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Sergipe - Governadores e Presidentes da Província

(1821 – 1889)
Subsídios Biografico-genealógicos

Por Decreto Régio de 08.07.1820, o território sergipano se emancipou, politicamente,


desanexando-se do da Bahia, do qual fez parte desde a descoberta do rio São Francisco, em
04.10.1501. Vinha satisfazer as aspirações populares defendidas pelo Capitão-Mor Mesquita
Pimentel, restituindo-lhe os antigos foros de Capitania independente da Bahia.

Conde de Palma, do Meu Conselho, Governador e Capitão general da Capitania da Bahia”.

Amigo – Eu El-Rei vos envio muito saudar como aquelle que amo. Convindo muito ao bom
regimem deste Reino do Brasil, e a propriedade a que Me proponho eleva-o, que a
Capitania de Sergipe D´El-Rei tenha um Governo independente do dessa Capitania.

O primeiro governador, depois da Carta Régia, foi Carlos César Burlamaqui, nomeado em
25.07.1820 para substituir o brigadeiro Luiz Antonio da Fonseca Machado, que vinha
exercendo a administração sobre a comarca de Sergipe desde 1814.

Segue a relação dos Presidentes de Província de Sergipe, com dados biográficos e


genealógicos, para compor nosso tema Subsídios Biográfico-Genealógicos, da seção
Arquivos Genealógicos.

Carlos Eduardo de Almeida Barata

Nota: Índice no final da Parte II.

Parte I
1821-1855

Carlos César Burlamaqui (1821)


1.º Governador (independente da Bahia)
Nomeado em 25.07.1820, empossado somente a 20.02.1821.
Nascido em 1775, em Lisboa, e falecido em 23.05.1844, no Rio de Janeiro, RJ. Filho
de Ippólito Burlamaqui e de Mathilde Valentina Pedegache.

Militar. Tenente-Coronel do Estado Maior do Exército. Coronel. Passou ao Brasil, em


1806, onde tornou-se o patriarca da família Burlamaqui, que teve berço no Piauí.

Nomeado pelo Rei de Portugal para o cargo de Capitão-Mor da Capitania de São José
do Piauí, tomou posse do cargo em 21.01.1806, sendo então Capitão de Infantaria,
exercendo o cargo até 20.10.1810, quando foi afastado do governo, sendo preso e
seus bens confiscados pelo capitão-general do Maranhão. Por Carta Régia do
príncipe regente de 08.03.1811, foi restituído à liberdade com a posse dos seus bens
e soldos vencidos, reprovando o príncipe o ato do capitão-general.

Quando declarada a independência da capitania de Sergipe d’El Rei, até então


sujeita à Bahia, foi nomeado seu governador em 25.07.1820. Encontrava-se em
Oeiras, no Piauí, de onde saiu em fins de 1820, com dois filhos, chegando a Bahia
em 03.01.1821. De lá saiu somente em 5 de fevereiro e, depois de 14 dias de
viagem, chegou a Sergipe, tomando posse do Governo em 20.02.1821. Depois de
todo este esforço, governou poucos dias.

Tornou-se brasileiro pela independência do Brasil. Cavaleiro da Ordem de Cristo a


20.06.1805.
Deixou numerosa descendência de seus três casamentos: o primeiro, em
03.10.1797, ainda em Lisboa, com sua prima Dorotéia Adelaide Ernesta Pedegache
da Silveira, nascida por volta de 1761, em São Sebastião de Setúbal, Portugal, filha
de Miguel Tibério Pedegache Brandão Ivo e de Febronia Guilhermina Ribeiro da
Gama. No Brasil, casou mais duas vezes: em segundas núpcias, em Oeiras, Piauí,
com Maria Benedita Castelo Branco, falecida antes de 1834, trineta de D. Francisco
da Cunha Castelo Branco, patriarca desta família Castelo Branco, no Piauí; e, em
terceiras núpcias, casou em 21.09.1834, no Rio de Janeiro, com Maria Joaquina de
Lima e Silva, nascida em 06.10.1788, no Rio de Janeiro, RJ, onde faleceu em 1862,
filha do Marechal José Joaquim de Lima e Silva, patriarca da família Lima e Silva, do
Rio de Janeiro, e de Joana Maria da Fonseca Costa, descendente de famílias de
povoadores da Cidade do Rio de Janeiro, no século XVI.
Pais de (1.º matrimônio):
I-1. Trajano César Burlamaqui, coronel, que ainda vivia em 1857, no Recife,
Província de Pernambuco.
I-2. Frederico Leopoldo Cesar Burlamaqui, Brigadeiro, nascido em 1803, e
falecido em 14.06.1866, no Rio de Janeiro - vitimado de tuberculose
pulmonar. Casado, com geração.
(2.º matrimônio):
I-3. Tibério César Burlamaqui, nascido em 1810, em Oeiras, Piauí, e falecido
em 24.09.1863. Jornalista e comerciante. Casado, com geração.

Pedro Vieira de Melo (1821-1823), Brigadeiro


Governador subordinado à Bahia e nomeado pelo governo da Bahia em 06.02.1821. Tomou
posse da administração do Sergipe a 20.03.1821
Brigadeiro

José de Barros Pimentel (1823-1823), Militar


Tomou posse em 1823.
Dr. José de Barros Pimentel, nascido em 17.05.1817, em Maroim, Sergipe, e
falecido em 06.05.1893, no Rio de Janeiro, RJ. Filho do coronel José de Barros
Pimentel e de Maria Vitória de Almeida Barros. Sexto neto de Antônio de Barros
Pimentel, proprietário dos Engenhos do Morro e Escurial, em Porto Calvo, e de
Maria de Holanda e Vasconcelos. 1759

Médico. Iniciou seus estudos de medicina, em Paris, onde se diplomou em 1841.


Também estudou Direito em Paris, França. De regresso ao Brasil, foi atraído pela
política, filiando-se no Partido Liberal. Secretário do Governo do Sergipe, por
Decreto de 11.06.1842. Fiscal do Banco Industrial, Comercial e Territorial do Rio de
Janeiro, até 12.1861. Fundou e dirigiu por muitos anos o Banco da Bahia, onde foi
diretor e Presidente da Sociedade de Colonização.

Deputado à Assembléia Geral Legislativa por Sergipe, em 5 legislaturas: 5ª, de


01.011843 a 24.05.1844 (substituído entre 11.04. a 05.06.1843); 6ª, de
01.01.1845 a 18.09.1847 (substituído entre 19.07. a 14.09.1845); 10ª, de
03.05.1857 a 16.09.1860; 12ª, de 01.01.1864 a 16.09.1866; e 13ª, de 22.05.1867
a 20.07.1868.

Sócio correspondente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Membro


honorário da Sociedade Literária Nova Arcádia, da cidade de Cunha, na província de
São Paulo. Colaborou na Imprensa de Aracajú (SE).

Agraciado com a Ordem da Rosa, no grau de Oficial, em 1860.


Guilherme José Nabuco de Araújo (1823-1823)
Guilherme José Nabuco de Araújo, nascido em 1786, na Bahia, e falecido em
25.03.1825, em Estância, província de Sergipe. Filho do Dr. Manuel Fernandes
Nabuco, Cirurgião Ajudante do 2º Regimento de Infantaria de Salvador, Bahia, e
de Mariana Josefa Joaquina dos Mártires Sá Araújo – origem da união do duplo
sobrenome Nabuco de Araújo.

Militar. Promovido a Alferes em 1809. Tenente da Legião de Caçadores. Sargento-


Mor de Infantaria da Legião de Milícias de Santa Luzia do Rio Real, na Capitania de
Sergipe d’El Rey, em 14.04.1817. Coronel em 1821. Nomeado Brigadeiro
graduado, em 23.10.1822, com encargo do comando da vila da Estância, Sergipe.
Comandante das Armas, interino, de Sergipe, em 05.1823. Juiz ordinário da vila
de Estância, SE.

Os Nabucos do Sergipe, procedem de Guilherme José Nabuco de Araújo.


Pai de:
I-1. Pedro Leopoldo d'Araújo Nabuco, nascido entre 1823 e 1825. Tenente-
coronel da Guarda Nacional de Sergipe. Cavaleiro da Ordem de Cristo
[02.12.1854]. Foi agraciado pelo Decreto de 06.10.1872 com o título de
barão de Itabaiana (2.º). Casou duas vezes, com geração.

Junta Provisória (1822-1823)


Junta Provisória eleita em 01.10.1822, empossada em 01.10.1822. Composta de:

1. José Mateus da Graça Leite Sampaio, Presidente.


Nascido em 10.1824, no engenho Várzea Velha, no município de Divina
Pastora, Sergipe, e falecido em 12.07.1891, no engenho Mucury, no
mesmo município. Filho do tenente coronel João Machado de Novais e de
Antonia Eugenia de Aguiar.

Homem de grande cultura literária. Agricultor abastado e político de


prestígio. Deputado provincial no Sergipe. Coronel, Comandante Superior
da Guarda Nacional. Cavaleiro da Imperial Ordem da Rosa. Membro do
Comício Agrícola Sergipano, de que foi 2º secretário.

2. Serafim Alves da Rocha, Padre.

3. Domingos Dias Coelho de Melo


Nascido em 1785 e falecido em 11.04.1874, no Sergipe, com 89 anos de
idade. Filho de outro Domingos Dias Coelho e Melo, Sargento-Mor, e de
Maria Teresa de Jesus.

Foi agraciado pelo Decreto de 14.03.1860, com o título de barão de


Itaporanga - título de origem toponímica, tomado à localidade onde se
situava seu Engenho do Colégio.

Casado com Maria Micaela Dantas, filha do coronel José Rodrigues Dantas e
Melo e de Maria Rosa de Araújo. Pais de:
I-1. Antonio Dias Coelho de Melo, nascido em 1822, no engenho
Colégio, freguesia de Itaporanga – Sergipe, e falecido em
05.04.1904¸ em São Cristóvão - Sergipe, sepultado na igreja do
"Colégio". Deputado Geral, Senador do Império, Juiz de Paz e
Vereador, presidente da Câmara Municipal de Itaporanga. Também
administrou a província de Sergipe, em 1884, conforme segue
adiante. Comendador da Ordem de Cristo. Comendador da Ordem
da Rosa. Agraciado com o título de Barão da Estância, pelo decreto
de 18.09.1867. Casou três vezes.
I-2. Joana Dias Coelho de Melo, natural de Sergipe. Casada, com
geração.

5. José Francisco de Menezes Sobral, Padre.


José Francisco de Menezes Sobral, nascido em 01.11.1788, em São
Cristóvão, Sergipe, e falecido em 04.08.1854, fazenda Caiçá, Simão Dias,
Sergipe, filho do capitão-mor Semeão Teles de Menezes e de Raimunda de
São José Sobral - cuja união foi a origem do duplo sobrenome Menezes
Sobral.

Presbítero secular do hábito de São Pedro. Ordenado no Seminário da


Bahia. Membro da junta provisória eleita a 01.10.1822, para administrar a
Província de Sergipe [01.10.1822, até 05.03.1824]. Membro do conselho
do Governo [1830] - nesta qualidade administrou a Província de Sergipe
[04.05.1831 a 21.07.1831].

Deputado provincial da primeira composição da Assembléia Provincial de


Sergipe, para o triênio 1834-1837. A Assembléia Legislativa Provincial de
Sergipe, composta de 20 deputados, iniciou os seus trabalhos em
11.01.1835. Assumiu a presidência da Província de Sergipe, em mais duas
vezes: 13.12.1844 a 15.04.1845 e 03.07.1847 até 16.10.1847.

Serafim Alves da Rocha (1823-1823), Padre.

Manoel Fernandes da Silveira, Brigadeiro, 1º Presidente.


nomeado por Carta Imperial de 25.11.1823, empossado em 05.03.1824, deixando o cargo
em 15.02.1825
Nascido em 1757, em Estância, Capitania do Sergipe, e falecido em 26.11.1829, em
Salvador, Província da Bahia. Filho do sargento-mor Antonio Fernandes da Silveira e
de Francisca Catarina Soutomaior.

Assentou praça de soldado no 1º regimento de infantaria da Bahia em 20.08.1775,


Foi reconhecido cadete a 25.03.1777. Promovido a alferes em 17.12.1787.
Promovido a tenente em 13.05.1796, sendo confirmado nesse posto pelo real
Decreto de 19.08.1796.

Capitão-Mor Governador da Capitania do Espírito Santo por Decreto de 31.05.1797 e


patente de 05.12.1796. Passados alguns meses foi chamado à Corte de Lisboa para
tratar de vários negócios, seguindo na esquadra que em 1798 partira da Bahia, de
onde regressou para reassumir o governo da Capitania do Espírito Santo, onde
permaneceu até 29.03.1800.

