Você está na página 1de 17

PADRE FRANCISCO TAVARES ARCOVERDE

FUNDADOR DA CIDADE PARAIBANA DE PRINCESA ISABEL


Francisco de Carvalho Florencio 1

Resumo
Estudo biográfico, incluídos dados genealógicos sobre o Padre Francisco Tavares
Arcoverde, resgatando seu papel histórico na formação da atual cidade de Princesa
Isabel, no alto sertão paraibano. A partir de fontes primárias e outras, são apresentados
os dados e análises que permitem revelar a dimensão do personagem central,
permitindo a conclusão de que é ele o legítimo fundador daquela cidade, e merecedor
do devido reconhecimento pelos seus conterrâneos princesenses. Acrescenta-se
discussão de idêntico papel na fundação da cidade de Tavares, Paraiba.

1.- CIDADE DE PRINCESA ISABEL - APRESENTAÇÃO E HISTÓRIA


O território do atual Município de Princesa Isabel está localizado no extremo sudoeste
do Estado da Paraiba, sobre a Serra do Teixeira, numa altitude media de 700 metros.
Limita-se ao sul e sudeste, com os municípios pernambucanos de Flores, Triunfo e
Quixaba. Ao norte, leste e oeste com os municípios paraibanos de Nova Olinda, Pedra
Branca, São José de Princesa e Tavares, quase todos, parcial ou totalmente,
desmembrados do território princesense original. Em 1766, um morador da Serra da

1
Engenheiro e pesquisador da história do Município de Princesa Isabel – Sócio honorário do IHGP –
Sócio correspondente do IPGH)
Baixa Verde, no atual vizinho município de Triunfo, Pernambuco, agricultor e fazendeiro,
LOURENÇO DE BRITO CORREIA, requereu e obteve do governo da Capitania de
Pernambuco (que incluía a da Paraiba), a doação de grande extensão de terras (as
denominadas sesmarias), que iam do local “Alagoa da Perdição”, - situada no centro da
atual cidade de Princesa Isabel,- em direção ao nordeste e noroeste até 18 quilômetros
além, (hoje sítios Escorregada e Jatobá), formando um retângulo aproximado de seis por
dezoito quilômetros. Outras “sesmarias” se seguiram a esta primeira, completando-se
a ocupação da região até 1840 – 1850. Esta primeira sesmaria e mais outra a ela vizinha
( de José de Araujo Cavalcanti, filho de Lourenço de Brito), deu origem à Fazenda
Perdição, onde se plantava lavouras e se criava gados. Em 1836, essa fazenda, por
herança, passou à propriedade de Dona Natária Maria do Espirito Santo.
De 1836 até 1856, a fazenda se desenvolve, fazendo parte do já 4º Distrito da Perdição
(1834), ligado à Vila de Santo Antonio do Piancó. Os registros paroquiais já indicam a
presença de muitas famílias na região, atendidas por padres e religiosos, a maioria
vindos da vizinha Vila de Flores do Pajeú. É a partir de 1856 que entra em cena o
personagem central deste estudo, como veremos adiante.

2. - PADRE FRANCISCO TAVARES ARCOVERDE - ORIGENS


Nasceu Francisco Tavares Arcoverde nos idos de 1828, em terras paraibanas, na época
pertencentes à então povoação de Santo Antonio do Piancó, posteriormente à vila de
Misericórdia (atual sede do Município de Itaporanga) e, a partir de 1875, à vila da
Princesa (hoje cidade de Princesa Isabel, sede do Município de mesmo nome), e, desde
1994, terras pertencentes ao Município de São José de Princesa, ex-distrito de Princesa
Isabel. O local onde nasceu, na região da pequena povoação de Patos de Irerê, situa-se
na bacia do riacho Piancozinho, que nasce na Serra da Baixa Verde , no Pico do Pau
Ferrado, (Triunfo, Pernambuco), e corre em direção norte, como uma das nascentes do
Rio Piancó, percorrendo um longo trajeto de mais de 100 quilometros. Esta geografia
local, ajuda a compreensão da região da atuação do Padre Tavares ao longo da sua vida
sacerdotal, iniciada, vivida e finalizada em sua maior parte, nestas pairagens do
extremo sudoeste paraibano. Nascido em família de migrantes, do pai Idelfonso,
pernambucano, e da mãe Juliana, cearense, da região dos Inhamuns, sertão profundo
do Ceará. No ítem “ Genealogia” veremos em maiores detalhes “quem é quem” do seu
grupamento familiar. Da sua infância não se encontrou nenhuma referência. Seu
registro de nascimento provavelmente deveria constar nos assentos de batismo da
antiga paróquia de Santo Antonio do Piancó. Infelizmente os arquivos paroquiais desse
período foram destruídos, numa das frequentes inundações do Rio Piancó. O primeiro
registro encontrado, foi sua presença como “padrinho” de batismo em 1839, ato
ocorrido na capela da fazenda São José, local próximo de sua moradia. Nesse registro
de batismo, Tavares foi registrado como morador de Patos de Piancó (atualmente
povoado de Patos de Irerê do Município de São José de Princesa). Provavelmente
educado em domicílio nas primeiras letras, como era tradição das famílias de gente
letrada, ou na vizinha povoação da Baixa Verde (atual Triunfo, Pernambuco), distante
tão somente poucos quilômetros do sitio onde nascera e vivera sua primeira infância.
De família cristã católica, e conforme tradição da época, de ter sempre um de seus
membros levados ao sacerdócio, coube a Tavares esse destino. Enviado ao Seminário de
Olinda, Pernambuco, com o patrocínio do seu irmão Adriano, lá ordenou-se em 39 de
setembro de 1856, conforme registros.

