiores respostas.
Comparando-se as estações do ano em 2019, verificou-se que em pleno
sol e com 80%, os maiores números de brotações primárias surgiram no outono,
inverno e primavera. Com 35% preta e vermelha, ambas apresentaram no verão e
outono, sendo para a primeira também com inverno e na segunda na primavera. Com
53
50%, as médias não diferiram significativamente entre si (Tabela 24), fato que se
repetiu também em 2020 para esta e para condição de 80% (Tabela 25). Com pleno
sol, as maiores médias ocorreram no verão, outono e inverno; com 35% vermelha na
primavera e 35% no verão (Tabela 25).
Tal situação demonstrou que a resposta para o maior incremento do
número de brotações pode ser mantida em mesma estação ao longo de pelo menos
dois anos ou não, o que pode ser influenciada pela condição fisiológica da matriz
associado à do ambiente.
Entretanto, pode-se ter maior número de brotações, mas de baixo vigor,
muitas vezes não sendo favorável a formação da muda de qualidade. O que foi obtido
para o comprimento das brotações primárias em 2019, no verão, que o maior
incremento ocorreu com 50%, sendo este mantido na primavera juntamente com 80%.
No outono e inverno, a única exceção ocorreu com pleno sol, que apresentou em
ambas as estações médias que não foram superiores como ocorreu nas demais
(Tabela 26). Em 2020, no verão os incrementos no comprimento das brotações
primárias não diferenciaram significativamente entre si, fato que não se manteve ao
longo do ano, uma vez que, no outono as maiores médias ocorreram com 50%, 80%
e 35% e; no inverno com 50%, 80% e 35% vermelha e, na primavera com 35% (Tabela
27).

Tabela 26 – Comprimento de brotações primárias (cm) de mudas de guapuritizeiro de acordo com


estações do ano de 2019 x condição de sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos
– PR, 2021.
Estação/Ano
Sombreamento
Verão/2019 Outono/2019 Inverno/2019 Primavera/2019

Pleno Sol 2,12 c AB* 3,30 b A 1,27 b B 3,00 c A

50% 6,55 a AB 5,10 a B 5,89 a B 8,15 a A

80% 3,59 b B 4,98 a AB 5,85 a A 6,78 ab A

35% V 4,55 b A 5,40 a A 5,75 a A 5,92 b A

35% 3,28 bc B 5,73 a A 5,42 a A 3,02 c B

CV (%) 23,98

*Letras distintas maiúsculas na linha e minúsculas na coluna diferem significativamente entre si pelo
teste de Duncan (α= 0,05).
54
Tabela 27 – Comprimento de brotações primárias (cm) de mudas de guapuritizeiro de acordo com
estações do ano de 2020 x condição de sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos
– PR, 2021.
Estação/Ano
Sombreamento
Verão/2020 Outono/2020 Inverno/2020 Primavera/2020

Pleno Sol 8,46 a A* 8,54 b A 7,85 b A 7,01 c A

50% 10,58 a A 9,90 ab A 9,82 ab A 10,52 b A

80% 7,85 a B 11,94 a A 9,89 ab AB 10,18 b AB

35% V 11,10 a AB 8,07 b B 12,13 a A 9,46 bc AB

35% 10,63 a BC 12,76 a AB 7,90 b C 14,55 a A

CV (%) 22,62

*Letras distintas maiúsculas na linha e minúsculas na coluna diferem significativamente entre si pelo
teste de Duncan (α= 0,05).

Quanto as respostas de incremento para o comprimento das brotações


em cada condição de sombreamento, no ano de 2019, obteve-se com pleno sol
maiores médias no verão, outono e primavera; com 50% no verão e primavera; com
80% no outono, inverno e primavera; com 35% preta no outono e inverno e, com 35%
vermelha as médias nas estações não diferiram significativamente (Tabela 26), no
qual foi repetido em pleno sol e 50% em 2020 (Tabela 27). Na condição de 80%, as
maiores médias foram mantidas no outono, inverno e primavera, condição igual ao do
ano anterior (Tabela 26), com 35% preta para o outono e primavera e, com 35%
vermelha, no verão, inverno e primavera (Tabela 27).
Quanto ao número de folhas novas nas mudas de guapuritizeiro, no
primeiro ano, obteve-se no verão as maiores médias com 50% e 35% preta; no outono
em pleno sol, 50% e 35% vermelha; no inverno com 50%, 80% e 35% vermelha e; na
primavera com 50% e 80% (Tabela 28). No segundo ano, o verão obteve-se o maior
número de folhas com 50%, 35% preta e vermelha; no outono e primavera com 35%,
estando está também presente como de média superior no inverno, juntamente com
as condições de sombreamentos de 50% e pleno sol (Tabela 29).
A emissão de novas folhas no segundo ano seguiu maior incremento na
condição de 35% preta, com alguma variação que mostrou outras duas condições
como também de maior média (Tabela 29).
55
Tal fato é importante para formação das mudas, porque além da
estrutura da futura copa da planta, as folhas são as principais fontes para produção
fotossintética (Tabela 29).
Stefeni (2018), analisando o crescimento de mudas de pitangueira nas
diferentes condições de sombreamento, verificou resultado similar do presente
trabalho, em que constatou que houve maiores emissões de folhas novas com
sombreamento 35% na cor da tela preta, juntamente com a tela 50%. Da mesma
forma, Campos; Uchida (2002), avaliando Jacaranda copaia, obtiveram maior número
de folhas com o sombreamento 30%.

Tabela 28 – Número de folhas novas de mudas de guapuritizeiro de acordo com estações do ano de
2019 x condição de sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos - PR, 2021.
Estação/Ano
Sombreamento
Verão/2019 Outono/2019 Inverno/2019 Primavera/2019

Pleno Sol 0,44 b B* 2,42 ab A 1,71 b AB 2,94 b A

50% 3,88 a AB 2,00 ab B 3,82 a AB 5,63 a A

80% 1,82 b B 1,11 b B 4,64 a A 5,06 ab A

35% V 1,93 b AB 3,88 a A 2,70 ab AB 1,12 c B

35% 4,35 a A 1,12 b B 1,62 b B 1,22 c B

CV (%) 42,64

*Letras distintas maiúsculas na linha e minúsculas na coluna diferem significativamente entre si pelo
teste de Duncan (α= 0,05).