Ao terminar o governo do Espírito Santo, foi agregado como sargento-mor no 2.º


regimento de linha por Decreto der 24.05.1800. Foi efetivado nesse posto em
17.04.1805. Promovido a Tenente-Coronel em 06.02.1808. Servia, então, na Bahia,
onde foi um dos membros da comissão militar que, a 11.06.1817, condenou alguns
dos revolucionários de Pernambuco.

Promovido a Coronel por Decreto Real de 21.07.1819, sendo mandado comandar a


legião de caçadores da Bahia, em cujo posto se reformou com as honras de
Brigadeiro por ato da Junta Governativa da Bahia de 11.04.1821.

Presidente da Província de Sergipe, conforme se disse acima.

Era tio materno do Capitão-Mor Joaquim Martins Fontes, que foi nomeado
Governador interino do Sergipe, empossado em 23.07.1839, conforme segue
adiante.

Manoel Clemente Cavalcante de Albuquerque, 2º Presidente


nomeado em 01.12.1824. Após um período caracterizado por disputas políticas, assumiu em
15.02.1825, falecendo no cargo em 02.02.1826.
Nascido em 1798, em Pilar, Paraíba, e falecido em 02.11.1826, em São Cristóvão,
província de Sergipe, deixando testamento, datado de 29.10.1826, feito em São
Cristóvão.

Fervoroso adepto do movimento revolucionário de 1817, pelo qual combateu com


leal dedicação. Abastado lavrador em Itabaiana, Paraíba. Levantou Itabaiana e ao
lado do capitão André Dias de Figueiredo dirigiu-se à capital, após a adesão da vila
de Pilar. Quando foi sufocado o movimento na Paraíba, participou da guerrilha em
Pernambuco. Esteve nos cárceres da Bahia até 1821 (Almanak da Paraíba, 1899; e
Odilon, Dicionário, 161).

Delegado da Junta da Paraíba no Conselho de Procuradores convocado pelo príncipe


D. Pedro, como regente do Brasil, em 1822.

Conselheiro do Império [1822]. Procurador da Província da Paraíba do Norte em


1822. Presidente da Província de Sergipe, conforme se disse aicma, até a data do
seu falecimento, em 02.02.1826, assumindo, interinamente, o Vice-Presidente.

Nunca casou. Pediu, em seu testamento, que fosse sepultado em uma das igrejas de
São Cristóvão. Deixou por seu único herdeiro, seu pai, o capitão-mor João Batista do
Rêgo Cavalcanti

Manoel de Deus Machado, Capitão-Mor, Governador


Em virtude do falecimento do Presidente, foi nomeado Governador, baseado na Lei de
20.10.1823, empossado em 02.11.1826, deixando o cargo em 20.02.1828.
Assumiu a administração de Sergipe, em quatro ocasiões: de 02.11.1826 a
20.02.1828; de 01.04.1828 a 13.07.1828; de 11.08.1830 a 16.01.1831; e de
04.04.1831 a 04.05.1831.

Inácio José Vicente da Fonseca, Brigadeiro, 3.º Presidente


nomeado em 07.04.1827, empossado em 20.02.1828, afastando-se do cargo,
temporariamente, em 01.04.1828.
Nascido na Província de São Paulo, e falecido em 11.08.1830. Filho de João Vicente
da Fonseca.

Oficial do Exército. Bacharel em Matemáticas. Seguiu para Portugal, a fim de fazer


seus estudos superiores, matriculando-se no curso de Matemática da Universidade
de Coimbra, em 21.10.1808, tomando o grau de bacharel em Matemáticas a
12.06.1808, com formatura realizada em 05.07.1809.

Promovido a capitão em 09.08.1809. Promovido a Sargento-Mor em 17.12.1809.


Promovido a Tenente-coronel graduado em 13.05.1813. Efetivado no posto de
Tenente-coronel em 21.08.1820. Promovido a Coronel em 06.08.1823. Promovido a
brigadeiro graduado em 01.12.1824.

Foi da brigada de artilharia da legião dos voluntários reais de São Paulo. Nomeado
Comandante das armas da província de Sergipe em 01.12.1824.

Deputado à Assembléia Geral Legislativa por São Paulo, na 1ª legislatura, sUplente,


tendo assumido o cargo entre 08.05.1826 a 03.09.1829.

Presidente da Província de Sergipe, conforme se disse acima, de 20.02.1828 a


01.04.1828; reassumindo em 13.07.1828, falecendo no cargo em 11.08.1830.

Manoel de Deus Machado, Capitão-Mor, Governador


Em virtude do afastamento temporário do Presidente, foi nomeado pela segunda vez
Governador, baseado na Lei de 20.10.1823, empossado em 01.04.1828, deixando o cargo
em 13.07.1828.
Citado acima.

Inácio José Vicente da Fonseca, Brigadeiro.


Reassumiu o Governo, para o qual havia sido nomeado em 07.04.1827, empossado em
13.07.1828, falecendo no cargo em 11.08.1830
Citado acima.

Manoel de Deus Machado, Capitão-Mor, Governador.


Em virtude do falecimento do Presidente, foi nomeado pela terceira vez Governador,
baseado na Lei de 20.10.1823, empossado em 11.08.1830, deixando o cargo em
16.01.1831.
Citado acima.

Joaquim Marcelino de Brito, Bacharel, 4º Presidente


nomeado em 30.10.1830, empossado em 16.01.1831, deixando o cargo em 4.04.1833.
Nascido a 02.06.1799, na cidade de Salvador, capitania da Bahia, e falecido em
27.01.1879, Rio de Janeiro, RJ, sendo sepultado no Cemitério da Ordem de São
Francisco de Paula, no Catumbi. Filho do Capitão Manuel Joaquim de Brito e de Ana
Maria da Silva.

Em 31.10.1817, matriculou-se na Faculdade de Leis da Universidade de Coimbra.


Bacharel em Leis, pela mesma Universidade [19.07.1821]. Formatura [03.06.1822].
Leitura de Bacharel [1822].

Regressou ao Brasil no mesmo ano, sendo nomeado, por D. Pedro I, Juiz de Fora de
Fortaleza,província do Ceará, por decreto de 13.01.1823, cargo que deixou antes de
completar o tempo, por haver sido nomeado Ouvidor da comarca de Sergipe, em
1824.

Desembargador da Relação de Pernambuco, nomeado pelo decreto de 12.10.1826;


aí permaneceu por mais de sete anos até ser removido para a Relação da Bahia, por
decreto de 03.02.1834. Novamente desembargador da Relação de Pernambuco
[1844].

Pertenceu ao Tribunal do Comércio da Província da Bahia, onde exerceu o cargo de


fiscal por nomeação em decreto de 28.11.1850.

Ministro do Supremo Tribunal de Justiça, nomeado pelo decreto de 12.10.1855,


empossando-se no cargo a 12.12.1855.

Foi nomeado Presidente do tribunal, em decreto de 05.02.1864. A esse alto cargo foi
reconduzido por quatro vezes - decreto de 23.01.1867, 09.02.1870, 22.02.1873 e
23.02.1876.

Foi Deputado à Câmara dos Deputados, pelo Ceará na 1ª legislatura, de 08.05.1826


a 03.09.1829; por Sergipe na 2ª legislatura, de 03.05.1830 a 06.10.1833; pela
Bahia, em quatro legislaturas: na 4ª, de 03.05.1838 a 21.11.1841; na 6ª, de
23.08.1846 a 18.09.1847, substituido, desde 25.08.1846 até o fim da sessão de
1847, por José Alves da Cruz Rios; na 8ª, de 19.05.1850 a 04.09.1852, sendo
substituído em 19.05.1851 por Manoel Vieira Tosta, nomeado Senador; na 9ª, de
11.08.1853 a 04.09.1856, sendo substituído por Francisco Mendes da Costa Corrêa,
de 14.05.1856 até 10.06.1856, e por Manoel Joaquim Pinto Paca, suspenso das
respectivas funções na referida data de 10.06.1856. Foi Presidente da Câmara na 4ª
legislatura.

Exerceu o cargo de Presidente em duas províncias do Império: Sergipe, conforme foi


dito acima; e Pernambuco — nomeado em 16.04.1844, empossado em 04.06.1844 ,
tendo permanecido até 08.10.1844.

Foi Ministro de Estado, ocupando a pasta da Justiça, de 02.05.1846 a 04.05.1846, e


as pastas do Império, de 02.05.1846 a 21.05.1847, e da Fazenda, de 20.03.1847 a
18.04.1847, cumulativas.

Nomeado, pelo decreto de 18.04.1865, membro da Comissão encarregada de


examinar o projeto do Código Civil do Império, organizado por Augusto Teixeira de
Freitas.

Conselheiro do Império, por decreto de 07.09.1840. Comendador da Ordem de


Cristo, por decreto de 18.07.1841. Teve o foro de Fidalgo Cavaleiro da Casa
Imperial, por decreto de 25.09.1856. Grã-Cruz da referida Ordem, por decreto de
17.05.1871.

Deixou geração do seu casamento com Senhorinha Accioly de Madureira, nascida


por volta de 1815 e falecida em 1879, filha do comerciante baiano Luiz Barbosa
Madureira e de Ana de Faro Rollemberg, membros das tradicionais famílias
Madureira, da Bahia, e Rollemberg, de Sergipe.
Pais de:
I-1. Maria Guilhermina Accioly de Brito, nascida em 1824, no Sergipe, e
falecida e 1907, no Rio de Janeiro. Casada, com geração;
I-2. Luiz Barbosa Accioly de Brito, nascido por volta de 1825, no Rio de
Janeiro, onde faleceu em 12.01.1900. Magistrado. Bacharel em Direito.
Juiz de direito. Desembargador da Relação. Ministro do Supremo Tribunal
de Justiça. Conselheiro do Império. Casado, com geração;
I-3. Joaquim Marcelino de Brito II, nascido em 29.07.1830, no Engenho
Peiperi, Santo Amaro, Sergipe, e falecido em 12.05.1878, no Rio de
Janeiro, RJ. Médico. Cirurgião-mor. Pouco antes de falecer registrou seu
diploma de médico, no ano de 1877, Livro 1, pág. 112. Serviu na Guerra
do Paraguai. Moço Fidalgo da Casa Imperial. Cavaleiro da Ordem de
Cristo.

Manoel de Deus Machado, Capitão-Mor, Governador.


Em virtude do afastamento do Presidente, foi nomeado pela quarta vez Governador,
baseado na Lei de 20.10.1823, empossado em 04.04.1831, deixando o cargo em
04.05.1831.
Citado acima.

José Francisco de Menezes Sobral, Padre, Governador.


Em virtude do afastamento do Presidente interino, foi nomeado Governador, baseado na Lei
de 20.10.1823, empossado em 04.05.1831, deixando o cargo em 21.07.1831.
Citado acima.
Joaquim Marcelino de Brito, Bacharel, 4º Presidente.
De volta da Assembléia, assume novamente a presidência da Província, para a qual havia
sido nomeado a 20.10.1830, empossado em 21.07.1831, deixando o cargo em 04.02.1833.
Citado acima.

José Pinto de Carvalho, Governador.


Em virtude do afastamento do Presidente, foi nomeado Governador, baseado na Lei de
20.10.1823, empossado em 04.02.1833, deixando o cargo em 29.10.1833.
Proprietário rural, dono de um grande armazém. No princípio do século XIX, existia,
em terras da atual cidade de Maroim, um engenho de açúcar no lugar denominado
Maruim de Baixo, que pertenceu, primeiro, a Manuel Rodrigues de Figueiredo e,
depois, a José Pinto de Carvalho.

Considerado um dos responsáveis pelo progresso de Maroim, tendo integrado a


primeira Assembléia Provincial e o Conselho da Província que a antecedeu. Foi
distribuidor dos principais jornais editados em Sergipe, entre eles, o Recopilador
Sergipano, editado em Estância, em 1832.

Deputado provincial da primeira composição da Assembléia Provincial de Sergipe,


para o triênio 1834-1837. A Assembléia Legislativa Provincial de Sergipe, composta
de 20 deputados, iniciou os seus trabalhos em 11.01.1835.

Casado com Ana Aguiar Pinto.


Pais de:
I-1. Sebastião Pinto de Carvalho, nascido em 12.01.1827, em Maroim,
Sergipe, e falecido em 24.11.1899, na Ilha de Itaparica, Bahia. Bacharel
em Direito pela Universidade de Coimbra, Portugal, em 1850. Deputado
provincial em Sergipe. Professor de Filosofia no Liceu da Bahia.

José Joaquim Geminiano de Morais Navarro, Bacharel, 5º Presidente


nomeado em 15.07.1833, empossado em 29.10.1833, deixando o cargo em 13.02.1835.
Nascido em 19.12.1799, em Natal, no Rio Grande do Norte.

Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Academia de Olinda, na turma de


1832. Foi o primeiro norte-riograndense a bacharelar-se em Olinda. Envolveu-se nos
acontecimentos políticos da Independência e Confederação do Equador. Ocupou
cargos de magistratura, sendo Juiz de Direito no Recife. Presidente da província de
Sergipe, conforme se disse acima.

