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LEI Nº 17.757, DE 16 DE JULHO DE 2012.

(PUBLICADO NO DOE DE 06.08.12 - SUPLEMENTO)


Exposição de Motivos nº 54/11
Este texto não substitui o publicado no DOE.

Altera a Lei nº 16.469, de 19 de janeiro de 2009, que regula o processo administrativo


tributário e dispõe sobre os órgãos vinculados ao julgamento administrativo de
questões de natureza tributária.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE GOIÁS, decreta e eu sanciono a


seguinte Lei:
Art. 1º A Lei nº 16.469, de 19 de janeiro de 2009, passa a vigorar com as seguintes
alterações:
“Art. 14....................................................................................................................................
................................................................................................................................................
§ 3º.........................................................................................................................................
................................................................................................................................................
III - proprietário ou a um dos sócios, no endereço de residência ou de domicílio deste,
quando o estabelecimento estiver com sua inscrição estadual baixada.
........................................................................................................................................(NR)
................................................................................................................................................
Art. 16. A distribuição de processos aos Julgadores de Primeira Instância e aos
Conselheiros deve ser feita mediante sorteio e de forma equitativa, por meio de sistema
informatizado aprovado por ato do Secretário da Fazenda.
................................................................................................................................................
§ 2º Pode ser distribuído processo a Conselheiro suplente para atuar como relator:
I - nas ausências e impedimentos do Conselheiro efetivo por motivo de licença, férias ou
outro afastamento legal por período superior a 5 (cinco) dias, devendo, nesta hipótese, o
Conselheiro suplente participar do sorteio no lugar do Conselheiro efetivo que estiver
substituindo;
II - em razão de necessidade do serviço, situação em que substituirá, no respectivo
julgamento, o Conselheiro efetivo.
§ 3º O retorno do processo a julgamento não enseja nova distribuição, exceto em caso de
afastamento definitivo do Julgador de Primeira Instância ou do Conselheiro e nas
hipóteses admitidas no regimento interno do CAT.
........................................................................................................................................(NR)
................................................................................................................................................
Art. 34.....................................................................................................................................
I - ...........................................................................................................................................
................................................................................................................................................
c) para que as partes se manifestem sobre o advento de fato novo;
d) para o sujeito passivo exibir documento, livro ou coisa, em razão de determinação do
Julgador de Primeira Instância, da Câmara Julgadora ou do Conselho Pleno;
........................................................................................................................................(NR)
................................................................................................................................................
Art. 43.....................................................................................................................................
I - ...........................................................................................................................................
a) apreciação extraordinária de lançamento, na hipótese de lançamento eivado de vício
de legalidade, desde que, alternativamente:
1. não tenha sido impugnado em instância única ou em segunda instância ou sem a
apresentação de pedido de descaracterização de não contenciosidade;
2. tenha, em razão da constatação do vício de legalidade, sido solicitado pelo autor do
procedimento fiscal ou, no caso do autor não mais se encontrar:
2.1. investido no cargo, por servidor fiscal designado para proceder revisão do
lançamento em auto de infração;
2.2. em exercício no órgão responsável pela expedição da notificação do lançamento, por
servidor fiscal em exercício nesse órgão;
........................................................................................................................................(NR)
