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Aplicando as disposições dos artigos 1713 e seguintes

do Código Civil, fica acordado que o proprietário


aluga, a título não profissional, ao locatário o veículo
de acordo com as condições estipuladas de seguida.

Artigo 1 - Finalidade:

O veículo alugado serve exclusivamente a um uso


privado e pessoal, tratando-se de um veículo de
turismo e de lazer. O proprietário não pode ser
responsabilizada pelo uso indevido do veículo nem do
prejuízo daí resultante.

Artigo 2 - Condutor ou os condutores:

O(s) condutor(es) do veículo alugado certifica(m)


possuir(em) a carta de condução necessária para a
condução do veículo alugado, válida segundo as suas
características e o PTAC (Peso Total Autorizado com
Carga). Os condutores devem respeitar as condições
do seguro subscrito tais como a idade e a data de
expedição da carta de condução.

O veículo apenas poderá ser conduzido pelo(s)


condutor(es) declarado(s) no contrato de aluguer.

O locatário assume a sua responsabilidade pessoal e


contratual aquando da assinatura do contrato de
aluguer conforme descrito no artigo 9º.

Artigo 3 - Cessão, subaluguer


O locatário não pode ceder, subalugar ou emprestar o
veículo alugado a ninguém, por qualquer razão que
seja. Contudo, em caso de necessidade de reparação
do veículo, os funcionários de uma oficina e/ou
reboque têm o direito a manusear o veículo, desde que
o proprietário tenha sido previamente notificado e que
tenha dado o seu consentimento por escrito.

Artigo 4 - Duração e quilometragem

O locatário determina o pacote quilométrico aquando


do pedido de reserva. O pacote quilométrico escolhido
estará indicado antes do pagamento da reserva, e
estará igualmente mencionado no contrato de aluguer.
As partes aceitam-no contratualmente quando o
contrato é assinado, não podendo contestá-lo mais
tarde.

O proprietário reserva o direito de pedir uma


compensação financeira caso o pacote quilométrico
seja ultrapassado, conforme a tarifa unitária prevista
no anúncio. Qualquer alteração às condições
contratualizadas aquando da confirmação da reserva,
quanto à quilometragem, deverá ser mencionado no
contrato de aluguer. Ao ultrapassar os quilómetros
autorizados no contrato, o locatário compromete-se a
pagar o valor da diferença estipulada no contrato de
aluguer. O montante deve ser pago, se possível, no
momento de restituição do veículo.

Artigo 5 - Posse e devolução do veículo


O locatário deixa de ter qualquer responsabilidade
contratual somente após a restituição do veículo, dos
documentos e das chaves ao proprietário desde que:

Nenhuma multa/coima for emitida durante o aluguer;


Não existam passagens em portagens ou scut
durante o aluguer;
Nenhum dano seja detectado no interior e/ou exterior
e referenciado na folha do inventário da entrega do
veículo.
Em contrário, o locatário continua vinculado
contratualmente ao proprietário, devendo respeitar as
cláusulas do contrato até à conclusão, de incidente,
acidente, ou outro(s) problema(s) declarado(s). De
igual modo, em caso de recepção de coima resultante
de uma infracção cometida durante o aluguer, o
locatário é obrigado ao pagamento da multa assim que
esta lhe seja comunicada. Se o proprietário receber
um recibo de pagamento de uma portagem cuja data
corresponda ao período da viagem, o proprietário terá
direito a solicitar o pagamento ao viajante mediante
apresentação do comprovativo de passagem à
Yescapa. O viajante está obrigado ao pagamento
imediato. Sempre que possível, o cartão de crédito
utilizado no pagamento do aluguer será utilizado para
recuperar o(s) valor(es). Se o locatário deteriora o
interior e/ou exterior do veículo, está comprometido a
pagar as reparações ou o montante da franquia
aplicada. O veículo, bem como todos os acessórios
colocados à disposição do locatário devem ser
devolvidos nas mesmas condições nas quais lhe foram
entregues. A perda ou a deterioração, total ou parcial,
do veículo ou dos acessórios colocados à disposição,
obriga o locatário ao pagamento do custo total de
reparação, mediante apresentação de uma factura ou
de um orçamento (dependendo do tipo de reparação),
desde que os danos estejam devidamente assinalados
no inventário de retorno do veículo ou num outro
elemento relevante (declaração amigável, testemunho
ocular, terceiro lesado).

O proprietário pode confiar a gestão do preenchimento


do inventário a um terceiro, desde que seja a mesma
pessoa na partida e no regresso do aluguer. Será da
responsabilidade do Proprietário transmitir os dados
de contacto da pessoa responsável do preenchimento
do inventário aos locatários antes da entrega.