3. - GENEALOGIA – ASCENDENTES E COLATERAIS PRINCIPAIS


1. FRANCISCO TAVARES ARCOVERDE (*1828 + 17-12-1900 em Curral Velho, Pb.
Aos 72 anos) Natural do Estado da Paraiba – sítio Patos Irerê, Distrito da atual
cidade de São José de Princesa. Filho de:
2. IDELFONSO RIBEIRO CAMPOS
cc:
3. ANTONIA JULIANA DE LIMA.

AVÓS PATERNOS
4. Cap. NICOLAU PAES TAVARES
cc:
5. JULIANA Mª DE OLIVEIRA (+12.04.1798).
Ele, nat. Ilha Itamaracá – Pe. Ela, da região de Icó-Ce.
AVÓS MATERNOS
6. ANTONIO DE SANTANA ALBUQUERQUE CAVALCANTI
cc:
7. MARIANA DE ALMEIDA PEDROSA
BISAVÓS PATERNOS
Pais de Nicolau Tavares
8. Cap. FRANCISCO PAES TAVARES (+19.07.1712) Nat. da Ilha de Itamaracá -Pe.
cc:
9. LUIZA DE VASCONCELOS
TRISAVÓS PATERNOS
Pais de Luiza Vasconcelos
16. LUIZ DE MELO
cc:
17. ISABEL DE VASCONCELOS (+ 09.05.1700)

COLATERAIS (IRMÃOS)
Filhos de 2.- IDELFONSO cc: 3.- JULIANA
2.1-NICOLAU TAVARES ARCOVERDE (*02.08.1808 em Pau dos Ferros – RGN)
cc: Belmira Inácia de Siqueira (nat de São José de Princesa)
2.2- MARIANA JULIANA DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI (*01.05.1810)
cc Benigno Benevides de Albuquerque Maranhão
2.3- ADRIANO CAVALCANTI ALBUQUERQUE (*07.10.1818 + 08.09.1877)
cc: MARIANA DE ALMEIDA FEITOSA (*1826 +1893)
2.4- CASEMIRO JÁCOME CAVALCANTI (*1824)
cc: MERANDOLINA FEITOSA CAVALCANTI (sobrinha)
2.5-JOSÉ TAVARES ALBUQUERQUE
cc: ANTONIA JULIANA DE LIMA
2.6 – JOAQUIM TAVARES ARCOVERDE
SOBRINHOS
Por serem expressamente citados no testamento do Padre Tavares, em 1898, e, de
alguns deles derivarem numerosas famílias princesenses - como será visto
posteriormente -, apresentamos os descendentes diretos do seu irmão ADRIANO (2.3)
cc: Mariana.
2.3.1 LIBERALINO FEITOSA CAVALCANTI (*1842 nat. Pau dos Ferros – RGN)
cc: Candida Almiranda de Almeida
2.3.2 -PORCINA
cc Manoel Cardoso de Almeida (*1843 +23-10-1888)
2.3.3 -BELARMINO (*01.02. 1851 nat. do sítio Patos de Irerê, (atual distrito
de São José de Princesa – Paraiba)
2.3.4 -Mª DA GLÓRIA (*1852 + 12.01.1887
cc: Ten Leandro Justo de Souza Barros)
2.3.5 LEOPOLDINA (*02.09.1864 + 11.02.1921)
cc: Antonio Lopes Machado (ramo que dá origem a numerosa família
princesense, moradores no sitio Casa Nova, no Municipio de Tavares,
ex-distrito de Princesa Isabel. .

