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Organizadores/as:
1ª Edição
Fortaleza
UniAteneu – 2021
3
Ficha Catalográfica
Bibliotecária: Aparecida Porto - CRB-3/770
______________________________________________________________________
N494n Neuropsicopedagogia: a neurociências e suas variáveis / Organizadores
Carlos André Moura Arruda, Rosângela Couras Del Vecchio, Sílvia
Letícia Martins de Abreu. – Fortaleza: Uniateneu, V.1, 2021.
76p.
CDD: 370.1507
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Capa e Diagramação
Vitor Félix Silva de Sousa
Revisão Ortográfica
Prof. Esp. Silvia Letícia Martins de Abreu
Bibliotecária Responsável
Aparecida Porto
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PREFÁCIO
A leitura deste livro levará você em uma viagem magnífica, no que diz respeito às
dificuldades e dúvidas que você provavelmente tem sobre como usar a Neuropsicopedagogia a
favor da educação.
Este é, de fato, um livro inovador. Sua completa leitura proporcionará a você andar por
caminhos já conhecidos, porém com novo olhar. Ele vem trazendo várias propostas dentro de
uma visão inovadora sobre a atuação do Neuropsicopedagogo dentro do meio educacional.
Entre vários assuntos serão abordados temas como: Atuação e inovações do
Neuropsicopedagogo na aprendizagem, e dentro do desenvolvimento cognitivo e psicomotor;
também tentar compreender o que leva o indivíduo a ter dificuldades de aprendizagem e
desenvolvimento; além de mostrar essa atuação quando alguns aprendentes possuem
determinados distúrbios e/ou transtornos de aprendizagem como: Dislexia; Síndrome de
Tourette e Autismo.
Desta forma, O Centro Universitário Ateneu, através do seu polo da pós-
graduação, do curso de Neuropsicopedagogia, tem uma imensa satisfação em poder
ofertar através do Livro NEUROPSICOPEDAGOGIA – A NEUROCIÊNCIA E SUAS
VARIÁVEIS uma diversidade de propostas a serem usadas no processo de ensino-
aprendizagem de alunos que necessitarem de acompanhamento neuropsicopedagógico.
Aproveite bem a leitura de cada artigo e aumente seus conhecimentos dentro
dessa área tão pouco conhecida por muitos profissionais da educação.
Mãos a obra!!!
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO
APRESENTAÇÃO
Nesse livro você encontrará uma diversidade de artigos científicos criados, apresentados
e discutidos no Curso de Neuropsicopedagogia da Uniateneu, Turmas 3 e 4. Nele serão
abordados temas sobre quão importante a Neuropsicopedagogia é para o desenvolvimento do
aprendente no processo de ensino e aprendizagem. Assim como, compreender e poder refletir
sobre a atuação do neuropsicopedagogo dentro da educação.
Entre os vários desafios da educação nos deparamos com a questão da inclusão dos
aprendentes que têm dificuldades ou transtornos de aprendizagem. É nesse momento em que se
torna essencial o papel do neuropsicopedagogo e sua atuação.
Vale ressaltar que a inclusão é um direito e dever de todos. No Brasil, ela foi
regulamentada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB – Lei 9394/96 que preconiza
a igualdade de direitos na educação dos sujeitos com necessidades educacionais especiais.
Nessa linha de pensamento, os artigos deste livro trazem à tona elementos importantes
sobre neurociências, psicologia e pedagogia. No intuito de aumentar os conhecimentos daqueles
que querem ajudar os indivíduos que têm dificuldades de aprendizagem.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Neuropiscopedagogia – SBNPp, no dia 30 de
julho de 2014, decidiu-se em Assembleia extraordinária, com mais de 2/3 dos membros do
Conselho de Ética e Técnico Profissional da SBNPp, a aprovação do Art. 1º e Art. 2º, que torna
legal o Código de Ética Técnico Profissional da Neuropsicopedagogia.
Tal decisão torna possível que este profissional possa, não só se realizar no plano
individual, mas também assumir seu papel social de forma coletiva, no que diz respeito ao
atendimento de indivíduos que necessitem de auxílio de ordem clínica e institucional.
Desta forma, Através da leitura completa deste livro você poderá perceber o que diz o
Artigo 10º, do Código de Ética do Profissional da SBNPp sobre a Neuropsicopedagogia ser
uma ciência: “transdisciplinar, fundamentada nos conhecimentos da Neurociência aplicada à
educação, com interfaces da Psicologia e Pedagogia que tem como objeto formal de estudo a
relação entre cérebro e a aprendizagem humana numa perspectiva de reintegração pessoal,
social e escolar.”.
Aproveite a oportunidade que este livro te oferece e se encha de conhecimentos
enriquecedores na área da neurociência voltada para a educação; dos estudos psicológicos que
afetam a aprendizagem e nas questões de dificuldades cognitivas dentro da pedagogia.
Boa leitura!
2
Professora, Psicopedagoga e Coordenadora de Curso da Pós-graduação UNIATENEU. Especialista
em Psicopedagogia clínica e Institucional; Gestão e Didática de Ensino Superior; MBA em Gestão e
Negócios, pelo Centro Universitário Ateneu - UniATENEU; Especialista em Gestão Escolar, pela
Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA. Coordenadora Pós Ateneu; Professora da Graduação
UniATENEU; Professora do Colégio da Polícia Militar General Edgar Facó – CPMGEF.
Lattes: http://lattes.cnpq.br/2702678444760795
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RESUMO
O presente artigo vem tratar das inovações da neuropsicopedagogia no campo do
desenvolvimento cognitivo e psicomotor nas fases sensório-motor do pré-operatório,
em virtude da intencionalidade do estudo serão abordados assuntos pertinentes ao
tema voltados para o desenvolvimento da criança. A presente pesquisa tem por
objetivo geral expor como as inovações da neuropsicopedagogia tem contribuído para
o desenvolvimento cognitivo e psicomotor nas fases do sensório-motor e do pré-
operatório com crianças de o a 4 anos. Desta forma tenciona-se pontuar a relevância
das inovações da neuropsicopedagogia, assim como discutir frente a posicionamentos
de autores ao que compete o desenvolvimento cognitivo da criança, bem como
pontuar a importância do desenvolvimento psicomotor na primeira infância. A presente
pesquisa foi realizada tendo por base escritos de outros autores, tais escritos foram
coletados de livro, artigos, revistas eletrônicas e sites. Dessa forma configura-se em
um estudo bibliográfico segundo o conceito de metodologia de Gil (2017). Os
resultados são atingidos após a análise dos dados coletados dos livros, artigos,
revistas eletrônicas e sites. Constatou-se que a contribuições da neuropsicopedagogia
relatadas pelos autores de fato colaboraram para a compreensão de como o indivíduo
aprende, bem como para a elaboração de abordagens que buscam favorecer a
reiteração do individua em seus aspectos pessoais, escolares e sociais. Por fim
conclui-se que o conhecimento e a aplicação da neuropsicopedagogia é necessária
para a construção de um sistema que favoreça a aprendizagem das crianças, porém
é necessário que haja mais incentivos e capacitação dos profissionais da educação
para lidar com essa nova realidade e os conceitos que surgem com ela.
