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A menina e o pássaro encantado.

Henrique (em off )Era uma vez uma menina que tinha um pássaro como seu melhor amigo.

Natalia: Meu pássaro é diferente de todos os outros; ele é encantado. Os outros se a porta da
gaiola fica aberta vão se embora para nunca mais voltar. Mas o meu pássaro voa livre e volta
quando sente saudades... As suas penas também são diferentes; mudam de cor!

Um dia voltou totalmente branco, com a cauda enorme de penas fofas como algodão...

Henrique: Menina, eu venho das montanhas frias e cobertas de neve. Trouxe nas minhas
penas um pouco do encanto que vi como presente pra ti.

Natalia: Outra vez voltou vermelho como o fogo...

Henrique: Venho de uma terra queimada pela seca, terra quente e sem água. As minhas
penas ficaram como aquele sol.

Natalia: Eu amo meu pássaro e podia ouvi-lo sem parar, dia após-dia...

Henrique: E eu amo minha menina por isso volto sempre. Agora tenho que ir.

Natalia: Chegou a hora da tristeza:

_ Por favor, não vá, fico triste, terei saudades e vou chorar... (faz beicinho)

Henrique: Eu também terei saudades. Mas voltarei. (sai)

Natalia: Tive uma ideia maravilhosa. “se eu o prender numa gaiola, ele nunca mais partira.
Será meu para sempre. Não terei saudades e ficarei feliz!”

Pega uma linda gaiola de prata e ficou a espera.

Pássaro chega, maravilhoso nas suas novas cores, com histórias diferentes para contar...

Henrique: Estou cansado da viagem, (adormece).

(A menina, cuidadosamente, para que ele não acorde, o prende na gaiola. E dorme feliz.)

Henrique: (Acordou de manhã, com um gemido do pássaro...)

_ Ah! menina ... O que você fez? as minhas penas ficarão feias e eu me esquecerei das
histórias...

Natalia: Não acredito, você vai se acostumar.

Mas não foi isso que aconteceu. O tempo ia passando, e o pássaro ia ficando feio, e veio o
silencio, deixou de cantar...

(Também a menina se entristeceu. Não, aquele não era o pássaro que ela amava. E de noite ela
chorava pensando naquilo que havia feito ao seu amigo. Até que não aguentou mais. Abriu a
porta da gaiola.)

Natalia: Pode ir pássaro. Volta quando quiser.

Henrique: Obrigado menina. Tenho que partir... Mas voltarei, porque tu gostas de mim. (voa)

E assim ele ia embora, mas voltava sempre para junto da menina.

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