Artigo 6 - Custos e despesas de utilização do


veículo

O valor total do aluguer é pago ao proprietário. Para


todos os eventuais acessórios opcionais para os quais
o proprietário deseja cobrar a utilização, este último
deve informar previamente o locatário e chegar a um
acordo sobre o montante que será saldado
directamente no momento do levantamento do veículo.

O proprietário deve, sempre que possível, entregar o


veículo com o depósito atestado a cem por cento
(100%). De igual modo, o locatário tem de devolver o
veículo com o depósito atestado a cem por cento
(100%). Como alternativa, o viajante deve devolver o
veículo com o tanque com mesmo nível de
combustível que lhe foi entregue.

Além disso, o proprietário compromete-se a fornecer


um nível suficiente de gás para a viagem, óleo do
motor, líquido de refrigeração, líquido de lavagem do
pára-brisas e, se necessário, produtos para a
utilização da cassete, água do tanque de água limpa e
ad blue, que são consumíveis incluídos na
remuneração do aluguer. Se estes artigos estiverem
em falta no dia da partida ou terminarem durante o
período de aluguer, o locatário deverá comprá-los e o
proprietário é responsável por reembolsar o locatário
directamente em dinheiro ou por transferência
bancária, mediante apresentação do recibo.

Artigo 7 - Custos associados a um incidente

Em situação de avaria mecânica ocorrida durante o


aluguer, o locatário deve imperativamente avisar o
proprietário. É da sua responsabilidade levar o veículo
a uma oficina mecânica especializada, previamente
indicada pela assistência em viagem do seguro. Após
o diagnóstico do mecânico, reparações ou
substituições de peças podem ser necessárias para o
que o veículo fique novamente operacional. Qualquer
intervenção neste sentido, o proprietário deve enviar
por escrito, via mensagem electrónica (« e-mail »), ou
via mensagem de texto (« SMS »), ao locatário a
respectiva autorização para a reparação do veículo.
No caso de o proprietário concordar em efectuar as
reparações, o locatário poderá dar a ordem de
reparação aos profissionais. A factura/recibo deverá
ser paga pelo locatário de forma a poder prosseguir
com o aluguer. Os custos de reparação ficarão a cargo
da parte responsável dependendo da origem do
incidente.

Em caso de incidente ou avaria mecânica que


imobilize o veículo, o locatário poderá deixar o veículo
na oficina mecânica designada pela assistência do
seguro. A assistência em viagem informará o locatário
sobre os procedimentos de acordo com a situação. Em
situação de dificuldade na atribuição das
responsabilidades, o locatário terá de aguardar o
serviço de assistência em viagem para realizar um
inventário de equipamentos junto do operador de
assistência. Deverá tirar todas as fotografias
necessárias (interior e exterior) para comprovar o
estado do veículo antes do veículo ser rebocado. No
caso de uma repatriação pela assistência, o locatário
deverá assumir o montante da diferença do
combustível em falta em comparação com o nível
indicado no check-in. Se o proprietário recusar a
reparação ou se a avaria mecânica imobilizar o veículo
num prazo superior ao previsto pela assistência
aplicável, caberá então ao proprietário ir recuperar o
seu veículo na oficina que efectuou as reparações
necessárias. Dependendo da seguradora, os custos de
transporte da sua residência até à referida oficina
poderão ser cobertos, de acordo com as condições
definidas no contrato de assistência aplicável.

Se a imobilização do veículo é causada por uma


conduta imprópria, ou por um incidente/acidente
causado pelo locatário, o proprietário pode apresentar
os custos de transporte do veículo até ao seu
domicílio. Este valor será cobrado no depósito de
garantia entregue pelo locatário. Se a causa da
imobilização do veículo é desconhecida ou
indeterminada, o custo de transporte para a
residência do proprietário é repartido em 50% entre
ambas as partes contratantes, sendo a parte
respeitante ao locatário deduzida da caução. Se a
imobilização do veículo for resultado de um desgaste
normal ou de negligência por parte do proprietário, por
falta de uma manutenção regular que incumbe ao
proprietário, este tem que assumir integralmente o
custo de transporte. No que à distância do
repatriamento do veículo diz respeito, todos os países
visitados durante o aluguer devem estar mencionados
no contrato de aluguer ou ser objecto de um acordo
escrito com o proprietário. Caso contrário, o locatário
deverá suportar todas as despesas de repatriação do
veículo.
No caso em que o incidente mecânico for resultado de
uma má utilização por parte do locatário, um terceiro
ou um objecto fixo e o locatário for considerado
responsável, este será então obrigado ao pagamento
integral das reparações e não terá direito a qualquer
reembolso prorata dos dias não utilizados. As taxas de
seguro e de serviço não serão reembolsáveis.

