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PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO VERDE-GO

Secretaria Municipal de Meio Ambiente

PORTARIA SEMMA Nº 05 /2017

Dispõe sobre o licenciamento ambiental para a


atividade de Bovinocultura no município de Rio
Verde – GO

A Secretária Municipal de Meio Ambiente no uso das


atribuições que foram delegadas pelo Excelentíssimo
Prefeito do Município de Rio Verde-GO e,
Considerando a Resolução Estadual CEMAM n°10 de
11 de agosto de 2014 que dispõe sobre os
procedimentos para a dispensa de licença ambiental e
da listagem dos empreendimentos de pequeno porte e
baixo impacto no Estado de Goiás;

Considerando a Resolução Estadual CEMAM n°02 de


29 de julho de 2016 que dispõe sobre os
empreendimentos de competência de licenciamento
ambiental municipal;

Considerando a Instrução Normativa SEMMA n° 02 de


17 de agosto de 2017 que dispõe sobre o
Licenciamento Ambiental no município de Rio Verde
-GO;

Resolve:

Art.1° Para efeitos desta portaria, entende-se por:


a-Sistema de Criação Extensivo: sistema realizado com gado misto, sem padrão racial
definido e criação dos animais soltos ao pasto. A pastagem é a base da alimentação, com
utilização de suplementação alimentar quase inexistente e as instalações são simples;

b-Sistema de Criação Semi-intensivo: propriedades rurais especializadas; a alimentação de


animais é com base em pasto com utilização de suplementação mineral e/ou concentrada
eventualmente; este sistema pode estar associado à estabulação parcial (semi-confinamento)
em alguma fase de criação dos animais;

c-Sistema de criação Intensivo: sistema de criação em que lotes de animais são encerrados
em piquetes ou locais com área restrita, onde os alimentos (ração) e a água necessários são
fornecidos em cochos;

d-Pastejo rotacionado: sistema no qual a pastagem é subdividida em três ou mais piquetes,


que são pastejados em sequência por um ou mais lotes de animais. Difere do pastejo
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contínuo, em que os animais permanecem na mesma pastagem por um longo período de


tempo;

e-Ordenha manual: procedimento onde o leite é tirado pelas mãos do ordenhador num balde,
geralmente se dá em propriedades cujo número de vacas em lactação é pequeno e/ou a
produção de leite diária é menor;
f-Ordenha Mecânica: processo onde o leite é tirado através de um equipamento mecânico
que simula a mamada do bezerro.
g-Ordenha com “Balde ao pé” - Dispositivo (fixo ou móvel) no qual o leite, ao ser extraído do
úbere, é imediatamente coletado no balde ou latão sob vácuo, no qual é temporariamente
acumulado, até ser levado para o resfriador de leite.

Art. 2º As atividades listadas a seguir estão dispensadas do licenciamento ambiental,


conforme legislação vigente:
a-Criação de animais em sistemas extensivos;
b-Criação de animais em sistemas rotacionados sem irrigação;
c-Criação de animais em sistemas semi-intensivo sem estabulação de animais;
d-Pecuária leiteira com ordenha manual;
e-Pecuária leiteira com ordenha do tipo “balde ao pé”

Art.3° Fica estabelecido o Licenciamento Ambiental Simplificado (LAS) para a atividade de


Pecuária Leiteira com ordenha de mecânica para até 50 (cinquenta) animais em lactação e
Pecuária de corte no sistema intensivo e semi-intensivo com estabulação para até 500
(quinhentos) animais.

Art.4° Fica estabelecido o licenciamento ambiental ordinário (Licença de Instalação-LI e


Licença de Funcionamento -LF) para atividade de pecuária leiteira com utilização de ordenha
mecânica acima de 50 (cinquenta) animais em lactação e pecuária de corte no sistema
intensivo e semi-intensivo com estabulação acima de 500 (quinhentos) animais.

