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INTRODUÇÃO
ANATOMIA RELEVANTE
MECANISMO DE LESÃO
Introdução
o São proporcionais a quantidade de energia envolvida no trauma
o Geralmente o pct desenvolve dor intensa relacionada a extensão do
sangramento para o denso envelope de tecidos moles que envolve o calcanhar
o Algumas horas após a lesão o edema é tão intenso que somem as pregas
cutâneas da área
Flictenas
o Decorrem de uma clivagem derme/epiderme, e o líquido em seu interior
representa um transudato estéril
o O líquido permanecerá transparente se a derme retiver algumas cel
epidermicas ou sanguinolento na ausencia dessas células
o Não há diferença nos diferetes tipos de tto para as flictenas
o As incisões cirurgicas devem ser modificadas para evitar áreas de pele com
flictenas
Necrose cutânea secundária fxs em língua desviadas
o Esse tipo de fragmento pode fazer pressão na região posterior do pé, podendo
resultar em necrose se não houver tto
o Nesse tipo de fx o cirurgião deverá considerar o tto imediato com redução
percutânea, imobilização em flexão plantar e cuidadosa monitoração
o A LESÃO DE FERIDA É A PP COMPLICAÇÃO DA FX DE CALCÂNEO
Fxs expostas (7,7 a 17%)
o Mais alto percentual de complicações como:
Infecção profunda
Osteomielite
Necessidade de amputação
o Podem se apresentar sob a forma de :
Ferida puntiforme medial (por espícula óssea)
Lesão maior na parte lateral, acompanhada de destruição significativa
de tecidos moles
o O tto deve consitir em:
ATB
Irrigação com 9L de SF0,9%
Desbridamento da ferida
Estabilização da fx (proteção de partes moles com FK ou FE)
Deve-se evitar a FI precoce agressiva, pois o trauma operatório extra
comprometerá o membro e o resultado poderá ser a amputação
o Podem ser necessários 3 meses ou mais até que as partes moles permitam
uma cirurgia de salvação, sendo usados procedimentos para o tto de uma
consilidação viciosa grave do calcâneo
IMAGENS
RX
o No pé:
Perfil do retropé
AP do pé
Projeção do calcanhar de HARRIS (projeção AXIAL)
Série TNZ (Projeção de BRODEN)
OBS: Se o RX sugerir lesão intraraticluar deve ser solictada uma TC
o Outras:
Em virtude da alta associação com fxs da lombar, deve ser
radiografada essa região em busca ativa de lesões
o Perfil:
Visualização do TRIANGULO NEUTRO ( combinação das trabeculas de
tração inferiores com as trabeculas de compressão, dando sustentação
as facetas articulares posterior e anterior) (Fig.59.7 , pág 2069)
Dois ÂNGULOS:
Ângulo de BOHLER (Y deitado)
o Linha do ponto mais alto do processo anterior até o
ponto mais alto do processo posterior
o Linha que tangencia a borda superior da tuberosidade
o Deve medir entre 20 e 40 graus:
Se < 20: indica que a faceta posterior sofreu
colapso
o AP do pé
Demonstra extensão da linha de fx até a articulação calcâneocubóide
Proporciona pouquissima informação (pode ser omitida)
TC
o Obtidas imagens em planos axial, semicoronal de 30 graus e sagital
o Fornece informações importantes
- triangulo neutro: avaliado no perfil e formado pela linha de tração da cortical inferior
e pelas linhas de compressão da faceta anterior e posterior.
CLASSIFICAÇÃO
Baseadas em RX
o ESSEX-LOPRESTI
Tipo língua -> fragmento articular fica preso a tuberosidade
Tipo depressão -> fragmento articular separado da tuberosidade
Ajuda a escolher o tto correto, mas dá pouca informação prognóstica
o SOEUR – REMY
Grau 1: cisalhamento sem desvio, com alargamento da sup. articular
Grau 2: linhas de fx secundárias, resultando em no mín 3 fragmentos,
dois dos quais incluiam a superfície articular
Grau 3: Intensa cominuição, não podendo ser classificadas
Baseadas em TC
o SANDERS:
Classifica fxs articulares, baseado em imagens no plano coronal
Divide o calcâneo em 4 áreas a partir de 3 linhas:
Sustentáculo
Medial
Central
Lateral
TIPO 1: Todas sem desvio (<2mm), independente do n de linhas de fx
TIPO 2: Fx da faceta posterior em 2 partes (uma linha de fx)
2A-> fx na linha A (linha mais lateral)
2B-> fx na linha B (linha central)
2C-> fx na linha C (linha mais medial)
TIPO 3: Fxs em 3 partes (duas linhas de fx), normalmente c fragmento
central deprimido. Tb divididas com base nos locais das linhas de fx
3AB
3AC
3BC
TIPO 4: fxs altamente cominuidas, geralmente com mais de 4
fragmentos
ANATOMIA APLICADA
Osso irregular
Superfície superior com 3 facetas articulares:
o Anterior, média e posterior
o A posterior é a responsável pela maior sustentação de peso e tb é a maior
o A média tem posição anterior e medial, ficando sobre o sustentáculo e
frequentemente tem continuidade com a faceta anterior
O tendão do flexor longo do hálux avança por baixo do sustentáculo
Lateralmente os tendões dos fibulares avançam obliquamente ao longo da parede
lateral do calcâneo, acomodando-se em dois sulcos rasos, com uma saliência óssea
entre os tendões (o tubérculo fibular)
Toda superfície atrás da faceta posterior é conhecida como tuberosidade posterior
Em sua superfície plantar, há 02 processos: lateral e medial -> origem dos abdutores
o Lateral: origem do abdutor do 5
o Medial: origem do abdutor do hálux
O tendão calcâneo insere-se na superfície posterior da tuberosidade
VIAS DE ACESSO
Medial:
o Entre a superficie plantar e o maleolo medial
o Eixo longitudinal ao calcâneo
o Essa incisão é orientada meio caminho entre o maléolo medial e o tendão de
aquiles, com a exposição do feixe esse pode ser afastado p frente p boa
vizualização da fx
Lateral - Sangerozan
o A mais utilizada atualmente
o Originalmente desenvolvida por Kocher
o Alguns cirurgiões tinham problemas com lesão do sural, lesão de vasos e
cicatrização
A arteria calcânea lateral era a pp responsável pela irrigação sanguínea
até o canto do pedículo e, por causa de sua proximidade com a incisão
de rotina, parecia ter maior probabilidade de lesão em decorrencia de
um posicionamento impreciso da incisão
Tto Conservador
o Indicações:
Fx extraarticulares sem desvio ou desvio mínimo
Fx intrarticulares sem desvio
Fx do processo anterior com < 25% de envolvimento da
calcaneocuboide
Fxs em pct com grave vasculopatia periferica ou DM insulino
dependentes
Pcts idosos deambuladores domiciliares (idade por si só não é
contraindicação ao tto cirurgico)
Formação de bolhas e edema extenso e prolongado
Grandes feridas abertas
Lesões que colocam a vida do pct em risco
o O tto conservador consiste em:
Tala
Seguida de conversão para robofoot + meia elástica de compressão
Exercícios de amplitude para a subtalar e TNZ
Não sustentação do peso por 10 a 12 semanas (até consolidação em
Rx)
Tto Cirurgico
o Indicações:
Fxs intraraticulares com desvio envolvendo a faceta posterior
Fxs do processo anterior com >25% da calcaneocuboide
Fx com desvio da tuberosidade
Fx-Lx do calcâneo
Algumas expostas
o A decisão de tto cirurgico geralmente é tomada após a TC
A cirurgia deve ser realizada dentro das 3 primeiras semanas, antes
que ocorra consolidação inical da fx
Porém não deve ser realizada até que as lesões de partes moles
tenham se dissipado (TESTE DO ENRUGAMENTO POSITIVO: faz
dorsiflexão e eversão do pé e vê a presença de rugas na face lateral)
Essa dissipação pode demorar até 21 dias
Fx intraarticulares:
1) Tratamento conservador
- FX sem desvio ou desvio menor que 2mm
- nos primeiros 3 dias deixar em tala com flexão neutra e membro elevado
- retirar tala e permitir brace articulado ou sem imobilização, permitindo a mobilização
*a mobilização articular é melhor que uma consolidação viciosa
- O tto preconizado é a imobilização não rígida, crioterapia e elevação do membro
o Resultados do conservador
Fxs pequenas, sem desvio (TIPO 1), tem bons resultados
O tto conservador pode resultar em, pelo menos, algum
comprometimento funcional persistente
o Resultados do cirurgicos
RAFI medial
Pouco utilizada pois resultava em redução indireta e
frequentemente incompleta da atriculação
RAFI lateral
Restauração da altura, comprimento e largura, são
reprodutiveis independentemente da extensão da cominuição
Placas bloqueadas
Avanço para as fxs complexas periarticulares e em osso
osteopênico
Uso viável em fxs cominutas, idosos ou pcts com reserva óssea
deficiente
Fxs bilaterais
o Geralmente apresenta pior prognóstico que as unilaterais
Lx talonavicular transcalcânea
o Mecanismo:
Pé intensamente flexionado plantarmente é impulsionado axialmente
na direção do TNZ (pé no pedal do freio com o assoalho se projetando
contra o pé)
Com isso a articulação talonavicular é luxada e a cabeça do talus
empurra a parte anterior do calcâneo
o Devido a elevado percentual de amputações em RAFI, é recomendado a
estabilização e FE adiando o tto definitivo após recuperação dos tecidos moles
Fx-Lx do calcâneo
o O fragmento superolateral permanece como parte da parede lateral, de modo
que o fragmento lateral inteiro e a tuberosidade posterior luxam lateralmente
o Pode ser sugerida pela luxação dos fibulares, que podem ser palpados anterior
ao maleolo lateral
o Normalmente as fxs de calcâneo são de separação simples, então se a lx puder
ser reduzida, a fx retornará a sua posição anatômica!!!!!!
o Para que isso ocorra, a redução deverá ser feita o quanto antes!!!!!!
o Conduta:
Tc de imediato
Cirurgia logo em seguida, pois em caso de atraso, fica extremamente
difícl de conseguir a redução adequada
o Na cirurgia após a redução o cirurgião pode fixar a fx e esperar duas semanas
para tto definitivo após melhora das partes moles ou prosseguir com fixação
percutanea da fx
o Se cominuição excessiva, é prudente esperar p tto definitivo
Fxs extraarticulares
o Processo anterior
Pcts cursam com dor, edema e equimose na região anterolateral do
retropé, além de dor a palpação do processo anterior
São erroneamente diagnosticadas com entorses de TNZ
Com frequencia ocorrem sec uma inversão + flexão plantar exagerada,
levando a avulsão por tensão no lig bifurcado
Pode avançar até a calcaneocuboidea, incluindo minimas partes da
articulação
É indicada cirurgia para aqueles que não responderam ao tto
conservador
Conservador se não apresentar desvio – 4 semanas de gesso
Cirurgia:
Se fragmento peq. fazer incisão
Mas se fragmento maior que 25% da articulação
calcaneocuboide, deve ser feita fixação definitiva com
parafusos pequenos
- Tratamento
> sem desvio: bota gessada
> com desvio: manipulação fechada + bota gessada (pode ser feita a fixação
percutânea)
COMPLICAÇÕES