Você está na página 1de 23

UNIVERSIDADE CEUMA

CURSO DE PSICOLOGIA
PEDRO HENRIQUE SILVA DE ALENCAR

UM ESTUDO SOBRE AS DIFICULDADES DO ATENDIMENTO PSICOLÓGICO


PARA PESSOAS SURDAS.

Imperatriz
2021
PEDRO HENRIQUE SILVA DE ALENCAR

UM ESTUDO SOBRE AS DIFICULDADES DO ATENDIMENTO PSICOLÓGICO


PARA PESSOAS SURDAS.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a


Universidade Ceuma - campus Imperatriz, a fim de
obter a nota do referido trabalho como requisito para
a obtenção do Grau de Bacharel em Psicologia, sob
orientação da Profa. Adriana Trindade Araújo
Rodrigues.

Imperatriz
2021
A368e Alencar, Pedro Henrique Silva de.

Um estudo sobre as dificuldades do atendimento


psicológico para pessoas surdas. / Pedro Henrique Silva de
Alencar. – Imperatriz: UNICEUMA, 2021.

25f.; 30 cm.

Monografia (Graduação) – Curso de Psicologia.


Universidade CEUMA, 2021.

1. Saúde mental. 2. Psicologia. 3. Deficiente auditivo. I.


RODRIGUES, Adriana Trindade Araújo. (Orientador). II.
SILVA, Sheyrlani Tatiany da. (Coordenador) II. Título.
CDU: 159.9

Ficha catalográfica elaborada pela Bibliotecária Marina Carvalho CRB13/823


Proibida a reprodução total ou parcial, de qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico,
inclusive através de processos xerográficos, sem permissão expressa do Autor. (Artigo 184 do Código Penal
Brasileiro, com a nova redação dada pela Lei n.8.635, de 16-03-1993).
AGRADECIMENTOS

Agradeço ao Senhor, nosso Deus, princípio e fim de todas as coisas, que em sua
infinita misericórdia infundiu em mim o Espírito Santo, primeiramente com o dom da vida e
até aqui com o dom da inteligência. Agradeço a Bem-aventurada Maria de Nazaré que, com
sua intercessão materna, tem me ajudado em todos os dias de minha vida; agradeço ainda a
intercessão de Teresinha, Francisco, José, Pedro, Clara e todos aqueles que, com sua
santidade, nos inspiram a missão de viver em comunhão com o próximo.
A minha amada família, que de todas as formas tem me sustentado todos esses anos e
me dado alegrias incondicionais, sobretudo aos meus pais, Iris e Neto, minhas tias Mazinha e
Dedê e meus queridos avós Alzenir, Francisco e Francisca, pelas histórias divertidas e cheias
de lições.
A minha querida comunidade da paróquia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro de
Itinga do Pará, que há tantos anos me ensina a trilhar os caminhos de Jesus no trabalho
pastoral e comunitário.
Aos amigos Cláudia Mageveski, Daniela Amorim, José Carlos (Neném), Márcia
Caboré, Márcia Sampaio, Rodrigo Carvalho, Valdean Souza, Vera Santos, Bené, Nancy e
Joelma, que ajudaram diretamente em minha formação profissional.
Aos meus amigos Mateus, Wendel, Denise, Iara, Mirele, Júnior, Janusa, Caroline e
Cíntia pelas alegrias e companhias nos primeiros anos em Imperatriz.
A todos os meus professores, desde o jardim de infância até o ensino superior,
sobretudo a tia Luciana, tia Venúsia, tia Conceição, tia Lídia; professores Lisboa (in
memorian), Shel, Ailza, Daiane, Eliane e Claudiane.
Aos surdos e intérpretes do IFMA - campus Açailândia, Ângela, Eliseu, Iêda, Maria
Antônia e Mateus que me ensinaram a LIBRAS e me propiciaram experiências,
aprendizagens e amizades maravilhosas.
As professoras Roberta Castro e Lílian Martinez pelas primeiras experiências com
pesquisa científica.
A minha orientadora Adriana Trindade, ao supervisor Paulo Mayer e aos demais
professores que fizeram da psicologia um constante aprendizado em minha vida.
Aos meus colegas e amigos de turma que partilham comigo a sala de aula e
incontáveis horas de estudos, em especial, Eliglesias, Mércia, Priscilla e Thayne.
E a você que está lendo este trabalho, espero que te auxilie a tornar-se uma pessoa
cada vez melhor.
“Pode se encontrar a felicidade nas horas mais
sombrias, se a pessoa se lembrar de acender a
luz.”
(Alvo Dumbledore)

“O Senhor Deus deu-me língua capacitada,


para que eu saiba dizer palavras de conforto à
pessoa abatida; ele me desperta cada manhã e
me excita o ouvido, para prestar atenção como
um discípulo. O Senhor abriu-me os ouvidos;
não lhe resisti nem voltei atrás.”
(Profecia de Isaías 50, 4-5)
RESUMO
O objetivo desta pesquisa é descrever, através da literatura consultada, possíveis dificuldades
que surgem nos contextos de atendimento psicológico para pessoas surdas. Este trabalho
consiste em uma revisão de literatura. Para a sua construção foram realizadas pesquisas
eletrônicas no motor de busca Google Acadêmico e Scielo e na base de dados da Biblioteca
Virtual em Saúde – BVS. Utilizou-se o descritor “surdos” em associação aos termos
“psicologia”, “atendimento psicológico”, “psicoterapia” e “dificuldades em psicologia”. A
partir dos artigos obtidos e fichados foram encontradas 6 dificuldades, sendo que 3 destas
podem enquadrar-se na categoria das dificuldades diretas e 3 na categoria das dificuldades
indiretas. As pesquisas apontam que é fundamental tratar do apoio psicológico para as pessoas
surdas, considerando o que já está previsto na legislação federal e que faz parte do arcabouço
ético do psicólogo o atendimento de todas as pessoas que precisem do seu serviço, e ainda a
necessidade de tratar sobre este tema que ainda é pouco pesquisado em território nacional
sendo considerado novo para muitos profissionais da saúde mental.