Se a falha mecânica resultar do desgaste normal e


regular da mecânica ou da manutenção incorrecta do
veículo, o proprietário será responsável e terá de
pagar o montante das reparações. Se o locatário
avançou com este montante, o proprietário está
obrigado ao reembolso dos montantes após
apresentação da factura correspondente. O locatário
obriga-se a que as reparações sejam feitas
exclusivamente por um mecânico habilitado a efectuar
as tais reparações. Ele apenas estará isento das suas
responsabilidades ao comprovar que a(s) falha(s)
mecânica(s) resultou(aram) de um desgaste normal e
regular da mecânica ou de uma falha na manutenção
do veículo por parte do proprietário. A prova pode ser
entregue com a ajuda de um perito certificado.

No caso de impossibilidade em determinar a


responsabilidade pelo incidente, o proprietário e o
locatário devem assumir a responsabilidade e o custo
de reparação em 50/50.
Artigo 8 - Responsabilidade do proprietário

O proprietário compromete-se a entregar um veículo


em perfeito estado de funcionamento, de condução e
de limpeza, após verificação dos níveis e da pressão
dos pneus, com o depósito de combustível cheio, um
nível de gás adequado para toda a viagem, da limpeza
da cassete da sanita, o tanque das águas residuais
vazio, e higienicamente limpo exterior e internamente
e desinfecção de acordo com o procedimento indicado
no contrato de aluguer. A tomada de posse do veículo
pelo locatário implica, salvo comunicado o contrário,
por escrito no contrato de aluguer, que o locatário
valida o perfeito estado de funcionamento, de
condução e de limpeza do veículo.

Cada uma das duas partes contratantes deve


preencher o contrato de aluguer. O inventário deve ser
feito, obrigatoriamente, nos dias da partida e do
retorno. Ambas as partes podem escrever na sua
própria língua no seu exemplar: a informação descrita
deve corresponder a cada uma delas. O proprietário
concorda em verificar todos os elementos importantes
do seu veículo, tais como, ar condicionado,
aquecimento, água quente, frigorífico, forno, placas de
fogão (lista não exaustiva) durante o inventário de
partida, assim como aquando do regresso do veículo
na presença do locatário. Se o veículo estiver
equipado com tubos de gás, o proprietário deve
indicar no contrato de aluguer a data de validade.

O proprietário compromete-se a conduzir o veículo e a


efectuar algumas manobras na presença do locatário
de forma a detectar eventuais anomalias (barulhos
estranhos, disfunções ...), nos dias da partida e do
retorno do veículo.

O proprietário compromete-se a assumir os custos de


quaisquer reparações no veículo que não resultem de
uma condução desapropriada do locatário e na
sequência de uma utilização e uma condução normal
do veículo. No caso de um adiantamento dos custos de
reparação feito pelo locatário, o proprietário
compromete-se a reembolsar com a apresentação de
faturas que servem de comprovativo, nas quais o
proprietário autorizou prévia e expressamente o
locatário, a proceder às reparações estritamente
necessárias e exigidas pela situação. Estes pedidos
de autorização devem ser obrigatoriamente
estipuladas por escrito por envio de uma mensagem
eletrónica através do correio eletrónico (« e-mail ») ou
através de uma mensagem por telefone (« SMS »).

Em caso de avaria ou quebra de qualquer equipamento


do veículo resultante do desgaste do elemento e não
relacionada com uma má utilização do locatário, o
proprietário poderá solicitar uma indemnização
proporcional aos danos causados durante o aluguer. A
título indicativo, consulte a tabela abaixo:

Equipamento fundamental (frigorífico, ar


condicionado, aquecimento, bomba de água, roupa
de cama, clarabóias) 1 dia de aluguer para
alugueres de 6 dias ou menos, 2 dias de aluguer
para alugueres entre 7 e 10 dias, 3 dias de aluguer
para alugueres de 11 dias ou mais.

Equipamento secundário (mesa, toldo, rádio,


televisão, loiça) 1/2 dia de aluguer para alugueres
de 6 dias ou menos, 1 dia de aluguer para
alugueres entre 7 e 10 dias, 1,5 dias de aluguer
para alugueres de 11 dias ou mais.

Em caso de dano(s) verificado(s) no inventário de


retorno e que não estejam anotado(s) no inventário de
partida, o proprietário deverá reter a totalidade do
montante da caução e indicar no contrato de aluguer
no campo previsto para o efeito. A caução não poderá
ser debitada pelo proprietário até que o dano seja
avaliado assim como a responsabilidade pelo dano
seja devidamente estabelecida. É privilegiada uma
resolução amigável, contudo, na ausência de acordo
entre as partes, o proprietário e locatário devem
declarar o(s) dano(s) através do formulário disponível
na Conta do utilizador até, no máximo, 24h após o
término do aluguer. No caso em que o veículo esteja
danificado antes do aluguer, o proprietário é obrigado
a informar o próximo locatário de forma a acordar um
possível gesto financeiro ou similar.

