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PREFÁCIO
A série de dezessete lições impressas neste volume, é parte das noventa e nove
lições mensais enviadas pelo autor a seus estudantes, durante os últimos anos
de sua vida. As restantes foram impressas noutros volumes sob vários outros
títulos.
Esperamos que essas lições sejam o meio de reintegrar muitas pessoas de volta
à Deus, e de fortalecer sua reverência e seu amor por Cristo.
PARTE I
A ciência deve ser muito elogiada pelo talento, pela paciência e a persistência
que ela exibe na invenção de instrumentos para descobrir os segredos da
natureza. Porém, enquanto isso se consegue com êxito no que concerne à
matéria, os segredos da vida e do espírito são um livro fechado para o sábio,
segundo diz Mefistófeles, com fina ironia ao estudante que bate à porta de
Fausto, solicitando admissão a sua escola:
“Qualquer pessoa que quiser conhecer e tratar com alguma coisa viva,
Como você sabe, o que agora é o nosso Corpo Físico foi o primeiro veículo que
o ser humano adquiriu como pensamento-forma, tendo sobre si um imenso
período de evolução e organização até chegar ao que é agora, ou seja, o
esplêndido instrumento que tão bem lhe serve conquanto seja pesado, difíci1 de
governar e de agir com ele. O veículo adquirido logo após, foi o Corpo Vital,
que também atravessou um longo período de desenvo1vimento, até se
condensar e tomar consistência etérica. O terceiro veículo, o Corpo de Desejos,
foi adquirido, relativamente, muito mais tarde, achando-se ainda em estado
fluídico. Por último, o ser humano tomou posse da Mente, que é apenas uma
nuvem informe e não merece ainda o nome de veículo, servindo, entretanto, de
união ou de laço entre os três veículos mencionados e o espírito.
1
N.T.: IICor 12:9
graça que se possa conceber, para vencer, e, como uma vigilância permanente
é o preço da segurança, vamos “vigiar e orar”2.
O Corpo de Desejos é o responsável por todas as nossas ações, quer sejam boas,
más ou indiferentes. Por esta razão, os filósofos orientais prescreveram algumas
instruções a seus discípulos com o objetivo de matar o desejo, ensinando-os a
se absterem de agir, bem ou mal, dentro do possível, com o objetivo de se
libertarem da lei do nascimento e da morte. Porém, esses mesmos arroubos que
constituem tão séria ameaça quando nos dominam, podem ser muito eficazes
para o serviço, se forem conduzidos sob nossa própria orientação. Jamais
pensaríamos em tirar o gume de uma faca, pois ela nada cortaria. O
temperamento do Corpo de Desejos deve ser controlado, mas nunca, de nenhum
modo, ser morto. O poder dinâmico do movimento e da ação no Mundo
invisível está armazenado no Corpo de Desejos e, a menos que este permaneça
intacto não podemos nos controlar, do mesmo modo que um transatlântico,
cujas máquinas estiverem funcionando mal, não poderia enfrentar os embates
numa tempestade. Existem certas sociedades que ensinam métodos negativos
de desenvolvimento, e uma de suas primeiras instruções para o aluno é afrouxar
o maxilar e se tornar perfeitamente negativo. Qualquer pessoa que se dirigir do
Mundo material ao Mundo espiritual equipada com tais métodos estará como
uma tábua abandonada em pleno oceano, ao sabor das ondas, joguete de toda a
espécie de correntes. E, como acontece aqui, existem, nos Mundos internos,
seres que nada tem de bondosos e que estão dispostos a se aproveitarem de
quem se aventure ao seu Mundo sem estar devidamente preparado para se
proteger deles. Vemos, assim, que é de primordial importância sujeitar nossos
desejos ao domínio do espírito aqui nesse mundo e reforçar o Corpo de Desejos
antes de tentarmos penetrar nos Mundos internos. Aqui está, em grande medida,
mantido sob controle pelo fato de que ele é interpolado dentro do Corpo Denso
2
N.T.: Mt 26:41
e, portanto, não pode nos jogar de um lado para outro, da mesma forma quando
se liberta da prisão física.