Tabela 29 – Número de folhas novas de mudas de guapuritizeiro de acordo com estações do ano de
2020 x condição de sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos - PR, 2021.
Estação/Ano
Sombreamento
Verão/2020 Outono/2020 Inverno/2020 Primavera/2020

Pleno Sol 5,78 bc A* 2,29 b A 3,68 ab A 1,67 cd A

50% 7,28 ab A 0,83 b C 5,67 a AB 2,96 bc BC

80% 1,81 c A 2,79 b A 1,12 b A 0,30 d A

35% V 6,53 ab A 1,24 b B 1,06 b B 6,15 b A

35% 8,69 a B 8,95 a B 5,78 a B 23,52 a A

CV (%) 55,82
56
*Letras distintas maiúsculas na linha e minúsculas na coluna diferem significativamente entre si pelo
teste de Duncan (α= 0,05).

Quanto as avaliações entre as estações do ano para cada ambiente,


observou-se que em 2019 na condição de pleno sol, as maiores médias para o
incremento de folhas novas ocorreram no outono inverno e primavera; para 50% de
sombreamento no verão, inverno e primavera; para 80% de sombreamento no inverno
e primavera; para 35% vermelha no verão, outono e inverno e; para 35% preta no
verão (Tabela 28).
No ano seguinte, as condições de pleno sol e 80%, ambas condições
extremas de luminosidade do presente experimento, não diferenciaram suas médias
significativamente entre si para o número de folhas novas, diferente do que ocorreu
com as outras condições de sombreamento, tendo com 50% as maiores médias no
verão e inverno; com 35% preta na primavera e; com 35% vermelha no verão e
primavera (Tabela 29).
A clorofila total avaliada pareceu seguir uniformidade quanto as maiores
médias, tendo em 2019 no verão, valores que não diferenciaram significativamente
entre si. Nas demais estações do ano houve mesmo comportamento cujas exceções
ficaram no outono com a condição de pleno sol e, no inverno e primavera com 80%,
nos quais tiveram médias menores em comparação as demais (Tabela 30).
No segundo ano, as médias para o teor de clorofila total também não se
diferenciaram significativamente entre si no verão. No outono, inverno e primavera as
maiores médias foram na condição de pleno sol, sendo que esta não diferiu da
condição com 80% e 35% preta para primeira estação citada e com 50% preta com a
última época descrita (Tabela 31).
Acredita-se que no primeiro ano a demanda por fotoassimilados não era
igual à do segundo, estando menor. Dessa forma, principalmente na condição de
pleno sol houve maiores médias no teor de clorofila visando atender tal necessidade,
pois acredita-se que nesta condição de produção de muda era mais favorável pela
iluminância disponível (Figura 6).
Boardman (1977) salienta que as folhas de sombra apresentaram maior
concentração de clorofila (mg/g) do que folhas de sol, porém se o conteúdo for
expresso por unidade de área foliar a concentração foi menor nas folhas de sombra.
57
Entretanto, as respostas do teor de clorofila por unidade de área de diferentes
espécies não são uniformes, conforme demonstram os trabalhos de Shirley (1929);
Bjorkman; Holmgren (1963); Graça. (1983); Nygren; Kellomaki (1983/1984); Tinoco;
Vazques-Yanes (1982) e Lee (1988).
A fotossíntese consiste no processo pelo qual as plantas verdes
transformam a energia radiante do sol em energia química. A molécula de clorofila
presente nos cloroplastos absorve essa energia, ativando o sistema fotossintético
(TAIZ; ZEIGER, 2004).

Tabela 30 – Clorofila total de mudas de guapuritizeiro de acordo com estações do ano de 2019 x
condição de sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos - PR, 2021.
Estação/Ano
Sombreamento
Verão/2019 Outono/2019 Inverno/2019 Primavera/2019

Pleno Sol 41,14 a A* 34,12 b A 40,16 a A 40,62 a A

50% 38,04 a A 44,43 a A 43,62 a A 40,51 a A

80% 37,70 a AB 41,07 a A 31,47 b B 34,56 ab AB

35% V 39,32 a AB 37,45 ab AB 40,86 a A 31,35 b B

35% 34,84 a A 37,91 ab A 37,00 ab A 41,18 a A

CV (%) 13,05

*Letras distintas maiúsculas na linha e minúsculas na coluna diferem significativamente entre si pelo
teste de Duncan (α= 0,05).

Tabela 31 – Clorofila total de mudas de guapuritizeiro de acordo com estações do ano de 2020 x
condição de sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos - PR, 2021.
Estação/Ano
Sombreamento
Verão/2020 Outono/2020 Inverno/2020 Primavera/2020

Pleno Sol 40,29 a C* 42,30 abc BC 49,76 a A 47,93 ab AB

50% 44,22 a B 39,70 c B 43,36 b B 50,65 a A

80% 41,60 a AB 46,07 ab A 36,39 c B 40,50 c AB

35% V 44,01 a A 41,34 bc A 41,86 bc A 38,89 c A

35% 40,75 a B 48,24 a A 43,24 b AB 42,47 bc AB

CV (%) 10,88

*Letras distintas maiúsculas na linha e minúsculas na coluna diferem significativamente entre si pelo
teste de Duncan (α= 0,05).
58

Em 2019, nas condições de pleno sol, 50% e 35% de sombreamento


com telas pretas, as médias não diferiram significativamente entre si para o teor de
clorofila total, seguindo quase que mesmo padrão para 80% e 35% vermelha, cujas
exceções ficaram no inverno e primavera, que tiveram as menores médias,
respectivamente (Tabela 30). No ano seguinte, na condição de 35% vermelha repetiu-
se mesmo comportamento do ano anterior, com as médias assemelhando-se
significativamente, fato que não se manteve nas demais condições, uma vez que, no
pleno sol, o inverno e primavera destacaram-se como os de maior média; com 50%
na primavera; com 80% no verão, outono e primavera e; com 35% preta no outono,
inverno e primavera (Tabela 31).
O número de folhas e o teor de clorofila total são fundamentais para
realização de maior ou menor fotossíntese, que muitas vezes pode ser compensada
pela área foliar visando compensar alguma condição de luminosidade que não seja
satisfatória para planta (CAMPOS; UCHIDA, 2002).
Neste sentido, a maior área foliar nas mudas de guapuritizeiro foram
obtidas com as condições de maior sombreamento (50 e 80%) (Tabela 32), o que pode
ser justificado como resposta ao estresse pela menor iluminância, visando compensar
para que a atividade fotossintética não fosse tão afetada.
A planta quando mantida em ambiente com menor taxa de luminosidade,
tenta buscar de alguma forma recompensar a falta da mesma. Dessa forma, a planta
responde com o aumento da área foliar, visando sua sobrevivência, pois expandindo
a folha ela absorve maior quantidade de fótons de luz, compensando o maior
sombreamento (DOTTO, 2015).

