Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Ministério
Adventista
ENOCH DE OLIVEIRA
BATISMO de Jesus, imortalizado por tan 1. Deve um Insano Mental ser Batizado?
WADIE FARAG
Evangelista na União do Nilo
DENTRE todos os escritores muito concorrendo para firmar êsses líderes nas
do Nôvo Testamento, é Pau- afeições da igreja.
lo quem mais claramente desdo
bra o belo significado espiritual A Técnica do Serviço Batismal
do batismo. Escrevendo aos Gá- A Bíblia apresenta o batismo como uma or
latas, diz êle: “Todos quantos denança, mas também mais do que simples or
fôstes batizados em Cristo, de denança. Deve proporcionar ao candidato uma
Cristo vos revestistes. É batismo uma santa orde- experiência real, e aos circunstantes uma impres
nança, destinada por Deus a trazer ao candidato são profunda e duradoura. Mas para que a cena
a mais rica experiência espiritual. seja impressiva, tem de ser ministrada num espí
Quando se planeja uma campanha evangelís rito devocional, isto é, como um culto a Deus.
tica e se toma talvez necessário chamar um evan Nada de rude ou grosseiro se deve intrometer.
gelista para dirigir as reuniões, muitas vêzes é É por natureza uma cerimônia muito solene,
embaraçoso resolver quem deverá batizar os no- pois simboliza a morte e sepultamento de nosso
vos conversos. É natural que os recém-vindos à Senhor. Mas é Outrossim uma confissão pública
fé esperem que o mesmo que os conduziu a Cris- por parte do batizando, de que também êle, em
to seja o que os batize. E em muitos casos isto é Cristo, morre para o pecado. O mesmo serviço
muito apropriado. Mas é mais desejável que o também deve, porém, exprimir a alegria da ressur-
evangelista e o pastor ou pastôres locais partici- reição, pois havendo sido batizado com seu Se-
pem juntos da cerimônia. Isto muito concorre nhor, o candidato agora se ergue para viver em
para ligar os novos crentes a seu pastor espiri- “novidade de vida”. Através de um período de
tual e firmá-los em suas igrejas. Pela própria na várias semanas, ou talvez meses, êle estêve su
tureza das coisas, requer-se do evangelista itine jeito ao processo de morrer para si mesmo; estê
rante que se mude de um lugar para outro, e seus ve a crucificar os desejos da carne. Agora êle
conversos têm de ficar aos cuidados de outros. exprime tudo isso num determinado ato. É êle
Esta transferência de lealdade e interêsse nem sepultado com o seu Senhor. Tendo morrido para
sempre é fácil. Pode efetivamente resultar daí o pecado, ergue-se para a fruição da plena alegria
a perda de almas. Todo esfôrço deve, pois, ser da ressurreição. Assim, deve o serviço ser ani
feito para impedir semelhante situação. Se se moso e repleto da esperança da ressurreição.
forma entre os obreiros temporários e os pastô A fim de torná-lo impressivo, tudo que se re
res residentes um espírito de companheirismo, laciona com o serviço batismal deve ser apropria-
isso muito fará para consolidar a obra. Então, ao do. Quando sepultamos um ser querido, nenhum
retirar-se o grupo evangelístico, os novos crentes esfôrço se poupa a fim de tornar a ocasião o mais
já se sentirão intimamente ligados a sua igreja. apropriada possível. Nenhuma sepultura é boni
Pastôres Locais Preparam Candidatos ta, entretanto a presença de flôres e de relva,
embora artificialmente, por certo faz muito para
O evangelista que leva pessoas a se decidirem atenuar o choque da morte. Da mesma forma,
por Cristo é aquêle de quem realmente esperam com um pouco de previsão e planejamento, o
guia espiritual. Quanto antes possa êle trans serviço batismal pode tomar-se expressivo e im
ferir as afeições de si mesmo para o pastor que pressionante. Quando efetuado com propriedade,
irá ser de futuro o seu conselheiro, tanto me- transmite uma mensagem com rara eloqüência.
lhor. E ninguém mais no mundo poderá comen Cuidadosamente examinados e planejados todos
tá-los tão fortemente em sua igreja futura, como os pormenores, e presidido todo o serviço por um
o evangelista que lhes proporcionou a luz da sentimento de profunda espiritualidade, temos
verdade. Se, pois, o evangelista manifestar o então um verdadeiro culto de adoração a Deus.
espírito de João Batista, e de bom grado se sujei Sempre é um privilégio unir preciosas almas
tar a diminuir, permitindo que o pastor cresça, ao seu Senhor nesse sepultamento público da
isso promoverá um sadio espírito de boa vontade, antiga natureza, e é essa uma cerimônia dema-
Novembro-Dezembro, 1962 PÁGINA 7
siado importante para ser empurrada a um canto Essa toalha deve ser pequena, mas bastante gran-
ou intercalada entre outras reuniões. Às vêzes de para cobrir o rosto do batizando, quando é
tem sido realizada ao final de um culto de prega- imergido. Pode-se, usar um lenço, mas como os
ção, que por falta de devido planejamento ne- lenços variam de tamanho, a experiência tem
nhuma relação tinha com a ocasião. O batismo mostrado a conveniência de, com o roupão, su
deve não só ser parte do culto, mas sim a parte prir essa toalhinha especial.
