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2024
JUVENTUDES E EDUCAÇÃO:
A ESCOLA COMO TERRITÓRIO JUVENIL
Victor Hugo Nedel Oliveira
Miriam Pires Corrêa de Lacerda
(orgs.)
2024
277 f.
ISBN – 978-65-00-90300-3
2024
- Vinculação Institucional -
Departamento de Geografia/UFRGS
Programa de Pós-Graduação em Geografia/UFRGS
Pró-Reitora de Pesquisa/UFRGS
Pró-Reitoria de Extensão/UFRGS
Pró-Reitoria de Pós-Graduação/UFRGS
Acesso DGP/CNPq:
http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/744135
2024
SUMÁRIO
PREFÁCIO
Luis Antônio Groppo...........................................................28
POSFÁCIO
Antônio Carlos Castrogiovanni..........................................260
SOBRE AS E OS AUTORES...............................................264
JUVENTUDES E EDUCAÇÃO: A ESCOLA COMO
TERRITÓRIO JUVENIL
APRESENTAÇÃO
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também não há uma única abordagem para escrever sobre e
com as juventudes. Este livro nos convida a refletir sobre
essa multiplicidade por meio de seus diversos escritos sobre,
com, para e a respeito dos jovens.
A sociologia das juventudes, um ramo dedicado à
descoberta e compreensão das múltiplas formas de ser e
estar no mundo enquanto jovens, também desempenha um
papel crucial na análise das relações entre as juventudes e a
educação. Desde os primórdios de seus estudos, este campo
tem ampliado seu escopo e envergadura, atentando para as
transformações e desafios enfrentados pelas gerações mais
jovens. É plausível dizer que, a maioria dos estudiosos que se
voltam para essa temática, revelam preocupação em não
apenas refinar o que já se sabe acerca das juventudes mas
buscam pensar e articular novas propostas conceituais a
partir do que se passa “onde nada parece passar”(PAIS 2012).
. O campo da sociologia das juventudes é dinâmico e exige
dos pesquisadores constante atualização e abordagens
inovadoras, promovendo uma perspectiva interdisciplinar que
explore os vínculos entre as juventudes e a educação de
jovens
No contexto educacional, a pesquisa sobre juventudes
torna-se ainda mais crucial, pois permite uma compreensão
aprofundada das interações entre os jovens e o ambiente
escolar. Ao atravessar os portões que dão acesso à escola seja
ela pública ou privada, o jovem traz consigo uma cultura
social que se constitui a partir de todas as vivências, as
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histórias, os valores, as crenças que ele experimentou
anteriormente. Cultura essa não necessariamente coincidente
com a cultura escolar ou com o currículo que a escola definiu
como válido para lhe oferecer. Os artigos selecionados para
compor esse livro nos dão mostras não apenas deste fato,
mas também revelam a potência juvenil para articular as
significações destes dois mundos que se mostram, por vezes,
dispares! Assim pensando a importância de investigar essa
temática reside na necessidade de desenvolver estratégias
educacionais que considerem a diversidade de experiências e
perspectivas das juventudes contemporâneas
Constatamos, em nossos dias, o reconhecimento de um
novo subcampo de análise na ciência geográfica, a partir da
existência de múltiplas "Geografias das Juventudes".
Considerando que a Geografia é a ciência que investiga o
espaço, é lógico e necessário estudar as juventudes nesses
contextos, uma vez que nossas ações estão intrinsicamente
ligadas aos espaços, deixando uma marca inegável em seus
contextos. Ao abordar as relações entre as juventudes e a
Geografia, é fundamental destacar a importância de examinar
como esses jovens interagem com o ensino de Geografia. No
âmbito do ensino de Geografia, a pesquisa sobre as
juventudes desempenha um papel crucial. Com as categorias
de trabalho como lugar e território, a Geografia oferece
ferramentas valiosas para analisar as complexas relações
entre os jovens e os espaços geográficos. A noção de lugar,
concentrada na identidade e no pertencimento aos espaços, e
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o conceito de território, relacionado aos aspectos de poder,
apropriação e disputas nos espaços, são particularmente
relevantes para compreender as dinâmicas das juventudes. É
digno de nota que alguns pesquisadores na comunidade
geográfica brasileira já se dedicam há alguns anos a
investigar essas relações e discussões. Esta iniciativa, ao
abordar as interações entre as juventudes e a escola como
um território juvenil, busca somar-se a esses esforços,
contribuindo para a expansão do entendimento sobre como
os jovens constroem significados e experiências nos espaços
geográficos e, por conseguinte, enriquecendo a Geografia
como disciplina.
A concepção da disciplina "Juventudes e Educação: a
Escola como Território Juvenil" surgiu a partir da
constatação de que os estudos interdisciplinares sobre
juventudes e territórios ainda são escassos no contexto
brasileiro. No entanto, os conceitos de território e
territorialidades têm se revelado cada vez mais essenciais
para a compreensão das dinâmicas de ocupação e
ressignificação de diversos espaços pelos quais jovens
transitam, destacando-se especialmente a escola. Ao refletir
sobre a relação entre território e juventudes, a disciplina
direciona o olhar para como grupos de jovens ocupam sua
própria escola e seus espaços educativos e/ou de
aprendizagens. A interdisciplinaridade é central nesse
contexto, com a disciplina concebida para promover a
interlocução entre a Geografia e a Educação, com foco
12
específico nas juventudes, abordando sua diversidade e
manifestações culturais contemporâneas. O intuito é explorar
de maneira abrangente e aprofundada a complexidade das
interações entre os jovens, a educação e os territórios
escolares que eles ocupam, reconhecendo a importância
desses elementos na compreensão mais ampla das
experiências juvenis.
A disciplina de pós-graduação "Juventudes e Educação:
a instituição como território juvenil" objetivou compreender a
produção de relações entre o campo de pesquisa das
juventudes contemporâneas e a categoria Geográfica de
território, a partir do espaço da escola e da educação e
representou uma iniciativa acadêmica do Programa de Pós-
Graduação em Geografia (POSGEA) da Universidade Federal
do Rio Grande do Sul (UFRGS). A disciplina deteve dois
créditos e contemplou cinco encontros virtuais, realizados ao
longo do primeiro semestre do ano de 2023, nos quais
buscamos articular ensino, extensão e pesquisa. Ao
pensarmos esse formato, também tínhamos o propósito de
alargar o entendimento a respeito do que pode vir a ser uma
aula na graduação, aqui pensada como o espaço no qual
professores e alunos, sujeitos do conhecimento, se encontram
em interlocução com o saber, com o mundo e com o outro.
O fato de a maior parte das sessões ter sido conduzida
de forma remota permitiu a participação de estudantes de
Programas de Pós-Graduação de outras localidades do país e
do exterior, além dos estudantes da própria UFRGS. Essa
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diversidade proporcionou uma profunda riqueza nos diálogos
promovidos em sala de aula.
Para a avaliação da disciplina, propomos aos discentes
que elaborassem um texto dissertativo-argumentativo em
formato de ensaio, abordando a temática das juventudes e
seus territórios, com ênfase na escola e na educação. O texto
demandava a referência a pelo menos parte da bibliografia
indicada, bem como a inclusão de referências adicionais
sobre as quais os estudantes detivessem interesse e
conhecimento. O desenvolvimento do ensaio poderia ser
fundamentado nas discussões das aulas, em experiências
empíricas ou mesmo vivências cotidianas e profissionais
relacionadas aos jovens. Todos os trabalhos foram
criteriosamente avaliados pelos docentes responsáveis pela
disciplina, e os textos mais notáveis foram selecionados para
integrar este livro. Com base nessa escolha, os autores foram
convidados a participar desta publicação.
A obra "Juventudes e Educação" representa aquilo que
pensamos oportunizar aos acadêmicos que partilharam
conosco esse espaço de conhecimento: a união daquilo que
denominamos tríade universitária: ensino, pesquisa e
extensãoo. No âmbito do ensino, ela emerge como um dos
desdobramentos de uma disciplina de pós-graduação, como
mencionado anteriormente. No contexto da pesquisa, a obra
oferece recortes das investigações realizadas pelos estudantes
de pós-graduação que atuam como autores, além de
constituir uma atividade investigativa dos professores
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responsáveis pela organização do livro. Quanto à extensão,
destaca-se que seu lançamento oficial ocorreu em um evento
desse tipo, e a diversidade textual presente na obra
estabelece uma conexão direta com a relação entre
universidade e sociedade. Mais do que uma simples
compilação de capítulos, a obra em questão representa os
esforços contínuos e colaborativos de estudantes e
professores que, em suas práticas acadêmicas, trabalham
incansavelmente na consolidação de um campo ainda jovem,
assim como os sujeitos que o constituem.
A seguir, apresentaremos sucintamente os capítulos que
integram a obra, na expectativa de que este texto os instigue
a explorar a leitura do livro.
No capítulo intitulado "JUVENTUDE(S) E
FEMINISMO(S): O QUE DIZEM AS PESQUISAS EM
EDUCAÇÃO", as autoras Ana Daniele Mendes Carrera,
Thaiana Machado dos Anjos, Lucélia de Moraes Braga
Bassalo e Edla Eggert exploram a interseção entre a
juventude feminina e o feminismo, especialmente no contexto
das pesquisas em educação, enfatizando a importância de
reconhecer as mulheres jovens como sujeitos de direitos,
explorando suas experiências e relações na vida social. Ao
examinar a produção de conhecimento nos cursos de pós-
graduação em educação, as autoras destacam a lacuna
existente em pesquisas que abordem de maneira expressiva
os conceitos de juventude e feminismo de maneira articulada.
Embora essas temáticas possuam questões epistemológicas
15
distintas, convergem a partir da perspectiva de gênero em
torno das juventudes e geração, especialmente quando
consideramos a reorganização do feminismo como movimento
político e campo de estudo. Entendem as autoras que a
abordagem que visa articular juventudes e feminismo não
apenas enriquece o conhecimento teórico e prático, mas
também contribui para fundamentar políticas públicas
consistentes destinadas às jovens mulheres.
