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Atendimento às

principais urgências
e emergências
ENF. SIMONE DE SOUZA ZUÑEGA DE BRITO
Linha de cuidado ao trauma

▶ PORTARIA Nº 1.365, DE 8 DE JULHO DE 2013


▶ Aprova e institui a Linha de Cuidado ao Trauma na Rede de Atenção
às Urgências e Emergências.
Avaliação primaria geral
X- hemorragia exsanguinante

▶ Controle de hemorragias (principalmente torniquete)


A (tratamento da via aérea e
estabilização da coluna cervical)
▶ Verificar a permeabilidade da via aérea do doente e prever a
possibilidade de obstrução.
▶ Realizar a abertura das vias aéreas através de manobras manuais
(elevação do mento ou tração da mandíbula em pacientes
traumatizados), remoção de sangue e corpos estranhos e uso de
dispositivos, se necessário (cânulas oro ou nasofarígea, turbo
orotraqueal).
▶ Realizar estabilização da coluna cervical.
B (ventilação)

▶ Verificar se o doente está ventilando, observando a frequência


ventilatória, a qualidade da respiração e a saturação de oxigênio.
Realizar ventilação assistida, suplementação com oxigênio e outras
condutas se necessário, de acordo com a avaliação do paciente.
C (circulação e hemorragia)

▶ Controle da hemorragia utilizando manobras de pressão direta ou


torniquete. Avaliação da perfusão, verificando pulso (presença,
qualidade e regularidade), tempo de enchimento capilar, pele (cor,
temperatura e umidade). Realizar reposição volêmica se necessário.
22/07/2018 22:47:36
D (disfunção neurológica)

▶ Para determinar o nível de consciência, pode-se utilizar a Escala de


Coma de Glasgow, em que se avaliam a abertura ocular, melhor
resposta verbal e melhor resposta motora. Também há o sistema
ADVN.
E (exposição x ambiente)

▶ Remover as roupas para identificar lesões, atentando para a


possibilidade de hipotermia.
Avaliação primária
▶ 1. Avaliar a responsividade (chamar o paciente) e expansão torácica:
▶ • se não responsivo e sem movimentos respiratórios, checar pulso central: • se
pulso ausente, iniciar Protocolo BC5 (PCR); e
▶ • se pulso presente, abrir VA com manobras manuais (hiperextensão da cabeça
e elevação do queixo) e iniciar suporte ventilatório Protocolo BC4 (Parada
Respiratória).
▶ • se não responsivo com movimentos respiratórios: garantir a permeabilidade de
via aérea e considerar suporte ventilatório; e
▶ • se responsivo, prosseguir avaliação.
▶ 2. Avaliar permeabilidade de via aérea (VA) e corrigir situações de risco com:
hiperextensão da cabeça e elevação do queixo, cânula orofaríngea, aspiração
e retirada de próteses, se necessário.
▶ 3. Avaliar ventilação:
▶ • padrão ventilatório;
▶ • simetria torácica;
▶ • frequência respiratória; e
▶ • considerar a administração de O 2.
Avaliação primária

▶ 4. Avaliar estado circulatório:


▶ • presença de hemorragias externas de natureza não traumática;
▶ • pulsos periféricos ou centrais: frequência, ritmo, amplitude,
simetria;
▶ • tempo de enchimento capilar;
▶ • pele: coloração e temperatura; e
▶ • na presença de sangramento ativo, considerar compressão
direta, se possível.
▶ 5. Avaliar estado neurológico:
▶ • Escala de Coma de Glasgow; e
▶ • avaliação pupilar: foto-reatividade e simetria.
Avaliação secundária
▶ 1. Realizar a entrevista SAMPLA (com o paciente, familiares ou terceiros):

▶ • Nome e idade;

▶ • Queixa principal;

▶ • S: verifi cação dos sinais vitais: respiração (frequência, ritmo e amplitude); pulso (frequência, ritmo e amplitude); pressão arterial; e pele (temperatura,
cor, turgor e umidade).