ABSTRACT
This article deals with the innovations of neuropsychopedagogy in the field of cognitive
3
Pós-graduanda do curso de Neuropsicopedagogia Clínica e Institucional do Centro Universitário
Ateneu (cintiar08@gmail.coml)
4
Pós-graduanda do curso de Neuropsicopedagogia Clínica e Institucional do Centro Universitário
Ateneu (samyhsantos20.05@gmail.com)
5 Professora Orientadora da Pós-graduação da UniAteneu, Doutora em Administração pela UNIDA e
UNIATENEU (silvia.leticia@professor.uniateneu.edu.br)
9
1 INTRODUÇÃO
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2. 1 Neuropsicopedagogia
A maior parte das transformações no cérebro ocorre logo nos primeiros anos
de vida, e é justamente nesse período que a criança aprende os sons,
coordenação motora, cores, sentimentos, etc.
Mas, tudo depende do convívio familiar e das questões fisiológicas e
biológicas, a qual deve-se levar em consideração a faixa etária. Por isso, cabe
aos pais e professores, estimular as crianças nos primeiros anos de vida a
pensar, estudar, comunicar, movimentar, memorizar e resolver situações
problemas do cotidiano, ou seja, as habilidades e competências necessárias
para a vida adulta.
Quanto ao que foi citado pela autora e a ideias de Piaget é possível afirmar que
os invariantes funcionais organização consistem na maturação do entendimento da
criança, bem como a criação de esquemas mentais, já adaptação é a capacidade da
mesma em se adaptar a estruturas mentais ou desenvolver comportamento para se
adaptar a exigências do meio através do processo de assimilação e acomodação.
Nos processos de aquisição do conhecimento descritos por Piaget, quando o
mesmo fala sobre a assimilação tenciona esclarecendo que é sobre esta base que a
criança ao receber uma nova informação a agrega os esquemas já existentes em sua
mente, assim ampliando o seu conhecimento.
Jean Piaget, anteriormente citado também é responsável pela Teoria da Equilibração,
tratando-se do ponto de equilíbrio entre os processos de assimilação e acomodação,
considerando-se uma ferramenta que regula tais processos e proporciona a criança
interações eficazes com o meio externo e interno.
Quanto a Teoria da Equilibração Piaget (1975, p.14) destaca que:
• Sensório-motor (0 – 2 anos);
• Pré-operatório (2 – 7,8 anos);
• Operatório-concreto (8 – 11 anos);
• Operatório-formal (8 – 14 anos);
SENSÓRIO-MOTOR PRÉ-OPERATÓRIO
Compreendendo o período que vai do Fase pré-operacional: Agora a criança já
nascimento até os 2 anos de idade, demonstra a habilidade de trabalhar
13
3 METODOLOGIA DA PESQUISA
A presente pesquisa foi realizada tendo por base escritos de outros autores,
tais escritos foram coletados de livro, artigos, revistas eletrônicas e sites. Dessa forma
configura-se em um estudo bibliográfico segundo o conceito de metodologia de Gil
(2017 p. 34) quando o mesmo afirma que:
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados são atingidos após a análise dos dados coletados dos livros,
artigos, revistas eletrônicas e sites. Constatou-se que a contribuições da
neuropsicopedagogia relatadas pelos autores de fato colaboraram para a
compreensão de como o indivíduo aprende, bem como para a elaboração de
abordagens que buscam favorecer a reiteração do individua em seus aspectos
pessoais, escolares e sociais.
Nesse contexto o presente trabalho explorou os conceitos de desenvolvimento
cógnito e psicomotor que nos permitiu mensurar a complexidade da mente humana.
Mediante a isso contatou-se a importância do bom desenvolvimento das habilidades
cognitivas e motoras para a evolução do indivíduo ainda na primeira infância, tomou-
se ciência que a criança é uma ser completo em seus aspectos intelectuais e sociais.
considerado profissional da
um ser aprendiz. educação deve ter
consciência desse
fato.
Brites. Quais Os Estágios Do A criança começa A criança ainda na
Luciana Desenvolvimento a generalizar os idade
(2019) Cognitivo? acontecimentos à correspondente ao
sua volta. Como estágio sensório-
resultado, as ideias motor começa e
passam a se gerencia a
cruzar em sua informação que
cabeça. O final da recebe e a ideias
fase sensomotora começa a surgir
é marcado pelo marcando fim dessa
surgimento da fala fase.
Brites. Quais São Os [...] o aspecto O movimento é algo
Luciana Aspectos motor, responsável essencial a vida
(2019) Psicomotores? pela autonomia humana, diante disso
nas habilidades é de vital importância
que lidam com a o bom
coordenação desenvolvimento das
motora fina e habilidades motoras.
grossa. Esse Uma criança que não
conjunto de tem as habilidades
faculdades é motoras bem
essencial já no trabalhada terá
desenvolvimento dificuldade no
da primeira processo de escrita.
infância.
Antônio Métodos E Técnicas A pesquisa A pesquisa foi realiza
Carlos Gil. De Pesquisa Social. bibliográfica é dentro dos padrões
(2008) elaborada com estabelecido no
base em material conceito de um
já publicado. estudo bibliográfico,
Tradicionalmente, ande todos os dados
esta modalidade forma devidamente
de pesquisa coletados de fonte
inclui material seguras, bem como
impresso, como tivesse o cuidado de
livros, revistas, indicar corretamente
jornais, teses, as fontes dos dados.
dissertações e
anais de eventos
científicos.
Le Bouch, J. O Desenvolvimento “O Esquema O esquema corporal
(1986). Psicomotor: Do Corporal é a é resultante da
Nascimento Até Os 6 organização das experiência do corpo
Anos. sensações e das sensações que
relativas ao seu experimentamos, é
próprio corpo em uma construção
18
de equilíbrio na
interação do
indivíduo com o
ambiente.
Tabela: 03 – Resultado e Discursão.