No capítulo intitulado "GÊNERO, DIVERSIDADE E A
ESCOLA", o autor Blue Mariro destaca a evolução das
discussões sobre inclusão, diversidade e permanência de
corpos LGBTQIAPN+ na escola. Em que pese o fato de
questões que dizem respeito à diversidade terem ganho
centralidade nos debates contemporâneos no que tange à
inclusão, sexualidade e políticas de equidade, a realidade de
corpos LGBTQIAPN+, historicamente oprimidos pela cis-
heteronormatividade e cissexismo, pouco mudou .O autor
ressalta os desafios enfrentados por esses sujeitos, refletidos
em altos índices de evasão escolar devido às violências
estruturais, emocionais e físicas experienciadas no ambiente
escolar. O capítulo propõe um discurso de resistência contra
o fundamentalismo religioso, o bolsonarismo e a extrema
direita como ações essenciais para fortalecer a juventude
LGBTI+, permitindo que ela se desenvolva a partir de suas
próprias demandas e combata as opressões cis-temicas
sofridas. O acesso precoce aos direitos básicos, aos serviços
públicos e a discussões sobre o Estatuto da Juventude e os
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Direitos Humanos são enfatizados como elementos
fundamentais. Além disso, o capítulo destaca a importância
da visibilidade de corpos LGBTI+ exercendo papéis, como o de
professor, opera no sentido de fortalecer essa juventude nos
espaços escolares, majoritariamente utilizados para o
controle social.
No capítulo intitulado "JUVENTUDES, EDUCAÇÃO E
TRABALHO: INQUIETAÇÕES DE/PARA/COM AS NOSSAS
PESQUISAS", os autores Cheila Basso, Katiele Hundertmarck
e Joilson de Souza Toledo partem de suas experiências com
as juventudes, tanto na sala de aula quanto em outros
espaços educativos, para analisar criticamente as políticas
públicas de trabalho voltadas para esse grupo. Eles
argumentam que essas políticas frequentemente se baseiam
em uma visão de sociedade moldada pela cultura e pelo
momento histórico, influenciada pelos posicionamentos
governamentais e pelo papel do Estado. O capítulo propõe
uma reflexão sobre como esses elementos têm sido
considerados (ou não) nas pesquisas realizadas com as
juventudes. Os autores destacam a relevância de questionar
com quais jovens estão sendo conduzidas essas pesquisas,
reconhecendo a importância de levar em conta a diversidade
de experiências e realidades que compõem esse grupo. Além
disso, os autores enfatizam a natureza parcial de suas
pesquisas, que inevitavelmente refletem suas subjetividades e
posicionamentos éticos. Nesse contexto, convidam os leitores
a refletirem sobre a inclusão (ou não) dos jovens
17
trabalhadores nas pesquisas sobre mundo/mercado de
trabalho - assim flexionadas pelos autores como provocação
ao leitor para refletir sobre esses dois construtos -
reconhecendo a importância de considerar essa dimensão em
estudos futuros.
No capítulo intitulado "O MOVIMENTO DAS
OCUPAÇÕES ESTUDANTIS NO BRASIL NO PERÍODO DE
2015/2016: UMA REVISÃO TEMÁTICA INICIAL", os autores
Douglas Franco Bortone, Gilberto Miranda da Silva Junior,
Maria das Dores de Saraiva Loreto, Lilian Perdigão Caixêta
Reis e André Luiz dos Santos Silva exploram o impacto
significativo do movimento de ocupação das escolas no Brasil.
Este movimento não apenas marcou o protagonismo político
das juventudes, mas também proporcionou um espaço de
(re)construção da identidade juvenil. O capítulo apresenta
uma revisão temática sobre o movimento das ocupações
secundaristas no Brasil, no período de 2015 a 2016, com
ênfase nos aspectos associados à educação e às relações com
as juventudes. Em um tom ensaístico, os autores destacam a
importância desse ciclo de protestos organizado pelos
estudantes e seus efeitos no campo da educação, além de seu
impacto nas novas políticas públicas voltadas para esse
grupo. O legado mais significativo, segundo os autores, reside
na formação advinda das lutas e do engajamento dos
estudantes. Mesmo que nem todos os objetivos tenham sido
alcançados, como evidenciado pela aplicação arbitrária da
reforma do ensino médio em todo o território nacional, a
18
experiência de ocupar proporcionou uma aprendizagem
única. Os estudantes envolvidos compreenderam que a
democracia, se faz no dissenso, e que toda experiência de luta
é válida. Além disso, a diversidade e a representatividade
desse grupo tornaram-se mais evidentes no meio da
juventude por meio de movimentos de resistência, poder e
educação.
No ensaio intitulado "ESCOLA, JUVENTUDES E SAÚDE
MENTAL: REFLEXÕES EMERGENTES NO CONTEXTO PÓS-
PANDÊMICO", os autores Júlia Dall’agnese, Luiz Carlos
Júnior, Marília Bing e Natália Yukari Mano exploram a escola
como um potencial espaço para discutir e cocriar iniciativas
voltadas à promoção da saúde mental dos jovens,
especialmente no contexto pós-pandêmico. O ensaio destaca
que, apenas recentemente, os desafios relacionados à
formação das juventudes começaram a ser objeto de
preocupação e atenção em estudos e políticas públicas. O
texto ressalta que, na contemporaneidade, as questões
envolvendo a saúde mental têm conquistado maior espaço de
debate não apenas nas mídias e nos meios de
entretenimento, mas também no ambiente escolar. Observa-
se um crescente reconhecimento das questões emocionais
que permeiam crianças e adolescentes, permitindo a
desconstrução de "mitos" anteriormente banalizados. Essa
mudança de perspectiva abre espaço para que mais jovens
busquem apoio profissional e reivindiquem políticas públicas
voltadas para a saúde mental. No contexto pós-pandêmico,
19
com o aumento da presença de doenças emocionais na vida
dos estudantes, o ensaio defende que a escola deve assumir a
promoção da saúde mental como uma pauta de
conhecimento a ser explorada e praticada por todos, de forma
curricular. O texto sugere a necessidade de uma abordagem
mais aberta e integrada para lidar com as questões
emocionais dos jovens, destacando a importância de tornar a
saúde mental objeto de conhecimento que precisa ser
explorado e praticado curricularmente. por todos, no
ambiente escolar.
No artigo intitulado "JUVENTUDES, MERCADO DE
TRABALHO E O MITO DO EMPREENDEDORISMO: UMA
REVISÃO SOBRE O PAPEL DO ESTADO E AS POLÍTICAS
PÚBLICAS PARA AS JUVENTUDES", os autores Leonardo da
Silva Greque Junior e Juliana Cristina Franz buscam
elucidar o papel desempenhado pelo Estado brasileiro na
mediação entre as populações juvenis e sua inserção no
mercado de trabalho. O interesse pela temática da inserção
dos jovens no mercado de trabalho surge das experiências
pessoais dos autores, que enfrentaram desafios ao procurar
se estabelecer no mercado formal de emprego. O artigo
aborda a dimensão do trabalho na vida dos jovens,
explorando a atuação do Estado por meio das políticas
públicas federais e examinando como o discurso
empreendedor se disseminou nas sociedades capitalistas.
Destaca-se que, com dificuldades, os jovens conquistaram
espaço no cenário político nas duas primeiras décadas do
20
século XXI, em parte devido à situação econômica e social
promissora do país. O texto ressalta que, para a população
jovem que trabalha, as atividades profissionais assumem
centralidade no exercício da cidadania e na constituição de
suas identidades, especialmente ao investigar os jovens em
situação econômica menos privilegiada, para os quais o
trabalho adquire ainda mais relevância, tornando-se uma
condição fundamental para a vivência da juventude. O artigo
destaca a importância de o Estado zelar por experiências
profissionais adequadas, conforme orientado por diversas
legislações que regem as políticas públicas para os jovens,
como o Estatuto da Juventude, o Plano Nacional da
Juventude e a Constituição Federal. Essas diretrizes visam
garantir que os jovens tenham acesso a oportunidades
laborais que contribuam não apenas para sua subsistência,
mas também para o pleno exercício de sua cidadania e o
desenvolvimento de suas identidades.
No artigo intitulado "JUVENTUDES NO TEMPO
PRESENTE E AS RELAÇÕES NO ESPAÇO ESCOLAR: O QUE
TEMOS A DIZER?", o autor Lindomar Pereira de Souza
propõe reflexões sobre as juventudes contemporâneas, tendo
como foco o espaço escolar como um ambiente coletivo e as
relações evidenciadas no cotidiano. O objetivo principal é
analisar a forma como as juventudes se manifestam no
presente e como a escola tem lidado com essa realidade,
destacando a necessidade de questionar a construção e
implementação dos discursos nas unidades de ensino
21
brasileiras. O artigo destaca a importância de discutir as
juventudes no contexto atual, destacando como a escola se
insere nesse debate. O autor compartilha pontos
considerados relevantes após o contato com diversos escritos,
provocando a reflexão sobre as diferentes abordagens em
relação às juventudes e ao espaço escolar. Observa-se a
necessidade de elaborar novas estratégias para atrair a
atenção dos jovens, reconhecendo as características distintas
desse grupo e o modo como a escola aborda essas questões.
O texto enfatiza que a escola deve se adaptar e compreender
as particularidades das juventudes, reconhecendo que ser
jovem implica assumir responsabilidades sociais e ingressar
no mercado de trabalho, tornando-se uma fase transitória da
vida marcada por suas próprias dinâmicas e desafios.
No artigo intitulado "JUVENTUDES E SAÚDE:
ALGUMAS INVESTIGAÇÕES TEÓRICAS SOBRE SUAS
VULNERABILIDADES", os autores Priscila Farfan Barroso e
José Ricardo Marques dos Santos propõem uma reflexão
sobre as pesquisas teóricas relacionadas à saúde de jovens,
com foco especial nas vulnerabilidades enfrentadas durante o
período escolar. Este período é considerado uma fase de
transição de papéis sociais, durante a qual os jovens se
expõem a situações concretas de risco, tornando crucial a
problematização dessas situações para pensar em estratégias
de minimização. O estudo destaca atributos da saúde dos
jovens que podem ser alvo de intervenções específicas nas
instituições educacionais, bem como parte integrante de
22
ações de políticas públicas. Além disso, enfatiza a
importância da colaboração entre escolas e outras
instituições sociais, ampliando o cuidado em relação aos
jovens para além das questões tradicionais, como sexualidade
e uso de drogas. O artigo sugere que a abordagem das
vulnerabilidades no contexto escolar deve ser abrangente e
integrada, visando ao desenvolvimento holístico e ao bem-
estar dos jovens.