vital e principal do todo. Tudo relacionado
à cerimônia — os hinos, as orações, o sermão — de- Como Segurar o Batizando
ve convergir para êsse ponto alto. As duas orde Òbviamente há mais de uma maneira de se
nanças — o batismo e a Ceia do Senhor, quando gurar o candidato, mas poderão ser de proveito
dirigidas como convém, farão mais para aprimorar algumas sugestões. Há batismos a que faltam
a experiência espiritual dos crentes do que, tal graça e eficiência, deixando assim uma impressão
vez, tudo o mais. Da mensageira do Senhor nos desfavorável. A experiência me tem demonstra-
vem um muito definido conselho acêrca do batis- do que, para mim, o melhor procedimento é o
mo: seguinte: Primeiro, coloco na minha mão direi
“A pessoa encarregada de ministrar o batismo deve es- ta a toalhinha especialmente preparada para o
forçar-se por celebrar o ato de modo a exercer êste uma in-
fluência solene e sagrada sôbre todos os expectadores. Cada ato, e o candidato se segura com ambas as mãos
rito da igreja deve ser executado dessa forma. Não deve re- ao meu pulso direito. Isto lhe dá uma sensação
ceber um feitio vulgar ou insignificante, ou ser redu
zido ao nível das coisas triviais. Nossas igrejas neces de segurança. Então coloco firmemente a mão
sitam ser educadas para maior respeito e reverência pelo esquerda entre seus ombros, e com poucas e bem
culto divino.” 1
“Tudo que de algum modo se relaciona com êsse rito escolhidas palavras exprimo à congregação minha
sagrado deve revelar cuidadoso preparo.” 2 crença na sinceridade do batizando, sua confian-
Na mesma referência nos é dito que “devemos ça em Deus, sua entrega do próprio eu, e sua
evitar usar coisas desgraciosas e de mau gôsto, ressurreição para uma vida de vitória. Concluo
pois isto seria uma ofensa a Deus.” com a fórmula batismal, expressando-a em pala-
vras mais ou menos assim: “E agora, irmão (ou
Importância do Equipamento Devido irmã), sabendo que deu o coração ao Senhor
Se o batismo é efetuado num rio ou lago, pro Jesus, e que confia inteiramente em Seu perfei-
porciona-se maravilhosa oportunidade para teste to sacrifício por sua salvação, prazerosamente (le
munho público. Mas essas reuniões ao ar livre vanto a mão esquerda) o batizo em nome do Pai,
requerem mesmo maior atenção ao cuidado dos e do Filho, e do Espírito Santo. Amém.” Dando
candidatos do que quando a cerimônia se reali um passo para a esquerda, baixo o candidato de
za em recinto onde tudo é provido. O batismo licadamente para trás, imergindo-o. Ao mesmo
na igreja dá menos trabalho, mas também são tempo ergo a mão direita, para cobrir seu rosto.
menores suas oportunidades evangelísticas. Êste ato evita qualquer tendência à sufocação,
e assegura perfeito controle no momento da imer
Alguns dos serviços batismais mais impressivos são. Lembremo-nos de que movimentos lentos,
foram realizados em grandes auditórios ou tea
deliberados, são essenciais ao êxito. Não haja ne-
tros citadinos, onde se efetuavam campanhas nhuma precipitação. O erguer o candidato é, na
evangelísticas. Tal cerimônia pode causar tremen turalmente, símbolo da ressurreição, e convirá
da impressão para o bem. Mas onde quer que se
que o auditório cante uma estrofe de um hino
realize, tem de ser providenciado o devido equi
apropriado, ou cântico de vitória. É também efi-
pamento. Poucas coisas são tão importantes com
ciente apenas o órgão tocar. Mas o serviço batis
os roupões. Sua aquisição representa bom emprê-
mal é um culto, e os adoradores receberão maior
go de capital.
benefício pela participação, do que sendo mera
“Cada igreja deve estar provida de roupas apropriadas mente expectadores.