Fonte: Elaboração Própria (2020)
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa / Antonio Carlos Gil. – 6. ed. – São
Paulo: Atlas, 2017
RESUMO
O desajuste no processamento fonológico quando provoca prejuízo na compreensão
dos sons das palavras, também acarreta dificuldade de associação das letras. O que
configura a dislexia inserida dentro de uma categoria mais ampla, denominada de
"Transtornos do Neurodesenvolvimento", sendo referida como "Transtorno Específico
de Aprendizagem". Assim, o objetivo desse artigo foi apresentar as inovações da
neuropsicopedagogia para as dificuldades de aprendizagem e desenvolvimento
cognitivo do portador de dislexia. Para concretizar esse objetivo, teve-se como
metodologia uma pesquisa bibliográfica de abordagem qualitativa. Conclui-se que as
inovações da neuropsicopedagogia para as dificuldades de aprendizagem e
desenvolvimento cognitivo do portador de dislexia estão acontecendo de forma
gradual e positiva. Afinal, cada indivíduo é único e precisa de atendimento
individualizado para que se compreendam suas dificuldades e as melhores formas de
intervenção, conjuntamente, com a família e a escola. Esse compartilhamento de
responsabilidades, é bastante benéfico, possibilita que a criança tenha avanços e
consiga se alfabetizar mesmo frente às suas limitações.
ABSTRACT
The imbalance in phonological processing when it causes impairment in the
understanding of the sounds of words, also causes difficulty in associating the letters.
What constitutes dyslexia inserted into a broader category, called
"Neurodevelopmental Disorders", being referred to as "Specific Learning Disorder".
Thus, the objective of this article was to present the innovations of
neuropsychopedagogy for the learning difficulties and cognitive development of the
dyslexic patient. To achieve this objective, a bibliographic research with a qualitative
approach was used as methodology. It is concluded that the innovations of
neuropsychopedagogy for the learning difficulties and cognitive development of the
patient with dyslexia are happening gradually and positively. After all, each individual
is unique and needs individualized care to understand their difficulties and the best
forms of intervention, together with the family and the school. This sharing of
responsibilities is very beneficial, it allows the child to make progress and manage to
become literate even in the face of their limitations.
UNIATENEU. (silvialeticiacoordenacao@gmail.com)
22
1 INTRODUÇÃO
associar, com fidelidade, o símbolo gráfico e as letras ao som que elas representam
dentro das palavras (FONSECA, 1999).
Essa pesquisa se deu pelo fato da necessidade de mudanças na forma de
ensinar leitura e escrita, aceitando e se adequando a novas realidades, educandos e
metodologias que lhes facilitem esse processo de aprendizado. Em algumas crianças
há certa dificuldade no processamento fonológico, o que acarreta prejuízo na
compreensão dos sons das letras e das palavras, bem como sua plena identificação,
caracterizando a dislexia.
Diante desses fatores, o presente artigo pretende abordar o seguinte fato:
quais as inovações da neuropsicopedagogia no trato com a dislexia e sua dificuldade
de aprendizagem de leitura e escrita?
Logo, teve-se como objetivo geral apresentar as inovações da
neuropsicopedagogia para as dificuldades de aprendizagem e desenvolvimento
cognitivo do portador de dislexia. Assim, teve-se como os específicos conhecer as
inovações da neuropsicopedagogia para as dificuldades de aprendizagem e
desenvolvimento cognitivo do portador de dislexia; identificar as dificuldades de
aprendizagens da criança com dislexia; refletir sobre o desenvolvimento cognitivo da
aprendizagem da leitura e escrita.
O presente artigo está dividido em cinco seções. Na primeira trata-se da
introdução, justificativa, problemática da pesquisa e os objetivos. Na segunda seção
tem-se o referencial teórico, em que, inicialmente, é apresentada uma breve
abordagem sobre a os desafios de quem tem dislexia e outras questões relativas a
esse transtorno. Em seguida, organizou-se a metodologia utilizada nessa pesquisa.
Na quarta seção está a análise de dados, por fim, a discussões dos resultados.
Finaliza-se com a conclusão, mostrou-se que os objetivos foram atingidos, que a
metodologia foi adequada e, respondeu-se a problemática do estudo proposto.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Para Cândido (2013, p. 17), “um indivíduo com dislexia poderá não apresentar
deficiência, ele, portanto, também, não é uma criança de alto risco”. A disléxica não é
decorrente de fatores como gestação inadequada, alimentação imprópria ou
nascimento prematuro. Pode sim, ter um componente genético, exceto em caso de
acidente cérebro vascular (AVC).
A partir do diagnóstico (ou profissionais) que vai tratá-la. Entre os vários
métodos adotados, a Associação Brasileira de Dislexia aconselha a terapia
multissensorial, cumulativa e sistemática que trabalha todos os sentidos ao
mesmo tempo (como o disléxico assimila facilmente tudo que é vivenciado
concretamente, ele pode ser treinado para ler e ouvir, enquanto escreve, por
exemplo), o tratamento normalmente é feito por fonoaudiólogos,
psicopedagogos e psicólogos especializados no assunto (MOURA, 2013, p.
14).
recursos no que diz respeito às dificuldades que o aluno poderá apresentar em relação
à dislexia.
Na criança disléxica elas subsistem por longo tempo, e pode ser relativa às
25
3 METODOLOGIA
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
CONQUISTA, V. Eliana. Dislexia: Não precisa ser bom em tudo! São Paulo- 2018.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999.
NOVAIS apud CONQUISTA, V. Eliana. Dislexia: Não precisa ser bom em tudo! São
Paulo- 2018. 72p.
POSNER, Michael I.; RAICHLE, Marcus E. Imagens da mente. Porto: Porto Editora,
2001.
RODRIGUES, Sônia das Dores; CIASCA, Sylvia Maria Ciasca. Dislexia na escola:
Identificação e possibilidade de Intervenção. Rev. Pedag, ano 2, Vol 3, ago 2016.
Disponível em: 02http://www.revistapsicopedagogia.com.br/detalhes/21/dislexia-na-
escola—identificacao-e-possibilidades-de-intervencao. Acesso em: 02 dez 2020.
Ozangela Miranda11
11
Pós-graduanda do curso de Neuropsicopedagogia Clínica e Institucional do Centro Universitário
Ateneu (ozangela.mf@outlook.com)
31
RESUMO
Nesse artigo discutiremos acerca do olhar da neuropsicopedagogia sobre os
transtornos de aprendizagens e as ampliações psicossociais no desenvolvimento da
criança com síndrome de Tourette (ST), uma patologia neuropsiquiátrica, conhecida
como a doença dos tiques, uma doença rara que compromete o desenvolvimento
psicossocial, psicoafetivo e psicoeducacional do indivíduo, tem como sintomas
integrante da doença tiques motores múltiplos e vocais, os tiques podem oscilar entre
simples e complexo e geralmente se apresenta no período da infância ou na
adolescência. Essa pesquisa buscou mostrar a importância do papel da escola e da
família na vida cognitiva, emocional e social da criança ST, através do olhar do
professor, do apoio da família, a ajuda de outros profissionais especializados o aluno
pode desenvolver suas potencialidades, descobrir e aprimorar seus talentos, o
objetivo desse estudo é chamar a atenção sobre o tema proposto e ajudar na
identificação do aluno com síndrome de Tourette, apontando as vantagens de serem
reconhecidos e orientados, apresentando estratégias que melhorem o desempenho
escolar dessas crianças com a tentativa de criar condições desafiadoras que
estimulem as habilidades e aprimorem o conhecimento dos mesmos, evitando a
evasão escolar e colaborando para uma aprendizagem significativa e de qualidade.