▶ • A: história de alergias;

▶ • M: medicamentos em uso e/ou tratamentos em curso;

▶ • P: passado médico – problemas de saúde ou doença prévia;

▶ • L: horário da última ingestão de líquidos ou alimentos; e

▶ • A: ambiente do evento.

▶ 2. Realizar a avaliação complementar:

▶ • instalar oximetria de pulso, se disponível; e

▶ • mensurar a glicemia capilar, se disponível.


Avaliação secundária

▶ 3. Realizar o exame da cabeça aos pés:


▶ • Cabeça e face: inspecionar e palpar o couro cabeludo, orelhas, ossos da face, olhos,
pupilas (verificar diâmetro, reação à luz e simetria pupilar) nariz, boca; e observar
alterações na coloração e temperatura da pele.
▶ • Pescoço: avaliar região anterior e posterior; e avaliar, em especial, se há distensão das
veias jugulares.
▶ • Tórax: observar, em especial, se há uso de musculatura acessória, tiragem intercostal e de
fúrcula, movimentos assimétricos.
▶ • Abdome: observar abdome distendido.
▶ • Membros superiores: observar, em especial, a palpação de pulsos distais e perfusão dos
membros; e avaliar a força motora, solicitando que o paciente aperte a mão do profi
ssional e/ou eleve um braço de cada vez, se descartada qualquer potencial lesão.
▶ • Membros inferiores: • observar, em especial, a palpação de pulsos distais e perfusão dos
membros (reenchimento capilar); e • avaliar a força motora, solicitando que o paciente
movimente os pés e/ou eleve uma perna de cada vez, se descartada qualquer potencial
lesão.
Traumatismo de Crânio- TCE
Causa comum de dano físico ao cérebro, ocasionado por
uma força mecânica externa ou projétil que resulta em
perda de consciência, amnésia pós-traumática e
déficits neurológicos. TCE, comumente é o resultado de
acidentes de trânsito, acidentes industriais e esportivos,
tentativa de suicídio e violência entre pessoas.
Podem ser classificados em:
▶ Aberto: caracterizado por ferimento com materiais/objetos penetrantes, como
arma de fogo e, conseqüentemente, ocorrendo a fratura de crânio;
▶ Fechado: caracterizado por impacto sofrido pelo encéfalo, sem
acompanhamento da fratura do crânio.
Classificações das Lesões

▶Lesões leves: “concussões”, caracterizadas por perda


de consciência bem rápida, com ligeira amnésia, que
pode durar mais ou menos uma hora.
▶ansiedade, tontura, mal-estar geral, podendo persistir
por mais alguns dias.
▶A recuperação da amnésia ocorre em minutos após o
trauma.
▶Lesões intermediárias: caracterizadas por períodos
médios de inconsciência, podendo durar por uma
hora ou mais.
▶A recuperação é mais lenta, ocorre sonolência por
até uma semana após o trauma, agitação, tontura e
cefaléia.
▶Lesões graves: podem ocorrer posteriormente á lesão
leve ou inter mediária, após horas da lesão,
caracterizadas por inconsciência profunda,
apresentam edema ou hemorragia cerebral,
detectada pela tomografia cerebral.
▶São as mais graves e preocupantes, pois o paciente
pode estar bem , e entrar num quadro de coma
profundo logo em seguida.
Classificações das Fraturas de Crânio

▶ Lineares: fraturas simples, detectadas nas radiografias de crânio, não requerem


tratamento específico. Pode ocorrer hemorragia epidural, se for próximo às linhas de
sutura e arteriais.
▶ Com depressão óssea: vistas a olho nu e palpação local, podem ser
consideradas emergenciais cirúrgicas ou não.
▶ Podem ocorrer convulsões e agitação psicomotora.
▶ Abertas: são fraturas que ocorrem com o rompimento da dura-
máter, permitindo comunicação entre a lesão do couro cabeludo e
o tecido cerebral. A massa cerebral ou o líquor podem ser vistos na
lesão. A cirurgia é inevitável.
▶ De base de crânio: geralmente não são visualizados em Raio X. O exame físico
imediato e local pode ser mais rápido e eficiente.
Sinais e sintomas de TCE