Casado com Joana Francisca Xavier Sève, nascida em 03.12.1817, filha de João
Batista Maria Sève e de Isabel da Silveira e Miranda Mota Leal. Tiveram 7 filhos

Manoel Ribeiro da Silva Lisboa, Bacharel, 6º Presidente


nomeado em 22.10.1834, empossado em 13.02.1835, deixando o cargo em 10.10.1835.
Nascido por volta de 1809, na Bahia, e falecido por assassinato em 11.04.1838,
quando encontrava-se exercendo o governo do Rio Grande do Norte. Filho de Manuel
Ribeiro da Silva e de Maria Rosa.

Passou a Portugal para realizar seus estudos superiores, matriculando-se no curso


de Direito, a 31.10.1827, da Universidade de Coimbra. Foi um dos “paraquedista”da
turma de 1833 da Academia de Olinda, pois veio da Universidade de Coimbra.
Trouxe dois anos de Coimbra, e bacharelou-se em Direito pela Academia de São
Paulo, na turma de 1833.
Presidente da província de Sergipe, conforme se disse acima. Foi nomeado 8º
Presidente da Província do Rio Grande do Norte, em 10.03.1837, empossado em
26.08.1837, cargo que exerceu até 11.04.1838, data do seu falecimento.

Casado duas vezes: a primeira, com Josefa Joaquina Fernandes da Silva; e, a


segunda, em 15.07.1833, no Rio de Janeiro, com Maria Francisca Carneiro de
Campos, nascida por volta de 1812, na Bahia (Santana), filha do Desembargador
Francisco Carneiro de Campos e de Maria José Carolina Maia.

Inácio Dias de Oliveira, Capitão-mor, 6º Vice-Presidente.


Em virtude da nomeação do Presidente para reger a Província do Rio Grande do Norte,
assumiu o Vice-Presidente, nomeado em 26.03.1835, empossado em 10.10.1835,
permanecendo nove dias na presidência, deixando o cargo em 19.10.1835.
Deputado provincial da primeira composição da Assembléia Provincial de Sergipe,
para o triênio 1834-1837. A Assembléia Legislativa Provincial de Sergipe, composta
de 20 deputados, iniciou os seus trabalhos em 11.01.1835.

Sebastião Gaspar de Almeida Boto, Tenente-Coronel, 2º Vice-Presidente


Em virtude do afastamento do 6º Vice-Presidente, assumiu o Governo, empossado em
19.10.1835, permanecendo pouco mais de um mês na presidência, deixando o cargo em
06.12.1835.
Nascido a 17.09.1802, no engenho Maroim de Cima, então pertencente à vila de
Santo Amaro, província de Sergipe, e falecido a 31.05.1884, no Engenho Poxim, São
Cristóvão, Sergipe. Seus restos mortais foram trasladados para a Igreja Matriz de
São Cristóvão. Filho do coronel João de Aguiar Caldeira Boto e de Ana Jeronima da
Silveira.

Tenente-Coronel. Aos dezenove anos (1821), apresentou-se voluntariamente a


manter à sua custa uma companhia de guardas milicianos, que comandou como
tenente, durante as lutas da independência.

Em 1836 comandou as forças legais contra os sediciosos de Santo Amaro. Foi, em


seguida, perseguido por rancorosos inimigos.

Deputado provincial da primeira composição da Assembléia Provincial de Sergipe,


para o triênio 1834-1837. A Assembléia Legislativa Provincial de Sergipe, composta
de 20 deputados, iniciou os seus trabalhos em 11.01.1835. Deputado à Assembléia
Geral Legislativa pelo Sergipe, nas 4ª e 5ª legislaturas, respectivamente: de
03.05.1838 a 21.11.1841, e 01.01.1843 a 24.05.1844. Neste mandato foi
substituído entre 01.03.1843 a 07.03.1843.

Vice-presidente da Província de Sergipe, por quatro vezes, conforme se verá no


decorrer deste estudo, assumindo, efetivamente, a presidência, nos seguintes
períodos: 19.10.1835 a 06.12.1835, 05.08.1836 a 08.09.1836, 23.03.1838 a
21.01.1839 e 28.03.1839 a 23.07.1839.

Foi nomeado presidente efetivo da mesma província por Carta de 16.11.1841,


empossado pela quinta vez, em 19.12.1841, deixando o cargo em 28.12.1842.

Coronel comandante superior da Guarda Nacional de Sergipe. Comendador da


Ordem da Rosa, por decreto de 18.07.1841, dia da sagração e coroação de D. Pedro
II.

Em 1863 abandou a política, passou a direção do partido ao seu cunhado, o


comendador Antonio Dias Coelho e Melo, mais tarde Barão da Estância, e que
também presidiu a província de Sergipe, conforme segue adiante.

Foi casado com Ana Dias Coelho de Melo, de importante família sergipana, irmã do
barão de Estância, filha do barão de Itaporanga, Domingos Dias Coelho e Melo, e de
Maria Micaela Coelho Dantas de Melo, falecida antes da concessão do título ao seu
marido.
Pais de:
I-1. Rita Dias de Almeida Boto, casada com primo.

Manuel Joaquim Fernandes Barros, Doutor, 1.º Vice-Presidente.


Em virtude do afastamento do 1º Vice-Presidente, assumiu o Governo, empossado em
06.12.1835, permanecendo três mês e três dias na presidência, deixando o cargo em
09.03.1836.
Nascido em 17.03.1802, na cidade de Penedo, província de Alagoas, e falecido em
02.10.1840, na Bahia, vítima de traiçoeiro punhal de um sicário. Filho de José
Fernandes Chaves e de Teresa de Jesus Barros Leite.

Médico e Doutor em Medicina pela universidade de Strasburgo, onde apresentou a


dissertação De Factionde vair sur l´homme, em 28.08.1825. Doutor em Ciências
Físicas pela Faculdade de Paris, França, onde defendeu a tese Dissertacion sur la
metereologie, em 12.02.1827.

Bacharel em Letras, bacharel em ciências e licenciado pela Academia de Montpellier.


Trabalhou no Laboratório de Gay-Lussac. Foi escolhido membro da comissão de
lentes, organizada de ordem do governo francês, para analisar as minas da Alta-
Gasconha e as do Palatinato, sendo depois elogiado pelo mesmo governo.

Deputado à Assembléia Geral Legislativa por Alagoas, na 3ª legislatura, de


03.05.1834 a 25.10.1835.

Na qualidade de Vice-Presidente da Província de Sergipe, assumiu o governo,


conforme se disse acima.

Membro da Sociedade Filotécnica de Castelnaudary, da Sociedade das Ciências,


Agricultura, e Artes dos departamentos do Baixo-Reno, da Sociedade de História
Natural de Montpellier, da Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional e da
Sociedade de Instrução Elementar do Rio de Janeiro.

Bento de Melo Pereira, Coronel, 7º Presidente


nomeado por Carta Imperial de 27.08.1835, empossado em 9.03.1836, deixando o cargo
em 19.01.1837. Houve, nesse período, duas interinidades.
Nasceu em 1780 em Vila Nova (hoje Neópolis), Sergipe, onde faleceu em
23.09.1866, e onde se acha sepultado. Filho de Felipe de Melo Pereira e de Rosa
Maria do Espírito Santo.

Prestou muitos serviços à legalidade, quando o movimento revolucionário em 1817


em Pernambuco, repercutiu nas margens do rio São Francisco.

Nomeado 7º Presidente da Província de Sergipe por Carta Imperial de 27.08.1835,


empossado em 9.03.1836, deixando o cargo em 19.01.1837. Houve, nesse período,
duas interinidades. De volta ao governo, para o qual havia sido nomeado em
27.08.1835, foi empossado em 08.09.1836, deixando o cargo em 19.01.1837. Foi
Vice-Presidente da Província de Sergipe, em quatro ocasiões: 1834, 1837, 1839 e
1842.

Capitão-mor das ordenanças de Vila Nova. Comandante das armas do Sergipe de


1827 a 1829. Membro do Governo Provisório em 1830. Comandante superior da
Guarda Nacional da Comarca de Vila Nova, cargo do qual foi exonerado a
17.10.1843.

Entrou na lista tríplice para o preenchimento do lugar de Senador, vagos pelo


falecimento de José Teixeira da Mata Bacelar. Concorre, na eleição procedida em
25.05.1838, contra o padre Antonio Fernandes da Silveira e o Marques de Monte
Alegre José da Costa Carvalho. Foi o terceiro colocado com 322 votos, saindo
nomeado o padre Silveira, por Carta Imperial de 30.04. Novamente indicado na lista
tríplice para o preenchimento do lugar de Senador, na nova cadeira criada, na
eleição procedida em 1858. Concorria contra Antonio Diniz de Siqueira e Melo e o
Barão de Continguiba, Bento Pereira de Melo. Foi o primeiro colocado com 275
votos, no entanto foi preterido, e saiu nomeado Antonio Diniz, por Carta Imperial de
03.03.1859.

Comendador da Ordem de Cristo. Oficial da Ordem da Rosa. Agraciado com o título


de barão de Cotinguiba em 25.03.1849 - título de origem toponímica, tomado do Rio
do mesmo nome, no Sergipe. Do tupi ku’ting, língua branca, vela de embarcação, e
üba, árvore, árvore da vela, mastro. Martius tirou do tupi ko’tuk, lavar, iba, árvore,
árvore lavatória, um Sapindus cujos frutos fornecem um sabão [Antenor Nascentes,
II, 82].

Casou duas vezes: a primeira, com Tereza Rabelo Leite Sampaio; e a segunda, com
Francisca de Aguiar Caldeira Boto, tia do presidente Sebastião Gaspar de Almeida
Boto, também citado neste estudo.
Pais de (1.º matrimônio):
I-1. Manoel Leite Sampaio
I-2. Maria Helena Leite Sampaio
(2.º matrimônio):
I-3. João de Aguiar Boto de Melo
I-4. Anna de Melo Pereira Barros

Inácio Dias de Oliveira, Capitão-Mor, 6º Vice-Presidente.


Em virtude do afastamento temporário do Presidente, foi nomeado pela segunda vez
Governador, baseado na Lei de 20.10.1823, empossado em 12.06.1836, deixando o cargo
em 05.08.1836.
Citado acima.

Sebastião Gaspar de Almeida Boto, Tenente-Coronel, 2.º Vice-Presidente.


Em virtude do afastamento Presidente interino, foi nomeado pela segunda vez Governador,
baseado na Lei de 20.10.1823, empossado em 05.08.1836, permanecendo no cargo um
mês e três dias, deixando o cargo em 08.09.1836.
Citado acima.

Bento de Melo Pereira, Coronel, 7º Presidente


De volta ao governo, para o qual havia sido nomeado em 27.08.1835, foi empossado em
08.09.1836, deixando o cargo em 19.01.1837.
Foi, depois, agraciado com o título de Barão de Cotinguiba.
Citado acima.

José Mariano de Albuquerque Cavalcanti, 8º Presidente


nomeado em 18.10.1836, empossado em 19.01.1837, deixando o cargo em 30.05.1837.
Nascido em 20.05.1772, fazenda Pau-Cardo, na povoação (hoje cidade) de Santana,
Ceará, e falecido em 20.08.1844, no Rio de Janeiro, em seu sítio Guapimirim, antigo
Município de Magé, hoje de Guapimirim. Filho de Antonio Coelho de Albuquerque e
de Maria da Conceição Bezerra. Sétimo neto de Felipe Cavalcanti, o “Florentino”.

Presidente das seguintes províncias: Ceará [nomeado a 29.08.1831, posse a


08.12.1831 e período: 1831 a 26.11.1833], Santa Catarina [nomeado a 15.09.1835,
posse a 04.11.1835 e período: 1835 a 28.05.1836] e Sergipe [nomeado a
18.10.1836, posse a 19.01.1837 e período: 1837 a 30.05.1837].

Teve mercê da Carta de Brasão de Armas, em 17.11.1806, passada em Lisboa.


Registrada no Livro de Registro de Brasões de Armas da Nobreza e Fidalguia, fls.
127v: um escudo partido em pala, com as Armas dos Albuquerques (I) e dos
Cavalcantis (II.). Elmo: de prata, aberto guarnecido de ouro. Paquife: dos metais e
cores das Armas. Timbre: dos Cavalcantis. Diferença: uma brica de ouro

Casado duas vezes: a primeira, em 11.02.1789, em Frecheiras, na Serra da


Meruoca, ceará, com Francisca das Chagas Pessoa, nascida em 28.11.1773, filha do
Capitão-Mor de Sobral Manuel José do Monte e de Ana América Uchoa; e, a segunda,
com Cândida Rosa de Melo e Albuquerque, filha do famoso José de Barros Lima,
denominado O Leão Coroado, e de Teresa de Jesus Albuquerque.
Pais de (1.º matrimônio):
I-1. Mariana de Albuquerque Cavalcanti, casada.
I-2. Maria da Conceição de Albuquerque Cavalcanti, nascida por volta de
1812. Casada.
I-3. José de Albuquerque Cavalcanti;
I-4. Vicente de Albuquerque Cavalcanti;
I-5. Carlos de Albuquerque Cavalcanti;
I-6. Candida Rosa de Albuquerque Cavalcanti, nascida por volta de 1823, no
Rio de Janeiro, e falecida em 02.03.1876, em Além Paraíba, Minas
Gerais;
I-7. Dulce Pereira Albuquerque Cavalcanti, nascida por volta de 1827, casada,
com geração;
I-8. José Mariano de Albuquerque Cavalcanti, natural do Rio de Janeiro
(Inhaúma). Casado.