No texto intitulado "JUVENTUDES: DILEMAS E
CONTRADIÇÕES NO MUNDO DO TRABALHO", os autores
Izac de Sousa Belchior e Raquel Viana dos Anjos propõem
uma reflexão sobre a interação entre Educação e Trabalho,
utilizando as experiências de formação em escolas de
Educação Básica como ponto de partida. Reconhecendo que
muitos jovens brasileiros contribuem diretamente para a
manutenção econômica de suas famílias ou até mesmo são
responsáveis exclusivos por sua própria subsistência, o texto
destaca o papel central da escola como espaço de formação
desses jovens e como um campo de disputa entre diferentes
perspectivas educacionais. A escola é analisada como um
ambiente que desempenha um papel crucial na formação
integral dos jovens, sendo alvo de divergências entre aqueles
que defendem uma educação orientada para o
desenvolvimento completo do indivíduo e aqueles que a veem
exclusivamente como uma preparação para o "mercado de
trabalho", perpetuando desigualdades sociais. O texto
também destaca as mudanças na legislação educacional e
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trabalhista no Brasil, evidenciando a crescente influência da
lógica do empreendedorismo e das ideias neoliberais. Diante
desse cenário, os autores enfatizam a importância de uma
ação conjunta entre a sociedade civil e representantes
políticos comprometidos com um projeto de país, visando
conter os ataques direcionados à educação brasileira e aos
direitos trabalhistas nos últimos anos. A mensagem central é
a necessidade de resistência contra as tendências que
ameaçam esses pilares fundamentais da sociedade brasileira.
O texto "NARRATIVAS JUVENIS E O ENSINO DE
GEOGRAFIA NA PANDEMIA" elaborado por Bruno Xavier
Silveira e Stalin Braga de Lima apresenta uma reflexão sobre
a prática pedagógica em uma escola pública, destacando a
interseção entre juventudes, ensino de geografia e o contexto
da pandemia. Os autores propõem um diálogo entre as
experiências dos jovens e o currículo de geografia na escola,
analisando um conjunto de aulas ocorridas em 2021 e 2022
na Escola Municipal Nossa Senhora de Fátima, localizada em
Porto Alegre-RS. O plano de ensino da disciplina de Geografia
foi desenvolvido a partir das necessidades apresentadas pelos
estudantes durante o retorno às aulas presenciais,
considerado pelos professores como um "currículo
emergencial" para ensinar geografia. O trabalho descrito
relata a prática docente durante esse período, entre
novembro de 2021 e julho de 2022, explorando a valorização
da palavra e das ciências das juventudes. O foco é repensar
os territórios materiais e simbólicos das juventudes na sala
24
de aula, promover práticas de pesquisa alinhadas às
ferramentas de ensino de geografia e reforçar os vínculos
entre os jovens e a escola. O artigo destaca a importância de
geografizar os conhecimentos dos jovens, refletindo sobre as
relações entre os jovens e seu espaço durante a pandemia. A
construção e análise das narrativas têm como intenção
(re)criar pontes entre a escola, o conhecimento e a
comunidade, promovendo uma abordagem mais significativa
e integrada ao contexto vivido pelos estudantes.
O texto "ESCOLA X JUVENTUDES: A CULPA É DE
QUEM?" das autoras Susana Schwartz Basso, Dioneia Maria
Samua Vieira e Lucí dos Santos Bernardi aborda as
indagações em torno da responsabilidade pelo fracasso
escolar, buscando compreender a situação educacional
brasileira. Reconhecendo a complexidade do tema, as autoras
destacam a necessidade de olhar para os alunos, analisando
seus contextos e condições para obter pistas que ajudem a
compreender por que os processos de ensino-aprendizagem
não estão alcançando os resultados esperados. O texto
argumenta que, ao discutir a "culpa" pelos problemas entre a
escola e as juventudes, tanto a escola quanto os jovens
tendem a atribuir responsabilidade um ao outro,
evidenciando diferentes perspectivas sobre a situação.
Contudo, as autoras sugerem que a crise na educação e na
relação entre escola e juventudes está inserida em mudanças
profundas na sociedade como um todo. A reflexão proposta
destaca a complexidade do cenário educacional brasileiro,
25
destacando a importância de considerar diversos fatores,
além de apenas apontar culpados, para compreender e
abordar de maneira eficaz os desafios enfrentados na relação
entre escola e juventudes.
O trabalho "ERA UMA VEZ: LITERATURA COM/ENTRE
A JUVENTUDE" de Claudiney Saraiva Guedes e Wanderson
William Fidalgo de Sousa reflete sobre os objetivos
alcançados ao longo do percurso da disciplina. O esforço em
estabelecer rizomas entre os saberes da disciplina sobre os
territórios juvenis e os saberes pesquisados como sujeitos
epistemológicos é evidente. No entrecruzamento de ideias, os
autores relacionam as juventudes como um movimento
plural, destacando a necessidade de evitar perspectivas
singulares e homogêneas. Introduzem o conceito de literatura
menor, explorado ao longo do texto, que se refere a uma
literatura para as juventudes, rica em diversidade,
marcadores de pertencimento racial, de gênero, de
sexualidade, de território e religião. A literatura com/entre
jovens, permeada por interseccionalidades, ganha potência ao
abordar questões de diversidade e representatividade. Os
autores destacam a força da juventude, especialmente
quando engajada na leitura literária sensível, desafiadora e
problematizadora. Acreditam que, ao se envolverem com a
literatura, os jovens são capazes de refletir e repensar os
valores sociais presentes nas tramas da vida.
É com renovada expectativa que disponibilizamos este
livro à ampla comunidade acadêmica e aos demais indivíduos
26
interessados na esfera de estudo das Juventudes. O
compêndio que ora apresentamos proporcionará aos seus
destinatários e destinatárias perspectivas fascinantes acerca
das variadas territorialidades educativas das juventudes em
contextos diversos. Imbuam-se nestas narrativas. Concedam-
se a oportunidade de explorar um pouco mais sobre as
juventudes. Juntem-se a nós nessa jornada de conhecimento,
resistência e otimismo.
Com carinho,
27
PREFÁCIO
28
converso muito bem, o que ele está falando faz total
sentido pra mim. Então acho que nesse sentido,
para as pautas identitárias ou anti-opressão, como a
gente gosta de chamar, a ocupação foi muito boa pra
se auto-afirmar, pelo menos naquele ambiente.
Porque às vezes você pode não conseguir se afirmar
em casa, ou na rua, porque você tem medo, mas na
escola você meio que usa esse espaço para se auto-
afirmar e nesse sentido acho que foi muito positivo.
(Resistência, quando estudante ocupou sua escola
em Goiás em 2016, entrevista concedida em 2020,
apud GROPPO; SILVA, 2022, p. 143-144).
29
Mas o mote da obra me tocou também por me permitir
enxergar por outro ângulo o que jovens relataram em
entrevistas para pesquisa recente que eu coordenei, a
respeito das ocupações estudantis no Brasil em 2015 e 2016.
Há mesmo um capítulo aqui nesta coletânea que trata
diretamente do tema, que foi também um dos objetivos
específicos da disciplina que levou o mesmo nome deste livro
e que é mesmo a origem dele: as ocupações secundaristas
que lutaram contra regressões nas políticas educacionais e
sociais no Brasil. Daí que eu quis trazer como epígrafe desse
prefácio dois daqueles relatos de estudantes que
entrevistamos, ao que peço licença à organização e autorias
desta coletânea para constarem aqui.
Chamou-se muito a atenção o ensinamento contido na
Apresentação, tão básico para quem é do campo da
Geografia: o lugar é a categoria que se refere à identidade e ao
pertencimento no espaço; o território é a categoria que se
refere ao poder e às disputas no espaço. Daí fui buscar
relatos de jovens sobre as ocupações que continham a
palavra “lugar”. Na fala de Marielle, “lugar” ressoa mais como
“território”, já que a gestão escolar disputa com estudantes
negras e negros a relevância ou não de se punir o racismo no
espaço da escola. Deve-se ressalvar que Marielle fala de um
tempo anterior ao da ocupação, em que a escola aparece a
jovens negras e negros como espaço de discriminação e
preconceito, assim como para estudantes LGBTQIA+ e até
mesmo as meninas. Já na fala de Resistência, a seguir,
30
“lugar” trata propriamente da escola transformada em espaço
de cultivo das identidades, quando aquelas e aqueles
costumeiramente em posição de marginalidade e exclusão
ocupam em condição de igualdade a escola. Durante o tempo
das ocupações, algumas durando vários meses, outras
apenas alguns dias, dos muros para dentro da escola, ela
tendeu a se tornar um lugar apropriado política e
afetivamente por estudantes que a ocuparam, que narraram
para nossa pesquisa a construção de um “lar”, a criação de
uma “família” e um espírito comunitário e colaborativo. Mas
os mesmos depoimentos nos relataram que a escola ocupada
também era, agora em outra modulação e tramas, “território”
de disputas, entre quem era contra e a favor do movimento.
Narram ainda que, aqueles que eram contra, não apenas
governos, polícias e poder judiciário, mas por vezes parte da
própria sociedade civil, muitas vezes agiram com ameaças e
violência simbólica e física contra as e os estudantes
ocupantes.
Fico feliz com a potência destas duas categorias, “lugar”
e “território”, tão básicas para quem é do campo da Geografia,
mas inovadora para quem é da Sociologia, como eu, para
pensar e repensar as relações entre as juventudes e os
espaços sociais, incluindo a própria escola. Parece já um
poderoso argumento a favor do desenvolvimento de uma
Geografia das Juventudes, em diálogo com a mais clássica
Sociologia das Juventudes.