▶ Cefaleia e dor na região da lesão;


▶ Náuseas e vômito;
▶ Alteração da visão;
▶ Alteração do nível de consciência, podendo chegar a inconsciência;
▶ Ferimentos (cortes) ou hematomas na cabeça;
▶ Deformidade no crânio;
▶ Edema ou descoloração das pálpebras ou abaixo dos olhos;
▶ Edema ou descoloração da região atrás das orelhas;
▶ Pupilas desiguais (anisocoria);
▶ Sangramento pelo nariz e/ou ouvidos;
▶ Líquido claro (líquor) fluindo pelos ouvidos ou nariz;
▶ Alteração de sinais vitais (respiração e pulso progressivamente piores);
▶ Posturas típicas (decorticação ou descerebração).
▶ Rinorréia: perda do líquor ou sangue pelas narinas;

▶ Otorréia ou oliquorreia: perda do líquor ou sangue pelos ouvidos;


▶ “Olhos de guaxinim”: equimose ou hematoma periorbital.
FRATURA DE BASE DE
CRÂNIO

▶ Sinal de Battle: equimose ou hematoma na região do mastóide.

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▶ Sinal de duplo anel: presença de líquor e sangue no nariz e/ou nos
ouvidos. Pode ser realizado o teste do lenço de papel para ter
certeza: o lenço de papel, em contato com a secreção drenada
forma um anel de sangue e ao redor, um anel de líquor.
Observações:

▶ Quando ocorrer fratura de base de crânio, é contra-indicada a SNG, pois pode ocorrer
falso trajeto da sonda;
▶ Quando ocorrer o sinal de duplo anel, é contra-indicado entubação;
▶ Considerar TCE grave quando a vítima apresentar os seguintes sinais e sintomas,
independente da escala de glasglow - assimetria das pupilas, assimetria motora, fratura
de crânio com perda de líquor, sangue ou perda da massa encefálica, ou
afundamento de crânio;
APH

▶ Corrigir os problemas que ameaçam a vida. Manter a permeabilidade das


VA, a respiração e a circulação. Administrar oxigênio (conforme protocolo
local).
▶ Suspeitar de lesão cervical associada nos casos de acidentados e adotar os
procedimentos apropriados.
▶ Controlar hemorragias (não deter saída de sangue ou liquor pelo ouvidos
ou nariz).
▶ Cobrir e proteger os ferimentos abertos.
▶ Manter o paciente em repouso e não deixar que se movimente. · Ficar
preparado para a possibilidade de vômito ou convulsões.
▶ Monitorar o estado de consciência, a respiração e o pulso.
▶ Prevenir o choque e evitar a ingestão de líquidos ou alimentos.
▶ Oferecer suporte emocional e transportar com urgência.
ATENDIMENTO DE URGÊNCIA:
▶ XABCDE
▶ Imobilização da coluna vertebral
▶ Rápido exame neurológica-resposta verbal, alerta, sem resposta, avaliação pupilar, avaliação
senso – motora
▶ Escala de Glasgow
▶ - Avaliação motora (Paresias ou paralisias)
▶ - RX simples
▶ - Tomografia computadorizada
▶ - Prevenir o segundo trauma (PCO2 em torno de 26 mm de Hg) (Sedar se necessário)
▶ - Mater o metabolismo cerebral - Oferta de O2
▶ - Tratar a hipertensão intracraniana –
▶ Diuréticos:
▶ - Manitol (1 gr/Kg)
▶ - Furesemida (40 a 80 mg EV em adultos) –
▶ Tratar crises convulsivas - Difenil-hidantoína (1 gr EV a 50 mg p/min)
▶ - NÃO ADMINISTRAR CORTICÓIDES
Resposta Forma Pontuação
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Abertura do olho Espontânea 4
Ordem verbal 3
Estímulo doloroso 2
Sem resposta 1
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Melhor resposta verbal Orientado 5
Confuso 4
Palavras inapropriadas 3
Sons ininteligíveis 2
Ausente 1
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Melhor resposta motora Obedece comandos verbais 6
Localiza estímulos 5
Retirada inespecífica 4
Padrão flexor 3
Padrão extensor 2
Ausente 1
Pontuação total = 3 a 15
Classificação do TCE