Tabela 32 – Área foliar (cm2), diâmetro de colo (mm), massa fresca da parte aérea (g), massa fresca
da raiz (g), massa seca da parte aérea (g), massa seca da raiz (g) e massa seca total (g)
de mudas de guapuritizeiro de acordo com a condição de sombreamento. UTFPR –
Câmpus Dois Vizinhos - PR, 2021.
Área foliar Diâmetro de MF parte MF raiz (g) MS parte MS raiz (g) MS total (g)
Sombreamentos
(cm2) colo (mm) aérea (g) aérea (g)

Pleno sol 65,12 c* 7,95ns 19,12ns 8,67ns 10,18ns 4,57ns 14,78ns

50% 89,35 a 7,72 22,49 12,00 12,30 6,61 19,21


59
80% 89,57 a 9,73 55,94 15,62 28,95 8,82 37,82

35% V 54,21 d 8,95 30,41 20,68 18,34 10,56 31,81

35% 77,59 b 10,92 47,75 26,27 27,87 16,34 44,28

CV (%) 8,70 27,49 50,67 63,82 54,92 31,48 57,93

*Letras distintas minúsculas na coluna diferem significativamente entre si pelo teste de Duncan (α=
0,05).
ns: não significativo pelo teste F.

Respostas similares foram encontradas por Porto (2018), avaliando


mudas de jabuticabeira híbrida mantidas em diferentes níveis de sombreamento, cuja
maior área foliar ocorreu no ambiente contendo telas com menor iluminância. Da
mesma forma, Stefeni (2018) com mudas de pitangueira e Dotto (2015) com
jabuticabeira Açú paulista.
Araújo (2009) também encontrou similaridade para esta variável com
mudas de jatobá (Hymenaea courbaril), ocorrendo aumento da área foliar com
aumento do sombreamento com diferentes níveis de irradiância. Frigeri (2007)
encontrou semelhança nos resultados com plântulas de espécies arbóreas tropicais
com diferentes intensidades luminosas.
A única exceção das variáveis avaliadas ao final do experimento que
teve significância foi a área foliar, com as demais não tendo diferenças significativas
(Tabelas 32 e 33).

Tabela 33 – Arquitetura de planta, Índice de qualidade de Dickson (IQD), comprimento total (cm),
comprimento da raiz (cm), número de raízes e volume do sistema radicular (cm3) de mudas
guapuritizeiro de acordo com condição de sombreamento. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos
- PR, 2021.
Arquitetura IQD Comprimento Comprimento Número Volume do
Sombreamentos
da raiz (cm) de raízes SR (cm )
3
de planta total (cm)

Pleno sol 5,75ns 10,89ns 63,37ns 18,42ns 37,25ns 6,37ns

50% 4,00 15,42 70,75 36,37 32,00 17,06

80% 4,75 17,00 98,12 40,25 30,62 13,12

35% V 6,25 22,74 86,81 32,75 37,25 17,75

35% 6,75 30,56 93,28 47,62 32,75 21,41

CV (%) 24,39 27,82 24,29 27,62 23,44 64,13


60
ns: não significativo pelo teste F.

4.4 COMPORTAMENTO INICIAL DAS MUDAS TRANSPLANTADAS A CAMPO,


APÓS SEREM FORMADAS EM DISTINTAS CONDIÇÕES DE SOMBREAMENTO

As mudas de cabeludinha e guapuritizeiro produzidas em diferentes


condições de sombreamento (pleno sol, 50%, 80%, 35% V e 35%), foram
transplantadas no dia 08 de dezembro de 2020, sem nenhum tipo de aclimatação.
Os dados diários de temperatura média durante este período, umidade
relativa e precipitação acumulada, foram coletas da estação meteorológica da UTFPR
– Câmpus Dois Vizinhos, cujas temperaturas médias no campo variaram de 21,76 a
25,96 °C, apresentando certa queda nos dias com chuva (Figura 9).
A precipitação acumulada no período foi de 37,4 mm, porém diariamente
as plantas foram irrigadas até capacidade de campo, uma vez por dia. A umidade
relativa do ar ficou superior a 60% em todos os dias da avaliação.

Figura 9 – Temperatura média (ºC) e precipitação acumulada (mm) ocorridas durante os dias de
avaliação das mudas em condição de pomar, obtidas da estação meteorológica do INMET
(8º distrito Meteorológico –– DISME), situada na UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos – PR,
2021.
Temperatura Precipitação

27 25
26
20
25
Precipitação (mm)
Temperatura (°C)

24 15
23
22 10

21
5
20
19 0

Figura 10 – Umidade relativa (%) e precipitação acumulada (mm) ocorridas durante os dias de
avaliação das mudas em condição de pomar, obtidas da estação meteorológica do INMET
61
(8º distrito Meteorológico –– DISME), situada na UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos – PR,
2021.
Umidade Precipitação

100.00 25
90.00
80.00 20
Umidade Relativa (%)

70.00

Precipitação (mm)
60.00 15
50.00
40.00 10
30.00
20.00 5
10.00
0.00 0

Com a cabeludinha houve apenas uma mortalidade para esta espécie,


a qual ocorreu na condição em que as mudas foram produzidas em 80% de
sombreamento.
Com o guapuritizeiro, houve 100% de sobrevivência, o que comprova
que tais condições de temperatura e umidade relativa do ar após transplantio não
proporcionaram efeito negativo.
Acredita-se que o alto índice de sobrevivência das mudas foram pelas
irrigações diárias realizadas, pois a precipitação diária nos dias de avaliações foi
baixa.
De acordo com os resultados, com base nesta escala de notas, as
médias em todas as condições ficaram com nota 1,0 para as duas espécies avaliadas
(Tabelas 34 e 35 e; Figuras 11 e 12).
Da mesma forma que Stefeni (2018) observou que mudas de pitangueira
produzidas em diferentes intensidades luminosas e após transplantadas a campo,
apresentaram boa sobrevivência e menos de 20% de queimadura ou queda das
folhas. Voss (2020) com mudas de guabijuzeiro obteve mesmo resultado.
Isso demonstra ampla capacidade de adaptação das fruteiras nativas
Myrtaceaes a condição de cultivo, se proporcionado irrigação continua pós-plantio.
62

