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RESOLUÇÃO SPMA N° 22, de 04 de junho de 2020

"Define critérios e parâmetros para a compensação


ambiental decorrente de supressão de árvore
isolada e queimada em área urbana do município
de Itanhaém".

RUY MANOEL ALVES DOS SANTOS, SANTOS, Secretário de Planejamento e Meio Ambiente - SPMA,
no uso de suas atribuições legais e

CONSIDERANDO a necessidade de disciplinar, padronizar e aprimorar o procedimento


para corte de árvores isoladas nativas e exóticas no Município de Itanhaém;

CONSIDERANDO que ao município compete editar normas sobre assuntos de seu peculiar
interesse, além de suplementar os ditames estaduais e federais quando necessário, segundo o art.
30, I e II da Constituição Federal, e

CONSIDERANDO que a Deliberação Normativa CONSEMACONSEMA nº 01/2018 fixou a tipologia


para o licenciamento ambiental municipal de empreendimentos e atividades que causem ou
possam causar impacto ambiental de âmbito local, nos termos do Art. 9º, inciso XIV, alínea “a”, da
Lei Complementar Federal nº 140/2011;
140/2011

CONSIDERANDO que o município de Itanhaém está apto a exercer as competências de


licenciamento ambiental das atividades e empreendimentos de potencial impacto ambiental local,
em conformidade com o disposto no Art. 9º, XIV, alínea "a", da Lei Complementa
Complementar 140/2011, nos
termos do Anexo II e Anexo III da Deliberação Normativa CONSEMA Nº 01/2018 (Processo
SIMA.015329/2019-57); e

CONSIDERANDO que a Deliberação Normativa CONSEMA Nº 01/2018 define que a


competência para licenciamento de supressão de exemplares arbóreos nativos isolados, vivos ou
mortos, em lotes urbanos situados fora de áreas de preservação permanente e fora de unidades
de conservação estaduais ou federais, excluindo-se
excluindo se Áreas de Proteção Ambiental - APAs, será do
órgão municipal competente, independentemente
independentemente de sua habilitação para conduzir o
licenciamento ambiental.

CONSIDERANDO que a Deliberação Normativa CONSEMA Nº 01/2018 considera como


atividade e empreendimento de potencial impacto ambiental local a supressão de vegetação
pioneira ou exótica
ica em áreas de preservação permanente; supressão de fragmento de
vegetação nativa e de árvores nativas isoladas, dentro ou fora de áreas de preservação
permanente, nas hipóteses em que a supressão ou a intervenção sejam admitidas pela
legislação ambiental e tenham a finalidade de construção de residências ou implantação de
outras edificações ou atividades que não sejam objeto de licenciamento ambiental específico
nas esferas federal e estadual, quando localizadas em área urbana;
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CONSIDERANDO que a Lei nº 3.857, de 02 de outubro de 2013 que proíbe queimadas
na Zona Urbana do Município de Itanhaém obriga o infrator a reparar o dano ambiental a que
tenha eventualmente dado causa, sob a orientação do Departamento de Meio Ambiente; e

CONSIDERANDO que a Deliberação


Deliberação COMDEMA nº 15, de 03 de junho de 2020 definiu
que a modalidade de compensação ambiental por doação de mudas decorrente dos termos
de compromisso ambiental firmado junto à Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente
deverá ser substituída pela conversão em valor, o qual deverá ser revertido ao Fundo
Municipal de Defesa do Meio Ambiente de Itanhaém exclusivamente para ações contidas no
Programa Municipal de Arborização Urbana, dispensando o cálculo pelo DAP (Diâmetro à
Altura do Peito) nesta modalidade de compensação; e ainda

CONSIDERANDO a necessidade de se estabelecer critérios e parâmetros para a


definição da compensação para áreas objetos de autuação por supressão de árvores isoladas
em que não é possível afirmar a quantidade e o porte, bem como de ár áreas objetos de
queimadas urbanas desprovidas de maciço florestal

RESOLVE:

Art. 1°. A compensação ambiental no caso de concessão de autorização para o corte


de árvores nativas e exóticas isoladas no âmbito da Secretaria de Planejamento e Meio
Ambiente deverá ser compensada na seguinte proporção:

I – de 25 para 1 no caso de árvores nativas;


II – de 10 para 1 no caso de árvores exóticas;

Parágrafo único.. Em se tratando de exemplares arbóreos nativos ameaçados de


extinção ou inseridas em Área de Preservação
Preserv Permanente —APP,
APP, desprovidas de vegetação
ou recobertas por vegetação pioneira ou exótica, a compensação deverá ser acrescida de 10
(dez) mudas;

Art. 2°. A compensação ambiental que dispõe a presente resolução deverá ser feita
mediante assinatura de Termo de Compromisso e Responsabilidade Ambiental – TCRA
definido pela Resolução SPMA nº 17/2020 junto à Secretaria de Planejamento e Meio
Ambiente, por meio de reposição arbórea ou através da conversão nos termos da Deliberação
COMDEMA nº 15/2020.

§ 1º. No caso de reposição, em se tratando de supressão de espécies exóticas


invasoras constantes em lista publicada pelo Departamento de Meio Ambiente localizadas no
passeio público ou no interior do imóvel, a compensação exigida poderá ser substituída pela
reposição
posição de espécies nativas ou exóticas adequadas à arborização urbana no mesmo local ou
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em local próximo a ser indicado pela Equipe Técnica Ambiental do Departamento de Meio
Ambiente, conforme estabelecido no Anexo I desta Resolução.

§ 2º. No caso de reposição,


reposição, em se tratando de supressão de espécies nativas, a
compensação poderá ser realizada em locais pré-determinados
pré determinados destinados à projetos
municipais ou de interesse público de arborização urbana e paisagismo em espaços públicos e
áreas degradadas cadastradas
radas junto à Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente, desde
que atestada a inviabilidade técnica de plantio no mesmo local.

§ 3º. No caso de dano ambiental de áreas objeto de queimadas urbanas desprovidas


de maciço florestal, o cálculo da compensação deverá se dar conforme estabelecido no Anexo
II desta Resolução.

Art. 3º. Nas áreas objeto de dano ambiental em que não for possível afirmar a
quantidade exata de exemplares arbóreos isolados suprimidos, deverá ser considerado para
fins de cálculo a extensão
são da área afetada e o estabelecido no Anexo II desta Resolução.

Art. 4º. Excluem-se


se da presente Resolução, a supressão de exemplares que tenham
sido declarados pelo Poder Público de especial valor, ou aqueles com características
paisagísticas relevantes,, ou que integram obra ou projetos públicos que impeçam sua
extração.

Art. 5º. As disposições desta Resolução não se aplicam às áreas com regime especial
de preservação, como as Unidades de Conservação, áreas tombadas, e outras protegidas pela
legislação, com exceção das Áreas de Preservação Permanente.

Art. 6º. Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, e revoga a
Resolução SPMA nº 01, de 13 de fevereiro de 2017.

RUY MANOEL ALVES DOS SANTOS


Secretário de Planejamento e Meio Ambiente

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ANEXO I

Tabela de compensação através de reposição decorrente de supressão de árvore exótica por


exemplar suprimido

Inserida na Listagem Porte Compensação (un)


Baixo
Sim Médio 01
Alto
Baixo 02
Não Médio 04
Alto 06

ANEXO II

Tabela de porte de árvore considerado para fins de cálculo de compensação de áreas


urbanas desprovidas de maciço florestal

Porte Diâmetro de Copa Equivalente (m) Área de Copa Equivalente


Baixo 4,0 12,5
Médio 7,0 38,5
Grande 10,0 78,5

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