para o batismo, nunca considerando isto como despesa
inútil. Faz isto parte da obediência devida ao preceito que Quando o candidato é erguido da água, convi
diz: ‘Faça-se tudo decentemente e com ordem’.” I Cor. 14:
40. rá pegá-lo pela mão e dar-lhe a certeza da ben
“Não convém que uma igreja se limite a tomar em ção de Deus para uma vida de vitória. Então
prestada essas roupas de alguma outra. Muitas vêzes,
quando tiver necessidade delas, não poderá obtê-las; por êle vai para o vestiário, onde animosos auxilia
outro lado tem havido certa negligência na restituição res o ajudarão a remover as vestes molhadas. Um
dessas roupas. Cada igreja deve, pois, prover as suas
próprias necessidades no tocante a isso. Crie-se um fundo toque de suavidade pode ser acrescentado ao ser
para êsse fim. Se tôda a igreja concorrer para o mesmo, viço se, ao sair o candidato da água, lhe fôr
não será um encargo pesado.” 3
oferecida uma flor branca; pode ser, por exem-
Se é prudente que cada igreja tenha um jôgo plo, uma rosa para as senhoras e um cravo para
de vestes batismais, é também prudente que cada os homens. Deve, em todo o caso, ser uma flor
time evangelístico possua êsse equipamento. que represente pureza. Talvez o evangelista-au-
As vestes tanto do ministro como dos candidatos xiliar ou chefe dos diáconos possa fazer isso para
devem ser simbólicas. E se possível deve prover- os homens, e a instrutora bíblica ou chefe das
se a cada candidato vestes e toalha individuais. diaconisas para as senhoras, proferindo na ocasi-
PÁGINA 8 O Ministério Adventista
ão uma frase singela, como por exemplo: “Seja para êste serviço de amor. Tal plano é especial-
essa pequena flor um sinal da pureza da vida de mente de auxílio, se os que usam seu carro po-
Jesus, que o irmão acaba de receber. Que ela o dem ser aconselhados com antecedência. Devem
inspire a guardar-se imaculado do mundo.” ser instruídos em como dirigir a conversa para
Êsses pormenores podem parecer insignifican- rumos de vitória espiritual. Isto reforçará a ex-
tes, mas podem muito significar para o êxito do periência que o candidato já alcançou.
serviço. É embora eu insista que não se perca
O batismo é, na verdade, uma ordenança, mas
tempo com pormenores desnecessários, é certo
se isto é tudo, está já derrotado seu próprio pro
que um acontecimento importante como é o ba pósito. Tem de ser uma experiência vital. Não
tismo, merece nossa atenção. É êste o maior dia
basta ser nascido da água. Temos de nascer tam-
na vida do candidato, e os minutos extras passados
bém do Espírito, se queremos em nossa vida ex-
na execução dessas sugestões acrescentarão muito
perimentar verdadeira vitória. Quando Ananias
ao espírito de verdadeiro culto, e proporcionará
disse a Saulo de Tarso: “Levanta-te, recebe o
uma experiência mais rica aos que são batizados. batismo e lava os teus pecados, invocando o no-
Concluir o Serviço Batismal com um Apêlo me dÊle” (Atos 22:16), êle se referia a alguma
coisa mais do que mera ordenança.
Terminado o serviço batismal propriamente di
to, é impressivo que a bênção seja pronunciada O Batismo de Nosso Senhor
no tanque. Mas antes de despedir os presentes,
tenho seguido o costume de fazer um convite a Lemos que, quando foi batizado nosso Senhor,
quaisquer outros que, tendo sido impressionados Êle saiu da água, e ajoelhando-Se à margem do
pelo Espírito de Deus, gostariam de indicar seu Jordão, rogou ao Pai o batismo de poder. Foi en-
desejo de participar de semelhante rito num fu tão que Êle recebeu a unção do Espírito. Estava
turo próximo. Isso podem fazer erguendo a mão, a penetrar numa nova era de Sua vida, e preci
ou talvez pondo-se de pé. Acabando de testemu sava de uma outorga especial de poder. Impres
nhar a vitória de outros, sentiram abrandar-se-
sionam-nos as seguintes palavras descritivas:
lhes o coração, e talvez se rendam nessa ocasião
alguns que não o fariam de outro modo. “O olhar do Salvador parece penetrar o Céu, ao der
ramar a alma em oração. . . . Nunca dantes haviam os
Ao final de meu primeiro e grande serviço ba anjos ouvido tal oração. Anseiam trazer a Seu amado Capi
tão uma mensagem de certeza e conforto. Mas não; o pró-
tismal público, num país muito conservador, prio Pai responderá à petição do Filho. Diretamente do
fiz meu apêlo costumeiro, e o Senhor na verdade trono são enviados os raios de Sua glória. Abrem-se os
céus, e sôbre a cabeça do Salvador desce a forma de uma
comoveu o coração de muitos. Mais de três mil pomba da mais pura luz — fiel emblema dÊle, o manso e
pessoas estavam presentes, e quando pedi que se humilde.