▶ Grave: 3 a 8
▶ Moderado: 9 a 12
▶ Leve: 12 a 15
▶ Coma: 8
MONITORIZAÇÃO DA PIC
A pressão intracraniana varia com a idade, sendo 8 a 10 mmHg considerados valores
normais para lactentes, e valores de PIC inferiores a 15 mmHg considerados normais para
crianças maiores ou adultos
Hemodinâmica Intracraniana

PAM - PIC = PPC

NORMAL 90 10 80
TRÍADE DE 100 20 80
CUSHING
HIPOTENSÃO 50 20 30
TRAUMA RAQUIMEDULAR - TRM

▶ Podemos dizer que lesão medular ou traumatismo raquimedular


(TRM) é quando a medula espinhal é danificada seja por um
trauma, doença ou defeito congênito, ocasionando paralisia
temporária ou permanente dos músculos dos membros e do sistema
nervoso autônomo, bem como alterações na sensibilidade
dependendo da localização e extensão da lesão.
TRM (cont.)

Existem 30 pares de nervos espinhais:


• 8 pares de nervos cervicais;
• 12 torácicos;
• 5 lombares;
• 5 sacrais.
Cada nervo percorre um trajeto definindo o território
cutâneo que recebe o nome da raiz que o inerva.
Assim, identificamos a raiz nervosa responsável pela
sensação e movimento da região do corpo segundo
o dermátomo. Exemplo: Uma lesão na oitava
vértebra torácica compromete a partir da nona raiz
nervosa torácica.
TRM (cont.)

▶ Causas:
▶ - Acidentes automobilísticos (30%)
▶ Mergulhos em águas rasas (21%)
▶ - Quedas (20%)
▶ - FAF (12%)
▶ - Acidentes esportivos (2%)
Sintomas de trm

▶ Dor regional;
▶ Perda da sensibilidade tátil nas extremidades superiores e/ou
inferiores;
▶ Perda da capacidade de movimentação das extremidades
(paralisia);
▶ Sensação de formigamento nas extremidades;
▶ Deformidade na estrutura da coluna vertebral;
▶ Perda do controle urinário ou fecal;
Classificação de Frankel

▶ utilizada para avaliar a função motora e sensitiva no paciente


vítima de traumatismo raquimedular, podendo também ser
aplicada em pacientes com tumores.

▶ - 0 ou A: Ausência completa de função


▶ - 1 ou B: Ausência de motricidade Presença de sensibilidade
▶ - 2 ou C: Motricidade inútil
▶ - 3 ou D: Motricidade útil
▶ - 4 ou E: Motricidade funcional
Tratamento inicial

▶ Imobilização cervical
▶ - ABC
▶ - Identificar o quadro clínico: .
▶ Respiração diafragmática .
▶ Déficits motores grosseiros .
▶ Déficits sensitivos .
▶ Hipotensão com bradicardia .
▶ História
TRATAMENTO

▶ - Imobilização cervical
▶ - Fluídos intravenosos
▶ - Sondagem vesical
▶ - Medicamentos:
▶ . Antibióticos
▶ . Diuréticos (Manitol)
▶ . Analgésicos
▶ . Corticóides
TRATAMENTO

▶ Corrigir os problemas que ameaçam a vida. Manter a


permeabilidade das V A, a respiração e a circulação;
▶ Controlar o sangramento importante;
▶ Administrar oxigênio (conforme protocolo local);
▶ Evite movimentar o paciente, e não deixe que ele se movimente; ·
Nunca mobilize um paciente com trauma de coluna, a menos que
necessite RCP; controle de sangramento que ameace a vida e/ou
remoção do local por risco iminente;
▶ Imobilizar a cabeça e o pescoço com emprego do colar cervical,
fixadores de cabeça e prancha rígida;
▶ Monitorar os sinais vitais constantemente (cuidado com o choque e
a parada respiratória).
IMOBILIZAÇÃO COLUNA
Trauma de torax: sinais e sintomas

