Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
REVISTA
1
Revista Santuários
Cultura, Arte, Romarias, Peregrinações, Paisagens e Pessoas
Volume 1, Número 1, janeiro–junho 2014, ISSN 2183-3184
Organizadores: Apoio:
REVISTA
1
Comissão Executiva Conselho Editorial/Comissão Científica
Luís Jorge Gonçalves, Portugal, Faculdade de Ana Paula Fitas, Portugal, Coordenadora do Centro de
Belas-Artes, Universidade de Lisboa / Centro de Estudos Estudos do Endovélico, Alandroal
e de Investigação em Belas-Artes António Delgado, Portugal, Escola Superior de Arte e
Mila Simões de Abreu, Portugal, Universidade de Trás-os- Design, Instituto Politécnico de Leiria
-Montes e Alto Douro, Vila Real Artur Ramos, Portugal, Faculdade de Belas-Artes,
Ana Paula Fitas, Portugal, Coordenadora do Centro de Universidade de Lisboa / Centro de Estudos e de
Estudos do Endovélico, Alandroal Investigação em Belas-Artes
João Paulo Queiroz, Portugal, Faculdade de Cláudia Matos Pereira, Brasil, Escola de Belas-Artes,
Belas-Artes, Universidade de Lisboa / Centro de Estudos Universidade Federal do Rio de Janeiro
e de Investigação em Belas-Artes Cristiane de Andrade Buco, Brasil, IPHAN-Fortaleza
Moisés Espírito Santo, Portugal, Faculdade de Ciências Fernando António Baptista Pereira, Faculdade de
Socais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa Belas-Artes, Universidade de Lisboa / Centro de Estudos
Jorge dos Reis, Portugal, Faculdade de Belas-Artes, e de Investigação em Belas-Artes
Universidade de Lisboa / Centro de Estudos e de Federico Trolleti, Itália, Universidade de Trento
Investigação em Belas-Artes Ilídio Salteiro, Portugal, Faculdade de Belas-Artes,
Cláudia Matos Pereira, Brasil, Escola de Belas-Artes, Universidade de Lisboa / Centro de Estudos e de
Universidade Federal do Rio de Janeiro Investigação em Belas-Artes
Leonardo Caravana Guelman, Brasil, Instituto de Artes e Javier Marcos Arévalo, Espanha, Universidade da
Comunicação Social, Universidade Federal Fluminense Estremadura
Manuel Calado, Brasil, IEPA — Instituto de Pesquisa João Brigola, Portugal, Universidade de Évora
Científica e Tecnológica do Estado do Amapá João Paulo Queiroz, Portugal, Faculdade de
Panayiotis Saraneopoulos, Grécia/Portugal, Centro de Belas-Artes, Universidade de Lisboa / Centro de Estudos
Investigação e Estudos em Belas-Artes e de Investigação em Belas-Artes
Jorge do Reis, Portugal, Faculdade de Belas-Artes,
Universidade de Lisboa / Centro de Estudos e de
Investigação em Belas-Artes
José Ignacio Homobono, Espanha, Universidade do País Basco
José Júlio Garcia Arranz, Espanha, Universidade da
Estremadura
Leonardo Caravana Guelman, Brasil, Instituto de Artes e
Comunicação Social, Universidade Federal Fluminense
Luís Jorge Gonçalves, Portugal, Faculdade de Belas-Artes,
Universidade de Lisboa / Centro de Estudos
e de Investigação em Belas-Artes
Manuel Calado, Brasil, IEPA — Instituto de Pesquisa
Científica e Tecnológica do Estado do Amapá
Maristela Salvatori, Brasil, Instituto de Artes,
Universidade Federal de Rio Grande do Sul
Mila Simões de Abreu, Portugal, Universidade de Trás-os-
-Montes e Alto Douro, Vila Real
Mirtes Barros, Brasil, Universidade Federal do Maranhão
Moisés Espírito Santo, Portugal, Faculdade de Ciências
Socais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa
Nuno Sacramento, Reino Unido (Escócia), Scottish
Sculpture Workshop, Aberdeen
Panayiotis Saraneopoulos, Grécia/Portugal, Centro de
Investigação e Estudos em Belas-Artes
Paula Ramos, Brasil, Instituto de Artes, Universidade