Palavras-chave: Saúde Mental. Psicologia. Deficiente auditivo.

ABSTRACT
The objective of this research is to describe, through the consulted literature, possible
difficulties that arise in the contexto of psychological care for deaf people. This work consistis
of a literature review. For its construction, electroni searches were carried out in the Google
Acadêmico and Scielo search engine and in the database of the Biblioteca Virtual em Saúde –
BVS. The descriptor “deaf” was used in association withe the terms “psychology”,
“psychological care”, “psychotherapy” and “difficulties in psychology”. From the articles
obtained and files, 6 difficulties were foung, 3 of wich can fall into the category of direct
difficulties and 3 in the category of indirect difficulties. Research points out that it is essential
to deal with psychological support for deaf people, considering what is already provided for in
federal legislations and wich is parto of the psychologist’s ethical framework to provid care to
all people who need his servisse, and also the need to address this topic that is still little
reserached in the national territory and is considered new for many mental health
professional.
Key-words: Mental health. Psychology. Hearing impaired.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................05
2. METODOLOGIA...............................................................................................................07
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO........................................................................................08
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................14
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................15
APÊNDICE..............................................................................................................................18
5

INTRODUÇÃO
A comunicação, seja falada ou não, permite que os indivíduos interajam entre si e
construam relacionamentos com seus semelhantes. A presença de um sistema linguístico com
signos e sinais já acompanha a humanidade desde os seus primórdios, ocorrendo um
aprimoramento na comunicação, que varia entre povos e culturas com o passar dos séculos,
inclusive no uso da linguagem de sinais (CAMARGOS; ÁVILA, 2019). Desta forma, assim
como nos idiomas comuns, o discurso serve como uma ligação entre a pessoa e seu ambiente
social. Na comunicação entre os surdos essa realidade não é diferente apresentando o mesmo
sentido (SILVA et al., 2019).
Conforme Bisol, Simioni e Esperb (2008) o interesse da Psicologia pela surdez está
muito relacionado com o desenvolvimento na área da educação de surdos, pois psicólogos
educacionais já se interessavam em estudar mais profundamente esse tema. O Brasil começou
a sistematizar a educação para os surdos em 1857, ainda no período imperial, através da vinda
do professor francês surdo Hernest Huet a convite do então imperador Dom Pedro II. Neste
mesmo ano foi fundada a primeira escola para meninos surdos do Brasil, o Imperial Instituto
de Surdos Mudos, que atualmente chama-se Instituto Nacional de Educação de Surdos
(INES).
Progressivamente a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) vem se desenvolvendo e
se adequando no espaço social brasileiro, sendo cada vez mais difundida e respeitada por
todos, tanto ouvintes quanto os deficientes auditivos. Além disso, as exigências da
comunidade surda, a cada dia, solicitam que os profissionais, tanto da saúde como de qualquer
outra área, sejam capazes de usar a LIBRAS para atender ao surdo sem a exigência do
intérprete (SILVA et al., 2019).
No Brasil em 2013, cerca de 2,2 milhões de pessoas (1,1% da população) possuíam
alguma deficiência auditiva. Destes indivíduos 0,9% tem problemas na audição causados por
doença ou acidente e 0,2% possuíam desde o nascimento (IBGE, 2013). A população surda
brasileira tem ganhado espaço em todos os lugares do país; o sujeito surdo, assim como
muitos outros deficientes, tem adquirido mais autonomia e direitos e, portanto, vem
conquistando gradativamente seu espaço na sociedade. A luta da comunidade surda pelo
reconhecimento de suas necessidades resultou na criação da Lei 10.436 de 2002 que
oficializou a LIBRAS como língua no país (CAMARGOS; ÁVILA, 2019).
A literatura aponta que assim como todas as outras pessoas, o surdo também tem
necessidade de apoio psicológico para suas demandas particulares e coletivas, não só
enquanto deficiente, mas como ser humano, sendo já um direito previsto pela Lei 13.146 de
6

2015 que solicita a inclusão do deficiente de maneira integral em todas as áreas da sociedade,
inclusive no acesso à saúde física e mental, garantindo uma atenção global para essa
população (CAMARGOS; ÁVILA, 2019).

Ainda no que diz respeito a legislação vigente, a Lei 10.436 de 2002 assegura que
todas as instituições de saúde “devem garantir atendimento e tratamento adequado aos
portadores de deficiência auditiva” (BRASIL, 2002); o que corrobora com o previsto no
Decreto 5.626 de 2005 que atesta o dever das mesmas instituições ao atendimento às pessoas
com deficiência auditiva, e ainda fomentar “apoio à capacitação e formação de profissionais
da rede de serviços do SUS para o uso de Libras e sua tradução e interpretação” (BRASIL,
2005).

