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MANUAL DO ALUNO FINAL 10º ESG Ano 1º ETP
MANUAL DO ALUNO FINAL 10º ESG Ano 1º ETP
Empreendedorismo
Manual do Aluno 11º Ano
AUTOR
Ministério de Educação de Cabo Verde
ASSINTÊNCIA TÉCNICA
UNIDO - Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial
REVISÃO E ADAPTAÇÃO
Maria dos Reis Monteiro Gomes
EDITOR
Ministério da Educação
IMPRESSÃO E ACABAMENTO:
©2016.
Ministério da Educação
APRESENTAÇÃO
Prezad@ Alun@
• Unidade 1: Empreendedorismo
• Unidade 5: Empresa
1
UNIDADE 1: EMPREENDEDORISMO
1. O QUE É SER EMPREENDEDOR(A)?.............................................................08
I. Breve introdução..........................................................................................08
II. Conceito de empreendedor.........................................................................09
III. Contexto histórico do empreendedorismo................................................10
IV. A pessoa nasce empreendedora ou torna-se empreendedora?................12
2. CARATERÍSTICAS E ATITUDES DO(A) EMPREENDEDOR(A)..........................15
3. INTRAEMPREENDEDOR(A)..........................................................................19
4. EMPREENDEDORISMO SOCIAL....................................................................23
I. Conceito........................................................................................................23
II. Qual a diferença entre o empreendedor(a) e(a) empreendedor(a) social?..23
III. Exemplos de empreendedorismo social......................................................24
6. EMPREENDEDORISMO E O MERCADO DE TRABALHO.................................28
7. IMPORTÂNCIA DO EMPREENDEDORISMO PARA A SOCIEDADE.................31
2
UNIDADE 2: DIGNIDADE DO TRABALHO
1. DIGNIDADE DO TRABALHO.........................................................................36
I. Conceito da Dignidade do Trabalho.............................................................36
II. Conceito de Trabalho..................................................................................37
III. Diferença entre Trabalho e Emprego.........................................................37
IV. Tipos de Trabalho.......................................................................................40
2. MITOS E CONVICÇÕES SOBRE A NATUREZA DO TRABALHO......................44
I. O que são mitos?..........................................................................................44
II. Mitos e convicções sobre a natureza do trabalho.........................................44
III. Mitos Culturais Baseados no Género.........................................................45
3. ESTATUTO SOCIAL DO TRABALHO................................................................51
I. Valor do trabalho..........................................................................................51
II. Atributos pessoais no trabalho para sucesso na vida.................................52
4. EMPREENDEDORISMO X EMPREGABILIDADE.............................................56
I. Conceito de Empregabilidade......................................................................56
II. Pilares da empregabilidade.........................................................................56
5. EMPREGO....................................................................................................59
I. Conceito de Emprego...................................................................................59
II. Tipos de Emprego........................................................................................59
III. Vantagens e Desvantagens do Trabalho por Conta Própria e por Conta de
Outrem...........................................................................................................61
IV. Mercado de Emprego.................................................................................62
V. Carreira Profissional.....................................................................................64
3
UNIDADE 3: IDENTIFICAÇÃO DE OPORTUNIDADES DE PROJETOS
1. IDENTIFICAÇÃO DE OPORTUNIDADES DE PROJETOS .................................72
I. Conceito de Oportunidade de Projeto.........................................................73
II. Convicções e Valores Positivos e Negativos sobre Negócios......................74
III. Importância dos Negócios.........................................................................76
IV. O Negócio e a Família.................................................................................76
V. Tipos de Necessidades.............................................................................77
VI. Identificação de oportunidades a partir de bens e serviços consumidos localmente.80
VII. Identificação de Oportunidades a partir de Problemas das Comunidades...82
VIII. Projeto e Feira Escolar..............................................................................83
2. SELEÇÃO E AMBIENTE DE OPORTUNIDADES DE PROJETOS........................86
I. Conceito da Análise FOFA..........................................................................86
II. Fatores Básicos na Seleção da Oportunidade..............................................86
III. Aplicação da Análise FOFA na Seleção de Projetos...................................88
IV. Ambiente de oportunidades de um Projeto..............................................88
V. Seleção de melhor Projeto..........................................................................89
4
UNIDADE 4: ATITUDES NO USO DO RENDIMENTO E DO TEMPO
1. CONCEITO E FORMAS DE RENDIMENTO.....................................................94
I. Conceito de Rendimento.............................................................................94
II. Formas de Rendimento...............................................................................94
III. Formas de uso de Rendimento..................................................................95
2. RELAÇÃO ENTRE CONSUMO, POUPANÇA E INVESTIMENTO.....................99
I. Relação entre o Rendimento e o Consumo...............................................99
II. Relação entre o Consumo e a Poupança.....................................................99
III. Relação entre a Poupança e o Investimento............................................100
IV. Relação entre o Consumo e o Investimento.............................................102
3. PLANO DE POUPANÇA...............................................................................104
I. Como elaborar um Plano de Poupança?.....................................................104
4. CLUBE DE POUPANÇA................................................................................108
5. ATITUDES NO USO DO TEMPO..................................................................109
I. Conceito de tempo.....................................................................................111
II. Tempo como Recurso Escasso...................................................................111
III. Ritmo de vida ou de trabalho..................................................................112
IV. Sinais de Má Gestão do Tempo................................................................113
5
UNIDADE 5: EMPRESA
1. EMPRESA..................................................................................................120
I. Conceito de Empresa.................................................................................120
II. Importância das Empresas no bem-estar da Comunidade.......................120I
II. Classificação das Empresas.......................................................................121
IV. Associativismo e sua Importância..........................................................125
2. PROCESSO DE LEGALIZAÇÃO DE EMPRESAS.............................................129
I. Formalidades Principais a cumprir na Constituição duma Empresa...........129
II. Constituição da Empresa No Dia (END)....................................................129
3. A EMPRESA, A SOCIEDADE E O MEIO AMBIENTE.....................................132
I. Relação entre a Empresa e o Meio Ambiente............................................132
II. Relação entre a Empresa e a Sociedade.....................................................132
III. Impactos da Empresa sobre o Meio Ambiente............................................134
IV. Interação entre a Empresa, a Sociedade e o Meio...................................135
UNIDADE 1 - EMPREENDEDORISMO
OBJETIVOS
I. Breve introdução
Alavancadas pelas suas ideias inovadoras, estas pessoas não têm medo de
enfrentar novos desafios e de aproveitar novas oportunidades. Estas pessoas
são designadas empreendedoras.
8
UNIDADE 1 - EMPREENDEDORISMO
Ser empreendedor(a) significa ser ousado(a), quer nos sonhos e nas am-
bições bem como na forma como busca concretizá-los. O(a) empreende-
dor(a) faz uso das suas capacidades e potencialidades para transformar,
criar e inovar conceitos e processos. Ser empreendedor(a) é ser eterna-
mente inconformista e ser capaz de ver as dificuldades como oportuni-
dades chave para o desenvolvimento pessoal, económico, político, social
e cultural.
Com certeza que deves conhecer pessoas que tenham estas caraterísticas, ou
se calhar, tu próprio identificas-te com a definição acima. Um(a) bom/boa em-
preendedora(a) é atento e observa tudo quanto lhe rodeia, pois só assim é que
consegue compreender o que faz falta, o que pode ser mudado, o que pode ser
transformado. Só assim é que surgem ideias brilhantes!
Portanto, pensa por alguns segundos! Observa tudo e todos os que estão à tua
volta e que fazem parte do teu mundo! Quantos(as) empreendedores(as) é que
tu conheces? Quais são as ideias mais geniais que transformaram a tua cidade
ou a tua sociedade?
9
UNIDADE 1 - EMPREENDEDORISMO
O termo “empreendedor”
Fonte:http://querodicas.com/wp-content/uploads/2015/04/lustre8.jpg
10
UNIDADE 1 - EMPREENDEDORISMO
O(a) empreendedor(a) age sobre algo novo, identifica uma oportunidade nova,
planea um novo empreendimento, procura os recursos necessários e luta para
concretizar o seu sonho. É otimista e insiste mesmo quando todos dizem que
a tarefa é difícil. É um agente de inovação e mudança, capaz de desencadear
o desenvolvimento económico e social.
1
Criador dos maiores programas de ensino de empreendedorismo do Brasil na educação básica e universitária. É Consultor e
Professor da Fundação Dom Cabral, Ex-Professor da UFMG, Consultor da CNI-IEL Nacional, do CNPq, e da AED (Agência de
Educação para o Desenvolvimento) e dezenas de universidades, participa com publicações nos maiores congressos nacionais
e internacionais. Dolabela é autor de nove livros.
11
UNIDADE 1 - EMPREENDEDORISMO
Segundo Pombo2:
“Ninguém nasce empreendedor. O contacto com família, escola, amigos, trabalho, sociedade
vai favorecendo o desenvolvimento de alguns talentos e características de personalidade e
bloqueando ou enfraquecendo outros. Isso acontece ao longo da vida, muitas vezes ao acaso,
pelas diversas circunstâncias enfrentadas. O empreendedor é um ser social, e assim sendo é
fruto da relação constante entre os talentos e características individuais e o meio em que vive.”