Palavras-chave: Síndrome de Tourette, desenvolvimento, escola, família, estratégias.
ABSTRACT
In this article we will discuss about the neuropsychopedagogy view on learning
disorders and how psychosocial enhancements in the development of children with
Tourette's syndrome (ST), a neuropsychiatric pathology, known as the disease of tics,
a rare disease that compromises psychosocial, psycho-affective development and
psychoeducational of the individual, it has multiple motor and vocal tics as symptoms
of the disease, tics can oscillate between simple and complex and usually presents in
the period of childhood or adolescence. This research sought to show the importance
of the role of the school and the family in the cognitive, emotional and social life of the
ST child, through the eyes of the teacher, the support of the family, the help of other
specialized professionals the student can develop their potential, discover and to
improve their talents, the objective of this study is to call attention to the proposed
theme and help in the identification of the student with Tourette's syndrome, providing
the advantages of appearing and oriented, changing that improve the school
performance of these children with an attempt to create challenging conditions that
stimulate the skills and improve their knowledge, avoiding school dropout and
collaborating for an adequate and quality learning.
Keywords: Tourette's syndrome, development, school, family, strategies.
1 INTRODUÇÃO
12
Professora Orientadora da Pós-graduação da UniAteneu, Doutora em Administração pela UNIDA e
Doutora em Ciências da Educação pela Universidad Americana – Anhaguera – São Paulo
(dra.rosangela.delvecchio@gmail.com)
32
80% dos casos de S.T a primeira manifestação é através de tiques físicos com
movimentos bruscos e involuntários, como piscar o olho repetidas vezes, caretas,
movimentação com a cabeça e até gestos obscenos. O indivíduo com essa síndrome
possuí uma tendência em desenvolver outros tipos de transtornos como o transtorno
obsessivo compulsivo (TOC) e o distúrbio de atenção e hiperatividade (TDAH).
Não se sabe completamente as reais causas desse distúrbio, todavia, estudos
científicos apontam a existência de um componente genético e de anomalias em
neurotransmissores cerebrais designadamente na dopamina. A síndrome de Tourette
também pode ser causada por um transtorno neuropsiquiátrico genético ou ainda
neuroquímico, o fato é que os tiques podem aumentar em situação de estresse
emocional e cansaço.
No que se refere a uma criança com S.T existem diversas dificuldades
particulares enfrentadas principalmente em sala de aula, os educadores precisam ter
uma atenção especial uma vez que a criança passa a apresentar comportamentos
incomuns como cuspir, assobiar, gritar, fazer caretas, chutar, morder os lábios,
escrever a mesma palavra, piscar os olhos, bater o pé e etc. Pessoas com essa
síndrome também podem apresentar ecolalia e coprolalia. Geralmente a síndrome
de Tourette, também está associado ao Transtorno do Déficit de Atenção com
Hiperatividade (TDAH), um transtorno neurobiológico de causas genéticas
caracterizada por déficits de atenção e agitação, o TDAH causa dificuldades na
aprendizagem e no relacionamento com os demais alunos.
Tourette é uma síndrome rara e pouco conhecida que atinge apenas 1% da
população mundial, a desinformação a respeito da doença gera muito preconceito, os
rótulos e a discriminação afetam diretamente o desenvolvimento psicossocial da
criança podendo levá-la ao isolamento, ansiedade, depressão e baixo auto estima.
De acordo com o Manual DSM-V a S.T surge por volta dos 4 e 6 anos de vida
do indivíduo, por esse motivo é de extrema importância que o professor tenha um
olhar sensível e atento aos sinais demonstrados pela criança, podendo facilitar no
diagnóstico e ajudar em uma intervenção precoce com a obtenção de resultados
significativos.
Esse tema foi escolhido através de um filme chamado “O primeiro da classe”
que retrata a luta de uma pessoa com S.T da infância até a fase adulta, a história
conta todo o preconceito e humilhação que Brad Cohen protagonizado por James
Wolk teve que enfrentar por parte dos professores e colegas de classe e também de
seus familiares. Após refletir sobre o assunto senti a necessidade de aprofundar
conhecimentos sobre as dificuldades enfrentadas por crianças com síndrome de
Tourette a fim de tornar essa doença mais conhecida, e apresentar as implicações
que esse distúrbio pode causar no desenvolvimento social e cognitivo da criança.
Diante desses fatores o presente artigo pretende responder a seguinte questão:
Depois de diagnosticada, quais as estratégias que devem ser propostas para
estimular o desenvolvimento escolar e psicossocial da criança com síndrome de
Tourette?
O presente artigo tem como objetivo informar e orientar sobre a importância de
estratégias que podem ser utilizadas para que a criança com Tourette tenha um melhor
desenvolvimento intelectual e socioemocional. Assim como os objetivos específicos
buscam conscientizar a escola e a família sobre a significância de acolher e aceitar
as particularidades e especificidades de cada sujeito.
O presente artigo está dividido em 5 sessões, na primeira iremos tratar da
introdução, justificativa, a problemática da pesquisa e os objetivos. Na segunda seção
trata-se do referencial teórico, onde inicialmente é apresentada uma breve abordagem
33
2 REFERENCIAL TEÓRICO
involuntários, e que eles podem ocorrer com certa frequência podendo sofrer
alterações de intensidades entre simples ou mais bruscas, que em vez de olhares de
pena ou julgamento, os indivíduos devem ser vistos com um olhar de compreensão e
acolhimento. Os professores devem ter uma atenção especial para com a criança com
ST, uma vez que a mesma possui dificuldades particulares de aprendizagem,
comportamento e socialização, é importante que o profissional da educação conquiste
a confiança desse aluno, fazendo-o se sentir à vontade, o envolvendo e encorajando,
a empatia e o apoio do professor são imprescindíveis para um melhor rendimento
escolar da criança.