José Eloy Pessoa da Silva, Coronel, 9º Presidente


nomeado em 5.04.1837, empossado em 31.05.1837, deixando o cargo em 23.03.1838
Nascido em 27.06.1792, em Salvador, Bahia, e falecido em 02.03.1841, vítima de
covarde assassinato na mesma cidade de Salvador. Filho do cirurgião-mor major
Cristóvão Pessoa da Silva e de Josefa Maria Pessoa.

Brigadeiro. Passou a Portugal para realizar seus estudos superiores, matriculando-se


no curso de Matemática, a 14.10.1815, e no de filosofia, em 30.10.1815, da
Universidade de Coimbra. Bacharel em matemáticas em 07.06.1819, com formatura
a 26.07.1819, e bacharel em filosofia em 12.06.1829, pela mesma Universidade.

Em 1812, estando na Bahia, no posto de Major, tomou parte no movimento de


novembro deste ano com o fim de depor a Junta Provisória. Foi preso e enviado para
Lisboa. Depois de solto, retorna à Bahia, na ocasião em que se organizaram no
Recôncavo as forças para expulsar as forças lusitanas do general Madeira e aclamar-
se a Independência. Trabalhou com todo ardor nesse sentido, sendo em seguida
encarregado do governo civil e militar de Sergipe, província que presidiu depois, e
que representou na câmara temporária. 9º Presidente da Província de Sergipe,
nomeado em 5.04.1837, empossado em 31.05.1837, deixando o cargo em
23.03.1838.

Foi professor da aula de artilharia e fortificação e exerceu muitas comissões


importantes, quer de paz, quer de guerra, desde a campanha da independência.

Deputado à Assembléia Provincial da Bahia e Presidente da Província de Sergipe.

Moço da Imperial Câmara. Membro correspondente do Instituto Histórico e


Geográfico Brasileiro.

Foi casado, primeiro, por volta de 1820, com Maria Sabina do Couto, nascida cerca
de 1799, e falecida em 1821, possivelmente no parto de seu filho Sabino; e, casado
segundo, a 27.10.1821, com Lourença Constança de Barros Reis, nascida por volta
de 1795, em Salvador, Bahia, onde faleceu, filha de José de Barros Reis e de Maria
Teodora de Araújo Góis.
Pais de (1.º matrimônio):
I-1. Sabino Eloy Pessoa, nascido em 21.05.1821, em Coimbra, Portugal, e
falecido em 02.05.1897, no Rio de Janeiro. Veio com seu pai para o
Brasil, em 1821, estabelecendo-se na Bahia, onde foi batizado. Fez seus
primeiros estudos e depois, o curso da Academia de Marinha, onde serviu
no Corpo da armada até o posto de Capitão-Tenente. Comendador da
Ordem da Rosa e de São Bento de Aviz. Condecorado com am dealha da
campanha da Cisplatina. Conselheiro do Imperador. Casado, com
geração.
(2.º matrimônio):
I-2. Maria da Glória de Barros Pessoa da Silva, natural de Salvador,
Bahia,onde faleceu. Casada.
I-3. Lourenço Eloi de Barros Pessoa da Silva, natural de Salvador, Bahia, onde
faleceu. Casada, com geração.
I-4. Gurrity Eloi de Barros Pessoa da Silva, natural de Salvador, Bahia, onde
faleceu. Casado.
I-5. Afra Eloisa de Barros Pessoa da Silva, natural de Salvador, Bahia¸onde
faleceu. Casada, com geração.
I-6. Olavo Eloi de Barros Pessoa da Silva, natural de Salvador, Bahia, onde
faleceu. Casada, com geração.
I-7. Cirino Eloi de Barros Pessoa da Silva, natural de Salvador, Bahia, onde
faleceu. Casada, com geração.
I-8. Arquimínio Eloi de Barros Pessoa da Silva, natural de Salvador, Bahia,
onde faleceu solteiro.

Sebastião Gaspar de Almeida Bôto, Tenente-Coronel, 2.º Vice-Presidente


Em virtude do afastamento Presidente, foi nomeado pela terceira vez Governador, baseado
na Lei de 20.10.1823, empossado em 23.03.1838, permanecendo no cargo dez meses,
deixando-o em 21.01.1839.
Citado acima.
Joaquim José Pacheco, Bacharel, 10º Presidente
nomeado em 07.10.1838, empossado em 21.01.1839, deixando o cargo dois meses depois,
em 28.03.1839
Nascido em 11.12.1808. cidade de São Salvador, Bahia, e falecido a 01.06.1884, na
cidade do Rio de Janeiro. Filho de outro Joaquim José Pacheco e de Ana Joaquina
Chaves.

Bacharel em Direito pela Academia de São Paulo, na turma de 1833. Defendeu tese
a 11.04.1834, tirando o título de Doutor. Abriu escritório de advocacia em São
Paulo. Juiz de Direito em 1839. Aposentou-se com honras de desembargador, em
1854. Em seguida, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde abriu banca de advocacia.

No mesmo ano de sua formatura foi eleito deputado à Assembléia Provincial de São
Paulo, para o biênio de 1833-1834, e foi reeleito para os biênios de 1838-1839,
1840-1841, 1844-1845, 1852-1853, e na qualidade de suplente, de 1846-1847,
1848-1849 e 1854-1855. Deputado à Assembléia Geral por São Paulo, nas 4ª , 5ª,
8ª, 9ª (como suplente com assento) e 10ª legislaturas, respectivamente: de
03.05.1838 a 21.11.1841, 01.01.1843 a 24.05.1844, 01.01.1850 a 04.09.1852 e
09.07.1853 a 04.09.1856, e 03.05.1857 a 16.09.1860.

Inspetor da fazenda de São Paulo em 1838. Presidente da província de Sergipe,


conforme se disse acima. Membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.

Casado em 25.04.1835, no Rio de Janeiro, em casa dele, com Margarida Domenech,


nascida em 1814, Montevidéu, Uruguai, e falecida em 20.06.1889, no Rio de
Janeiro, na rua Miguel de Frias 37 - sepult. no cemitério do Caju, filha de Nicolau
Magion Domenech Otero e de Joana Maria Garsón.
Pais de:
I-1. Maria Guilhermina Pacheco, nascida em 1835¸ em São Paulo (Sé), e
falecida em 03.07.1865, no Rio de Janeiro, na rua do Conde 121 d, tísica,
sepultada no Cemitério de São João Batista. Baronesa de Bela Vista, pelo
seu segundo casamento, tendo falecida antes da elevação do título de
seu marido à Visconde. Com geração.
I-2. Josefina Sidona Pacheco, casada, com geração.
I-3. Leonisia Auta Pacheco, natural de São Paulo (Sé). Casada, com geração.

Sebastião Gaspar de Almeida Boto, Tenente-Coronel, 2.º Vice-Presidente.


Em virtude do afastamento Presidente, foi nomeado pela quarta vez Governador, baseado
na Lei de 20.10.1823, empossado em 28.03.1839, permanecendo no cargo cerca de quatro
meses, deixando-o em 23.07.1839.
Citado acima.

Joaquim Martins Fontes, Capitão-Mor, Vice-Presidente.


Em virtude do afastamento Presidente interino, foi nomeado Governador, baseado na Lei
de 20.10.1823, empossado em 23.07.1839, permanecendo no cargo pouco mais de um
mês, deixando-o em 28.08.1839.
Nascido em 27.07.1798, no engenho Campo da Barra, Itabaianinha, província de
Sergipe, e falecido em 20.08.1860, no engenho S. Francisco, Laranjeiras, província
de Sergipe. Filho de João Martins Fontes [1762-1848], capitão mor de Estância,
Sergipe, e de Ana Francisca da Silveira [1780-1806].

Sobrinho materno do BrigadeiroManoel Fernandes da Silveira, 1º Presidente da


Província de Sergipe, conforme se disse acima.

Político de grande evidência no Sergipe. A sua investidura nos diversos cargos


públicos que ocupou, as distinções oficiais que por mais de uma vez lhe foram
conferidas pelo governo imperial, as repetidas provas de confiança política dadas por
seus co-provincianos atestam o grau de prestígio de que sempre gozou, enquanto
militou ativamente na política regional. Capitão-Mor das Ordenanças da vila do
Lagarto, Sergipe.

Deputado provincial da primeira composição da Assembléia Provincial de Sergipe,


para o triênio 1834-1837. A Assembléia Legislativa Provincial de Sergipe, composta
de 20 deputados, iniciou os seus trabalhos em 11.01.1835.

Comandante Superior da comarca de Estância desde 1837. Membro do Conselho do


Governo. Presidente da Câmara Municipal e Juiz de Órfãos ainda do Lagarto.

Deputado Provincial em vários biênios e Deputado à Assembléia Geral Legislativa


pelo Sergipe, na 3ª legislatura, de 03.05.1834 a 15.10.1837. Na qualidade de 1º
Vice-Presidente da Província de Sergipe, assumiu a sua administração, por quatro
vezes: 23.07.1839 a 28.08.1839, 08.08.1840 a 19.10.1840, 30.04.1841 a
15.06.1841 e 01.07.1841 a 19.12.1841.

Pelos serviços prestados à causa da Independência do Brasil, foi remunerado com a


mercê de Cavaleiro da Imperial Ordem do Cruzeiro. Comendador da Ordem de Cristo
[18.07.1841].

Deixou geração dos seus dois casamentos: o primeiro, por volta de 1823, com Ana
Joaquina Portela; e o segundo, com Ana Maurícia da Silveira.
Pais de (1.º matrimônio):
I-1. Joana Narcisa Martins Fontes, nascida cerca de 1825, no Sergipe.
Casada, com geração.
I-2. José Martins Fontes, nascido em 03.07.1829, no Sergipe. Bacharel, Vice-
Presidente. Assumiu o governo de Sergipe em 09.02.1878 – conforme
segue adiante.
(2.º matrimônio):
I-3. Eugenio Teles da Silveira Fontes, nascido em 07.02.1845, no Sergipe.
I-4. Antonio da Silveira Fontes, casado, com geração.

Wenceslau de Oliveira Belo, Coronel, 11.º Presidente.


nomeado em 24.05.1839, empossado em 28.08.1839, deixando o cargo em 08.08.1840
Nascido cerca de 1787, na Fazenda Ribeirão de Alberto Dias, Minas Gerais, e falecido
em 22.07.1852. Filho de do Coronel Luiz Alves de Freitas Belo [1740-c.1833],
Comandante das Milícias da Comarca do Rio das Mortes e de Ana Quitéria Joaquina
de Oliveira [c1759- 1837].

Militar. Coronel. Brigadeiro graduado. Brigadeiro. Marechal reformado. Assentou


praça voluntariamente na antiga companhia de artilharia nº 1 do exército de
Portugal, a 01.01.1804. Reconhecido cadete de 1ª classe, por despacho do vice-rei
D. Fernando José de Portugal. Seguiu para Lisboa a fim de fazer os estudos próprios
da arma de artilharia, retornando em 04.1808. Promovido a 2º Tenente, por carta
régia de 04.08.1808, passando para a Companhia de Artilharia a Cavalo em
17.12.1808. Promovido a 1º Tenente em 17.12.1812.

Em 1812 estava matriculado na Real Academia Militar. Marchou para o Rio Grande
do Sul em 1814, recebendo a graduação do posto de capitão por despacho de
20.07.1814. Fez, como Comandante das Armas, a Campanha da Cisplatina;
combateu contra os Farrapos. Efetivado no posto de capitão por despacho de
22.01.1818. Promovido a Sargento-Mor de artilharia por decreto de 26.08.1819,
continuando a servir em Montevidéu. Tenente-Coronel graduado por despacho de
14.08.1820. Promovido à efetividade do posto de tenente-coronel para o estado
maior do exército por decreto de 01.12.1824.

Nomeado comandante das armas da província do Rio Grande do Norte. Promovido a


coronel por despacho de 12.10.1826. Nomeado comandante das armas da província
das Alagoas, por despacho de 28.04.1828. De Alagoas passou a servir o mesmo
cargo em Sergipe, por decreto de 02.07.1829.