Contudo, mesmo diante de progressos na difusão da língua de sinais, Silva et al.


(2019) afirmam que ainda há carência na fluência da LIBRAS entre a comunidade não-surda
brasileira, indicando que quanto menos pessoas souberem comunicar-se na língua de sinais,
menores serão as chances de comunicação plena do surdo, limitando-o aos próprios membros
de sua comunidade ou prejudicando-o no exercício de atividades diárias. Esse problema,
inclusive, pode causar isolamento social, que por sua vez, tem potencial para provocar
sentimento de angústia ou sofrimentos psíquicos, desencadeando possíveis transtornos
mentais.
A literatura indica ainda que uma das habilidades que norteiam a prática do
psicólogo é a capacidade de enxergar o ser humano em sua integralidade e totalidade,
considerando que os indivíduos são atravessados por sua subjetividade e por valores e
características culturais adquiridas na convivência social. Ao psicólogo cabe, portanto, uma
eficiência comunicacional, isto é, a utilização de uma mesma língua entre profissional e
paciente, a fim de promover saúde e cuidado, respeitando-o como um indivíduo
biopsicossocial (SILVA et. al., 2019).
Destaca-se, ainda, que está previsto como princípios fundamentais da prática do
psicólogo o acesso de todas as pessoas aos serviços deste profissional, bem como buscar
continuamente a aquisição de novos conhecimentos que contribuam para seu
desenvolvimento profissional e da ciência psicológica (CONSELHO FEDERAL DE
PSICOLOGIA, 2005).
Neste trabalho o atendimento ou acompanhamento psicológico é conceituado como
uma forma de tratamento à saúde do ser humano que abrange técnicas específicas como
7

acolhimento, entrevistas, aplicação de testes psicológicos, psicodiagnóstico, tratamento e


apoio terapêutico, com o objetivo de oferecer bem-estar mental, emocional e social para
aqueles que recorrem ao serviço do psicólogo (CARVALHO; PIRES, 2020; PAULIN;
LUZIO, 2009).
O problema que se quer responder a partir desta pesquisa é descobrir quais são as
dificuldades que surgem em contextos de atendimento psicológico para pessoas surdas. O
interesse em pesquisar sobre este tema surgiu da prática profissional numa escola pública do
município de Dom Eliseu no Pará com uma pessoa surda que encontrou dificuldades de
comunicação ao tentar ter acesso a um apoio pedagógico. A partir de então, houve a
curiosidade em saber se com o psicólogo poderia acontecer o mesmo. Este trabalho é
importante para o desenvolvimento profissional dos psicólogos porque, durante sua prática,
poderão encontrar surdos que busquem um tratamento psicológico e precisarão ter seu direito
à saúde atendido, sendo relevante ao profissional em saúde mental saber comunicar-se
adequadamente com essa população.
As pesquisas apontam que é fundamental tratar do apoio psicológico para as pessoas
surdas, considerando o que já está previsto na legislação federal e que faz parte do arcabouço
ético do psicólogo o atendimento de todas as pessoas que precisem do seu serviço, e ainda a
necessidade de tratar sobre este tema que é pouco pesquisado em território nacional sendo
considerado novo para muitos profissionais da saúde mental (BISOL; SIMIONI; SPERB,
2008; CAMARGOS; ÁVILLA, 2019; PEREIRA; LOURENÇO, 2017). Ressalta-se, além
disso, os benefícios que este tipo de estudo pode propiciar às comunidades surdas no acesso
ao serviço psicológico, para que ao tentarem obter seus direitos, encontrem profissionais mais
preparados na condução do tratamento de suas necessidades.
Diante do que foi exposto o objetivo geral desta pesquisa é descrever, através da
literatura consultada, possíveis dificuldades que surgem nos contextos de atendimento
psicológico para pessoas surdas, e os objetivos específicos são verificar formas para resolver
tais dificuldades e propor medidas que melhorem o tratamento psicológico ofertado para a
população surda.

METODOLOGIA
Este trabalho consiste em uma revisão de literatura. Para a sua construção foi
realizada uma pesquisa eletrônica no motor de busca Google Acadêmico
(https://scholar.google.com.br/) e Scielo (https://scielo.org/), e na base de dados da Biblioteca
Virtual em Saúde – BVS (https://bvsalud.org/). Utilizou-se o descritor “surdos” em associação
8

aos termos “psicologia”, “atendimento psicológico”, “psicoterapia”, “dificuldades em