31
Considerando a relevância da Geografia das Juventudes,
mas propondo uma perspectiva interdisciplinar, a
organizadora e o organizador desta obra ofereceram a
disciplina “Juventudes e educação: a escola como território
juvenil” no âmbito do Programa de Pós-Graduação em
Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
como parte das ações do Grupo de Estudos e Pesquisas em
Juventudes e Educação. A disciplina foi realizada em 5
encontros, em 2023, de modo virtual, com a participação de
estudantes de pós-graduação de várias unidades de federação
de nosso país. A partir de seu objetivo geral, analisar a escola
a partir da tese de que ela é um território juvenil, foram
propostos entre os objetivos específicos, temas e questões que
se revelam nos conteúdos dos capítulos deste livro: além de
analisar as ocupações secundaristas como forma de
apropriação da escola pelas juventudes, como já havia sido
apresentado, constava conhecer o campo de pesquisa das
juventudes contemporâneas, interpretar as espacialidades
juvenis nos contextos educativos, reconhecer o trabalho como
agente educativo das juventudes e conhecer os efeitos da
pandemia da Covid-19 entre jovens do Brasil.
Como avaliação da disciplina, discentes deveriam criar
ensaios, ou textos dissertativos ou argumentativos, a partir
da bibliografia da disciplina, mas trazendo outras referências
com base em suas próprias pesquisas de pós-graduação.
Parte destes textos, apresentados originalmente como
trabalhos finais de disciplina, se constituíram nos doze
32
capítulos deste livro, que ora prefacio. Todos os capítulos
recorrem, fundamentalmente, à revisão bibliográfica como
principal método investigativo, mas em alguns capítulos
também são trazidas experiências profissionais, escolares e
pessoais. Em sua maioria, foram trabalhos coletivos, de
duplas a quintetos, em que discentes fizeram dialogar seus
interesses, desejos e investigações para tratar de um dos
objetivos específicos da disciplina.
Como dito também, os capítulos fazem parte de uma
espécie de vanguarda nas pesquisas sobre juventudes, como
bem devem saber fazer jovens que pesquisam jovens em
nosso campo acadêmico: a reflexão sobre os impactos da
pandemia da Covid-19 nas atuais gerações e em suas
relações com a escola; as subjetividades juvenis em meio ao
mito do empreendedorismo e às “reformas” trabalhistas; o
cotidiano escolar e seus dilemas no trato com as culturas
juvenis, a visibilidade trans, a literatura menor e a
abordagem inovadora da geografia; vulnerabilidades juvenis
no que se refere à saúde, incluindo a saúde mental; entre
outros temas.
Esta obra deve ser saudada, lida e apreciada, primeiro e
segundo, pelo que foi dito acima: a potência das categorias
geográficas de espaço, lugar e território, entre outras, nas
pesquisas sobre as juventudes; e o acesso a temáticas de
ponta no que se refere às mesmas pesquisas nos capítulos
aqui expostos. Há ainda outros motivos para conhecer e ler
esta obra, dos quais eu destaco a riqueza da experiência
33
didática propiciada pela disciplina que deu origem ao livro,
incluindo a generosidade e o empenho de levar as criações da
discência (seus trabalhos finais) a um público mais amplo na
forma de livro, assim como à capacidade de juntar a maioria
das e dos discentes em grupos para dialogarem na
construção destes trabalhos finais, cruzando experiências,
saberes e interesses.
Para quem pesquisa juventudes, mas também para
quem é docente que lida com jovens, me parece importante
conhecer esta obra e analisar o que ela bem propõe: entender
os espaços da escola e os tempos dos currículos como
territórios em disputa, como espaços que oscilam entre ser
território (em se digladiam poderes e resistências) e ser lugar
(quando discentes, mas também docentes, alojam suas
identidades e sentem ter suas pertenças). Assim, convido a
todas as pessoas interessadas, que leiam estes capítulos,
reflitam com autoras e autores, anotem as indicações
bibliográficas inovadoras e as questões investigativas de
ponta e, para quem estiver ao alcance, repitam a experiência
didática ímpar proposta por Victor e Miriam.
Alfenas/MG, janeiro de 2024.
Referência
34
CARRERA, DOS ANJOS, BASSALO & EGGERT – Juventude(s) e Feminismo(s)
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
JUVENTUDE(S) E FEMINISMO(S):
O QUE DIZEM AS PESQUISAS EM EDUCAÇÃO
INTRODUÇÃO
Neste capítulo nos voltamos para a produção do
conhecimento que articula jovens mulheres e o feminismo e,
ao refletirmos a respeito do que tem sido produzido nos
cursos de pós-graduação em educação, ainda não
encontramos, como principais resultados expressivos,
pesquisas que envolvem e articulam os conceitos de
juventude e feminismo. Embora sejam temáticas que
possuem suas próprias questões epistemológicas, se
entrelaçam a partir da perspectiva de gênero em torno das
juventudes e de geração, quando pensamos na reorganização
do feminismo, tanto como movimento político, como um
campo de estudo.
Pensar juventude e feminismo a partir dos programas de
pós-graduação em educação, aponta para uma perspectiva
diferenciada, pois mesmo que na educação as mulheres
sejam maioria, na docência e na pesquisa, ainda não são foco
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CARRERA, DOS ANJOS, BASSALO & EGGERT – Juventude(s) e Feminismo(s)
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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CARRERA, DOS ANJOS, BASSALO & EGGERT – Juventude(s) e Feminismo(s)
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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CARRERA, DOS ANJOS, BASSALO & EGGERT – Juventude(s) e Feminismo(s)
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base nas análises das pesquisas realizadas nos
últimos dez anos, observamos o quanto os estudos sobre
juventudes e feminismos, de forma interseccionada, ainda
são acanhadas na área da Educação, o que replica o cenário
da pós-graduação de forma geral, onde não há uma tradição
da realização de pesquisas e estudos que deem lugar de
destaque para esse grupo geracional e este movimento
social/teórico.
É possível ponderar que o tema dos estudos feministas e
a realização de pesquisas nesta perspectiva teórica é ainda
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CARRERA, DOS ANJOS, BASSALO & EGGERT – Juventude(s) e Feminismo(s)
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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CARRERA, DOS ANJOS, BASSALO & EGGERT – Juventude(s) e Feminismo(s)
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
REFERÊNCIAS
ADEVE, ANA. Memórias de um passado recente: I Encontro
Nacional de Jovens Feministas. In: PAPA, Fernanda de
Carvalho; SOUZA, Raquel. Jovens feministas presentes.
Brasília: UNIFEM, 2009. p. 36-41. Disponível em:
https://library.fes.de/pdf-files/bueros/brasilien/07383.pdf.
Acesso em: 02 ago. 2023.
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CARRERA, DOS ANJOS, BASSALO & EGGERT – Juventude(s) e Feminismo(s)
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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CARRERA, DOS ANJOS, BASSALO & EGGERT – Juventude(s) e Feminismo(s)
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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CARRERA, DOS ANJOS, BASSALO & EGGERT – Juventude(s) e Feminismo(s)
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/229070.
Acesso em: 15 mai. 2023.
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MARIRO – Gênero, diversidade e a escola
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
Blue Mariro
INTRODUÇÃO
De acordo com Abramo (1997) nos últimos anos tem
crescido a atenção sobre a população de jovens, seus
aspectos culturais, vivência, experiência, etc. Mais de duas
décadas depois da publicação da autora, é possível observar
que as discussões sobre inclusão, diversidade e permanência
de corpos LGBTI+ na escola estão se desenvolvendo.
Os corpos LGBTI+ são sujeitos que historicamente são
massacrados pela cis-heteronormatividade e pelo cissexismo,
que devido as violências estruturais, emocionais e físicas
sofridas no espaço escolar apresentam um alto índice de
evasão escolar.
Desvelando outra face da escola e das violências
lgbtransfóbicas, uma parcela da população LGBTI+
significativamente atingida e potencialmente invisibilizada é a
de pessoas transexuais, transgêneros e travestis. Há um
visível fracasso de garantir a segurança, permanência e
existência de corpos trans no ambiente escolar, seja na
condição de alunos (as), professores (as) e ou funcionários
(as). Sendo estes sujeitos parte dessa juventude LGBTI+
(re)existindo no chão da escola.
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MARIRO – Gênero, diversidade e a escola
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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MARIRO – Gênero, diversidade e a escola
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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MARIRO – Gênero, diversidade e a escola
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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MARIRO – Gênero, diversidade e a escola
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
determinado (a) aluno (a) aprende que ser trans é “do diabo”,
ou “contra os costumes”, “uma escolha” ou “uma doença’. O
professor que ao presenciar esse tipo de fala dentro da sala
de aula, não propõe uma discussão, evitando uma
intervenção, acaba impedindo assim a desconstrução destes
estigmas, e em alguns casos este profissional não intervém
justamente por concorda com as falas anti-trans e em
determinados momentos reproduz ou reforça estes
pensamentos.
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MARIRO – Gênero, diversidade e a escola
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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MARIRO – Gênero, diversidade e a escola
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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MARIRO – Gênero, diversidade e a escola
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
saias? Reiterando que não era meu caso, mas se fosse, nada
disso desvalidaria a minha identidade de gênero.
Na perspectiva de um discurso cissexista, a pessoa que
comete a transfobia utiliza de qualquer subterfúgio para
desvalidar a identidade de gênero da pessoa trans. Utilizando
de estereótipos que nem mesmo pessoas cis conseguem
contemplar, nem todo homem cis é alto, tem voz grave e um
corpo musculoso. Mas espera-se isso de uma pessoa
Transmasculina. Reflexo da frustração da pessoa cis que
comete transfobia em ter que lidar com corpos dissidentes
como iguais.
A pessoa docente atacou diretamente um colega de
trabalho transexual, mas esse comportamento poderia ser
vivenciado por qualquer um dos alunos ou das alunas
LGBTI+ que não teriam a sua identidade de gênero e ou
orientação afetiva respeitadas por essa profissional.