Gratificação financeira
Mas é bom reter que o proveito destas vantagens exige muito esforço, muito
trabalho, muita dedicação e, sobretudo, muita persistência, paixão, e deter-
minação em avançar custe o que custar, enfrentando os riscos e aprendendo
com os erros.
V. Conceito de Empreendedorismo
2
Adriane Alvarenga da Rocha Pombo. O que é ser empreendedor, www.bibliotecas.sebrae.com.br (junho 2016).
3
Marcos Hashimoto é professor de empreendedorismo da ESPM, consultor e palestrante, www.marcoshashimoto.com (junho 2016).
12
UNIDADE 1 - EMPREENDEDORISMO
“O empreendedorismo deve ser entendido, no seu sentido mais lato, como a capacidade para
transformar ideias em ações; O espírito e as competências de empreendedorismo podem
ser adquiridos, aprendidos e desenvolvidos por cada indivíduo; O empreendedorismo é um
importante motor de crescimento económico e de criação de emprego […]; As culturas que
valorizam e recompensam competências empresariais e condutas empreendedoras, como a
criatividade, a inovação, a iniciativa, os riscos calculados, a independência de raciocínio e a
identificação de oportunidades, bem como as qualidades de liderança, promovem a aptidão
para desenvolver novas soluções para os desafios económicos, sociais e ambientais mediante
a integração na educação de componentes do conhecimento que reúnem a teoria e a prática,
reduzindo assim as barreiras existentes entre a experiência empresarial e a educação.”
http://www.europarl.europa.eu/sides/getDoc.do?pubRef=-//EP//TEXT+REPORT+A8-2015-0239+0+DOC+XML+V0//PT (Julho 2016)
SAIBA MAIS
13
UNIDADE 1 - EMPREENDEDORISMO
3. Ter um comportamento empreendedor implica ter o desejo de mudar as coisas, de fazer algo
novo ou de melhorar o que já existe.
ATIVIDADE 1
Escolhe a opção que te parece mais correta assinalando com uma cruz
A. Ser empreendedor(a) é:
□ Gerir uma empresa
□ Fazer negócios
□ Transformar ideias em oportunidades
B. Empreendedor (a) é alguém que:
□ Transforma as oportunidades em negócio de sucesso
□ Transforma o mundo do seu jeito
□ Gasta todo o seu dinheiro em coisas banais.
ATIVIDADE 2
14
UNIDADE 1 - EMPREENDEDORISMO
Criatividade
Aceitação de riscos Autoconfiança
Energia Persistência
Habilidades
interpessoais
4
Jeffry A. Timmons é considerado uma das maiores autoridades mundiais em empreendedorismo. É Doutor em Adminis-
tração de Empresas, Professor emérito de empreendedorismo do Babson College e autor do livro New Venture Creation, um
dos dez mais da lista da revista Inc. dos EUA.
15
UNIDADE 1 - EMPREENDEDORISMO
16
UNIDADE 1 - EMPREENDEDORISMO
SAIBA MAIS
1. Boas ideias são comuns a muitas pessoas. A diferença está naqueles que conseguem
transformar as ideias em realidade, isto é implementar as ideias. A maioria das pessoas fica
apenas na “boa ideia” e não avança para a ação. O empreendedor passa do pensamento à
ação e faz as coisas acontecerem;
2. Todo(a) empreendedor(a) tem uma verdadeira Paixão por aquilo que faz. Paixão faz a
diferença. Entusiasmo e Paixão são as principais caraterísticas de um(a) empreendedor(a);
3. O(a) empreendedor (a) é aquele/aquela que consegue escolher entre várias alternativas e
não fica pensando no que deixou para trás. Sabe ter foco e fica focado(a) no que quer;
4. O(a) empreendedor(a) tem profundo conhecimento daquilo que quer e daquilo que faz e
esforça-se constantemente para aumentar esse conhecimento;
6. O(a) empreendedor(a) acredita na sua própia capacidade. Tem alto grau de autoconfiança;
8. O(a) empreendedor(a) faz uso de sua imaginação. Ele/ela imagina-se sempre vencedor;
9. O(a) empreendedor(a) tem sempre uma visão de vários cenários pela frente. Tem, na cabeça,
várias alternativas para vencer;
10. O(a) empreendedor(a) nunca se acha uma “vítima”. Ele/ela não fica parado(a), reclamando
das coisas e dos acontecimentos. Ele/ela age para modificar a realidade!
17
UNIDADE 1 - EMPREENDEDORISMO
5. Para eu ser empreendedor(a) tenho que competir comigo mesmo(a), nunca parar de lutar
pelo sucesso, acreditar que o sucesso ou fracasso dependem de mim, e encarar o insucesso
como uma oportunidade de aprender e evoluir cada vez mais.
ATIVIDADE 3
□ Criativo(a)
□ Mentiroso(a)
□ Pouco inovador(a)
B. Aponta três caraterísticas de um(a) empreendedor(a) que achas serem
mais importantes.
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
ATIVIDADE 4
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UNIDADE 1 - EMPREENDEDORISMO
3. INTRAEMPREENDEDOR(A)
Conceito de Intraempreendedor
O que é o intraempreendedorismo?
5
Gifford Pinchot III é um empresário americano, autor e co-fundador do Instituto Superior Bainbridge, atualmente chamado
Pinchot University (BGI, em 2002, a primeira escola BGI, em 2002 ( a primeira escola de pós-graduação nos Estados Unidos
para oferecer um MBA em Negócios Sustentáveis) . Atribui-se-lhe a invenção do conceito de intraempreendedorismo, a partir
de um artigo que ele e a esposa escreveram, em 1978, intitulado Intra- Empreendedorismo Corporativo, enquanto frequenta-
vam a Escola Tarrytown para os empresários, em Nova Iorque.
19
UNIDADE 1 - EMPREENDEDORISMO
• Destaca-se pela busca da novidade, não tem medo de arriscar, de não ter o
sucesso desejado;
• É autoconfiante;
• É Proativo(a) e inovador(a);
• Ele/ela tem prazer em ensinar aos outros o que sabe, gerando efeito cascata,
formando outros executivos empreendedores, pois é quase impossível uma
empresa funcionar com apenas um(a) empreendedor(a).
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UNIDADE 1 - EMPREENDEDORISMO
SAIBA MAIS
1. Procure entender num aspeto mais amplo quem são as pessoas que estão do seu lado,
transcenda dos aspetos técnicos: Qual a história de vida dessas pessoas? Tente identificar
quais foram as escolhas que elas fizeram, que riscos tomaram para realizarem as suas es-
colhas. Por exemplo: algumas pessoas passam por restrições financeiras para conseguirem
concluir a graduação desejada, ou usaram formas criativas num trabalho onde foi preciso en-
frentar bastante resistência e, mesmo assim, não desistiram;
2. Tente entender que temas são aqueles que brilham os olhos das pessoas. Para isso, não
tente enquadrar qualquer conversa, deixe-as fluírem e tente observar quais são os pontos que
as entusiasmam;
4. Estimule encontros periódicos para falar com as pessoas sobre como elas se vêem na orga-
nização, se realmente existe alinhamento entre as expetativas dos dois lados;
5. Caso não haja alinhamento, se esforce para tratar a situação com maturidade. Isso significa
que, caso alguém não se veja na organização, ela não precisa sair ou ser demitida imediata-
mente. Uma saída planificada pode garantir uma transição sem ruturas para os dois lados e
a continuação da relação, já que no futuro esse profissional poderá ter o que contribuir para
sua organização como um fornecedor, um cliente ou até novamente como um profissional da
empresa.
1. O(a) intraempreendedor(a) é aquela pessoa que empreende dentro da sua própria insti-
tuição ou local de trabalho;
21
UNIDADE 1 - EMPREENDEDORISMO
ATIVIDADE 5
ATIVIDADE 6
22
UNIDADE 1 - EMPREENDEDORISMO
4. EMPREENDEDORISMO SOCIAL
Ao pensar em empreendedorismo, normalmente, pensamos em empresas bem
sucedidas, ideias inovadoras, criação de emprego, geração de lucro e ganho
financeiros. Mas nem sempre essa associação está correta. Muitas empresas
empreendedoras têm como o seu principal objetivo a redução da pobreza e/ou
das desigualdades sociais. Outras fazem da proteção do ambiente e dos recur-
sos naturais o seu maior foco, abdicando-se de qualquer benefício financeiro.
I. Conceito
23
UNIDADE 1 - EMPREENDEDORISMO
“Do mesmo modo que os empreendedores em geral mudam a face dos negócios,
os empreendedores sociais atuam como agentes de mudança da sociedade,
aproveitando as oportunidades que outros deixam passar e melhorando os siste-
mas, inventando novas abordagens e criando soluções capazes de mudar a so-
ciedade para melhor. Enquanto um empreendedor privado pode criar indústrias
inteiramente novas, um empreendedor social propõe soluções novas para os
problemas sociais e implementa-as em grande escala”.
Caso 1:
24
UNIDADE 1 - EMPREENDEDORISMO
Bernardino sonha com um Safende seguro. O seu maior sonho é não ver mais
jovens a morrerem violentamente e a irem para a prisão.