Familia – Enoque, Gentil, Ermelinda e Emilia, todos filhos de


Leopoldina, e sobrinhos-netos do P. Tavares. (Acervo R. Barthel – Recife
-Pe)
2.3.6 -MERANDOLINA FEITOSA CAVALCANTI
cc: (2.4) CASEMIRO JÁCOME – tio
pais de:- MARIA AMELIA CAVALCANTI
cc: Manoel Cavalcanti de Lacerda (filho do “coronel” Zuza Lacerda de
Curral Velho, Pb. Ramo que dá origem à numerosa família princesense)
2.3.7 -MARIANA –
2.3.8

ADRIANO FEITOSA CAVALCANTI


(*30.06.1866 em Princesa Isabel +16.06.1949 em Princesa Isabel ).
Presidente da Câmara de Vereadores de Princesa Isabel em 1934, que
leva seu nome como patrono.
cc JOSINA AMARAL em 22.10.1893, ex -agente dos Correios até 1944
2.3.9 -CANDIDA
cc Melchiades de Almeida Cavalcanti (+21.05.1906)
2.3.10 - BENVENUTO
2.3.11 - RITA
cc: Balduino Marinho de Carvalho

(O casal Adriano/Mariana teve 22 filhos, dos quais sobreviveram esses 11 acima


citados, e os demais faleceram crianças)

4. - A LONGA TRAJETÓRIA PASTORAL


1856 – Primeiro capelão na capela da povoação de São José (atual cidade de São José
de Princesa, sede do Município de mesmo nome), distante 15 quilômetros de onde está
situada atualmente a cidade de Princesa Isabel – Pb.
1856 – 1867 – Padre Coadjutor na região fronteira entre os vales do rio Piancó (Paraiba)
e do rio Pajeú (Pernambuco), onde são encontrados inúmeros registros de sua ação
pastoral nas então vilas, povoados e fazendas alí localizadas.
1857 -1858 – Uma terrível epidemia de Colera Morbus atinge os estados do nordeste,
em especial Pernambuco e Paraiba. Milhares de vidas foram ceifadas. Diz a tradição oral,
que os moradores dos sítios da zona rural da Vila de Flores (Pe), fronteiriça com a
Paraiba, onde estava instalada a Fazenda Perdição e outras propriedades já muito
povoadas, assustados com a dimensão da extensão dos efeitos da epidemia, com
milhares de vítimas, e impulsionados por profundas crenças religiosas, teriam feito
“promessa” de que, se não fossem atingidos pelo terrível mal, construiriam uma capela
dedicada a Nossa Senhora do Bom Conselho, escolha essa muito provavelmente por
influência do missionário Frei Serafim de Catânia, capuchinho que atuava na região em
missão evangelizadora. A escolha do local para a implantação da capela deve ter sido
baseada nos fatores geográficos e tradicionais de criação das capelas junto as sedes das
fazendas. A doação de terras para formar o patrimônio eclesiástico, o interesse dos
proprietários, da concentração e proximidade da população envolvida, determinaram a
definição final que resultou na construção da capela que se tornou o NÚCLEO ORIGINAL
da futura cidade de Princesa Isabel, sede do Município do mesmo nome. Coube ao
jovem Padre Tavares a coordenação dos esforços para completar esta empreitada,
juntamente com seus irmãos, conforme registros. Diz ainda a tradição oral que, essa
capela foi construída “aos domingos, por grupos de familiares, em especial da família
Medeiros, vindos dos sítios vizinhos, Capoeiras, Cedro, Boa Vista, Laje. A primeira
doação de terras, em 1857, para formação do patrimônio canônico da capela, foi feita
pelos filhos da proprietária da Fazenda Perdição, a lendária Dona Natária Maria do
Espirito Santo, já então octogenária, o capitão Joaquim Pereira e Silva, o tenente
Antonio Carlos Araújo e João de Araujo Cavalcanti. Posteriormente foram feitas mais
doações por membros das famílias Mariz e Medeiros, ocupantes de sítios vizinhos. No
mesmo ano, o Padre Tavares, recém ordenado no seminário de Olinda (PE), iniciou a
construção da pequena capela dedicada a N. Srª do Bom Conselho, próxima a lagoa que
se situava no centro da fazenda, a já referida Lagoa da Perdição. Dessa maneira se
atendeu a uma demanda dos fiéis, moradores e sítios fronteiriços a fazenda.
O Padre Tavares morava então, na região do Riacho do Piancozinho , sito no atual
Municipio de São José de Princesa, ex-distrito do Municipio de Princesa Isabel, do qual
dista 15 quilômetros). Após a construção da capela, trouxe seus irmãos, para iniciarem
as primeiras casas dentro do patrimônio da capela, as quais deram origem ao pequeno
arraial formado em torno da mesma, evoluindo em menos de 10 anos para Povoação
de Perdição e posteriormente, Povoação do Bom Conselho, por conta da capela ter sido
consagrada à N. S. do Bom Conselho.