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MARIRO – Gênero, diversidade e a escola
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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MARIRO – Gênero, diversidade e a escola
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A juventude trans enfrenta inúmeros desafios para
experenciar a sua identidade de gênero, sendo
enfrentamentos semelhantes aos das juventudes LGB+ cis,
neste processo de ocupação do espaço da escola,
permanência na escola e conquista de sua formação no
ensino básico o cissexismo ainda é um agente de controle
destes corpos.
Desenvolver um discurso combatido contra o
fundamentalismo religioso, o bolsonarismo, a extrema direita
são ações necessárias para que a juventude LGBTI+ possa se
fortalecer e desenvolver a partir das suas próprias demandas
ações de combate as opressões cis-temicas sofridas.
Ter acesso desde cedo aos seus direitos básicos, aos
serviços públicos e discussões sobre o Estatuto da
Juventude, Os Direitos Humanos, e principalmente se
“enxergar” a partir do exemplo, a partir da visibilidade de ter
corpos como seu exercendo funções como a de professor
fortalecem essa juventude LGBTI+ nestes espaços que são
utilizados majoritariamente para o controle social.
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MARIRO – Gênero, diversidade e a escola
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
REFERÊNCIAS
ABRAMO. Helena Wendel. Considerações sobre a tematização
social da juventude no Brasil. Revista brasileira de
educação. Mai/Jun/Jul/Ago 1997 N º 5
Set/Out/Nov/Dez 1997 N º 6 p.25-36.
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BASSO, HUNDERTMARCK & TOLEDO – Juventudes, Educação e Trabalho
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
Cheila Basso
Katiele Hundertmarck
Joilson de Souza Toledo
INTRODUZINDO AS INQUIETAÇÕES
A partir de nossas experiências com as juventudes, na
sala de aula e em outros espaços educativos, de modo geral,
consideramos que as políticas públicas voltadas às
juventudes se fundamentam em uma visão de sociedade
determinada pela cultura e pelo momento histórico que
vivemos, acrescida de posicionamentos de governo com base
no papel do Estado.
Em específico, com as juventudes, em nossa percepção,
as políticas públicas desenvolvem-se a partir de certas
demandas identificadas, em relação com mobilizações do
governo, em que pese, dos “problemas” que julga necessários
resolver, ou minimizar agravos em determinados contextos.
Nessa esteira, temos observado que fica a cargo de cada
governo motivar suas linhas de ação para criar programas
capazes de responder a determinadas situações, às quais, em
algumas situações reverberam demandas identificadas junto
às juventudes.
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BASSO, HUNDERTMARCK & TOLEDO – Juventudes, Educação e Trabalho
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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BASSO, HUNDERTMARCK & TOLEDO – Juventudes, Educação e Trabalho
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
REFERÊNCIAS
ABRAMO, H. W. O uso das noções de adolescência e
juventude no contexto brasileiro. In M. V. Freitas. (Org.).
Juventude e adolescência no Brasil: referências
conceituais. São Paulo: Ação Educativa, 2005. p. 19-35.
89
BASSO, HUNDERTMARCK & TOLEDO – Juventudes, Educação e Trabalho
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
https://www.scielo.br/j/ea/a/7gJR8dVYp3WdpCy8hPnNMd
F/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 01 nov. 2022.
90
BORTONE et al – O Movimento das Ocupações estudantis no Brasil
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
INTRODUÇÃO
O movimento de ocupação das escolas no Brasil não só
marcou significativamente o protagonismo político das
juventudes, como possibilitou um espaço de (re)construção
da identidade juvenil. Compreendendo a relevância do ciclo
de protestos organizado pelos estudantes e seus efeitos para
o campo da educação e das novas políticas públicas para este
grupo, buscou-se aqui, ainda que em um tom ensaístico,
apresentar uma revisão temática sobre o movimento das
ocupações secundaristas no Brasil, no período de 2015 a
2016, enfatizando aspectos associados à educação e relações
com as juventudes.
A insatisfação com as decisões políticas, principalmente
educacionais, reuniram estudantes em todo território
nacional, evidenciando novas demandas que requerem a
necessidade de trazer luz sobre estes fatos, a partir do olhar
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BORTONE et al – O Movimento das Ocupações estudantis no Brasil
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
PERCURSO METODOLÓGICO
A abordagem escolhida para realização da revisão
temática é do tipo qualitativa exploratória, cujos dados foram
analisados com o software Iramuteq para análise de
conteúdo. Como estratégia de busca, foi escolhido o
indexador eletrônico ScieElo (Scientific Electronic Library
Online), por sua relevância no mundo acadêmico, para a
revisão temática da bibliografia e levantamento de principais
dados para o embasamento de nossa reflexão. As buscas
foram realizadas nos meses de maio e junho de 2023.
A partir dos descritores utilizados (Ocupações
secundaristas; juventudes; educação), foram considerados
todos os artigos, de produção nacional, localizados na busca.
Assim sendo, dez artigos sobre a temática foram encontrados
no respectivo indexador, compreendendo diversas áreas do
conhecimento, que envolvem políticas, direito à educação,
reorganização escolar, subjetivação e trajetórias.
O percurso metodológico também foi composto por mais
dois momentos. Após escolha da base de dados, a delimitação
do universo de pesquisa e com os artigos já localizados, foi
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BORTONE et al – O Movimento das Ocupações estudantis no Brasil
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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BORTONE et al – O Movimento das Ocupações estudantis no Brasil
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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BORTONE et al – O Movimento das Ocupações estudantis no Brasil
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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BORTONE et al – O Movimento das Ocupações estudantis no Brasil
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
Conversas informais
Observação
Etnografia
Entrevistas semiestruturadas
Análise bibliográfica
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BORTONE et al – O Movimento das Ocupações estudantis no Brasil
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Um olhar sobre a bibliografia selecionada nesta revisão
temática envolve retirar o foco de situações temporárias, que
apenas servem como percepções equivocadas sobre as
juventudes. Ou seja, é necessário olhar para além do
temporário, observando o contexto social, político, cultural e
todo seu entorno, pois as trajetórias juvenis dizem mais que
um momento aleatório.
Consideramos, portanto, que o ciclo de protestos juvenis
no Brasil, enquanto movimento social, contribuiu fortemente
para a formação política da juventude envolvida. Não se pode
olhar para os anos de 2015 e 2016 sem dimensionar o
impacto que as ocupações trazem para os estudos das
juventudes. Certamente, os resultados das pesquisas
selecionadas, podem auxiliar no processo de (re)formulação
de políticas educacionais e sociais com os jovens. O
movimento de ocupação das escolas tem muito a nos ensinar
ainda.
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BORTONE et al – O Movimento das Ocupações estudantis no Brasil
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABRAMO, H. Condição juvenil no Brasil contemporâneo. In:
ABRAMO, Helena; BRANCO, Pedro (Org.). Retratos da
juventude brasileira: análises de uma pesquisa nacional.
São Paulo: Fundação Perseu Abramo, Instituto Cidadania,
2005.
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BORTONE et al – O Movimento das Ocupações estudantis no Brasil
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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BORTONE et al – O Movimento das Ocupações estudantis no Brasil
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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BORTONE et al – O Movimento das Ocupações estudantis no Brasil
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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DALL’AGNESE et al – Escola, Juventudes e Saúde Mental
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
Júlia Dall’Agnese
Luiz Carlos Júnior
Marília Bing
Natália Yukari Mano
INTRODUÇÃO
O presente ensaio tem por objetivo discutir acerca de
como a escola se configura como um potencial espaço de
debate e cocriação de iniciativas voltadas à promoção da
saúde mental dos jovens, considerando, principalmente, o
contexto pós-pandêmico. Destaca-se que apenas
recentemente os desafios que envolvem a constituição das
juventudes passaram a ser pauta de preocupação e atenção
de estudos e políticas públicas. Ademais, na atualidade,
problemáticas que envolvem a saúde mental também ganham
novo espaço de debate nas mídias, nos meios de
entretenimento e também no ambiente escolar.
Nesse sentido, busca-se fazer uma retomada conceitual
sobre a constituição das juventudes e explorar o que significa
articular o debate sobre saúde mental; busca-se sublinhar as
desigualdades que envolvem as vivências desse grupo; e,
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DALL’AGNESE et al – Escola, Juventudes e Saúde Mental
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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DALL’AGNESE et al – Escola, Juventudes e Saúde Mental
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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DALL’AGNESE et al – Escola, Juventudes e Saúde Mental
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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DALL’AGNESE et al – Escola, Juventudes e Saúde Mental
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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DALL’AGNESE et al – Escola, Juventudes e Saúde Mental
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Percebe-se, assim, que a escola é um espaço potente de
acolhimento e discussão dos jovens sobre como os desafios
que envolvem a saúde mental podem ser enfrentados.
Todavia, para que tal espaço ecoe as necessidades juvenis, ele
precisa ser protagonizado por este grupo. É necessário que os
educadores abram espaço para uma construção conjunta de
possíveis soluções: rodas de conversas com especialistas da
área, sejam eles da escola ou de órgãos de apoio à saúde de
cada cidade; análise de filmes e de literatura que aproximem
os estudantes das discussões sobre ansiedade, depressão e
afins; grupos de apoio envolvendo os próprios jovens, entre
outras alternativas.
Nos últimos tempos, temos percebido que as questões
emocionais que permeiam crianças e adolescentes ganham
cada vez mais espaço legitimado na mídia, em meios de
entretenimento e, consequentemente, na escola, o que
permite que os “mitos” que as envolvem também sejam
desconstruídos. Nesse sentido, o que antes era banalizado,
hoje vira pauta e permite, inclusive, que mais jovens passem
a buscar apoio profissional e reivindicar políticas públicas
nesse sentido. No contexto pós-pandêmico, com as doenças
emocionais cada vez mais presentes na vida dos estudantes,
119
DALL’AGNESE et al – Escola, Juventudes e Saúde Mental
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
REFERÊNCIAS
ABRAMO, Helena Wendel. Considerações sobre a tematização
social da juventude no Brasil. Revista Brasileira de
Educação, Rio de Janeiro, n.5/6, p. 25-36, maio/dez. 1997.