psicologia”.
Foram considerados os seguintes critérios de seleção: 1) periódicos nacionais
publicados em língua portuguesa, 2) trabalhos publicados entre 2005 e 2020, 3) pesquisas de
campo, estudos de caso ou relatos de experiências, 4) artigos de revisão de literatura que
possuem relevância com o tema. Foram excluídos monografias, teses, dissertações e artigos
que não trataram da temática abordada.
Após a leitura do título e do resumo dos trabalhos encontrados, escolheu-se os
materiais mais relevantes. O conteúdo selecionado foi lido na íntegra e fichado, buscando
retirar de cada periódico as dificuldades surgidas em atendimentos psicológicos para pessoas
surdas.
As informações encontradas foram divididas em duas categorias “dificuldades
diretas”, ou seja, aquelas que ocorrem durante os atendimentos psicológicos e “dificuldades
indiretas”, entendidas como aquelas que existem fora da relação entre psicólogo e paciente.
Foram analisadas as frequências de dificuldades em artigos diferentes e quais são as que
apareceram mais vezes.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
O motor de busca Google Acadêmico gerou 5 artigos para o descritor “psicologia
surdos”, 2 artigos para o descritor “atendimento psicológico surdo”, 1 artigo com o descritor
“psicoterapia surdos” e 1 para “dificuldades dos surdos em psicologia”.
Na plataforma Scielo, utilizando o descritor “psicologia surdos” foram encontrados 19
artigos; com os descritores “atendimento psicológico surdos” e “psicoterapia surdos” não
foram encontrados nenhum artigo; utilizando o termo “dificuldades dos surdos em psicologia”
foram encontrados 2 artigos.
Na base de dados da BVS ao utilizar os descritores “psicologia surdos”, “atendimento
psicológico surdos” nenhum artigo foi encontrado. O termo “psicoterapia surdos” e
“dificuldades do surdo em psicologia” gerou 1 artigo cada um.
Foram encontrados um total de 32 artigos inicialmente relevantes, após a leitura dos
títulos e resumos foram selecionados 8 artigos que tratavam sobre a temática e enquadravam-
se nos critérios de seleção descritos no método. Os resultados foram os seguintes: 3 revisões
de literatura (BISOL; SIMIONI; SPERB, 2008; CAMARGOS; ÁVILA, 2019, PEREIRA;
LOURENÇO, 2017), 4 pesquisas de campo (CHAVEIRO et al., 2010; NEVES; ZATTI;
FREITAS, 2019; SANTOS; ASSIS, 2015; SILVA; CARMO, 2016), e 1 estudo de caso
9

(SILVA et al., 2019). Uma das pesquisas de campo foi realizada com uma equipe
multiprofissional (incluindo um psicólogo) e foi considerada importante para a construção dos
resultados desse trabalho. Nenhum relato de experiência foi encontrado.
Observou-se durante as pesquisas de coleta de dados que existe uma carência de
trabalhos na área entre a psicologia e a surdez no que diz respeito ao tratamento psicológico
dispensado para essa população. Os trabalhos mais publicados são de cunho pedagógico ou
educacional, e quase nunca tratam sobre atendimento psicológico para surdos. Esses dados
são evidenciados pela extensa revisão bibliográfica de Bisol, Simioni e Sperb (2008) que
indicam uma associação frequente entre a psicologia e a surdez somente em temáticas como
linguagem, cognição, família, constituição psíquica do surdo e educação.
Considerando uma pesquisa bibliográfica mais recente conduzida por Pereira e
Lourenço (2017), que trata especificamente sobre psicologia clínica e as contribuições da
literatura para a área da surdez, apenas dois artigos encontrados por esses autores foram
selecionados, um estudo sobre as implicações éticas da clínica para surdos e um relato de
experiência sobre um estágio em grupo com crianças surdas. Esses dados confirmam as
afirmações de que os estudos entre psicologia e surdez associam-se a outras áreas do
conhecimento, sobretudo a educação e inclusão social e não na área clínica ou
psicoterapêutica.
A partir dos artigos selecionados e fichados foram encontradas 6 dificuldades (ver
Apêndice), sendo que 3 destas podem enquadrar-se na categoria das dificuldades diretas e 3
na categoria das dificuldades indiretas. Na categoria de dificuldades diretas foram encontradas
as seguintes: 1) comunicação, 2) presença do intérprete no atendimento e 3) redução do
sujeito surdo a sua deficiência; na categoria de dificuldades indiretas encontrou-se 4) a
formação acadêmica deficiente do profissional de psicologia, 5) o desconhecimento do surdo
pelo serviço psicológico e 6) a falta de Políticas Públicas que efetivem os direitos a saúde da
pessoa surda. Em relação ao intérprete existem pesquisas que alertam que sua presença pode
causar também facilidade no atendimento, tais afirmações serão discutidas posteriormente
neste trabalho.
Entre as dificuldades diretas a comunicação entre psicólogo e paciente surdo é uma
das mais frequentes, aparecendo em 4 artigos (CHAVEIRO et al., 2010; NEVES; ZATTI;
FREITAS, 2019; SILVA; CARMO, 2016; SILVA et al., 2019), seguida da presença do
intérprete que aparece também em 4 artigos (CHAVEIRO et al., 2010; NEVES; ZATTI;
FREITAS, 2019; SILVA; CARMO, 2016; SILVA et al., 2019) e por último a redução do
sujeito surdo a sua deficiência que encontra-se presente em 2 trabalhos (CAMARGOS;
10

ÁVILA, 2019; SILVA; CARMO, 2016). Na categoria das dificuldades indiretas, aquelas que
mais ocorrem são: a deficiência na formação acadêmica, que é discutida em 4 artigos
(SANTOS; ASSIS, 2015; SILVA; CARMO, 2016; PEREIRA; LOURENÇO, 2017;
CHAVEIRO et al., 2010), as políticas públicas para surdos na psicologia que surge em 2
artigos (SANTOS; ASSIS, 2015; SILVA; CARMO, 2016) e o desconhecimento do sujeito
surdo pelo serviço psicológico que é explanado em 1 artigo (SILVA; CARMO, 2016). Os
resultados podem ser melhor visualizados no gráfico abaixo:

Figura 1 – Gráfico da frequência das dificuldades encontradas nos artigos.