Nomeado Presidente da Província de Sergipe por Carta Imperial de 24.05.1839,


empossado em 28.08.1839, deixando o cargo em 08.08.1840, exonerado a seu
pedido, recolhendo-se ao seu quartel no Rio de Janeiro, seno nomeado para
comandar interinamente a fortaleza de Santa Cruz, por aviso de 27.03.1841.
Graduado no posto de brigadeiro por decreto de 20.12.1841.

Nomeado Presidente da Província do Espírito Santo por Carta Imperial de


09.01.1843, empossado em 15.12.1843, deixando o cargo em 01.12.1843.
Nomeado Presidente da Província do Rio Grande do Norte por despacho de
25.05.1844, empossado em 19.07.1844, deixando o cargo em 28.04.1845.

Efetivado no posto de brigadeiro por decreto de 25.03.1845. Solicitou reforma, que


lhe foi concedida por decreto de 06.03.1847, no posto de marechal de campo.

Agraciado em 1823 com a medalha de distinção, por ter feito a campanha Cisplatina,
de 1816 a 1820. Agraciado com os hábitos de cavaleiro das ordens de São Bento de
Aviz e imperial do Cruzeiro, por decretos de 20.05. e 18.10.1825. Elevado ao grau
de comendador da Ordem de São Bento de Aviz, por carta imperial de 18.07.1841.

Casado em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, com Ana Flora Ribeiro Viana, natural de
Porto Alegre - Rio Grande do Sul, filha do Sargento-mor André Alves Ribeiro Viana e
de Florinda Flora Leite de Oliveira.
Pais de:
I-1. Luiz Alves Leite de Oliveira Belo, que foi 45º Presidente de Sergipe,
conforme segue adiante.
I-2. André Alves Leite de Oliveira Belo, nascido em 23.09.1818, bat. a
23.1.1819, em Porto Alegre – RS, e falecido em 17.11.1867, de cólera
morbus em Tuyu-cué - na guerra do Paraguai. Tenente-Coronel. Casado.

Joaquim Martins Fontes, Capitão-Mor, 1º Vice-Presidente.


Em virtude do afastamento do Presidente, foi nomeado pela segunda vez Governador,
baseado na Lei de 20.10.1823, empossado em 08.08.1840, permanecendo no cargo pouco
mais de dois meses, deixando-o em 19.10.1840.
Citado acima.

João Pedro da Silva Ferreira, Coronel, 12.º Presidente


nomeado em 20.08.1840, empossado em 19.10.1840, deixando o cargo em 16.06.1841. No
decorrer deste período houve uma interinidade.
Militar. Em 1812, seu nome consta do Livro 1º de matrículas do 2º, 3º e 4º anos da
Academia Militar da Corte, que corresponde ao período de 1811 a 1822

Joaquim Martins Fontes, Capitão-Mor, 1º Vice-Presidente.


Em virtude do afastamento do Presidente, foi nomeado pela terceira vez Governador,
baseado na Lei de 20.10.1823, empossado em 30.04.1841, permanecendo no cargo um
mês e meio, deixando-o em 15.06.1841.
Citado acima.

João Pedro da Silva Ferreira, Coronel, 12.º Presidente.


Reassume a presidência, para a qual havia sido nomeado em 20.08.1840, empossado em
15.06.1841, deixando o cargo no dia seguinte, em 16.06.1841.
Citado acima.

João Lins Vieira Cansanção do Sinimbu, Bacharel, 13.º Presidente


nomeado em 01.04.1841, empossado em 16.06.1841, deixando o cargo em 01.07.1841.
Nascido em 20.11.1810, no Engenho Sinimbu, município de São Miguel dos Campos,
Alagoas, e falecido em 21.12.1906, no Rio de Janeiro.Filho de Manuel Vieira
Dantas, Capitão de Ordenanças - comerciante de gado, e de Ana Maria José Lins,
heroína das Revoluções de 1817 e 1824. Quinto-neto de Cristóvão Lins, I, nascido
em 1529, no senhorio de Dorndorf, ao sul de Ulm, Alemanha, falecido antes de
1602, em Porto Calvo, e de Adriana de Holanda, que ainda vivia em 1645, com mais
de 100 anos.
Magistrado. Bacharel em Direito, pela Faculdade de Direito de Olinda, Pernambuco,
11.11.1835, onde havia se matriculado em 1831. Depois de formado, seguiu para a
Alemanha, com destino a Universidade de Yena, situada no Grão ducado de Saxe-
Weimar, onde se doutorou em 09.09.1837.

Na qualidade de Vice-Presidente da Província de Alagoas, assumiu a presidência,


interinamente, de 30.10.1839 a 03.11.1839. Nomeado Presidente da Província de
Alagoas a 21.12.1839 - exerceu a Presidência de 01.01.1840 a 17.07.1840.
Nomeado Presidente da Província de Sergipe, a 01.04.1841 - exerceu a Presidência
de 16.06.1841 a 18.12.1841.

Deputado à Assembléia Geral Legislativa, em duas legislaturas: na 5ª Legislatura,


por Alagoas, de 01.01.1843 a 23.07.1843 (Dissolvida pelo Decreto de 24 de Maio de
1844); e na 9ª Legislatura, por Alagoas, de 07.05.1854 a 12.08.1856.

Nomeado Ministro Residente do Brasil, no Uruguai. Nomeado Juiz de Direito da


Comarca da Chapada, Maranhão [Decreto de 02.12.1845]. Removido da Comarca da
Chapada para o lugar de Juiz de Direito da Comarca de Porto Imperial, Goiás
[Decreto de 12.12.1846]. Removido de Porto Imperial, para o lugar de Juiz de
Direito da Comarca de Cantagalo, Rio de Janeiro [Decreto de 14.04.1848].

Nomeado Presidente da Província do Rio Grande do Sul, a 16.09.1852 - exerceu a


Presidência de 02.12.1852 a 01.07.1855. Chefe de Polícia da Corte (Rio de Janeiro)
de 05.07.1855 a 14.03.1856. Nomeado Presidente da Província da Bahia, a
28.07.1856 - exerceu a Presidência de 19.08.1856 a 27.09.1858.

Senador (vitalício), por Alagoas - nomeado por Carta Imperial de 21.04.1857,


exerceu de 15.05.1858 a 15.11.1889 - perdeu o lugar pela dissolução do Senado
com a Proclamação da República. Serviu pelo espaço de 48 anos. Havia concorrido a
esta cadeira do senado, junto com o advogado José Corrêa da Silva Titara, e Manuel
Sobral Pinto, na vaga aberta em virtude do falecimento do senador Visconde de
Sepetiba, em 25.09.185. Foi o primeiro colocado com 630 votos, contra 406, de
Tirara, e 335 de Sobral Pinto.

Ministro dos Estrangeiros, no 15º Gabinete, do II Reinado (D. Pedro II), de


10.08.1859 a 02.03.1861. Ministro da Agricultura, no 18º Gabinete, do II Reinado
(D. Pedro II), de 30.05.1862 a 08.02.1863. Ministro da Justiça, no 18º Gabinete, do
II Reinado (D. Pedro II), (acumulado), de 02.06.1862 a 08.02.1863. Ministro da
Justiça, no 18º Gabinete, do II Império (D. Pedro II), de 09.02.1863 a 14.01.1864.
Ministro da Agricultura, no 27º Gabinete, do II Império (D. Pedro II), de 05.01.1878
a 23.03.1880. Presidente do Conselho Ministerial, no 27º Gabinete do II Império (D.
Pedro II), de 05.01.1878 a 27.03.1880. Ministro da Fazenda, no 27º Gabinete, do II
Império (D. Pedro II), (acumulado), de 05.01.1878 a 13.02.1878. Ministro dos
Estrangeiros, no 27º Gabinete, do II Império (D. Pedro II), de 08.02.1879 a
03.06.1879. Ministro da Guerra, no 27º Gabinete, do II Império (D. Pedro II), de
06.10.1879 a 09.10.1879.

Vice Presidente do Senado, de 1885 a 1886; 18º Presidente do Senado, de


04.05.1887 a 03.05.1888.

Nomeado, pelo Ministro dos Estrangeiros Paulino José Soares de Sousa, por Decreto
de 27.05.1843, para a função de Ministro Residente do Brasil, em Montevidéu,
Uruguai. Sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.

Obras publicadas; 1. “Notícia das Colônias agrícolas Suíssa e Alemã, fundadas na


freguesia de S. João Baptista de Nova Friburgo, escrita por João Lins Vieira
Cansansão de Sinimbu. Niterói, Typ. de Amaral e Irmão, 1852, in-4º. 2. “Opinião a
cêrca da instrução primária e secundária”, 1843. 3. “A Verdadeira inteligência a dar-
se à expressão “Prédio”. 1876.

Em 1876 residia na Rua de D. Luiza, nº 38, Rio de Janeiro. Em 1891 residia no Rio
de Janeiro, à rua Serra, n.º 6, no Engenho Novo, onde o encontramos, ainda
residindo, em 1896.

Teve a Mercê do Hábito da Ordem de Cristo [17.07.1841]. Comendador da Ordem


de Cristo [18.07.1841]. Oficial da Ordem da Rosa [02.12.1854]. Comendador da
Ordem da Rosa [02.12.1854]. Grã-Cruz da Legião de Honra de França. Grã-Cruz da
Imperial Ordem Austríaca da Coroa de Ferro. Grã-Cruz da Real Ordem dos Guelfos
de Hannover. Grã Cruz da Real e Distinta Ordem Espanhola de Carlos III. Grão Cruz
da Ordem da Coroa da Itália.

Grande do Império. Conselheiro do Imperador. Conselheiro de Estado (2º Conselho)


Extraordinário [1882]. Agraciado com o título de Visconde de Sinimbu, com
grandeza, por mercê da Princesa Imperial Regente de 16.05.1888 - «Em 1888, o
governo imperial fê-lo visconde. Não o envaideceu a honraria. De muito, desde o
nascimento, era ele um fidalgo da melhor nobreza, da que se não obtem por
decreto. Nunca deu importância a esse título nobiliarquico, assinando-o mui
raramente, só em papéis oficiais”.(Craveiro Costa).

O Senador João Lins Vieira Cansanção de Sinimbu foi casado em 1846, em Maceió –
Alagoas, com Valéria Tourner Vogeler, nascida em 16.06.1819, em Londres,
Inglaterra, e falecida em 22.12.1889, no Rio de Janeiro, na rua Vinte e Quatro de
Maio, n.º 77 - RJ. Sepultada no Cemitério de São João Batista. Seu nome foi
lembrado pelo Conde Alessandro Fé d´Ostiani, para ser condecorada com a Ordem
de Malta. Filha de Jacob Frederich Vogeler, natural de Hamburgo, Alemanha, e de
Clélia Tourner, natural de Londres, Inglaterra.
Pais de:
I-1. Maria Valéria Cansanção de Sinimbu, nascida em 26.07.1847, no Rio de
Janeiro, bat. a 27.04.1848, e falecida em 26.02.1907, no Rio de Janeiro,
sem descendentes. Sepultada no Cemitério de São João Batista.
Conhecida como Bubu.
I-2. Clélia Cansanção de Sinimbu, nascida em 1849, e falecida em 09.1932.
Conhecida como Baby.
I-3. João Lins Vieira Cansanção de Sinimbu Júnior, nascido em 20.05.1853,
em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, quando seu pai ali exercia a
presidência da província, e falecido em 25.02.1937, no Rio de Janeiro.
Deputado Provincial (1881). Foi grande advogado na Grã-Bretanha. Após
a proclamação da República, afastou-se da política e retirou-se para a
Europa. Foi casado com uma francesa, com quem teve uma filha, que foi
noiva do Comandante Afonso Cavalcanti de Albuquerque, e foi vista pela
última vez por D. Dolores da Rocha Campos, no começo da Guerra de
1914, em Paris, estando de partida para a Suíça.
I-4. Inácio Cansanção de Sinimbu, nascido em 26.07.1860, no Rio de Janeiro,
onde faleceu em 04.01.1864 - sepultado no Cemitério de São João
Batista.
I-5. Francisca Eulália Lins Cansanção de Sinimbu, que foi casada com Anísio
Salathiel Carneiro da Cunha.
Fonte: Genealogia do Visconde de Sinimbu, in Presidentes do Senado no Império, de
Carlos Eduardo Barata, Capítulo XVIII, 1997.

Joaquim Martins Fontes, Capitão-Mor, 1º Vice-Presidente


Em virtude da nomeação do Presidente, para administrar a província do Rio Grande do
Norte, foi nomeado pela quarta vez Governador, baseado na Lei de 20.10.1823,
empossado em 01.07.1841, permanecendo no cargo cinco meses e dezoito dias, deixando-o
em 19.12.1841.
Citado acima.

Sebastião Gaspar de Almeida Boto, Tenente-Coronel Coronel, 14.º Presidente


nomeado em 16.11.1841, empossado pela quinta vez, em 19.12.1841, deixando o cargo
em 28.12.1842
Citado acima.