Disponível em:
http://www.clam.org.br/bibliotecadigital/uploads/publicaco
es/442_1175_abramowendel.pdf. Acesso em: 1 nov. 2022.
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DALL’AGNESE et al – Escola, Juventudes e Saúde Mental
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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DALL’AGNESE et al – Escola, Juventudes e Saúde Mental
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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GREQUE JUNIOR & FRANZ – Juventudes, mercado de trabalho...
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
INTRODUÇÃO
Este artigo tem como objetivo apresentar o papel que o
Estado brasileiro desempenha na mediação entre as
populações juvenis e a sua inserção no mercado de trabalho.
A temática da inserção dos jovens no mercado de trabalho
nos é despertada a partir das experiências pessoais dos
autores, nas quais enfrentou-se certa dificuldade em permear
e se estabelecer no mercado formal de emprego. Assim,
abordaremos a dimensão do trabalho na vida dos jovens, a
atuação promovida pelo Estado através das políticas públicas
federais, e como o discurso empreendedor difundiu-se nas
sociedades capitalistas. Destacamos que a duras penas os
jovens conquistaram espaço no cenário político durante as
duas primeiras décadas do século XXI, em parte, devido ao
fato de que o país vivia em uma situação econômica e social
promissora. Havia na população o sentimento de esperança
que a mudança era possível, e as políticas públicas existentes
123
GREQUE JUNIOR & FRANZ – Juventudes, mercado de trabalho...
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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GREQUE JUNIOR & FRANZ – Juventudes, mercado de trabalho...
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
METODOLOGIA
Esta pesquisa apresenta-se em uma perspectiva
qualitativa, onde busca a compreensão com detalhes de
aspectos que envolvem os problemas da vida em sociedade,
permitindo a investigação dos fenômenos em análise (LIMA;
MOREIRA, 2015). O que apresentaremos aqui é uma revisão
bibliográfica, articulando discussões que nos permitam
compreender a inserção dos jovens no mercado de trabalho.
Autores como Gil (2009) destacam que a técnica de revisão
bibliográfica é essencial para o desenvolvimento de pesquisas
científicas, uma vez que partimos da análise de
conhecimentos já produzidos sobre os assuntos investigados,
possibilitando e apresentando subsídios para construção de
novas discussões e conhecimentos. Além das revisões de
literatura realizada, também foram feitas consultas de fontes
secundárias das legislações, disponíveis no portal da Câmara.
Assim, nas seções seguintes buscamos construir
discussões que permitam compreender como os jovens estão
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GREQUE JUNIOR & FRANZ – Juventudes, mercado de trabalho...
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
RESULTADOS E DISCUSSÕES
O Estado brasileiro, de acordo com o artigo terceiro da
Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 1988), tem como
objetivo fundamental a construção de uma sociedade livre,
justa e solidária, erradicando a pobreza e reduzindo as
desigualdades sociais, assim como, promover o bem estar
social de todos. Garantindo, portanto, a abolição de qualquer
tipo de discriminação, para tal fim, o Estado utiliza as
políticas públicas como ferramentas importantes para
combater a desigualdade social e possibilitar, de forma
democrática, o exercício pleno da cidadania.
Como dito anteriormente, apenas a algumas décadas os
jovens se tornaram tema do debate público, onde segundo
Krauskopf (2003) as políticas ora são voltadas aos jovens
compreendendo-os como estratégicos para desenvolvimento
socioeconômico do país e como sujeitos de direitos, e ora
como categoria que está em uma fase preparatória e que
tenciona a ordem social. Assim, são recentes as importantes
conquistas alcançadas pela categoria juventude na defesa e
garantia dos seus direitos, pois até o ano de 2000 não
existiam políticas públicas específicas para esse grupo, essas
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Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
CONCLUSÕES
Conforme o que foi exposto neste artigo, para a
população jovem que trabalha, a realização de tais atividades
assume centralidade no exercício de sua cidadania e na
constituição de suas identidades, sobretudo quando
investigamos os jovens em situação econômica menos
privilegiada, pois compreendemos que o trabalho tem ainda
mais relevância, colocando-se como uma condição para a
vivência da juventude. Assim, prezar por experiências
profissionais adequadas é dever do Estado nas diversas
legislações que orientam as políticas públicas para os jovens,
como o Estatuto da Juventude, Plano Nacional da Juventude
e a Constituição Federal.
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GREQUE JUNIOR & FRANZ – Juventudes, mercado de trabalho...
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
AGRADECIMENTO
O presente trabalho foi realizado com apoio da
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
– Brasil (CAPES) – Código de Financiamento 001
REFERÊNCIAS
ANTUNES, Ricardo. O privilégio da servidão: o novo
proletariado de serviços na era digital. São Paulo: Boitempo,
2018.
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SOUZA & RIETH – Juventudes no tempo presente
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
INTRODUÇÃO
A escrita que ora segue emergiu a partir da necessidade
de produzir um texto avaliativo da disciplina “Juventudes e
Educação: a escola como território juvenil”, pela Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, através do Programa de Pós-
Graduação em Geografia (POSGEA) no período de 20 de
março a 17 de abril de 2023, tendo como base as referências
propostas no plano da referida disciplina. O fio condutor das
discussões evidenciadas ao longo do texto está relacionado à
minha pesquisa de doutorado, por termos a intenção de
pesquisar e discutir as vivências no território escolar no
âmbito da educação do campo das juventudes ribeirinhas,
tendo por referência o campo teórico dos Estudos Culturais.
O artigo tem o objetivo de apresentar reflexões sobre as
juventudes no tempo presente considerando o espaço escolar
como espaço coletivo e suas relações evidenciadas no
cotidiano. A importância de discutir sobre as juventudes no
tempo presente e o modo como a escola tem se apresentado
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SOUZA & RIETH – Juventudes no tempo presente
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Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
é ser jovem para uma pessoa pode não ser para outra, mesmo
estando dentro do mesmo campo etário.
Nessa perspectiva, no contexto da disciplina
“Juventudes e Educação: a escola como território juvenil”
recebeu destaque a discussão relacionada à necessidade de
falar das juventudes no tempo presente, afinal é necessário
romper com o discurso fixado na cultura de que as
juventudes da atualidade precisam ter como referência as
juventudes de tempos passados.
A cultura nesse aspecto considera o tempo e passa ser
um marcador importante quanto à classificação do ser jovem,
pois “o tempo, em nossa cultura, é medido com pontual
exatidão e, além disso, é percebido socialmente como um
fluxo que vai do passado ao presente e do presente ao futuro
(SEVERO, 2021, p. 215). Em outras palavras, o tempo faz
recorte e classifica os jovens não apenas pelos seus
comportamentos, mas sobretudo pela idade cronológica.
Porém, não podemos perder de vista o bem-estar do sujeito,
pois juventude, de acordo Verneque (2023, p. 87) é “ uma
construção social com fins específicos”.
Como instituição social, a escola é fortemente marcada
pela presença dessas juventudes no seu espaço. Cabe a ela
não só lutar pela criação de políticas públicas, mas também
abrir espaços de debate envolvendo essas juventudes com a
intenção de lhes dar voz e vez: “[...] a escola destaca-se como
um espaço juvenil onde circulam diferentes conhecimentos,
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Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Falar da escola e das juventudes no tempo presente é
reconhecer o quanto ainda precisamos avançar no sentido de
enxergar a escola como um espaço vivo que se constitui a
partir de múltiplas presenças, capaz de atravessar gerações
que na sua essência cada geração responderá por si não
servindo de base referencial para outras gerações.
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SOUZA & RIETH – Juventudes no tempo presente
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REFERÊNCIAS
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SOUZA & RIETH – Juventudes no tempo presente
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
73302007000300022&script=sci_abstract&tlng=es Acesso
em: 01 nov. 2022.
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SOUZA & RIETH – Juventudes no tempo presente
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
https://revistas.ufg.br/fcs/article/view/20683/12335.
Acesso em 20 de julho de 2023.
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Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
JUVENTUDES E SAÚDE:
ALGUMAS INVESTIGAÇÕES TEÓRICAS SOBRE
SUAS VULNERABILIDADES
INTRODUÇÃO
Este artigo1 visa refletir sobre o que tem sido produzido
na investigação teórica no que se refere a saúde de jovens,
particularmente no contexto da vulnerabilidade vivida no
período escolar. Este período é um momento de transição de
papéis sociais no qual os jovens se expõem a situações
concretas de risco e, por isso, problematizar estas situações
nos levar a pensar em como minimizá-las.
Como aponta Ayres et al. (2003, p. 123), a
vulnerabilidade considera a “exposição das pessoas ao
adoecimento como a resultante de um conjunto de aspectos
não apenas individuais, mas também coletivos, contextuais,
que acarretam maior suscetibilidade aos adoecimentos”.
Entretanto, conforme aponta Silva et al. (2014), entre os
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BARROSO & DOS SANTOS – Juventudes e saúde
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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BARROSO & DOS SANTOS – Juventudes e saúde
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
METODOLOGIA
Este trabalho é um recorte de um projeto de pesquisa
desenvolvido na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
(UESB) que visa analisar os estudos de jovens produzidos em
âmbito nacional buscando identificar as experiências e os
significados sociais atribuídos ao processo saúde/doença. O
projeto está vinculado ao Grupo de Pesquisa “Juventudes,
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BARROSO & DOS SANTOS – Juventudes e saúde
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
DESENVOLVIMENTO
Diante da proposta metodológica, foi realizada pesquisa
na base de dados do Scielo por meio do uso concomitante dos
descritores “jovens”, “saúde” e “escola” publicados de 2012 a
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Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir da pesquisa realizada utilizando os descritores
“jovens”, “saúde” e “escola” no Portal de Periódico Scielo entre
2012 e 2022, encontraram-se artigos que permite ampliar a
compreensão da saúde dos jovens em período escolar. Foram
encontradas categorias como: aptidão física, perda auditiva,
alimentação, uso de drogas, saúde mental, cuidado da saúde
e questões de sexualidade. Cada uma destas categorias
apresenta vulnerabilidades para os jovens que estão
dispostas na dimensão individual, social e programática.