Tabela 34 – Notas atribuídas as mudas de cabeludinha de acordo com a quantidade de folhas caídas
e queimadas após plantio a campo de acordo com a escala de Silva et al. (2008). UTFPR
– Câmpus Dois Vizinhos - PR, 2021.
Sombreamentos Folhas caídas Folhas queimadas

Pleno sol 1,00 1,00

50% 1,00 1,08

80% 1,16 1,16

35% V 1,00 1,00

35% 1,00 1,00

Figura 11 – Mudas de cabeludinha em condição de campo, 20 dias após transplantio. Pleno sol (A1),
50% (A2), 80% (A3), 35% V (A4), 35% (A5), linha das mudas (A6). UTFPR – Câmpus Dois
Vizinhos – PR, 2021.
63

A1 A2 A3

A4 A5 A6

Tabela 35 – Notas atribuídas as mudas de guapuritizeiro de acordo com a quantidade de folhas caídas
e queimadas após plantio a campo de acordo com a escala de Silva et al. (2008). UTFPR
– Câmpus Dois Vizinhos - PR, 2021.
Sombreamentos Folhas caídas Folhas queimadas

Pleno sol 1,00 1,00

50% 1,00 1,08

80% 1,00 1,24

35% V 1,00 1,00

35% 1,00 1,00

Figura 12 – Mudas de cabeludinha em condição de campo, 20 dias após transplantio. Pleno sol (A1),
50% (A2), 80% (A3), 35% V (A4), 35% (A5), linha das mudas (A6). UTFPR – Câmpus Dois
64
Vizinhos – PR, 2021.

A1 A2 A3

A4 A5 A6
65
5 CONCLUSÕES

Para formação das mudas de cabeludinha (M. glazioviana) pode-se


utilizar ambiente de telado com qualquer sombreamento, cuja única exceção fica para
o pleno sol. Com guapuritizeiro (P. rivularis) os ambientes não exerceram efeito para
formação da muda, havendo somente particularidades em determinadas estações do
ano para incremento maior em algumas variáveis.
As mudas conduzidas em campo após o transplantio, apresentaram boa
capacidade de adaptação e sobrevivência independente da condição de
sombreamento em que foram mantidas para sua formação.
66
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A utilização de telados na produção de mudas de cabeludinha e


guapuritizeiro, se torna ferramenta indispensável para viveiristas, pois estas estruturas
permitem que as plantas sejam produzidas com qualidade, comprovado pelo início de
sua sobrevivência a campo.
Esta técnica gera custos, mão de obra e requer manutenções, porém
acredita-se que o retorno seja compensatório, onde o produtor/viveirista irá obter
mudas em menor tempo e com qualidade.
Para as espécies avaliadas no trabalho, o uso de telas de sombreamento
foi eficiente na formação das mudas, portanto pode ser benéfico para outras espécies,
seja estas da mesma família ou não.
67
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77

APÊNDICES
78
APÊNDICE A – Análise de variância (ANOVA) para a variável incremento em altura
total (cm) de mudas de cabeludinha no ano de 2019, de acordo com as estações do
ano x sombreamento. UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020.
Causas da variação G.L. S.Q Q.M VALOR F PROB.>F
BLOCO 3 0.1666243
LUMINOSI 4 23.4324905 5.8581226 24.8872 0.00001**
ESTAÇÃO 3 2.5163730 0.8387910 3.5635 0.01432*
LUM*EST 12 20.0345654 1.6695471 7.0928 0.00001**
RESÍDUO 377 88.7408910 0.2353870
TOTAL 399 134.8909441
C.V. (%) 26,91
**Significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < 0,01) *Significativo ao nível de 5% de probabilidade
(0,01 ≥ p < 0,05) ns. não significativo (p > 0,05) pelo teste F.

APÊNDICE B – Análise de variância (ANOVA) para a variável incremento em altura


total (cm) de mudas de cabeludinha no ano de 2020, de acordo com as estações do
ano x sombreamento. UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020.
Causas da variação G.L. S.Q Q.M VALOR F PROB.>F
BLOCO 3 2.1523804
LUMINOSI 4 4.0987494 1.0246874 4.6078 0.00156**
ESTAÇÃO 3 0.0630807 0.0210269 0.0946 0.96215ns
LUM*EST 12 10.3756475 0.8646373 3.8881 0.00004**
RESÍDUO 377 83.8371305 0.2223797
TOTAL 399 100.5269884
C.V. (%) 29.906
**Significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < 0,01) *Significativo ao nível de 5% de probabilidade
(0,01 ≥ p < 0,05) ns. não significativo (p > 0,05) pelo teste F.

APÊNDICE C – Análise de variância (ANOVA) para a variável diâmetro do caule (cm)


de mudas de cabeludinha no ano de 2019, de acordo com as estações do ano x
sombreamento. UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020.
Causas da variação G.L. S.Q Q.M VALOR F PROB.>F
BLOCO 3 0.0256509
LUMINOSI 4 1.0176593 0.2544148 23.6405 0.00001**
ESTAÇÃO 3 0.1154055 0.0384685 3.5745 0.01411*
LUM*EST 12 1.7024691 0.1418724 13.1829 0.00001**
79
RESÍDUO 377 4.0572071 0.0107618
TOTAL 399 6.9183919
C.V. (%) 8.79
**Significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < 0,01) *Significativo ao nível de 5% de probabilidade
(0,01 ≥ p < 0,05) ns. não significativo (p > 0,05) pelo teste F.

APÊNDICE D – Análise de variância (ANOVA) para a variável diâmetro do caule (cm)


de mudas de cabeludinha no ano de 2020, de acordo com as estações do ano x
sombreamento. UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020.
Causas da variação G.L. S.Q Q.M VALOR F PROB.>F
BLOCO 3 0.0230437
LUMINOSI 4 1.1806053 0.2951513 22.5020 0.00001**
ESTAÇÃO 3 0.0381636 0.0127212 0.9698 0.59159ns
LUM*EST 12 2.0996891 0.1749741 13.3398 0.00001**
RESÍDUO 377 4.9449909 0.0131167
TOTAL 399 8.2864926
C.V. (%) 9.546
**Significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < 0,01) *Significativo ao nível de 5% de probabilidade
(0,01 ≥ p < 0,05) ns. não significativo (p > 0,05) pelo teste F.