Anselmo Francisco Perretti, Bacharel, 15.º Presidente


nomeado em 25.10.1842, empossado em 28.12.1842, deixando o cargo em 17.02.1844
Nascido em 21.04.1812, em Goiana, província de Pernambuco, onde faleceu em
09.10.1877. Filho do doutor João Sebastião Perretti, médico, e de Maria Joaquina de
Castro.

Magistrado. Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Academia de Direito de


Olinda, Pernambuco, na turma de 1835. Logo seguiu para a Europa, cursando em
Paris a Universidade, onde bacharelou-se em Letras. Ocupou os cargos de juiz de
direito criminal do Brejo, de Goiana, Limoeiro e Vitória, e primeiro juiz de direito
especial do comércio, da comarca do Recife. Desembargador da Relação de
Pernambuco, Presidente do Tribunal do Comércio e da Relação de Pernambuco,
quando faleceu, em 1877.

Vereador da Câmara Municipal do Recife. Procurador Fiscal da Tesouraria de Fazenda


de Pernambuco, interinamente.

Foi Secretário do governo das províncias do Maranhão e do Ceará. Nomeado


Presidente da Província de Sergipe, em 25.10.1842, empossado em 28.12.1842,
deixando o cargo em 17.02.1844, por ter sido nomeado 15º Presidente da Província
de Alagoas, em 27.11.1843, empossado em 01.03.1844, exercendo o cargo até
30.06.1844.

Deputado à Assembléia Geral Legislativa pelo Piauí, na 8ª legislatura, de 03.05.1842


a 16.02.1844. Foi, ainda, suplente a deputado geral pelo Ceará.

Nomeado 8º Presidente da Província do Piauí, em 11.04.1848, empossado em


11.07.1848, exercendo o cargo até 24.12.1849.

Nomeado 1º Vice-Presidente da Província de Pernambuco, a 19.04.1864, quando


exercia a presidência o bacharel Domingos de Souza Leão. No afastamento deste
último, assumiu interinamente a presidência, empossado a 01.12.1864, exercendo o
cargo até 25.01.1865, até a posse do novo presidente, Dr. Antonio Borges Leal
Castelo Branco. Foi, ainda, Vice-Presidente da Província do Ceará.

Foi nomeado Professor de geografia e história do Liceu de Pernambuco, cargo que


não chegou a exercer. Provedor da Santa Casa de Misericórdia do Recife, de 1860 a
1872. Orador do Instituto Arqueológico e Geográfico Pernambucano. Oficial e
comendador da Ordem da Rosa. Comendador da Ordem de Cristo. Conselheiro do
Império.

Redigiu a Constituição e Pedro II, periódico que circulou em Pernambuco e Paraíba,


entre 1836 e 1837, no qual defendia o governo do regente Feijó e tinha por principal
objetivo combater a regêcia da Princesa D. Januária.

Manoel Vieira Tosta, Desembargador, 16º Presidente


nomeado em 24.11.1843, empossado em 17.02.1844, deixando o cargo em 15.07.1844
Manuel Vieira Tosta, nascido em 12.07.1807, Cachoeira, província da Bahia, e
falecido em 22.02.1896, no Rio de Janeiro, RJ, na rua Marquês de Olindqa 16 –
sepultado no cemitério de São João Batista. Filho de Manuel Vieira Tosta, natural da
Ilha Terceira, e de Joana Maria da Natividade.

Neto paterno de Pedro Vieira. Neto materno de Sebastião Vieira Tosta e de Ana
Maria do Nascimento.

Magistrado. Deputado. Senador do Império. Conselheiro do Império. Ministro de


Estado. Ministro do Supremo Tribunal e Presidente das Províncias do Sergipe e do
Rio Grande do Sul.

Fez seus estudos de humanidades em Salvador. Segui depois para Portugal, a fim de
realizar seus estudos superiores, matriculando-se a 30.10.1824, no curso de Direito
da Universidade de Coimbra. Aparece na relação dos estudantes da Universidade
com o nome de Manuel Vieira Tosta, porém, no da matrícula e certidão de idade,
aparece como Manuel Vieira Forte, o que é um engano. Por Aviso Régio de
28.03.1829, foi mandado riscar seu nome da Universidade, por fazer parte, como
soldado da 5ª Companhia, do Batalhão de Voluntários Acadêmicos, organizado no
ano letivo de 1826-1827, em defesa da carta constitucional outorgada por D. Pedro
IV. Sem que se houvesse envolvido nos acontecimento do reino no ano de 1828,
quando teve lugar a usurpação de D. Miguel, foi obrigado a retirar-se de Portugal,
faltando-lhe um ano para completar os seus estudos. Seguiu para a França, e aí
recebendo a notícia de se achar riscado do número dos alunos de Coimbra,
permaneceu em Paris, e tornou-se assistente das lições dos professores da escola de
direito, e também das de economia política no Conservatório das Artes, ministradas
pelo célebre Jean Baptiste Say. Voltou para a Bahia em 1830 e, em virtude da
criação das Academias de Direito, em São Paulo e Olinda, pode aproveitar, depois de
lutar por uma vaga, junto com Paulino Soares e Vieira Tosta, os anos cursados na
de Coimbra, e logo matriculou-se na de São Paulo, onde formou-se bacharel em
Direito em outubro de 1831.

Juiz de Fora do termo de Cabo Frio e Macaé, onde serviu até 1833. Depois de ser
nomeado para diversos lugares de juiz de direito, foi mandado ocupar o da
Cachoeira, sua cidade natal. Chefe de Polícia da mesma cidade, por ocasião da
revolução que rebentou a 07.11.1837.

Deputado à Assembléia Geral Legislativa pela Bahia, na 4ª, 7ª e 8ª legislaturas,


respectivamente: 03.05.1838 a 21.11.1841, 03.05.1848 a 05.10.1848, e
01.01.1850 a 11.09.1850. Entre a 4ª e a 7ª legislatura, foi Juiz dos Feitos da
Fazenda da Bahia, em cujo exercício esteve de 1842 a 1843. Neste último ano foi
elevado pelo governo a um dos lugares de desembargador da relação de
Pernambuco. Do tribunal de Pernambuco foi passado para o da Bahia; e sendo
nomeado chefe de polícia daquela província, não chegou a tomar posse do cargo
porque teve que seguir para Sergipe na qualidade de Presidente.

Presidente das Províncias do Sergipe, nomeado em 24.11.1843, empossado em


17.02.1844, deixando o cargo em 15.07.1844; de Pernambuco, nomeado em
11.12.1848, empossado em 25.12.1848, deixando o cargo em 01.07.1849; e do Rio
Grande do Sul, nomeado em 30.06.1855, empossado em 17.09.1855, deixando o
cargo em 27.04.1856. Entre as Presidências do Sergipe e do Rio Grande do Sul,
esteve novamente na relação da sua província, de 1844 a 1848, e no exercício de
desembargador na relação da Corte, para onde passou em 1853.

Ministro de Estado da Marinha no 10º Gabinete (de 23.07.1849 a 10.05.1852), da


Guerra (de 31.08.1849 a 10.05.1852); da Justiça no 14º Gabinete (de 21.03.1859 a
09.09.1859. e novamente da Guerra no 23º Gabinete (de 16.07.1868 a
28.09.1870), acumulando a pasta da Justiça, de 09.06.1870 a 28.09.1870.

Senador do Império, pela Bahia, de 06.05.1851 a 15.11.1889, data da Proclamação


da República.

Havia concorrido à cadeira do Senado, junto com o o presidente de província


Francisco Gonçalves Martins (Visconde de São Lourenço), e os magistrados Caetano
Silvestre da Silva, João Joaquim da Silva, Joaquim José Pinheiro de Vasconcelos
(Visconde de Montserrat) e Francisco José Coelho Neto, nas duas vagas abertas em
virtude dos falecimentos dos senadores Visconde do Rio Vermelho e Manuel Antonio
Galvão, respectivamente, em 15.01.1850 e 21.03.1850. Foi o segundo colocado com
1904 votos, contra 1553, de Caetano, 1295, de João Joaquim, 952 do Visconde de
Monserrat e 814, de Coelho Neto. Foi nomeado Senador por Carta Imperial de
01.05.1851, assim como o foi o mais votado, o Visconde de São Lourenço, por Carta
Imperial da mesma data, havendo obtido 1920 votos.

Aposentou-se em 1857, com honras de Ministro do Supremo Tribunal de Justiça,


sendo desembargador da Relação da Corte. Militou com proficiência na imprensa
política. Em 1858 foi nomeado, pelo marquês de Olinda, presidente da Associação
Central de Colonização, onde permaneceu até tomar posse da pasta da Justiça.

Membro do Conselho de Estado. Conselheiro do Imperador D. Pedro II, por Carta de


1849. Grande do Império. Dignitário da Ordem do Cruzeiro. Comendador [1858] e
Dignitário da Ordem da Rosa. Comendador da Ordem de Cristo em 1841. Foi
agraciado, sucessivamente, com os títulos de barão com honras de grandeza de
Muritiba [14.03.1855], visconde com honras de grandeza de Muritiba [15.10.1872] e
marquês de Muritiba [16.05.1888].

Deixou geração do seu cas. com Isabel Pereira de Oliveira, nascida na Bahia, e
falecida em 15.02.1873, no Rio de Janeiro, sendo baronesa e viscondessa com
honras de grandeza de Muritiba, e falecida antes da concessão do título de marquês,
ao seu marido. Filha de José Antonio Ribeiro de Oliveira e de Joana Pereira de
Barros.
Pais de:
I-1. Francisco José de Oliveira Tosta, nascido por volta de 1838¸e falecido em
31.08.1906, no Rio de Janeiro, na rua Buarque de Macedo 63 - sepult. no
cemitério de São João Batista.
I-2. Desembargador Manuel Vieira Tosta Filho, nascido em 14.10.1839, em
Salvador - capital da Província da Bahia, e falecido em 05.08.1922, a
bordo do vapor Bagé, em águas do estado do Espírito Santo, quando
regressava da Europa. Foi agraciado, a 13.07.1888, com o título de barão
(2.º) com honras de grandeza de Muritiba.
I-3. Isabel Amélia de Oliveira Tosta, nascida cerca de 1840, e falecida em
24.06.1879, no Rio de Janeiro, na rua Marquês de Abrantes 14 -
sepultado no Cemitério de São João Batista. Casada, com geração.
I-4. Joana de Oliveira Tosta, nascida por volta de 1843, e falecida em
02.04.1913, no Rio de Janeiro. Com geração.

José de Sá Bitencourt Câmara, Brigadeiro, 17.º Presidente


nomeado em 23.05.1844, empossado em 15.07.1844, deixando o cargo em 13.12.1844
Nascido em 23.01.1797, na Vila de Camamu, Bahia, onde faleceu em 28.10.1861.
Filho do coronel José de Sá Bitencourt Câmara.

Militar. Oficial do Exército. A 16.06.1818, achando-se em companhia de seu pai em


Minas Gerais, assentou praça como capitão no 2.º regimento de infantaria da 2.ª
linha da comarca de Sabará. Saltando os postos intermediários, foi nomeado, por
decreto de 12.10.1818, tenente-coronel agregado ao mesmo regimento.

Em 23.04.1823 marchou por terra a fim de reunir-se ao “Exército Pacificador” na


província da Bahia, comandando um batalhão organizado com praças do referido
regimento e com ele tomou parte nas lutas pela independência. Promovido a Coronel
por decreto de 02.07.1825.

A 28.02.1826 teve nova praça, sendo por decreto de 19.04, transferido da 2ª linha
para o estado maior do Exército, no posto de Coronel. Governador das armas da
província da Bahia por decreto de 18.08.1827, exercendo esse cargo até
06.04.1829. Marchou com 200 praças a pacificar as comarcas do sul da Bahia por
ocasião da revolução denominada Sabinada. Promovido a Brigadeiro graduado do
Estado Maior por decreto de 20.08.1838. Nomeado por decreto de 02.12.1839 c
comandante das armas da província da Bahia. Brigadeiro efetivo por decreto de
07.09.1842.

Deputado à Assembléia Geral Legislativa por Sergipe, na 6ª legislatura, de


01.01.1845 a 18.09.1847, sendo substituído entre 22.06.1846 a 30.06.1847.

Presidente da província de Sergipe, nomeado em 23.05.1844, empossado em


15.07.1844, deixando o cargo em 13.12.1844.

Por aviso de 15.01.1846, teve permissão para residir na Bahia, onde permaneceu
interinamente no comando das armas desta província, de 19 a 25.11.1848 e de
16.06. a 16.08.1851.

Em 11.1856 foi eleito presidente da Câmara municipal da vila de Ilhéus, onde


exercia o cargo de diretor dos terrenos diamantinos.