Na dimensão individual, que considera o
comportamento e modo de vida, ainda vemos que os maus
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BARROSO & DOS SANTOS – Juventudes e saúde
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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REFERÊNCIAS
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Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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BELCHIOR & DOS SANTOS – Juventudes: dilemas e contradições
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
INTRODUÇÃO
No presente texto buscamos refletir sobre a relação
entre Educação e Trabalho tomando como ponto de partida
as experiências de formação em escolas de Educação Básica,
compreendendo que em muitos lares brasileiros os jovens
contribuem diretamente com a manutenção econômica em
suas famílias, quando não são eles mesmos, exclusivamente,
os responsáveis por sua própria subsistência. A escola aqui
ocupa lugar central, pois atua como espaço de formação para
esses jovens e segue sendo espaço de disputa entre os que
defendem uma educação pautada para a formação integral do
ser e os que a veem como formadora unicamente para o
“mercado de trabalho”, sendo assim mera reprodutora das
desigualdades sociais.
Interessa-nos pensar que a escola é fruto de seu tempo e
funciona na fruição de conceitos aplicados pelos educadores,
ações perpetradas por agentes externos/internos, como o
Estado, as empresas e o mercado, mas também pelas
subjetividades e significados que os jovens dão a ela. Ainda
carece, neste texto, que aprofundemos mais a discussão
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Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Educação constitui-se como um espaço de disputas,
percebido pelos grupos neoliberais não apenas como mercado
a ser explorado, mas também como possibilidade de
disseminação de sua ideologia. No Brasil, a educação e o
trabalho têm sofrido mudanças na legislação, cedendo cada
vez mais espaço para o avanço da lógica do
empreendedorismo e ideias neoliberais. Para o momento,
percebemos que se faz imprescindível que haja uma ação
conjunta entre a sociedade civil e representantes políticos
verdadeiramente comprometidos com um projeto de país, no
sentido de barrarem o avanço dos ataques perpetrados contra
a educação brasileira e os direitos trabalhistas nos últimos
seis anos. Possuímos no momento questões desafiadoras,
ainda resquícios do plano de (des)governo resultante do golpe
de 2016, como a revogação total do Novo Ensino Médio,
reforma que precariza a formação dos estudantes, a retomada
de investimentos na educação com novos concursos e
construção de novas escolas e universidades, além do
combate à violência simbólica e física que o espaço escolar,
estudantes, professores e profissionais da educação têm
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BELCHIOR & DOS SANTOS – Juventudes: dilemas e contradições
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
REFERÊNCIAS BILIOGRÁFICAS
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BELCHIOR & DOS SANTOS – Juventudes: dilemas e contradições
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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SILVEIRA & XAVIER – Juventudes no tempo presente
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
INTRODUÇÃO
O texto apresentado trata-se de uma reflexão da prática
pedagógica na escola pública, com ênfase a pensar
juventudes, ensino de geografia e pandemia, desse modo,
seus autores sugerem o diálogo entre experiências juvenis e
currículo da geografia escolar. A análise proposta se dá a
partir de um conjunto de aulas ocorridas no ano de 2021 e
2022 dentro do plano de ensino da disciplina de Geografia da
Escola Municipal Nossa Senhora de Fátima, localizada no
bairro Bom Jesus em Porto Alegre-RS. Esse plano se deu a
partir das necessidades trazidas pelos estudantes, no
contexto da pandemia de covid-19, durante o retorno das
aulas presenciais, avaliadas pelo professor como “currículo
emergencial” para ensinar geografia.
Narrativas juvenis e o Ensino de Geografia na pandemia é
uma reflexão da prática, revisitada com saberes críticos
problematizadores do fazer docente construído com e entre
jovens, enquanto protagonistas do seu processo de
aprendizagem, fomentados a partir da experiência dos
estudantes em diálogo com a pesquisa no ensino escolar.
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SILVEIRA & XAVIER – Juventudes no tempo presente
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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SILVEIRA & XAVIER – Juventudes no tempo presente
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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SILVEIRA & XAVIER – Juventudes no tempo presente
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
1 http://diariogaucho.clicrbs.com.br/rs/dia-a-
dia/noticia/2022/04/escolas-da-periferia-sentiram-ainda-mais-os-
lapsos-de-aprendizagem-deixados-pela-pandemia-23238913.html
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SILVEIRA & XAVIER – Juventudes no tempo presente
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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SILVEIRA & XAVIER – Juventudes no tempo presente
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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SILVEIRA & XAVIER – Juventudes no tempo presente
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
3 https://news.un.org/pt/story/2021/10/1765432
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SILVEIRA & XAVIER – Juventudes no tempo presente
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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REFERÊNCIAS
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SILVEIRA & XAVIER – Juventudes no tempo presente
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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SILVEIRA & XAVIER – Juventudes no tempo presente
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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BASSO, VIEIRA & BERNARDI – Juventudes no tempo presente
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
PRIMEIRAS PALAVRAS...
O acesso à educação escolar, de acordo com a
Constituição Federal de 1988, é obrigatório e gratuito, ainda,
consoante a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDBEN), de 1996, instituiu-se a obrigatoriedade do ensino
público à população brasileira. Passados anos, notamos
déficits na qualidade do ensino, evidenciando o quão
necessário se faz discutir sobre a educação pública e políticas
públicas que realmente produzam mecanismo de avanço,
dado que devem/devemos reconhecer a educação como
direito social destinado a todos.
As indagações acerca de quem é a culpa pelo fracasso
escolar nos intrigam e motivam a pesquisar e entender a
situação educacional brasileira, sem embargo, parece não
haver respostas claras. Contudo, compreendemos que é
preciso, inicialmente, olhar para os alunos, analisá-los,
considerando os contextos e condições que os rodeiam, eles
darão, se não respostas completas, pistas que auxiliaram a
depreender o porquê os processos de ensino aprendizagem
não estão dando os resultados esperados.
226
BASSO, VIEIRA & BERNARDI – Juventudes no tempo presente
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
EXISTEM CULPADOS?
Hodiernamente, podemos constatar que a escola e as
juventudes se encontram em crise, assim como a educação
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BASSO, VIEIRA & BERNARDI – Juventudes no tempo presente
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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BASSO, VIEIRA & BERNARDI – Juventudes no tempo presente
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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BASSO, VIEIRA & BERNARDI – Juventudes no tempo presente
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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BASSO, VIEIRA & BERNARDI – Juventudes no tempo presente
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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BASSO, VIEIRA & BERNARDI – Juventudes no tempo presente
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
I - promoção da autonomia e
emancipação dos jovens;
II - valorização e promoção da
participação social e política, de forma
direta e por meio de suas representações;
III - promoção da criatividade e da
participação no desenvolvimento do País;
IV - reconhecimento do jovem como sujeito
de direitos universais, geracionais e
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BASSO, VIEIRA & BERNARDI – Juventudes no tempo presente
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
singulares;
V - promoção do bem-estar, da
experimentação e do desenvolvimento
integral do jovem;
VI - respeito à identidade e à diversidade
individual e coletiva da juventude;
VII - promoção da vida segura, da cultura da
paz, da solidariedade e da não
discriminação; e
VIII - valorização do diálogo e convívio do
jovem com as demais gerações (BRASIL,
2013).
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BASSO, VIEIRA & BERNARDI – Juventudes no tempo presente
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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BASSO, VIEIRA & BERNARDI – Juventudes no tempo presente
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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BASSO, VIEIRA & BERNARDI – Juventudes no tempo presente
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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BASSO, VIEIRA & BERNARDI – Juventudes no tempo presente
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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BASSO, VIEIRA & BERNARDI – Juventudes no tempo presente
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Destacamos algumas considerações, pois esse assunto é
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BASSO, VIEIRA & BERNARDI – Juventudes no tempo presente
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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BASSO, VIEIRA & BERNARDI – Juventudes no tempo presente
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
REFERÊNCIAS
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BASSO, VIEIRA & BERNARDI – Juventudes no tempo presente
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
242
BASSO, VIEIRA & BERNARDI – Juventudes no tempo presente
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
243
BASSO, VIEIRA & BERNARDI – Juventudes no tempo presente
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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GUEDES & SOUSA – Juventudes no tempo presente
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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GUEDES & SOUSA – Juventudes no tempo presente
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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GUEDES & SOUSA – Juventudes no tempo presente
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
247
GUEDES & SOUSA – Juventudes no tempo presente
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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GUEDES & SOUSA – Juventudes no tempo presente
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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GUEDES & SOUSA – Juventudes no tempo presente
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
251
GUEDES & SOUSA – Juventudes no tempo presente
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
2 Disponível em:
https://literaturaebompravista.wordpress.com/2019/09/29/poesia-
nao-e-para-compreender-mas-para-incorporar-manoel-de-barros/
252
GUEDES & SOUSA – Juventudes no tempo presente
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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GUEDES & SOUSA – Juventudes no tempo presente
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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GUEDES & SOUSA – Juventudes no tempo presente
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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GUEDES & SOUSA – Juventudes no tempo presente
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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GUEDES & SOUSA – Juventudes no tempo presente
Juventudes e Educação – OLIVEIRA e LACERDA (orgs.)
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POSFÁCIO
260
amplo e repleto de silêncios. É preciso deixar a imaginação e
a criatividade descobri-lo. É assim com um livro. Um extenso
e ilimitado território que desperta no leitor atento um
conjunto indissociável de sistemas de emoções.
O livro traz verdades, mas para um bom leitor, digo,
viajante, as verdades geografadas no território de um livro, no
qual interagimos, são muitas e, provisórias, por isto se faz
necessário estarmos constantemente atentos e buscando
escutar o silêncio que se esconde nas narrativas. Será que os
autores estão dizendo tudo ou cabe a nós leitores
descobrirmos o quê ainda poderia ser dito? Esta dúvida me
provoca, muitas vezes, a reler um livro, assim como repetir
uma viagem. Reler um livro ou refazer um roteiro sempre é
uma nova oportunidade de descobrir novas emoções, trocar
com os autores novos conhecimentos e provocá-los. Sim, toda
leitura estabelece um diálogo, ou deveria.