Caso 2:
2. Esta empresa não foi criada com o objetivo de gerar lucro. Neste caso espe-
cífico, os acionistas da Grameen Danone não podem retirar qualquer dividendo
25
UNIDADE 1 - EMPREENDEDORISMO
SAIBA MAIS
Susan B. Anthony (1820-1906) Lutou pelos Direitos das Mulheres nos Estados Unidos, incluindo
o direito de controlar os bens, e ajudou a liderar o processo de aprovação da 19ª emenda.
http://portugal.ashoka.org/o-que-%C3%A9-um-empreendedor-social
Vinoba Bhave (1895-1982): Fundador e líder do Land Gift Movement (Movimento de Doação
de Terras), levou à redistribuição de mais de 17.300.000 hectares de terra para ajudar os
intocáveis e os sem-terra da Índia. Foi sucessor espiritual de Mahatma Gandhi e defensor da
Não-Violência e dos Direitos Humanos na Índia.
http://portugal.ashoka.org/o-que-%C3%A9-um-empreendedor-social
Jean Monnet (França) Responsável pela reconstrução da economia francesa após a Se-
gunda Guerra Mundial, incluindo a criação da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço
(CECA). A CECA e o Mercado Comum Europeu foram precursores diretos da União Euro-
peia.
http://portugal.ashoka.org/o-que-%C3%A9-um-empreendedor-social
Amílcar Cabral (1924-1973): Agrónomo e líder político que comandou a luta de libertação
nacional da Guiné-Bissau e Cabo Verde.
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UNIDADE 1 - EMPREENDEDORISMO
Nelson Mandela (1918-2013): O mais poderoso símbolo da luta contra o regime segrega-
cionista do Apartheid, sistema racista oficializado em 1948, e modelo mundial de resistência.
Vencedor do prémio Nobel da Paz de 1993.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Nelson_Mandela
Martin Luther King (1929-1968): Pastor protestante e ativista político estadunidense. Tor-
nou-se um dos mais importantes líderes do movimento dos direitos civis dos negros nos
Estados Unidos e no mundo.
https://www.ebiografia.com/martin_luther_king/
(julho 2016)
3. O(a) empreendedor(a) social, com a sua ação, constitui um(a) grande impulsionador(a)
da economia e contribui significativamente para a diminuição da exclusão social e demais
problemas sociais e económicos
ATIVIDADE 7
27
UNIDADE 1 - EMPREENDEDORISMO
Muitos têm tentado agarrar as oportunidades para investir, mas não conseguem.
Porque será que uns conseguem e outros não? Onde estão as oportunidades?
Como agarrá-las?
28
UNIDADE 1 - EMPREENDEDORISMO
SAIBA MAIS
“Pedro Jorge foi um dos jovens concorrentes que saiu este domingo,
dia 24, do programa ‘MasterChef Júnior’ da estação de Queluz de
Baixo.
Triste por ter abandonado a competição, mas feliz por ter participado nesta aventura, o menino
usou a sua página do Facebook para escrever um texto dedicado ao avô, que foi quem lhe
ensinou a cozinhar.
“Quis que a minha mãe me inscrevesse no ‘Master Chef Júnior’ porque gosto de cozinhar, e de
comer, como já todos perceberam, mas sobretudo para dar o meu melhor e provar ao meu avô
Zé que tudo o que ele me ensinou valeu a pena. Há coisas de que não me recordo, era muito
pequenino, mas os meus pais contam que aos 5 anos comecei a cozinhar com a ajuda do avô
que começou a perceber a minha paixão pela cozinha, pelas facas. O meu maior sonho era
ganhar o programa, surpreender o meu avô Zé, provar-lhe que tudo o que me ensinou afinal
valeu a pena. Mas não consegui. Avô, isso só significa que ainda preciso de ti, que tenho muito
para aprender. Que temos de passar ainda mais tempo juntos, que ainda tens muito para me
ensinar. Por isso, não fiques triste. Perdi o programa, mas ganhei muitos amigos e tenho a
certeza de que muitas outras coisas boas ainda estão por vir. Obrigado avô Zé!”, disse o jovem
concorrente.”
Fonte: www.noticiasaominuto.com (julho 2016)
3.O empreendedorismo não consiste somente em fazer dinheiro e se enriquecer, mas em con-
seguir a realização pessoal e o bem estar comum.
5. Tudo começa a partir de um sonho ou uma ideia que, com dedicação, trabalho árduo e paixão,
é possivel transformar o sonho ou a ideia em realidade.
29
UNIDADE 1 - EMPREENDEDORISMO
6. As caraterísticas mais importantes das boas oportunidades são diversas. Vejamos algumas:
- A demanda de mercado;
- O tamanho do mercado e o seu potencial de crescimento;
- A solidez e constância das margens de lucro e o contínuo fluxo de caixa positivo;
- Um mercado imperfeito (poucos concorrentes);
- Vácuos, deficiências, descontinuidades, baixa qualidade, tempo.
ATIVIDADE 8
Das afirmações abaixo indicadas, aponta a que julgas ser mais correta:
1. Mercado de trabalho é a relação entre o subordinado e o patrão;
ATIVIDADE 9
Qual é o teu sonho? O que vais fazer para transformar o teu sonho em reali-
dade?
30
UNIDADE 1 - EMPREENDEDORISMO
Pode-se afirmar que a riqueza de uma nação é medida pela sua capacidade
de produzir os bens e serviços necessários ao bem-estar da população. Sendo
assim, um dos principais motores da sociedade moderna é o(a) empreende-
dor(a).
É ele/ela que, através dos seus negócios, gera riqueza e bem-estar. É ele/ela
quem gera empregos e renda para as pessoas sobreviverem e consumirem os
produtos oferecidos pelas empresas.
31
UNIDADE 1 - EMPREENDEDORISMO
Não basta ser otimista, é preciso ter atitude para empreender e buscar
novas oportunidades.
6
Louis Jacques Filion é Professor Titular na Universidade de Quebéc e na Escola de Negócios HEC de Montréal (Canadá).
Em 2005 o Conselho Internacional de Pequenas Empresas atribuiu-lhe a sua mais alta distinção “Wilford White Fellow” pelas
suas contribuições no avanço do empreendedorismo no mundo. Filion já produziu uma centena de publicações, sendo uma
vintena de artigos e uma quinzena de livros. Ele é autor e co-autor de mais de 150 estudos de caso e já fez conferencias sobre
empreendedorismo nos cinco continentes
32
UNIDADE 1 - EMPREENDEDORISMO
SAIBA MAIS
“Não seja apenas mais um em seu trabalho. Seja único e bom no que faz, pois, o mercado de
trabalho está cheio de pessoas iguais. Precisamos de pessoas que façam a diferença, que pense
diferente. Precisamos de REVOLUCIONÁRIOS.”
Lucas Victor
https://pensador.uol.com.br/mercado_de_trabalho/
TRABALHE ENQUANTO
ELES DORMEM.
ESTUDE ENQUANTO
ELES SE DIVERTEM.
LUTE ENQUANTO
ELES DESCANSAM.
E DEPOIS VIVA O QUE ELES
SEMPRE SONHARAM.
@inspirando.Sucesso
https://br.pinterest.com/pin/32158584819076900/
(JUlho 2016)
1.Cada vez mais a nossa sociedade e o nosso mercado de trabalho torna-se mais exigente e
mais competitivo.
2. É preciso mudar de atitude para pudermos mudar o mundo. O mundo precisa de uma nova
visão, de novas descobertas e de novos olhares.
ATIVIDADE 10
ATIVIDADE 11
33
UNIDADE 12 - EMPREENDEDORISMO
DIGNIDADE DO TRABALHO
34
UNIDADE 2 - DIGNIDADE DO TRABALHO
OBJETIVOS
No final desta unidade o (a) aluno (a) deverá ser capaz de:
35
UNIDADE 2 - DIGNIDADE DO TRABALHO
1. DIGNIDADE DO TRABALHO
Muitos trabalhos são estigmatizados pela sociedade, sendo que muitos são
considerados, de certa forma, mais prestigiantes de que outros. Por exemplo, o
trabalho de um(a) médico(a) ou de um(a) advogado(a) é muito mais valorizado
do que o trabalho de um(a) varredor(a) de ruas ou de um limpador de esgotos,
tanto a nível do prestígio social como a nível da remuneração que recebem.
No entanto, todos estes trabalhos são de extrema importância para garantir a
saúde, a higiene e a segurança da nossa sociedade, pelo que todos, sem ex-
ceção, devem ser valorizados. Já dizia o ditado “o trabalho dignifica o Homem”,
e todo o tipo de trabalho deve ser respeitado.
Será que a Samira e a Paula valorizam ou dão importância aos seus em-
pregos? Certamente que não. Eles não dignificam os trabalhos que fazem.
Existem tantas pessoas que não valorizam os seus trabalhos, por isso acabam
por prestar serviços com pouca qualidade. Certamente, este não é o teu caso!
36
UNIDADE 2 - DIGNIDADE DO TRABALHO
Quando valorizas algo, um livro por exemplo, procuras conservá-lo muito bem
para não se rasgar. Se valorizas o que fazes, procuras fazê-lo muito bem e
com muito amor.
1. Porque é que eu estou a ler este livro, ou seja, qual é o valor ou a importância
deste livro para mim?
37
UNIDADE 2 - DIGNIDADE DO TRABALHO
Exemplos:
• Cuidar da horta lá de casa para que na época da colheita, possamos ter frutos
e vegetais saborosos;
O trabalho ajuda a adquirir competências, tais como ser responsável, ser orga-
nizado, ser criativo, entre outras. (ver figuras 1, 2, e 3).