Cavaleiro da Ordem de Cristo por decreto de 19.05.1818. Oficial da Ordem do


Cruzeiro por decreto de 12.10.1823. Comendador da Ordem de São Bento de Aviz,
por decreto de 18.07.1841. Agraciado com a Medalha de Guerra da Independência,
em 02.07.1825.

José Francisco de Menezes Sobral, Cônego, Governador.


Em virtude do afastamento do Presidente, foi nomeado Governador, baseado na Lei de
20.10.1823, empossado pela segunda vez, em 13.12.1844, permanecendo no cargo quatro
meses e dois dias, deixando-o em 15.04.1845.
Citado acima.

Antônio Joaquim Álvares do Amaral, Comendador, 18.º Presidente


nomeado em 10.01.1845, empossado em 15.04.1845, deixando o cargo em 29.10.1846
Nascido em 25.07.1795, na Bahia, onde faleceu em 18.05.1853.

Proprietário. Deputado à Assembléia Geral Legislativa pela Bahia, na 4ª legislatura,


de 03.05.1838 a 21.11.1841.

Presidente da província de Sergipe, nomeado em 10.01.1845, empossado em


15.04.1845, deixando o cargo em 29.10.1846. Foi 16º Presidente da Província do
Maranhão, nomeado em 17.02.1848, empossado em 07.04.1848, deixando o cargo
em 07.01.1849.

Escrivão da Santa Casa da Misericórdia da Bahia. Comendador da Ordem de Cristo.


Casado, pai de:
I-1. José Alvares do Amaral, nascido na Bahia, onde faleceu em 1882.
Matriculado em 1841 no curso de Matemática da Universidade de
Coimbra. Delegado de Polícia. Oficial aposentado da secretaria do
Tesouro Provincial. Casado.
I-2. Manuel Maria do Amaral, desembargador.
José Ferreira Souto, Bacharel, 19.º Presidente
nomeado em 10.09.1846, empossado em 30.10.1846, deixando o cargo em 3.07.1847
Nascido em Jacobina, Bahia, e falecido em 22.02.1864, no Rio de Janeiro. Filho de
Antonio Ferreira Souto.

Magistrado. Seguiu para Portugal a fim de estudar Direito, matriculando-se na


Universidade de Coimbra, em 25.10.1825. Por Aviso Régio de 28.03.1829, foi
mandado riscar seu nome da Universidade, por fazer parte, como soldado da 5ª
Companhia do Batalhão de Voluntários Acadêmicos, organizado no ano letivo de
1826-1827. Voltou ao Brasil em 1829-1830 e, em virtude da criação das Academias
de Direito, em São Paulo e Olinda, pode aproveitar os anos cursados na de Coimbra,
e logo matriculou-se na de Olinda, onde bacharelou-se em Direito, na sua primeira
turma, em 1832.

Deputado à Assembléia Geral Legislativa pela Bahia, nas 4ª, 6ª, 7ª, 8ª (suplente) e
9ª (suplente) legislaturas, respectivamente, de 03.05.1838 a 21.11.1841,
01.01.1845 a 18.09.1847 (sendo substituído de 26.06.1847 a 18.09.1847);
03.05.1848 a 05.10.1848, 15.03.1850 a 04.09.1852, e 15.05.1853 a 20.09.1853.
Deputado à Assembléia Geral Legislativa pelo Sergipe, de 30.10.1846 a 17.10.1847.

19º Presidente da Província de Sergipe, nomeado em 10.09.1846, empossado em


30.10.1846, deixando o cargo em 3.07.1847

José Francisco de Menezes Sobral, Cônego, Vice-Presidente.


Em virtude do afastamento do Presidente, foi nomeado Governador, baseado na Lei de
20.10.1823, empossado pela terceira vez, em 03.07.1847, permanecendo no cargo três
meses e treze dias, deixando-o em 16.10.1847.
Citado acima.

João José de Bittencourt Calazans, Doutor, Vice-Presidente.


Em virtude do afastamento do Presidente interino, foi nomeado Governador, baseado na
Lei de 20.10.1823, empossado em 16.10.1847, permanecendo no cargo apenas dois dias,
deixando-o em 18.10.1847.
Nascido em 12.06.1811, na antiga vila de Santa Luzia, Sergipe, e falecido em
18.08.1870, no seu engenho Castelo, pertencente a mesma vila onde nasceu. Filho
de José de Calasans Bittencourt e de Antonia da Vera cruz Brake.

Matriculou-se no curso de direito da Academia de Olinda, onde cursou até o quarto


ano, que interrompeu, seguindo para Bruxelas, em cuja Universidade conseguiu a
carta de Doutor em Direito.

Dedicou-se ao serviço da lavoura, introduzindo em seu engenho arados e


maquinismos a vapor, depois de ter feito estudos especiais nos Estados Unidos e na
ilha de Cuba sobre o melhor sistema de cultura de cana e do fabrico de açúcar.

Foi suplente de juiz Municipal e presidente da câmara municipal de Santa Luzia.


Deputado provincial no Sergipe em mais de uma legislatura. Em virtude do
afastamento do Presidente interino, foi nomeado Governador, baseado na Lei de
20.10.1823, empossado em 16.10.1847, permanecendo no cargo apenas dois dias,
deixando-o em 18.10.1847.

Hospedou D. Pedro II, em 1860, quando viajou com sua família pelas províncias do
Norte do Império.

Comendador da Ordem de Cristo. Membro da Diretoria do Imperial Instituto


Sergipano de Agricultura.
Joaquim José Teixeira, Bacharel, 20.º Presidente
nomeado em 14.08.1847, empossado em 18.10.1847, deixando o cargo em 28.04.1848
Nascido em 27.08.1811, no Rio de Janeiro, onde faleceu em 01.01.1885. Filho do
Brigadeiro Domingos José Teixeira e de Engrácia Rosa Peregrina. Neto paterno de
Felipe José Teixeira e de Rosa Monteiro. Neto materno do capitão Pedro Ferreira dos
Santos e de Maria do Nascimento.

Magistrado. Bacharel em Letras pela Universidade de Paris, França. Bacharel em


Direito pela Faculdade de São Paulo, na turma de 1834. Advogado na Corte. Foi
poeta. Juiz Municipal na província do Rio de Janeiro.

Deputado provincial pelo Rio de Janeiro, em várias legislaturas. Deputado à


Assembléia Geral Legislativa pelo Sergipe, 7ª legislatura, de 03.05.1848 a
05.10.1848.

Presidente da Província de Sergipe, nomeado em 14.08.1847, empossado em


18.10.1847, deixando o cargo em 28.04.1848.

Oficial da Ordem da Rosa. Sócio fundador do Instituto dos Advogados Brasileiros.


Sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.

Colaborou em diversos jornais, entre eles o Jornal do Comércio, e em muitas


revistas, como a Minerva Brasileira (periódico dedicado às ciências, letras e artes,
que circulou no Rio de Janeiro, entre 1843 e 1845), o Iris (periódico que circulou no
Rio de Janeiro, entre 1848 e 1849), a Actualidade, e o Bazar Valente, onde usava do
pseudônimo Papagaio.

Casado em 27.08.1835, no Rio de Janeiro, em casa do pai da noiva, com Rita


Manuela Duque Estrada Furtado de Mendonça, nascida em 14.07.1822, no Rio de
Janeiro, e falecida em 15.07.1872, no Rio de Janeiro, de tifo, na rua do Catete 257 -
sepultada no Cemitério de São João Batista, filha do senador Luiz Joaquim Duque
Estrada Furtado de Mendonça e de Rita Maria da Costa – descendentes de famílias
de povoadores da cidade do Rio de Janeiro no século XVI.
Pais de:
I-1. Luiz Joaquim Duque Estrada Teixeira, nascido em 06.06.1836, no Rio de
Janeiro, onde faleceu em 09.09.1884, às 16:30, na rua do Aqueduto, em
Santa Teresa. Bacharel em Direito, político na cidade do Rio de Janeiro.
Deputado Geral pelo distrito da Corte. Casado, com geração. Sua esposa
era filha de Manuel Vieira Tosta, citado nesse estudo, por ser o 16.º
Presidente de Sergipe.

Zacarias de Goes e Vasconcelos, Doutor, 21.º Presidente


nomeado em 11.03.1848, empossado em 28.04.1848, deixando o cargo em 17.12.1849
Nascido em 15.11.1815, na cidade de Valença, Bahia, e falecido em 28.12.1877,
vítima de uma linfatite perniciosa, no Rio de Janeiro. Era irmão do Ministro do
Supremo Tribunal de Justiça João Antonio de Vasconcellos.Filho do Capitão Antônio
Bernardo de Vasconcellos e D. Maria Benedita de Assunção. Neto paterno de Luiz
Bernardo de Vasconcelos e de Josefa Catarina de Santana.

Professor em Direito. Doutor em direito pela Academia de Olinda, formado na turma


de 1838. Professor jubilado da mesma Academia de Olinda.

Em 1840 entrou para a política. Presidente da Província do Piauí, de 28.06.1845 a


06.09.1847. Presidente da Província de Sergipe, nomeado em 11.03.1848,
empossado em 28.04.1848, deixando o cargo em 17.12.1849. Presidente da
Província do Paraná, de 19.12.1853 a 09.03.1856, da qual foi o instalador por ser o
primeiro presidente nomeado em sua criação.

Deputado à Assembléia Geral Legislativa pelo Sergipe, na 8ª legislatura, de


01.01.1850 a 04.09.1852. Deputado à Assembléia Geral Legislativa pela Bahia, de
03.05.1853 a 20.09.1856, de 03.05.1853 a 20.09.1856 e, na 12ª legislatura, pelo
3º Distrito, a 01.01.1864 a 14.01.1864.

Ministro da Marinha, de 11,05.1852 a 05.09.1853. Presidente do Conselho de


Ministros no 17º Gabinete, de 24.05.1862 a 29.05.1862. Ministro do Império, de
24.05.1862 a 29.05.1862. Novamente Presidente do Conselho de Ministros, no 19º
Gabinete, de 15.01.1864 a 30.08.1864. Ministro da Justiça de 15.01.1864 a
30.08.1864. Novamente Presidente do Conselho de Ministros, no 22º Gabinete, de
03.06.1866 a 15.07.1868. Ministro da Fazenda, de 03.08.1866 a 15.07.1866.

Desde 1862 passou a militar sob as fileiras do partido liberal. Senador do Império,
pela Bahia, de 16.02.1864 a 28.12.1877.

O Senador Zacarias havia concorrido a uma cadeira no Senado, em três


oportunidades: a primeira, em 04.1856, junto com o presidente de província João
Maurício Wanderley (barão de Cotegipe), os magistrados Angelo Maria da Silva
Ferraz (Barão de Uruguaiana), Inocencio Marques de Araújo Gois, Joaquim José
Pinheiro de Vasconcelos (Visconde de Monteserrat), e o advogado Casimiro de Sena
Madureira, nas vagas abertas em virtude dos falecimentos dos senadores 2º
Visconde de Caravelas e Visconde da Pedra Branca, respectivamente, em
13.07.1855 e 20.03.1855. Foram nomeados por Carta Imperial de 01.05.1856, os
dois mais votados: Barão de Cotegipe, com 2117 votos, e Barão de Uruguaiana, com
1798 votos. Zacarias havia sido o terceiro colocado com 1411 votos, contra 1331, de
Araújo Góis, 1311, do Visconde de Monserrat, e 1211, de Sena Madureira.

Na segunda oportunidade, em maio de 1858, concorreu novamente a uma cadeira


no Senado, com o advogado Alvaro Tibério de Moncorvo e Lima, e o magistrado José
Tomaz Nabuco de Araújo, na vaga aberta em virtude do falecimento do senador
Cassiano Esperidião de Melo Matos, em 05.07.1857. Embora tivesse sido o primeiro
colocado, com 1317 votos, a escolha do Imperador recaiu sobre Nabuco de Araújo, o
terceiro colocado, com 1008 votos, e nomeado por Carta Imperial de 26.05.1858.
Moncorvo de Lima, o segundo colocado, alcançou 1259 votos.

Finalmente, uma terceira chance surgiu nas eleições de janeiro de 1864, na vaga
aberta em virtude do falecimento do senador Manuel dos Santos Martins Valasques,
em 21.11.1862. Concorreu com os proprietários José Antonio Saraiva e Antonio de
Souza Espínola. Foi o primeiro colocado com 2694 votos, contra 2588, de Saraiva, e
2194, de Espínola. Foi nomeado por Carta Imperial de 10.02.1864.

Eloquente e erudito. Foi um dos notáveis oradores do Brasil. Sócio do Instituto


Histórico da Bahia. Comendador da ordem da Rosa. Grã-Cruz de 2ª Classe da ordem
de São Gregório Magno de Roma.