levantassem os que quisessem dar o mesmo pas “Dentre a massa à beira do Jordão, poucos, além do Ba
tista, divisaram essa visão celeste. Entretanto, a solenida
so num futuro próximo, pensei que talvez trinta de da presença divina repousou sôbre a assembléia, O po-
ou quarenta o fizessem. Imagine-se minha surprê- vo ficou silencioso, a contemplar a Cristo. Seu vulto acha-
va-se banhado pela luz que circunda sem cessar o trono de
sa quando vi levantarem-se cento e dezesseis! Deus. Seu rosto erguido estava glorificado como nunca
Bem treinados recepcionistas, sempre prontos pa- tinham visto dantes um rosto de homem. Dos céus abertos,
ouviu-se uma voz, dizendo: ‘Êste é o Meu Filho amado,
ra qualquer emergência, depressa tomaram-lhes em quem Me comprazo.’” (4)
os nomes, sendo êles mais tarde matriculados nas
E aquêle que segue a seu Senhor pode recla
classes de preparo. Nem todos estavam prepara-
dos para o próximo batismo. Muitos precisavam mar o mesmo Espírito de poder. Assim, ao prepa
de bem mais preparo. Mas ficaram impressiona rarmos nossos candidatos para essa cerimônia,
dos, e essa foi a ocasião oportuna para conseguir conservemos ante êles essa experiência maior, e
sua decisão. Êsse apêlo não precisa sempre ser pela graça de Deus levemo-los a reclamar o dom
feito pelo oficiante do batismo. Às vêzes fui con do Espírito. Demasiados cristãos são batizados
vidado para fazer o apêlo em lugar do evangelis- com o batismo de João, que era apenas batismo
ta. E êsse apêlo sempre seguiu imediatamente o de arrependimento. O batismo do Espírito, uni
batismo do último candidato. Tenho-me sentido camente, pode preparar a igreja para a traslada
satisfeito de ver, em algumas ocasiões, levantar- ção. Essas palavras de Isaías não se referem pri-
se grande número de pessoas. Isto tem sido ver- màriamente ao batismo, entretanto bem se podem
dade especialmente em alguns lugares na amé- apropriar como adequada promessa para essa oca-
rica do Sul, embora tivesse que fazer o apêlo por sião: “Quando passares pela água, estarei conti
intermédio de intérprete. go.” Sua presença com êles fará de seu batismo
Concluído o serviço batismal, convirá providen um antegozo do Céu.
ciar condução para cada candidato voltar para
casa. Talvez nem sempre seja isso necessário, 1) Testemunhos Seletos, Vol. 2, pág. 395.
2) Idem, pág. 396.
pois alguns possuirão seu próprio carro. Mas se 3) Ibidem.
fôr preciso, poderão ser indicados ajudadores 4) O Desejado de Tôdas as Nações, págs. 77 e 78.
Setembro-Outubro, 1962 PÁGINA 9
A Significação do Batismo
A. R. FRASER
Professor de História, N. S. W., Austrália
EIS um assunto inesgotável, mor de Deus nos esforçar e estudar como nos tor
que bem pode ser conside narmos uma benção, cada vez maior, para o nos-
rado sob vários aspectos. so marido, filhos e os demais que nos rodeiam.
A espôsa do pastor é respon- A espôsa do pastor deve reconhecer a grande
sável pelos dons que possui e influência que ela exerce sôbre todos, e, particu-
conforme a irmã White opina, larmente, sôbre o seu marido. Ê ela que reveste
somos inclinados a pensar: que seu espôso de certo poder e prestígio. Também
ser espôsa de pastor é um talen ela serve de molde para a igreja e ao mundo que
to em si, pois ela disse: “Repou a rodeia.
sa sôbre a mulher do ministro uma responsabilida Disse alguém: “É difícil ser espôsa de pastor”,
de a que ela não deve, nem pode levianamente exi entretanto sabemos que nada é difícil para quem
mir-se. Deus há de requerer dela o talento que se apoia em Deus.
lhe foi emprestado, com usura. Cumpre-lhe tra-
balhar fiel e zelosamente em conjunto com o ma Lemos em ‘'Obreiros Evangélicos”, na página
rido para salvar almas. (Obreiros Evangélicos, pág. 198 e 199: “As espôsas dos ministros devem vi-
198) ver uma vida devota e de oração. Se tão sòmente
se apoiassem confiantemente, em Deus e concen
Uma espôsa de pastor deve, portanto, proce trassem em Jesus suas afeições, recebendo sua vi-
der com cautela para descobrir qual é o seu lu- da de Cristo, a videira viva, que soma de bem não
gar e quais as suas responsabilidades. poderiam elas realizar, que auxílio poderiam ser
Conta-se que mais de um pastor já foi rejei a outros, que apoio para seus maridos! E que re-
tado, para assumir maiores responsabilidades, por compensa não seria a sua afinal! Bem está serva
causa de sua espôsa. Se isto fôr verdade, então boa e fiel, — havia de lhes soar qual música dul-
cada espôsa deveria examinar-se a si mesma pa- císsima aos ouvidos. As palavras: ‘Entra no gô
ra saber se representa uma parte ativa ou passi zo do teu Senhor’ — Pagá-las-iam mil vêzes de to-
va na vida de seu espôso. dos os sofrimentos e provações suportadas para
“A espôsa do ministro pode fazer muito, se salvar preciosas almas”.