1858 - 4 de Abril , foi registrado o primeiro batismo realizado na agora Capela da


Perdição (denominação que foi posteriormente alterada nos registros).
1858 -1867 -Padre coadjutor de vigários entre as paróquias das Vilas de Flores (Pe) e S.
Antonio do Piancó
1867 – Vigário interino em Alagoa de Baixo (atual Sertânia, agreste pernambucano)
1872 - 1874 – Primeiro Vigário da Paróquia de N S da Conceição, da então Vila da
Conceição, extremo sertão oeste da Paraiba. (Em 1972 se erigiu um busto do Padre
Tavares, nas vizinhanças da igreja matriz, em comemoração ao centenário da Paróquia)
1878 – Vigário em Salgueiro, sertão Pernambuco
1879- 1883 - Padre Coadjutor em Floresta, sertão Pernambuco
1880 – 1884 – Vigário em Serra Talhada, sertão de Pernambuco
1885 – Em 16 de dezembro, toma posse como Vigário da Paróquia de N. S. do Bom
Conselho, criada em 3 de dezembro de 1880, da Vila da Princesa, em substituição ao
Padre José Cherubino Diniz, seu primeiro Vigário.
1887 – Coordenador da instalação da Capela do Rosário, na então Vila da Princesa, para
favorecer a frequência da comunidade negra, construída com trabalho e doações de
escravos, ex-escravos, e pequenos proprietários, em especial da família Medeiros. (Vide
anexo correspondência do Pe. Tavares com a Diocese de Olinda , onde se revela seu
espirito liberal, antiescravagista e antiburocracia da igreja na época)
1891-1893 – Vigário na Paróquia de N S da Conceição do Mun. De Belo Jardim - PE
1892 -1894 – Vigário da Paróquia de N. Sra. Das Dores, na Vila de Triunfo, Pernambuco,
substituto do então Vigário Padre Douette, afastado por questões políticas
1898 – Doente, septuagenário, se afasta das atividades de Vigário e vai morar no sitio
Casa Nova, nos arredores da então povoação de Tavares (ex distrito de Princesa Isabel
e atual cidade de mesmo nome)
1899 – Convidado pelo “Coronel” Zuza Lacerda, para ser capelão na Capela de São José,
da Fazenda Curral Velho (atual cidade de Curral Velho, sertão paraibano, Vale do
Piancó), lá foi morar, acompanhado de sua sobrinha Maria Amélia, filha do seu irmão
Casemiro Jácome.
1900 – Faleceu em 17 de dezembro e foi enterrado na Capela de São José, em Curral
Velho, PB, onde repousam seus restos mortais. (Vide foto)

5. - CITAÇÕES EM OBRAS DIVERSAS QUE CORROBORAM A TESE


DO PADRE TAVARES COMO FUNDADOR DA ATUAL CIDADE DE
PRINCESA ISABEL. (FONTES SECUNDÁRIAS)
5.1 Da obra do grande historiador paraibano Celso Mariz, “Através do Sertão”, edição
1910, no capítulo referente a Vila da Princesa.
“Esta vila, outrora denominada Perdição – nome de que nunca usaram - mais tarde-Bom
Conselho, hoje Princesa, em homenagem a D. Izabel, condessa d'Eu, foi fundada sob os
auspícios de Padre Francisco Tavares Arco Verde, espirito moldado na prática do bem
e de grandes empreendimentos, acompanhando, sempre forte e resoluto,
a marcha titânica do progresso. Contratado logo que se ordenou, para ser capelão na
povoação denominada S. José deste Termo, encontrou aqui uma fazenda de criação e
lançou a pedra fundamental de uma capela, sob a invocação de N.S.do Bom Conselho, a
qual mais tarde se transformou no templo que hoje possuimos. Edificou, em seguida,
algumas casas e, incitando os ânimos de alguns amigos seus, pôde conseguir a
prossecução de sua tentativa, sem esbarrondar-se em nenhum obstáculo. Era, então,
senhora do arraial - Lagôa da Perdição-D. Natalia Maria do Espirito Santo, fazendeira
abastada e alma de muitos bons sentimentos, embora sem cultivo de espécie alguma.
Quando em 1880 foi novamente a povoação elevada á categoria de vila, a capela
existente converteu-se em Igreja matriz, sendo o serviço administrado pelo saudoso
tenente Theotonio Carlos d' Andrade, que desempenhou papel saliente no levantamento
social princesense. O primeiro pároco que regeu a Freguesia foi o Padre José Cherubino
da Fonseca Diniz. O segundo, o fundador desta vila, que a dirigiu até o dia 17 de
Dezembro de 1900 quando veio a falecer” (grifos nossos)

5.2 - No "Dicionário Corográfico do Estado da Paraiba”, do historiador Coriolano de


Medeiros, no capítulo referente ao Municipio de Princesa Isabel, e reproduzido na
“ENCICLOPÉDIA DOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS” (IBGE, ed 1960):
"O local da cidade, conhecido desde princípios do século XVIII, teve o nome de
"Perdição", dado por uns caçadores que, perdendo o rumo a seguir, chegaram aquela
lagoa e ali se orientaram. Foi precisamente nesse local, onde havia uma fazenda de
criação, que Padre Francisco Tavares Arco Verde construiu uma capela em homenagem
a Nossa Senhora do Bom Conselho, cujo nome se estendeu ao povoado. Para
concretização do seu intento, serviu-se do auxilio concedido pelos proprietários da
referida fazenda, D. Natália do Espirito Santo e seus filhos, o capitão Joaquim Pereira e
Silva e o tenente Antonio Carlos da Silva. Após a conclusão do templo, o Padre
Arcoverde, ajudado por alguns amigos, iniciou a construção de casas de morada ....”
(grifo nosso)
5.3 - Bittencourt, Liberato. Homens do Brasil – Vol II PARAYBA – Paraybanos Illustres
(pg 128). Livraria e Papelaria Gomes Pereira, Ed. Rio de Janeiro – 1914