Casado em 08.10.1853, no Rio de Janeiro, com Carolina de Matos Vieira, nascida em


1839, no Rio de Janeiro, onde faleceu em 17.11.1913, filha de Domingos de Matos
Vieira e de Joana Carolina Leite de Castro.
Pais de:
I-1. Zacarias de Gois e Vasconcelos, nascido em 15.08.1854, em Curitiba,
Paraná, e falecido em 18.02.1856, no Rio de Janeiro, na rua Nova do
Conde 225 - sepult. no Cemitério do Caju.
I-2. Maria da Glória Vasconcelos, nascida em 06.10.1855¸ no Rio de Janeiro,
onde faleceu em 05.08.1917. Casada, com geração.
I-3. Rita de Góis e Vasconcelos.
I-4. Domingos de Gois e Vasconcelos, casado, com geração.
I-5. João Antonio de Góis e Vasconcelos, nascido em 02.02.1861¸ no Rio de
Janeiro.
I-6. Carolina de Góis e Vasconcelos, falecida em 06.05.1865.
I-7. Ana de Góis e Vasconcelos, nascida em 30.07.1865¸ no Rio de Janeiro.

Amâncio João Pereira de Andrade, Bacharel, 22.º Presidente


nomeado em 09.10.1849, empossado em 17.12.1849, deixando o cargo em 19.07.1851
Bacharel. Político. Deputado pela Bahia na 6ª legislatura do Império (1845-1847).
Presidente da Província de Sergipe, nomeado em 09.10.1849, empossado em
17.12.1849, deixando o cargo em 19.07.1851.

José Antonio de Oliveira e Silva, Bacharel, 23º Presidente


nomeado em 02.06.1851, empossado em 19.07.1851, deixando o cargo em 14.07.1853,
Filho do comendador José Antonio de Oliveira e Silva e de Francisca Tomazia. Neto
paterno de David de Oliveira e de Joana Rita. Neto materno de Joaquim José e de
Maria do Rosário.

Casado em 1856, no Rio de Janeiro, com Mariana Leite de Oliveira e Castro, filha de
Francisco de Salles de Oliveira e Castro e de Ana Tereza Vidal Leite Ribeiro. Pais de:
I-1. Mariana Otavia de Oliveira e Silva, casada.
I-2. Francisca Leite de Oliveira e Silva, nascida em 03.08.1868, e falecida em
17.01.1919, em Paris, França - baronesa de Vidal, por seu casamento.
Com geração.
I-3. Agostinho Leite de Oliveira e Silva.
I-4. Virgílio Leite de Oliveira e Silva.
I-5. Gastão Leite de Oliveira e Silva.

Luiz Antonio Pereira Franco, Bacharel, 24º Presidente


nomeado em 21.03.1853, empossado em 14.07.1853, deixando o cargo em 17.11.1853
Dr. Luiz Antônio Pereira Franco, nascido em 19.10.1826, na Bahia, e falecido em
20.01.1902, no Rio de Janeiro, RJ. Filho do Dr. Luiz Antônio Pereira Franco [1796-
1852], e de Maria Antonieta Alves Branco Muniz Barreto [c.1799-1887].

Formado em ciências jurídicas e sociais na Faculdade de Direito de Olinda, PE


[13.10.1847]. Juiz municipal e de órfãos do termo de Purificação [18.10.1848].
Removido, a pedido, para o de Nazaré [12.09.1850]. Juiz de direito da comarca da
Feira de Santana, BA [19.10.1855]. Removido para a vara de órfãos da capital da
província [15.12.1871] e 1ª vara cível de Niterói, a pedido [23.10.1875].
Desembargador da Relação da Corte [30.03.1887] - cargo em que foi aposentado
[09.05.1888]. Sub-procurador da Corte de Apelação do antigo Distrito Federal [RJ-
26.11.1890] - ato sem efeito. Juiz da Corte de Apelação do antigo Distrito Federal
[RJ-31.12.1890]. Ministro do Supremo Tribunal Federal [29.01.1891; posse:
26.02.].

Deputado à Assembléia Provincial pela Bahia [1848], sendo reeleito em sete


legislaturas. Deputado à Assembléia Geral Legislativa pela Bahia, nas 10ª, 11ª, 14ª,
15ª, e 16ª, legislaturas, respectivamente: de 03.05.1857 a 16.09.1860, 03.05.1861
a 16.09.1864, 11.05.1869 a 22.05.1872, 21.12.1872 a 10.10.1875, e 01.02.1877
a 14.10.1877.

Senador do Império, pela Bahia, de 05.05.1888 a 15.11.1889, data da proclamação


da República. Havia com corrido, anteriormente, a uma cadeira do senado, nas
eleições de janeiro de 1873, junto com o ministro da guerra João José de Oliveira
Junqueira, e o magistrado Inocencio Marques de Araújo Góis, na vaga aberta em
virtude do falecimento do senador Visconde de São Lourenço, em 10.09.1872. Foi o
segundo colocado com 2852 votos, contra 2810, de Araújo Góis, e 3041, de Oliveira
Junqueira, o primeiro colocado, e nomeado por Carta Imperial 01.03.1873.

Presidente da Província de Sergipe, nomeado em 21.03.1853, empossado em


14.07.1853, deixando o cargo em 17.11.1853. Ministro da Marinha em dois
Gabinetes: de 29.09.1870 a 06.03.1871 e 25.06.1875 a 04.01.1878; e, Ministro
interino da Guerra, de 23.02.1876 a 21.03.1876.

Oficial da Ordem da Rosa [1860]. Comendador da Ordem da Rosa [06.09.1866].


Comendador da Ordem da Conceição de Vila Viçosa [1892]. Conselheiro do Império
[29.09.1870]. Foi agraciado com o título [Dec. 20.06.1888] de barão com honras de
grandeza de Pereira Franco.

Casado com Leonor Felisberta Accioly, Baronesa de Pereira Franco, falecida a


30.08.1901, no Rio de Janeiro. Filha do desembargador Inácio Accioly de
Vasconcelos e de Leonor Felisberta de Azevedo.
Pais de:
I-1. Eloisa Accioly Pereira Franco.
I-2. Manuel Accioly Pereira Franco, capitão, casado.
I-3. N... Pereira Franco.
I-4. Leonor Accioly Pereira Franco, nascida em 1855, na Bahia, e falecida em
08.08.1893, no Rio de Janeiro, rua Conde de Bonfim 61 – sepult.
Cemitério de São João Batista. Casada, com geração.
I-5. Elvira Accioly Franco, casada.

Inácio Joaquim Barbosa Júnior, Bacharel, 25º Presidente


nomeado em 07.10.1853, empossado em 17.11.1853, deixando o cargo em 10.09.1855.
Nascido em 1823, na cidade do Rio de Janeiro, e falecido em 06.10.1855, em
Estância, Sergipe, quando jovem, vitima da epidemia coléra-morbus, que matou
milhares de pessoas em Sergipe. Sepultado em uma cripta especial da Capela de
São Salvador do Aracaju, para onde foi trasladado em 19.02.1858.

Filho de Inácio Joaquim Barbosa e de Francisca Rosa do Amaral. Neto materno do


Sargento Mor Inácio Antonio do Amaral e de Luiza Rosa da Conceição.

Bacharel em Ciência Jurídica e sociais pela Faculdade de São Paulo, em 1844. Juiz
municipal do termo da Paraíba do Sul, em 1846. Secretário do governo do Ceará,
em 1848. 1º Oficial da Secretaria da Fazenda, no Rio de Janeiro, em 1850.

Deputado à Assembléia Geral Legislativa pelo Ceará, nas 8ª e 9ª legislaturas, de


03.05.1852 a 04.09.1852 e 03.05.1853 a 04.09.1853.

Presidente da província de Sergipe, nomeado em 07.10.1853, empossado em


17.11.1853, deixando o cargo em 10.09.1855. Foi durante a sua gestão que se
transferiu a capital de Sergipe, então em São Cristóvão, para o povoado de Santo
Antonio de Aracaju, elevando-o à categoria de cidade.

Oficial da Ordem da Rosa.

José da Trindade Prado, Major, Comendador, Vice-Presidente.


Em virtude do afastamento do Presidente, por motivos de doença, foi nomeado Governador,
baseado na Lei de 20.10.1823, empossado em 10.09.1855, permanecendo no cargo apenas
dezessete dias, deixando-o em 27.09.1855.
Nascido em 1804, na Freg.ª de Santo Amaro de Brotas, Sergipe, e falecido em
25.06.1875, no seu engenho Várzea Grande, depois usina Santa Clara, Sergipe. Foi
sepultado no cemitério da Capela do Engenho. Filho do Capitão-Mor José da
Trindade Pimentel e de Mariana Francisca de Menezes.

Assentou praça voluntariamente no extinto batalhão nº 25 de caçadores, em


29.01.1823, no posto de capitão. Fez a Campanha do Sul [1827-1829]. Instrutor
geral da Guarda Nacional. Reformado no posto de major [02.12.1829]. Coronel,
comandante superior de vários municípios do norte de Sergipe.

Deputado Provincial. Vice-Presidente do Sergipe, exercendo o governo cinco vezes:


de 10.09.1855 a 27.09.1855; 10.04.1857 a 05.08.1857; 10.08.1868a 27.11.1868;
18.06.1869 a 08.11.1869; e 21.08.1871 a 17.02.1872.

Membro da Diretoria do extinto Imperial Instituto Sergipano de Agricultura. Sócio


benemérito do Gabinete Literário Sergipano.

Oficial e Comendador da Ordem da Rosa. Cavaleiro e Comendador da Ordem de


Cristo. Agraciado com o título de barão de Propriá pelo decreto de 14.03.1860.

João Gomes de Melo, Barão de Maroim, Comendador


Em virtude do afastamento do Presidente interino, foi nomeado Governador, baseado na
Lei de 20.10.1823, empossado em 27.09.1855, permanecendo no cargo cinco meses,
deixando-o em 27.02.1856.
Nascido em 18.09.1809, no engenho Santa Bárbara, município de Maroim, Sergipe,
e falecido em 23.04.1890, no Rio de Janeiro, RJ.

Filho de Teotônio Corrêa Dantas e de Clara Angélica de Menezes.Neto paterno de


Antonio Coelho Barreto e de Quitéria Gomes de Sá.

Proprietário. Agricultor. Comandante Superior da Guarda nacional de Maroim em


Sergipe. Ergueu em suas terras um majestoso templo, que depois passou a servir de
igreja matriz da cidade de Maroim.

Deputado Provincial por diversas vezes. Deputado à Assembléia Geral, pelo Sergipe,
nas 9ª e 10ª legislaturas, respectivamente: de 03.05.1853 a 20.09.1856, e
03.05.1857 a 16.09.1860, sendo substituído neste último mandato, em duas
ocasiões: 03.05.1857 a 22.06.1857 e 12.05.1860 a 16.08.1860.

Entrou na lista tríplice para o preenchimento do lugar de Senador, na nova cadeira


criada, na eleição procedida em 1858. Concorria contra Antonio Diniz de Siqueira e
Melo e o Barão de Continguiba Bento Pereira de Melo. Foi o primeiro colocado com
275 votos, no entanto foi preterido, e saiu nomeado Antonio Diniz, por Carta
Imperial de 03.03.1859. Finalmente, Senador do Império pelo Sergipe, escolhido por
Carta Imperial de 21.05.1861, depois de concorrer à vaga aberta pelo falecimento
do senador Marquês de Monte Alegre, a 18.09.1860. Obteve 380 pontos contra os
360 do Barão de Propriá, e 349 de Alexandre Pinto Lobão. Exerceu seu mandato de
21.05.1861 a 15.11.1889, data da Proclamação da República.

Grande do Império. Cavaleiro da Ordem de Cristo, Oficial da Ordem do Cruzeiro,


Cavaleiro da Ordem da Rosa e Comendador da Ordem de S. Gregório Magno de
Roma. Foi agraciado, sucessivamente, com os títulos de barão de Maroim [Dec. Imp.
de 12.10.1848], e barão com honras de grandeza de Maroim [02.12.1854]. Teve
mercê da Carta de Brasão de Armas, datado de 11.07.1867. Registrado no Cartório
da Nobreza, Livro VI, fls. 81: um escudo partido em pala; na primeira pala, em
campo de prata, um leão de negro rompente; e na segunda pala, em campo
vermelho, seis besantes de prata entre uma dobre cruz de ouro. Timbre: uma águia
de negro, besantada de prata.

Casado em primeiras núpcias com D. Maria José de Faro Leitão, falecida em


14.12.1859, primeira baronesa com honras de Maroim, filha de Felipe Luiz de Faro e
Menezes, Capitão-Mor, Governador, e de Welma Francisca de Andrade; e, em
segundas núpcias, com Valentina Soares de Souza, nascida em 31.07.1825, no
Maranhão, e falecida em 25.07.1880, no Rio de Janeiro, segunda baronesa com
honras de Maroim, filha do Físico Mor José Antônio Soares de Souza, membro da
tradicional família Soares de Souza de Minas Gerais, ramificada no Rio de Janeiro, e
de Antoinette Gabrielle Madeleine Gibert.

Fim da Parte I
Continua na parte II

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