O proprietário tem a obrigação de verificar o estado


dos pneus. Os mesmos devem ser renovados a cada 5
(cinco) anos. Deve o proprietário fotografar cada pneu
para a primeira reserva do ano. Em caso de incidente,
o viajante deve manter o pneu danificado e/ou
fotografar o estado do pneu, com especial incidência
na área que indica a idade do mesmo.

Em caso de um furo: o locatário é responsável pelo


mesmo. 75% do custo de substituição dos pneus (pneu
danificado e segundo pneu da mesma linha) será da
responsabilidade do locatário. Os restantes 25% serão
da responsabilidade do proprietário.

Em situação de rebentamento de pneu:

Pneu com idade superior a 5 (cinco) anos: O


proprietário será responsabilizado pelo
rebentamento do pneu. Se o rebentamento causar
mais danos ao veículo, nenhuma franquia pode ser
exigida ao locatário. O proprietário é responsável
pela substituição do eixo.
Pneu com 5 (cinco) anos ou menos: Se o
rebentamento não resultar de um evento acidental
relacionado com a condução do locatário (por
exemplo, um impacto num corpo fixo), a
responsabilidade permanece do proprietário, e
portanto, por todos os danos consequentes ao
rebentamento do pneu ficarão da sua
responsabilidade, sem que qualquer montante
possa ser solicitado ao locatário.
Se não for possível determinar a origem do
rebentamento do pneu, deve-se por direito,
estabelecer uma responsabilidade repartida, o que
implica a partilha dos custos a 50/50 entre o
proprietário e o locatário.

Em caso de interrupção do aluguer devido a uma


avaria do veículo em que a responsabilidade do
locatário não pode ser imputada, o proprietário
compromete-se a reembolsar ao locatário o montante
correspondente aos dias e aos quilómetros não
utilizados. Este reembolso será efectuado
directamente entre as Partes. O proprietário é o único
responsável por este reembolso. Na ausência desse
reembolso, o locatário pode interpor uma acção
judicial contra o proprietário.

Se a referida avaria ocorrer nas primeiras 48h de


aluguer, o proprietário é responsável pelo reembolso
da totalidade da sua remuneração. Se a
responsabilidade pela avaria não puder ser
determinada, o proprietário é obrigado a reembolsar
50% da sua remuneração e o prorata do pacote
quilométrico diário não utilizado.

Relativamente à limpeza interior, exterior e cassete do


veículo, o locatário não será considerado
financeiramente responsável por qualquer limpeza não
efectuada devido a uma interrupção do aluguer
quando a sua responsabilidade não é imputada ou
parcialmente imputada

Artigo 9 - Responsabilidade do locatário

O locatário é obrigado a imprimir o contrato de viagem


na sua própria língua. O proprietário e o viajante terão
à sua disposição os mesmos documentos para
efectuar a inspecção do estado do veículo. As duas
partes devem escrever na sua própria língua.

O locatário tem que se assegurar que o veículo está


trancado quando se ausentar, não devendo deixar os
seus objectos pessoais visíveis no veículo, de forma a
evitar tentativas de intrusão ou roubo. O proprietário
não será responsável das tentativas de
intrusão/roubos, perdas ou deteriorações dos bens
pessoais do locatário e/ou dos passageiros. Em caso
de tentativa de intrusão ou de roubo, sem terceiros
identificados, todos os danos que provêm da invasão
ou do roubo serão da responsabilidade do locatário.

Em caso de acidente e/ou deterioração da


autocaravana (interior e/ou exterior), o locatário
compromete-se a informar de imediato o proprietário
por telefone e/ou por e-mail.

O locatário é obrigado a notificar por telefone e/ou e-


mail o proprietário sobre qualquer tipo de manutenção
ou reparação efectuada no veículo. A fatura pode
então ser paga pelo locatário de forma a continuar o
aluguer. O montante das reparações continuará a ser
da responsabilidade do responsável dependendo da
origem do incidente.

O(s) condutor(es) designado(s) pelo presente contrato


de aluguer deve(m) imperativamente ser titular(es) de
uma carta de condução de tipo B para a condução de
um veículo com um PTAC igual ou inferior a 3,5
toneladas. O(s) condutor(es) deve(m) respeitar a idade
mínima e antiguidade mínimas de carta de condução
exigidas pelo seguro aplicável ao aluguer ou, na sua
falta, exigidas pelo proprietário no seu anúncio.

O locatário compromete-se a cuidar do veículo de


maneira prudente e diligente e com as mesmas
precauções como se fosse o seu próprio veículo e a
proceder a todas as verificações obrigatórias pelas
circunstâncias presentes. O locatário tem de cuidar
de maneira normal, constante e regular do veículo
durante todo o período do aluguer previsto enquanto
tem a posse do veículo.