Federal de Rio Grande do Sul
Paulo Caetano, Portugal, Faculdade de Ciências
e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa
Ruy Ventura, Portugal, Investigador
Salvador Rodríguez Becerra, Espanha, Universidade
de Sevilha
Introdução aos Santuários Introdução aos Santuários
Moisés Espírito Santo Moisés Espírito Santo
13-15 13-15
1. Artigos 1. Artigos
Santa Ana e o Culto dos Pepinos St. Ana and the Feast of
em Talaulim (Goa–Índia) Cucumbers at Talaulim
Ana Paula Fitas (Goa–Índia)
33-38 Ana Paula Fitas
33-38
Palavra-sagrada-letra- Word-sacred-letter-idolized:
-idolatrada: uma análise a sociological analysis of the
sociológica da sacralização sacralization of typographic
da escrita tipográfica seguida lettering followed by a trip to
de uma viagem à catedral the cathedral of Santiago de
de Santiago de Compostela para Compostela to view the Codex
visualizar o Códice Calixtino na sua Calixtinus in its contextual
relação contextual relationship
Jorge dos Reis Jorge dos Reis
194-201 194-201
Santuarios y romerías Sanctuaries and pilgrimages
de montaña. Significados of mountain. Meanings
y funciones and functions
José Ignacio Homobono Martínez José Ignacio Homobono Martínez
202-208 202-208
2. Estudos 2. Estudos
Jesus, Artur Vieira de (2014) “Cabo de São Vicente: histórias, letras e sentimentos”
ing / memory.
Introdução
No extremo sudoeste do atual território português, da península ibérica e do continente europeu, situa-
-se o mítico Cabo de São Vicente, uma das principais esquinas do Mundo. Esse majestático, imponente
e grandioso esporão rochoso, continua a olhar para a linha do horizonte e para a imensidão do vasto
oceano, com uma altivez que nos impressiona tal como impressionou fortemente os homens da antiga
Grécia e de Roma, conforme refletido na comunicação anterior alusiva ao tema. Altivez essa que nos
recorda, por exemplo, o fantástico Adamastor, da obra épica e magistral desse grande nome das Letras
portuguesas que foi Luís Vaz de Camões e que nos foi, por ele, apresentado como “…aquele oculto e gran-
de Cabo/A quem chamais vós Tormentório…” (Camões (1988): Os Lusíadas, canto V, estrofe 50). Pois,
também, este Cabo (hoje de São Vicente) a que dedicaremos a nossa atenção nas próximas linhas foi (e é
ainda) ele, também, grande, tormentório e oculto, não apenas pela excecionalidade da sua localização ge-
ográfica mas, sobretudo, pela relação que desde tempos imemoriais manteve com a esfera do sagrado, da
religiosidade, da espiritualidade, do místico, do mítico, do lendário e, consequente e complementarmente,
do sensorial. Tal relacionamento traduziu-se em algumas experiências, pessoais e coletivas, deste local,
em que podemos descortinar essa interligação do ser humano com essa dimensão espiritual e sentimen-
tal que lhe é inerente e sobre as quais incidiremos, em seguida, a nossa reflexão.
51
hispânico, neste caso da cidade de Saragoça, de nome Vicente, morto quatro séculos antes, noutro ponto
da nossa península, em Valência, sem abjurar da sua fé cristã e entrando para a congregação dos Mártires
da Igreja para todo o sempre. Assim, com o ato do transporte e deposição nos rochedos agrestes desse
extremo sudoeste da Ibéria, estas tornam-se, entre a realidade e a metáfora, numa verdadeira Cripta e
Relicário, ocultando no seu seio um especial tesouro de fé que foram os restos materiais de um venerável
cristão, cultuados por outros seguidores e devotos dessa Igreja apresentada como corpo místico da sua
referência fundamental que foi Jesus Cristo.