................................................................................................................................................
Art. 44.....................................................................................................................................
Parágrafo único. O prazo previsto no inciso I não se aplica à apreciação extraordinária de
lançamento solicitada pelo titular da GERC. (NR)
................................................................................................................................................
Art. 46. No caso de crédito tributário ajuizado, a decisão proferida na Revisão
Extraordinária que julgar parcial ou totalmente improcedente o lançamento acarreta a
retificação ou cancelamento da inscrição em dívida ativa, devendo a Procuradoria-Geral
do Estado ser oficiada para a retificação ou extinção da ação judicial.
Parágrafo único. A retificação ou o cancelamento da inscrição em dívida ativa e o ofício à
Procuradoria-Geral do Estado devem ser efetuados pela GERC por determinação do
Presidente do CAT. (NR)
................................................................................................................................................
Art. 55. O CAT compõe-se, em segunda instância de julgamento, de 21 (vinte e um)
Conselheiros efetivos, sendo 11 (onze) representantes do Fisco e 10 (dez)
representantes dos contribuintes, nomeados pelo Chefe do Poder Executivo, para
mandato de 4 (quatro) anos, dentre brasileiros maiores de 25 (vinte e cinco) anos de
idade, de ilibada reputação e de notórios conhecimentos jurídicos e fiscais, portadores de
diploma de curso superior reconhecido pelo Ministério da Educação.
........................................................................................................................................(NR)
Art. 55-A. Ocorre a vacância do cargo de Conselheiro, nos casos de:
I - término do mandato;
II - perda do mandato;
III - renúncia expressa ao mandato;
IV - falecimento;
V - aposentadoria ou perda do cargo efetivo, quando se tratar de membro da
representação do Fisco;
VI - o acúmulo de cargo ou função na administração pública, na hipótese de
incompatibilidade de horários.
§ 1º No caso de vacância, o Presidente do CAT tomará as providências previstas em
regimento para efeito de preenchimento da vaga.
§ 2º Acarretará perda do mandato de Conselheiro a falta injustificada a 3 (três) sessões
ordinárias consecutivas ou a 5 (cinco) intercaladas, no ano.
§ 3º Havendo incompatibilidade de horários deve o Conselheiro ou o Julgador de
Primeira Instância informar, por escrito, ao Presidente do CAT a data da posse no outro
cargo ou função. (AC).
................................................................................................................................................
Art. 58.....................................................................................................................................
................................................................................................................................................
§ 2º As Câmaras Julgadoras são coordenadas por um de seus integrantes, definido
mediante sorteio, alternando-se semestralmente a coordenação entre os membros da
representação do Fisco e da representação dos contribuintes e trimestralmente entre os
membros da mesma representação.
§ 3º A alternância trimestral de que trata o § 2º é condicionada ao preenchimento de mais
de uma vaga de Conselheiro efetivo da representação do integrante a ser definido, sendo
vedada a coordenação simultânea de todas as câmaras por integrantes de uma mesma
representação.
........................................................................................................................................(NR)
................................................................................................................................................
Art. 66.....................................................................................................................................
................................................................................................................................................
Parágrafo único. Para fins do disposto no inciso III, considera-se julgamento a apreciação
que resulte em:
I - sentença;
II - despacho, que determine a realização de:
a) diligência;
b) nova intimação para saneamento do processo, exibição de livro, documento ou coisa
pelo sujeito passivo;
III - parecer emitido em outra situação, quando assim for expressamente determinado
pela administração.” (NR)
Art. 2º VETADO.
Art. 3º Ficam revogados os seguintes dispositivos da Lei nº 16.469, de 19 de janeiro de
2009:
I - as alíneas “c” e “d” do inciso II do art. 34;
II - o item 2 da alínea “b” do inciso I e o inciso II do § 1º, todos do art. 43.
Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeito, porém,
quanto às alterações do art. 66, a partir de 19 de janeiro de 2009.

PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DE GOIÁS, em Goiânia, 16 de julho de 2012,


124º da República.

MARCONI FERREIRA PERILLO JÚNIOR


Exposição de Motivos nº 54/11 - GSF.
Goiânia, 4 de novembro de 2011.

Excelentíssimo Senhor
MARCONI FERREIRA PERILLO JÚNIOR
Governador do Estado de Goiás
Palácio das Esmeraldas
NESTA

Excelentíssimo Senhor Governador,


Encaminho à apreciação de Vossa Excelência, anteprojeto de lei propondo a alteração da
Lei nº 16.469, de 19 de janeiro de 2009, que regula o Processo Administrativo Tributário e
dispõe sobre os órgãos vinculados ao julgamento administrativo de questões de natureza
tributária.
O anteprojeto tem a finalidade de:
a) promover algumas correções no rito processual;
b) tornar mais equitativa a distribuição de trabalho na segunda instância de julgamento,
com a otimização do aproveitamento dos conselheiros suplentes;
c) determinar a distribuição de processos por meio de sistema informatizado aprovado
por ato do Secretário da Fazenda, com o fito de prover segurança e eficiência à tarefa;
d) tratar da perda do mandato de conselheiro, conforme recomendação expedida pela
Procuradoria Geral do Estado, em atendimento a consulta formulada por este Gabinete
acerca da possibilidade jurídica de acúmulo de funções ou cargos públicos.
Esclareço que esses objetivos, sobretudo aqueles que dizem respeito à utilização de
maneira mais intensiva dos servidores que se encontram à disposição do CAT, destinam-se,
precipuamente, a evitar, senão a reduzir, os transtornos operacionais e os consideráveis
prejuízos à prestação judicante que podem advir do afastamento do julgador ou do
conselheiro, nas situações em que não há compatibilidade de horários. Cabe observar,
senhor Governador, que, a título de exemplo, apenas no mês de setembro deste ano, por
conta do afastamento de dois conselheiros que acumularam funções, deixaram de ser
apreciados trinta conjuntos de processos, cuja exigência do crédito tributário alcançou o
valor de R$ 4.822.329,16 (quatro milhões, oitocentos e vinte e dois mil, trezentos e vinte e
nove reais e dezesseis centavos).
Nesse sentido, são propostas as seguintes alterações:
1. no § 3º do art. 14, para incluir o inciso III com o objetivo de prever a possibilidade de se
intimar o proprietário ou o sócio de estabelecimento baixado, que não se encontra em
situação cadastral irregular, no endereço residencial dessas pessoas;
2. no art. 16, para alterar a redação:
2.1. do caput desse artigo, de maneira a prever a forma eletrônica de distribuição de
processos a Julgadores de Primeira Instância e a Conselheiros, elevando a prática já
adotada com êxito no âmbito do Conselho Administrativo Tributário (CAT) ao plano
normativo, o que pode resultar em certificação técnico-administrativa dos critérios de
distribuição e proporcionar compatibilidade, integração e fornecimento de dados processuais
a outros sistemas; para que o aplicativo tenha o mesmo padrão técnico de qualidade dos
utilizados em toda a Administração Tributária e também bom nível de segurança, sugere-se
que o sistema informatizado seja aprovado por ato editado pelo Secretário de Estado da
Fazenda;
2.2. do § 2º, de forma a permitir que, em razão da necessidade do serviço, os
conselheiros suplentes possam atuar como relatores de processos nas Câmaras Julgadoras
de forma a tornar mais equitativa a distribuição dos processos, evitando a sobrecarga de
conselheiros efetivos e, ao mesmo tempo, otimizando o aproveitamento dos suplentes;
2.3. do § 3º, de maneira a flexibilizar a prevenção definitiva do conselheiro relator,
transferindo para o regimento interno do CAT a previsão das hipóteses de exceção, já que,
além das previstas neste parágrafo, podem existir outras situações nas quais a manutenção
da prevenção não se apresenta possível ou minimamente eficiente, tais como:
2.3.1. julgamento em conjunto de processos originariamente distribuídos a conselheiros
integrantes de Câmaras Julgadoras diferentes;
2.3.2. julgamento em conjunto de processos originariamente distribuídos a conselheiros
integrantes de uma mesma Câmara Julgadora que, na época do retorno, já estejam atuando
em Câmaras distintas, em face de alteração anual da composição cameral;
2.3.3. impedimento ou suspeição do relator;
2.3.4. afastamento do relator por mais de 30 (trinta) dias (licenças, férias consecutivas,