Figura 1
38
UNIDADE 2 - DIGNIDADE DO TRABALHO
Figura 2 Figura 3
Exemplos:
Em casa - Posso e devo ajudar nas lides caseiras, ter o meu quarto limpo e
arrumado, limpar a casa de banho, lavar a louça e estar disponível sempre
que solicitado(a);
39
UNIDADE 2 - DIGNIDADE DO TRABALHO
O trabalho não prejudica a ninguém, mas sim, traz benefícios para todos. Vê
alguns exemplos:
Tal como aprendeste antes, trabalhar significa usar a tua capacidade mental
ou física, as tuas competências para produzires e/ou fazeres alguma coisa,
com qualidade e utilidade para ti e para o coletivo.
O trabalho pode ser classificado em dois tipos: Trabalho físico e trabalho men-
tal ou inteletual.
40
UNIDADE 2 - DIGNIDADE DO TRABALHO
SAIBA MAIS
Os gregos, hedonistas, por sua vez, utilizavam a palavra póiesis (inicialmente com o signifi-
cado de criação, ação, confeção, fabricação e, posteriormente, arte da poesia e faculdade
poética), que em português deu origem à palavra poesia, recuperando o sentido helénico de
atividade que revela a beleza do espírito, envolvendo, portanto, prazer e satisfação!
No livro “O Banquete” da autoria do filósofo Platão”, encontramos o termo póiesis como a ma-
neira pela qual o Homem atinge a imortalidade. Neste texto são apresentados três caminhos
para póiesis:
41
UNIDADE 2 - DIGNIDADE DO TRABALHO
A maneira como fazemos as coisas e a qualidade dos resultados que obtemos depende das
razões que nos levam a fazê-las, do nosso grau de entusiasmo e paixão ao realizá-las. Imprimi-
mos o nosso estado de espírito em tudo o que fazemos.
Encontra o significado especial do teu trabalho em relação à tua vida e à vida das pessoas que
fazem parte da tua vida em casa, na escola e na comunidade. Como te sentes em relação ao
teu trabalho? Porquê?
Procura encontrar os melhores “porquês” e “para quês”. Preenche a tua vida de póiesis e elimi-
ne o tripalium. Afinal, o fato de que possa haver dor e sofrimento em vários momentos da vida,
não pode e nem deve transformar a nossa vida numa tortura.
A vida é feita de escolhas. O que vivemos e como vivemos é sempre uma consequência
natural. Façamos as melhores escolhas, não somos prisioneiros do destino, somos poetas
da criação, co-autores da história do mundo!”.
2. O trabalho é uma atividade central na criação do bem-estar das pessoas, das comunidades
e das nações.
3. Trabalho é a utilização da capacidade física e/ou mental com a finalidade de fazer ou produzir
algo que seja benéfico para si e para todos (as) em diferentes espaços, nomeadamente, familiar,
profissional e comunitário.
6. Devo valorizar todo o trabalho que eu faço e que as outras pessoas fazem, independente-
mente de ser um trabalho remunerado ou não.
42
UNIDADE 2 - DIGNIDADE DO TRABALHO
ATIVIDADE 1
ATIVIDADE 2
ATIVIDADE 3
43
UNIDADE 2 - DIGNIDADE DO TRABALHO
Muitos justificam os sucessos dos outros dizendo que eles nasceram para tal
efeito. Por exemplo, se conseguires realizar os teus projetos com sucesso, os
outros dirão que nasceste para ser projetista.
Ninguém nasce para ser projetista. Ninguém nasce predestinado para ser seja
o que for (Professor, Mecânico, Policia, médico, etc). Cada um deve se es-
forçar em ser aquilo que deseja ser na vida. Vê a seguir alguns mitos sobre
determinados tipos de trabalho na sociedade cabo-verdiana:
44
UNIDADE 2 - DIGNIDADE DO TRABALHO
Manuela vive num dos subúrbios da cidade e é uma senhora com um nível de vida aci-
ma da média na sua zona, mas a forma como enriqueceu é o que todos na sua aldeia
ainda se perguntam. Manuela começou a vender jornais quando ainda era estudante
do ensino secundário numa das escolas secundárias, perto do seu local de residência.
Ela frequentava a escola à tarde e aproveitava as horas livres durante a manhã para
fazer este trabalho.
Manuela enfrentou muitos ‘desafios ao vender jornais; o pior foi o facto de os seus
colegas lhe chamarem alguém que não tem um trabalho específico, mas faz trabalhos
que os outros desprezam. Como Manuela valorizava o que fazia, ignorava-os e con-
centrava-se cada vez mais no seu trabalho.
Assim, para surpresa de muitos, quando Manuela estava nas férias do 12º ano foi-lhe
feita a proposta de transportar e distribuir um dos principais jornais da cidade. Ela aceitou
de boa vontade, com a ajuda de pessoas a quem deu emprego; desempenhou esse pa-
pel de modo satisfatório para os seus clientes e empregadores.
45
UNIDADE 2 - DIGNIDADE DO TRABALHO
Já reparaste que em Cabo Verde alguns trabalhos não são muitos valorizados
como por exemplo trabalho doméstico, limpeza em geral, recolha de lixo, guar-
da, e vendas ambulantes?
Há alguns anos, as mulheres não chegavam jogar futebol, alegando que este tipo
de desporto era unicamente para os homens. O cenário hoje é bem diferente,
temos equipas femininas que representam esse desporto no nosso país. Reali-
zam-se campeonatos mundiais de futebol feminino, onde as mulheres demostram
a suas capacidades. Todos podemos trabalhar de igual para igual e ter acesso às
mesmas oportunidades.
Fotos: internet
O que representam essas imagens para ti? O que provocou esta mudança?
Existem trabalhos específicos para mulheres e para homens?
46
UNIDADE 2 - DIGNIDADE DO TRABALHO
Fotos: internet
47
UNIDADE 2 - DIGNIDADE DO TRABALHO
Juntos, estes dois inovadores sonham abrir uma empresa de venda de peixe e
levar o seu comércio a todos os cantos de Cabo Verde.
48
UNIDADE 2 - DIGNIDADE DO TRABALHO
3. Em Cabo Verde, assim como em outras paragens, existem vários mitos sobre o
trabalho que impedem os cabo-verdianos e as cabo-verdianas de realizarem os seus
sonhos. Com as políticas públicas direcionadas para a problemática de igualdade e
equidade de género, os cabo-verdianos e as cabo-verdianas passaram a gozar dos
mesmos direitos de oportunidades e as nossas mulheres começaram a se sentirem
mais úteis, participando com mais dinamismo na vida social e ocupando lugares que
antes eram considerados somente para os homens.
ATIVIDADE 4
49
UNIDADE 2 - DIGNIDADE DO TRABALHO
ATIVIDADE 5
ATIVIDADE 6
ATIVIDADE 7
Estudo de Caso
50
UNIDADE 2 - DIGNIDADE DO TRABALHO
I. Valor do trabalho
51
UNIDADE 2 - DIGNIDADE DO TRABALHO
52
UNIDADE 2 - DIGNIDADE DO TRABALHO
• TRABALHO ÁRDUO
• PERSISTÊNCIA
• CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO
• INICIATIVA
Não esperes que sejas dito ou mandado. Toma a iniciativa de fazeres algo.
53
UNIDADE 2 - DIGNIDADE DO TRABALHO
SAIBA MAIS
John Ruskin (1819-1900) - “A maior recompensa pelo nosso trabalho não é o que nos pagam
por ele, mas aquilo em que ele nos transforma”.
http://kdfrases.com/autor/john-ruskin
Pablo Picasso (1881-1973) - “A inspiração existe, mas tem que encontrar você trabalhando”
http://kdfrases.com/frase/132877
Frank Lloyd Wright (1867-1959) - “Eu sei o preço do sucesso: dedicação, trabalho duro, e uma
incessante devoção às coisas que você quer ver acontecer”.
https://pensador.uol.com.br/frase/OTAwNzky/
Madre Teresa de Calcutá (1910-1997)- “Eu sei que o meu trabalho é uma gota no oceano, mas
sem ele, o oceano seria menor”.
http://kdfrases.com/frase/150216
Ayrton Sena (1960-1994) - “Eu não tenho ídolos. Tenho admiração por trabalho, dedicação e
competência”.
https://pensador.uol.com.br/frase/MTEyODg2MQ/
Simone de Beauvoir (1908-1986) - “É pelo trabalho que a mulher vem diminuindo a distância
que a separava do homem, somente o trabalho poderá garantir-lhe uma independência con-
creta“.
http://www.citador.pt/frases/e-pelo-trabalho-que-a-mulher-vem-diminuindo-a-dis-simone-de-beauvoir-1423
(Julho 2016)
1. Para além do dinheiro, existem muito mais valores ou ganhos que se podem obter,
a partir do trabalho, tais como: autoconfiança, autoemprego, reconhecimento social,
desenvolver talentos, ser útil à sociedade, melhor nível de vida, maior rendimento,
preservação da cultura e concorrência.