Art.5º As atividades listadas no artigo 2º deverão obter a Dispensa de Licença Ambiental,


apresentando os seguintes documentos:

a) Formulário padrão da Secretaria Municipal de Meio Ambiente-SEMMA para Licenciamento


de atividade de Bovinocultura;
b) Comprovante de quitação da taxa (DUAM – Documento Único de Arrecadação Municipal);
c) Documento comprobatório da propriedade ou posse do imóvel rural, como: Certidão de
Inteiro Teor, Escritura Pública entre outros;
d) Cópia do comprovante de endereço e dos documentos pessoais (RG e CPF) ou CNPJ, se
pessoa jurídica;
e) Recibo de inscrição de imóvel rural no Cadastro Ambiental Rural (CAR);
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f) Mapa da propriedade, em escala adequada, com pelos menos um ponto de amarração do


local da atividade;

g) Descrição da atividade pretendida para licenciamento ambiental.

Art.6°. Os empreendimentos listados nos artigos 3º e 4º seguem a Instrução Normativa nº


002/2017 –SEMMA para o licenciamento ambiental ordinário da atividade.

Art.7- Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, ficando revogadas as
disposições em contrário.

REGISTRE-SE. PUBLIQUE-SE

Gabinete da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, aos 30 dias do mês de novembro de


2017.

Marion Kompier
Secretária Municipal do Meio Ambiente
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Instruções Gerais

-Os estudos e projetos necessários ao processo de licenciamento devem ser realizados por profissionais
legalmente habilitados, às expensas do empreendedor, se for o caso. O empreendedor e os profissionais
que subscreverem os estudos e projetos necessários ao processo de licenciamento são responsáveis
pelas informações apresentadas, sujeitando-se às sanções administrativas, civis e penais (Resolução
CONAMA nº 237/97, art. 11).

-Todos os empreendimentos que utilizam manejo de dejetos líquidos devem ter estruturas de
armazenagem (esterqueira, tanque ou lagoa de armazenamento) impermeabilizadas e com capacidade
compatível com o volume de dejetos gerados, de acordo com o número de animais.

-No perímetro urbano não é permitida a implantação ou funcionamento da atividade de bovinocultura.

-As áreas de criação e os sistemas de armazenagem dos dejetos devem situar-se a uma distância mínima
de 200 (duzentos) de cursos d'águas, de acordo com a Lei Estadual n°17.684 de 2012.

-A SEMMA poderá exigir a ampliação desta distância de acordo com o zoneamento da região e a
direção predominante dos ventos de forma a garantir o bem-estar da população residente.

-Os sistemas de armazenagem dos dejetos devem ser dimensionados de acordo com o plano de retirada
e distribuição dos resíduos e também de modo a garantir, pelo menos, um volume adicional de
armazenagem de 20%. Devem também possuir dispositivo de contenção de vazamentos e dispositivos
que evitem a entrada de água de pluvial no sistema (margem de segurança deve ser de acordo com o
estudo pluviométrico).

-Na construção dos sistemas de armazenamento poderá ser usado materiais como concreto, alvenaria
em tijolos ou blocos de cimento, lonas de PVC ou PAD ou outro material de construção
comprovadamente impermeável e dentro das recomendações técnicas de construções em engenharia.

-Os dejetos somente poderão ter uso agrícola após um tempo mínimo de maturação. No caso da
utilização dos dejetos em pastagens e olerícolas estes devem ser “estabilizados” a fim de promover a
redução de patógenos. As doses a serem aplicadas também devem considerar as recomendações para o
uso de corretivos e fertilizantes no Estado de Goiás;

-A área de aplicação deverá ser selecionada observando a classificação do solo quanto à resistência a
impactos ambientais. Os solos devem ter boa drenagem interna e não ser sujeitos a inundações
periódicas.

-Utilizar patamares, terraceamento, plantio direto, plantio em curvas de nível, cordões de vegetação
permanente, cobertura morta e demais práticas de conservação do solo, impedindo o escorrimento
superficial, conforme recomendações técnicas;

-Os estabelecimentos deverão possuir sistema para tratamento de carcaças de animais mortos na
propriedade, conforme recomendações técnicas.

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