Verbete: “FRANCISCO TAVARES ARCO VERDE – Sacerdote. Foi o legítimo


fundador de Princeza, a que conseguiu dar relativo desenvolvimento” (grifo nosso)
(Nota : Entre mais de 1000 citados como paraibanos ilustres, o Padre Tavares foi o único
princesense a constar desta listagem. )

6.-PADRE TAVARES: FUNDADOR DA ATUAL CIDADE DE TAVARES,


PB?
Do verbete “Tavares” na Wikipédia, extraimos os trechos:
“A história do município remonta ao século passado quando o Pe. Francisco Tavares,
chegou a região, então habitada por umas 8 famílias. Ao examinar a fertilidade da terra
e suas condições climáticas de um sertão promissor, resolveu fazer paradeiro nesse lugar
e lutar pelo ideal de povoar uma vila(..... )
(.... )a ação criadora do padre que, debaixo de um Juazeiro, bem no centro de Campina
(local onde hoje fica a rua principal) celebrou a primeira missa e edificou um altar
improvisado de varas, elevando ao mesmo tempo a imagem do arcanjo São
Miguel(........)
(.......).Para celebrar o seu povoamento o padre Francisco Arcoverde Tavares edificou
uma capela com a imagem de São Miguel, na condição de Padroeiro(..........) (...)
Com a chegada do Padre, foi edificada uma capela em homenagem ao arcanjo São
Miguel, atual padroeiro(....)
O município alcançou sua independência político-administrativa, através do Projeto de
Lei n.º 2.150, em 10 de Setembro de 1959, sendo que, sua emancipação política e
administrativa ocorreu em 17 de Novembro de 1959.”
Esta descrição, sem autoria identificada, mal elaborada, eivada de incoerências
cronológicas, é com certeza, coincidente com a tradição oral registrada em forma de
poesia pelo autor José Rodrigues de Almeida (vide referencias), da qual reproduzo
algumas estrofes:
“História do Município de Tavares
É essa a nossa história/ De nossa terra querida/Que o Padre Tavares fundou/Com grande
prazer na vida/Com o seu nome criou/Depois deu a sua despedida.
A familia do Padre morava/Vizinho aqui da cidade/Vinha sempre em passeio/Era bem
aceitado,/Celebrava a Santa missa/ Que vinha bem descançado
No sitio casa nova/Morava a sua família/ Gentilhomen e Enock/ Ermelinda e Laurinha/
E a mãe da família/ Era dona Sinharinha,
Padre Francisco Tavares/ Foi quem aqui começou/ Para o povo se animar/ A feirinha ele
criou,/ Na sombra de um Juazeiro/ A primeira missa ele celebrou
Tavares era o vigário/ Da paróquia nesse tempo/ Aqui sua família/ Ele visitava sempre,
/ Resolveu criar aqui/ Um patrimonio somente”
Se considerarmos o início da Capela de São Miguel , como o inicio da urbanização do
local escolhido, tal qual aconteceu em Princesa Isabel, como já vimos, então o Padre
Tavares deve receber o crédito como fundador do que veio a ser a atual cidade de
Tavares. Necessário corrigir alguns fatos e datas, nitidamente erradas das indicadas na
referida poesia e registros diversos. Se tomarmos como referencia a data da doação de
terreno para formar o patrimônio da Capela, esta ocorreu em 1893, conforme escritura
de doação feita por Manoel Antonio do Nascimento, mesmo nome registrado pelo
autor da poesia, porem em data errada (1874). Quanto ao nome Tavares dado ao
Município, pode ser somente coincidência com o nome do Padre, pois muito antes da
sua presença na localidade, encontram-se registros denominando o local como “sítio
Tavares”. Por muito tempo, quando a região era distrito da vila e depois cidade de
Princesa, era denominado Distrito de Belem, hoje, a povoação de Belem é Distrito da
cidade de Tavares. Independente da justeza histórica, e respeitando a tradição oral, fica
justo que o Padre Tavares seja considerado seu fundador e que seu nome é a origem da
denominação atual da cidade de Tavares.

