Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Alle E1
Alle E1
E LETRAMENTO
Aline Ruiz
E-book 1
Neste E-Book:
INTRODUÇÃO���������������������������������������������� 3
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO�������� 4
CONCEITUANDO ALFABETIZAÇÃO
E LETRAMENTO ����������������������������������������� 5
AQUISIÇÃO DA ESCRITA�������������������������10
LEITURA������������������������������������������������������� 14
PRODUÇÃO DE TEXTOS��������������������������17
A ALFABETIZAÇÃO NO BRASIL����������� 22
CONSIDERAÇÕES FINAIS����������������������26
SÍNTESE������������������������������������������������������� 27
2
INTRODUÇÃO
Neste módulo, vamos aprender sobre os conceitos de
alfabetização e letramento que norteiam a disciplina
de Alfabetização e Letramento.
3
ALFABETIZAÇÃO E
LETRAMENTO
Quando pensamos em escola, logo pensamos nos
processos de aquisição da escrita, pois esse é um
dos grandes momentos da nossa aprendizagem.
Você talvez se lembre dos seus primeiros passos
para decodificar aquelas letras que a professora es-
crevia na lousa, a elaboração das primeiras sílabas,
o som das palavras, até, finalmente, o dia em que
conseguiu ler sozinho e compreendeu. Se você já não
se lembra de como foi com você, observe as crianças
ao seu redor – filhos, sobrinhos, vizinhos – e repare
como elas se interessam pelo mundo.
4
CONCEITUANDO ALFABETIZAÇÃO
E LETRAMENTO
5
adequada. Isso acontece em diversas atividades
cotidianas.
Então,
FIQUE ATENTO
Quando estudamos sobre alfabetização, é neces-
sário que nos atentemos para alguns termos im-
portantes, como os grafemas e os fonemas. Gra-
femas são os símbolos gráficos que utilizamos
para formar palavras, como as letras e os sinais
de pontuação. Fonemas são os sons distintivos
em uma língua.
6
Referências
A apropriação da escrita é um processo complexo e
que envolve diversas questões, seja no domínio do
sistema alfabético seja na compreensão e uso de
fato da língua escrita em diversas situações dife-
rentes.
MussumPartindo, então, vidis
Ipsum, cacilds dessa complexidade
litro é que
abertis. Admodum
se começou
accumsan a pautar a alfabetização
disputationi e o letramento
eu sit. Vide electram sadips-
como fenômenos que são diferentes, mas que se
cing et per. Sapien in monti palavris qui num significa
complementam.
nadis i pareci latim. Mé faiz elementum girarzis, nisi
eros vermeio. Em pé sem cair, deitado sem dormir,
Como tratamos, a alfabetização diz respeito ao pro-
sentado sem cochilar e fazendo pose.
cesso específico de aprendizagem do sistema de
escrita, a compreensão dos princípios alfabéticos e
Manduma pindureta quium dia nois paga. Copo fura-
ortográficos, o que permite ao aluno ler e escrever.
dis é disculpa de bebadis, arcu quam euismod mag-
Assim, o aluno é capaz de dominar e compreender
na. Não sou faixa preta cumpadi, sou preto inteiris,
um código escrito que está organizado de acordo
inteiris. Si num tem leite então bota uma pinga aí
com as relações entre os sons e as letras que os
cumpadi!
representam.
Agora,
Aenean“oaliquam
letramento pode ser
molestie leo,definido comonisl.
vitae iaculis o pro-
Tá
cesso de inserção e participação na cultura
deprimidis, eu conheço uma cachacis que pode ale- escrita”
(COSTA
grar sua VAL,
vidis.2006, p. 19).
Interagi É, portanto,
no mé, um processo
cursus quis, vehicula
que
ac nisi. Detraxit consequat et quo num tendicriança
tem início desde o momento em que a nada.
passa a conviver com as múltiplas formas de escrita
na sociedade
Praesent em que
malesuada urnavivem, como
nisi, quis as placas
volutpat nas
erat hen-
ruas,
drerit os rótulos
non. das embalagens,
Nam vulputate as revistas
dapibus. Mauris e os
nec dolor
jornais etc. e continua
in eros commodo ao longo
tempor. Aenean dealiquam
toda a vida.
molestie
leo, vitae iaculis nisl. Viva Forevis aptent taciti so-
As manifestações escritas na sociedade vão ad-
ciosqu ad litora torquent. Suco de cevadiss deixa as
quirindo maior complexidade conforme as práticas
pessoas mais interessantis.
sociais que as envolvem. Assim, ao longo da vida,
temos contato com diversos gêneros textuais di-
ferentes, como contratos, textos científicos, obras
7
literárias, leis, entre outros, que exigem leituras mais
aprofundadas.