3 METODOLOGIA
Diante disso podemos entender que a síndrome de Tourette por ser uma
doença complexa pode causar vários danos na vida do indivíduo, é importante que
haja um olhar sensível, e interesse por parte da família e professores que são os
espelhos da criança em conhecer e se aprofundar nesse assunto, com o objetivo de
facilitar o diagnóstico e consequentemente o tratamento, ajudando também a criança
a saber lidar com esse distúrbio, sempre de forma compreensiva.
5 CONCLUSÃO
fazem parte da pessoa acometida por essa doença, e que o preconceito deixa marcas
dolorosas na vida do indivíduo. A Síndrome de Tourette ainda não é reconhecida como
uma deficiência, é necessário que haja uma maior visibilidade, que as pessoas
aprendam e reflitam mais acerca desse assunto.
Durante a realização do artigo, foi assumido o desafio de explorar um tema
que atualmente é pouco discutido no âmbito escolar e fora dela, visando gerar
subsídios que ampliem o conhecimento sobre o assunto escolhido gerando uma
reflexão sobre a Síndrome de Gilles de lá Tourette (ST). Um dos objetivos dessa
pesquisa foi mostrar que o olhar faz toda a diferença na aprendizagem, não só de
crianças com esse distúrbio, mas para todos os educandos.
O educador tem um papel fundamental no desenvolvendo socioemocional e
psicomotor do aluno, é através dele que a criança é reconhecida, e seu potencial seja
cognitivo ou artístico, são estimulados e encorajados. Para que se possa obter
resultados satisfatórios de aprendizagem, é fundamental espaços que estimulem as
áreas de conhecimento em que o aluno se destaca, atendimento profissional
especializado, programas que atendam esses alunos em suas áreas especificas,
professores competentes e inovadores capazes de criar estratégias que desafiem
essas crianças despertando a motivação e o desejo de evoluir seus dons e talentos
Sendo assim esse presente estudo visa melhorar a vida escolar e social da
criança com Síndrome de Tourette, ajudando a desenvolver o máximo possível suas
habilidades, contribuindo, assim, para a valorização e auto -estima no mesmo, com o
intuito de despertar no educando a vontade de dar o melhor de si, evitando o
desperdício de seus talentos, contribuindo, assim, para a qualificação do atendimento
educacional e também conscientização da família da forma como devem agir diante
do diagnóstico e durante o tratamento.
REFERÊNCIAS
DINIZ, J. B.; HOUNIE, A. G. Como é o tratamento dos tiques? In: HOUNIE, A. G.;
MIGUEL, E. C. (Org.). Tiques, cacoetes, Síndrome de Tourette: um manual para
pacientes, seus familiares, educadores e profissionais de saúde. 2 ed. Porto Alegre:
Artmed, 2012.
GILLES de La Tourette GAB. Étude sur une affection nerveuse caractérisée par de
40
RESUMO
O presente artigo aborda o assunto Autista: Inteligência emocional e intervenções na
sala de aula. Tendo como objetivo geral refletir sobre o desenvolvimento da
inteligência emocional e as intervenções na sala de aula. Assim como os específicos
visam demonstrar como desenvolver a inteligência emocional e como intervir em sala
de aula. A metodologia trata-se de revisão bibliográfica, sendo a abordagem qualitativa
através de leituras de artigos e revista. No resultado, temos os principais autores e
site que mais contribuíram para a pesquisa, confirmando que os autistas tem
capacidade de aprender , desde que todo o corpo escola esteja preparado para lhe
oferecer um ensino de qualidade.Com isso, conclui-se, que há uma série de
alternativas que podem ser usadas por pais e professores que irão ajudar o autista a
se desenvolver socialmente, reconhecer e lidar com suas emoções, assim como os
professores precisam conhecer, buscar e colocar em prática inovações que auxiliem
os autistas em suas adaptações escolares, mas é necessário que haja união entre
família e escola, para que haja uma verdadeira inclusão dos alunos autistas na rede
de ensino regular.
Palavras-chave: Autismo. Inteligência emocional. Intervenção da sala de aula.
ABSTRACT
This article addresses the subject of Autism: Emotional Intelligence and Interventions
in the Classroom. With the general objective of reflecting on the development of
emotional intelligence and interventions in the classroom. Just as the specifics aim to
demonstrate how to develop emotional intelligence and how to intervene in the
classroom. The methodology deals with bibliographic revision, being the qualitative
approach through readings of articles and magazine. In the result, we have the main
authors and website that most contributed to the research, confirming that autistic
people have the capacity to learn, as long as the entire school body is prepared to offer
you quality education. a series of alternatives that can be used by parents and teachers
that will help the autistic person to develop socially, recognize and deal with their
emotions, just as teachers need to know, seek, and put into practice innovations that
help autistic people in their school adaptations, but it is necessary that there is a union
between family and school, so that there is a real inclusion of autistic students in the
regular education network.
Keywords: Autism. Emotional intelligence. Classroom intervention.
1 INTRODUÇÃO
2 REFERENCIAL TEÓRICO
que as causas ainda não foram descobertas pela própria ciência, trazendo para a
família do indivíduo medo, insegurança, angústias por não saberem como lidar com
essas crianças, tornando o relacionamento familiar numa convivência complexa se
seus limites não forem acatados.
Desde muito tempo as emoções têm sido alvo de estudo e interesse humano
e científico em diferentes áreas do saber (KEMPER; 2004). Constantemente somos
confrontados com situações em que a emoção se encontra presente, tornando
importante aprendermos a lidar com as situações emocionais e adquirir hábitos
emocionais.
Segundo Bisquerra (2003, p. 61) a emoção é “Um estado complexo do
organismo caracterizado por uma excitação ou perturbação que predispõe a uma
resposta organizada. As emoções surgem como uma resposta a um acontecimento
externo ou interno.”
Do ponto de vista de Damásio (2003, p.28), as emoções são “(…) ações ou
movimentos, muitos deles públicos, visíveis para os outros na medida em que ocorrem
na face, na voz, em comportamentos específicos”. Nesta perspectiva, de fundamento
neurobiológico, uma emoção é ativada como reação automática a um (DAMÁSIO,
2003, p. 53) “(…) estímulo emocionalmente competente»), caracterizando-se por um
conjunto de reações químicas e neuronais específicas”.
Damásio (2003) cita algumas emoções básicas inatas ao indivíduo como o
medo, a raiva, a surpresa, a tristeza, a felicidade ou a aversão/repugnância, assim
como, emoções sociais, de que são exemplo a simpatia, o embaraço, a vergonha, a
culpa, o orgulho, a inveja, a gratidão, a admiração e o desprezo.
As emoções encontram-se presentes ao longo da vida de uma pessoa, pelo
que não deve ser ignorada e negligenciada pelos professores, quando lidam com
crianças com TEA, no qual apresentam dificuldades na comunicação e nas relações
sociais.