Contudo, o Mártir, ou melhor, o que dele restou, não permaneceu totalmente aqui. Foi trasladado
para a cidade de Lisboa em 1173. No promontório terá ficado, pelo menos, um pequeno pedaço desse
espólio sagrado, mais concretamente um pequeno osso, ainda hoje cuidadosamente guardado num pre-
cioso relicário da Igreja de Nossa Senhora da Conceição, em Vila do Bispo, exibido, anualmente aos fiéis
no dia litúrgico consagrado a São Vicente (22 de janeiro). Será, portanto, a partir do momento fulcral da
descoberta e trasladação desse espólio material/espiritual que terá ocorrido uma (re)descoberta, ou (re)
apropriação deste espaço consubstanciada na alteração da designação pela qual foi secularmente conhe-
cido: o antigo Promontório Sagrado transforma-se em Cabo de São Vicente (Jesus 2013:149), mantendo
Jesus, Artur Vieira de (2014) “Cabo de São Vicente: histórias, letras e sentimentos”
vivo todo o seu simbolismo fantástico e todo o seu potencial enquanto ponto de referência inestimável,
em terra e no mar. A esse momento histórico não foi insensível o poeta quinhentista Luís Vaz de Ca-
mões (1524/25?-1580). Achou-o importante ao ponto de o integrar na sua epopeia, consagrando-lhe
uma estrofe na sua obra Os Lusíadas, de 1572, dedicada ao mítico rei D. Sebastião (1554-1578). Eis como
imortalizou o poeta este território sagrado do Algarve, no curso da campanha afonsina que culminou na
tomada de Lisboa, mostrando essa ligação e complementaridade entre o Promontório Sagrado e o Cabo
que serviu de sepulcro a São Vicente:
Verificou-se uma continuidade do Cabo enquanto ponto de manifestação religiosa, cultual e devo-
cional de peregrinação, ininterruptamente materializada pelos cristãos moçárabes da enigmática Igreja
do Corvo, no Hospital-Albergaria, Ermida e Eremitério do período pós-conquista cristã do território
algarvio no século XIII (Cunha e Garcia 2004: 33-39) e mais tarde com um aumento da sua relevância
através da criação de um Mosteiro franciscano, precisamente da invocação de São Vicente do Cabo, em
1516 (Jesus 2013: 153), cujas estruturas são ainda hoje visíveis no espaço do atual Farol.
A atestar todo esse relacionamento dinâmico entre homem, espaço e memória, recordemos alguns
episódios decorridos neste local, todos relacionados com o culto vicentino e bem reveladores da sua
importância e enraizamento do mesmo.
Na sua narrativa sobre a tomada de Ceuta, ocorrida em 1415, o cronista Gomes Eanes de Zurara
52
(1410?/1473-74?) enfatiza que os navios da expedição militar, deslocando-se com celeridade, numa tar-
de de sábado, dobraram o Cabo de São Vicente, mas, a dado momento “…por razão de certas relíquias
que ali jaziam, arrearam todas suas velas…por sinal de reverência.”, seguindo depois para Lagos (Zurara
1989:180).
Outro exemplo devocional não menos significativo foi protagonizado, entre 21 e 23 de janeiro de
1573 pelo jovem rei D. Sebastião que, alojado no mosteiro, aqui participou, nas celebrações religiosas
consagradas a São Vicente, onde deu mostras de uma grande piedade e devoção pessoais, segundo o
registo de um elemento integrante da comitiva que nesse ano visitou parte do Alentejo e o Algarve, João
Cascão (Loureiro 1984:101-104). Curiosamente, D. Sebastião encarnou pós-morte um dos maiores mitos
da vida e da cultura portuguesas até aos nossos dias, mantendo uma ligação a este espaço de culto, quer
em vida, após esta primeira deslocação (Guedes 1988: 222 e 223; Iria, 1997: 110), quer depois da fatídica
Revista Santuários, Cultura, Arte, Romarias, Peregrinações, Paisagens e Pessoas. ISSN 2183-3184. Vol. 1 (1): 51-57.