quer. Se fôr dotada de espírito de sacrifício e ti “A espôsa de pastor pode-lhe ser um grande
ver amor pelas almas, poderá fazer com êle ou- auxílio em procurar tornar-lhe leves as responsa-
tro tanto de bem.” (Obreiros Evangélicos, pág. sabilidades” ao participar com êle nos trabalhos
197) da igreja. A espôsa do pastor deve saber fazer
Amparada pelo poder de Deus, ela serve de amizades. Ela não deve falar demais. Não ex-
refrigério ao marido, fornecendo-lhe, dia a dia, pressar os seus desejos com ênfase, pois entrará
o necessário estímulo para o trabalho. Se êle é em choque com outros. Não dar a impressão que
o sacerdote da família, ela é sua coadjutora. Ela domina seu espôso. Não dar opinião sem ser soli
participa do labor pastoral, talvez encobertamen citada. Não contar o que lhe confiam quando
te. Ela é vista em tôda parte da igreja onde há vêm buscar seu conselho e sua ajuda. Não con
alguma coisa a ser feita. tar o que se passa em seu lar.
Lemos no excelente livro da irmã White, que Deve animar o seu espôso quando êle se sente
está sendo traduzido,"The Adventist Home” — O desanimado; consolá-lo quando abatido e enco
Lar Adventista, na página 231, o seguinte: “A rajá-lo a levantar os olhos e confiar plenamente
mulher devia preencher a posição que Deus ori em Deus quando sua fé vacilar.
ginalmente designou para ela — igual a do mari-
do .. . Podemos dizer, sem errar, que os deveres Deve ser tudo para todos e sentir-se bem, tan-
da mulher são mais sagrados, mais santos do que to em companhia de pessoas cultas, como de in
os do homem”. E na página 139 de Testemunhos cultas; de ricos, como de pobres.
Vol. I, “Elma espôsa não santificada é a maior Deve lembrar-se de que não é a “grande da
maldição que um ministro pode ter”. São palavras ma da igreja” mas que foi posta ali para “servir
deveras duras, mas sendo que depende de nós ser- e não para ser servida”.
mos uma bênção ou u’a maldição, vamos no te- (Continua na pág. 24)
PÁGINA 14 O Ministério Adventista
EVANGELISMO - Almas para Deus
NO domingo 4 de março de 1962, teve lugar o radioemissoras locais — quatro ao todo — nos ob-
último dos quatro batismos, precisamente an- sequiaram com 35 horas completas de transmis
tes que o pastor Salim Japas, que dirigiu esta cam- são das conferências, dos números do coral, etc.
panha, regressasse a Buenos Aires. Um total de 2. Pesquisa Bigral (Associação Chilena de
81 almas foram incorporadas à igreja de Valdívia Bem-estar Integral), que nos permitiu localizar
nestes últimos cinco meses. A campanha iniciou- apreciável quantidade de pessoas com inquieta-
se a 7 de outubro de 1961, aproveitando a inau ções religiosas.
guração do nôvo templo, construído à avenida C. — A pregação do púlpito teve o seguinte
mas importante da cidade. Neste primeiro ato roteiro:
estiveram presentes as principais autoridades mu
nicipais e da província, como também um públi- 1. Seis conferências introdutórias, prepara-
co distinto e numeroso. A Rádio Baqueano trans das com o objetivo de ganhar o favor do público,
mitiu a inauguração e a primeira conferência quebrar preconceitos e prestigiar nossa organiza-
proferida pelo pastor Japas sôbre o tema: O Se- ção.
grêdo da Felicidade. 2. Três conferências antecedentes aos temas
bíblicos, cujos títulos foram:
Milhares de pessoas ouviram em seus lares a
irradiação e quem sabe, pela primeira vez em sua Introdução ao Livro de Apocalipse
vida, ouviram a palavra “adventista”. À guisa de Introdução ao Livro de Daniel
informação e para animar meus companheiros Introdução Geral das Escrituras
no ministério, apresentarei esquemàticamente, os 3. Finalmente proferiram-se as conferências
passos técnicos seguidos. Com a bênção de Deus, que constituíram autêntico curso bíblico de 16 li
o método empregado permitiu alcançar muitas ções sôbre o tema geral “As Profecias Descerram
almas com a mensagem. Temos a conciencia de o Véu do Futuro”. Inscreveram-se 600 alunos,
que as 81 pessoas agregadas nas fileiras da verda- dos quais 132 assistiram a 80% das aulas e aos
de assinalam o comêço de uma colheita muito quais se conferiu certificado de freqüência.
mais abundante num futuro próximo. Nosso al
D. —Curso de recapitulação, realizado na au-
vo pretende alcançar 200 almas até 31 de dezem
bro dêste ano. Pois bem, foram dados os seguin-
tes passos:
A. — A equipe evangelística se constituiu do
pastor Salim Japas, evangelista, e dos irmãos A.
Gutiérrez, G. Velásquez, Brunilda Grimal e o
autor destas linhas, instrutores bíblicos. Ao publi
car-se êstes informes, a equipe estará reduzida
a três obreiros.
