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Plano de Aula: Explorando o mito da constelação da Ursa maior

Turma: 5º ano

Habilidades específicas de Língua Portuguesa (BNCC):

(EF35LP03): Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão global

(EF05LP09): Ler e compreender, com autonomia, textos instrucional de regras


de jogo, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, de acordo com as convenções do
gênero e considerando a situação comunicativa e a finalidade do texto.

(EF69LP44): Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos e de diferentes visões


de mundo, em textos literários, reconhecendo nesses textos formas de estabelecer múltiplos
olhares sobre as identidades, sociedades e culturas e considerando a autoria e o contexto
social e histórico de sua produção.

Objetivos:
● Leitura e compreensão do mito de Calisto e Árcade;
● Explorar por meio de uma dinâmica (jogo) os personagens que participam da história,
buscando aproximá-los dos leitores;
● Compreender a importância das constelações da Ursa Maior e da Ursa Menor para o
mito analisado.

Práticas de Linguagem: Leitura e Compreensão textual.

Plano de aula: O plano de aula visa realizar a narração do mito de Calisto e uma
interpretação lúdica por meio de um jogo de perfil. O objetivo é envolver os alunos de
maneira educativa e divertida, incentivando a compreensão do mito e a aplicação dos
conceitos através do jogo.

Aula 1: Introdução ao Mito de Calisto e Árcade

Na primeira aula, o professor deve apresentar aos alunos o mito de Calisto e Árcade, por
meio da contação de história da adaptação do mito disponível abaixo, e solicitar-lhes que se
atentem aos detalhes da história para uma atividade posterior.

Adaptação do mito de Calisto

Zeus sempre percorria com atenção as terras humanas e os céus, que estavam sempre
sob seu cuidado atento. Entretanto, entre tantos territórios, havia a sua querida Arcádia. O
deus percorria essa terra revitalizando seus rios, sua vegetação e seu solo. Em uma de suas
visitas à Arcádia, avistou uma jovem que imediatamente o encantou. Calisto, uma bela ninfa,
companheira de Ártemis em suas caçadas, prometera manter-se virgem e assim o fez até a
chegada de Zeus. O Deus do raio e do trovão, encantado pela ninfa, disfarçou-se adotando a
aparência de Ártemis. Confiando ser a deusa que acompanhava nas caçadas, Calisto deixou
que o Deus se aproximasse. Quando estava próximo o suficiente e seguro de que a jovem
ninfa havia acreditado em seu disfarce, ele a atacou e, mesmo com toda resistência, Calisto
não pôde vencer Zeus.
O Deus, sentindo-se triunfante pelo crime cometido, regressa aos céus. Calisto, então,
passa a esconder-se no bosque, com medo de qualquer um que possa ser o terrível Deus
disfarçado. Um dia, ao percorrer o alto Mênalo, Ártemis avista Calisto e a chama.
Inicialmente, com medo de que seja Zeus, Calisto esconde-se. Entretanto, ao ver que junto a
Ártemis estavam as ninfas, a jovem se tranquiliza e junta-se ao grupo. Em um certo
momento, a Deusa, cansada pela caça, decide descansar e convida as ninfas a se banharem no
rio, uma vez que não há ninguém próximo. Calisto, que encontra-se grávida após a violência
sofrida de Zeus, não entra no rio com as outras ninfas. Estranhando, elas vão até a jovem e a
despem. Nesse momento, Calisto é expulsa pelas ninfas, que consideram a gravidez uma
traição.
Meses depois, Calisto dá à luz a um menino, Árcade. Hera, esposa de Zeus,
sentindo-se ofendida pelo nascimento do filho de seu marido com outra mulher, decide se
vingar de Calisto. A Deusa, então, decidida a tirar toda a beleza que um dia atraiu Zeus,
transforma a jovem em um grande animal selvagem: uma ursa. Além disso, para evitar que a
jovem pedisse ajuda, retirou dela a capacidade de falar, embora tenha mantido a consciência
humana. Calisto, agora uma ursa, passou a vagar pelos bosques que antes eram tão comuns a
ela. Até que um dia, seu filho, Árcade, já com quinze anos, em uma de suas caçadas, encontra
sua mãe. A ursa, como se o reconhecesse, encara o jovem, ficando seu olhar sobre ele, que,
assustado, foge. Quando olha para trás e ainda a vê, lança uma flecha que atinge Calisto no
peito, em uma ação fatal.
Zeus, como uma forma de remediar a triste sina de mãe e filho, transformou-os em
duas constelações vizinhas. Assim, embora não tenham podido viver como mãe e filho em
terra, puderam permanecer próximos nos céus.

Pós-leitura:
Com o objetivo de estimular a interação e promover a exploração da imaginação e
compreensão das crianças, este plano sugere uma prática de pós leitura interativa. Os detalhes
sobre essa prática estão descritos a seguir.

Prática de pós-leitura- Jogo de Perfil

Este plano propõe uma prática de interpretação do texto, utilizando um jogo de


perfil. O jogo inclui 4 cartas, cada uma representando um personagem ou um local da
história, juntamente com 5 de suas características destacadas no enredo.
Os alunos serão divididos em 4 grupos e o professor explicará as regras do jogo.
Após a divisão dos grupos, um membro de cada grupo, por sua vez, escolherá um número de
1 a 4 e uma letra de A a E. Ao receberem a dica relacionada a uma característica específica
do personagem, os membros do grupo tentarão adivinhar a qual personagem ela se refere.
Referências Bibliográficas:

GRIMAL, Pierre. Dicionário da mitologia grega e romana. Tradução de Victor Jabouille. 5ª


ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005.

OVÍDIO, Met. 2.401-507. Tradução de Bocage; introdução de João Angelo Oliva Neto. São Paulo:
Hedra, 2000.

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