O locatário deve suportar os custos da(s)


reparação(ões) necessária(s) ao veículo ou das
franquias aplicáveis, como consequência dos danos
causados pelas suas acções, por terceiros ao contrato
de aluguer ou por um terceiro não identificado.
O locatário compromete-se a devolver o veículo em
perfeitas condições de funcionamento, condução e
limpeza, com o depósito de combustível atestado, com
a cassete do WC vazia e limpa, esvaziar as águas
residuais e limpar o interior e exterior do veículo. Tais
condições devem ser semelhantes àquelas sob as
quais o locatário alugou o veículo. Na ausência de tais
condições de restituição e salvo indicação em
contrário na página 3 do contrato, o proprietário tem o
direito de exigir uma indemnização, conforme indicado
na tabela seguinte:

Negligência Penalização

Cassete não esvaziada (WC) 50 EUR

Tanque de água limpa não cheio 5 EUR

Não esvaziamento das águas cinzentas 15 EUR

Limpeza exterior (vestígios na carroçaria, nas jantes, no para-brisas) 15 EUR

Limpeza interior (vestígios de utilização da cozinha e da casa de 40 EUR no caso de uma van 80 EUR no caso
Estas penalizações são acumuláveis em função do
estado do veículo em comparação com o estado de
limpeza assinalado durante o inventário de entrega do
veículo. Ademais, em situação de infração das regras
de vida a bordo estabelecida pelo proprietário no seu
anúncio, o locatário está também sujeito às seguintes
penalizações:

Regras de vida a bordo Penalização

Interdição de fumar a bordo 50 EUR

Presença de animais de companhia 50 EUR


Sempre que a higienização do veículo obrigar à
intervenção de um profissional, é da responsabilidade
do locatário o pagamento da mesma, mediante
apresentação de uma factura. Este pagamento não é
acumulável com as restantes penalizações
supracitadas.

O ou os montantes devem ser regularizados directa e


integralmente ao proprietário no dia de retorno do
veículo, a título de compensação dos custos de
manutenção do veículo que este último pode ter. Em
situação de imobilização do veículo que obrigue o
locatário a interromper o aluguer, a se imobilização
provém de uma má utilização ou de um acidente
originado pelo locatário, o proprietário pode deduzir
da caução o montante previsto para a limpeza
indicado nas presentes cláusulas. Se a causa da
imobilização for fortuita ou indeterminada, o locatário
deve, em circunstâncias normais, devolver o veículo
nas mesmas condições que lhe foi entregue no
momento da partida; os custos de limpeza serão
suportados de igual modo pelas partes (50% a cada
parte contratante). O depósito de garantia entregue no
âmbito do aluguer poderá ser utilizado para tal efeito.
Se a imobilização do veículo resulta de um desgaste
normal ou de negligência associada à falta de
manutenção do veículo que é da responsabilidade do
proprietário, este não pode exigir uma indemnização
para a limpeza interior ou exterior, nem reter nenhum
montante da caução, pois as condições necessárias
para efectuar a limpeza após a imobilização não estão
reunidas.

O locatário só pode abandonar o aluguer em caso de


decisão da assistência em viagem na sequência de
uma avaria do veículo. Se o locatário abandonar o
veículo por qualquer outro motivo, este perde
automaticamente o direito ao reembolso do depósito
de garantia e é responsável pelo repatriamento do
veículo ao domicílio do proprietário assim como
qualquer dano causado ao veículo até ao momento de
repatriamento do veículo ao domicílio do proprietário.

A utilização do veículo durante todo o período de


aluguer só é permitida nos países que foram indicados
no momento do pedido de aluguer. No caso de o
locatário não respeitar as restrições indicadas pelo
proprietário no seu anúncio, o locatário está sujeito a
uma penalização financeira de cinquenta (50) euros a
ser deduzida do depósito de garantia pelo proprietário.
Em caso de imobilização do veículo na sequência de
uma avaria ou de um incidente ocorrido no estrangeiro
com um veículo cujas regras de vida a bordo
estipulam que é proibido viajar para o estrangeiro e a
menos que o proprietário dê o seu consentimento por
escrito para viajar para um território estrangeiro, o
locatário está sujeito a suportar os custos adicionais
para o repatriamento do veículo.
Cada uma das duas partes contratantes deve
preencher o contrato de aluguer. O inventário deve ser
preenchido obrigatoriamente no dia da partida e de
regresso.