12%
24%
6%
Comunicação
Intérprete
Redução à surdez
Formação acadêmica
24% Desconhecimento
Políticas Públicas
24%

12%

Fonte: elaborado pelo Autor (2021)

A comunicação entre psicólogo e paciente no ambiente terapêutico é fundamental para


qualquer atendimento psicológico. Contudo, ao atender uma pessoa surda o profissional pode
enxergar-se impedido de estabelecer habilidades comunicacionais com esse paciente. A
primeira dificuldade é no uso da LIBRAS, porque ou o profissional não domina essa língua
ou o próprio surdo não sabe comunicar-se com a linguagem de sinais. Chaveiro et al. (2010)
alertam que a deficiência na comunicação pode prejudicar a relação profissional/paciente, as
técnicas utilizadas na terapêutica e o tratamento do indivíduo. Contudo, faz-se importante
encontrar meios de interagir com o surdo a fim de garantir um atendimento de mais qualidade.
O ideal é que o psicólogo saiba a LIBRAS, sempre considerando a possibilidade de o
paciente comunicar-se dessa forma também. Caso não saiba, pode haver recursos que
melhorem a condução do tratamento, como a leitura labial, a escrita e o uso de desenhos
(NEVES; ZATTI; FREITAS, 2019).
11

Silva et al. (2019), criticam o que chamam de “sociedade logofonocêntrica que


valoriza e se mostra apta a compreensão do pensamento apenas pelo som” (p. 160). O
psicólogo voltado para oferecer às pessoas acesso aos seus serviços, mostra-se como um
profissional diferenciado quando importa-se com comunidades potencialmente excluídas pela
comunicação, utilizando uma língua comum durante o atendimento ao sujeito surdo.
Todos esses autores concordam que não existe um atendimento psicológico de
qualidade, se não houver meios de comunicação iguais entre psicólogo e paciente. Portanto,
aprender a LIBRAS, para ter uma língua comum com a população surda ou adquirir meios de
possibilitar tal comunicação é mostrar-se um profissional ético, responsável e preocupado
com a promoção de saúde para todos.
Quando se trata sobre a presença do intérprete de LIBRAS durante uma sessão
psicológica existe um dilema em relação a isso, porque alguns podem pensar que esse
profissional auxilia na comunicação, outros podem inferir que sua presença no setting
prejudica consideravelmente a relação entre o psicólogo e o paciente surdo.
Em relação a essas divergências de pensamentos, Silva e Carmo (2016), apontam que
o intérprete é um profissional apto técnica e eticamente para melhorar a comunicação
terapêutica, contudo alertam que a presença de uma terceira pessoa no atendimento pode
causar um impacto negativo no trabalho do psicólogo e no comportamento do paciente.
Quando se considera o estudo de caso de Chaveiro et al. (2010), esses autores
advertem para as questões éticas envolvendo o intérprete, mostrando que esse profissional
possui uma responsabilidade maior na interpretação, pois deve traduzir com exatidão a fala do
psicólogo e do paciente, o contrário pode prejudicar a escuta do profissional pelas demandas
do indivíduo e as técnicas utilizadas pelo profissional no tratamento. Ainda há outra ressalva
importante nesta questão, porque na ciência psicológica existem muitos termos específicos de
cada abordagem que não são conhecidos pelos intérpretes, de modo que uma tradução errônea
ou incompleta pode causar ainda mais prejuízos no atendimento, como os que já foram
citados.
A presença do intérprete ainda esbarra no contexto delicado do sigilo profissional, pois
o surdo pode sentir-se ansioso com a possibilidade de expor sua vida diante do tradutor ou
que sejam vazadas informações pessoais, o que pode gerar comportamentos de incômodo e
desconfiança quando existe a ocorrência de um terceiro indivíduo no atendimento
(CHAVEIRO et al., 2010; SILVA; CARMO, 2016). O ideal é que a comunicação entre o
profissional e o paciente seja eficaz e que ocorra entre eles mesmos.
12