jornada de Alcácer-Quibir (onde desaparece), em 1578, sendo registada a sua estadia nesta casa religiosa
franciscana depois desse trágico e épico episódio militar por autores, como D. João de Castro (Castro
1994: 33-34), corroborando os rumores nascidos no próprio campo de batalha respeitantes à hipótese de
não ter perecido em combate (Cruz 2009: p.344).
53
Jesus, Artur Vieira de (2014) “Cabo de São Vicente: histórias, letras e sentimentos”
54
citar, neste caso o de uma Vila-bispense, a Sra. Maria Isabel, nascida na povoação das Hortas do Tabual
(Vila do Bispo) em 22 de setembro de 1913 e falecida em 2000, que fez a sua vida na aldeia da Praia da
Salema (Budens) e que por várias vezes nos contou ouvir de sua mãe que “El-rei D. Sebastião estava
encantado nuns moledros em Sagres.” Esta lenda contou-a a Sra. Maria à sua filha, Maria Odete de Jesus,
nascida na Salema em 1946 que nos deu a conhecer interessantes informações quando visitou Sagres pela
primeira vez. Tinha, então, nove anos de idade, quando ali foi visitar uma familiar: “No caminho era tudo
montes. No que íamos a pé, lembrava-me da história do D. Sebastião que ouvia contar e olhava para os
montes à volta para ver os moledros onde o rei estaria encantado. Sempre gostei muito de história e de
histórias. Naquela altura pensava que um moledro era um monte de pedras que terminavam em cone…
isto na minha imaginação…um conjunto de pedras que diminuía em espiral à medida que ia subindo.
Foi isso que eu andei à procura nos nossos passeios entre montes (casas) dispersos.” Por nós questionada
Revista Santuários, Cultura, Arte, Romarias, Peregrinações, Paisagens e Pessoas. ISSN 2183-3184. Vol. 1 (1): 51-57.
se esse tipo de pedras eram uma única pedra, pretendendo associar o caso aos menires, a Sra. Odete
respondeu-nos que não. Imaginava “montes de várias pedras”.
Dentro deste interessante assunto temos ainda a felicidade de partilhar, uma outra experiência, de
mais uma habitante local. Se no caso atrás referido, a curiosidade foi a tónica para procurar o local de
encantamento do rei, a experiência da Sra. Laurete Lopes, natural da aldeia de Budens, e que nela nasceu
em 1948, teve um registo diferente: “Acompanhei desde criança a história do rei D. Sebastião e cresci com
o pavor das manhãs de nevoeiro”, dado que as histórias que lhe foram transmitidas foram causadoras de
sentimentos de receio e ansiedade perante a espectativa de um regresso iminente do desaparecido rei em
Alcácer-Quibir e das suas tropas. A perspetiva do nevoeiro da manhã deixava-a expectante.
Encontramo-nos, portanto, perante a persistência de uma antiga tradição local, com raízes profun-
das em velhas lendas e mitos da nossa cultura nacional.
55
Fig. 3. Fotografia de Arquivo da Câmara
Municipal de Vila do Bispo, Fenómenos
quotidianos que adquirem uma dimensão
fantástica e de forte envolvência.
Jesus, Artur Vieira de (2014) “Cabo de São Vicente: histórias, letras e sentimentos”
mesmo em pleno centro da urbe lacobrigense temos ainda, incrustado na muralha do velho Castelo dos
Governadores, um elegante janelão manuelino que as memórias distinguem como sendo o local onde D.
Sebastião assistiu à última eucaristia antes de partir para as areias de Marrocos.