Assim, Varella Bruna, redatora do site Drauzio apud Construir Notícias, explica
que:
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) engloba diferentes condições
marcadas por perturbações do desenvolvimento neurológico com três
características fundamentais que podem manifestar-se em conjunto ou
isoladamente. São elas: dificuldades de comunicação por deficiência no
domínio da linguagem e no uso da imaginação para lidar com jogos
simbólicos, dificuldades de socialização e padrão de comportamento restritivo
e repetitivo. (CONSTRUIR NOTÍCIAS; abril 2020)
Sendo a dificuldade nas relações sociais uma das dificuldades dos autista, é
importante que a criança desenvolva sua inteligência emocional, onde Salovey e
Mayer (1997) apud Alves (2013, p.37) refere que
Não é só inserir um aluno autista em uma escola regular, tem que haver mediação
para auxiliar o aluno autista em suas interações sociais, ela não irá imitar as outras
crianças, a escola deve criar “mecanismos para promover as adaptações necessárias
à inclusão do aluno, às suas necessidades educacionais, às suas dificuldades e
potencialidades, a instituição deve ainda intervir para mediar situações de contato
social, buscando sempre o desenvolvimento pleno do aluno” (BIANCHI, 2017, p.32).
A escola tem o dever de acolher, trabalhar, entregar resultados aos pais; e essa
responsabilidade de formar um indivíduo que reage de forma atípica a qualquer
contato, incide sobre os professores que “se não tiver estrutura, desenvoltura, passará
por maus bocados até que ouse ir adiante à busca de alternativas que os ajude a
trabalhar com autistas”. (CONSTRUIR NOTÍCIAS, 2020. p. 22)
Diante da situação dos professores, venho através da revisão de literatura
mostrar algumas estratégias que possam ajudar na prática de profissionais da
educação. Podendo assim, “reavaliar valores e princípios com os seus alunos,
ensinando e aprendendo a conviver com as diferenças”. (CONSTRUIR NOTÍCIAS.
2020, p. 42)
Antes de qualquer intervenção, o professor precisa conhecer o seu aluno, olhar
para suas habilidades e o que ele precisa aprender, assim como seus déficits e
excessos comportamentais, a fim de que possa iniciar um trabalho apropriado, ético,
assertivo e eficaz.
Primeiramente, trabalhar com as emoções, onde os autistas precisam aprender a
compreender e gerir suas emoções.
A criança tem de ser capaz de nomear as emoções, de lhes atribuir uma
classificação, uma vez que as ajuda a transformar algo casualmente aterrador
em algo definível, que faz parte do quociente. Alguns estudos revelam que a
capacidade de rotular emoções tem um efeito calmante no sistema nervoso.
(GOTTMAN E DECLAIRE, 1997 apud ALVES, 2013, p..39)
3 METODOLOGIA
Para o presente estudo foi adotado a pesquisa bibliográfica que visa “identificar
o que foi produzido de conhecimento pela comunidade científica sobre esse tema e,
ao mesmo tempo, avaliar as principais tendências da pesquisa sobre ele”. (TREINTA,
2014, p.21).
Esse tipo de pesquisa traz informações ao que está sendo pesquisado, sob o
enfoque e perspectiva de como esse assunto está sendo tratado na literatura
científica. (BOCCATO, 2006).
Os artigos selecionados como base de informações para o presente estudo,
foram tirados em sites de busca na internet.
3.1.1. Abordagem
De acordo com Vergara e Carvalho Junior apud Treinta (2014. p.516) as citações
bibliográficas utilizadas pelo autor “contribuem para sustentar uma argumentação e
para representar as preocupações, preferências e metodologias adotadas,
sinalizando assim o quão importante é para aquele autor determinada produção
científica”.
Todo processo de pesquisa bibliográfica deve ser contínuo, verificando através
de leituras se atendem ao tema, adequando-os aos critérios de qualidade
apresentados pela sociedade acadêmica (TREINTA, 2014).
Nos tópicos acima, temos os principais autores que mais contribuíram para
essa pesquisa; o resumo encontrado na obra e a discussão relacionada com o
assunto, trazendo assim, grande contribuição para o estudo em questão.
5 CONCLUSÃO
trabalhar seu aluno autista, sabendo que haverá erros e acertos, mas é um trabalho
que exige muita perseverança.
REFERÊNCIAS
APRENDA AUTISMO: Como a ABA pode ajudar uma criança a ter sucesso em
sala de aula. Disponível em https://aprendaautismo.com.br/terapia-aba/sucesso-da-
terapia-aba-na-sala-de-aula/. Acesso em 23 de novembro de 2020.
NOVA ESCOLA: Inclusão de autistas, um direito que agora é lei. São Paulo,2013.
Disponível em https://novaescola.org.br/conteudo/57/legislacao-inclusao-autismo.
Acesso em 28 de novembro 2020.
SILVA, Thaís Valeriano da. BONINI, Luci Mendes de Melo. As inovações trazidas
55
16
Pós-graduanda do curso de Neuropsicopedagogia Clínica e Institucional do Centro Universitário
Ateneu (dantasanaltina@gmail.com)
17
Pós-graduanda do curso de Neuropsicopedagogia Clínica e Institucional do Centro Universitário
Ateneu (taliiitah.alves@gmail.com)
18
Professora Orientadora da Pós-graduação da UniAteneu, Doutora em Administração pela UNIDA e
Doutora em Ciências da Educação pela Universidad Americana – Anhaguera – São Paulo
(dra.rosangela.delvecchio@gmail.com)
56
RESUMO
A neuropsicopedagogia é uma ciência que abrange a educação de forma ampla,
buscando responder ao método tradicional de ensino, separando e aumentando as
metodologias da educação, o objetivo geral é apresentar as contribuições da
Neuropsicopedagogia na aquisição da leitura em crianças com dificuldades de
aprendizagem. Assim como os específicos visam identificar as contribuições da
neuropsicopedagogia utilizadas na educação; analisar o processo de aquisição da
leitura e memorização e investigar as dificuldades de aprendizagem. A metodologia é
a pesquisa bibliográfica exploratória e qualitativa, sendo a pesquisa bibliográfica por
meio do levantamento de teorias publicadas em livros, artigos científicos, escritos ou
eletrônicos. Os resultados são que o educador deve associar a neurociência com a
educação para obter resultados significativos na aprendizagem do aluno e que cada
criança é singular em sua aprendizagem. Desta forma, concluímos que o triunfo do
desenvolvimento da leitura e escrita se dá pela intervenção do posicionamento do
educador em despertar no aluno o encantamento pela descoberta de ler e escrever.