Em situação em que o veículo apresente danos


superficiais de natureza estética (ver tabela abaixo)
ocorridos durante o aluguer, o proprietário deve
privilegiar à reparação e não a substituição do
elemento, que será da responsabilidade do locatário.
São considerados danos superficiais de natureza
estética os danos no interior do veículo, não cobertos
pela seguradora, tais como:

Tipo de dano superficial Localizações do dano

Manchas indeléveis (café, óleo, azeite, etc) Tecidos (assentos, colchões, almofadas, cortinas) ou outro tipo de

Ranhuras, riscos Todos os tipos de superfícies, tais como portas, divisórias, armários,

Descascado Superfícies delicadas tais como banca da cozinha, lavatórios, duche,

Pequeno choque Repartições, portas, armários, maçanetas da porta, etc.

Queimaduras leves (cigarros, máquina do Mesa, bancadas, seguro (almofadas, assentos, colchões), chão, etc.

Perfuração Pavimentos (vinil), tecidos (almofadas, assentos, colchões) e outros


Na impossibilidade de reparar um dano superficial de
natureza estética, o locatário obriga-se a compensar o
proprietário. As partes devem acordar um valor com
base na dimensão do dano e do valor original do artigo
a substituir:

caso seja inferior a 50 EUR: o locatário deve


substituir o elemento ou pagar um montante
equivalente ao preço do elemento de substituição.
no caso de bens com valor superior a 50 EUR: o
proprietário pode definir um valor de compensação
até um máximo de 150 EUR dependendo do
tamanho do dano em relação ao tamanho e preço
do item. Os danos estéticos não podem conduzir à
substituição de bens com um valor superior a 50
EUR a menos que o dano impeça a utilização do
artigo danificado.
No caso de o dano estético acabar por ser dano
oculto, ou seja, se a peça foi "maquilhada" para
ocultar o dano, o locatário será considerado
responsável e terá que pagar o valor das reparações.

O locatário não pode realizar nenhuma alteração ou


modificação irreversível, tanto no interior como no
exterior do veículo, sem o consentimento prévio e
expresso do proprietário. O locatário deve
obrigatoriamente verificar e controlar os níveis dos
diferentes líquidos do veículo: óleo de motor, água,
águas residuais, fluido de direcção, lava-pára-brisas e
líquido de arrefecimento do motor. Sempre que
necessário, o locatário deve realizar estas
manutenções.

O locatário deve controlar regularmente a pressão dos


pneus do veículo. Sempre que necessário, deve voltar
a encher os pneus com os níveis de pressão indicados
no guia de utilização e de manutenção da
autocaravana fornecido pelo fabricante. Este
documento deve ser entregue ao locatário aquando da
entrega do veículo.
O locatário deve substituir os equipamentos básicos
do veículo utilizados e/ou danificados durante o
período de aluguer. Estes equipamentos básicos
incluem as escovas pára-brisas, papel higiénico ou
lâmpadas. O locatário é responsável por todos os
danos causados ao veículo fruto de negligência da sua
parte, ou de terceiros não identificados durante o
período de aluguer. O locatário é o único responsável
de todos os danos ligados ao incorrecto
abastecimento de combustível, do abastecimento
incorrecto do depósito de combustível com água ou do
abastecimento incorrecto do depósito de água com
combustível.

Para todas as infracções rodoviárias constatadas


pelas autoridades durante o período de aluguer, o
locatário assume total responsabilidade pelas
mesmas. As sanções (multa, perda de pontos,...) são
da inteira responsabilidade do locatário por qualquer
infracção comunicada durante o período de vigência
do contrato de aluguer com o veículo alugado. O
proprietário reserva-se ao direito de transmitir os
documentos (documento de identificação ou carta de
condução) às autoridades competentes para
atribuição da coima ao titular do contrato de aluguer
responsável da infracção, após apresentação da prova
da infracção recebida pelo proprietário.

Por qualquer dano interno ou externo ao veículo


alugado, um segundo orçamento pode ser solicitado
aos proprietários para que seja feita uma comparação
se o proprietário considerar necessário, e em caso em
que a condição do veículo permita a sua deslocação a
uma segunda oficina.

Caso o orçamento de reparação seja inferior à


franquia, não poderá ser solicitada uma peritagem por
parte da seguradora. O mesmo se aplica em danos não
cobertos pela seguradora. Nestes dois casos, o
montante de reparações ficará exclusivamente a
cargo do locatário se este for o responsável mediante
apresentação de um orçamento de reparação de uma
factura.