Tratando da terceira dificuldade encontrada, uma preocupação importante que o


psicólogo precisa tomar ao atender um paciente surdo são os cuidados para não reduzi-lo
apenas a sua deficiência, ou seja, enxergar o surdo apenas pela sua surdez; é necessário
lembrar constantemente que diante de si está um ser humano com problemas, frustrações e
superações como qualquer outro. As pesquisas afirmam que as demandas do paciente surdo
quase nunca diferem das demandas do paciente ouvinte. Portanto, deve-se considerar o surdo
como um ser completo que deve ser visto e tratado a partir de uma perspectiva de inteireza,
que chamamos de biopsicossocial (NEVES; ZATTI; FREITAS, 2019; SILVA et al., 2019).
Se ocorrer essa redução da deficiência do indivíduo, o atendimento pode resumir-se
apenas ao tratamento de reabilitação enquanto sujeito não-ouvinte e não usuário das línguas
faladas com a voz (CAMARGOS; ÁVILA, 2019), o profissional acaba sendo promotor do
“logofonocentrismo” já citado neste trabalho, reforçando preconceitos associados a
comunidade surda, como os estereótipos de indivíduos incapazes ou inferiores. O psicólogo
que vê o surdo como ser humano completo e integral, como um sujeito que muda seu meio e é
mudado pela sua história, deve obter um panorama de respeito e cuidado ético, considerando
a cultura e a diversidade humana e não imitando práticas mecanicistas que se resumem a
tentativas de curas ou ao uso de medicações (SILVA; CARMO, 2016).
Existem ainda uma outra classe de dificuldades do atendimento psicológico à pessoa
surda que extrapolam os limites do ambiente terapêutico e a própria relação entre psicólogo e
paciente. Tais dificuldades encontram-se antes do atendimento, por parte do profissional, que
não aprendeu durante a formação acadêmica a atender os deficientes auditivos; ou pelo
próprio surdo, quando desconhece o serviço do psicólogo ou não sabe onde e quando deve
procurar esse profissional. Há ainda uma dificuldade social que abrange muito mais que a
psicologia e a surdez, ou seja, a criação de políticas públicas que visem o bem-estar e
promoção da saúde dessa população.
Os artigos consultados apontam que existe uma falta considerável de psicólogos aptos
para tratar das pessoas surdas, sendo este um empecilho para que esses indivíduos busquem
atendimento psicológico. Alguns currículos universitários não oferecem disciplinas, práticas
ou outros meios de aprendizagem para que o estudante qualifique-se nessa área ou adquira
habilidades básicas importantes para o atendimento aos deficientes auditivos, tampouco o
mercado de trabalho parece incentivar essas especializações (CHAVEIRO et al., 2010;
SANTOS; ASSIS, 2015).
A falta de profissionais qualificados fere o Código de Ética Profissional do Psicólogo,
quando a classe não busca aprimoramento profissional na área e nem promove a
13

integralização dos serviços para todas as populações, como previsto no referido Código
(CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, 2005).
É urgente que a graduação em psicologia coloque a LIBRAS como disciplina
obrigatória no currículo, como já é obrigatória em cursos como pedagogia e educação física.
É necessário que as instituições superiores propiciem aos estudantes conhecimentos nesta área
de atuação e que os profissionais já formados busquem capacitar-se para atender
adequadamente a essa população, considerando a luta pela inclusão social da comunidade
surda, o respeito universal aos direitos humanos, o oferecimento de tratamentos psicológicos
com qualidade e a promoção dos princípios profissionais e éticos envolvidos nesta questão
(PEREIRA; LOURENÇO, 2017; SANTOS; ASSIS, 2015; SILVA; CARMO, 2016).
Ao adentrar nas particularidades da comunidade surda, observa-se que alguns surdos
desconhecem o trabalho do psicólogo, não tendo conhecimento de onde, como e quando
procurar esse profissional, o que pode acarretar em um empecilho desse sujeito em tratar de
sua saúde mental.
Geralmente o surdo não procura o psicólogo por livre e espontânea vontade, mas
porque foi encaminhado por outro profissional, comumente um médico, que percebe a
necessidade da psicoterapia ou outras intervenções psicológicas em casos específicos de seus
pacientes. Há situações ainda em que o surdo é encaminhado, mas não consegue acessar o
serviço porque o profissional não é qualificado; e há casos comuns de surdos que são
enviados pela escola ou por algum professor, frequentemente para tratar de quadros de
transtornos de aprendizagem ou do desenvolvimento. Esses entraves fazem com que tornem-
se atípicas a presença dos surdos em clínicas psicológicas, sendo mais habitual encontrá-los
sendo atendidos por psicólogos sociais ou escolares (SILVA; CARMO, 2016).
O problema de o surdo desconhecer o trabalho psicológico ou ir até esse profissional
simplesmente porque é encaminhado poderia ser resolvido se houvessem oportunidades de
trabalhar a psicoeducação para essa população em locais onde eles já se encontram
diariamente como escolas, instituições públicas sociais ou mesmo aquelas instituições que são
específicas para a própria comunidade surda. A criação e execução de Políticas Públicas
parecem surgir então como uma alternativa de resolução dessa questão e de muitas outras que
envolvem esse contexto.
Em relação a falta de Políticas Públicas como entrave no atendimento psicológico, faz-
se importante considerar dois pontos, o primeiro está relacionado a falta de engajamento tanto
das pessoas surdas como de psicólogos e outros profissionais da saúde no fomento e criação
de tais políticas que assistam as necessidades de saúde dessa população. É necessário então
14