Palavras chaves: Neuropsicopedagogia. Aquisição da leitura. Dificuldades de
aprendizagem.
ABSTRACT
Neuropsychopedagogy is a science that encompasses education broadly, seeking to
respond to the traditional method of teaching, separating and increasing the
methodologies of education, the general objective is to present the contributions of
Neuropsychopedagogy in the acquisition of reading in children with learning difficulties.
Just as the specific ones aim to identify the contributions of neuropsychopedagogy
used in education; analyze the process of acquisition of reading and memorization and
investigate learning difficulties. The methodology is exploratory and qualitative
bibliographic research, with bibliographic research through the survey of theories
published in books, scientific articles, written or electronic. The results are that the
educator must associate neuroscience with education to obtain significant results in
the student's learning and that each child is unique in their learning. Thus, we conclude
that the triumph of the development of reading and writing occurs through the
intervention of the educator's position in awakening in the student the enchantment by
the discovery of reading and writing.
1 INTRODUÇÃO
2 REFERENCIAL TEÓRICO
De modo, que para os autores a dificuldade escolar pode ser algo de ordem
pedagógica, o transtorno de aprendizagem diz respeito a situações orgânicas que
impossibilitam o indivíduo de aprender, e a dificuldade escolar pode somar-se a fatores
emocionais, familiares, entre outros. Enquanto, os transtornos de aprendizagem
podem ser verbais e não verbais.
Para Carvalho et al (2007) os distúrbios verbais seriam relacionados às
dificuldades em ler e escrever como as dislexias, em três tipos: disfonética (indivíduos
que leem algumas palavras, mas tem dificuldades em palavras novas), deseidética
(leitura lenta) e mista, com os dois tipos apresentados. Os distúrbios não verbais têm
relação com visoespacial e incapacidade de compreensão do social. Manifestam
dificuldades táteis, motoras, em lidar com novas situações, com ausência de
problemas físicos ou emocionais. Na parte comportamental, a criança com dislexia
pode ter limitações na comunicação para expressar desejos, emoções. E, nos
distúrbios não verbais, são crianças consideradas problemáticas. Nos dois casos,
acarretam problemas escolares, por isso identificar a dificuldade permite ao professor
intervir para que o indivíduo tenha um novo vínculo com o aprendizado.
Diante do que foi exposto, pode-se dizer que o compromisso do educador é
fundamental durante as tarefas de intermediação entre os alunos e os conteúdos e a
interação entre todos os envolvidos. É preciso gerar na criança todo um interesse pelo
entendimento da representação oral para a escrita para que se possa desenvolver
uma alfabetização considerável.
3 METODOLOGIA
comportamento. A aluno.
aprendizagem desenha
a neuroplasticidade e
pode ser entendida como
um processo através do
qual o sistema nervoso
cerebral reestrutura
funcionalmente as suas
vias de processamento e
representações de
informação.
COSENZA, R. Neurociência e As neurociências não A neurociência é
M. e GUERRA, educação: como buscam modificar a uma ciência que
L. o cérebro pedagogia, muito menos surgiu na década
aprende. tem uma saída para as de 60, e os
dificuldades de progressos das
aprendizagem, contudo neurociências
buscam fundamentar as permitem um
práticas pedagógicas olhar mais
com estratégias que científico do
respeitem o desenvolvimento
funcionamento cerebral. da aprendizagem.
FERREIRO, Psicogênese da Falam sobre os aspectos As crianças vão
E.; língua escrita. linguísticos da desestabilizando
TEBEROSKY, Psicogênese da língua a hipótese silábica
A. escrita, ao descrever as até que a criança
hipóteses, seguindo uma tenha coragem
linha regular, nos três suficiente para se
períodos, percorrendo os comprometer em
níveis pré-silábico, seu novo
silábico, silábico- processo de
alfabético, alfabético. construção.
criança. as estruturas
anteriores
modificam-se
surgindo novas à
medida que a
criança cresce.
CAGLIARI, Alfabetização e Não devemos corrigir Precisamos
Carlos. linguística. demais as crianças, é motivar as
necessário permitir que crianças para que
aprendam, reflitam, elas possam
pratiquem a construir suas
autocorreção. O ato de representações,
corrigir tudo que a expressar suas
criança faz, não permite hipóteses,
que ela reflita sobre a imaginar o que
sua opção. pode ser a escrita.
Na tabela acima temos a referência dos autores que mais contribuíram para
essa pesquisa, no que concerne a área de neurociências, temos: Mietto, Blanco e
Navajas, Cosenza e Guerra; em aprendizagem: Ferreiro, Ferreiro e Teberosky,
Vygotsky, Piaget e Cagliari, como também o resumo encontrado na obra e a discussão
67
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
CAGLIARI, Carlos. Alfabetização e linguística. 10. ed. São Paulo: Scipione, 2001.
COSENZA, R. M. e GUERRA, L. Neurociência e educação: como o cérebro aprende.
68
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas,
2008.
RAQUEL ARAUJO, Do Valda Silva, et, al. Papel das Sinapses Elétricas em Crises
Epilépticas. Journal of Epilepsy and Clinical Neurophysiology, 2010. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/jecn/v16n4/06.pdf>. Acesso em 20/11/2020.
RESUMO
O presente artigo aborda assunto Autismo: A importância da intervenção
neuropsicopedagógica no contexto educacional e suas contribuições para a
aprendizagem e desenvolvimento cognitivo. Tendo como objetivo geral apresentar a
importância da intervenção neuropsicopedagógica nas instituição de ensino básica e
suas contribuições para a aprendizagem de alunos no espectro autista. Os objetivos
específicos visam mostrar a importância da intervenção neuropsicopedagógica em
escolas e suas contribuições para a aprendizagem de crianças e adolescentes
autistas. O estudo trata-se de uma pesquisa bibliográfica, tendo em vista que foram
utilizados material já publicado como: livros, artigos e teses. Concluímos que uma
intervenção neuropsicopedagógica é bastante enriquecedora para o aprendizado do
aluno com autismo tanto da criança como também do adolescente. Essa ciência
especializada na aprendizagem se faz necessária para disseminar esse novo olhar
tão indispensável para uma pedagogia integrada. É importante falar sobre o papel do
profissional da educação, discutir sobre a sua importância para o aluno.
ABSTRACT
1 INTRODUÇÃO
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Essa ciência nos mostrar que apesar de existir um processo comum a todos
os seres humanos, existem fatores que são individuais como: o contexto social e
cultural. Por tanto para as autoras Pohlmann e Moraes (2017) é exatamente essa
capacidade de compreender o processo de desenvolvimento da aprendizagem de
cada indivíduo, que temos a possibilidade de mudar e aperfeiçoar as perspectivas
educacionais e assim evidenciar que todo ser humano tem a capacidade de aprender.