No entanto, em caso de danos causados a um veículo


com mais de 10 anos (e cuja peça danificada não
tenha sido substituída nos últimos 10 anos), poderá
ser aplicado um coeficiente de obsolescência de
forma a repartir o montante de reparações a cargo do
proprietário do veículo e locatário responsável, com
base na perda de valor de um objecto devido ao seu
uso, a sua idade ou ao progresso técnico para atingir
um valor residual. Esta repartição do montante a
pagar pode ser aplicada aos elementos danificados a
partir do décimo primeiro ano, 5% por cada ano
suplementar e até a um máximo de 50% de repartição
de custos entre o proprietário e o locatário, apenas na
ausência de uma peritagem da seguradora ao veículo.
A mão de obra e IVA continua a ser da exclusiva
responsabilidade do locatário.
Além disso, em caso de agravamento de um dano, ou
seja, quando o elemento danificado já apresentasse
dano visível no inventário de partida e que é
impossível reparar o referido dano resultando na
substituição obrigatória do elemento danificado, uma
peritagem não poderá ser realizada se o veículo
apresentar muitos danos antes do aluguer. Na
ausência de uma peritagem ao veículo, deve-se
estudar uma repartição do valor a ser pago entre
proprietário e locatário, dependendo do montante do
dano inicial, até a um máximo de 50% entre o
proprietário e o locatário. Em caso de elementos
insuficientes (foto, vídeo) para estimar o desgaste
inicial, o valor de substituição será da exclusiva
responsabilidade do locatário.

Para qualquer dano, a reparação do ou dos elementos


danificados será sempre privilegiada à substituição.
No entanto, se o(s) elemento(s) danificado(s) forem
irreparáveis, deverão ser desta forma ser substituídos.

Esta situação é no caso de desgaste de uma peça ou


elemento isolado não poder ser reparada ou
substituída. Se uma pequena avaria resultar na
inutilização do equipamento, o mesmo será
substituído na totalidade. O custo de substituição é da
exclusiva responsabilidade da parte responsável,
excepto quando o artigo partido tiver mais de 10 anos.
Neste caso, será aplicado um princípio de
obsolescência a partir do décimo primeiro ano, sendo
5% por cada ano suplementar e poderá atingir um
máximo de 50% de repartição dos custos entre
proprietário e locatário. A mão de obra e o IVA
continuam da responsabilidade do locatário.

No caso de uma interrupção do aluguer na sequência


de uma avaria ou incidente em que a responsabilidade
é do locatário ou que a mesma esteja por determinar,
o locatário não poderá reclamar o reembolso do
aluguer. Além disso, se o locatário desejar um veículo
de substituição para continuar a sua viagem, o novo
aluguer fica inteiramente a seu cargo, assim como
qualquer montante consequente desse novo aluguer,
como a caução.

Artigo 10 - Condições

O presente aluguer é expressamente acordado e


aceite de acordo com as leis e legislações aplicáveis
nesta área. As partes comprometem-se a inspeccionar
o veículo e a preencher o inventário fornecido o mais
pormenorizadamente possível, comunicando o estado
do veículo tanto na entrega como na devolução. Estes
dois documentos são estabelecidos entre as partes de
dispõem da mesma força probatória; o ónus da prova
recai sobre a parte que contesta a exactidão do
processo de inspecção do veículo.

O locatário recolhe o veículo no estado em que este


se encontra no dia em que toma posse do veículo.
Na ausência do inventário do veículo preenchido e
assinado pelas partes no dia da partida, presume-se
que o viajante recebeu o veículo em bom estado de
manutenção e de higienização, sem formalidades
posteriores. A partir do momento em que toma posse
do veículo, o locatário é responsável pelo veículo, pela
sua utilização, o controle e a protecção. No momento
de restituição, o proprietário deve encontrar o veículo
num bom estado de manutenção e de higienização,
sem formalidades posteriores. Em situação de dano(s)
assinalado(s) no contrato de retorno pelos quais o
locatário contesta a responsabilidade, cabe ao mesmo
fornecer as provas necessárias que o isentem de tal
responsabilidade. Caso contrário, o locatário será
considerado responsável pelo dano assinalado.

Usufruto
O locatário desfruta do veículo e utiliza-o em
condições normais e convencionais de utilização.

O locatário compromete-se a tomar todas as


precauções necessárias, para cumprir rigorosamente
os requisitos das regras do Código da estrada ou
regulamentos em vigor.

É proibido ao locatário utilizar o veículo:

Para participar em manifestações desportivas


motorizadas, em testes de veículos e como escola
de condução;
Para transportar mercadorias ou pessoas mediante
pagamento;
Para atrelar, rebocar ou deslocar outro veículo de
forma alguma;
Sobrecarregado com um número de pessoas ou uma
carga útil que exceda os valores e requisitos
indicados pelo fabricante;
Para transportar substâncias inflamáveis, explosivas,
tóxicas ou perigosas;
Para cometer alguma infracção.
Seguro
O seguro e a assistência correspondem aos indicados
no pedido de reserva, subscrito no momento de
confirmação da reserva e indicados no contrato de
aluguer.