B. — Os trabalhos anteriores ao ciclo das con
ferências constituiram-se em:
1. Relações públicas com as autoridades
civis, religiosas e especialmente jornalísticas.
Isto nos facilitou sobremodo a tarefa, visto co-
mo único jornal diário local publicou gratuita
Flagrante da conferência realizada no Teatro Cer-
mente 560 centímetros-coluna de crônicas, e as vantes, em Valdívia, Argentina.
Novembro Dezembro, 1962 PÁGINA 15
sência do pastor Japas. O irmão Gilberto Velas- A INSTITUIÇÃO DO BATISMO E ALGUNS
quez e o que esta subscreve continuaram com um PROBLEMAS
curso bíblico da recapitulação de 15 lições, três
vêzes por semana, como se fizera no transcurso (Continuação da pág. 2)
das reuniões anteriores. Para surprêsa nossa, a
proporção de freqüência do público foi pràtica se unir de maneira integral e sem reservas ao mo-
mente a mesma. A mensagem os havia conquis vimento de Deus.
tado. Conseguira-se transferir, com inteiro êxi 3. Que Atitude Devemos Tomar Quando um
to, o afeto pelo orador ao afeto pela mensagem. Candidato ao Batismo diz: “Se eu não Fôr
Batizado pelo Pastor................, Prefiro não me
E. — Foram proferidas mais quatro conferên-
Batizar? ”
rências introdutórias destinadas a captar o interês
se dos elementos que vieram posteriormente. Es Tal afirmação naturalmente desperte algumas
tas estiveram a cargo do pastor Japas. Iniciou-se dúvidas a respeito da idoneidade e maturidade do
imediatamente o segundo curso bíblico comple- candidato que deseja o batismo. Com efeito, nes
mentar de 12 lições. Anotaram-se 440 pessoas tas palavras encontramos em catecúmeno revela-
das quais 137 compareceram a um mínimo de lando maior aprêço a um determinado pastor que
ao próprio batismo.
9 aulas, e às quais se entregou o respectivo cer
tificado. Não obstante, se o candidato ' revela estar ca
F. — Miscelânea. Graças a Deus contamos balmente preparado para receber as bênçãos do
batismo, sua preferência deveria ser respeitada.
com a ajuda dos corais de Temuco e Concepción
e do quarteto desta última cidade. Igualmente 4. Qual a Idade Mínima que se Deveria Es
tabelecer para o Batismo de Crianças?
contámos com visitas esporádicas de obreiros da
Divisão, da União e da Associação, que signifi Sem pretender responder de maneira conclusi
va esta controversial indagação, reproduzimos do
caram grande contribuição para a edificação dos livro “Origin and Progress of Seventh Day Ad
novos crentes. ventists” um parágrafo que descreve uma expe-
riência ocorrida no ministério do pastor James
São lisongeiras as atuais perspectivas. Fêz-se White, em 1844. Ei-la:
abundante semeadura, e esperamos que a colhei “Havia alguns na igreja que abrigavam sérias
ta também o seja. ,O alvo de 200 batismos até dúvidas quanto ao batismo de crianças e alguns
31 de dezembro não parece utópico. procuravam até intimidar a êstes cordeirinhos do
rebanho.” Que espécie de experiência crê o Sr.
Com esta campanha evangelística, a cidade de White têm êstes bebês?”, perguntou um austero
Valdívia que fôra sacudida pelos abalos sísmicos ministro batista. O amplo edifício escolar estava
repleto, e êstes ministros opositores estavam ali
de 1960, atualmente está madura para a sega, e para observar o procedimento. O pastor White ti-
nos apercebemos de que o Espírito de Deus es- nha alguns assentos vazios em frente ao púlpito,
e em resposta ao seu apêlo 12 crianças cuja idade
tá operando maravilhosamente nestes últimos oscilava entre os 7 e 15 anos vieram para ocupá-
tempos. Reconhecemos que devemos “trabalhar los. Êle escolheu como texto as palavras'. “Não
enquanto é dia; vem a noite quando ninguém temas, ó pequeno rebanho, porque a vosso Pai
agradou dar vos o reino.” As crianças foram ani
pode trabalhar”. madas e consoladas com a pregação, e ao finalizar
se levantaram uma após outra, e contestando as
perguntas que lhes foram dirigidas, deram evidên-
cias de uma experiência cristã clara e inteligente.
Quando se perguntou se alguém dentre os presen
tes se opunha ao batismo, ninguém se levantou.
As crianças foram conduzidas à tumba líquida e
depois apresentadas aos seus pais, enquanto um
sorriso de gôzo se desenhava em suas faces jovens.”
págs. 318 e 319.
*
• *
Êstes e outros problemas relacionados com a
instituição do batismo exigem sabedoria, prudência
e a iluminação do alto. Ao defrontá-los, em nosso
ministério, busquemos de joelhos a solução indica
Grupo parcial de pessoas batizadas, como frutos
da para cada caso, considerando sempre o infini
da campanha evangelística em Valdívia. to preço de uma suplicante alma.