REFLITA
Em entrevista ao Canal Futura, a professora e pesqui-
sadora Magda Soares responde ao questionamento: há
um método mais correto de alfabetizar uma criança?
Assista à entrevista da professora e observe como essa
discussão se dá nos estudos sobre educação.
Disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=mAOXxBRaMSY. Acesso em: 01 jul. 2019.
8
deve-se letrar, não é isso. Eles são processos com-
plementares e que devem estar juntos na prática
pedagógica. Portanto, deve-se alfabetizar letrando.
Lembre-se de que
9
AQUISIÇÃO DA ESCRITA
No início desse módulo, pedimos para que você pen-
sasse sobre o processo de alfabetização pelo qual
você ou alguém próximo a você passou ou esteja
passando. Você conseguiu se lembrar de algo? Qual
foi o momento em que a escrita e a leitura passaram
a estar na sua vida?
Vivemos em uma sociedade que é chamada de gra-
focêntrica, e o que isso significa? Significa que esta-
mos rodeados pela escrita, a qual cumpre diversas
funções. Ter noção de que a escrita é importante e
que, a partir dela, há a abertura para diversas instân-
cias da vida nos ajuda a compreender a sociedade
em que estamos inseridos.
De acordo com Ferreiro (1985), a escrita pode ser
compreendida de duas formas: como uma represen-
tação da linguagem ou como um código de transcri-
ção gráfica das unidades sonoras. Para ela, o primeiro
é construído durante um longo processo histórico;
já o segundo as relações já estão pré-determinadas.
Ainda de acordo com a autora, a invenção da escrita
se deu como um processo histórico de construção
de um sistema de representação, e não um processo
de codificação.
Para compreender as regras de leitura e escrita, os
alunos precisam desenvolver conhecimentos e ca-
pacidades diversas que envolvam não apenas o sis-
tema alfabético e ortográfico da Língua portuguesa,
mas também o uso geral da escrita, conforme aponta
Soares (2006). Nesses casos, alia-se a alfabetização
e o letramento para que se proponham reflexões so-
bre o sistema da escrita.
10
É necessário que os alunos tenham conhecimento
e compreensão sobre o que é o alfabeto, a fim de
identificarem as letras, compreenderem o que o nome
de cada letra tem relação com ao menos um fonema
de nossa língua. Além disso, devem compreender o
papel que as letras desempenham, que é o de ocupar
espaços determinados na escrita das palavras.
Assim,
11
Após essa primeira etapa, o aluno deve aprender as
regras de correspondência entre grafemas e fonemas
de acordo com a ortografia da Língua Portuguesa.
Como sabemos, essas regras são variadas, algumas
mais simples e regulares, outras mais complexas e
bastante irregulares.
A aquisição da escrita demanda que o indivíduo re-
flita sobre a fala, estabelecendo relações entre os
sons e a sua representação gráfica. Isso é denomi-
nado como consciência fonológica. Dessa maneira, é
necessário que o aluno entenda que há uma relação
entre fala e escrita para que seja possível dominar
o código escrito.
12
Assim, é fundamental que o professor alfabetizador
tenha consciência de que há padrões e que eles de-
vem ser passados aos alunos. É necessário também
que se observem as maiores dificuldades dos alunos
para que se proponham atividades que busquem
minimizá-las.
SAIBA MAIS
Emilia Ferreiro é um dos nomes mais importantes quan-
do falamos de Alfabetização. Nesta entrevista para a
Revista Nova Escola, a pesquisadora argentina fala sobre o que
as crianças podem aprender na Educação Infantil sobre leitura
e escrita.
13
LEITURA
Você já deve ter se perguntado: por que o brasileiro
lê tão pouco? Ou, quem sabe, já ouviu isso de algum
conhecido ou se deparou com alguma afirmação do
tipo nos meios de comunicação. Será que temos lido
menos ou nunca lemos o suficiente? Quanto uma
pessoa deve ler por ano? Será que há um número?
Essas indagações são para nossa reflexão porque
não há apenas uma resposta adequada para elas.
Aqui, vamos refletir um pouco mais sobre leitura.
SAIBA MAIS
O filme “Central do Brasil” estrelado pela atriz Fernan-
da Montenegro, a qual recebeu indicação ao Oscar de
melhor atriz, trata sobre a história uma ex-professora
que ganha a vida escrevendo cartas na estação Cen-
tral do Brasil no Rio de Janeiro. É uma importante pro-
dução do cinema nacional e nos permite refletir sobre
a importância da leitura e da escrita. Assista ao filme!