Ocorrência de um dano: Em situação de dano tal como


um acidente, um roubo, uma perda, um incêndio, de
danos causado por animais selvagens ou qualquer
outra degradação, o locatário compromete-se a
advertir imediatamente as autoridades competentes.
Nestas situações, o locatário compromete-se a
estabelecer um relatório ou um registo escrito onde
descreve as condições nas quais ocorreu o dano. Em
situação de dano, o locatário tem de informar o mais
rapidamente possível o proprietário e a Yescapa por
escrito através do envio de uma mensagem de correio
electrónico (« e-mail »).
Em situação de uma declaração amigável preenchida
pelo locatário, a mesma deve ser preenchida no
momento do acidente, na presença do terceiro
envolvido, conforme a legislação em vigor, sem excluir
ou ignorar qualquer ponto, mesmo que parcialmente, e
tendo o cuidado de a preencher de forma correcta e
legível. Tenha em atenção a qualidade do esboço. Se o
acidente envolve vários veículos, o locatário deve
preencher uma declaração amigável com os vários
condutores. Se o(s) condutor(es) se recuse(m) a
preencher / assinar a declaração amigável, a matrícula
do/s) outro(s) veículo(s) deve ser registada pelo
locatário. Nesta situação é aconselhado que o
locatário obtenha o testemunho das pessoas
presentes no momento do acidente ou que solicite a
intervenção da força policial que tomará nota da
ocorrência do acidente/incidente.

A referida declaração amigável deve ser transmitida à


companhia de seguros, devidamente preenchida, no
prazo máximo de até cinco dias úteis após ter sido
previamente apresentada e validada pelo proprietário
que é obrigado a respeitar o prazo supracitado que é
de ordem pública. (Artigo L. 113-2 do Código dos
Seguros).

Artigo 11 - Caução

O depósito de garantia pode ser utilizado para cobrir


os custos de reparação do veículo após a ocorrência
de um sinistro ou de danos causados ao veículo. Pode
ainda ser utilizado para cobrir a franquia do seguro. O
depósito de garantia visa cobrir eventuais
ultrapassagens do pacote quilométrico e qualquer
outro valor devido ao proprietário pelo locatário,
desde que conforme as cláusulas do contrato de
aluguer. A gestão do Depósito de Garantia está sujeita
à assinatura entre as partes (proprietário e locatário)
do Contrato de Aluguer e do documento de Inventário
do Veículo, quer de partida, quer de retorno.

Em situação de gestão do depósito de


garantia pelo Proprietário:
O proprietário recebe em mãos o depósito de garantia
cujo montante deve ser indicado no contrato de
aluguer. O depósito de garantia pode ser dado por
cheque, dinheiro, ou qualquer outro meio de
pagamento previamente acordado entre o locatário e
o proprietário. Se, no dia da partida, o proprietário não
tiver em sua posse o valor da caução, deve recusar a
reserva e cancelar a mesma. O locatário não obterá
qualquer reembolso.

Se o veículo não apresenta nenhuma anomalia, o


proprietário deve devolver o valor do depósito de
garantia aquando do retorno do veículo.

Se o veículo apresentar uma ou diversas anomalia(s),


o proprietário deve reter a totalidade do depósito de
garantia até que se saiba qual o montante das
reparações. O montante deve ficar indicado no
contrato de aluguer no local previsto ao efeito.

Em caso de ultrapassagem do pacote quilométrico, de


combustível não restituído, do atraso do locatário
superior a 2h e/ou negligência comprovada (ver artigo
9), o proprietário deverá reter e cobrar o valor indicado
para os casos supracitados, de acordo com estas
cláusulas depois de o ter indicado no inventário que
deve imperativamente ser assinado por ambas as
partes.

O depósito de garantia pode ser utilizado para


previsão de portagens ou multas que o locatário
declararia ao proprietário no momento do check-out.
Se não for feita qualquer previsão quando o veículo for
devolvido e posteriormente forem cobradas ao
proprietário portagens e/ou multas nas datas
correspondentes ao aluguer, o locatário permanece
responsável por este montante e por quaisquer
sanções associadas (perda de pontos, suspensão da
carta de condução...)

Qualquer que seja o modo de gestão da caução, o


locatário, quando considerado responsável por um
dano e/ou uma penalização, o mesmo é responsável
pelo montante total e não pode recusar honrar o
pagamento do referido montante, que pode exceder o
montante da caução.
Artigo 12 - Litígio

A resolução amigável é a opção a privilegiar para uma


gestão rápida de qualquer dano ou incumprimento do
contrato. O depósito de garantia e as presentes
cláusulas permitem às duas partes encontrar uma
solução amigável.

Paralelamente ou em caso de incumprimento, as


partes têm a possibilidade de interpor, em seu nome,
uma acção em tribunal. As partes contratantes podem
dirigir-se a um jurista, competente para litígios de
valor inferior a 4000€.

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