etc.).
3. no art. 34, mediante acréscimo das alíneas “c” e “d” ao inciso I e revogação das
alíneas “c” e “d” do inciso II, para alterar de 15 para 30 dias o prazo destinado às partes para
se manifestarem sobre o advento de fato novo e o destinado ao sujeito passivo para exibir
documento, livro ou coisa, em razão de determinação do Julgador de Primeira Instância, da
Câmara Julgadora ou do Conselho Pleno;
4. no art. 43, para:
4.1. nas alíneas de seu inciso I:
4.1.1. trazer para a alínea “a” a denominação da modalidade adotada na alínea “a” do
inciso II, que é “apreciação extraordinária de lançamento”;
4.1.2. prever a possibilidade do autor de o procedimento fiscal ou, nas situações previstas
nos subitens 2.1 e 2.2 do item 2 da alínea “a” do inciso I, outro servidor fiscal solicitar de
ofício a revisão extraordinária;
4.1.3. suprimir, com novo texto da alínea “b”, a competência do CAT para a apreciação
extraordinária de lançamento em caso de prescrição de ação de cobrança, prevista
atualmente no item 2 da referida alínea, tendo em vista que a prescrição é evento
processual que ocorre somente após a constituição definitiva do crédito tributário, portanto
fora do escopo usual da judicância administrativa;
4.2. no § 1º, revogar o inciso II;
5. no art. 44, para acrescer o parágrafo único com a finalidade de excluir a apreciação
extraordinária do lançamento feita por iniciativa da Administração Tributária das limitações
temporais aplicáveis em outras hipóteses;
6. no art. 46, para incluir:
6.1. no caput, a hipótese de a decisão final do processo de pedido de revisão
extraordinária ser pela improcedência parcial, o que implica a retificação da inscrição na
dívida ativa;
6.2. no parágrafo único, a situação de retificação da inscrição na dívida ativa;
7. no caput do art. 55, para retirar a expressão “preferencialmente”, tornando, dessa
forma, obrigatório que o Conselheiro representante do contribuinte seja portador de diploma
de curso superior reconhecido pelo Ministério da Educação;
8. no art. 55-A, mediante acréscimo desse dispositivo, para estabelecer os casos em que
ocorre a vacância do cargo de conselheiro;
9. no art. 58, para:
9.1. no § 2º, prever o sistema de sorteio na definição dos coordenadores das Câmaras e
a alternância trimestral entre os membros da mesma representação para exercer a
coordenação na mesma Câmara, de forma a tornar mais equitativa a distribuição de trabalho
entre os Conselheiros;
9.2. no § 3º, condicionar a alternância trimestral de que trata o § 2º ao preenchimento de
mais de uma vaga de Conselheiro efetivo da representação do integrante a ser definido e
vedar a coordenação simultânea de todas as câmaras por integrantes de uma mesma
representação;
10. no art. 66, acrescentar o parágrafo único para tratar da definição de julgamento, para
fins de percepção de “jeton” pelos julgadores de primeira instância, de forma a remunerar e
estimular a prática de todos os atos relevantes exercidos pelos agentes, em sua função
judicante, ou em apreciações correlatas que venham a ser determinadas pela administração
pública.
Por fim, proponho, no art. 3º do anteprojeto, que a lei entre em vigor na data de sua
publicação, exceto no que diz respeito às alterações do artigo 66, que produzirão efeito a
partir de 19 de janeiro de 2009, relativamente ao pagamento de jeton aos julgadores de
primeira instância, que vem sendo realizado normalmente em função das atividades
realizadas por estes julgadores, que se sentindo inseguros no que diz respeito à
interpretação da legislação solicitaram a explicitação em lei da conceituação do termo
julgamento para efeito de pagamento de jeton. E no que diz respeito às alterações do caput
do art. 16 e do caput do art. 55, que produzirão efeito somente a partir de 1º janeiro de 2012.
A primeira para que o Secretário de Estado da Fazenda edite o ato normatizando a
distribuição processual, cujo sistema deve ser testado, e a segunda para que as entidades
representantes dos contribuintes possam selecionar as pessoas de acordo com a nova
regra.
Ante o exposto, estando Vossa Excelência de acordo com as razões expendidas, sugiro
o envio de mensagem à Assembléia Legislativa do Estado de Goiás, nos termos da minuta
em anexo.
Respeitosamente,

SIMÃO CIRINEU DIAS


Secretário da Fazenda

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