14
O principal objetivo da leitura é a compreensão dos
textos por parte das crianças. É necessário que o alu-
no consiga ler compreendendo, produzindo inferências
a partir daquilo que está ali e também do que não está,
pois é preciso saber ler as entrelinhas e conseguir
determinar por que elas existem.
15
alunos a prestarem atenção e explicarem os
‘não ditos’ do texto, a descobrirem e explica-
rem os porquês, a explicitarem as relações
entre o texto e seu título.
Podcast 1
16
PRODUÇÃO DE TEXTOS
Ao longo da sua formação escolar, você foi incen-
tivado a escrever? A se mostrar e contar um pouco
mais sobre você, a partir da escrita? Assim como a
leitura, a escrita também é parte muito importante no
processo de alfabetização, você concorda com isso?
17
a) ler em voz alta para eles histórias, notícias,
propaganda, avisos, cartas circulares para os
pais etc.; b) trouxer para a sala de aula textos
escritos de diferentes gêneros, em diversos
suportes ou portadores e os explorar com os
alunos (para que servem, a que leitores se
destinam, onde se apresentam, como se or-
ganizam, de que tratam, que tipo de linguagem
utilizam); c) fizer uso da escrita na sala de
aula, com diferentes finalidades, envolvendo
os alunos (registro da rotina do dia no quadro
de giz, anotação de decisões coletivas, plane-
jamento e organização de trabalhos, jogos,
festas); d) orientar a produção coletiva de tex-
tos, em que os alunos sugerem e discutem
o que vai ser escrito e o professor registra a
forma escolhida no quadro de giz. (COSTA
VAL, 2006, p. 22)
18
daquelas letras. Atividades simples, mas que aliam
alfabetização e letramento.
19
REFLITA
Beatriz Gouveia visita uma escola municipal de ensi-
no fundamental para realizar uma atividade de leitura
e escrita com uma turma do 1º ano. Nessa atividade,
ela leva em conta os diferentes momentos de apren-
dizagem de cada aluno. Observe como ela preparou a
atividade: diferentes propostas com o mesmo objeti-
vo, organização da turma, disposição dos materiais,
etapas do trabalho.
Essa é uma proposta prática de alfabetização e letra-
mento. Vamos assistir?
Disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=cAiO5Tv6eH8. Acesso em: 01 jul. 2019.
Podcast 2
Lembra que falamos que não podemos desconsi-
derar aquilo que os alunos já sabem? Eles já vêm
com um vocabulário formado a partir das palavras
que usam em suas casas e comunidades, cabe ao
professor, portanto, ensinar sobre a adequação da
linguagem. Há momentos em que um determinado
tipo de variedade é possível e, em outros, não.
20
Além disso, é importante que os alunos compreen-
dam que há recursos expressivos apropriados a cada
gênero, de acordo com os objetivos do texto, já que
há produções que têm o objetivo de comover, pro-
vocar riso, convencer o outro etc. A linguagem deve
ser adequada a esses momentos também.
Tudo isso que estamos falando sobre a escrita, pode
e deve ser ensinado desde cedo na escola, pois as-
sim alinha-se o trabalho de alfabetização e letramen-
to de forma consciente.
É também importante que os alunos tenham a capa-
cidade de revisar e reelaborar seus textos de acordo
com a necessidade,
21
A ALFABETIZAÇÃO NO
BRASIL
De acordo com os dados divulgados pelo IBGE, em
maio de 2018, na última Pesquisa por Amostra de
Domicílios (PNAD, 2017) realizada no país, o Brasil
tem menos de 11,5 milhões de pessoas com mais
de 15 anos analfabetas (7% de analfabetismo).
22
Figura 1: Taxa de analfabetismo por estado no Brasil. Fonte: Gazeta
do Povo. Acesso em: 30 jun. 2019.
23
qual indicou que 17,7% da população com cinco anos
ou mais era alfabetizada.
24
zação e o desenvolvimento dos meios de transporte
favoreceram essa ideia.
25
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como estudamos ao longo desse módulo, alfabeti-
zação e letramento são conceitos diferentes que se
complementam. É necessário focar em ambos para
que os primeiros anos escolares sejam produtivos.
26
Síntese
Afalbetização Letramento
Aquisição da escrita
Leitura
Produção de textos
Alfabetização no Brasil
% 100
% 80
% 60
46,7 %
% 40
17,7 % 16,7 %
% 20
7%
0,20 %
%0
1820 1872 1960 2000 2017
Referências
bibliográficas
& consultadas
ABAURRE, Maria Bernardete. Os estudos linguísti-
cos e a aquisição da escrita. Anais do II Encontro
Nacional sobre Aquisição da Linguagem. Porto
Alegre: PUCRS, 1991.