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Lista 2 - Geometria Analítica

Dependência e Independência Linear de Vetores

b
D b
C
1 — Dados os vetores a, b e c como na fi-
gura abaixo. Escreva o vetor c como combi-
b
E
F
nação de a e b. b

c A b b
B
b
6
2 30◦
30◦ 4 — Considere um triângulo ABC. Sejam
3 a
M o ponto médio de BC e D o ponto sobre
o segmento AC tal que a distância de D a A
é três vezes a distância de D a C. Seja E a
2 — Dados os vetores a, b e c como na fi- −→
intersecção de AM com BD. Se AB = a e
gura abaixo. Escreva o vetor c como combi- −→ −→
AC = b, escreva o vetor AE em função de
nação de a e b.
a, b.
a
4
Cuidado! Não há triângulos semelhantes
neste caso...
135◦
b
C
3 D
b b

120◦ 3 b
M
b
c
E
A b b
B

3 — Considere um paralelogramo ABCD.


Seja E o ponto sobre o segmento BC tal que 5 — Seja D o ponto médio da mediana AE
a distância de B a E é três vezes a distância do triângulo ∆ABC. Se a reta BD corta o
de E a C. Seja F a intersecção de AE com a lado AC no ponto F, determine a razão que F
−→ −−→ divide AC
diagonal BD. Se AB = a e AD = b, escreva C

→ b

o vetor AF em função de a, b usando:


E
(a) Geometria plana clássica (semelhança F
b D
b

de triângulos); b

b b

A B
(b) Geometria analítica (combinações line-
ares de vetores);

1
−→ −→ Q
6 — Se AB = λBC, prove que os vetores b

−−→ −→ −→
OA, OB e OC são LD para qualquer ponto
O. b
C
D n′ n
b

m P m′
7 — Os pontos P e Q dividem os lados CA b b

e CB de um triângulo ∆ABC de modo que A B

−→ −→
kCPk x kCQk y
−→ = 1 − x , −→ = 1 − y . 13 — Dado um triângulo ∆OAB, sejam C
kPAk kQBk e D pontos sobre o lado AB dividindo esse
segmento em três partes congruentes. Por B
−→ −→ traçamos a reta paralela a OA, e sejam X e Y
Prove que se PQ = λAB então x = y = λ.
a intersecção dessa reta com as retas ligando
OC e OD respectivamente.
8 — Mostre que os vetores u, v, w são co- −→ −→
a) Expresse os vetores OX e OY em fun-
planares se, e somente se, um deles é combi- −−→ −→
nação linear dos outros dois. ção de OA e OB.
b) Determine as razões nas quais X divide
BY, C divide a OX e D divide a OY.
9 — Prove que se o conjunto de vetores
{u, v} é L.I., então o conjunto {u + v, u − v} b
B
X
também é L.I.
b

Y
b
C b

10 — Prove que se o conjunto de ve- D


tores {u, v, w} é L.I., então o conjunto b

{u + v, u − v, w − 2u} também é L.I. b

O b
A

11 — Dado um tetraedro ABCD explique


−→ −→ −−→
por que os vetores AB, AC, AD formam uma 14 — Dado um paralelogramo MNPQ,
base para o espaço. seja A o ponto de intersecção das diagonais e
sejam B e C os pontos médios dos lados opos-
tos MN e PQ. Prove que se os pontos A, B e
Extras C estão sobre a mesma reta então MNPQ é
um trapézio (um trapézio é um quadrilátero
com dois lados paralelos).
M b
C b b
N
12 — As diagonais AC e BD de um quadri-
A
látero ABCD se interceptam no ponto P, que
b

divide o segmento AC na razão m : n e o seg- b b b

mento BD na razão m ′ : n ′ . Dado Q o ponto Q B P


de intersecção das retas contendo os segmen-
tos BC e AD. Encontre a razão AQ : DQ e
BQ : CQ. 15 — Sejam B um ponto no lado ON do

2
paralelogramo AMNO e e C um ponto na di- −→ 1 −−→
e OC = OM. Prove que os pontos A, B
agonal OM tais que 1+n
e C estão na mesma reta.
−→ 1 −−→
OB = ON
n