7. - DOCUMENTAÇÃO REFERENCIADA AO PADRE TAVARES


(FONTES PRIMÁRIAS)
7.1- Correspondências do P. Tavares para a Diocese de Olinda, pedindo providências
para o andamento da canonização da Capela de N. S.do Rosário, por ele instalada em
1887. (Arquivo da Paróquia de N S Bom Conselho – Princesa Isabel- Pasta Patrimônio)
(Transcrição paleográfica pelo autor, mantida a ortografia)

“Ilmº. Rmº. Senhor Dr Luiz Francisco de Araújo Muito Digno Vigário Geral e Provisor da
Diocese de Olinda
O Vigário Francisco Tavares Arcoverde Bom Conselho (Vila da Princesa 9 de Sbrº 1887)

“Nesta vai acostada a cópia da escritura do terreno doado para servir de patrimônio à
capela de Nossa Senhora do Rosário que se está erigindo nesta Vila da Princesa do Norte
e que já está em bom pé: Capela-mor com sacristia tudo em branco com altar de pedra
e cal sino etc
Vai com o valor correspondente ao merecimento por ser terreno apto para edificação e
já tem em seu quadro tem bem de 15 a 20 casas sitas.
Custei muito a conseguir esta doação porque o indiferentismo para as coisas santas
permeiam e dominam o coração de todos em todos os cantos porem venci e estou
satisfeito.
Esse negócio é tangido por uma corporação de pretos livres e outros infelizmente
escravos e também de brancos menos abastados e que se preparam todos para ver na
noite do Natal vindouro próximo já seus devotos ouvidos poderem saborear em cujo
teto a voz do Evangelho no ato da missa do galo.
Eu os acompanho em tal direito que domina uma inúmera corporação que a si se
denomina Irmandade embora sem nenhum rigor de legislação disciplinar.
Eu nunca quereria golpear a Disciplina Canônica e nem tão pouco a Diocesana mas que
embora se abrisse uma exceção fosse dada a celebração de uma missa do Natal muito
embora ainda careça de bênção a esse tempo por que sem dúvida os trabalhos da
Canonização do Patrimônio não se tenham findos o espaço de tempo do intervalo está
muito estreito.
Se nos remontarmos a nascencia da Igreja não encontramos coisa alguma a nosso ver
repugnante a essa concepção e tudo do proveito para o andamento do trabalho da
mesma capela pois tenho sondado os ânimos dos contribuintes.
Reitero o meu pedido para acelerar o andamento na criação do tal Patrimônio Canônico
porque civil já está criado sem controvérsia.”

Três meses depois, o P. Tavares novamente reitera seus pedidos, em nova carta:

“Ilmº. Rmº. Senhor Dr Luiz Francisco de Araújo Muito Digno Vigário Geral e Provisor da
Diocese de Olinda
O Vigário Francisco Tavares Arcoverde
Bom Conselho (15 Dezbrº 1887)

“Não tive de VSª. Rmª conhecimento de receber ou não a Escritura do Patrimônio doado
a N. S. do Rosário nesta Freguesia e Vila cuja Capela eu construí e está em bom (estado).
Procurei agasalhar esse terreno unido ao patrimônio desta Matriz e lhe dei a estima
(minorada) de seiscentos mil réis já porquê o terreno é muito próprio para edificação e
já porquê compreende um grande número de casas bem edificados; é terreno não
pequeno e ocupado pelos doadores ou seus mandados que passarão a ser rendeiros.
E porquê se estraviaram alguns papéis que marcharam daqui para ahí, ignorando ainda
os os quais ou tais, me apresso em me entender com VSª. Rmª a respeito para saber se
ela (Escritura) teve igual destino.
No caso afirmativo desejaria que se acelerasse a marcha da criação ou confirmação do
tal negócio até sua consumação.
Que Deus guarde a V.Sª Rmª “

7.2 -Testamento que fez o P. Tavares em 1898, em texto completo, do original


manuscrito, contendo elementos significativos que corroboram as notas genealógicas
aqui apresentadas.

“TESTAMENTO ABERTO QUE EM NOTAS FAZ O REVERENDO FRANCISCO TAVARES ARCO


VERDE, COMO ABAIXO SE DECLARA.