PÁGINA 16 O Ministério Adventista
PESQUISA - Teologia, História, Ciência
O MOVIMENTO ECUMÊNICO,
Sua História e Seu Significado — I
WERNER VYHMEISTER
Professor de Bíblia no Colégio Adventista do Prata
O mundo cristão em geral sustenta (1) que a lei da redenção. Por causa do pecado do homem o
moral é eterna e não foi abolida; (2) que o princí Salvador precisou morrer uma morte expiatória
pio do sábado, baseado na semana da criação, es- e vicária no Calvário; para salvar o homem per
pecialmente na distinção de seis e mais um dias, dido. Por conseguinte, a lei moral e o evangelho
separando-os por autoridade divina para propósi
tos diferentes—é da mesma forma permanente e
acham-se inseparavelmente relacionados. Uma
eterno; (3) que o elemento tempo específico do revela o pecado; o outro, o Redentor que salva
sétimo dia é apenas cerimonial e típico e, conse- do pecado.
quentemente, temporário — sendo cumprido e ab- Estamos também de acôrdo com a maior parte
rogado por Cristo na cruz; e (4) que há uma cla do ponto 2 — de que o sábado nos vem da sema-
ra continuidade entre o sábado dos tempos do Ve na da criação, e é igualmente permanente e eter
lho Testamento, baseado na criação, e o dia do
Senhor do Nôvo Testamento, baseado na redenção,
no. A expressão “seis e mais um dias”, da qual
sendo o repouso da redenção superior ao repouso da discordamos, será estudada posteriormente. Con
criação. Qual é a posição dos adventistas do sétimo tudo, na base do princípio fundamental do protes
dia a respeito dêstes quatro pontos? tantismo de que a Bíblia é a única regra de fé e
Os adventistas do sétimo dia estão de pleno prática do cristão, cremos que a controvérsia do
acôrdo com o ponto 1 — que a lei moral é eterna ponto 3 — de que, conquanto a natureza moral
pela sua própria natureza e não foi ab-rogada. do sábado, como instituição, é permanente, seu
Cremos que êstes princípios eternamente morais elemento de tempo específico foi apenas cerimo
são imutáveis. Cremos ainda que êstes princípios nial e temporário, e desta forma caducou na cruz
— é inconsistente como argumento. Rejeitamos se
básicos se encontram no Decálogo — os Dez Man-
melhantemente a implicação de que, embora o as-
damentos, ou a lei moral.
pecto moral do sábado esteja firmemente baseado
Cremos que a lei moral em sua forma origi- na criação, não o está seu elemento tempo.1
nal, embora as palavras não tenham sido regis
Em parte alguma dos ensinos de Jesus encon-
tradas, encontra expressão inteligente nos princí-
tramos qualquer declaração que afirme que êste
pios apresentados por Jesus — amar a Deus su
elemento tempo, ou “seis e mais um dias” (se nos
premamente e ao próximo como nós mesmos.
podemos expressar assim) do mandamento do
Êstes princípios originais são o fundamento do
sábado haja sido mudado. Não encontramos qual-
trono de Deus, e a lei eterna de Seu generoso
quer controvérsia quanto à validade dêste sétimo
govêrno moral.
dia por parte de Jesus ou qualquer afrouxamento
Cremos também que é a lei moral — o Decálo da obrigação do sétimo dia, ao contrário encon-
go — que revela o pecado: “Pela lei vem o co tramos implícito reconhecimento de sua conti
nhecimento do pecado” (Rom. 3:20); “Onde nuidade.
não há lei, não há transgressão” (Rom. 4:15); I — Pontos de AcÔrdo e Diferênça. — Crêem
“Eu não teria conhecido o pecado se não houves os adventistas que o sábado do sétimo dia — que
se lei” (Rom. 7:7); e “Todo o que comete peca- “foi feito por causa do homem” (S. Mar. 2:27)
do também transgride a lei, porque o pecado é a — foi dado ao “homem” (i. é. à humanidade)
transgressão da lei” (I S. João 3:4). no Éden, muito tempo antes que o povo judeu
Foi a entrada do pecado no Éden, a transgres viesse a existir. E foi êle observado através de
são da lei divina, que tornou necessário o plano tôda a era patriarcal, muito tempo antes que fôsse
PÁGINA 20 O Ministério Adventista
entregue ao antigo Israel, em custódia especial, ve o seu início antes que o pecado entrasse no
em seguida ao seu êxodo do Egito. 2 mundo (Gênesis 2 e 3), e foi dado para comemo
Cremos os princípios da lei moral, foram conhe rar uma criação terminada. Se o pecado não hou
cidos do homem antes da Queda 3, e posterior- vesse entrado, todos teriam guardado o dia de
mente postos em forma escrito no Decálogo, em sábado original.