▶ · Dor no local da lesão;


▶ · Aumento da sensibilidade ou dor que agrava com os movimentos
respiratórios;
▶ · Eliminação de sangue através de tosse;
▶ · Cianose nos lábios, pontas dos dedos e unhas;
▶ · Postura característica (o paciente fica inclinado sobre o lado lesionado e
imóvel);
▶ · Sinais de choque (pulso rápido e PA baixa).
▶ · Desvio de traqueia;
▶ · Estase jugular;
▶ · Cianose;
▶ · Enfisema subcutâneo, etc.
Traumatismo torácico ou contusão fechada.

• Lesão sem solução de continuidade entre a pele a cavidade torácica.


Fraturas de costela(única ou múltiplas)
Fraturas de Esterno.
Hemotórax.
Pneumotórax.
Síndrome de desconforto respiratório (Contusão pulmonar).
Ruptura Traqueobrônquica (Cervical ou Torácica).
Ruptura de Aorta.
Hérnias diafragmáticas.
Traumatismos Abertos (Ferimento torácicos).

• Lesões que determinam soluções de continuidade da pele com a cavidade


torácica.
Lesões de Esôfago.
Lesões de Traquéia.
Lesões de Parênquima pulmonar.
Lesões Diafragma.
Lesões Cardíacas.
Pneumotórax aberto
Fraturas de costelas (única ou múltiplas)

• É a lesão das estrutura óssea mais comum no trauma torácico.


• As lesões que acometem os primeiros arcos costais têm maior correlação
com lesões vasculares associadas (subclávia, aorta e pulmonar).
• Lesões de órgãos adjacentes (baço, fígado).
• Hemo-pneumotórax precoce e tardio.
• Atenção em crianças, devido a maior elasticidade do arcabouço ósseo
(fraturas quando existentes indicam maior energia cinética no trauma).
• Sintomas: Dor na região da fratura; dor à respiração; movimentos respiratórios
curtos; crepitação à palpação.
Fraturas de costelas (única ou múltiplas)
• Fraturas múltiplas vs instabilidade da parede torácica.
• Risco de contusão pulmonar associada (pior que a instabilidade).
• O desconforto respiratório esta muito mais correlacionado ao grau e contusão no parênquima do
que a intensidade da instabilidade da parede torácica (paradoxal).
• Diagnóstico:
Exame Clínico: Dor, enfisema, instabilidade focal (tecla),
Radiografia de tórax: Traço da fratura.
Hemo-pneumotórax
Tomografia de Tórax: Mais empregada nas lesões de múltiplas costelas e com objetivo de
estudar as lesões associadas.
• Tratamento: Analgesia (Convencional vs Peri-dural).
Drenagem de tórax (eventualmente).
Tratar possíveis lesões associadas.
Ventilação mecânica.
Observar evolução tardia (Hemo-pneumotórax / contusão pulmonar / não
consolidação da fratura).
Fixação cirúrgica.
Tratamento pre hospitalar
• Imobilizar com o braço da vítima sobre o local da lesão. Usar bandagens
triangulares como tipoia e outras para fixar o braço no tórax. Ministrar oxigênio
suplementar
Pneumotórax

• Ocasionado por perfuração de espícula óssea (fratura de costela) ou por alteração na pressão intra-
torácica gerada no momento do trauma.
• Sempre pesquisar a avaliar a existência de componente hipertensivo no pneumotórax.
• Avaliar Bilateralidade bem como repercussão hemodinâmica e respiratória.
• Drenagem de tórax precedida ou não de punção de alívio (caso necessário).
• Suporte clínico.
• Pesquisar outras lesões associadas.
• Indicação cirúrgica: Fístula (Aguda vs Subaguda/crônica);
Uso de aspiração contínua no sistema de drenagem –
Não há consenso.
Ausência de expansão pulmonar;
Avaliar a necessidade de broncoscopia;
Abordagem por toracotomia ou CTVA;
PNEUMOTORAX
Pneumotórax Aberto

