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Geologia Ambiental e A Sua Importância No Mercado Atual
Geologia Ambiental e A Sua Importância No Mercado Atual
A geologia tem como objetivo o estudo da dinâmica de formação do planeta, incluindo estruturas,
composição mineralógica, geodinâmica (processos internos e externos) bem como sua evolução.
Para minimizar impactos, a geologia do setor de meio ambiente, utiliza informações coletadas
através da identificação dos efeitos da atuação humana e observação dessa interação com principais
características do meio físico. Além de seu comportamento diante das várias formas de uso e
ocupação como: riscos geológicos, impactos/conflitos ambientais provenientes ou não da extração de
recursos minerais.
Com o aumento da consciência ambiental, o geólogo neste ramo auxilia no dimensionamento dos
efeitos do aumento populacional sobre o meio ambiente, podendo atuar na recuperação de áreas
degradadas, áreas contaminadas, no planejamento e gestão ambiental, plano no monitoramento
ambiental, em auditorias ambientais, investigação de passivo ambiental, licenciamento ambiental,
dentre outros.
Já no setor mineral, o principal desafio é reduzir os conflitos com meio ambiente para níveis
aceitáveis, levando em consideração cada regime de aproveitamento, visto que a mineração é
essencial para que a humanidade atinja dois valores socioeconômicos fundamentais: qualidade de
vida e desenvolvimento sustentável. Mas esse é um assunto para um próximo tópico.
“CUM MENTE ET MALLEO” – Por Bárbara Alves
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Com o avanço tecnológico, as sociedades mundiais foram se dando conta de que, por
mais que o progresso fosse uma meta, o cuidado com o meio ambiente e a racionalidade
na utilização dos recursos naturais não deveriam ser deixados de lado. Assim, junto com
outras ciências sustentáveis, nasce a Geologia Ambiental.
No artigo de hoje, falaremos sobre esse ramo tão importante da geologia. À partir dele,
são realizados estudos geológicos aplicados ao meio ambiente, observando sempre a
relação do homem com a superfície da Terra, e suas consequências.
Evolução X Sustentabilidade: O dilema que a Geologia Ambiental tenta amenizar.
Introdução
A geologia ambiental é uma ciência em crescimento, que vem se expandindo muito nas
últimas décadas em decorrência da busca de práticas mais sustentáveis. À partir da
consciência ambiental que surge principalmente na década de 1970, floresce a ideia na
mente das pessoas de que o bem-estar social está, sim, relacionado ao nosso
ecossistema.
O impacto do desenvolvimento industrial ao ecossistema é
algo de grandes proporções.
Esses estudos e pesquisas são muito importantes para áreas como a engenharia e a
mineração, que podem afetar drasticamente o ambiente e também o bem-estar da
sociedade, além dos planejamentos do Estado de como ocupar espaço físico.
Para erguer um prédio, por exemplo, um engenheiro não pode iniciar o projeto sem a
comprovação de que aquele terreno está preparado para receber o peso de uma
edificação. É por essa razão que prédios e casas não podem — ou não deveriam, pelo
menos — serem construídos em encostas.
Os Mapas de Risco
Reunindo análises sobre substrato rochoso, água, solos, relevo, vegetação, ocupação e
diversos outros fatores, o geólogo ambiental pode reconstruir a situação geológica dos
locais. Desse modo, é possível elaborar os chamados mapas (ou cartas) de risco.
O Geólogo Ambiental
Na situação da mineração, por exemplo, é fato que a extração sempre irá atacar o meio
ambiente. Seja por meio da retirada da fauna e flora locais, ou da escavação das minas
subterrâneas, sempre se afeta o ecossistema ao redor.
Mesmo assim, o que a geologia ambiental busca é orientar a tomada de decisões para que
os danos resultantes sejam os menores possíveis. Evitar assoreamento (aumento da
quantidade de sedimentos no rio, o que dificulta o escoamento das águas) ou
contaminação de rios, inundações ou quaisquer outros efeitos desses processos de
exploração dos recursos naturais.
As áreas mineradas podem receber diversos efeitos negativos. Desde a remoção do solo e
da vegetação, passando pela modificação da qualidade da água (rios, lagos ou mesmo
águas subterrâneas), até modificações graves do meio físico.
Mina de Águas Claras, localizada no município de Nova Lima (MG), desativada em 2002.
A lavra se aprofundou tanto que interceptou o nível de água subterrânea, inundando a
mina.
Foto por: Miguel Andrade.
Esses estudos são exigidos por lei antes do início de qualquer atividade que gere
significativa degradação ambiental. Segundo o Art. 225, § 1, inciso IV da Constituição
Federal Brasileira de 1988, para assegurar o direito de todos a um meio ambiente
ecologicamente equilibrado, deve-se: “exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou
atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo
prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade.”
Além disso, claro, algumas áreas estabelecem risco para populações mesmo sem nenhum
tipo de exploração dos recursos. É por isso que existem os programas como o Plano
Nacional de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres Naturais, criado pelo governo
federal em 2012.
A geologia ambiental é mais do que necessária nos dias de hoje. Apesar da sede humana
pelo progresso, nunca devem ser deixadas de lado as questões que envolvem a vida ou o
equilíbrio de um ecossistema. O preço do avanço tecnológico nunca pode ser pago pelo
meio ambiente.
No futuro, traremos mais debates sobre os impactos ambientais, e das diversas aplicações
da geologia ambiental. Não se deve fechar os olhos para a degradação dos recursos
naturais, nem aos danos à vida.
Referências
http://mineralis.cetem.gov.br/bitstream/cetem/1283/3/Tend
%C3%AAnciasParte1.3.pdf, acessado em 11 de agosto de 2017
http://www.cprm.gov.br/publique/Gestao-Territorial/Geologia-de-Engenharia-e-
Riscos-Geologicos/Geologia-de-Engenharia-e-Riscos-Geologicos-47.html,
acessado em 11 de agosto de 2017
http://www.pac.gov.br/noticia/c1619715, acessado em 12 de agosto de 2017
http://www.cprm.gov.br/publique/Gestao-Territorial/Geologia-de-Engenharia-e-
Riscos-Geologicos/Setorizacao-de-Riscos-Geologicos-4138.html, acessado em 12
de agosto de 2017
http://www.teclim.ufba.br/site/material_online/monografias/
mono_irineu_a_s_de_brum.pdf, acessado em 12 de agosto de 2017
https://www.senado.gov.br/atividade/const/con1988/CON1988_05.10.1988/
art_225_.asp, acessado em 12 de agosto de 2017