meio daquelas terríveis cenas do Sinai, proferido Deus não fêz o homem a fim de que êle guar
e escrito por Deus (Êxo. 19 e 20; 32:15 e 16). E dasse o sábado (S. Mar. 2:27). Mas, havendo
cremos que quando Israel se tornou o povo do feito o homem, Êle deu-lhe o sábado como lem
concêrto especial de Deus, prometendo honrá-Lo brete e memorial contínuo do maravilhoso poder
guardando Seus mandamentos, o Decálogo foi do Criador. E embora o princípio do sábado in
dado como a base daquele concêrto. clua tanto o repouso físico como o espiritual, um
Discordamos, no entanto, do ponto 4, no que memorial não pode ter interpretação espirituali
refere à “continuidade” — transferência da ob zada e não pode desaparecer com o transcorrer
servância do sábado do sétimo dia para o festi do tempo.
val da ressureição, no primeiro dia da semana. Pelo fato de ter sido o sábado instituído na
Cremos que a base de ambas as observâncias é Criação, antes da entrada do pecado, tornou-se
totalmente diferente: o primeiro era para come parte inseparável do plano original de Deus a
morar o repouso do Criador, o segundo para co Sua provisão para o homem. Não teve, pois,
memorar a ressurreição de nosso Senhor. nenhum significado cerimonial, prefigurando al
Discordamos da sugestão de que o sábado do guma coisa por vir. Pelo contrário, sempre teve
sétimo dia do Velho Testamento tenha apenas significação comemorativa, pois remonta a algu-
significado cerimonial, ou fôsse de alguma forma ma coisa do passado já efetuada — a criação do
“cumprido e ab-rogado por Cristo,” ou que a mundo e da raça humana.
sabaticidade constitua aspecto “ab-rogado” ou
1. Alguns consideram o sábado uma institução que tem
“temporário” do permanente sábado do quarto que ver exclusivamente com os judeus. Os que insistem
mandamento. neste ponto pretendem que a versão que há no livro Deu
teronômio do Decálogo realça o fato de que o sábado fô
Discordamos da mudança das palavras origi ra dado unicamente aos hebreus, porque foram êles livra
nais — os “seis dias” e o “sétimo dia” do quarto dos da escravatura.
2. O silêncio da parte final do Gênesis sôbre o sábado
mandamento de Êxodo 20 — para a expressão é compreensível quando se recorda que se deve levar
não-bíblica “seis e mais um dias”, ou mera pro em conta a familiaridade dos patriarcas com os manda
mentos de Deus. O autor do relato histórico do Gênesis
porção de tempo, pois para nós essa mudança de não julgou necessário mencionar isto em sua descrição de
frase envolve uma mudança completa de inten longo alcance dos séculos. Abraão, porém, guardou os
mandamentos de Deus (Gên. 26:5) — a palavra hebrai
to, e com isto não podemos concordar. ca aqui empregada para designar “mandamentos” é a
mesma empregada para o Decálogo em Deut. 5:10 e 29.
Discordamos da proposição de que o Senhor Kalisch menciona isto como sendo a lei escrita no coração
Jesus transferiu a observância do último dia da do homem, e o Pulpit Commentary declara que a pala
vra significa “aquilo que é gravado em pedras.” Abrão
semana para o primeiro a fim de, além do origi- reconhecia a lei moral de Deus e a obedecia. Se assim
nal “repouso da criação” apontar para um maior é, porque não incluir o sábado? A Companion Bible, em
Gên. 26:5, dia que Abrão tinha instruções a serem ob
“repouso da redenção.” Não encontramos nenhu servadas; mandamentos a serem obedecidos; estatutos (de
ma prova escriturística para sustentar essa pre cretos) a serem reconhecidos; e leis (Torah) a serem cum
pridas.
tensão. E durante a experiência no deserto, Deus provou Seu
2. Caráter Memorial e Não Cerimonial. — To- povo antigo quanto a andar ou não no caminho de Seus
mandamentos (Êxo. 16:4). A prova versou sôbre o assun
dos os adventistas do sétimo dia, como criacionis to do sábado. Comparando-se Êxo. 16:1 com Êxo. 19:1
tas, crêem no relato do Gênesis sôbre a criação ver-se-á que isto ocorreu muitas semanas antes da pro
mulgação do Decálogo. Êles, portanto, deviam ter conhe-
(Gên. 1:1 a 2:2), compreendendo o sétimo dia cido não apenas a lei de Deus, mas também os manda
como dia de repouso registrado e atestado por mentos específicos nela contidos, como se evidencia por
esta referência ao sábado.
Deus, sendo o sábado dado como memorial per
3. Ao ser criado, Adão não era contaminado pelo peca-
pétuo daquela criação, abençoado e santificado do. Deus “fêz ao homem reto” (Ecles. 7:29). O homem
foi criado “à imagem de Deus” (Gên. 1:27). Sendo assim,
(colocado à parte) para o homem. O sábado te a lei moral devia estar escrita em seu coração.