Saibam quantos este público instrumento de testamento aberto virem, que no anno do
Nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de mil oitocentos noventa e oito, aos onze
dias do mês de Julho do dito anno, neste sitio “Caza Nova”, do Termo de Princeza da
Comarca do Pianco, Estado da Parahyba do Norte, em caza de morada do cidadão
Antonio Lopes Machado, onde eu Tabelião Publico vim, a chamado do Reverendo
Francisco Tavares Arco Verde, ao qual reconheço pelo próprio de que se trata e dou
minha fé e teor e por elle foi dicto na presença das testemunhas abaixo assignadas,
todas reconhecidas de mim e delle testador pelas próprias de que se trata, e dou minha
fé, que estando de camma, sofrendo emcommodos de saúde, e em seo perfeito juízo,
temendo deixar duvidas para o futuro, ou depois de sua morte, faz o seo testamento pela
forma seguinte: -
Em primeiro lugar disse que como Sacerdote Secular, Catholico quer que seo corpo logo
que falecer, seja emvolto conforme a ordem e Lei do Bispado, e sepultado na Matriz
desta Freguesia de Nossa Senhora do Bom Concelho sem a menor solennidade – Em
segundo lugar disse que é natural deste Estado e Bispado da Parahyba do Norte, filho
legitimo de pais Catholicos, Idelfonço Ribeiro Campos e Dona Antonia Juliana de Lima
ambos falecidos.- Item disse que não tinha herdeiros necessários, e sim muitos colaterais
de alguns irmãos e procedência de outros, que falleceram, e a todos estes, tem
contentado com donativos de sua pouca fortuna – Item disse que a geração de seo bom
irmão e amigo, Capitão Adriano Cavalcante de Albuquerque tinha mais obrigação, em
razão dos serviços impagaveis que lhe prestou, até leva-lo ao pé do Altar, e athendendo
estes relevantes serviços despunha de seos poucos bens com a mesma geração do
mesmo seo irmão, da forma seguinte:- Item deixo para sobrinha e comadre, Dona
Merandolina de Almeida Cavalcante o cavallo ruço pedrez de minha montaria. –Item
deixo para minha sobrinha e comadre Dona Cândida de Almeida Cavalcante um cavalo
malhado. –Item deixo para minha sobrinha Dona Rita de Almeida Cavalcante uma
jumenta .-Item deixo a minha sobrinha e comadre, Dona Leopoldina de Almeida
Cavalcante um cavalo ruço e um jumento.- Item deixo a minha sobrinha e comadre, Dona
Porcina de Almeida Cavalcante, umma egoa castanha e uma jumenta.-Item deixo para
meo sobrinho, Adriano Feitoza Cavalcante um jumento cargueiro, uma parte de terras
havida por compra a José de Souza Gato e uma outra com uma meia água de telhas
havida por compra a Marcolino Barboza.- Item deixo ainda para meos sobrinhos já
declarados, Adriano Feitosa Cavalcante, Merandolina de Almeida Cavalcante e Porcina
de Almeida Cavalcante, residentes na Vila de Princesa as seguintes partes de terras –
dois mil reis na dacta Perdição, havidas por compra a Manoel José de Medeiros Filho,-
quatro mil reis no sitio Capueiras, havido por compra a João Emydio de Medeiros,
quatro mil reis com posse no sitio “Mundo Novo”, havidas por compra a um filho de
Jose de Paiva Mattos e sete mil reis no sitio “Cedro”, havidas por compra a João
Rodrigues Mariz as quais ficarão pertencendo aqueles herdeiros.- Item deixo aos
possuidores do sitio “Casa Nova”, Antonio Lopes Machado e Melchiades de Almeida
Cavalcante, cinco mil reis de terras havidas por compra a Filipe Freire Mariz e seo irmão
Braz Freire Mariz.- Item disse finalmente que tendo uma banda da dacta no Riacho que
vem da “Santa Clara”, deste termo, terras de criar que lhe serve de Patrimônio, esta
deixará como herdeiros dela a geração de seo fallecido pai de quem veio.-Item, declaro
que os serviços feitos por mim nas casas da Lage da Vila de Princesa ,fica pertencendo
as proprietárias da casa conjuncta,Merandolina Cavalcante e Porcina Cavalcante, por
serem feitas com o dinheiro das mesmas. – Item disse finalmente que nomiara seos
testamenteiros, em primeiro lugar , ao Tenente Coronel Marcolino Pereira Lima, em
segundo ao Capitão Antonio Alves Campos e em terceiro, a João Baptista da Silva, aos
quais rogara como disposição derradeira lhe quizerem fazer a obra pia em aceitar na
ordem em que são mencionados. E por esta forma declarou elle testador, haver feito sua
ultima disposição testamentária de sua livre e espontania vontade , e que deseja e quer,
que seja fielmente cumprida em integridade, revogando por esta forma qualquer
disposição que por ventura exista em contrario deste instrumento que terá pleno e inteiro
vigor. E, depois deste ser lido por mim Tabelião Publico em presença das testemunhas e
por elle outorgado assignou de seo próprio punho com as testemunhas presentes
Manoel Pinto da Silva, Delfino Jose Gomes, Manoel Francisco do Nascimento Barros,
André Andrelino d´Oliveira Barros, e Francisco Ignácio da Cunha. Eu, João Rodrigues
da Silva Lima Tabelião Publico de notas o escrevi
Assinaturas O Pe Francisco Tavares Arco Verde e as demais testemunhas.”

(* transcrição elaborada pelo autor, a partir do documento original, conforme contido no Livro de Notas
de 1898, arquivado no 1º Tabelionato de Notas e Registro Imóveis da Cidade de Princesa Isabel –Pb.
(Cartório Barros Lima) A transcrição está conforme a grafia original.)
8. - ICONOGRAFIA
FIG 1 – Padre Tavares ladeado por duas sobrinhas, 1890 – 1898. Conforme indicação
de D. Terezinha Morais, da cidade de Tavares PB, onde o padre é considerado
fundador além de proprietário do sítio Casa Nova, zona rural do município. (Acervo
família Terto Morais, em Tavares) (Fotografia deteriorada, e recuperada parcialmente
por tratamento digital – data provável 1893 )