que haja uma organização mais estruturada para que se pense e pratique essas possibilidades
(SILVA; CARMO, 2016). O segundo ponto refere-se a estagnação de movimentos sociais
para propiciar tais benefícios, mesmo depois de décadas de Políticas Públicas voltadas para a
eliminação das exclusão sociais, as pessoas surdas continuam desassistidas nesta área, no que
diz respeito ao acesso a psicologia (SANTOS; ASSIS, 2015).
Já discutiu-se neste trabalho que a população surda brasileira é numerosa e merece
atenção integral, que existem leis específicas que garantem e apoiam o direito das pessoas
com deficiência auditiva no acesso dos serviços de saúde independente da área desejada, que
faz parte da ética do psicólogo promover um atendimento qualificado para todas as
populações e que todo ser humano deve ser considerado em sua inteireza biológica, social e
psicológica. Ademais, é necessário e urgente que todos esses direitos sejam atendidos e que a
psicologia encontre seu lugar na promoção da saúde para a comunidade surda.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesse trabalho foi realizado um resumo teórico de algumas dificuldades relacionadas
ao atendimento psicológico e a pessoa surda. Descobriu-se que não é apenas a relação
terapêutica que pode ser prejudicada por essas dificuldades, mas que há outras que excedem
os limites de um consultório e alcançam grandes áreas como a educação, a política e a
psicologia social, o que evidencia a amplitude e a relevância desse tema.
O que se espera é que esse estudo possa contribuir de alguma forma para a inclusão da
comunidade surda nos serviços psicológicos e no atendimento ao seus direitos. A discussão
proposta teve como objetivo, mas do que apenas apontar determinadas dificuldades, mas
alertar aos profissionais de psicologia, as instituições de ensino e os estudantes da área sobre a
relevância de pensar em um modo de promover saúde que integre todas as populações. Assim
como o psicólogo é preparado para atender várias demandas e sujeitos durante sua formação,
que ele também possa estar pronto para os desafios da comunicação ou quaisquer outros que
possam chegam no consultório ou em qual for seu campo de atuação.
Em relação a escassez de trabalhos nessa área, que se configura como um fator
limitador para as pesquisas, espera-se que este estudo desperte nos acadêmicos e psicólogos a
vontade de realizar novas investigações no campo do atendimento psicológico e da surdez,
para que, no futuro, haja abundância de estudos, novas áreas de pesquisa e mais conquistas
para a comunidade surda e a psicologia.
Espera-se ainda que os psicólogos ao tratarem de algum sujeito surdo, saibam
comunicar-se de forma efetiva com o indivíduo, que o considere como um ser biopsicossocial
15

e que, caso seja necessário a presença do intérprete, seja resguardado o sigilo profissional e
assegurada a qualidade das técnicas utilizadas para que o tratamento tenha o efeito pretendido.
Que os psicólogos propaguem sua ciência para a comunidade surda e não-surda, a fim de
eliminar preconceitos e promover conhecimento para todos; que obtenham uma formação
acadêmica que vise incluir o sujeito surdo e o ensino da LIBRAS, e que engaje-se em
movimentos de criação de Políticas Públicas que visem o bem-estar e a promoção de direitos
para essa população.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BISOL, Cláudia A. Bisol; SIMIONI, Janaína; SPERB, Tânia. Contribuições da Psicologia
Brasileira para o Estudo da Surdez. Psicologia: Reflexão e Crítica. Porto Alegre v. 21 n.3, p
392-400, 2008. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/prc/v21n3/v21n3a07> Acesso em:
03. ago. 2020.
BRASIL. Constituição (2002). Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras e dá
outras providências. Lei n° 10.436, 24 de abril de 2002, Brasília, DF. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10436.htm>Acesso em: 03. ago. 2020.

BRASIL. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da


Pessoa com Deficiência). Lei n° 13.146, 2015, Brasília, DF. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm.> Acesso em: 03.
Ago. 2020.

BRASIL. Regulamenta a Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua
Brasileira de Sinais - Libras, e o art. 18 da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000.
Decreto n° 5.626, 22 de dezembro de 2005, Brasília, DF.
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5626.htm> Acesso em:
03. Ago. 2020.

CAMARGOS, Gláucio Silva; ÁVILA, Lazslo Antônio. A interface da psicologia com a


surdez: uma revisão sistemática. Revista de Psicologia. Fortaleza, v. 10, n. 2. p. 148-158,
2019. Disponível em:
<http://repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/46721/1/2019_art_gscamargolaavila.pdf> Acesso
em: 03. Ago. 2020.

CHAVEIRO, Neuma; BARBOSA, Maria Alves; PORTO, Celmo Celeno; MUNARI, Denise
Bouttelet; MEDEIROS, Marcelo; DUARTE, Soraya Bianca Reis. Atendimento à pessoa surda
16

que utiliza a língua de sinais na perspectiva do profissional da saúde. Cogitare Enfermagem.


v. 15, n. 4, p. 639-645, out-dez, 2010. Disponível em:
<https://revistas.ufpr.br/cogitare/article/view/20359/13520.> Acesso em: 06 mar. 2021.

CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Código de Ética do Psicólogo. Brasília, agosto


de 2005.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Senso Demográfico. Disponível em:


<https://censo2010.ibge.gov.br/noticias-censo.html?busca=1&id=1&idnoticia=2965&t=pns-
2013-dois-anos-mais-metade-nascimentos-ocorreram-cesariana&view=noticia> Acesso em:
02. Set. 2020.

LIMA, Flávio Lúcio Almeida; CARVALHO, Ana Rosa Rebelo Ferreira, PIRES, Geanne
Moraes. Plantão psicológico como estratégia de clínica ampliada: uma revisão integrativa.
Revista Saúde e Ciência. v. 9, n. 1, p. 152-169, janeiro/abril 2020. Disponível em:
<https://rsc.revistas.ufcg.edu.br/index.php/rsc/article/view/386/380> Acesso em: 30. Ago.
2020.

NEVES, Juliana Torres Porto das; ZATTI, Cleonice; FREITAS, Lúcia Helena Machado. A
Psicoterapia Psicanalítica com pessoas surdas: peculiaridades e aproximações. Rev. Bras.
Psicoter. Porto Alegre, v. 21, n. 1, p. 39-51, 2019. Disponível em:
<https://cdn.publisher.gn1.link/rbp.celg.org.br/pdf/v21n1a04.pdf.> Acesso em: 06 mar. 2021.