Estamos indubitavelmente num santuário, num lugar tremendamente especial, ainda hoje (tal
como no passado) um espaço de contemplação e de reflexão, que nos remete para os domínios do espe-
táculo, do solene, da reverência, do sonho e da experiência sensorial. Um território sagrado dotado de
uma teatralidade extraordinária cujo principal argumento foi/é toda uma relação íntima de comunhão
e diálogo recíproco entre o espaço, caracterizado pelos rochedos majestosos e imponentes, pelo aro-
ma dos arbustos circundantes, pela força poderosa do seu vento norte e o homem na sua plenitude. A
acompanhar estes protagonistas temos toda uma “orquestra” e “coro”, como que numa ópera épica, de
sonoridades estrondosas ou murmurantes cantadas pelas vagas e ondas ritmadas, por esse grandioso e
preponderante elemento solar, natural e mítico, que o transforma totalmente durante o seu ocaso diário,
conferindo a todo o cenário territorial uma aura celeste e fascinante, com os seus raios resplandecentes
Além disso, temos, ainda, neste local de encantamento intemporal, toda a parte mística que, igual-
mente, considerámos, constituída por todo o espaço apropriado e transformado pelo homem. Tal foi o
caso do antigo mosteiro austero quinhentista, transformado em Farol em 1846 e que nos delicia, da mesma
forma, pela sua posição altaneira de imponente sentinela do oceano, destacando-se pela sua elevada torre,
pelos seus janelões da lanterna, onde abunda o cristal e a sua inconfundível e identitária cúpula vermelha.
São Vicente, santuário e rochedo simbólico e imortal é um portentoso local de memórias, imensas
e variadas de um passado longínquo e tão próximo de nós, simultaneamente…como poderemos ficar
indiferentes ao crepúsculo nas suas águas, que todos os dias arrebata os espíritos dos visitantes? Como
poderemos esquecer, na nossa infância, por exemplo, o poderoso sinal sonoro que ecoava por toda a Vila
do Bispo a partir deste Cabo, em dias de cerrada névoa? Como não sentir a atração dos relâmpagos do
seu profundo clarão luminoso que atravessa rochedos, águas, praias e planícies em todo este território?
Assim foi e assim é este Cabo especial, que olha altivo para o infinito, e que nos eleva diariamente,
num diálogo espiritual com memórias, mitos, factos e lendas.
56
Referências Lameira, Francisco (1994). Inventário Artístico do
Camões, Luís de (1988). Os Lusíadas. Mem Martins: Algarve – Concelho de Lagos. Faro: Secretaria
Publicações Europa-América. de Estado da Cultura/Delegação Regional do
Castro, D. João de (1994). Discurso da Vida do Rey Dom Algarve.
Sebastiam,. Lisboa: Edições Inapa. Lameira, Francisco (1994). Inventário Artístico do
Cruz, Maria Augusta Lima (2009). D. Sebastião. Rio de Algarve – Concelho de Vila de Bispo. Faro:
Mouro: Temas & Debates. Secretaria de Estado da Cultura/Delegação
Cunha, Rui e Garcia José Manuel (2004). Sagres. Vila do Regional do Algarve.
Bispo, Câmara Municipal de Vila do Bispo. Jesus, Artur Vieira de (2013). Vila do Bispo, Lugar de
Fernandes, Joaquim (2012). História Prodigiosa Encontros (I). Vila do Bispo: Câmara Municipal
de Portugal – Mitos & Maravilhas. Aveleda: de Vila do Bispo.
QuidNovi – Edição e Conteúdos. Zurara, Gomes Eanes de Zurara (1992). Crónica da
Revista Santuários, Cultura, Arte, Romarias, Peregrinações, Paisagens e Pessoas. ISSN 2183-3184. Vol. 1 (1): 51-57.
Iria, Alberto (1997). O Infante D. Henrique no Algarve Tomada de Ceuta. Mem Martins: Publicações
(estudos inéditos). Lagos: Centro de Europa-América.
Estudos Gil Eanes).
57
258