Fig 2 – Região do riacho Piancozinho, onde se instalou a família do Padre Tavares, no


início do séc. 19. (Fonte IBGE)
Fig 3 -Primeira e antiga matriz da cidade paraibana de Princesa Isabel, originária da
Capela inicial e ampliada até 1875 sob a orientação do Padre Tavares. Foi demolida em
1969 ( foto 1957 -acervo autor)

Fig 4 – Ao fundo, capelinha do Rosário em Princesa Isabel, instalada em 1887 pelo


Padre Tavares. Em primeiro plano, a Praça Epitácio Pessoa, com a estátua do
paraibano, Presidente do Brasil (foto 1950 – acervo autor)
Fig 5 – Antiga Igreja Matriz de Santo Antonio do Piancó, onde o Padre Tavares teve sua
atuação atrelada até 1872 (foto 2004 – acervo autor)

Fig 6 – Curral Velho – PB - Capela de S. José, vendo-se a casa a ela conjugada, onde o
Padre Tavares viveu seus últimos dias (foto 2004 – acervo do autor)
Fig 7 – Altar da Capela de S. José, onde sob o solo estão os restos mortais do Padre
Tavares. (foto 2004 – acervo do autor)

9. - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, J. R. (1976). História do Municipio de Tavares. TAVARES, PB.

BARTHEL, R. R. (s.d.). Os Cavalcanti de Princesa Isabel. Acesso em 2007

BARTHEL, R. R. (2000). Família BARTHEL. Acesso em 2006, disponível em GENEALOGIA


PERNAMBUCANA: http://www.araujo.eti.br/barthel2.asp#top

BITTENCOURT, L. (1914). Homens do Brasil (Vol. II). Rio de Janeiro: Gomes Pereira.

CÂMARA, E. (2000). A Evolução do Catolicismo na Paraiba. Campina Grande PB: Caravela.

CHAVES, A. A. (1985). Conceição do Piancó - PB de Ontem e de Hoje. (autor, Ed.) Belo Horizonte
MG.

FLORENCIO, F. (2011). Princesa Isabel - A ocupação da região. Fonte: blog


históriadeprincesapb: http://www.historiadeprincesapb.blogspot.com

FLORENCIO, F. (2017). Processo Histórico da Emancipação Política Administrativa e Judiciária


do Município de Princesa Isabel,. (o. autor, Ed.) Acesso em 2019, disponível em Blog
historiadeprincesapb: http://historiadeprincesapb.blogspot.com

IBGE. (1960). Em Enciclopedia dos Municipios Brasileiros. RIO DE JANEIRO: IBGE.


MARIZ, C. (1910). Através do sertão (Fac simile ed.). (F. Vingt-Un-Rosado, Ed.) Parayba do
Norte: Imprensa Official.

MEDEIROS, C. (1950). Dicionario Corografico do Estado da Paraiba (2ª ed.). joão Pessoa:
Departameno de Imprensa Nacional.

NÓBREGA, A. F. (2013). Feliciano Rodrigues Florencio: O moço, o major, o velho. J Pessoa: Ideia.

PINTO, A. D. (s.d.). Coronel Zuza e a República da Estrela.

SANTOS, F. P. (1994). Apontamentos Biográficos do Clero Pernambucano: 1535-1935 (Vol. I).


(A. P. Emerenciano, Ed.) Recife PE.

SEVERIANO, F. (1906). A Diocese da Parahyba. Parahyba do Norte: Typ da "IMPRENSA".

ARQUIVOS CONSULTADOS

Acervo pessoal do autor – Princesa Isabel – PB – documentos, livros, fotos


Arquivos da Arquidiocese da Paraiba – João Pessoa – PB
Arquivo Histórico do Estado da Paraiba – João Pessoa – PB
Arquivos Paroquiais PB-Princesa Isabel – Piancó – Conceição –– Itaporanga; PE -Serra
Talhada – Flores - Triunfo

Biblioteca Nacional – Hemeroteca Digital – Jornais Paraiba, Pernambuco e Ceará

Cartório Barros Lima – Princesa Isabel – PB – Livros de Notas

Cartório Judicial – Forum Comarca Princesa Isabel – Processos Cíveis e Criminais

Cartórios Registros Naturais : PB – Princesa Isabel, Piancó, Conceição; PE- Flores, Triunfo

Livro de Assentos da Paróquia de São Mateus – Ce (*)

(*) Agradecimentos especiais aos pesquisadores cearenses CLOVIS FERREIRA DA CRUZ


RIBEIRO de CAMPOS LOBO e GEORGE NEY ALMEIDA MOREIRA, a quem, atendendo a
minha demanda, devo todos os créditos por trazerem à luz os ancestrais remotos do
Padre Tavares, seus avós até alguns trisavós, comprovando as afirmações ditas no seu
testamento. Resultado de 5 anos de permanente interesse a causa demandada.

Feito em 26 de setembro de 2019, Princesa Isabel, PB.

Você também pode gostar