APÊNDICE E – Análise de variância (ANOVA) para a variável comprimento do caule


(cm) de mudas de cabeludinha no ano de 2020, de acordo com as estações do ano x
sombreamento. UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020.
Causas da variação G.L. S.Q Q.M VALOR F PROB.>F
BLOCO 3 0.1396673
LUMINOSI 4 1.1449417 0.2862354 12.3118 0.00001**
ESTAÇÃO 3 0.2418462 0.0806154 3.4675 0.01621*
LUM*EST 12 0.9430849 0.0785904 3.3804 0.00022**
RESÍDUO 377 8.7648432 0.0232489
TOTAL 399 11.2343833
C.V. (%) 12.974
**Significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < 0,01) *Significativo ao nível de 5% de probabilidade
(0,01 ≥ p < 0,05) ns. não significativo (p > 0,05) pelo teste F.
80
APÊNDICE F – Análise de variância (ANOVA) para a variável número de brotações de
mudas de cabeludinha no ano de 2019, de acordo com as estações do ano x
sombreamento. UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020.
Causas da variação G.L. S.Q Q.M VALOR F PROB.>F
BLOCO 3 0.0957259
LUMINOSI 4 2.3334905 0.5833726 9.9511 0.00001**
ESTAÇÃO 3 0.3129021 0.1043007 1.7792 0.14907ns
LUM*EST 12 2.0549760 0.1712480 2.9211 0.00093**
RESÍDUO 377 22.1011361 0.0586237
TOTAL 399 26.8982306
C.V. (%) 20.295
**Significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < 0,01) *Significativo ao nível de 5% de probabilidade
(0,01 ≥ p < 0,05) ns. não significativo (p > 0,05) pelo teste F.

APÊNDICE G – Análise de variância (ANOVA) para a variável comprimento de


brotações (cm) de mudas de cabeludinha no ano de 2019, de acordo com as estações
do ano x sombreamento. UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020.
Causas da variação G.L. S.Q Q.M VALOR F PROB.>F
BLOCO 3 148.3026407
LUMINOSI 4 2969.4668081 742.3667020 25.1634 0.00001**
ESTAÇÃO 3 220.3088894 73.4362965 2.4892 0.05888ns
LUM*EST 12 1811.3140771 150.9428398 5.1164 0.00001**
RESÍDUO 377 11122.2171578 29.5019023
TOTAL 399 16271.6095733
C.V. (%) 37.075
**Significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < 0,01) *Significativo ao nível de 5% de probabilidade
(0,01 ≥ p < 0,05) ns. não significativo (p > 0,05) pelo teste F.

APÊNDICE H – Análise de variância (ANOVA) para a variável comprimento de


brotações (cm) de mudas de cabeludinha no ano de 2020, de acordo com as estações
do ano x sombreamento. UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020.
Causas da variação G.L. S.Q Q.M VALOR F PROB.>F
BLOCO 3 431.3956462
LUMINOSI 4 3645.5535786 911.3883947 21.0139 0.00001**
ESTAÇÃO 3 143.5862982 47.8620994 1.1036 0.34773ns
LUM*EST 12 6455.0838943 537.9236579 12.4029 0.00001**
81
RESÍDUO 377 16350.7877897 43.3707899
TOTAL 399 27026.4072071
C.V. (%) 27.733
**Significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < 0,01) *Significativo ao nível de 5% de probabilidade
(0,01 ≥ p < 0,05) ns. não significativo (p > 0,05) pelo teste F.

APÊNDICE I – Análise de variância (ANOVA) para a variável número de folhas de


mudas de cabeludinha no ano de 2019, de acordo com as estações do ano x
sombreamento. UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020.
Causas da variação G.L. S.Q Q.M VALOR F PROB.>F
BLOCO 3 4.6637401
LUMINOSI 4 487.1407367 21.7851842 27.3799 0.00001**
ESTAÇÃO 3 7.2718977 2.4239659 3.0465 0.02815*
LUM*EST 12 1275.7826986 6.3152249 7.9371 0.00001**
RESÍDUO 377 299.9648129 0.7956626
TOTAL 399 474.8238860
C.V. (%) 28.598
**Significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < 0,01) *Significativo ao nível de 5% de probabilidade
(0,01 ≥ p < 0,05) ns. não significativo (p > 0,05) pelo teste F.

APÊNDICE J – Análise de variância (ANOVA) para a variável número de folhas de


mudas de cabeludinha no ano de 2020, de acordo com as estações do ano x
sombreamento. UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020.
Causas da variação G.L. S.Q Q.M VALOR F PROB.>F
BLOCO 3 18.7512589
LUMINOSI 4 57.7401289 14.4350322 10.9422 0.00001**
ESTAÇÃO 3 1.5305883 0.5101961 0.3867 0.76604ns
LUM*EST 12 323.8461881 26.9871823 20.4572 0.00001**
RESÍDUO 377 497.3402281 1.3192048
TOTAL 399 899.2083923
C.V. (%) 25.588
**Significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < 0,01) *Significativo ao nível de 5% de probabilidade
(0,01 ≥ p < 0,05) ns. não significativo (p > 0,05) pelo teste F.
82
APÊNDICE K – Análise de variância (ANOVA) para a variável clorofila total de mudas
de cabeludinha no ano de 2019, de acordo com as estações do ano x sombreamento.
UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020.
Causas da variação G.L. S.Q Q.M VALOR F PROB.>F
BLOCO 3 670.4328161
LUMINOSI 4 3175.2368224 793.8092056 14.3207 0.00001**
ESTAÇÃO 3 1316.3787813 438.7929271 7.9160 0.00014**
LUM*EST 12 9319.9699579 776.6641632 14.0114 0.00001**
RESÍDUO 377 20897.4182018 55.4308175
TOTAL 399 35379.4365794
C.V. (%) 17.252
**Significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < 0,01) *Significativo ao nível de 5% de probabilidade
(0,01 ≥ p < 0,05) ns. não significativo (p > 0,05) pelo teste F.