54
UNIDADE 2 - DIGNIDADE DO TRABALHO
ATIVIDADE 8
Indica dois tipos de valores ou ganhos obtidos por uma pessoa que
realiza os trabalhos seguintes:
a) Engraxar sapatos;
ATIVIDADE 9
55
UNIDADE 2 - DIGNIDADE DO TRABALHO
4. EMPREENDEDORISMO X EMPREGABILIDADE
I. Conceito de Empregabilidade
56
UNIDADE 2 - DIGNIDADE DO TRABALHO
SAIBA MAIS
- Visão do negócio
- Formação académica
- Domínio de um terceiro idioma
- Rede de relacionamentos atualizada
- Experiência internacional
- Leitura diária
- Facilidade de adaptação em ambientes de mudança constantes
- Flexibilidade
http://slideplayer.com.br/slide/8933217/
57
UNIDADE 2 - DIGNIDADE DO TRABALHO
ATIVIDADE 10
Aponta três caraterísticas que consideras serem importantes para a tua melhor
inserção no mercado de trabalho contemporâneo. Justifica a tua escolha.
ATIVIDADE 11
58
UNIDADE 2 - DIGNIDADE DO TRABALHO
5. EMPREGO
Quando tens uma profissão, ou seja, sabes fazer alguma coisa concreta, numa
certa área de trabalho, surge uma necessidade de uma ligação permanente
com esse trabalho. Isto é, tu precisas de um emprego para desenvolveres a
tua carreira profissional e garantires a obtenção de rendimentos para a tua
autossuficiência.
I. Conceito de Emprego
Emprego
Certamente conheces muitas pessoas que têm a sua própria carpintaria, outros
têm uma serralharia ou um estabelecimento comercial. Todos estes fazem parte
do setor privado e trabalham no autoemprego, também chamado emprego por
conta própria.
59
UNIDADE 2 - DIGNIDADE DO TRABALHO
O emprego por conta própria pode variar entre o negócio de uma única pessoa
e um negócio de grande envergadura que empregue muita gente.
Outros podem não trabalhar para o Estado, mas num privado (taxistas e em-
pregadas de limpeza por exemplo). Estes trabalham para uma outra pessoa ou
instituição, ou seja, por conta de outrem.
Emprego por conta de outrem - implica trabalhar para outra pessoa, Empresa,
Governo, Organização não Governamental, Igreja, etc., e é remunerado sob a
forma de salário numa base periódica.
60
UNIDADE 2 - DIGNIDADE DO TRABALHO
61
UNIDADE 2 - DIGNIDADE DO TRABALHO
• Agricultura;
• Pesca;
• Comércio;
• Indústria;
• Prestação de serviços.
62
UNIDADE 2 - DIGNIDADE DO TRABALHO
b) Mão de obra - É constituída por pessoas com diferentes aptidões que realizam
a oferta ou venda de serviços. Na mão de obra podemos distinguir:
63
UNIDADE 2 - DIGNIDADE DO TRABALHO
V. Carreira Profissional
64
UNIDADE 2 - DIGNIDADE DO TRABALHO
Tu não podes exercer todo o tipo de atividades. Por isso, escolhe uma profissão
de acordo com a tua inclinação ou talento.
OPORTUNIDADES DE CARREIRA
Vê o quadro abaixo:
65
UNIDADE 2 - DIGNIDADE DO TRABALHO
66
UNIDADE 2 - DIGNIDADE DO TRABALHO
Oportunidades de
Instituição Carreira Profissional
Carreira
Licenciatura em Ciências da
Docente / Gestor(a) Educacional
Educação
Licenciatura em Psicologia Psicólogo(a)
Licenciatura em Enfermagem Enfermeiro(a)
Universidade
Licenciatura em Ciências
de Cabo Verde Biólogo(a)
Biológicas
(Uni-CV)
Licenciatura em Economia e Economista, Gestor(a), Contabi-
Gestão lista
Engenheiro(a) Mecânico(a), In-
Licenciatura em Engenharias formático(a) e Engenheiro(a) de
Construção Civil
Instituto Licenciatura em Ensino de
Universitário de Estudos Cabo-verdiano e Professor(a) de Português
Educação (IUE) Português
Instituto
Superior de Licenciatura em Ciências
Jurista/Advogado(a)
Ciências Jurídi- Jurídicas
cas e Sociais (IS-
CJS)
67
UNIDADE 2 - DIGNIDADE DO TRABALHO
SAIBA MAIS
68
UNIDADE 2 - DIGNIDADE DO TRABALHO
3. No emprego por conta de outrem, a pessoa trabalha para alguém que pode ser
Empresa Privada, Governo, ONG`s, Igreja, etc. Neste tipo de emprego, há um con-
trato entre o(a) empregador(a) e o(a) empregado(a). O contrato pode ser por tempo
indeterminado ou determinado.
5. Eu posso escolher a forma como quero entrar no mercado de emprego: como em-
pregado(a), como mão de obra ou como intermediário(a) ou empresário.
ATIVIDADE 12
ATIVIDADE 13
69
UNIDADE 3 - IDENTIFICAÇÃO DE OPORTUNIDADES DE PROJETOS
OBJETIVOS
No final desta unidade o (a) aluno (a) deverá ser capaz de:
70
UNIDADE 3 - IDENTIFICAÇÃO DE OPORTUNIDADES DE PROJETOS
71
UNIDADE 3 - IDENTIFICAÇÃO DE OPORTUNIDADES DE PROJETOS
As ilhas de Santiago, Santo Antão, São Nicolau, Brava e Fogo são ideais para
quem quer aventurar-se pelas montanhas. Já a ilha de S. Vicente conquis-
ta-nos com a oferta de várias atividades culturais e recreativas.
72
UNIDADE 3 - IDENTIFICAÇÃO DE OPORTUNIDADES DE PROJETOS
Ana e Carla são duas jovens que pretendem identificar uma oportunidade de
projeto nas ilhas de Santiago e Boa Vista.
Diálogo:
Ana: - Estou há algum tempo sem emprego, por isso preciso iniciar um projeto de
autoemprego no concelho de Santa Cruz, mas não sei o que posso fazer.
Carla: - Também estou na mesma situação, porém eu pensei em fazer alguma coisa
na Boa Vista.
Carla: - Olha, o segredo é tentar. O meu avô é escultor e faz lindas esculturas. Acho
que vou abrir um local de venda de objetos desse tipo para os turistas.
Ana: - É verdade; é uma zona turística. Acabaste de me dar uma ótima ideia. Como
fiz o curso de serralheiro, vou produzir enxadas, pás e regadores. Assim, posso
vendê-los, em Santa Cruz, para os agricultores da localidade.
oportunidade nisto?”
73
UNIDADE 3 - IDENTIFICAÇÃO DE OPORTUNIDADES DE PROJETOS
Fazer negócio não significa apenas vender objetos. Toda a empresa que pro-
duz bens ou serviços também realiza um negócio.
74
UNIDADE 3 - IDENTIFICAÇÃO DE OPORTUNIDADES DE PROJETOS
A forma como percebemos a vida e tudo que nos rodeia é muito dependente
das influências externas (socioculturais) que sofremos no nosso dia a dia.
Por isso, as nossas visões acerca do negócio variam bastante de região para
região, de cultura para cultura e, por conseguinte, de pessoa para pessoa.
75
UNIDADE 3 - IDENTIFICAÇÃO DE OPORTUNIDADES DE PROJETOS
Todos nós temos algumas necessidades humanas básicas que devem ser
satisfeitas para vivermos com dignidade. Precisamos de comida, água, abri-
go, vestuário, etc. Também precisamos de uma base para sustentar as nossas
relações, paz, saúde, sentir que pertencemos a algum lugar seguro e ter liber-
dade para fazermos as nossas próprias escolhas e decisões. Se as nossas
necessidades básicas não estiverem satisfeitas, a vida torna-se difícil.
Um dos fracassos mais frequentes nos negócios tem a ver com a maneira
de gerir, gastos supérfluos, uso indevido dos recursos, retirada de produtos,
empréstimos mal parados.
Vê a tabela a seguir:
V. Tipos de Necessidades
Estima Auto-realização
77
UNIDADE 3 - IDENTIFICAÇÃO DE OPORTUNIDADES DE PROJETOS
Necessidades
Autorrealização
Necessidades
Psicológicas
Necessidades
Básicas
79
UNIDADE 3 - IDENTIFICAÇÃO DE OPORTUNIDADES DE PROJETOS
Como foi mencionado mais acima, podes usar os recursos existentes para a
produção de bens e serviços para satisfazer as necessidades das pessoas.
Como tal, constituem oportunidades porque podem ser criados projetos com
base neles.
Necessidades Projecto /
Recursos Produto
satisfeitas empresa
• Recipientes • Cozinhar • Olaria (potes, vazos e
Argila • Tijolos • Construção bindes)
• Fabrico de tijolos
• Árvores • Construção • Construção, carpintarias
• Areia & lenha, móveis • Agricultura
Terra • Alimentos • Alimentação
• Culturas
80
UNIDADE 3 - IDENTIFICAÇÃO DE OPORTUNIDADES DE PROJETOS
81
UNIDADE 3 - IDENTIFICAÇÃO DE OPORTUNIDADES DE PROJETOS
Muitas vezes acontece que nas comunidades existem problemas crónicos que
preocupam constantemente as pessoas e contribuem para piorar as condições
de vida.
Estes e mais outros, dependendo de zona para zona, podem constituir oportuni-
dades para implementação de projetos que não só te permitam ganhar dinheiro,
como também contribuir na resolução dos problemas identificados nas comu-
nidades.