3
Respostas dos Exercícios
1 √ donde segue:
2 3 √
c= a + 3b
 
3
3 λ a + b = a + θ(b − a)
4
2 √ √
3 6 1+ 3 Colocando tudo à esquerda da igualdade
c=− a− b e deixando a e b em evidência:
8 2
 
3 (a) Note que △AFD ≈ △EFB. 3
a (λ + θ − 1) + b λ−θ =0
4
(b) Observe que, como a e b não são parale-
Como a e b são LI segue:
los, eles formam uma base para os vetores
no plano. Logo todos os demais vetores λ+θ−1 =0
do problema podem ser escritos em fun- 3
λ−θ= 0
4
ção desses.
− 4
→ Finalmente, obtemos λ = e
O problema de encontrar AF está ligado 7

a determinar onde fica o ponto F. Sobre −


→ 4 3
esse tudo que sabemos é que é a intersec- AF = a + b.
7 7
ção dos segmentos BD e AE. Desse modo,
para localizar F, precisamos inicialmente 4
−→ 3
de duas equações: AE = (a + b)
7
• B, F e D são colineares: −→
5 Como A, F e C são colineares temos AF =

→ −→ −→
BF = θBD, λAC. Queremos determinar λ.
−→
Como B, D e F são colineares temos DF =
para algum θ real. −→
θBD.
• A, F e E são colineares: Sabemos que

→ −→ −
→ −−→ −→
AF = λAE, AF = AD + DF. (0.1)
−→ −→
para algum λ real. Considerando AB = a e AC = b obtemos:
−−→
(Note que θ e λ não são necessariamente AD = 41 (a + b)
iguais!) −→
BD = − 43 a + 14 b
−→ − →
Escrevamos agora AF e BF em função de Escrevendo os vetores de (0.1) em função de
a, b, θ e λ. É fácil (por quê?) ver que: a, b obtemos:
−→ −→ −−→ 1

3 1

BD = BA + AD = −a + b λb = (a + b) + θ − a + b .
4 4 4
−→ −→ − → 3
AE = AB + BE = a + b Usando que a, b são LI e igualando os coefi-
4

→ − → cientes, obtemos λ = 1/3.
Então, relacionando AF e BF temos: Logo F divide o segmento AC na razão 1 : 2.

→ −→ − → −−→ −→ −→
AF = AB + BF 6 OA = (1 + λ)OB − λOC.

4
8 Resolvido nas notas de aula. De (0.2) e (0.3) obtemos:

9 Prove que a única combinação linear de λa + b = θ[(1/3)a + (2/3)b].


(u + v) e (u − v) dando o vetor nulo tem os
coeficientes todos nulos.
Como a, b são LI segue:
11 Por que esses vetores são necessariamente
LI? λ = (1/3)θ
1 = (2/3)θ
12
kAQk (n + m)m ′ kBQk (n ′ + m ′ )m −→
= = O que nos leva a OX = (1/2)a + b.
kDQk (n ′ + m ′ )n kCQk (n + m)n ′ −−→
Analogamente, fazendo Y = B+αOA, ob-
−−→ −→
13 (a) Sejam OA = a e OB = b. temos:
Como a reta por B é paralela a OA temos: Y = O + αa + b. (0.4)
−−→ −→ −−→ −−→
X = B + λOA = O + OB + λOA. (0.2) De Y = O + βOD segue:

Logo X = O + b + λa. Y = O + β[(2/3)a + (1/3)b]. (0.5)


Por outro lado temos que O, C e X são
colineares: −→
Finalmente, de (0.4) e (0.5), segue OY =
−→ 2a + b.
X = O + θOC.
−→ −

Mas temos que: (b) Como BX = (1/4)BY, X divide BY na pro-
porção 1 : 3.
−→ −−→ −→ 2 −→ −→
OC = OA + AC = a + (b − a), Como OC = (2/3)OX, C divide OX na
3
proporção 2 : 1.
donde: −−→ −→
Como OD = (1/3)OY, D divide OY na
X = O + θ(1/3a + 2/3b). (0.3) proporção 1 : 2.

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