APÊNDICE L – Análise de variância (ANOVA) para a variável clorofila total de mudas


de cabeludinha no ano de 2020, de acordo com as estações do ano x sombreamento.
UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020.
Causas da variação G.L. S.Q Q.M VALOR F PROB.>F
BLOCO 3 196.4288928
LUMINOSI 4 2256.5300779 564.1325195 5.8824 0.00029**
ESTAÇÃO 3 4.7417868 1.5805956 0.0165 0.99669ns
LUM*EST 12 23861.2806029 1988.440050 0.0165 0.00001**

RESÍDUO 377 36154.8077557 95.9013468


TOTAL 399 62473.7891161
C.V. (%) 20.610
**Significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < 0,01) *Significativo ao nível de 5% de probabilidade
(0,01 ≥ p < 0,05) ns. não significativo (p > 0,05) pelo teste F.

APÊNDICE M – Análise de variância (ANOVA) para a variável massa fresca da parte


aérea de mudas de cabeludinha, de acordo com os tratamentos de intensidade
luminosa. UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020.
Causas da variação G.L. S.Q Q.M VALOR F PROB.>F
BLOCO 3 2013.0905949
AMBIENTE 4 48269.3672090 12067.3418022 7.3058 0.00355**
RESÍDUO 12 19821.0848543 1651.7570712
TOTAL 19 70103.5426582
83
C.V. (%) 33.350
**Significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < 0,01) *Significativo ao nível de 5% de probabilidade
(0,01 ≥ p < 0,05) ns. não significativo (p > 0,05) pelo teste F.

APÊNDICE N – Análise de variância (ANOVA) para a variável massa seca da parte


aérea de mudas de cabeludinha, de acordo com os tratamentos de intensidade
luminosa. UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020.
Causas da variação G.L. S.Q Q.M VALOR F PROB.>F
BLOCO 3 755.7410438
AMBIENTE 4 16630.0045411 4157.5011353 6.5464 0.00525**
RESÍDUO 12 7620.9596346 635.0799696
TOTAL 19 25006.7052195
C.V. (%) 35.060
**Significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < 0,01) *Significativo ao nível de 5% de probabilidade
(0,01 ≥ p < 0,05) ns. não significativo (p > 0,05) pelo teste F.

APÊNDICE O – Análise de variância (ANOVA) para a variável massa seca total de


mudas de cabeludinha, de acordo com os tratamentos de intensidade luminosa.
UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020.
Causas da variação G.L. S.Q Q.M VALOR F PROB.>F
BLOCO 3 1729.9021745
AMBIENTE 4 26989.5047468 6747.3761867 5.5682 0.00923**
RESÍDUO 12 14541.1377324 1211.7614777
TOTAL 19 43260.5446538
C.V. (%) 35.253
**Significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < 0,01) *Significativo ao nível de 5% de probabilidade
(0,01 ≥ p < 0,05) ns. não significativo (p > 0,05) pelo teste F.

APÊNDICE P – Análise de variância (ANOVA) para a variável comprimento total de


mudas de cabeludinha, de acordo com os tratamentos de intensidade luminosa.
UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020.
Causas da variação G.L. S.Q Q.M VALOR F PROB.>F
BLOCO 3 228.9593750

AMBIENTE 4 4182.5750000 1045.6437500 5.8148 0.00795**

RESÍDUO 12 2157.9000000 179.8250000


TOTAL 19 6569.4343750
84
C.V. (%) 12.080
**Significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < 0,01) *Significativo ao nível de 5% de probabilidade
(0,01 ≥ p < 0,05) ns. não significativo (p > 0,05) pelo teste F.

APÊNDICE Q – Análise de variância (ANOVA) para a variável comprimento da raiz de


mudas de cabeludinha, de acordo com os tratamentos de intensidade luminosa.
UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020.
Causas da variação G.L. S.Q Q.M VALOR F PROB.>F
BLOCO 3 185.9954601
AMBIENTE 4 439.1922812 109.7980703 3.4747 0.04146*
RESÍDUO 12 379.1868399 31.5989033
TOTAL 19 1004.3745812
C.V. (%) 15.711
**Significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < 0,01) *Significativo ao nível de 5% de probabilidade
(0,01 ≥ p < 0,05) ns. não significativo (p > 0,05) pelo teste F.

APÊNDICE R – Análise de variância (ANOVA) para a variável número de raízes


secundárias de mudas de cabeludinha, de acordo com os tratamentos de intensidade
luminosa. UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020.
Causas da variação G.L. S.Q Q.M VALOR F PROB.>F
BLOCO 3 231.1375000
AMBIENTE 4 771.2500000 192.8125000 3.9313 0.02876*
RESÍDUO 12 588.5500000 49.0458333
TOTAL 19 1590.9375000
C.V. (%) 14.552
**Significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < 0,01) *Significativo ao nível de 5% de probabilidade
(0,01 ≥ p < 0,05) ns. não significativo (p > 0,05) pelo teste F.

APÊNDICE S – Análise de variância (ANOVA) para a variável diâmetro de colo de


mudas de cabeludinha, de acordo com os tratamentos de intensidade luminosa.
UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020.
Causas da variação G.L. S.Q Q.M VALOR F PROB.>F
BLOCO 3 10.3513766
AMBIENTE 4 132.6702792 33.1675698 5.3713 0.01045*
RESÍDUO 12 74.0989559 6.1749130
TOTAL 19 217.1206117
C.V. (%) 18.513
85
**Significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < 0,01) *Significativo ao nível de 5% de probabilidade
(0,01 ≥ p < 0,05) ns. não significativo (p > 0,05) pelo teste F.

APÊNDICE T – Análise de variância (ANOVA) para a variável área foliar de mudas de


cabeludinha, de acordo com os tratamentos de intensidade luminosa. UTFPR, Dois
Vizinhos - PR, 2020.
Causas da variação G.L. S.Q Q.M VALOR F PROB.>F
BLOCO 3 573.6302001
AMBIENTE 4 9107.5610175 2276.8902544 8.7233 0.00188**
RESÍDUO 12 3132.1572025 261.0131002
TOTAL 19 12813.3484201
C.V. (%) 11.475
**Significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < 0,01) *Significativo ao nível de 5% de probabilidade
(0,01 ≥ p < 0,05) ns. não significativo (p > 0,05) pelo teste F.