82
UNIDADE 3 - IDENTIFICAÇÃO DE OPORTUNIDADES DE PROJETOS
SAIBA MAIS
1. Clientes Insatisfeitos
2. Ineficiências do Mercado
83
UNIDADE 3 - IDENTIFICAÇÃO DE OPORTUNIDADES DE PROJETOS
1.Existem várias convicções e juízos falsos acerca do negócio, o que contribui para
que muitos não apostem nele, perdendo oportunidades;
2.O negócio permite a satisfação das necessidades do(a) empreendedor(a) e da
comunidade, gera rendimentos e emprego;
3. O negócio, se for bem gerido, pode ser o garante do bem-estar familiar;
6. Os recursos são os dons naturais que possam existir na área ou localidade e podem ser:
- Recursos humanos
- Recursos financeiros
- Recursos materiais
- Tempo
- Tecnologia
- Informação
ATIVIDADE 1
ATIVIDADE 2
84
UNIDADE 3 - IDENTIFICAÇÃO DE OPORTUNIDADES DE PROJETOS
ATIVIDADE 3
ATIVIDADE 4
1. Com base nas questões colocadas, analisa o estudo de caso acima descrito:
85
UNIDADE 3 - IDENTIFICAÇÃO DE OPORTUNIDADES DE PROJETOS
Ánalise FOFA
86
UNIDADE 3 - IDENTIFICAÇÃO DE OPORTUNIDADES DE PROJETOS
F→Forças
O→Oportunidades
F→Fraquezas
A→Ameaças
87
UNIDADE 3 - IDENTIFICAÇÃO DE OPORTUNIDADES DE PROJETOS
Com base nos princípios da análise FOFA, descreve como é que o Luís pode
concretizar o seu sonho, aplicando a Análise FOFA.
O Luís deve fazer uma análise FOFA, identificando as forças, fraquezas, opor-
tunidades e ameaças no seu objetivo de participar no torneio.
Transporte
Matéria prima Fornecedores(as)
Clientes Créditos
Empreendedor(a);
Instalações;
Rivais Equipamentos; Mão de obra
Mão-de-obra;
Lei Água
Doenças Eletricidade
Com base na ilustração, tudo o que está dentro do círculo são fatores internos,
isto é, Forças ou Fraquezas. Tudo o que está fora são fatores externos, isto
é, Oportunidades ou Ameaças. Estes fatores podem favorecer ou prejudicar
o projeto.
88
UNIDADE 3 - IDENTIFICAÇÃO DE OPORTUNIDADES DE PROJETOS
O(a) empreendedor(a) deve usar as suas forças para eliminar as suas fra-
quezas e aproveitar as suas oportunidades.
89
UNIDADE 3 - IDENTIFICAÇÃO DE OPORTUNIDADES DE PROJETOS
SAIBA MAIS
3.Um bom projeto requer pouco investimento em comparação com os ganhos que vão
resultar;
4.Um projeto empresarial, se não tiver clientes, deve ser abandonado ou reformulado.
Deve também gerar lucros.
5. Devo escolher um projeto onde as minhas forças constituem o fator mais rele-
vante, através do qual eliminarei as fraquezas, vencerei as ameaças e aproveitarei
as oportunidades.
90
UNIDADE 3 - IDENTIFICAÇÃO DE OPORTUNIDADES DE PROJETOS
ATIVIDADE 5
Estudo de caso
Adriano acreditou que podia fazer este negócio devido à sua capacidade de
trabalhar muito, à sua boa compreensão das tendências do mercado, capaci-
dade para fazer o trabalho até ao fim, mesmo em circunstâncias difíceis, e
disponibilidade para correr riscos calculados. Contudo, ele notou alguns dos
fatores que podiam criar-lhe problemas, como dificuldade no funcionamento
da bomba, dificuldades de comunicação e perder a cabeça com facilidade.
Outros fatores que não lhe são favoráveis, são casos de insegurança durante
o festival, eventual ocorrência de chuva e outros imprevistos. O facto de muitas
crianças poderem não estar familiarizadas com este tipo de balões também foi
considerado uma grande ameaça ao projeto do Adriano.
a) Forças
b) Oportunidades
c) Fraquezas
d) Ameaças
Com esta análise o Adriano poderá agora avaliar as implicações dos quatro
fatores - forças, fraquezas, oportunidades e ameaças de forma completa e
integrada.
Assim, ele pode chegar a uma decisão lógica sobre a conversão ou não desta
oportunidade em projeto.
91
UNIDADE 44 -- ATITUDES
UNIDADE ATITUDES NO
NO USO
USO DO
DO RENDIMENTO
RENDIMENTO EE DO
DO TEMPO
TEMPO
92
UNIDADE 4 - ATITUDES NO USO DO RENDIMENTO E DO TEMPO
OBJETIVOS
No final desta unidade o (a) aluno (a) deverá ser capaz de:
93
UNIDADE 4 - ATITUDES NO USO DO RENDIMENTO E DO TEMPO
I. Conceito de Rendimento
O rendimento ganho pode ser sob a forma de dinheiro (como acontece agora
na maioria dos casos) ou o equivalente em bens ou serviços.
1
Pessoa que, com a ajuda de uma picareta, faz o cabouco que serve de alicerce para a construção de casas/edificios,etc
94
UNIDADE 4 - ATITUDES NO USO DO RENDIMENTO E DO TEMPO
Juros - É o retorno obtido por alguém por privar-se dos seus recursos próprios
e permitir que outra pessoa os use. Exemplos disso são os Bancos que em-
prestam dinheiro a alguém que o utiliza e depois reembolsa o montante em-
prestado com juros, ou seja, valor recebido mais o montante correspondente
ao juro. Por exemplo, um Banco pode exigir que o mutuário lhe pague 5% de
juros por mês sobre o crédito concedido.
CONSUMO
POUPANÇA
95
UNIDADE 4 - ATITUDES NO USO DO RENDIMENTO E DO TEMPO
Em Cabo Verde, muitas pessoas têm o mau hábito de guardar dinheiro de-
baixo do colchão, o que não é aconselhável nem benéfico para a economia
do país. O dinheiro deve ser guardado numa conta bancária, onde o risco de
o perder é muito baixo.
INVESTIMENTO
Poucas pessoas usam o rendimento ganho para investir. Investir implica aceitar
correr riscos.
Tudo isto é feito com a finalidade de obter lucros ou juros, melhorando desse
modo os rendimentos.
96
UNIDADE 4 - ATITUDES NO USO DO RENDIMENTO E DO TEMPO
SAIBA MAIS
1.O rendimento constitui os ganhos que um indivíduo obtém numa atividade remu-
nerada.
2. Salários, remuneração, lucros, juros e bónus são os tipos de rendimento mais co-
muns.
4. Estas formas de uso de rendimento relacionam-se entre si. Quando o consumo for
maior, a poupança fica menor ou mesmo nula.
6. O dinheiro não deve ser guardado debaixo do colchão, ele deve ser guardado no
banco e ganhas juros.
7. Deves evitar fazer gastos excessivos e começar a poupar agora para um futuro
investimento.
97
UNIDADE 4 - ATITUDES NO USO DO RENDIMENTO E DO TEMPO
ATIVIDADE 1
ATIVIDADE 2
98
UNIDADE 4 - ATITUDES NO USO DO RENDIMENTO E DO TEMPO
A poupança está ligada à prudência pois, geralmente, só consegue poupar quem conse-
guir ser económico na sua forma de consumir, evitando desperdícios e extravagâncias.
8
Mesada é uma quantia de dinheiro que alguns pais dão aos filhos para pequenas despesas do mês.
99
UNIDADE 4 - ATITUDES NO USO DO RENDIMENTO E DO TEMPO
Ser económico não significa ser “txipi9”. Ser “txipi” até um certo ponto tem
algumas vantagens, porque ao seres “txipi”, ou seja, ao controlares os teus
gastos, estarás a contribuir para o aumento da tua poupança. Não tenhas
vergonha de seres chamado “txipi” porque o teu sonho vale mais do que tudo,
vale mais do que ceder à pressão das pessoas e da comunicação social para
gastares o teu dinheiro de forma irracional. Como já dizia o velho ditado “Mais
vale prevenir do que remediar”.
100
UNIDADE 4 - ATITUDES NO USO DO RENDIMENTO E DO TEMPO
101
UNIDADE 4 - ATITUDES NO USO DO RENDIMENTO E DO TEMPO
Caro(a) aluno(a), se desejas investir no futuro tens que diminuir os teus gas-
tos (consumo). Diminuir os teus gastos não significa simplesmente comprar
menos, significa racionalizar todas as tuas dispesas que começam dentro
de casa. Por exemplo poupar nas energias elétricas e no consumo de água,
poupar nas saídas noturnas, poupar nas festas, enfim, evitar gastos exagerados
que poderão ser canalizados para uma poupança. Isto permite-te mais tarde
usar estas poupanças para possíveis projetos de investimento.
Temos vários casos de sucessos na nossa sociedade de pessoas que, com mui-
to esforço, fizeram uma poupança no seu dia a dia e conseguiram investir em
grandes negócios com grandes impactos na sociedade cabo-verdiana. É o caso
acima relatado da proprietária da empresa yogurel sediada na capital do país.