Nesta viagem cujo roteiro chama-se Juventudes e
Educação: a escola como território juvenil, organizado pelos
professores Victor Hugo Nedel Oliveira e Miriam Pires Corrêa
de Lacerda traz, sob lentes de renomados pesquisadores que
nos provocam a pensar sobre a importância em escutarmos
os jovens. Entendermos, mesmo que provisoriamente o quê a
juventude, neste país, compreende por território escola na
complexidade que se apresenta o espaço geográfico escola. A
escola é um local, que deveria ser um lugar, no entanto são
muitos desafios que ela oferece, pois representa e faz parte da
sociedade como um todo. Ela é um conjunto indissociável de
261
sistemas de objetos e sistemas de ações. Ela é tensa e
necessita de tensão. Ela se constitui como instituição através
de diálogos, alguns não escutados. As questões de gênero e
as questões relativas à diversidade, muito contemporâneas no
debate social, são trazidas, mas com certeza, pela sua
relevância, merecem a continuidade do debate, pois fazem
parte da instituição escola e são sempre desafiantes para
todos que construímos a escola. Todos vivemos a pandemia e
nem todos sobreviveram a ela. Não dá para negar os
transtornos que ela trouxe à sociedade. A pandemia foi uma
surpresa em nossas viagens pela vida, realmente não sei se a
aprendizagem que tivemos que buscar para enfrentá-la foi
transformada em sabedoria para entender um território tão
desafiante como é o da escola.
Nesta viagem que terminei de realizar aprendi muito
sobre a Geosociologia das relações entre as juventudes e o
território escola numa leitura interdisciplinar. A importância
em examinarmos a relação entre território e juventude é o
direcionamento previsto central desta viagem. Cada momento
da leitura fortalece a necessidade dos professores e todos que
estão envolvidos no processo de ensinar e aprender, buscar a
compreensão de como os jovens interagem ou deixam de
interagir com o espaço geográfico escola. O quanto as suas
dúvidas e angustias influenciam no processo de aprender.
Como já foi dito, a obra representa a união da tríade
universitária: ensino, pesquisa e extensão. O livro nos faz
entender, provisoriamente, os processos de reconhecimento e
262
os modos de formação das juventudes e as suas culturas.
Interrogações como trabalho e futuro profissional são desafios
que a juventude traz no seu cotidiano. Ele nos auxilia a
analisarmos os (con)textos e os desafios que o território
escola nos oferece, principalmente no período póspandêmico,
e o quanto a escuta aos jovens deve ser valorizada. Há muitas
dúvidas e desafios para a juventude e que nem sempre são
ouvidas de forma valorativa.
Caros leitores, convido-os a retomar esta viagem e
repisar caminhos já trilhados, mas com os olhares
contemporanizados. É preciso viajar, viajar é preciso! É
preciso continuar a escutar os jovens e buscar o sentido de
seus processos comunicacionais. É preciso reler esta obra e
sentir o quanto nos oferece de possibilidades de
entendimento do lugar escola. Sigamos descobrindo!
Verão de 2023/2024.
263
SOBRE AS E OS AUTORES
264
Luis Antônio Groppo é Doutor em Ciências Sociais e Mestre
em Sociologia pela Universidade Estadual de Campinas
(UNICAMP) e graduado em Ciências Sociais pela Universidade
de São Paulo (USP). É bolsista produtividade do CNPq.
Atualmente, é professor da Universidade Federal de Alfenas
(UNIFAL-MG), atuando na graduação e no Programa de Pós-
Graduação em Educação.
E-mail: luis.groppo@unifal-mg.edu.br
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-0143-5167
Lattes: http://lattes.cnpq.br/4667459802757846
265
Ana Daniele Mendes Carrera é Doutoranda em Educação
pela Universidade do Estado do Pará (UEPA), na linha de
Saberes Culturais e Educação na Amazônia. Possui Mestrado
em Educação na linha de Formação de Professores e Práticas
Educativas (PPGED/UEPA). Graduada em Licenciatura Plena
em Pedagogia com pesquisa na área de Gênero, Educação e
Práticas Educativas. Membro editorial da Revista Cocar.
Membro dos Grupos de Pesquisa sobre Juventude, Educação
e Sociabilidades (JEDS/UEPA) e sobre Gênero, Feminismos e
Sexualidades (GEFES/UEPA).
E-mail: a.danielemendes@gmail.com
ORCID: https://orcid.org/0000-0003-1150-3079
Lattes: http://lattes.cnpq.br/0614261853983996
266
Bruno Xavier Silveira é professor de Geografia da Rede
Municipal de Ensino de Porto Alegre-RS. Licenciado em
Geografia pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG),
especialista em Educação na Diversidade pela Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Mestre em Geografia
pela mesma instituição.
E-mail: bruno.geo@hotmail.com
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-7199-5920
Lattes: http://lattes.cnpq.br/8863258338567321
267
Douglas Franco Bortone é Doutorando em Economia
Doméstica pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). Mestre
em Educação pela Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL -
MG). Licenciando em Ciências Sociais; Graduado em Teologia
pela Universidade Metodista de São Paulo.
E-mail: douglas.bortone@ufv.br
ORCID: https://orcid.org/0000-0003-0290-3601
Lattes: http://lattes.cnpq.br/9750788125318767
268
Izac de Sousa Belchior possui graduação em Licenciatura
Plena em Geografia pela Universidade Federal do Piauí.
Mestre em Educação Profissional e Tecnológica pelo Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina
e doutorando no Programa de Pós-graduação em Educação
da Universidade Federal de Pelotas. Atualmente é docente do
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio
Grande do Sul – Campus Ibirubá.
E-mail: belchiorizac@gmail.com
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5968-9998
Lattes: http://lattes.cnpq.br/3123174475249996
269
Júlia Dall’Agnese é mestranda em Geografia pela
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e
Licenciada em Geografia Universidade Federal do Rio Grande
do Sul (UFRGS). É graduanda em Bacharel em Geografia pela
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Atualmente, trabalha como Designer Educacional na empresa
UOLEdtech.
Email: dallagnesejuliaa@gmail.com
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-7412-1070
Lattes: http://lattes.cnpq.br/5593552370491242
270
Leonardo da Silva Greque Junior é Mestrando em Geografia
pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG) e Licenciado
Universidade Federal do Rio Grande (FURG).
E-mail: leogreque@gmail.com
ORCID: https://orcid.org/0000-0003-0166-8283
Lattes: http://lattes.cnpq.br/4961650326858603
271
Lucélia de Moraes Braga Bassalo é Doutora em Educação
pela Universidade de Brasília (UNB). Professora do Programa
de Pós Graduação em Educação da Universidade do Estado
do Pará (PPGED/UEPA), vinculada ao Departamento de
Filosofia e Ciências Sociais - DFCS/UEPA. É coordenadora do
JEDS - Grupo de Pesquisa sobre Juventude, Educação e
Sociabilidades, sediado na UEPA e membro do GERAJU -
Grupo de Pesquisa sobre Gerações e Juventude, sediado na
FE/UnB.
E-mail: lucelia.bassalo@uepa.br
ORCID: http://orcid.org/0000-0002-0412-6052
Lattes: http://lattes.cnpq.br/6941089571024585
272
Maria das Dores Saraiva de Loreto é graduada em
Economia Doméstica e em Ciências Econômicas, Mestrado e
Doutorado em Economia Rural, pela Universidade Federal de
Viçosa, além de Pós-doutorado em Família e Meio Ambiente
pela University of Guelph-Canadá. Professora Titular da
Universidade Federal de Viçosa É Pesquisadora do CNPq. É
Líder do Grupo de Pesquisa "Famílias, Políticas Públicas,
Desenvolvimento Humano e Social".
E-mail: mdora@ufv.br
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-7418-2669
Lattes: http://lattes.cnpq.br/6833406073308098
273
Priscila Farfan Barroso é Doutora e Mestra em Antropologia
Social pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS), Especialista em Saúde Pública pela Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Bacharel e Licenciada
em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica do
Rio Grande do Sul (PUCRS). Atualmente é docente da
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). É líder
do Grupo de Estudos e Pesquisas Juventudes, Educação e
Saúde – JES/UESB/CNPq.
E-mail: prifarfan@gmail.com
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-4815-4792
Lattes: http://lattes.cnpq.br/1710237516184338
274
Stalin Braga de Lima é professor de Geografia e pesquisador
bolsista pela CAPES vinculado ao programa de Pós-graduação
em Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS). Licenciado em Geografia pela Universidade Federal
do Pará (UFPA), Mestre em Geografia pela UFRGS.
E-mail: stalin.braga@gmail.com
ORCID: https://orcid.org/0009-0004-7217-9107
Lattes: http://lattes.cnpq.br/8103299564855344
275
JUVENTUDES E EDUCAÇÃO:
A ESCOLA COMO TERRITÓRIO JUVENIL
Prefácio: Luis Antônio Joilson de Souza Toledo Maria das Dores de Saraiva
Groppo José Ricardo Marques dos Loreto
Ana Daniele Mendes Carrera Santos Marília Bing
André Luiz dos Santos Silva Júlia Dall’agnese Natália Yukari Mano
Blue Mariro Juliana Cristina Franz Priscila Farfan Barroso
Bruno Xavier Silveira Katiele Hundertmarck Raquel Viana dos Anjos
Cheila Basso Leonardo da Silva Greque Ricardo Willy Rieth
Claudiney Saraiva Guedes Junior Stalin Braga de Lima
Dioneia Maria Samua Vieira Lilian Perdigão Caixêta Reis Susana Schwartz Basso
Douglas Franco Bortone Lindomar Pereira de Souza Thaiana Machado dos Anjos
Edla Eggert Lucélia de Moraes Braga Wanderson William Fidalgo
Gilberto Miranda da Silva Bassalo de Sousa
Junior Lucí dos Santos Bernardi Posfácio: Antônio Carlos
Izac de Sousa Belchior Luiz Carlos Júnior Castrogiovanni