PAULIN, Tathiane; LUZIO, Cristina Amélia. A Psicologia na Saúde Pública: desafios para a
atuação e formação profissional. Revista de Psicologia da UNESP. São Paulo, v. 8, n. 2, p.
98-109, 2009. Disponível em:
<http://observatoriodasauderj.com.br/wp-content/uploads/2017/05/A_Psicologia_na_Saude_P
ublica_desafios_p.pdf> Acesso em: 30. Ago. 2020.

PEREIRA, Bianca Aparecida Marques; LOURENÇO, Lélio Moura. Surdez e Psicologia


Clínica: Contribuições da literatura. 2017. Disponível em:
<https://www.psicologia.pt/artigos/textos/A1118.pdf> Acesso em: 28. Abr. 2020.

SANTOS, Jonas F.; ASSIS, Monique Ribeiro. As dificuldades do psicólogo no atendimento à


pessoa com deficiência auditiva. Conexões Psi. Rio de Janeiro, v. 3, n. 1, p. 23-33, jan/jun,
2015. Disponível em: <https://d1wqtxts1xzle7.cloudfront.net/56062346/616-2176-1-
PB_1.pdf?1521059352=&response-content disposition=inline%3B+filename
%3DAS_DIFICULDADES_DO_PSICOLOGO_NO_ATENDIME.pdf&Expires=161592480
17

9&Signature=BugbTgO5ueIuo6nbj~63ISgJq5jlIKcttCAdLWgJglB0zuOR98Cy2PH56ApS~b
VpFgir6CuPZBZkzqHFJtEDahPZ88mJZaxS1CyHO0pJ5ePys8bWeEJLOM2eoF2lESP8llJ~
KUYOD3uJ5ay5f1qv33OgC2h25h4aZdeN7KFCra6296ToocgnAs~eFdhmjRBcDPDYhW7N
Gq7oDLTB7ZkrS4oPffjMbyyQFZ6i2IazkvFXa7Qc8vpKCphshpQ3uBiQeI97U4ut5rBzfYGp
FRobBxWsClyjhyrIeS-QAbECfYSRcnlAvGpPvCv-
9jodMuRsaPV6SIqY4ybW8bGRs2A__&Key-Pair-Id=APKAJLOHF5GGSLRBV4ZA>
Acesso em: 06 mar. 2021.

SILVA, Carlan Gomes Pachêco; ALVES, Ruano de Brito; OLIVEIRA, Monique Cavalcanti
Martins; SANTANA, Aline Cristina Diniz de; COSTA, Thatyane Alice de Sousa. O sujeito
surdo e saúde mental: relato de um caso de intervenção biopsicossocial em psicoterapia. In:
AYRES, Claudiane (Org.) Alicerces e adversidades das ciências da saúde no Brasil. Ponta
Grossa: Atena, 2019. p. 158-168.

SILVA, Álon Mauricio da Silva; CARMO, Maria Beatriz Barreto do. Desafios na atenção
psicológica a surdos utilizadores da LSB em Salvador – BA. Revista Psicologia, Diversidade
e Saúde. v. 5, n. 2, p. 184-192, 2016. Disponível em:
<https://www5.bahiana.edu.br/index.php/psicologia/article/viewFile/1070/768> Acesso em:
06 mar. 2021.
18

APÊNDICE

Tabela 1 – Ficha de Extração.


Título Autores Ano de Tipo de Dificuldades
publicação pesquisa encontradas
*Observação
“Contribuições da BISOL; 2008 Revisão de *Artigo usado
Psicologia Brasileira SIMIONI; literatura para
para o Estudo da SPERB. demonstrar a
Surdez.” escassez de
trabalhos
sobre o tema.

“A interface da CAMARGOS; 2019 Revisão de 1. Redução do


psicologia com a surdez: ÁVILA. literatura sujeito
um revisão sistemática.”

“Atendimento à pessoa CHAVEIRO 2010 Revisão de 1. Comunicação


surda que utiliza a et al. literatura
2. Presença do
Língua de Sinais, na
intérprete
perspectiva do
profissional da saúde.” 3. Formação
acadêmica
deficiente

“A psicoterapia NEVES; 2019 Pesquisa de 1. Comunicação


psicanalítica com ZATTI; campo
2. Presença do
pessoas surdas: FREITAS.
intérprete
peculiaridades e
aproximações.”

“Surdez e Psicologia PEREIRA; 2017 Pesquisa de *Artigo usado


Clínica: contribuições LOURENÇO. campo para demonstrar a
da literatura.” escassez de
trabalhos sobre o
tema. 1. Formação
19

acadêmica
deficiente.

“As dificuldades do SANTOS; 2015 Pesquisa 1. Formação


psicólogo no ASSIS. de acadêmica
atendimento à pessoa campo
2. Políticas
com deficiência
Públicas
auditiva.”

“Desafios na atenção SILVA; 2016 Pesquisa 1. Comunicação


psicológica a surdos CARMO. de
2. Presença do
utilizadores da LSB em campo
intérprete
Salvador – BA.”
3. Redução do
sujeito

4. Formação
acadêmica
deficiente

5.Desconhecim
ento

6. Políticas
Públicas

“O sujeito surdo e saúde SILVA et al. 2010 Estudo 1. Comunicação


mental: um relato de um de caso
2. Presença do
caso de intervenção
intérprete
biopsicossocial em
psicoterapia.”

Fonte: Organizado pelo autor, 2021.

Você também pode gostar