• Solução de continuidade da pela com a cavidade torácica, apresentando fluxo


aéreo pelo seu trajeto. Habitualmente o diâmetro deve ser superior a 2/3 do
diâmetro da traquéia.
• Ocasiona instabilidade mediastinal.
• Diagnóstico: Exame clínico local.
• Tratamento:
• Tamponar o local do ferimento usando a própria mão protegida por luvas;
• Fazer um curativo oclusivo com plástico ou papel alumínio (curativo de três
pontas), a oclusão completa do ferimento pode provocar um pneumotórax
hipertensivo e grave.
• Conduzir com urgência para um hospital e ministrar oxigênio suplementar
Drenagem pleural.
Tratamento torax aberto
Fratura de Esterno
• Associada a trauma de alta energia cinética, devendo ficar atentos a lesões
associadas.
• Mecanismo de impacto antero-posterior, geralmente no volante.
• Diagnóstico: Dor importante;
Instabilidade local;
Creptação;
Radiografia de tórax (perfil ou específica para esterno).
• Tratamento: Analgesia;
Pesquisar e tratar as lesões concomitantes (principalmente
cardíaca).
Caso a deformidade seja grande fixação cirúrgica (não urgente);
Observar complicações tardias
Hemotórax
• Geralmente ocasionada por sangramento do foco da fratura da costela de vasos
intercostais ou do parênquima pulmonar.
• Mais raramente ocasionada por lesão de vasos de maior calibre ou até mesmo
pelo coração.
• Diagnóstico: Exame clínico;
Radiografia de tórax;
Tomografia de Tórax.
• Tratamento: Drenagem de tórax / Suporte clínico;
Tratar lesões associadas;
Indicação de toracotomia (lesão associada ou fluxo de drenagem
inicial ou evolutivo) – 1500ml ou 20ml/kg imediato, 300ml por 2-3horas
consecutivas ou controle radiográfico com opacidade considerar coágulo retido;
Coágulo retido.
Síndrome do desconforto respiratório
• Ocasionada por alterações inflamatória no parênquima pulmonar devido a trauma ocasionado.
• O período de instalação pode ser de até 72 horas.
• A gravidade está diretamente relacionada a intensidade da energia cinética do trauma transmitida a
caixa torácica ou por desaceleração.
• O diagnóstico inicial é clínico (epidemiologia do mecanismo do trauma e sinais e sintomas do
paciente).
• Exames de imagem (radiografia e tomografia de tórax) não são tão claro quanto a contusão no
primeiro atendimento, porém a valorização das outra lesões identificadas é importante.
• Gasometria arterial (Hipoxemia vs retenção de CO2).
• Conduta: Analgesia;
Restrição hídrica (Após correção do choque hipovolêmico).
Ventilação não-invasiva vs invasiva.
Fisioterapia.
Ruptura traqueobrônquica
• Divide-se em três pontos: Cervical, torácica e brônquica.
• Mecanismo: Trauma direto, lesão por hiperextensão / Compressão antero-posterior e
desaceleração.
• Quando o acometimento é torácica e brônquica o local mais comuns são: Carina e BPD.
• Diagnóstico: História clínica;
Cornagem e/ou rouquidão;
Enfisema subcutâneo;
Sinais externos de trauma;
Creptação;
Hemoptise;
Broncoscopia.
• Tratamento: Restabelecer a via aérea e condições de ventilação adequada;
Criotireoidostomia vs traqueostomia;
Intubação seletiva;
Estabilizado o caso abordagem cirúrgica para rafia ou alguma plastia.
Hérnias Diafragmáticas
• Pode ocorrer tanto no traumatismo aberto como fechado, sendo no último por distensão das fibras
musculares até a ruptura ou seu adelgaçamento ocasionando eventração.
• Incidência geral é semelhante no dois lados, mas na prática clínica hospitalar a esquerda é mais
comum, devido ao alto índice de óbito quando a lesão ocorre a direta (lesão à direita, em geral,
são mais letais devido à gravidade das lesões associadas (lesões hepáticas e do eixo
vascular cavo-aórtico)
• Diagnóstico: Exame físico com ruídos hidro-aéreos no tórax;
• Sintomas: cianose, dispneia, dor nos ombros
No momento da drenagem de tórax (exploração digital)
Radiografia de tórax (identificação de segmento gástrico ou alça intestinal / SNG /
contraste);
Tomografia de tórax.
• Tratamento correção cirúrgica sempre
Torax instavel
• Ocorre quando duas ou mais costelas estão quebradas em dois pontos. Provoca a
respiração paradoxal. O segmento comprometido se movimenta, paradoxalmente,
ao contrário do restante da caixa torácica durante a inspiração e a expiração.
Enquanto o tórax se expande o segmento comprometido se retrai e quando a
caixa torácica se contrai o segmento se eleva.
Tratamento geral no trauma de torax
• Drenagem nos casos de hemotorax, pneumotorax
• Oxigenioterapia
• Decubito elevado
• Ventilação mecanica
• Cricotireoidostomia
• Monitorização em uti
• Fisioterapia respiratória
• Cuidados gerais de enfermagem em uti
Trauma abdominal

▶ Colisões automobilísticas
▶ Fab
▶ Fpaf
▶ Quedas de altura
▶ Lesões internas x hemorragia interna
Anatomia e fisiologia
correlacionada as lesões
TRAUMA DE ABDOMEM #73

▶ Cavidade do corpo humano que contém diversos tipos de


estruturas, órgãos e vasos sanguíneos calibrosos:
ORGÃOS SÓLIDOS:
▶ -Fígado, baço, pâncreas, rins.
ORGÃOS OCOS:
▶ -Esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, reto e
bexiga.
VASOS SANGUÍNEOS CALIBROSOS:
▶ -Aorta, artérias ilíacas, vasos mesetéricos e veia porta.
OUTRAS ESTRUTURAS
▶ -Diafragma, bacia e coluna.
TRAUMA DE ABDOMEM #74

▶O TRAUMA ABDOMINAL PODE SER:


FECHADO
▶ Conhecido também como contusão do abdome, ocorre
quando há uma compressão do abdome contra anteparos
como painel, cinto de segurança abdominal, volante, objetos
esportivos e agressões.
▶Equipamentos de recreação infantil (balanças gangorras,
guidão de bicicleta, quedas).
▶Rompimento do diafragma.
▶Trauma associado a trauma de bacia.
TRAUMA DE ABDOMEM #75

ABERTO
▶ È quando ocorre solução de continuidade, ou
seja, a penetração da parede abdominal por
objetos, projéteis, armas brancas ou a ruptura da
parede abdominal provocada por
esmagamento.
▶ A penetração pode ser limitada à parede do
abdome sem provocar lesões internas, ou
penetrar na cavidade abdominal lesando órgãos
e estruturas do abdome.
TRAUMA DE ABDOMEM #76

▶EMPALAMENTO
(penetração de algum objeto perfurante, como ferro, estaca,
pedaços de madeira).
▶A ruptura ou laceração dos órgãos ocos leva ao
extravasamento do seu conteúdo como fezes, alimentos, bile,
suco gástrico, pancreático, ou urina levando a infecção
conhecida como PERITONITE.
▶As lesões penetrantes, principalmente as produzidas por arma
branca, podem permitir a saída de vísceras abdominais como
o intestino que é conhecido como EVISCERAÇÃO
EMPALAMENTO/ EVISCERAÇÃO
TRAUMA DE ABDOMEM #78

▶ A dor abdominal é o sintoma mais evidente no trauma de abdome.