Um novo campo de intervenção e especialização, onde o conhecimento
ultrapassa fronteiras e cria, com isso, novas possibilidades de aprender sobre
o aprender, ampliando olhares e oportunizando novas formas de
interrelacionar informações, conhecimentos e saberes. (Acosta, 2017. Pág.
33 apud BEAUCLAIR, 2014, p. 28).
Em 1943 Leo Kanner descreveu pela primeira vez o que hoje é o autismo
infantil, era denominado de Distúrbio Autístico do Contato Afetivo, segundo Tamanaha,
Perissinoto, Chiari (2008), comportamentais bastante específicos, foram descritos
pelo psiquiatra austríaco tais como: perturbações das relações afetivas com o meio,
solidão autística extrema, inabilidade no uso da linguagem para comunicação,
presença de boas potencialidades cognitivas, aspecto físico aparentemente, normal,
comportamentos ritualísticos, além de início precoce e incidência predominante no
sexo masculino.
As características essenciais do transtorno do espectro autista são prejuízo
persistente na comunicação social recíproca e na interação social e padrões
restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades. Esses
73
O aluno com TEA apresenta sintomas que dificultam a aprendizagem, mas não
impossibilitam. Os seus comportamentos repetitivos e ritualístico, ecolalias e déficits
no processamento sensorial tornam-se um desafio para os educadores que na sua
maioria ainda não possuem conhecimento suficiente para lidar de forma eficaz com
esses alunos. Compreender que certos comportamentos são necessários para a auto
regulação do indivíduo, ou saber que na presença de certos estímulos esse aluno vai
ter uma sobrecarga é essencial para o seu bem estar na escola.
Saber dos pais quais os sintomas que ele apresenta, se ele tem alguma
dificuldade na mudança de rotina, rituais, stims, hiper/hiposensibilidade e seu
hiperfoco que pode ajudar na aprendizagem se usado como reforçador, essas
informações ajudam a evitar situações aversivas para a criança, assim como adaptar
a sala, por exemplo ter cuidado com certos estímulos visuais, táteis ou auditivos que
podem desorganizar a criança.
A aquisição da linguagem é um dos desafios educacionais, mas não podemos
esquecer que a linguagem não é somente a fala, mas sim o conseguir dizer “o que
deseja”, para isso é importante que o professor utilize a comunicação alternativa
através de fichas ou dicas visuais, o PECS é um exemplo de método eficaz. Esse
método facilita a comunicação e a compreensão quando atividades e símbolos são
associados, BATTISTI e HECK (2016, p. 18) “o método PECS trabalha através de
cartões e figuras em que a criança consegue se expressar, pois associa a imagem
com o que ela deseja”.
As emoções e sentimentos são importantes para o aprendizado de crianças
típicas e atípicas, portanto as relações sociais também o são, é preciso ter um vínculo
aluno – professor, no autismo a interação social é reduzida e o professor terá que criar
um vínculo de confiança com a criança e ao mesmo tempo trabalha a aceitação por
parte dos outros alunos e a inclusão na sala de aula.
Avaliar o estado emocional e psicológico da criança que sofre com algum déficit
na aprendizagem é de suma importância, conversar com os pais e professores pode
contribuir para uma melhor avaliação e compreensão.
No atual contexto a ciência tem feito vários avanços no que diz respeito ao
diagnóstico do autismo e suas causas, mas ainda se tem muitos mistérios a serem
desvendados. Sabe-se que existe componentes genéticos e ambientais. Segundo
Fontenele e Lourinho (2020), o autista pode apresentar uma série de distúrbios que
sugerem uma lesão no sistema nervoso central. Outra hipótese que esses autores
trazem é do neurônio-espelho que “por neurônios-espelho compreendem-se múltiplos
circuitos neuronais especializados em executar e compreender ações e intenções de
outras pessoas, o significado social do comportamento delas e suas emoções”
(Fontenele e Lourinho, 2020, p. 6).
A neurociência, segundo Blanco e Navajas (2017), é uma área da ciência que
utiliza das disciplinas biológicas que estudam o sistema nervoso normal e patológico,
focando especialmente na anatomia e fisiologia do cérebro, reúne diversas áreas
como: teoria da informação e a semiótica, dentre outras. A neurociência está focada
no estudo do desenvolvimento cerebral, e uma de suas mais importantes funções é o
processo de aprendizagem. Esse campo da ciência trouxe diversas contribuições,
uma delas o estudo da aprendizagem que possibilitou nosso entendimento acerca do
que ocorre no cérebro e a descoberta da neuroplasticidade.
Tomazini (2017), apresenta duas importantes contribuições da neurociência: 1.
a ilimitada capacidade que o cérebro possui para aprender e se renovar; 2.as
mudanças que ocorrem no cérebro quando praticamos atividades físicas, treino
mental e em todos os momentos de nossas vidas. A aprendizagem tornou-se “a chave
do progresso e do desenvolvimento humano” (Tomazini, 2018, p. 559). Portanto é
essencial compreender que a aprendizagem é um processo que é inerente aos seres
humanos, ou seja, todos nós temos a capacidade de aprender.
autistas possuem prejuízos nessa área, o que dificulta seu aprendizado. O professor
poderá em conjunto com a família ensinar o contato visual, através de atividades
lúdicas: como dinâmicas, atividades em grupo, assim essa criança aos poucos irá
compreender melhor o que está a sua volta e como isso pode ser interessante. É
preciso estimular a independência, para que elas possam ter qualidade de vida.
Outro ponto importante que deve ser observado e trabalhado com a criança
autista, é a socialização. O autor aponta a brincadeira como um meio de
facilitar esse trabalho em grupo, principalmente os jogos, que são propícios
para descobrir os limites e valores sociais. Eles também estimulam a
interação, e consequentemente o desenvolvimento da linguagem.
(TOMAZINI, 2017, p. 561)
3.METODOLOGIA
77
4 DISCUSSÕES E RESULTADOS
desse artigo concluíram que ‘Deste modo, é preciso que o professor busque
aprofundar os conhecimentos relativos ao assunto para atuarem com crianças com
autismo”. Ou seja, os diagnósticos de autismo aumentaram e a demanda por escolas
que trabalhem a inclusão também cresceu, e o contexto educação precisa se adaptar
com urgência, assim é importante o conhecimento das bases da neurociência para
entender qual a metodologia mais adequada, entender os comportamentos,
comunicação alternativa e tantos outros conhecimentos. Com isso vê-se a importância
da escola estar atenta à necessidade de capacitar seus educadores, para que haja
inclusão e um trabalho eficaz que contribua para um desenvolvimento emocional e
social.
5 CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA