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ÍNDICE
Capítulo 1 - O AUTOCONHECIMENTO E ASCESE
1 - O que Aprenderemos
2 - A Ascese Cristã
4 - A Acídia
5 - O Defeito Dominante
7 - A Mansidão
Capítulo 2 - O PECADO
1 - A Soberba
2 - A Gula
3 - A Luxúria
4 - A Avareza
5 - A Preguiça
6 - A Inveja
7 - A Ira
2 – O Temperamento COLÉRICO
3 – O Temperamento SANGUÍNEO
4 – O Temperamento FLEUMÁTICO
5 – O Temperamento MELANCÓLICO
6 - Conclusão
Capítulo 5 - AS 7 VIRTUDES
1 - A Fé
2 - A Esperança
3 - A Caridade
4 - A Prudência
5 - A Justiça
6 - A Fortaleza
7 - A Temperança e Conclusão
CAPITULO 1
1 - O que Aprenderemos
Aí nós vemos Jesus, aquele que foi capaz de trazer a Luz ao Mundo... Como o profeta
Isaias disse: Eis que o povo que andava nas trevas viu uma grande Luz: Jesus! Somente Ele é a
nossa luz, quanto mais buscarmos conhecê-Lo, mais vamos sentir o seu amor e amá-Lo de
volta.
Ou seja, não se trata de exercícios físicos, nem em como rezar ou como fazer as suas
orações.... NÃO!
Logo, esses exercícios espirituais vão deixar a alma mais forte, mais experiente e mais
inteligente na luta contra o mal.
Uma vez, tendo feito os dois cursos propostos aqui (Este Curso de Exercícios Espirituais e o
Curso de Formação Litúrgica do Católico), você terá uma lista grande de exercícios espirituais
para praticar:
2 - A ASCESE CRISTÃ
A Ascese são os exercícios diários que o cristão deve fazer para manter-se na presença de Deus
E ter uma vida santa.
OBS 2: A palavra Ascese vem de ascensor, elevar. Estar elevando constantemente o nosso ser
a Deus.
Os grandes padres místicos explicam que essa ascese mística é semelhante aos
exercícios dos atletas olímpicos: eles não treinam apenas na véspera das olimpíadas, mas sim
todos os dias, repetidamente, nos diversos períodos: de manhã, à tarde e à noite.
Assim também deve fazer o cristão que quer buscar a santidade e aproximar-se de
Deus. Ele deve exercitar-se na ascese diariamente, momentaneamente, elevando os seus
pensamentos a Deus a cada instante.
Sobre os exercícios ascéticos, São Paulo dizia: “Todos os atletas se impõem a si muitas
privações; e o fazem para alcançar uma coroa corruptível. Nós o fazemos por uma coroa
incorruptível”. (1Cor 9, 25).
Para praticarmos ascese, nós devemos lutar contra os nossos vícios e paixões, que são
chamados de nossos próprios demônios.
OBSERVAÇÃO: demônio aqui é entendido como os vícios e paixões que temos na alma e no
corpo.
É pela ascese, ou luta diária contra esses vícios e paixões (demônios), que nós
encontraremos a paz interior e a santidade. Essa grande luta contra o mal que há dentro de
nós só pode ser vencida com a força de Cristo que habita em nós, infundida pelo batismo.
Ascese não é uma simples oração em que um grupo de pessoas reza sobre mim e eu
passo a ser santo e ficar cheio do Espírito Santo. Ascese é um esforço pessoal e diário de muita
luta para vencer os próprios vícios e paixões: chamados na espiritualidade de “demônios”.
Exemplo: os apóstolos não se santificaram pelo fato de conhecerem Jesus. Somente depois de
3 anos de ensinamentos e muitas orações recebidos de Jesus foi que eles tiveram a infusão do
Espírito Santo em Pentecoste e saíram em missão, dando as suas vidas por amor a Cristo.
A santidade é a flor mais bela dessa terra, mas precisa ser semeada pela graça,
cultivada pelo esforço, defendida pela luta, para ser, um dia, colhida por Deus.
Esforço e luta pela Santidade: é o que vamos aprender a fazer neste curso.
Para um dia dizermos como São Paulo: “Combati o bom combate, terminei a minha carreira...
Resta-me agora receber a coroa da justiça”. (2 Tm 4, 7).
Ela explicou essa busca no livro “Moradas”, ilustrando a alma como se fosse um
castelo com 7 moradas; e quanto mais você vai para dentro das primeiras moradas mais
internas, mais perto de Deus você fica e mais santo você se tornará. Sendo que a entrada
nesse castelo é através da oração e a vida da graça (vida de ascese), evitando o pecado mortal.
“Tarde te amei, ó beleza tão antiga e tão nova! Tarde demais eu te amei!
Repetindo:
EXEMPLOS:
- Se eu penso em limão, minha boca saliva (primeiro vem a imagem e em seguida o sentir);
Portanto, para termos uma vida equilibrada e saudável não podemos deixar que
qualquer imagem ou pensamento chegue até a nossa cabeça.
Vou dar um exemplo pessoal que exerço: eu nunca assisto filmes de terror, porque senão eu
passo toda a noite tendo pesadelos e acordo apavorado, cansado e exausto no outro dia.
Então, como eu já aprendi esse funcionamento da minha mente, eu nunca assisto esse tipo de
filme, até porque eu sei que as imagens que estão naquele filme gerarão em mim sensações
ruins durante a noite e, quem sabe, durante o dia também.
É assim que os grandes meios de comunicação fazem: se eles querem que você passe
o dia inteiro triste e pensativo, eles ficam repetindo aquelas imagens daquela grande tragédia,
na TV, no Site e nas redes sociais, até a exaustão. Dessa forma, você ficará o dia inteiro com
aquela sensação de tristeza inexplicada.
Se eles querem que você fique revoltado(a) e/ou indignado(a), eles vão passar aquele
grande ato de corrupção ou injustiça, cometido por alguém. Dessa forma, você ficará o dia
inteiro indignado(a).
O mesmo acontece com as imagens que são repetidas para a nossa mente: ficam na
cabeça, e, para piorar, elas geram sentimentos correspondentes, conforme as imagens que
você absorveu no seu dia. Como vimos, os nossos sentimentos não podem ficar à mercê dos
outros, senão cada dia estaremos de um jeito.
Temos que controlar e filtrar o que entra pela nossa visão, assim como uma mãe que
cuida de todas as coisas que os filhos assistem para que eles não fiquem com medo. O mesmo
deve acontecer conosco, adultos, que temos que proteger a nossa mente, a nossa alma das
coisas maléficas que querem se apossar de nós através da visão, da audição, etc...
Devemos observar quais tipos de pensamentos mais nos perturbam durante o dia e
durante a noite. Quais deles permanecem mais em nós; Quais deles causam mais estragos em
nós; Quais deles mais nos incomodam e prejudicam a nossa alma... E não permitir que eles se
apoderem de nós, gerando emoções negativas que podem nos dominar e prejudicar.
4 - A ACÍDIA
FUGA DA REALIDADE:
A acídia se caracteriza pela fuga da realidade. Não se aceita encarar a sua própria
realidade. Por isso a pessoa está sempre com os pensamentos em outro lugar e evita o
momento presente.
EXEMPLO:
- Se ela está em uma reunião, ela sente que deveria estar em casa assistindo a novela;
- Se ela está rezando o terço, ela está preocupada com que roupa vai vestir para ir à missa;
- Se a pessoa está na missa, ela está pensando no que vai jantar após o termino da missa;
- Se ela está no trabalho, o pensamento dela está em casa, e acha que é lá que ela deveria
estar naquele momento.
Na Acídia, a pessoa fica como que dissipada, dividida e nunca consegue estar de corpo
e alma presentes em nada, tornando-se uma pessoa superficial e prejudicando a sua vida
interior, pois, dessa forma, pouco proveito ela tira da vivência espiritual.
A pessoa com acídia não consegue detectar com o que deve se ocupar. E assim fica
simplesmente ao léu dos pensamentos. Mas já não tem prazer em mais nada. Torna-se cínica e
se sente capaz de criticar tudo e a todos. Dessa forma, ela não tem apetite nem para o
trabalho, nem para a oração.
“Atualmente, a acídia também parece ser uma disposição fundamental de muitos jovens. Eles
são incapazes de envolver-se e entusiasmar-se por alguma coisa. Não são capazes de viver no
momento atual. Na intenção de sentir a vida, eles acham que precisam experimentar sempre
algo novo. Para os violentos dentre eles, a força bruta contra os outros é o único caminho para
se sentirem vivos.”
PERMANECER EM SI MESMO:
É suportar-se e não fugir de si mesmo. A fuga de nós mesmos não é a solução. Hoje
está em moda uma das três concupiscências: a concupiscência dos olhos:
O prazer desmedido que entra pelos olhos. Estou falando das redes sociais, TV, filmes e tudo
mais que nos satisfaz e entra pelo sentido da visão. Dessa forma, o permanecer em si mesmo
fica quase impossível para o homem e a mulher modernos.
Toda as vezes que eu tenho um problema, ao invés de resolvê-lo, eu vou para a TV.
Todas as vezes que preciso fazer as minhas orações, eu fico no celular vendo notícias e
acontecimentos pouco produtivos.
Vimos apenas algumas das centenas de formas que temos de fugirmos de nós mesmos
e evitar permanecer em nós e nos conhecermos interiormente. A ideia é parar de fritar o
nosso cérebro com tantas imagens e informações que nos cansam e nos empurram para fora
de nós mesmos e impedem que a semente de Cristo que foi plantada em nós possa germinar.
Hoje em dia, com tantos meios de distração, eletrônicos ou não, fica muito mais difícil
permanecermos em nós mesmos. A ideia é que permanecendo em nós mesmos, sem fugir da
nossa própria realidade, evitemos a fuga, e evitamos que a fuga chame a vários outros vícios,
como: a acídia, luxúria, gula, Inveja e outros.
Todos nós temos as noites escuras e sofrimentos. Todos temos uma cruz, mas após
permanecermos em nós mesmos, sem fugir, e enfrentando os nossos próprios demônios (que
são os vícios e paixões) nossa alegria virá em seguida, como diz o salmista:
“O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã.” (Salmos 30, 5).
5 - O DEFEITO DOMINANTE:
É silencioso: é como a traça, cupim... você não o vê, mas ele está corroendo, fazendo mal à
pessoa, e, geralmente, só é percebido depois de muito mal ter feito.
Normalmente: é o defeito mais perigoso e é o oposto da qualidade que temos em nós. Ex: São
Francisco de Sales tinha o defeito dominante da ira e o seu oposto conseguiu a Docilidade.
Inclinação do defeito dominante: depende do temperamento da pessoa, que, por sua vez,
depende da biologia, cultura social e resquícios de pecados. Há temperamentos inclinados a
um dos pecados capitais: Soberba, avareza, luxuria, inveja, gula, ira e preguiça.
Não ter ilusão sobre si mesmo: achando que somos algo que não somos (perfeitos sem erros),
Lembrar da benção da água tradicional, que diz que aquela aspersão afasta de nós todas as
ilusões. Que é própria do demônio. Ilusão e Mentira.
O defeito dominante, muitas vezes, se reveste de virtude (QUER SEMPRE JUSTIFICAR): sendo
de difícil identificação e aceitação. O homem irado não se diz irado, mas que ele é a justiça do
mundo; O luxurioso, que é um grande amante das mulheres; O avarento, que é uma pessoa
prudente... O soberbo diz que não tem tempo para rezar porque está sempre ocupado com as
coisas da igreja.
Por que é tão necessário conhecer o nosso defeito Dominante? Porque o demônio nos
conhece bem. Ex: se o defeito da pessoa é a luxúria, então ele vai tentar coisas relacionadas à
sexualidade, pornografia, lembranças, etc... Se é a ira, coisas relacionadas, como a raiva, etc...
Dicas para conhecê-lo: analisar quando acordo de manhã... Para que lado tende os meus
pensamentos, minhas preocupações? O que estou pensando quando minha cabeça está
parada? Isso é para saber o que povoa meu coração e para onde ele está seduzido. Observar a
cultura interna da minha vida: tudo que já cultivei e se me apego a essas pequenas
arvorezinhas que podem vir a ser o pior demônio da minha vida.
Pois o combate espiritual é mais importante do que a vitória. Não se pode dar trégua aos
defeitos. Fazendo dos defeitos, pecados de estimação. A santidade é essa realidade bela e
maravilhosa, mas que leva consigo essa dura batalha contra o nosso defeito dominante. Sem
esse combate, não se tem alegria interior e nem paz. A paz nasce do espírito de sacrifício.
“Porque a paz é a tranquilidade na ordem”. (Santo Agostinho).
Portanto, quando o Senhor permite a tentação, faças o que podes e peças o que não podes.
Um sinal para saber se a ascese está nos conduzindo para Deus é o não julgar o
próximo. Pois o julgamento pertence a Deus, que conhece todas as coisas.
O julgamento alheio é sinal que várias paixões, vícios e pecados habitam dentro da
pessoa que julga e estão se manifestando, pois quando julgamos é porque somos:
soberbos;
ou arrogantes;
ou sem compaixão;
ou invejosos;
ou maldosos;
O julgamento dos outros nos torna cegos para as nossas próprias falhas:
Quem julga e condena com frequência é sinal que não conhece a si mesmo. Todavia,
nós temos a mesma natureza da pessoa julgada. Pois se conhecesse a si próprio, a pessoa
saberia que está carregando em si mesma aquilo que julga nos outros.
DISSE JESUS:
“Não julgueis, para não serdes julgados. Porque do mesmo modo que julgardes, sereis também
vós julgados.” (Mt 7, 1).
“Por que vês tu o cisco no olho do teu irmão, e não percebes a trave que há no teu próprio
olho?” (Lc 6, 41).
⮚ Aquele que evita o julgamento do irmão, ocupa-se mais consigo mesmo, em consertar os
próprios defeitos.
⮚ Ele imita a Nossa Senhora: que apenas observava todas as coisas e as meditava em seu
coração. (Cf. Lc 2, 19).
⮚ Aprende a falar na hora certa, para que suas observações tenham força;
⮚ Não quer castigar nem maltratar os outros com palavras, e todas as suas observações são
bem recebidas pelos irmãos, porque suas palavras estão sempre cheias de misericórdia.
O CALAR:
“Os monges elogiam sempre de novo o calar. O calar é, para eles, o caminho para encontrar-se
consigo mesmo, o caminho para descobrir a verdade do próprio coração. Todavia, o calar é
também o caminho para libertar-se do perigo de constantemente criticar e julgar o outro.
Corremos sempre o perigo de avaliar, apreciar e criticar a todo ser humano que encontramos.
E, não raro, nos descobrimos novamente a criticá-lo e a julgá-lo. O calar impede de julgar e nos
leva a confrontar-nos sempre de novo conosco mesmos. Ele cria uma barreira e inibe que
projetemos nossos lados sombrios sobre o outro. Os antigos sabiam do perigo de
constantemente tendermos a girar em torno do outro com nossos pensamentos e boatos.”
Muitas vezes, faz-se necessário o exercício consciente do calar, a fim de que também o
coração possa se acalmar. Para justificar o julgamento alheio, corremos o risco de achar que só
estamos preocupados com a salvação do nosso irmão. Porém, só fazemos barulho sobre os
pecados dele, ao passo que os nossos próprios pecados são muito mais numerosos e
escandalosos.
Mas, por sorte, há o remédio do calar. Através do calar é possível fazer as agitações
interiores aquietarem-se. No calar, a poeira levantada pode assentar-se, de modo que o
interior possa ganhar uma tal nitidez, como acontece com o vinho turvo que, ao ficar parado
durante um longo e silencioso tempo, se torna cada vez mais transparente.
7 - A MANSIDÃO
A mansidão é uma virtude que agrada muito ao nosso Pai Celeste. Que viu esta virtude
em Moisés e o elogiou: “Moisés era o mais manso de todos os homens da terra”. (Nm 12,3).
A virtude da mansidão é tão bela e agradável a Deus e aos homens, que Nosso Senhor
Jesus Cristo indica como uma característica de seu próprio coração, a qual devemos imitar:
“Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração.” (Mt 11, 29).
O FINGIMENTO:
Por saberem que tão grande é essa virtude diante de Deus e dos homens, muitos
fingem ter a virtude da mansidão: fingem ser mansos, principalmente quando estão sendo
vistos. Porém, é só uma contrariedade aparecer e permanecer em suas vidas que eles já
explodem como um homem mundano, sem Deus.
“O nervosismo interior é uma doença de nossa época. Todos vivem como imersos em um
estado de sensibilidade, de irritação, que abala os nervos, e conserva muitas pessoas em
perpétua irritação.
– Este é o meu gênio! – Não está em mim conter-me ! – Sou nervoso assim mesmo! Etc...”
TORNAR-SE MANSO
“A santidade é a flor dessa terra, mas precisa ser semeada pela graça, cultivada pelo
esforço, defendida pela luta, para ser um dia colhida por Deus.”
(Fonte: https://irmandadedocarmo.org/2020/01/28/instrucao-sao-francisco-de-sales-e-a-mansidao)
8.1 - JACULATÓRIAS
“Sede sóbrios e vigiai. Vosso adversário, o demônio, anda ao redor de vós como um
leão que ruge, buscando a quem devorar.” (1 Pd 5, 8).
As jaculatórias são orações ou invocações muito curtas que ajudam na nossa ascese
diária. Essas invocações diárias são pequenos exercícios que nos ajudarão a vigiar e não
sairmos da presença de Deus durante o nosso dia a dia.
Ex 1: “Rogai por nós, Santa Mãe de Deus. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.”
Ela deve ser fervorosa, podendo ser muito pequena, para apenas esquentar o coração de amor
a Deus:
Ela pode ser também uma pequena oração criada por você mesmo... Ou também um pequeno
fragmento de texto que você retirou da Bíblia:
Ex 6: “Libertai-me Senhor...”
Ex 7: “Socorrei-me Senhor...”
OBSERVAÇÃO:
A DEUS ONIPOTENTE:
● Meu Deus! Eu creio, adoro, espero e amo-Vos. Peço-Vos perdão pelos que não creem,
não adoram, não esperam e não Vos amam;
A JESUS CRISTO
● Oh sangue e água que jorrastes do coração de Jesus como fonte de misericórdia para
nós, eu confio em vós;
● Sagrado Coração de Jesus que tanto nos amais, fazei que eu Vos ame cada vez mais;
À VIRGEM MARIA
● Doce Coração de Maria (ou Imaculado Coração de Maria), sede a nossa salvação;
● Ó Maria concebida, sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós!
À SAGRADA FAMÍLIA
AS VISITAS:
O grande Dom Bosco nos ensina o Seguinte sobre as visitas a Jesus Sacramentado:
(Dom Bosco)
As visitas aí mencionadas por Dom Bosco são diferentes da adoração. Explico! A Visita
a Jesus Sacramentado é uma ação mais rápida, porque são feitas durante as atividades do dia a
dia… Por exemplo, no intervalo entre um trabalho e outro… Na hora do almoço, ou na volta
para casa, etc.
Você apenas entra na igreja, faz uma genuflexão ou reverência ao sacrário e diz a Jesus
que o ama… O agradece pelo seu dia… ou faz uma jaculatória, ou diz o que estiver no seu
coração, ou até mesmo pode guardar o silêncio interno e externo.
Pode demorar apenas alguns segundos ou alguns minutos. Depois desse pequeno
momento, dessa pequena visita, você poderá voltar aos seus afazeres diários. Esse pequeno
gesto de amor a Jesus Sacramentado é muito recomendada por Dom Bosco. Sendo que os
frutos recebidos são testemunhados por muitos santos e pessoas normais.
A ADORAÇÃO:
“A Igreja e o mundo têm grande necessidade do culto eucarístico. Ela nos manda
adorar a Cristo sob os véus eucarísticos e suplicar-lhe os dons sobrenaturais e terrenos de
que temos sempre necessidade... Pois Eucaristia produz a graça e contém de modo
permanente o próprio autor da graça.” (Cf. CIC 1380; MD 117).
Santo Agostinho afirma: “Ninguém come esta carne sem que antes tenha adorado’... e
acrescenta... e pecamos por não o adorarmos”. (MD 116).
O exercício da oração do santo terço, com certeza, é a oração mais querida e mais feita
pelos católicos. Nele, contemplamos toda a vida de Nosso Senhor Jesus Cristo, saudando a
santíssima Mãe Sagrada: a Virgem Maria.
- Um Terço é composto de 5 dezenas, em que cada dezena é rezado dez ave-marias e um Pai
nosso.
Nossa Senhora, quando apareceu aos três pastorinhos, em 1917, em Fátima, fala que
Lúcia e Jacinta iriam um dia para o céu, mas que Francisco precisava ainda rezar muitos terços
para alcançar o céu.
Nessa fala, nossa Mãe do Céu demonstra, mais uma vez, em uma aparição, que ela
tem o grande poder de intercessão por nós, diante do seu filho Jesus.
Essa intercessão não é comparada a de nenhum outro santo. Foi isso que o
ensinamento das bodas de Caná nos ensina, e também quando no magnifica é rezado: o
Senhor Fez em Mim Maravilhas... Doravante as gerações me chamarão de bem aventurada. Na
oração do santo terço, além de contemplarmos os mistérios da vida de Jesus, também
usufruímos da intercessão da Santíssima Virgem Maria.
3. O nascimento de Jesus;
2. A Flagelação do Senhor;
3. A Coroação de espinhos;
1. A Ressurreição do Senhor;
2. A Ascensão do Senhor;
1. O Batismo no Jordão;
4. A Transfiguração;
5. A Instituição da Eucaristia.
OBSERVAÇÃO:
Na oração do terço, dentro do ambiente da igreja, podemos fazer a junção dos três
exercícios espirituais que vimos aqui: Terço + Jaculatórias + Adoração ao Santíssimo.
A Santa Missa é a oração mais importante que existe. Não existe nada comparado a
uma Missa. E o motivo é porque a cada santa missa se atualiza toda a redenção de Jesus.
Todos os méritos adquiridos, merecidos por Jesus na Cruz, são atualizados em cada santa
missa celebrada.
E por ser a missa tão importante para nós, você tem, aqui, na sua área de membros,
um curso inteiro dedicado só sobre a explicação da Santa Missa, com mais de 64 aulas... E
ainda mais um e-book (um Livro Digital) sobre a Missa.
E caso você ainda não tenha assistido ao curso, peço a você que assista, pois, com
certeza, te ajudará muito em sua espiritualidade:
"O sagrado sacrifício do altar não é uma pura e simples comemoração da paixão e
morte de Jesus Cristo, mas é um verdadeiro e próprio sacrifício, no qual, imolando-se
incruentamente (sem novo derramamento de sangue), o Sumo Sacerdote (Jesus) faz
aquilo que fez uma vez sobre a cruz, oferecendo-se todo ao Pai, vítima
agradabilíssima." (MD 61).
CAPITULO 2
O PECADO:
Primeiro e Grande Ensinamento: o nosso maior inimigo é o pecado. O homem está sempre
pecando, pois ele tem que saber que tem 3 grandes inimigos da alma para lutar por toda a
vida: 1 - O Demônio; 2 - O Mundo; 3 - A Carne; Os três sempre lhe sugerem o pecado.
Pecado: é eu escolher a minha vontade, rejeitando a vontade de Deus para minha vida. “É um
amor de si contra si mesmo”. Exemplo do marido infiel: é um amor para consigo mesmo,
contra ele mesmo.
É um idolatrar-se: eu sou o meu próprio Deus: “Assim, o pecado é o amor de si próprio levado
até ao desprezo de Deus”. Para corrigir essa desordem, Jesus amou e obedeceu tanto o Pai ao
ponto de desprezar-se a si mesmo até a morte de Cruz. (cf. CIC 391, 1850-1851).
“Ouvi: saiu o semeador a semear. Enquanto lançava a semente, uma parte caiu à beira do
caminho e vieram as aves e a comeram...”. (Mc 4ss).
Jesus continua essa parábola explicando o que aconteceu com cada semente lançada
em cada tipo diferente de terra. Nesse mesmo capitulo 4, após acabar de contar-lhes essa
parábola, os apóstolos pedem que Jesus explique o que Ele quis dizer com aquela parábola.
Ele nos explica que...: As sementes são a palavra de Deus que foram lançadas, semeadas em
nosso coração por Deus Pai; daí vem os três inimigos, usando várias táticas para arrancá-la de
nosso coração.
1º: O DEMÔNIO:
- “Alguns (pessoas) se encontram à beira do caminho, onde ela é semeada; apenas a ouvem,
vem Satanás tirar a palavra neles semeada”. (Mc 4,15).
2º: O MUNDO:
- “Outros ainda recebem a semente entre os espinhos: ouvem a palavra, mas as preocupações
mundanas, a ilusão das riquezas, as múltiplas cobiças sufocam-na e a torna infrutífera.” (Mc
4,19).
3º: A CARNE:
E esse último inimigo explicado por Jesus é a CARNE ou VÍCIOS que temos.
É exatamente isso que acontece em nossos corações, nos corações dos Brasileiros.
Praticamente todo brasileiro já teve contato com a palavra de Deus. Ela já foi semeada no
coração dele. Mas vêm esses três inimigos da alma e dão um jeito de arrancar essa palavra
que Cristo nos deu. E sem saber, as pessoas entregam livremente os seus corações a esses
inimigos. E o resultado é o que vemos hoje no Brasil e no mundo: uma nação caminhando para
o paganismo total.
Ou seja, após o pecado original de Adão e Eva, a nossa liberdade está ferida e inclinada para o
mal.
I - PECADO MORTAL:
É um pecado que causa a morte da alma. Mata a graça e a comunhão com Deus. Para
recobrar essa graça é através da contrição (não precisa ser perfeita, pois esta nem sempre vem
com nosso desejo) e confissão. A maioria da humanidade vive em pecado mortal sem
nenhum tipo de arrependimento.
REQUISITOS PARA SER PECADO MORTAL: “Para que um pecado seja mortal, requerem-se, em
simultâneo, três condições: É pecado mortal o que tem por objeto uma matéria grave, e é
cometido com plena consciência e de propósito deliberado”. (CIC 1857).
3 – Consentido Livremente: é quando mesmo a pessoa sabendo que aquela ação é pecado,
transgride a lei de Deus ou um ensinamento de Cristo, e, mesmo assim, a pessoa vai lá e o
comete.
Mesmo que o pecado foi consentido de forma semiplena, entende-se que foi consentido
livremente. Exemplo de advertência semiplena: é quando a pessoa faz algo não estando
consciente, como o embriagado, mas antes da embriaguez houve consentimento, porque foi
ato humano, com plena advertência, foi querido pela inteligência e desejado pela vontade.
Sendo assim, ela é responsável por ter causado as consequências. Ex: a pessoa que sempre
dirige alcoolizada, até um dia matar alguém atropelado.
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30
II - PECADO VENIAL:
Não é de matéria Grave; Não nos retira a graça. Mas fere a comunhão com Deus. Ajuda
perceber os pecados veniais ao refletir se cometemos os pecados capitais. Mas atenção: há
pecados veniais de matéria grave. Como é o caso da luxúria, que está no 6º mandamento.
PERGUNTAS:
● Pode-se comungar em pecado venial? Sim. Somente em pecado mortal que não.
Exemplo da luxúria: olhar apetitoso para as mulheres na rua, assistindo cenas mais picantes de
filmes, fazendo piadas sexuais até o ponto de faltar contra 6º mandamento.
O Demônio trabalha essa predisposição dos pecados veniais na cultura: TV, Filmes (cultura de
morte), novelas, livros, músicas, relações caluniosas e más entre as pessoas, agressividade, etc.
Até as pessoas estarem totalmente predisposta ao pecado mortal. É como uma goteira que vai
pingando até furar a pedra. Ex: para um jovem, hoje em dia, é praticamente impossível ele
conseguir se sobressair sem ter uma sexualidade pervertida. Pois a pornografia está a uma
palavra de seus dedos.
São José Maria Escrivá e Padre Garrigou Lagranje: afirmam que não é possível ter uma vida
espiritual autêntica sem uma luta séria contra os pecados veniais cometidos deliberadamente
(Consciente).
O pecado Venial nos priva das graças atuais: como auxilio na inteligência e na vontade, para
fazer a vontade de Deus para o caminho de nossa salvação. Com isso, se cria uma barreira,
privando-nos dessa graça atual e necessária.
Nivelar por baixo: a pessoa tende a nivelar a sua vida por baixo, dizendo: “ah, esse pecadinho
nem faz diferença! Todo mundo faz; Eu não sou santo; Essa olhadinha não vai me matar; Essa
piadinha faz bem para alma; É só um golinho ou é só um tapinha; todo mundo fala mal de todo
mundo; Deus tem mais o que fazer do que ficar cuidando de coisas pequenas (pecado
imperdoável)”.
O Pecado venial vai diminuindo o fervor da caridade no coração: “Jesus Disse: Sede perfeitos
como vosso pai do Céu é perfeito.” (Mt 5, 48). Ele não disse: olha, seja mais ou menos bom... A
palavra que Jesus nos ensinou foi “sim sim, não não”. Porque os mornos o Senhor vomitará.
(Cf. Ap 3, 16).
Esses Pecados Veniais aumentam em nós as dificuldades para fazer o bem: fica mais difícil
rezar, fica difícil conviver, superar as próprias limitações e tentações: fica mais difícil ser um
honesto “Cristão e Bom cidadão”, como tanto pediu Dom Bosco aos seus filhos.
Santa Teresa diz que o pecado mortal nos deixa fora do Castelo (Graça de Deus): à mercê dos
bandidos, bichos, ladrões e toda sorte de doenças e tudo de mau que tem fora dos muros.
A pior coisa para alma: não é um pecado em si, mas compactuar com o pecado e ter uma
estimação por ele. Deve-se pedir a Deus como fazem os santos: ter horror ao pecado. “Antes
Morrer do que Pecar”. (São Domingo Sávio).
Deve-se evitar o pecado com: oração, vigilância e espírito de penitência. Vivência humilde do
evangelho, a exemplo do pobre Francisco de Assis, que não buscou a teologia do evangelho,
mas a vivência das palavras de Cristo.
Não deve haver diálogo com a tentação: na luta contra o pecado não se dialoga com a
tentação, com o mal; o mal sempre ganhará, pois ele já te levou a dialogar com a tentação.
Daí fugir das ocasiões de Pecados. Pois não é porque não estamos em pecado mortal que não
tenhamos predisposição para tal; ainda há muitas relíquias do pecado dentro do homem. Que
por sua vez só podem ser purificadas pelas penitências Ativas (as que eu mesmo busco) e
Passivas (as que vem de Deus).
CAPITULO 3
2 – Avareza;
3 – Luxúria;
4 – Ira;
5 – Gula;
6 – Inveja;
7 – Preguiça.
(Lembrete: S-A-l-i-G-i-P)
Origem do nome Pecado Capital: capital vem de “caput”: cabeça – Capital do país,
centro do país. Ou seja, cada um destes 7 pecados capitais é cabeça de um monte de outros
pecados. De cada um, descende vários outros. Cada um desses pecados cabeça tem um corpo
cheio de pecados.
ATENÇÃO:
É o pecado do ateu (Deus não existe, eu sou o senhor da vida – sendo que até
recentemente a pessoa era um bebê e mamava... tendo a sua existência totalmente amparada
por Deus), é o pecado de Lúcifer, é o pecado de Adão e Eva em querer ser igual a Deus. É o
pecado dos hereges. Heresia significa escolha: eles escolhem no que vão acreditar.
Sinais de Orgulho:
Nasce do orgulho:
REMÉDIOS:
É a humildade diante de Deus. É reconhecer que Deus é a única fonte de todos os bens
e todas as virtudes. É o que é rezado na doxologia: por Cristo com Cristo... a vós Deus Pai...
Todo Honra e Toda a Glória. Por isso, deve-se prestar mais atenção nessa parte da missa,
porque estamos sendo hipócritas, pois nem toda honra e toda Glória damos para Deus.
2 - GULA:
Concupiscência: é a fome pelo Pecado (Santo Agostinho). Gula e luxúria estão ligadas pelo
apetite concupiscível. Todos Nós nascemos clamando pelo pecado, uma antagonia à fome de
Deus.
Deus, em sua perfeição, permitiu a sensibilidade, o prazer nas coisas sensíveis para o bem do
homem, e manutenção da espécie: todavia, dentro de uma ordem. A fêmea é atraída pelo
macho, vice versa. O prazer de beber água, de se alimentar... está na Infinita sabedoria de
Deus. O mesmo se diz sobre o prazer no ato conjugal.
- Na vontade: foi ferida pela malícia. (Vejo o bem que quero e faço o mal que não quero...)
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- Apenas Nossa Senhora não teve o pecado original e se livrou destas feridas.
Também está na distinção de comidas e comidas só para sentir o prazer de comer super bem.
Mas não somos puritanos, em que eles não aceitavam nem o prazer na comida. Ela se torna
um pecado quando se faz mal para a saúde.
Muita Atenção porque a gula é porta de entrada para a Luxúria: cuidar as festas, que é uma
conjunção da gula e da luxúria. Nas festas paroquiais e familiares é difícil arrancar o espírito
mundano delas, em que impera e perpetua esses vícios. Dali quer se projetar aquela alegria
que se sentiu daquele instante para os outros momentos da vida. No calor da alegria daquele
momento, pergunta-se porque não se pode ter uma vida inteira assim, de alegria.
Gravidade: é seriedade própria de quem é filho de Deus, podemos ser alegre, mas nunca nos
foge da frente o temor e Deus.
Na mesa/festa há faltas contra a prudência: toma-se compromisso que não se poderia fazer
sem ofender a Deus. Ex: marcar uma despedida de solteiro com um amigo que vai casar, em
que se leva o noivo a pecar contra a castidade e a fidelidade na véspera do casamento do
rapaz.
A gula é o oposto da Cristificação: pois na cristificação eu vou morrendo para mim mesmo,
morrendo e mortificando todos os vícios e paixões, sendo uma luz para o mundo, como Cristo
o foi (e é). Mas a gula faz com que vivemos para nós mesmos, em benefício dos nossos
próprios prazeres. Mesmo que a gula não seja um pecado mortal, ela vai esfriando a nossa
entrega a Cristo.
Sedução imperceptível do demônio: ele quer só que iniciemos um diálogo com ele. Aí ele dará
muitas voltas em nós, sem que saibamos que estamos sendo seduzidos.
REMÉDIO:
Para combater a gula tem que ter moderação e uma pureza de intenção. O remédio dos
remédios usado por todo o sempre pelos cristãos: jejum e abstinência.
“Quer comais, quer bebais, em tudo dai glória a Deus.” (1Cor 10 ,31).
3 - LUXÚRIA:
Desordem na sexualidade do homem e da Mulher a qual Deus criou para dar a vida e
para o bem dos esposos.
Luxúria é o Pecado de Herodes: como vemos na passagem de Herodes, que caiu no pecado da
Luxúria duas vezes: primeiro por tomar como esposa Herodíades, que era esposa do seu irmão
Felipe; e depois em ficar seduzido pela dança da filha de Herodíades, e mandar matar a João
Batista como prêmio: (Cf. Mt 14, 1-12).
Todos os pecados de luxuria são Mortais: internos ou externos se vou deliberado e com pleno
consentimento. É a questão do consentimento.
Hábitos Tirânicos: quem é dominado pela luxúria leva-se a hábitos tirânicos. Fica facilmente
irado, principalmente quando contrariado. A luxúria gera uma escravidão e falsa ilusão de
segurança. Exemplo das drogas: após usar, aparece a angústia, porque os problemas voltam
depois que passa o efeito da droga. Então, volta-se a usar, fazer o ato para não ficar muito
tempo consciente e fora da sensação de “segurança” que esse vício dá.
Nas relações afetivas ou de amizade: tende a tratar o outro como um objeto, que apenas
pode me dar prazer.
Avareza: Também tem a avareza interior, quer tudo, tudo consumir, e nunca renunciar a nada.
Avareza no matrimônio: a não renunciar aos bens, não querer ter filhos por não querer
partilhar os bens e ser generoso. Porque a renúncia não é só para o padre, mas sim no
matrimônio também.
REMÉDIO:
Olhar: cuidar tudo que entre pela vista (as 3 concupiscências). “Disse Jesus que todo aquele
que coloca os olhos em uma mulher com concupiscência já pecou.” (Mt 5, 27ss).
A luta contra essa tentação: Lembrar que algumas tentações só são vencidas com Jejuns, disse
Jesus.
É possível para nós guardar a vista e fugir das ocasiões de pecados, mas não
conseguimos nos livrar sozinhos de todos os pecados da luxúria e outros, senão, não
precisaríamos da redenção de Cristo. Com o auxílio da graça é possível. E é por isso a vida de
oração. Pois todos santos sabiam “de cor”: que se Deus não me ajudar, eu sou capaz de todos
os erros e horrores do mundo. Mesmo os pecados mais baixos do homem, sei que sou capaz
de cometer.
4 – AVAREZA
Estamos no mundo e precisamos dos bens materiais. Mas não de forma desordenada e
idólatra.
Avareza, amor desordenado para com os bens temporais da terra: idolatria do dinheiro. A
maneira de se portar com avidez, a caça ao dinheiro, mais coisas, mesmo nas coisas lícitas.
A avareza vai cegando as pessoas, deixando-as cada vez mais escravizadas: como diz a
escritura: “Mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde a traça nem a ferrugem podem
destruir, e onde os ladrões não arrombam e roubam. Porque, onde estiver o teu tesouro, aí
também estará o teu coração.” (Mt 6, 20-21)
Ninguém tem o Direito de Tomar Posse do Nosso Coração: Somente Cristo, nossa Luz, pois
ninguém jamais nos amou como Ele nos amou e ama.
“Eis o que diz o Senhor: Maldito o homem que confia em outro homem, que da carne
faz o seu apoio e cujo coração vive distante do Senhor!” (Jr 17, 5).
REMÉDIO:
Confiança na divina providência. Ex: de Dom Bosco, que com frequência não tinha nada para
dar de comer aos filhos para os dias da semana (mais de 500 internos), e dizia que o Senhor
iria prover, e assim acontecia.
Observação da Divina Providência: as grandes obras de Deus foram feitas sem dinheiro: as
obras de Jesus, os apóstolos, São Francisco de Assis, Madre Tereza de Calcutá...
Por isso que para servir a Deus só é possível tirando a dependência da criatura, foi o
que o jovem rico não conseguiu fazer. Quando Jesus o mandou vender tudo e dar aos pobres
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para ele conseguir o céu: “ele ficou abatido e afastou-se triste, porque tinha muitas riquezas.”
(Mc 10, 17).
Para nos colocarmos no lugar do jovem rico: é importante saber para sempre lembrar que as
posses do jovem rico são as mesmas de boa parte das pessoas de hoje em dia: uma casa,
carro, uma segunda casa e certo conforto na vida.
5 - PREGUIÇA:
Na preguiça quer-se sempre evitar o trabalho que possa arrastar fadigas. Quer sempre
estar fazendo coisas que apenas lhe agrada: vídeo game, filmes, assistindo, jogando. Beira ao
estado patológico.
ATENÇÃO:
Pode haver preguiça em consequência de estado patológico: pode ter estados físicos de
saúde que levam a pessoa à preguiça: como anemia, depressão... (Buscar cuidados médicos).
A INDOLÊNCIA
A preguiça é a mãe da indolência. Indolente é aquela pessoa que não tem força,
energia para tomar partido nas coisas. Nem pelo lado das coisas de Deus e nem para o lado da
maldade. Ela simplesmente fica em cima do muro e sempre embarca na melhor oportunidade:
seja ela de onde vier. O indolente é sempre indiferente. Ele não recusa e tem aversão ao mal,
ele só é indiferente. A sua ação está sempre ligada às recompensas.
MUITA ATENÇÃO: porque da desordem nunca pode levar a algo ordenado e nem a Deus.
Existe aquele aspecto da preguiça: onde a pessoa faz tudo com moleza e lentidão. Tudo faz
mal feito (Tendendo a letargia).
A preguiça foi o pecado do Rei Davi – onde se deitou com a esposa de um dos seus generais:
A passagem bíblica começa assim: no tempo da guerra, onde todos os reis iam para guerra,
mas Davi não tinha ido naquele dia que viu a esposa de seu general e a cobiçou, porque
naquele dia ele tinha dormido até o meio da tarde. (2 Samuel 11, 1).
Preguiça é também: fazer as coisas, mas querer fazer apenas aquilo que nos agrada em
detrimento daquilo que realmente devemos fazer, pois geraria esforço não quisto.
Acídia: preguiça da vida espiritual. Abatimento. É um cansaço em tudo que diz respeito à vida
espiritual: ir à missa, oração, trabalho. Tudo pesa, leva a fazer as ações mal feitas ou encurtá-
las. Sempre quer estar em outro lugar. Nunca fica satisfeita em estar consigo Mesmo.
Um “SER” pobre: a pobreza, muitas vezes, está nessa questão da preguiça espiritual, falta de
energia para sair dela. A pessoa em tudo se apequena. Por falta dessa energia de espirito e
conhecimento.
A preguiça deixa a alma desprotegida: pois o ócio ensina muita malicia. Malicia até mesmo
para perpetuar-se no ócio e ser feliz aí. A preguiça facilita o que a imaginação fixou.
REMÉDIO:
Lembrar das palavras do padre Eduardo Ambrósio, já idoso, que dizia: “Se até mesmo as
formiguinhas trabalham, por que nós não haveríamos de trabalhar?”
Trabalho: São Paulo diz: fazei tudo para Glória de Deus; “Quem Não trabalha não deve comer”.
(2Ts 3, 10)
6 – INVEJA:
É uma tristeza pelo bem do outro. E vem acompanhado como uma tristeza do coração
que fica apertado. Por exemplo, alguém foi elogiado na minha frente e eu não. Ela está sempre
ligada em relação ao outro.
A filha da inveja: querer ter o que o outro tem. Mas não necessariamente, porque pode ter
uma pessoa que está doente e quer a saúde, um pecador que olha para vida do santo e quer
ser santo também.
Emulação: Esta última chama-se emulação: querer as coisas boas, mas sem tirar do outro,
apenas imitando-o positivamente. Isso é o ato de emulação (imitação).
Tristeza: logo a inveja se caracteriza como uma tristeza pelas conquistas dos outros. E fico
chateado e acabo justificando o porquê a pessoa não deveria ter ganhado esse louvor, essa
honra, ou aquele bem material...
A inveja tenta atenuar esse louvor, criticando aqueles que são louvados. Ex: “Você está
elogiando, mas você não conhece essa pessoa. Ele é boa pessoa? Você que pensa! Não é bem
assim não!”
A inveja é cabeça de vários outros pecados: ódio, difamação, alegria com o mal...
A inveja se assemelha muito ao ciúme: enquanto na inveja ficamos tristes pelo bem do outro,
no ciúme eu fico triste, bravo pelo um bem próprio: “não pega isto, porque isso é meu, aquela
mulher é minha.” O Sentimento de posse sobre pessoas. Ciúme doentio.
Sentir versos, Consentir no pecado: o sentir a inveja não é um pecado mortal e sim venial, mas
ao consenti-lo e apoiá-lo é um pecado mortal. Vai contra o 10º mandamento: não cobiçar as
coisas alheias.
mau. Mas Deus nunca nos abandona, até as tentações do demônio é uma permissão de Deus.
Ele permite, mas dá todas as graças necessárias para superar e nos tornarmos melhor em mais
amor.
A superação das tentações gera uma alegria sobrenatural: que irrita a quem tem o coração
tomado pela inveja.
A inveja dos bens espirituais é mais grave do que a dos bens materiais: “porque ele tem a
graça de Deus e eu não...? Isso não é justo!!!” Ela incita sentimentos de ódio contra o invejado.
Começa a falar mal dele a desacreditá-lo para os outros, quebrando a imagem dele.
A inveja na passagem de José do Egito e seus irmãos: (Gn 37ss). “Quando os seus irmãos
viram que o pai gostava mais dele do que de qualquer outro filho, odiaram-no e não
conseguiam falar com ele amigavelmente”. (Gn 37, 4). Não consigo nem conversar com a
pessoa invejada.
Cria Divisões: a inveja propicia o criar divisões. “Diabolus” significa aquele que divide.
Leva a um desejo absurdo de riqueza e de honra: eu quero mais, tenho que trabalhar mais, eu
preciso ser mais bem visto. Aí o invejoso se entrega ao excesso de trabalho que o deixa
inquieto.
Consequência: a inveja tira a paz da alma, porque ele estará sempre se comparando com
outros.
REMÉDIOS:
Ter humildade e saber que somos mordidos pela inveja. Somos, muitas vezes,
corrompidos por ela. E como disse são Paulo: há uma multiplicidade de dons, e o Senhor da os
seus dons a quem Ele quer. (Cf. 1Cor 12ss).
Devemos entender que nós fazemos parte do corpo místico de Cristo. Logo, a glória de
um membro é a glória do corpo todo, ou seja, são glorias minhas também, porque eu faço
parte do corpo místico de Cristo. Como diz o catecismo “os bens de uns são os bens de outros”.
(CIC 947).
7 - IRA
A paixão é uma reação. A ira é uma paixão por conta de uma contrariedade ou um
sofrimento físico. Não tem como controlar se ela vai aparecer ou não, mas tem como
controlar o que se vai fazer depois que ela aparecer. É um instinto automático de descarregar
em alguém.
1 - Cólera Vermelha (Rubra): é uma explosão da pessoa, a pessoa sente tanta raiva que se
transforma em outra. Fica vermelha, saltam-se as veias, cresce o corpo, enrouquece a voz.
2 - Cólera Branca: ao contrário da explosão, a pessoa implode, cerra os dentes. A pessoa fica
como emudecida e guarda um silêncio impressionante, e que é um veneno dentro de si. Vai
concentrando o rancor e guardando até uma hora que estourará.
Existe uma Ira Justa e moderada: os pais para corrigir o filho; O Policial para prender o
bandido. Há uma santa Indignação como foi a de Cristo, quando viu os cambistas dentro do
templo. Mas o objeto desta ira tem que ser justo e na medida que ele merece. Exemplo: um
magistrado quando aplica a sentença em nome da sociedade. Ver vídeo do Juiz Americano que
se emociona e perdoa a dívida da mulher que foi multada várias vezes por ir buscar os seus
direitos após seu filho morrer... Ela também deve ser caridosa em sua intenção. Não pode ser
com intuitos escondidos.
Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=j2aDzjIIJYo
Agora, nós feridos pelo pecado original: é fácil moderar na aplicação da ira? Não! Pois com
muita frequência vemos pessoas que chegam feridas nos hospitais por conta de uma surra.
Logo a Caridade deve vir antes da ira Justa. A ira justa está nos superior e nos Pais. Exemplo
quando estamos corrigindo ou orientando os irmãos por conta de santos ensinamentos em
nome da Igreja.
Pecado da ira: é um desejo violento e imoderado de castigar o outro. Não é uma ira Justa. É
consentir neste desejo de vingança. No ato de alimentar a raiva dizendo: “Vingança é um prato
que se come frio”. “Sua ora vai chegar...”.
GRAUS DA IRA:
chegar ao furor que lembra a loucura: xingamentos, acusações. Vai até desejar a morte do
Adversário.
Jesus Condenou a ira: “Todo aquele que se irar contra o seu irmão será réu no juízo. E o que
disser ao seu irmão “Raca” que é idiota”. (Mt 5, 22). Ver sermão da montanha (cf. Mt 5).
Jesus atenuou as leis do Antigo testamento, que eram mais de 600. Mas em dois pontos Ele
não só não atenuou como foi mais forte: Caridade e a Castidade.
A lei de Moisés fala de não Matar no 5º Mandamento. O Senhor fala de nem mesmo sentir
raiva e consentir nela. E no 9º mandamento a lei dizia não cobiçar a mulher do próximo, Jesus
diz nem mesmo desejar.
Logo, o importante é que Deus não nos encontre dormindo. Seja no início da vida
espiritual, vida avançada ou na santidade, é importante que esteja lutando, pois se estou
lutando, eu estou com Deus.
A ira fere: sabedoria, amabilidade: que é próprio dos cristãos, fere a justiça: não há
justiça correta, fere o recolhimento interior: não há paz para oração.
REMÉDIOS:
Lembrar de São Francisco de Sales – Onde o seu defeito dominante era ira: e se tornou o
Santo da docilidade. Por baixo, a mesa dele era toda cheia de riscos, que fazia com as unhas
para controlar a ira. E por causa desse comportamento irascível que era natural dele, ele
aprendeu e dizia: “Se pega mais abelhas com uma gota de mel que com um barril de vinagre”.
“1. Todas as vezes que o homem deseja alguma coisa desordenadamente, torna-se
logo inquieto (mesmo se for um desejo lícito). O soberbo e o avarento nunca sossegam (sem
paz); entretanto, o pobre e o humilde de espírito vivem em muita paz. O homem que não é
perfeitamente mortificado, facilmente é tentado e vencido, até em coisas pequenas e
insignificantes.
2. Se, porém, alcança o que desejava, sente logo o remorso da consciência, porque
obedeceu à sua paixão, que nada vale para alcançar a paz que almejava. Em resistir às
paixões, se acha a verdadeira paz do coração, e não em segui-las.”
(Fonte desta citação: A IMITAÇÃO DE CRISTO: PRIMEIRO LIVRO, CAPÍTULO 6 - Das afeições Desordenadas)
CAPITULO 4
A divisão quadripartite, que veremos neste curso, é resultado das respostas de duas
perguntas:
1. Quanto à excitabilidade, quando sou afetado por algo externo ou me lembro de uma
afecção passada, as emoções irrompem dentro de mim pronta e intensamente?
2. Quanto à durabilidade, uma vez surgida a emoção, ela permanece por muito tempo,
de forma profunda, ou desvanece logo em seguida?
As respostas sim ou não das duas perguntas acima nos fornecem 4 combinações possíveis de
temperamentos. São eles:
1 - Temperamento Colérico;
2 - Temperamento Sanguíneo;
3 - Temperamento Fleumático;
4 - Temperamento Melancólico.
OBS: Quando discorremos sobre cada temperamento abaixo, saberemos as respostas de cada
um em relação às duas perguntas.
Apetite sensitivo - apetite irascível – tem disponibilidade em lutar pelos bens de difíceis
acesso.
Apetite sensitivo - apetite concupiscível, ou seja, procura adquirir bens de fáceis acesso.
1 - TEMPERAMENTO SANGUÍNEO
O Sanguíneo é afável e alegre, simpático e prestativo, dócil e submisso para com seus
superiores, sincero e espontâneo (às vezes até à inconveniência). É verdade que, ante a
injúria, raciocina, às vezes, com violência e atira-se com expressões ofensivas; mas esquece
rapidamente tudo, não guarda rancor de ninguém. Desconhece a teimosia e a obstinação.
Sacrifica-se com desinteresse. Seu entusiasmo é contagioso e empolgante. Seu bom coração
cativa e apaixona, exercendo uma espécie de sedução em torno de si. É fundamentalmente
otimista. A pessoa Sanguínea é mais inclinada a idealizar do que a criticar.
O sanguíneo é dotado de uma exuberante riqueza afetiva, é fácil e ágil para a amizade
e se entrega a ela com ardor, às vezes, apaixonadamente. Sua inteligência é viva, rápida,
assimila facilmente, mas sem muita profundidade. A pessoa que tem esse temperamento tem
uma memória feliz e uma imaginação ardente, tem facilidades nas artes, na poesia e na
oratória.
Apetite sensitivo: apetite concupiscível, ou seja, procura adquirir bens de fáceis acesso.
O sanguíneo deverá sempre procurar canalizar a sua exuberante vida afetiva por um
meio nobre e elevado, amar a Deus pela verdade. Se conseguir amar fortemente a Deus
chegará a ser um santo de primeira categoria.
Lutar bravamente contra os seus defeitos, até vencê-lo totalmente. Tem que combater a sua
superficialidade, para isso deve adquirir o hábito da reflexão e ponderação em tudo o que
fizer. Outra medida é saber lidar com os problemas, analisando-os por todos os ângulos, e
ter a perspicácia para prever as dificuldades que poderão surgir. O domínio do otimismo
demasiado e irreflexivo é vital para o crescimento espiritual.
Sobre a oração: lute contra as tendências de consolos sensíveis, seja fiel quando vier a aridez e
noite escura da alma.
Pedir humildemente a Deus o dom da perfeita pureza de alma e corpo, que só do Céu nos
pode vir.
2 - TEMPERAMENTO MELANCÓLICO:
Sua inteligência pode ser aguda e profunda, maturando suas ideias com a reflexão e a calma.
Os fleumáticos são os inclinados ao pessimismo, ao ver sempre o lado difícil das coisas,
ao exagerar as dificuldades. Isso os torna retraídos e tímidos, propensos à desconfiança.
Apetite sensitivo: apetite irascível – tem disponibilidade em lutar pelos bens de difíceis
aquisição.
Objetivo: segurança.
Medo: críticas.
Tentação: autocomiseração.
Sentimentos: medo.
Boas profissões: inventores, músicos, professores e profissões que envolvam grande sacrifício
pessoal.
É preciso aproveitar a sua inclinação à reflexão para fazê-lo compreender que não há motivo
algum para ser suscetível, desconfiado e retraído.
Acima de tudo, deve-se combater a sua indecisão e covardia, fazendo-o tomar resoluções
firmes e lançar-se a grandes empresas com ânimo e otimismo.
Santos que tiveram o Temperamento Melancólico: o Apóstolo São João, Santa Teresinha, São
Bernardo.
3 - TEMPERAMENTO COLÉRICO:
Suas paixões fortes e impetuosas sufocam essas afeições doces. Aos coléricos tudo deve
curvar-se diante deles. O único direito que reconhecem é a satisfação dos seus apetites e a
realização de seus desígnios.
Apetite sensitivo: apetite irascível – tem disponibilidade em lutar pelos bens de difíceis acesso.
Defeito dominante: tem tendência ao orgulho que leva a injustiça com os problemas externos,
pois embebido da ira perde a razão – Fica cego de raiva.
Devem saber dominar seus instintos e suas energias para tornar uma pessoa de preço
inestimável. Quando conseguem processar suas energias, são tenazes e perseverantes nos
caminhos do bem e não cessam em seus empenhos até alcançar os objetivos mais elevados.
O conselho é que eles dominem suas emoções e que não atuem precipitadamente,
que desconfiem de seus primeiros movimentos. Deve-se levá-los à verdadeira humildade de
coração, a se compadecerem dos fracos, a não humilhar nem atropelar a ninguém, a não
deixarem sentir sua violência, sua própria superioridade, a tratarem a todos com suavidade e
doçura, ou seja, ser manso e humilde de coração.
Santos que tiveram o Temperamento Colérico: São João Bosco, São Paulo e São Francisco de
Sales.
4 - TEMPERAMENTO FLEUMÁTICO:
O fleumático trabalha devagar, mas assiduamente, contanto que não se exija dele um
esforço intelectual demasiadamente grande. Não se irrita facilmente por insultos, fracassos ou
enfermidades. Permanece tranquilo, sossegado, discreto e criterioso. É sóbrio e tem um bom
sentido prático da vida. Sua linguagem é clara, ordenada, justa, positiva; mais do que brilho,
tem energia e atrativo. O coração é bom, mas parece frio. É prudente, sensato, reflexivo, obra
com segurança, chega aos fins sem violência, porque afasta os obstáculos em lugar de os
romper.
Sua calma e lentidão lhe fazem perder boas ocasiões, porque tarda muitíssimo em pôr-
se em ação. Não se interessa nada pelo que se passa fora de si. Vive para si mesmo, em uma
espécie de concentração egoísta.
Apetite sensitivo: apetite concupiscível, ou seja, procura adquirir bens de fáceis acesso.
Defeito dominante: a acídia é um tipo de tristeza, mas não de uma tristeza qualquer: é tristeza
que se sente diante de um bem espiritual, precisamente enquanto é um bem divino.
Medo: conflitos; ser acusado de causar dano e injustiça; mudanças não planejadas.
Sentimentos: medo.
Os temperamentos são como lentes pelas quais enxergamos o mundo, através deles
experimentamos de forma diferente as emoções e excitações. O autoconhecimento é
importante para a manutenção de uma vida interior rica, florida e agraciada, mas é importante
não se deixar dominar pelas más tendências do temperamento ou se vangloriar pelas suas
qualidades.
CAPITULO 5
INTRODUÇÃO:
O que é a virtude?
A virtude é uma disposição habitual e firme para fazer o bem. (Cf. CIC 1833).
Ela se caracteriza por fazer o bem, seja a quem for e por ser constante em nossa vida.
A pessoa que procede assim é chamada de o Homem Virtuoso ou a Mulher Virtuosa.
VIRTUDES TEOLOGAIS:
1 – Fé;
2 – Esperança;
OBSERVAÇÃO:
É o próprio Deus que gera em nós estas virtudes para o nosso bem. A fé, é a fé no
próprio Deus; A esperança, é a esperança no próprio Deus; E caridade, porque o próprio Deus
é amor, caridade.
As virtudes humanas ou morais são muitas, mas podem ser agrupadas a quatro principais:
1 – Prudência;
2 – Justiça;
3 – Fortaleza;
4 – Temperança.
As virtudes humanas, chamadas também de virtudes morais, são a base para as nossas
ações do dia a dia. Elas estão ligadas ao comportamento humano. Elas ordenam nossas
paixões e guiam nossa conduta segundo a razão e a fé para o bem dos homens rumo à
salvação eterna.
No Batismo, Deus infunde na alma, sem nenhum mérito nosso, as virtudes, que são
disposições habituais e firmes para fazer o bem.
As virtudes infusas são teologais e morais. As teologais têm como objeto a Deus; as morais
têm como objeto os bons atos humanos.
OBSERVAÇÃO:
Além das 7 virtudes, conta também o cristão com os dons do Espírito Santo, que facilitam o
exercício mais perfeito das virtudes.
1 - A FÉ
Primeiro de tudo, nós devemos saber que a fé é um dom que recebemos no batismo, e
através dele nós entendemos e cremos que Deus Pai é o criador do céu e da terra, e de tudo
que existe. E que Ele se deixou conhecer e se revelou aos profetas, e enviou o seu filho ao
mundo para salvar os homens da morte eterna. E crer que tudo isso foi revelado à santa Mãe
Igreja Católica e transmitido a nós.
Assim como o filho já nasce com o sentimento de reconhecer a mãe, assim também
em nós, o dom da fé faz-nos reconhecer que Deus é o nosso Pai criador e nos ama. E Este amor
é um amor de atração, que durante toda a vida o Senhor nos atrai para Ele. “Seduziste-me
Senhor, e eu me deixei seduzir”. (Jr 20,7).
É pela fé que cremos em tudo que Deus nos ensinou pela sua palavra e pela sua Santa
Igreja Católica. Através da fé, eu não preciso de provas para crer na palavra de Deus. Basta o
testemunho dos apóstolos. O catecismo da Igreja católica dedica ¼ (ou 25%) somente para
falar dom da fé: o dom de crer em Deus. A igreja nos convoca a professar o dom da fé na
oração do Creio durante cada Santa Missa dominical.
É virtude sobrenatural porque não vem das nossas próprias forças. Atenção, não
adianta acharmos que vamos crescer na fé por alguma espécie de mérito ou trabalho que
possamos fazer. Aliás, não adianta assumirmos a várias funções na igreja para muito trabalhar.
Somente isso não vai aumentar a sua fé. Só existe uma maneira de aumentá-la: pedindo a
Deus!
Ou seja, eu não preciso de provas para ter fé. Se quero a existência de provas, então
existe apenas a crença e não a fé.
Para existir a fé, eu confio na autoridade daquele que dá o testemunho. Por isso nosso
senhor Jesus Cristo não gostava quando as pessoas, insistentemente, pediam provas para
saber se Ele realmente era filho de Deus. E aquele que simplesmente acredita na palavra de
Deus ele elogiava. (Cf. Mt 12, 39).
E sobre nós que temos que exercer a fé, pois não vivemos no tempo de Jesus, Ele
afirmou aos seus apóstolos:
- “Creste, porque me viste. Felizes aqueles que creem sem ter visto!” (Jo 20, 29).
Quem é esse pobre de espírito? Não é aquele que é pobre financeiramente. Mas sim,
aquele que reconhece que não tem nada diante de Deus. E que somente Deus é o bem
supremo: que pode nos dar e aumentar a nossa fé.
Creio em Deus-Pai,
todo poderoso,
e em Jesus Cristo,
(...)
2 - A ESPERANÇA
A esperança é a virtude teologal pela qual desejamos e esperamos de Deus, com uma
firme confiança, a vida eterna e as graças para merecê-la, porque Deus nos prometeu.
Pela virtude da esperança confiamos com plena certeza alcançar a vida eterna e os
meios necessários para chegar a ela, apoiados no auxílio onipotente de Deus. Não porque
temos uma visão antecipada de sermos salvos, mas porque confiamos absolutamente na
onipotência salvadora de Deus. O próprio Senhor nos atrai para Ele: “Seduziste-me Senhor, e
eu me deixei seduzir”. (Jr 20,7).
A virtude da esperança nos faz cooperar para tudo que seja para nossa salvação
eterna. O Objetivo é a nossa Visão beatífica: de um dia estarmos no céu e termos a visão da
glória de Deus.
Para crescermos na virtude da esperança temos que ter cuidado com duas coisas:
O que esperar? Sobre isso, São Paulo comenta: são coisas que os olhos não viram,
nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou (os bens que Deus preparou para
aqueles que o amam!). (Cf. 1Cor 2,9).
3 - A CARIDADE
- “Mas, acima de tudo, revesti-vos da caridade, que é o vínculo da perfeição”. (Cl 3,14). Ou
seja, é o elo que liga todas as virtudes. É o motivo da vinda de Jesus ao mundo. É o sal que dá o
sabor à vida do Cristão.
Devemos amar a Deus sobre todas as coisas porque somente Deus é infinitamente
amável e porque nos criou para o Céu. São Paulo, na primeira carta aos coríntios, capítulo 13,
diz:
São João nos ensina que aquele que não ama não conheceu a Deus. E aquele que diz
que ama a Deus, mas não ama seu irmão, é mentiroso, pois como é que ele vai amar a Deus
que ele não vê, se ele não ama ao irmão que ele vê. (Cf. 1Jo 4, 20).
A igreja nos ensina que devemos rezar pedindo essa virtude da caridade. Por que
devemos amar ao próximo?
R: Devemos amar ao próximo porque todos os homens são irmãos, filhos do mesmo Pai
celestial, redimidos com o Sangue de Jesus Cristo e destinados ao Céu.
Por último, São Paulo nos Ensina: A fé e a esperança vão desaparecer, mas a caridade nunca
desaparecerá. (1 Cor 13, 8).
4 - A PRUDÊNCIA
Exemplo:
Não se pode dizer que está sendo prudente um homem que está sempre evitando ir à
igreja por causa do trabalho, ou do trânsito, ou para não deixar a sua casa só... Pelo contrário,
ele está sendo imprudente por dispensar os bens divinos.
A prudência não nos manda ser omissos, mas cuidadosos, e sempre com os olhos nas
consequências mais afinadas com a vontade divina. A prudência é a virtude que nos ajuda
sempre discernir para o bem qualquer coisa que escolhermos fazer. (CIC 1806).
O Cuidado e cautela imprudentes não nos levam para Deus. Precisamos pensar não na
atitude que mais nos satisfaça, e sim na atitude que melhor resulte na aproximação de Deus.
5 - A JUSTIÇA
Pela virtude da justiça damos a cada um a parte que lhe cabe. A justiça é a virtude que
consiste na constante e firme vontade de dar a Deus e ao próximo o que lhes é devido.
“A justiça praticada para com deus chama-se religião.” (CIC 1807). A justiça praticada
para com o irmão é a caridade fraterna. E para nós, Deus não pratica somente a Justiça, mas a
Misericórdia Infinita.
Se uma pessoa trabalhou 10 horas para mim, eu não posso pagá-la somente por 5 horas.
Devo pagar as 10 horas de trabalho, como lhe é devido.
Se eu vejo que uma pessoa é honesta, eu não devo chamá-la de mais ou menos honesta,
mas sim de honesta.
É bom lembrar também que a justiça se refere àquilo que é estritamente devido a
alguém. Se estivermos agindo com liberalidade, dando a alguém um bem maior de que
estaríamos obrigados, podemos estar adentrando em outra virtude, como a da caridade.
Depende, é claro, das nossas intenções e disposições interiores, se houver interesse
escondido, então deixa de ser caridade. A justiça, portanto, se refere à exatidão do que é
devido; nem mais, nem menos.
A justiça NUNCA se refere a nós mesmos. Agir segundo a justiça NÃO se trata de
buscar o que é justo para nós mesmos, de jeito nenhum, é uma virtude sempre aplicada ao
outro.
Algumas maneiras de vivermos a virtude da justiça são: tentar evitar qualquer pequena
injustiça, mesmo que pareça insignificante;
Tratar as coisas alheias com cuidado maior do que as nossas;
Não prejudicar jamais a fama do próximo;
Não contrair dívidas que saibamos não poder pagar;
Praticar o que é correto com o nosso dinheiro, tanto pagando a quem trabalhou por nós
quanto os tributos justos;
E evitar a todo custo a acepção de pessoas (favorecimentos por amizade, indicações
“políticas” prejudiciais feitas, etc...).
Todos estamos obrigados a agir segundo a justiça. Nesse momento, podemos nos perguntar:
O homem justo, tantas vezes visto na Bíblia, distingue-se pela retidão habitual dos seus
pensamentos e da sua conduta (Cf. CIC 1807). O homem Justo não favorecerá o erro dos
pobres, nem serás complacente para com os poderosos. Julgarás o teu próximo com
imparcialidade.
Caso você queira dar esmolas e ajudar alguém além do que é justo, você entrará na virtude
da caridade: que é amar ao próximo por causa de Deus, por causa do Amor de Deus.
6 - A FORTALEZA
Dispõe a ir até à renúncia e ao sacrifício da própria vida na defesa duma causa justa. O
cristão cheio da virtude da fortaleza ora como o salmista: “O Senhor é a minha fortaleza e a
minha glória”. (Sl 118, 14). E se anima com as palavras edificantes de Jesus:
Foi então que o padre Maximiliano Maria Kolbe morreu no lugar daquele Judeu, pai de
família. E não foi uma morte normal, ele foi deixado em uma cela por 15 dias para morrer de
fome e sede.
Por causa dessa atitude heroica, ele se tornou o Santo Mártir São Maximiliano Maria
Kolbe, venerado pelos católicos e admirado e estimado pelos Judeus.
Como vimos aí, sem a virtude da fortaleza, jamais a mensagem de Cristo teria chegado
até nós. Hoje em dia vemos as pessoas, as religiões mudarem a própria palavra de Cristo por
não terem força para seguir, testemunhar e anunciá-la.
7 – A TEMPERANÇA
O pecado não está nesses prazeres que Deus assim permitiu ao ser humano, mas na
desordem que podemos fazer neles.
A bíblia invoca várias vezes essa virtude da temperança, para que o homem possa ter
uma vida plena e santa diante de Deus e os homens:
O próprio Cristo criticou duramente os fariseus, por parecerem bons por fora, mas por
dentro serem intemperantes.
CONCLUSÃO
CAPITULO 6
Êxodo 19ss: O Senhor faz convênios com o povo e aparece no Monte Sinai;
Êxodo 24, 12, 18: Moisés fica no Monte Sinai por quarenta dias;
Êxodo 31, 18: O Senhor escreve nas tábuas com Seu dedo;
O capítulo 19 do Livro do Êxodo – começa assim: Ao terceiro mês da saída dos filhos de
Israel da terra do Egito chegaram ao deserto de Sinai... (Ex 19, 1) ... E estando aí, Moisés
sempre subia até o monte Sinai para conversar com Deus e receber dele as orientações para o
povo.
Em uma destas subidas de Moisés ao monte Sinai, ele passou 40 dias, e Deus, com os
seus próprios dedos, escreveu os 10 mandamentos em duas tábuas de pedra. Moisés, então,
desce da montanha e, para sua surpresa, o povo, mais uma vez tinha, se perdido em pecados:
Eles construíram um Bezerro de ouro para eles adorarem e chamarem de Deus. (Cf. Ex 19 - 32).
- Amar a todos;
- A todos perdoar;
- A todos servir;
- E a ninguém excluir;
Santo Agostinho definia que o nosso amor por Deus é assim: "Um conflito entre dois amores: o
amor de Deus impelido até o desprezo do amor de si." ou "o amor de si impelido até o desprezo
do amor de Deus".
Quando fomos batizados, nós nos tornamos cristãos. Isso quer dizer que nós não
somos apenas amigos de Cristo, mas que estamos inseridos (fazemos parte) no seu projeto de
salvação, de restauração.
Jesus Cristo veio para restaurar a vida das pessoas, da igreja. Ex: nas Bodas de Caná, Ele
transformou a água em vinho, deu vida ao filho da viúva de Naim, fez os cegos enxergarem, os
surdos ouvirem, os coxos andarem, etc... Nós temos que, a exemplo de Jesus Cristo, restaurar
a vida da sociedade. E eu restauro a sociedade quando eu ajo com a consciência moral cristã,
testemunho Jesus Cristo onde quer que eu esteja, quando luto contra os preconceitos: racial,
de cor, nível social, etc.
RECOMENDAÇÃO – LER:
BLASFÉMIA:
O mandamento da Igreja especifica a lei do Senhor: “Nos domingos e nos outros dias de festa
de preceito, os fiéis têm a obrigação de participar da missa”. (CIC 2180).
“Cumpre esse preceito de participar da missa quem assiste à missa celebrada segundo o rito
católico no próprio dia de festa ou à tarde do dia anterior”. (CIC 2180).
Este é o único mandamento que é acompanhado de uma promessa do Senhor: “Honra teu pai
e tua mãe, para que sejas feliz e tenhas longa vida sobre a terra”. (Dt. 5, 16).
Os pais são os primeiros responsáveis pela educação dos filhos, e os filhos são responsáveis
pelos cuidados dos seus pais.
“Honra teu pai de todo coração, não esqueças os gemidos de tua mãe; lembra-te de que sem
eles não terias nascido, e faze por eles o que fizeram por ti.” (Eclo 7, 29-30).
5º - NÃO MATAR
A vida do homem pertence a Deus, desde o momento da concepção, até a sua morte.
Por isso, Só Deus tem o direito de tirá-la.
Não se pode fazer o: Aborto / Eutanásia / Suicídio / Homicídio, nem qualquer outra forma que
atente contra a vida.
- Nem de uma vez só e nem “a conta gotas”. Isto é, não se deve promover situações que
possam vir a gerar a morte de alguém no futuro. Como, por exemplo, a venda de drogas...
OBSERVAÇÃO:
-Todo indivíduo batizado é chamado a levar uma vida casta, incluindo a aprendizagem do auto
domínio pessoal.
Reflexão: Sempre que uma pessoa procura um prazer a curto prazo, vai ter um sofrimento a
longo prazo.
Para o alcance desse autodomínio, a igreja pede ainda que, estudemos, façamos
exercícios espirituais, como isso que você está fazendo agora, com a leitura deste e-book, para
que, através da ascese, possamos chegar à virtude da temperança e autodominarmos.
RECOMENDAÇÃO – LER:
7º - NÃO ROUBAR
Não se apropriar do que não é seu. Implica em não usurpar ou tirar um bem ou coisa
que é de outrem contra a vontade do proprietário.
Deve-se trabalhar para conseguir os bens desejados. Pois até as formiguinhas trabalham
para sobreviver.
A Diferença básica é que roubar é quando se toma algo à força de alguém. E furtar é
quando pego algo de alguém de maneira escondida, sem que a pessoa saiba. Mas se trata do
mesmo mandamento: o sétimo.
ATENÇÃO:
Deve-se evitar quaisquer formas de desonestidades que se cometa contra o próximo: roubo,
furto, enganação, leviandade etc...
Jesus disse: não é o que entra pela boca que causa o mal, mas sim o que sai dela.
Deve-se usar de lealdade e caridade para com o próximo: mesmo ao falar a verdade.
O Demônio é o pai da mentira. Essa, assim como aquele, só pode trazer a divisão.
Quando falar, falar com a pessoa certa, pedir a orientação do Espírito Santo para não ser
injusto e impiedoso com as palavras. Apenas Deus conhece totalmente o coração do homem
para emitir juízos 100% corretos.
Quem fala mal dos outros “mata com a língua” e desmoraliza injustamente a boa fama
do irmão. Devemos ter misericórdia com o próximo, mesmo que somente no falar e pensar
sobre ele.
RECOMENDAÇÃO – LER:
São Paulo nos diz em suas cartas: nós estamos no mundo, mas não pertencemos ao
mundo. E continua na Primeira carta aos Coríntios, capitulo 6, 12: Tudo me é permitido, mas
nem tudo me convêm...
Principalmente para nós homens, que tantas malícias temos no olhar, no jeito de ser e
se comportar com as mulheres... Que, por sua vez, promovem os descumprimentos deste
nono mandamento. Como cristão, não podemos achar que esses vícios dos homens mundanos
são normais e mantê-los em nossas vidas.
RECOMENDAÇÃO – LER:
Portanto, não se deve cobiçar os bens dos outros, mas sim lutar para conquistar os nossos
próprios bens, com o suor do próprio trabalho. Abençoado pelo Pão Nosso de cada dia. (Cf. Gn
3, 19).
RECOMENDAÇÃO – LER:
Santa Teresa diz que o pecado mortal (contra os 10 mandamentos) nos deixa fora do
Castelo (amizade de Deus): à mercê dos bandidos, bichos, ladrões e toda sorte de doenças e
todo mal que tem fora dos muros.
A pior coisa para alma não é um pecado em si, mas compactuar com o pecado e ter
uma estimação por ele. Deve-se pedir a Deus como fazem os santos: ter horror ao pecado.
“Antes Morrer do que Pecar”. (São Domingo Sávio).
Na luta contra o pecado não se deve dialogar com a tentação, com o mal, pois o mal
sempre ganhará. Ele já ganhou só pelo fato de te levar a iniciar um diálogo com a tentação.
Deve-se fugir das ocasiões de Pecados, pois não é porque que não estamos em pecado mortal
que não tenhamos predisposição para tal; ainda muitas relíquias do pecado existem dentro do
homem, portanto, devemos pedir o Auxílio do Espirito Santo na Luta contra o pecado e lutar
sempre.
“Não há pecado que a igreja não possa perdoar..., Mas é preciso perdoar os
outros...inclusive a mim mesmo.” (Cf. CIC 1488).
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
TITULOS GERAIS:
- Biografia de São Francisco; Pe. Pio; Dom Bosco; Santo Antônio; Madre Tereza; Santa Teresa
D’ávila. Santa Teresa do Menino Jesus.
- Todas as Biografias de Santos que Puder Ler (Ler antes de Dormir)