APÊNDICE U – Análise de variância (ANOVA) para a variável comprimento total da


parte aérea (cm) de mudas de guapuritizeiro no ano de 2019 de acordo com as
estações do ano x sombreamento. UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020.
Causas da variação G.L. S.Q Q.M VALOR F PROB.>F
BLOCO 3 0.6133280
LUMINOSI 4 6.6852511 1.6713128 14.5173 0.00001**
ESTAÇÃO 3 1.7998044 0.5999348 5.2111 0.00193**
LUM*EST 12 6.2526837 0.5210570 4.5260 0.00001**
RESÍDUO 377 43.4022552 0.1151253
TOTAL 399 58.7533224
C.V. (%) 23.37
**Significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < 0,01) *Significativo ao nível de 5% de probabilidade
(0,01 ≥ p < 0,05) ns. não significativo (p > 0,05) pelo teste F.

APÊNDICE V – Análise de variância (ANOVA) para a variável comprimento total da


parte aérea (cm) de mudas de guapuritizeiro no ano de 2020 de acordo com as
estações do ano x sombreamento. UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020.
Causas da variação G.L. S.Q Q.M VALOR F PROB.>F
BLOCO 3 0.1179194
LUMINOSI 4 13.1502018 3.2875505 28.2727 0.00001**
ESTAÇÃO 3 0.3989886 0.1329962 1.1438 0.33111ns
LUM*EST 12 4.2782951 0.3565246 3.0661 0.00058**
86
RESÍDUO 377 43.8376111 0.1162801
TOTAL 399 61.7830161
C.V. (%) 24.01
**Significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < 0,01) *Significativo ao nível de 5% de probabilidade
(0,01 ≥ p < 0,05) ns. não significativo (p > 0,05) pelo teste F.

APÊNDICE W – Análise de variância (ANOVA) para a variável diâmetro do caule (mm)


de mudas de guapuritizeiro no ano de 2019 de acordo com as estações do ano x
sombreamento. UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020.
Causas da variação G.L. S.Q Q.M VALOR F PROB.>F
BLOCO 3 0.0315863
LUMINOSI 4 0.0671286 0.0167822 2.2798 0.05932ns
ESTAÇÃO 3 0.0644477 0.0214826 2.9184 0.03334*
LUM*EST 12 0.4611119 0.0384260 5.2201 0.00001**
RESÍDUO 377 2.7751445 0.0073611
TOTAL 399 3.3994190
C.V. (%) 7.75
**Significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < 0,01) *Significativo ao nível de 5% de probabilidade
(0,01 ≥ p < 0,05) ns. não significativo (p > 0,05) pelo teste F.

APÊNDICE X – Análise de variância (ANOVA) para a variável diâmetro do caule (mm)


de mudas de guapuritizeiro no ano de 2020 de acordo com as estações do ano x
sombreamento. UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020.
Causas da variação G.L. S.Q Q.M VALOR F PROB.>F
BLOCO 3 0.0417813
LUMINOSI 4 0.7302320 0.1825580 23.5739 0.00001**
ESTAÇÃO 3 0.1905924 0.0635308 8.2038 0.00011**
LUM*EST 12 0.6139162 0.0511597 6.6063 0.00001**
RESÍDUO 377 2.9195171 0.0077441
TOTAL 399 4.4960389
C.V. (%) 7.77
**Significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < 0,01) *Significativo ao nível de 5% de probabilidade
(0,01 ≥ p < 0,05) ns. não significativo (p > 0,05) pelo teste F.
87
APÊNDICE Y – Análise de variância (ANOVA) para a variável comprimento do caule
(cm) de mudas de guapuritizeiro no ano de 2019 de acordo com as estações do ano x
sombreamento. UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020.
Causas da variação G.L. S.Q Q.M VALOR F PROB.>F
BLOCO 3 0.0183432
LUMINOSI 4 0.8438143 0.2109536 5.4362 0.00051**
ESTAÇÃO 3 1.7540760 0.5846920 15.0672 0.00001**
LUM*EST 12 1.0693197 0.0891100 2.2963 0.00804**
RESÍDUO 377 14.6296938 0.0388056
TOTAL 399 18.3152468
C.V. (%) 17.03
**Significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < 0,01) *Significativo ao nível de 5% de probabilidade
(0,01 ≥ p < 0,05) ns. não significativo (p > 0,05) pelo teste F.

APÊNDICE Z – Análise de variância (ANOVA) para a variável comprimento do caule


(cm) de mudas de guapuritizeiro no ano de 2020 de acordo com as estações do ano x
sombreamento. UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020.
Causas da variação G.L. S.Q Q.M VALOR F PROB.>F
BLOCO 3 0.0802993
LUMINOSI 4 0.7686244 0.1921561 8.4455 0.00002**
ESTAÇÃO 3 0.0548514 0.0182838 0.8036 0.50466ns
LUM*EST 12 0.7084304 0.0590359 2.5947 0.00281**
RESÍDUO 377 8.5777139 0.0227526
TOTAL 399 8.5777139
C.V. (%) 13.02
**Significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < 0,01) *Significativo ao nível de 5% de probabilidade
(0,01 ≥ p < 0,05) ns. não significativo (p > 0,05) pelo teste F.

APÊNDICE AA – Análise de variância (ANOVA) para a variável número de brotações


de mudas de guapuritizeiro no ano de 2019 de acordo com as estações do ano x
sombreamento. UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020.
Causas da variação G.L. S.Q Q.M VALOR F PROB.>F
BLOCO 3 0.0221007
LUMINOSI 4 0.2806633 0.0701658 4.4317 0.00200**
ESTAÇÃO 3 0.0815765 0.0271922 1.7175 0.16135ns
LUM*EST 12 0.4128686 0.0344057 2.1731 0.01247*
88
RESÍDUO 377 5.9688984 0.0158326
TOTAL 399 6.7661075
C.V. (%) 11.37
**Significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < 0,01) *Significativo ao nível de 5% de probabilidade
(0,01 ≥ p < 0,05) ns. não significativo (p > 0,05) pelo teste F.