É de se concluir que quanto maior for o teu consumo, menor será a tua
capacidade de investimento.
SAIBA MAIS
O Dia Mundial da Poupança foi criado com o intuito de alertar os consumidores para a ne-
cessidade de disciplinar gastos e de amealhar alguma liquidez, de forma a evitar situações de
sobreendividamento. A ideia de criar uma data especial para promover a noção de poupança
surgiu em Outubro de 1924, durante o primeiro Congresso Internacional de Economia, em
Milão. Todos os anos são organizadas diferentes atividades neste dia.
Muitos pessoas alegam que não fazem qualquer tipo de poupança, diária, semanal, mensal
ou anual. Contudo, alguns estudos mostram que é em períodos de crise que se registam os
maiores índices de poupança. Empresas e famílias fazem esforços para reduzirem custos e
conseguirem poupar.
Fonte: http://www.calendarr.com/
102
UNIDADE 4 - ATITUDES NO USO DO RENDIMENTO E DO TEMPO
7. Também eu tenho que poupar e evitar gastos exagerados. Eu devo gastar com mais
prudência e poupar com mais firmeza e determinação.
ATIVIDADE 3
ATIVIDADE 4
103
UNIDADE 4 - ATITUDES NO USO DO RENDIMENTO E DO TEMPO
3. PLANO DE POUPANÇA
Muitos dos teus projetos podem falhar se não forem bem planificados. Para
desenvolveres uma atitude de poupança, tens que planear adequadamente o
uso do teu rendimento. Uma vez que as necessidades (despesas) são normal-
mente superiores ao rendimento, precisas estabelecer prioridades e distribuir
o rendimento de modo a ficares com um saldo que possas poupar.
1ª Etapa 2ª Etapa
Prever como, quando e quan- Fixar um orçamento e escolher as prioridades das
to rendimento vais obter num tuas necessidades. Para tal deves:
determinado período. - Listar as tuas necessidades.
Para isto, tens que fazer uma - Fixar o que pretendes com a poupança.
previsão. - Determinar quanto custa cada necessidade.
Planear uma ação - decidir o - Verificar o custo total das necessidades em relação
que fazer, como fazer e quan- aos teus rendimentos e verificar se o saldo está de
do fazer. acordo com as metas de poupança
- Fazer uma revisão das prioridades, das despesas e
das metas de poupança, de modo a assegurares que
estão cobertas pelos rendimentos.
- Escolher quais são as formas e periodicidade de
poupanças que vais fazer.
A Sra Josefa quer comprar uma televisão Plasma LED, para a casa, que cus-
ta 50. 400$00 (cinquenta mil e quatrocentos escudos), por ocasião do Natal.
Depois de avaliar o seu rendimento, concluiu que pode poupar mensalmente
cerca de 4. 200$00 (quatro mil e duzentos escudos escudos)
104
UNIDADE 4 - ATITUDES NO USO DO RENDIMENTO E DO TEMPO
2ª Etapa
Mensal
Meses 1ª 2ª 3ª 4ª Acumulado
Semana Semana Semana Semana
Janeiro
1050$ 1050$ 1050$ 1050$ 4.200$00 4200$00
Fevereiro
1050$ 1050$ 1050$ 1050$ 4.200$00 8.400$00
Março
1050$ 1050$ 1050$ 1050$ 4.200$00 12.600$00
Abril
1050$ 1050$ 1050$ 1050$ 4.200$00 16.800$00
Maio
1050$ 1050$ 1050$ 1050$ 4.200$00 21.000$00
Junho
1050$ 1050$ 1050$ 1050$ 4.200$00 25.200$00
Julho
1050$ 1050$ 1050$ 1050$ 4.200$00 29.400$00
Agosto
1050$ 1050$ 1050$ 1050$ 4.200$00 33.600$00
Setembro
1050$ 1050$ 1050$ 1050$ 4.200$00 37.800$00
Outubro
1050$ 1050$ 1050$ 1050$ 4.200$00 42.000$00
Novembro
1050$ 1050$ 1050$ 1050$ 4.200$00 46.200$00
Dezembro
1050$ 1050$ 1050$ 1050$ 4.200$00 50.400$00
Este exemplo ilustra que, se fores capaz de poupar, por exemplo, 1.050$00
(mil e cinquenta escudos) por semana, a partir de Janeiro, no final do ano, vais
acumular 50. 400$00 (cinquenta mil e quatrocentos escudos).
105
UNIDADE 4 - ATITUDES NO USO DO RENDIMENTO E DO TEMPO
SAIBA MAIS
Uma das definições mais antigas em economia é o conceito de poupança, que basicamente,
define esta como a parte do rendimento que não é gasto com o consumo. O conceito matemáti-
co de poupança simplifica ainda mais esta definição pois subtrai rendimento com consumo,
nomeadamente:
Olhando atentamente para esta fórmula matemática, concluímos que a poupança é tanto supe-
rior quanto maior for o rendimento ou menor o consumo, ou seja, aumentando o rendimento em
relação ao consumo, podemos ter uma poupança superior, e reduzindo o consumo em relação
ao rendimento, podemos ter igualmente uma poupança superior.
O rendimento influencia o consumo, permitindo, assim, criar uma espécie de relação direta. Por
outras palavras, um aumento do rendimento leva, na grande maioria das vezes, a aumento de
consumo, tornando fraca a possibilidade de poupança, retirando o efeito de proporcionalidade
à primeira vista existente.
A poupança das famílias acaba por desenvolver outras áreas da economia. Quando as famílias
conseguem poupar dinheiro para constituir poupanças junto dos Bancos, estão literalmente a
financiar a economia. Poupança é o motor da economia familiar e da economia global.
106
UNIDADE 4 - ATITUDES NO USO DO RENDIMENTO E DO TEMPO
ATIVIDADE 5
Estudo de caso
Elias, o órfão!
Elias Júnior é um órfão criado pela avó que é pobre. Os pais de Elias Júnior
morreram, há cinco anos, em circunstâncias pouco claras. Embora vivessem
na cidade e tivessem muitos bens, não trouxeram nada; trouxeram Elias à avó
literalmente sem nada.
Aos nove anos, Elias estava a trabalhar, fazendo trabalhos eventuais no seu
bairro, para arranjar comida e algum dinheiro para comprar roupa para ele e
para a avó. Quando Elias estava na segunda classe, os outros meninos da
sua idade estavam na quarta. Felizmente, ele estava consciente disto e deci-
dido a trabalhar com força.
Quando Elias tinha apenas onze anos, aconteceu um novo incidente infe-
liz; desta vez, foi a sua avó que faleceu, deixando-o sozinho. Este incidente
deixou Elias sem nada, pois tinha que trabalhar para ter roupa, comida, pagar
as propinas e outras necessidades. A situação agravou-se devido à cobiça de
alguns colegas da zona, que queriam tirar o pequeno terreno deixado pela
avó de Elias.
107
UNIDADE 4 - ATITUDES NO USO DO RENDIMENTO E DO TEMPO
4. CLUBE DE POUPANÇA
O clube de poupança é um projeto escolar que deve ser liderado por ti e com
os teus colegas de turma, classe ou escola, com a supervisão do (a) teu/tua
professor (a).
2ª. Criar uma estrutura associativa - o clube de poupança deve ser liderado
por um órgão diretivo encabeçado por um presidente do clube, ambos eleitos
por voto pela assembleia de todos alunos envolvidos. Deve haver tesoureiro e
um conselho fiscal para fiscalizar o trabalho da direção.
3ª. Implementação – Decidir quanto é que cada membro ou aluno (a) vai
contribuir e em que período. Recolher as contribuições e depositar num Ban-
co ou na caixa da Direção da Escola ou num outro local seguro. O montante
poupado pode ser usado para:
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UNIDADE 4 - ATITUDES NO USO DO RENDIMENTO E DO TEMPO
SAIBA MAIS
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UNIDADE 4 - ATITUDES NO USO DO RENDIMENTO E DO TEMPO
2. Existem três formas principais de uso dos rendimentos obtidos: consumo, poupança
e investimento. Estas formas de uso dos rendimentos relacionam-se entre si. Quando
o consumo for maior, a poupança fica menor ou mesmo nula.
3. Posso poupar investindo num bom negócio que me dará lucro ou fazendo emprés-
timo e reembolso com juros.
6.O clube de poupança é uma atividade prática, que permite combater e vencer os
mitos e preconceitos com relação à poupança e o uso de dinheiro.
ATIVIDADE 6
Estudo de caso
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UNIDADE 4 - ATITUDES NO USO DO RENDIMENTO E DO TEMPO
I. Conceito de tempo
O tempo é um recurso muito importante porque o ser humano tem uma es-
perança de vida limitada. Tudo o que tens a fazer, tem que ser dentro dessa
vida que, em muitos casos, não ultrapassa os cem anos. Outros seres vivos
têm mais e outros têm menos esperança de vida.
Para além de seres aluno (a), certamente tens outras ocupações. Muitas vezes,
enfrentas um conflito entre a quantidade de atividades que tens para cumprir
e o tempo disponível.
Planeando de forma eficiente o uso do teu tempo, podes fazer mais em
menos tempo.