▶ A dor geralmente é acompanhada por rigidez da parede abdominal, chamada
“abdome em tábua”.
▶ Sinais indicativos de lesão abdominal são: fraturas de costelas inferiores, equimoses,
hematomas, ferimentos na parede do abdome, dorso e no tórax abaixo do mamilo.
SINAIS E SINTOMAS DE TRAUMA
FECHADO
▶ Dor ou contração;
▶ Abdômen protegido;
▶ Posturas características;
▶ Respiração rápida e superficial;
▶ Abdome sensível ou rígido.
TRATAMENTO AOS FERIMENTOS
ABERTOS
▶ a) Expor o local e cobrir todo o ferimento com curativo estéril úmido;
▶ b) Não recolocar órgãos eviscerados;
▶ c) Não remover objetos cravados;
▶ d) Estar preparado para o vômito;
▶ e) Prevenir o choque;
▶ F) acesso venoso calibroso
▶ G)oxigenioterapia
▶ h) Transportar com as pernas fletidas.
TRAUMA DE EXTREMIDADES

▶ FRATURAS
▶ Quebra de um osso. Ruptura total ou parcial de um osso. Perda da
continuidade óssea.
▶ PODEM SER:
▶ Fraturas fechadas (simples): São aquelas onde a pele não é
perfurada pelas extremidades ósseas.
▶ Fraturas abertas (expostas): São aquelas onde os ossos se quebram
atravessando a pele ou existe uma ferida associada que se estende
desde o osso fraturado até a pele (área externa ao corpo).
FRATURAS

FECHADA

EXPOSTA
SINAIS E SINTOMAS

▶ Dor;
▶ Edema;
▶ Deformidade;
▶ Alteração de coloração;
▶ Crepitação;
▶ Impotência funcional;
▶ Fragmentos expostos
LUXAÇÃO

▶ É o desalinhamento das extremidades ósseas de uma articulação


fazendo com que as superfícies articulares percam o contato entre
si.
SINTOMAS

▶ Deformidade;
▶ Edema;
▶ Dor;
▶ Impotência funcional.
ENTORSE

▶ É a torção ou distensão brusca de uma articulação, além de seu


grau normal de amplitude.
▶ é a perda momentânea da congruência articular, cápsula articular
e/ou ligamento de uma articulação. Também pode ser definida
como uma lesão traumática de uma articulação, com
alongamento, arrancamento ou ruptura de um ou mais ligamentos,
sem deslocamento das superfícies articulares.
SINTOMAS

▶ Edema;
▶ Dor;
▶ Impotência funcional total ou diminuída.
POR QUE IMOBILIZAR?

▶ Evitar a dor;
▶ Prevenir ou minimizar:
▶ Lesões em músculos, nervos ou vasos sanguíneos
▶ Rompimento da pele;
▶ Diminuição do fluxo sanguíneo;
▶ Sangramento excessivo; ◦
▶ Paralisia das extremidades.
TÉCNICAS

▶ Expor o local. As roupas devem ser cortadas e removidas sempre que houver suspeita de fratura
ou luxação.
▶ Controlar hemorragias e cobrir feridas. Não empurrar fragmentos ósseos para dentro do
ferimento, nem tentar removê-los. Usar curativos estéreis.
▶ Não recolocar fragmentos expostos no lugar.
▶ Observar e anotar a circulação, sensibilidade e motricidade.
▶ Informar o que está fazendo e o que planeja fazer.
▶ Reunir e preparar todo o material de imobilização (usar se possível, talas acolchoadas).
▶ Imobilizar. Usar tensão suave para que o local fraturado possa ser imobilizado. Movimentar o
mínimo possível. Imobilizar toda a estrutura óssea, uma articulação acima e abaixo. Advertir que
em alguns casos, a extremidade deve ser imobilizada na posição encontrada.
▶ Revisar a circulação, a sensibilidade e a motricidade. Assegurar-se que a imobilização está
adequada e não prejudicou o paciente.
▶ Prevenir ou tratar o choque.
KIT TRAUMA
IMOBILIZAÇÃO MMSS
LESÃO TORNOZELO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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