APÊNDICE AB – Análise de variância (ANOVA) para a variável número de brotações


de mudas de guapuritizeiro no ano de 2020 de acordo com as estações do ano x
sombreamento. UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020.
Causas da variação G.L. S.Q Q.M VALOR F PROB.>F
BLOCO 3 0.0773902
LUMINOSI 4 0.2655119 0.0663780 3.8034 0.00513**
ESTAÇÃO 3 0.0761497 0.0253832 1.4544 0.22526ns
LUM*EST 12 0.5510506 0.0459209 2.6312 0.00247**
RESÍDUO 377 6.5795698 0.0174524
TOTAL 399 7.5496721
C.V. (%) 11.92
**Significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < 0,01) *Significativo ao nível de 5% de probabilidade
(0,01 ≥ p < 0,05) ns. não significativo (p > 0,05) pelo teste F.

APÊNDICE AC – Análise de variância (ANOVA) para a variável comprimento de


brotações (cm) de mudas de guapuritizeiro no ano de 2019 de acordo com as estações
do ano x sombreamento. UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020.
Causas da variação G.L. S.Q Q.M VALOR F PROB.>F
BLOCO 3 4.4496058
LUMINOSI 4 36.0809485 9.0202371 27.7760 0.00001**
ESTAÇÃO 3 4.0759636 1.3586545 4.1837 0.00652**
LUM*EST 12 14.3020806 1.1918400 3.6700 0.00010**
RESÍDUO 377 122.4303032 0.3247488
TOTAL 399 181.3389016
C.V. (%) 23.98
**Significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < 0,01) *Significativo ao nível de 5% de probabilidade
(0,01 ≥ p < 0,05) ns. não significativo (p > 0,05) pelo teste F.
89
APÊNDICE AD – Análise de variância (ANOVA) para a variável comprimento de
brotações (cm) de mudas de guapuritizeiro no ano de 2020 de acordo com as estações
do ano x sombreamento. UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020.
Causas da variação G.L. S.Q Q.M VALOR F PROB.>F
BLOCO 3 2.8459390
LUMINOSI 4 11.4247640 2.8561910 5.1293 0.00076**
ESTAÇÃO 3 0.9453675 0.3151225 0.5659 0.64214ns
LUM*EST 12 18.7125863 1.5593822 2.8004 0.00139**
RESÍDUO 377 209.9298775 0.5568432
TOTAL 399 243.8585343
C.V. (%) 22.62
**Significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < 0,01) *Significativo ao nível de 5% de probabilidade
(0,01 ≥ p < 0,05) ns. não significativo (p > 0,05) pelo teste F.

APÊNDICE AE – Análise de variância (ANOVA) para a variável número de folhas de


mudas de guapuritizeiro no ano de 2019 de acordo com as estações do ano x
sombreamento. UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020.
Causas da variação G.L. S.Q Q.M VALOR F PROB.>F
BLOCO 3 0.8190385
LUMINOSI 4 13.8930938 3.4732734 5.4219 0.00052**
ESTAÇÃO 3 4.0889100 1.3629700 2.1276 0.09482ns
LUM*EST 12 41.0957511 3.4246459 5.3460 0.00001**
RESÍDUO 377 241.5067262 0.6406014
TOTAL 399 301.4035196
C.V. (%) 42.64
**Significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < 0,01) *Significativo ao nível de 5% de probabilidade
(0,01 ≥ p < 0,05) ns. não significativo (p > 0,05) pelo teste F.

APÊNDICE AF – Análise de variância (ANOVA) para a variável número de folhas de


mudas de guapuritizeiro no ano de 2020 de acordo com as estações do ano x
sombreamento. UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020.
Causas da variação G.L. S.Q Q.M VALOR F PROB.>F
BLOCO 3 5.9378757
LUMINOSI 4 164.5419829 41.1354957 26.0801 0.00001**
ESTAÇÃO 3 25.3421212 8.4473737 5.3557 0.00164**
LUM*EST 12 107.8001070 8.9833422 5.6955 0.00001**
RESÍDUO 377 594.6324962 1.5772745
90
TOTAL 399 898.2545831
C.V. (%) 55.82
**Significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < 0,01) *Significativo ao nível de 5% de probabilidade
(0,01 ≥ p < 0,05) ns. não significativo (p > 0,05) pelo teste F.

APÊNDICE AG – Análise de variância (ANOVA) para a variável clorofila total de mudas


de guapuritizeiro no ano de 2019 de acordo com as estações do ano x sombreamento.
UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020.
Causas da variação G.L. S.Q Q.M VALOR F PROB.>F
BLOCO 3 1.7597739
LUMINOSI 4 8.9232185 2.2308046 3.3325 0.01075*
ESTAÇÃO 3 0.6536090 0.2178697 0.3255 0.80937ns
LUM*EST 12 23.2780160 1.9398347 2.8978 0.00101**
RESÍDUO 377 252.3686691 0.6694129
TOTAL 399 286.9832865
C.V. (%) 13.05
**Significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < 0,01) *Significativo ao nível de 5% de probabilidade
(0,01 ≥ p < 0,05) ns. não significativo (p > 0,05) pelo teste F.

APÊNDICE AH – Análise de variância (ANOVA) para a variável clorofila total de mudas


de guapuritizeiro no ano de 2020 de acordo com as estações do ano x sombreamento.
UTFPR, Dois Vizinhos - PR, 2020.
Causas da variação G.L. S.Q Q.M VALOR F PROB.>F
BLOCO 3 1.4305259
LUMINOSI 4 5.5562043 1.3890511 2.6571 0.03212*
ESTAÇÃO 3 1.0615568 0.3538523 0.6769 0.57023ns
LUM*EST 12 22.8500784 1.9041732 3.6425 0.00011**
RESÍDUO 377 197.0828429 0.5227662
TOTAL 399 227.9812082
C.V. (%) 10.89
**Significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < 0,01) *Significativo ao nível de 5% de probabilidade
(0,01 ≥ p < 0,05) ns. não significativo (p > 0,05) pelo teste F.
91
APÊNDICE AI – Análise de variância (ANOVA) para a variável área foliar de mudas de
guapuritizeiro, de acordo com os tratamentos de intensidade luminosa. UTFPR, Dois
Vizinhos - PR, 2020.
Causas da variação G.L. S.Q Q.M VALOR F PROB.>F
BLOCO 3 1090.4307487
AMBIENTE 4 3819.0086919 954.7521730 22.3358 0.00008**
RESÍDUO 12 512.9440000 42.7453333
TOTAL 19 5422.3834406
C.V. (%) 8.70
**Significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < 0,01) *Significativo ao nível de 5% de probabilidade
(0,01 ≥ p < 0,05) ns. não significativo (p > 0,05) pelo teste F.

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