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UNIDADE 4 - ATITUDES NO USO DO RENDIMENTO E DO TEMPO
Cada pessoa tem o seu próprio relógio interno que o ajuda a definir o seu
ritmo de vida. Ficar cansado, sentir-se fresco ou voltar a ficar cansado é uma
questão muito pessoal. Se quiseres trabalhar com eficácia, tenta conhecer
bem o teu próprio ritmo.
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UNIDADE 4 - ATITUDES NO USO DO RENDIMENTO E DO TEMPO
Para planear bem o teu tempo, tens que aprender a dizer “não” para
algumas atividades. O “não” poderá trazer vários benefícios. No entanto,
é preciso estares consciente de que um “não” mal utilizado pode trazer uma
série de consequências negativas. Por isso, pensa bem antes de negares
uma atividade.
• ATITUDE PROATIVA
• ATITUDE REATIVA.
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UNIDADE 4 - ATITUDES NO USO DO RENDIMENTO E DO TEMPO
3ª. Solução: Aplicar o pensamento criativo para gerar várias alternativas e es-
colher as melhores ideias com base em critérios para eliminar o obstáculo
identificado e atingir o objetivo desejado;
114
UNIDADE 4 - ATITUDES NO USO DO RENDIMENTO E DO TEMPO
2. O tempo é um recurso muito precioso e escasso. O seu uso deve ser devidamente
planeado.
ATIVIDADE 7
Questionário de auto
Frequentemente Às vezes Raramente
avaliação. Tu e o tempo.
1. Costumas tratar um assunto de
cada vez? □ □ □
2. Inicias e terminas habitual-
mente os projetos dentro do pra- □ □ □
zo?
3. As pessoas sabem qual é o
melhor momento para te procu- □ □ □
rarem?
4. Fazes, a cada dia, alguma coi-
sa que te deixe mais próximo dos □ □ □
teus objetivos de longo prazo?
5. Quanto és interrompido(a),
consegues retornar o teu trabalho □ □ □
sem perderes o ímpeto?
6. Lidas de modo eficaz com in-
terlocutores(as) demorados(as)? □ □ □
115
UNIDADE 4 - ATITUDES NO USO DO RENDIMENTO E DO TEMPO
7. Concentras-te na prevenção
dos problemas em vez de na sua □ □ □
solução, após estes acontecerem?
8. Planeas as tuas tarefas de
forma a cumprires, com alguma
folga (sem pressão), os prazos □ □ □
estabelecidos?
9. És pontual na escola no tra-
balho, nas reuniões e em outros □ □ □
eventos?
11. Preparas diariamente uma lis-
ta com as coisas a fazer? □ □ □
12. Costumas realizar todas as
coisas que prevês na tua “lista de □ □ □
coisas a fazer”?
13. Atualizas, por escrito, os teus
objetivos pessoais? □ □ □
14. A tua mesa de estudo ou de
trabalho está limpa e organizada? □ □ □
15. Podes encontrar facilmente o
que procuras nos teus arquivos? □ □ □
Subtotais _____________ _______ ________
Subtotais X4 X2 X0
Total _____________ _______ ________
ATIVIDADE 8
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UNIDADE 4 - ATITUDES NO USO DO RENDIMENTO E DO TEMPO
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UNIDADE 5 - EMPRESA
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UNIDADE 5 - EMPRESA
OBJETIVOS
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UNIDADE 5 - EMPRESA
1. EMPRESA
Certamente, tens ouvido falar de muitas empresas que estão no nosso país,
vocacionadas para a produção de diferentes bens e serviços.
I. Conceito de Empresa
Seja qual for a razão pela qual as empresas são criadas, elas são importantes
para:
- Os seus proprietários;
- Família dos proprietários;
- Comunidades em que se situam;
- Governo;
- Outras empresas.
120
UNIDADE 5 - EMPRESA
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UNIDADE 5 - EMPRESA
Quanto à Dimensão
• MICROEMPRESAS
São empresas que são muito pequenas. Requerem pouco dinheiro para serem
iniciadas e tecnologia muito simples para o seu funcionamento.
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UNIDADE 5 - EMPRESA
• PEQUENAS EMPRESAS
• MÉDIAS EMPRESAS
• GRANDES EMPRESAS
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UNIDADE 5 - EMPRESA
Sociedade cooperativa
Sociedade por quotas (Artigo 272º) - As sociedades por quotas não poderão
constituir-se com um capital social inferior ao montante fixado em portaria con-
junta dos membros do Governo responsáveis pelas áreas da justiça, comércio
e finanças. Todos os sócios serão responsáveis solidariamente pelo valor das
entradas convencionadas no contrato social. A firma das sociedades por quo-
tas será formada, com ou sem sigla, pelo nome ou firma de um ou alguns dos
sócios ou por uma denominação particular, ou pela reunião de ambos esses
elementos, mas em qualquer caso concluirá pela expressão “Limitada” ou pela
abreviatura “Lda”.
124
UNIDADE 5 - EMPRESA
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UNIDADE 5 - EMPRESA
Assembleia Geral
Constituída por todos os membros, sendo
eleitos o presidente, o vice-presidente e o
secretário por um determinado periodo de
tempo.
Associativismo Empresarial
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UNIDADE 5 - EMPRESA
SAIBA MAIS
127
UNIDADE 5 - EMPRESA
1. Empresa é uma forma de organização que funciona com recursos materiais, hu-
manos e financeiros para satisfazer as necessidades de clientes através dos seus
bens e serviços.
4. Quanto à sua forma jurídica, as empresas podem ser: em nome individual e socie-
dades.
7. As empresas criam associações para fazerem em conjunto aquilo que não podem
fazer sozinhos, cujo objetivo é tirar benefícios mútuos.
ATIVIDADE 1
Visita uma associação seja empresarial ou não e conheça bem sobre a estru-
tura e funcionamento das associações. Faz um resumo e discute na turma.
ATIVIDADE 2
ATIVIDADE 3
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UNIDADE 5 - EMPRESA
5º Escritura pública.
6º Registo Provisório.
7º Publicação de estatuto no BO
8º Registo Definitivo:
9º Obtenção do NIF – Número Identificação Fiscal
10º Vistoria (se for o caso) das instalações
11º Obtenção do alvará ou licença
12º Declaração de início de atividade
13º Inscrição na segurança social dos trabalhadores
14º Inscrição no regime tributário
129
UNIDADE 5 - EMPRESA
A criação da Empresa num só dia, poderá ser feita através dos balcões da
Casa do Cidadão disponiveis em todos os municipios do país.
Sociedades Sociedades
Sociedades Sociedades
por quotas anónimas
por quotas anónimas
unipessoais unipessoais
“Sociedade “ S o c i e d a d e
“Limitada” ou “Sociedade Uni-
Designação U n i p e s s o a l , Anónima” ou
“Lda” pessoal, S.A.”
lda” “S.A.”
Mínimo de 2 Mínimo de duas
Um único
pessoas singu- pessoas singu-
Nº de sócios sócio, pessoa _________
lares e/ou cole- lares e/ou cole-
singular
tivas; tivas
A responsabli-
Nao inferior a
dade de cada
10.000$00, e
Cotas de acionista é
deve ser di- _________ _________
cada sócio limitada ao valor
visível por
das ações por si
1.000$00
subscritas
Não inferior a
1.000$00 (1
Não inferior a ação) por acion-
Capital social _________ _________
20.000$00 ista.
Ações divisíveis
por 1.000$00
Obs:
1. Uma pessoa singular não pode constituir mais do que uma Sociedade
unipessoal. É vedado a uma sociedade unipessoal por quotas participar na
constituição de outras sociedades comerciais;
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UNIDADE 5 - EMPRESA
SAIBA MAIS
1. Para que uma empresa esteja estabelecida legalmente, deve cumprir as seguintes
formalidades principais:
2. É possivel obter o registo da empresa em apenas num dia, basta exibir o BI e o NIF
e preencher um formulário.
ATIVIDADE 4
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UNIDADE 5 - EMPRESA
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UNIDADE 5 - EMPRESA
As empresas são criadas com o fim de trazer soluções para os problemas dos
membros da sociedade. Portanto, sem sociedade não valia a pena iniciar uma
empresa.
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UNIDADE 5 - EMPRESA
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UNIDADE 5 - EMPRESA
Subsídios Transferência
Empresas Bens não incluídos no mercado Governo Bens não incluídos no mercado Famílias
Fluxo monetário
Fluxo real
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UNIDADE 5 - EMPRESA
SAIBA MAIS
4. Algumas empresas podem ter impactos negativos no meio ambiente: Poluição de ar,
água e degradação de solos.
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UNIDADE 5 - EMPRESA
ATIVIDADE 5
O que fazer?
ATIVIDADE 6
137
As fontes bibliograficas a continuação serão uteis para a consulta do
tema no contexto nacional (Mercado de trabalho, histórias de empreen-
dores, citas.) que ajudam a orientar as nossas metas:
http://www.pme.cv/index.php/en/dicas/533-artigo-de-opiniao-empreendedoris-
mo-juvenil-em-cabo-verde-o-caso-rosa-andrade - this article about Emedson
Andrade Évora, Cabo Verde entrepreneur, lists general characteristics that an
entrepreneur should have.
h t t p : / / w w w. a d e i . c v / i n d e x . p h p ? o p t i o n = c o m _ c o n t e n t & v i e w = a r t i -
cle&id=430&Itemid=354
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UNIDADE 5 - EMPRESA
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